Coral e Orquestra de Câmara da UFSC abrem inscrições para novos integrantes

13/10/2022 09:19

Orquestra de Câmara da UFSC em ensaio em 2019. Foto: Henrique Almeida.

Estão abertas as inscrições para novos integrantes do Coral e Orquestra de Câmara da UFSC, projetos vinculados ao Departamento Artístico Cultural, sob a coordenação e regência de Miriam Motitz. Para o Coral, as  inscrições devem ser realizadas no Anfiteatro do Espaço Físico Integrado (EFI-1)*, no dia 18 de outubro, das 14h30 às 17h30, com entrevistas por ordem de chegada. Já para a Orquestra, as inscrições devem ser realizadas diretamente por e-mail, em mensagem para miriam.m@ufsc.br.

Coral da UFSC

As vagas, preferencialmente, são para candidatos que já tenham participado de corais ou grupos vocais. Os ensaios do Coral acontecem às terças e quintas-feiras das 20 às 22 horas,no Anfiteatro do EFI-1, com início das atividades previsto para o dia 25 de outubro.

O Coral da UFSC mantém as suas atividades desde 1963, com expressiva atuação no movimento coral catarinense, realizando um repertório voltado para a música popular brasileira. Tem, como objetivo principal, promover e difundir o canto coral, bem como contribuir com a integração e a extensão cultural da Universidade. Pretende também levar, aos seus coralistas, conhecimento teórico e prático, num processo de aprendizagem e valorização da arte musical através do canto. Atualmente o Coral possui cerca de 50 componentes e é formado por discentes, docentes e técnico-administrativos da UFSC, bem como por pessoas da comunidade externa.

Orquestra da UFSC

Os candidatos instrumentistas podem ser da comunidade interna e externa da UFSC. Os selecionados que forem acadêmicos de graduação da universidade poderão receber uma Bolsa Cultura. A carga horária da bolsa é 20 horas semanais. O início das atividades deverá ser imediato.

O candidato deve ter experiência de, no mínimo, dois anos no instrumento em que se candidatou. Os interessados devem encaminhar currículo que inclua sua trajetória musical, bem como uma gravação em vídeo executando três músicas. Também devem ser enviadas as partituras das músicas executadas, e essas partituras deverão estar no mesmo tom da execução. O material para a inscrição deve ser enviado para a regente, pelo e-mail miriam.m@ufsc.br.

A Orquestra de Câmara da UFSC iniciou os ensaios em junho de 2009. Podem fazer parte da Orquestra pessoas da comunidade universitária e da comunidade em geral, que devem possuir o seu próprio instrumento. Os ensaios gerais acontecem no período vespertino no Anfiteatro do Espaço Físico Integrado,

A Orquestra de Câmara da UFSC têm por objetivo fomentar e difundir a música instrumental , proporcionando aos músicos em potencial espaço para desenvolverem seus potenciais artístico-musicais. Além disso, esse tipo de ação visa: divulgar a música erudita e popular através de apresentações e, com isso, incentivar a formação e a cultura local; incentivar sua participação no processo de interação entre a Universidade e a sociedade; e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem através do envolvimento de estudantes em atividades de extensão.

Sobre a Regente

Miriam Moritz é natural de Florianópolis (SC), formou-se em música pela UDESC, em 1987; em 2003, finalizou seu curso de especialização em musicoterapia pela UNISUL; em 2014, concluiu o curso de mestrado pela UFSC com pesquisa sobre Música Brasileira. Antes de ingressar na UFSC, permaneceu por cinco anos na Europa, onde atuou como flautista em diversos locais de Portugal e da Espanha. Aprovada em concurso público, é regente do Coral da UFSC desde 2004. Em 2012, ministrou curso de extensão sobre música brasileira para canto coral, em Paris. Além do Coral, é coordenadora e regente da Orquestra da UFSC.

 

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UFSC conclama sociedade a se engajar em campanha por recomposição do orçamento

11/10/2022 14:10

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) alerta à sociedade catarinense e brasileira sobre a grave situação financeira da instituição e conclama todos a se engajarem em uma campanha para recomposição de seu orçamento. O corte de R$ 12,6 milhões aplicado em junho de 2022 compromete a manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão e, se não for recomposto, levará a Universidade a encerrar o ano com um déficit que certamente será irreversível em 2023.

De acordo com a Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), o corte orçamentário foi aplicado sobre os recursos de custeio da Universidade, que caíram de R$ 132 milhões para R$ 119,4 milhões, valor quase 13% menor do que o orçamento de custeio de 2020. Dessa rubrica, R$ 110,9 milhões (92,9%) já foram aplicados até outubro, deixando um saldo de R$ 8,5 milhões. No entanto, as obrigações da UFSC são estimadas em R$ 16,65 milhões por mês, aí incluídas despesas com duodécimos repassados às Unidades de Ensino, contratos continuados, contas de água e energia elétrica, manutenção do Restaurante Universitário e pagamento de bolsas acadêmicas e de permanência.

A Administração Central da Universidade assumiu o compromisso de manter o funcionamento do Restaurante Universitário e o pagamento das bolsas de assistência estudantil, de monitoria, de estágio, de pesquisa, de cultura e de extensão, que representam despesas de R$ 5,8 milhões por mês. As medidas já adotadas pela gestão incluem a redução de repasses às unidades, suspensão de pagamentos de água e energia nos três meses finais de 2022, dentre outras ações.

A redução continuada do orçamento das universidades impõe grandes desafios ao momento presente, afetando a continuidade das atividades, e grandes ameaças para o futuro. Os cortes implicam o sucateamento de instalações e a interrupção de projetos estratégicos para a formação de pessoas e a geração de novos conhecimentos, comprometendo a capacidade de inovação e desenvolvimento social e econômico.

A recomposição do orçamento atual e a garantia de recursos suficientes à sua manutenção são decisivas para que a UFSC continue a ser uma instituição de qualidade reconhecida no Brasil e na América Latina, um patrimônio de todos os cidadãos catarinenses e brasileiros. Para tanto, contamos com o engajamento de cada um(a) na divulgação e no apoio desta causa.

Tags: cortes de verbasOrçamento de 2022UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC promove Semana da Ciência sobre biodiversidade em escolas e unidades de conservação

11/10/2022 10:37

O que um leão baio, felino de grande porte, e o javali, uma espécie invasora, têm em comum? Para a ciência, o meio em que vivem: a região catarinense onde o Programa Ecológico de Longa Duração (Peld-Bisc) promove, de 18 a 22 de outubro, a II Semana da Ciência: Biodiversidade de Santa Catarina. O evento ocorrerá em Orleans, Grão-Pará, Bom Jardim da Serra e Urubici, com a parceria do Parque Estadual da Serra Furada e do Parque Nacional de São Joaquim.

Esta é a segunda edição do evento, que aposta na parceria com a comunidade para falar sobre ciência apresentando dados, informações e curiosidades sobre a biodiversidade. Estão programadas palestras, saídas de campo com professores e feiras de ciências com exposições de laboratórios da UFSC.

As ações ocorrem na região de abrangência do Peld: uma área de mais de 50 mil hectares que tem duas unidades de conservação de proteção integral de Santa Catarina, o Parque Nacional de São Joaquim e o Parque Estadual da Serra Furada. Ambas representam uma variação no gradiente ambiental e ecológico principalmente por causa da diferença na altitude em relação ao nível do mar, ao histórico de uso da terra e a diversidade de ecossistemas da região.

O coordenador do Peld, professor Selvino Neckel de Oliveira, lembra que o evento busca aproximar a ciência e a comunidade trazendo dados sobre a biodiversidade e mostrando que as unidades de conservação não são apenas local de proteção de espécies, mas também fonte de ecoturismo. “Vamos levar exemplares da fauna e da flora e também falar sobre nossas descobertas, contextualizando a biodiversidade da região”, explica.

O leão baio, por exemplo, é um felino de grande porte que já foi fotografado e registrado pela equipe nos trabalhos científicos na região. “É um felino topo de cadeia, um predador. Isso mostra que os elos que estão abaixo dele, que sustentam outros elos, também estão presentes”, explica o professor, reforçando que este é um indicador positivo.

Além das espécies nativas, os cientistas também falarão sobre espécies invasoras: é o caso do javali, que afeta também propriedades rurais da região. “Há uma população muito grande desses animais na região, que não afetam somente as unidades de conservação, mas também os produtores rurais”, comenta.

Programação itinerante

Cerca de 40 pessoas – entre professores, estudantes e pesquisadores da UFSC participação da programação itinerante, que será realizada em Orleans, Grão-Pará, Bom Jardim da Serra e Urubici. Nos dias 18 e 19 de outubro, haverá uma feira de ciências na Escola Estadual Toneza Cascaes, das 9h às 20h. Já de 20 a 22 de outubro, o evento irá para o Parque de Exposições Manuel Prá, em Urubici, das 9h às 18h.

Além da feira de ciências, a programação terá palestras sobre unidades de conservação e pesquisa científica: três em Grão Pará, na Escola Estadual Miguel de Patta, no dia 19; uma na Câmara dos Vereadores de Bom Jardim da Serra, que ocorre às 19h nesta mesma data, e três em Urubici, no dia 21.

Outro foco do evento são as atividades de campo para professores dos Ensinos Fundamental e Médio, guiada por pesquisadores da UFSC. “A proposta é dialogar e contribuir com materiais didáticos que possam ser utilizados nas aulas”, explica Neckle.

O Peld-Bisc é liderado por pesquisadores da UFSC e faz parte de uma rede nacional de pesquisas ecológicas de longa duração que é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). A função do Peld é de tentar compreender os efeitos causados pelo distúrbio da biodiversidade e assim controlar a utilização dos recursos naturais do estado, além de conservar o meio ambiente em Santa Catarina.

 

 

Tags: II Semana da Ciência: Biodiversidade de Santa CatarinaPrograma Ecológico de Longa Duração da UFSC (Peld-Bisc)

UFSC Joinville anuncia vencedoras de concurso de robótica para meninas de escolas públicas

11/10/2022 08:00

O campus da UFSC em Joinville anunciou as três equipes vencedoras da segunda edição do Meninas na Tecnologia, projeto que  tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento de ambientes de tecnologia nas escolas públicas e disseminar o aprendizado de programação e robótica entre estudantes do gênero feminino das fases finais do ensino fundamental. A Escola Municipal Curt Alvino Monich e a Escola Municipal Padre Valente Simioni, com duas equipes, conquistaram o primeiro, segundo e terceiro lugares  e foram premiadas com equipamentos.

As 12 equipes finalistas apresentaram seus projetos em um evento. As cinco melhores classificadas na final continuarão realizando atividades de pesquisa na Universidade, sob orientação dos professores nas áreas de tecnologia e com bolsas de iniciação científica do CNPq. As escolas municipais de Joinville aderiram ao programa Meninas na Tecnologia, coordenado pelo professor Carlos Sacchelli, em maio deste ano. No total, 27 unidades participaram, com cerca de 330 alunas de 7° a 9° ano recebendo aulas sobre lógica, programação e robótica educacional.

O processo contou com quatro etapas até a fase eliminatória, em que as participantes, em grupos, precisaram resolver um desafio tecnológico inédito, que abordou o monitoramento de condições climáticas de Joinville. Além da fase de pesquisa, cada equipe apresentou um protótipo físico que funciona por meio de um arduíno – plataforma de prototipagem eletrônica de uso livre – e de sensores que fizeram a leitura desses parâmetros. As atividades ocorreram no contraturno escolar, sob a supervisão de alunos e professores da UFSC Joinville, e com o apoio dos professores integradores de mídias da Rede Municipal de Joinville.

“Elas conseguiram construir mini estações meteorológicas, que eram a missão principal, implementaram no arduíno e mostram seus projetos com desenvoltura. Acredito que conseguimos plantar uma sementinha em várias delas para mostrar que as mulheres podem trabalhar em qualquer área, e que a tecnologia também é um ambiente para elas”, contou a coordenadora do Espaço de Ciência e Tecnologia da UFSC Joinville, Tatiana Garcia.

Conheça as três equipes contempladas:

3º lugar

Escola: Escola Municipal Padre Valente Simioni

Alunas: Laura Mendes Quintino

Isabelly da Maia Pereira

Professora: Gilmara dos Santos

Premiação equipe: 01 Arduíno para cada integrante

2º lugar

Escola: Escola Municipal Padre Valente Simioni

Alunas: Heloisa Correa

Pietra Alice Lopes da Silva

Luiza Bauer

Professora: Daniela Pereira

Premiação equipe: 01 Kindle para cada integrante

1º lugar

Escola: Escola Municipal Vereador Curt Alvino Monich

Alunas: Amanda Aparecida do Livramento

Brenda Wéschylin Limas

Professora: Sheila Steffen Klimtchuk

Premiação equipe: 01 notebook para cada integrante

Cada uma das instituições de ensino foi contemplada com uma impressora 3D.

Tags: Meninas na TecnologiaUFSC Joinville

Inscrições para o Vestibular Unificado UFSC/IFSC terminam nesta quinta-feira

10/10/2022 14:03

Prazos importantes terminam nos próximos dias para os candidatos que pretendem participar do Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023. As inscrições para o concurso poderão ser realizadas até a próxima quinta-feira, 13 de outubro, pelo vestibularunificado2023.ufsc.br, e o pagamento da taxa de R$ 155,00, até sexta-feira, 14 de outubro. A quitação deverá ser feita em qualquer agência bancária do país (de acordo com o horário de atendimento externo), em postos de autoatendimento ou via internet (observado o horário estabelecido pelo banco para quitação na referida data). O pagamento poderá ser via boleto bancário, Pix ou cartão de crédito.

A efetivação da inscrição acontecerá após a notificação do pagamento da taxa à Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) pelo sistema bancário. O requerimento de inscrição e o comprovante de pagamento da taxa, efetuado dentro do prazo, são os documentos que comprovam a inscrição do candidato. Não há mais possibilidade de pedir a isenção da taxa de inscrição.

Os candidatos que já fizeram a inscrição poderão retificar informações até quinta-feira, dia 13, de acordo com as orientações descritas no edital.  O concurso será realizado, das 14h às 19h, nos dias 10 e 11 de dezembro.

Dúvidas

No site vestibularunificado2023.ufsc.br, o candidato pode acessar, as “Dúvidas Frequentes”. Há também opção de atendimento telefônico pelo (48) 3721 9951 (9h às 17h) ou envio de e-mail  pelo coperve@coperve.ufsc.brAs informações relacionadas ao Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023 também são divulgadas em quatro redes sociais:

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Santa Catarina pode ser modelo para os outros estados no controle de bactérias do tipo MRSA

10/10/2022 08:50

Pesquisadora da UFSC está coordenando um projeto para estudar a Staphylococcus Aureus resistentes a Meticilina (MRSA)

 

A microbiologista Fabienne Ferreira estuda MRSA desde a sua graduação (Foto: Rafaella Whitaker)

 

A resistência das bactérias aos antibióticos é um grande desafio para a saúde pública no mundo. Uma dessas bactérias é Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina, conhecida pela sigla MRSA. Apesar de serem organismos comensais, ou seja, que interagem com o ser humano sem causar doença, em algumas situações, o desequilíbrio da relação dessa bactéria com o hospedeiro pode ser prejudicial à saúde. O estudo conduzido por Fabienne Antunes Ferreira, microbiologista e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), busca entender essas interações entre o organismo humano e esses patógenos, mais especificamente no estado de Santa Catarina.

O objetivo do estudo é entender por que em Santa Catarina a incidência dessas bactérias resistentes a antibióticos parece ser menor em comparação com outros estados do país. No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, cerca de 30 a 60% de Staphylococcus aureus são MRSA. No entanto, em Santa Catarina, essa taxa reportada foi de 2 a 8%. “Talvez, Santa Catarina possa ser um modelo futuro para inibir o crescimento dessas bactérias, já que aqui é naturalmente inibido de alguma forma”, explica a pesquisadora.
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Grupo da UFSC lança votação para escolher nome de uma nova espécie de fungo

06/10/2022 09:28

 MIND.Funga, grupo coordenado pelo Laboratório de Micologia da Universidade Federal de Santa Catarina, lançou uma votação para nomear uma nova espécie de fungo, como parte do projeto SBPC Vai à Escola, realizado nas escolas do entorno do Parque Nacional de São Joaquim. A espécie em questão é pertencente ao gênero Ophiocordyceps, que é representado por espécies de fungos que parasitam insetos. A votação é mais um dos resultados do projeto, que contou com a publicação de livro paradidático infantil, produzido e distribuído para as escolas do entorno do Parque Nacional de São Joaquim, local em que a espécie nova foi encontrada.

Os estudantes da região tiveram a oportunidade de sugerir nomes para a espécie. A votação se encerra no dia 23 de outubro, durante a Semana da Ciência da Serra Catarinense, que ocorre em Orleans e Urubici, junto à 19ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. O resultado será divulgado na segunda-feira, 24 de outubro. Nesta data, serão divulgados os dados da votação e o nome científico escolhido pela maioria. O nome dos alunos que indicaram a sugestão também será anunciado.

Essa espécie nova de fungo ataca e controla formigas (formigas-zumbi) nas florestas nebulares do Parque Nacional de São Joaquim. Para o processo de descrição de uma espécie nova para a ciência é necessário um nome novo. “Na época, queríamos que a comunidade do entorno do parque participasse dessa etapa de se fazer ciência. Assim, desenvolvemos um material paradidático para trabalhar com as escolas de Urubici, que acabou virando um livro infantil  com apoio da SBPC, CNPq, FAPESC e INCT Herbário Virtual da Flora e dos Fungos”, explicam os pesquisadores, no formulário de votação.

O livro convida o leitor a dar um nome para a espécie nova, missão cumprida pelos estudantes das escola. Entre os nomes criativos sugeridos pelos estudantes, 12 foram ajustados de acordo com normas científicas e encaminhados à votação.  Um total de 103 nomes foram sugeridos por alunos do 4º ano do ensino fundamental ao 2º ano do ensino médio das escolas Araújo Figueredo, Manoel Dutra Bessa, o Colégio Santa Clara de Urubici e o grupo de reforço escolar do SESC de Urubici, em 2019. A espécie pertence ao gênero Ophiocordyceps e os nomes foram latinizados e ajustados para que sirvam como epítetos de um nome científico.

 

Tags: Laboratório de MicologiaMind.FungaOphiocordycepsParque Nacional de São JoaquimSBPC vai à escola

Culto na UFSC homenageia a memória de Luiz Carlos Cancellier de Olivo

03/10/2022 18:16

O templo ecumênico do campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi palco nesta segunda-feira, 3 de outubro, de um culto em memória do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, o Cau, cuja morte completou cinco anos no dia 2 de outubro. Estiveram presentes pessoas da família, amigos, colegas, integrantes da atual gestão da UFSC – entre os quais o reitor Irineu Manoel de Souza e a vice-reitora Joana Célia dos Passos – e também integrantes da gestão anterior como o ex-reitor Ubaldo Cesar Balthazar e a ex-vice-reitora Cátia Carvalho Pinto.

Culto foi realizado no templo ecumênico da UFSC 

O culto foi celebrado pelo padre Vilson Groh. O padre iniciou a cerimônia lendo um texto do evangelista Lucas sobre as bem-aventuranças, considerado por ele um dos textos mais expressivos dos Evangelhos e que “nos coloca uma convocação contra o conformismo”.

O irmão de Cau, Júlio Cancellier, representou a família no evento e também dirigiu algumas palavras aos presentes. Ele disse que a família se sentia abraçada pelas palavras do padre Vilson e pelos olhares de todos. Antes da cerimônia, Júlio disse que após cinco anos “a Universidade vive, continua e retoma a cada dia a sua condição de polo gerador de conhecimento, que era o grande objetivo do Cau”. De acordo com ele, desde estudante e depois como professor o reitor defendia com vigor a UFSC. “Cinco anos passados daquela tragédia e até hoje nada se demonstrou concretamente em relação ao Cau. Ao contrário, se demonstrou que ele era um grande líder, uma pessoa do consenso, uma pessoa do bem, e essa memória ficará para sempre”.

O chefe de gabinete de Cancellier e posteriormente do professor Ubaldo, Aureo Mafra de Moraes, lembrou a sessão solene fúnebre realizada no dia 3 de outubro de 2017, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos. Ele diz que a Universidade viveu um momento de comoção mas não conseguiu converter a indignação em resposta efetiva, em reação à operação policial que prendeu o reitor e depois levou-o à morte. De acordo com Aureo, a Universidade viveu nos últimos anos uma série de ataques à ciência, à vida e às suas próprias decisões.

Integrantes da gestão anterior da UFSC participaram da cerimônia

Espírito conciliador

Presidente da Apufsc, Carlos Alberto Marques, o Bebeto, lembrou que Cau era um filiado ativo, que defendia o papel do sindicato. Ele conhecia o reitor desde o movimento estudantil e ambos tinham em comum a militância. “Sabíamos distinguir a divergência da inimizade”, disse Bebeto. O presidente da Apufsc concordou com as palavras de Aureo e disse que devemos olhar à nossa consciência e ver o que faltou fazer naquele momento. “Faltou muitas mãos estendidas a ele”.

O ex-reitor Ubaldo Cesar Balthazar lembrou que Cau morava “a 70 passos da Universidade”, que vivia e tinha um projeto para a Universidade, e que sofreu uma coação irresistível quando foi proibido de pisar na UFSC. De acordo com Ubaldo, a operação Ouvidos Moucos foi uma situação trazida de fora para dentro da Universidade, com base em uma acusação que se revelou infundada. “Cau foi vítima de um sistema ditatorial, que pretende ser forte mas é um simulacro de Estado”, afirmou.

Irineu, Joana e integrantes da atual Administração Central

Alesandro Pickcius, do movimento espírita, disse que para os espíritas a vida continua em outra dimensão. Dirigindo-se à professora Joana, Pickcius lembrou que Cancellier foi um grande defensor das cotas dentro da Universidade. Na sua visão, Cau foi um espírito conciliador. “Cancellier continua vivo e com certeza está recebendo essas homenagens”, disse.

A vice-reitora Joana Célia dos Passos foi chamada a falar pelo padre Vilson e disse que, embora tivesse pouco relacionamento com Cancellier, atuou com ele na construção e consolidação da Secretaria de Ações Afirmativas (Saad), hoje transformada em Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe). Ela citou trechos do poema “Os Estatutos do Homem”, do poeta amazonense Thiago de Mello.

O reitor Irineu Manoel de Souza lembrou que “há cinco anos perdemos um reitor, um professor, um estudante das ciências jurídicas”. De acordo com Irineu, o professor Cancellier foi vítima do Estado brasileiro e sua morte foi uma atitude radical em resposta à injustiça. A morte de Cau deixou legados, afirmou o reitor, citando a Lei do Abuso de Autoridade, denominada de Lei Cancellier. “Continuaremos lutando pelos direitos inscritos na nossa Carta Magna”, disse Irineu.

Durante a cerimônia, o secretário de Comunicação da UFSC, Samuel Pantoja Lima, tocou ao violão e cantou as músicas “Na Terra como no Céu”, “Fica mal com Deus” e “Amanhã”. A cerimônia foi encerrada com a oração do Pai Nosso.

Fotos: Robson Ribeiro/Estagiário Secom

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Cinco anos sem Cancellier: o legado de uma vida interrompida

03/10/2022 10:08

Confira a versão multimídia desta reportagem.

 

Onde você estava quando recebeu a notícia?
O que estava fazendo?
Quem te comunicou? 

Há cinco anos, em 2 de outubro de 2017, a UFSC vivia um dia traumático na sua história: a morte de seu reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. (Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC)

Eventos históricos marcantes e traumáticos por vezes são assim. A gente lembra onde estava, o que fazia naquela hora, como recebeu a notícia. Era uma segunda-feira, e a notícia chegou perto do horário do almoço. As pessoas estavam no trabalho, preparando uma refeição, vivendo. E uma vida se interrompeu. 

A vida do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo foi interrompida em um shopping de Florianópolis, com uma mensagem no bolso, guardada dentro do plástico que envolvia sua carteira de motorista: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”. 

Antes de tirar a própria vida, Cancellier havia dado sinais de que não estava bem, tinha acompanhamento médico, e de sua família. Tudo foi desencadeado após sua prisão em 14 de setembro de 2017, e as acusações no âmbito da Operação Ouvidos Moucos, com informações amplamente divulgadas em todo o país. A cobertura midiática, baseada na espetacularização, e o processo judicial, à base do abuso de autoridade, desestabilizaram Cancellier, especialmente por proibirem o professor e reitor de pisar na UFSC. A Universidade é vizinha do edifício onde vivia Cancellier, era sua segunda casa. A agressão da prisão e isolamento e o tratamento que ele recebeu da mídia e da sociedade pesaram.

E assim, em 2 de outubro de 2017, a família Cancellier perdeu o seu querido Cau, um irmão e um pai. A UFSC perdeu um reitor, um professor. Muitos perderam um amigo. 

Cinco anos se passaram, e o que mudou?
Qual legado Luiz Carlos Cancellier deixou para a UFSC?
O que aprendemos com o que aconteceu após a prisão e o ato extremo de Cancellier?

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Acesso ao restaurante da UFSC em Florianópolis será feito apenas por cartão

30/09/2022 17:50

RU da Trindade será acessível com o uso do cartão

A partir de 7 de novembro de 2022, o acesso ao Restaurante Universitário (RU) do campus de Florianópolis será feito exclusivamente com o cartão, que utilizará um sistema de créditos e débitos semelhante ao do cartão bancário. O acesso com passe de papel não será mais possível após esta data, mas a mudança será gradual: haverá um período de transição em que as duas modalidades serão aceitas.

A direção do RU elaborou um cronograma no qual a quantidade de passes de papel vendidos aos usuários será reduzida progressivamente ao longo do mês de outubro (veja cronograma ao final da matéria).

A pró-reitora de Permanência e Assuntos Estudantis, professora Simone Sobral Sampaio, aponta os benefícios da mudança: “A modernização e eficiência do sistema de acesso ao maior RU da UFSC contribui de maneira significativa pela sua praticidade e economicidade. Com ele, além de agilizar a entrada no RU, a universidade eliminará as despesas com a venda de passes e o transporte de valores, ambos feitos por empresas contratadas para estes fins”.

A mudança foi bem recebida pela Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC. “Ficamos muito contentes com essa alteração, visto que a produção de papel tem impactos ambientais significativos, com consumo de água e energia, além do uso de madeira de áreas de reflorestamento e produtos químicos”, afirma a coordenadora, Anna Cecília Petrassi. Ela aproveita para divulgar a “Pesquisa do uso do Papel na UFSC“, que tem entre seus objetivos entender o consumo de papel na Universidade e a partir desse diagnóstico propor diretrizes, instruções e campanhas educativas sobre o tema.

Intransferível

A adoção do cartão será feita simultaneamente ao uso dos passes – nos próximos dias, as catracas do RU serão habilitadas para lançar o débito do valor da refeição no cartão do usuário. Para carregar os créditos, o usuário deverá emitir uma Guia de Recolhimento da União (GRU) e pagá-la em banco. O passo a passo para emissão da GRU está publicado na página do Restaurante Universitário.

A guia é emitida no site passeru.ufsc.br (menu “Gerar GRU”). Após indicar a quantidade de passes a serem adquiridos, a GRU pode ser emitida. Valores até R$ 50,00 deverão ser pagos no Banco do Brasil e valores superiores poderão ser quitados em qualquer banco, até a data do vencimento. Após a compensação bancária do pagamento, o valor será creditado na conta do usuário em até três dias úteis. De acordo com a Portaria 07/2022/Prae, “o valor creditado é de uso exclusivo, pessoal e intransferível” e “a utilização indevida do cartão de acesso por terceiros será de inteira responsabilidade do titular do cartão”.

Além de estudantes dos quatro níveis de ensino da Universidade e servidores técnico-administrativos e docentes, o RU pode atender excepcionalmente a um público variado formado por dependentes menores de 12 anos; responsáveis por menores de 12 anos; funcionários terceirizados; participantes de eventos e visitas técnicas e membros da comunidade de estudantes indígenas. Os usuários podem realizar uma refeição por período (almoço e jantar) todos os dias.

De acordo com o cronograma elaborado pela direção do RU do campus de Florianópolis, a quantidade de passes de papel vendidos será reduzida progressivamente. Os passes serão aceitos no RU até o dia 6 de novembro, mas quem ainda tiver passes não utilizados além desta data poderá solicitar reembolso.

Cronograma de compra de passes:

3/10 a 7/10/2022 poderão ser adquiridos até 28 passes impressos;

10/10 a 14/10/2022 poderão ser adquiridos até 14 passes impressos;

17/10 a 6/11/2022 poderão ser adquiridos até 2 passes impressos por dia.

Tags: cartão de acessorestaurante universitárioUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Editora da UFSC vai se aproximar de escolas públicas em projeto de doação de livros

30/09/2022 09:04

Foto: Divulgação Edufsc

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (Edufsc) lançou um projeto para se aproximar dos jovens da rede pública a partir da doação de livros. O projeto Livro em Movimento vai levar, todos os meses, uma caixa com títulos previamente escolhidos a partir do perfil dos estudantes das escolas selecionadas para a ação. Uma equipe da editora irá fazer a entrega e conversar com os alunos e profissionais das escolas sobre a importância da leitura.

O professor Waldir Rampinelli, diretor executivo da Edufsc, explica que o projeto é uma ação solidária, mas também uma iniciativa para incentivar a leitura. A primeira entrega ocorreu no dia 21 de setembro, no Museu do Lixo de Florianópolis. Instalado pela Comcap em 2003, o museu desenvolve atividades de educação ambiental – entre elas a restauração de livros recolhidos pela cidade, que são colocados em uma estante antes de serem destinados a bibliotecas.

No museu, a equipe da Edufsc conheceu o trabalho do educador social e gari Valdinei Marques, o Nei, um dos idealizadores do espaço. Os livros do museu do lixo, na sua grande maioria encontrados em descarte, são recolhidos, restaurados e, uma vez recuperados, são distribuídos às bibliotecas de escolas públicas.

Obras de literatura, livros de conto, de história e outras áreas do conhecimento fazem parte do catálogo da Edufsc, cuja equipe fará uma curadoria direcionada a cada unidade que aderir ao projeto. Em outubro, por exemplo, a biblioteca da Escola Básica Municipal Tapera, no Sul da Ilha, será atendida com uma caixa de livros que poderão ser emprestados para a comunidade.

“A equipe da editora avalia com a escola, selecionando o livro de acordo com o perfil dos alunos, mas também das comunidades. Um dos critérios é que seja uma biblioteca pública, que os pais e a comunidade também possam pegar os livros emprestados”, afirma o professor.

A editora está desenvolvendo outras ações de aproximação com a comunidade por meio do incentivo da leitura – o Livro na Praça – ler para se libertar, por exemplo, promove um encontro do escritor com o leitor, sempre às sextas-feiras, na Praça Santos Dumont, no bairro da Trindade.

Tags: Editora da UFSCEdUFSCLivro em Movimento

Pesquisa da UFSC cria método para identificar veneno proibido nas águas

27/09/2022 07:44

Imagem ilustrativa de Rio em Urubici (Imagem de cassianotartari por Pixabay)

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Química da UFSC, considerado com nível de excelência na última avaliação da Capes, está desenvolvendo um método inovador para identificar um veneno de uso proibido nas águas. A proposta da pesquisadora Marília Reginato de Barros, orientada pela professora Cristiane Luisa Jost, é utilizar um material novo, composto de titânia-sílica, para possibilitar a identificação de um agrotóxico altamente perigoso na água.

O pentaclorofenol (PCP), conhecido também como ‘pó da China’, é utilizado para tratamento de madeira e em lavouras de tabaco, podendo provocar câncer, além de causar depressão por afetar o sistema nervoso central. Ao decidir estudá-lo, a pesquisadora também tinha o objetivo de fazer uma denúncia, alertando a sociedade para os riscos dos agrotóxicos.

Parte dos resultados da tese, em fase final de elaboração, foram publicados no Microchimica Acta, periódico de alto impacto da Springer Nature, uma das editoras mais relevantes do mundo. O estudo A high-performance electrochemical sensor based on a mesoporous sílica/titania material and cobalt(II) phthalocyanine for sensitive pentachlorophenol determination apresenta um método eletroquímico e discute a necessidade de metodologias confiáveis para identificação de um poluente orgânico persistente.

No estudo, Marília explica seu método, que consistiu em utilizar novos materiais de titânia-sílica. A titânia é naturalmente encontrada em rochas e sedimentos e tem um bom grau de homogeneidade, sendo usualmente aplicada em diversas áreas tecnológicas. A sílica também possui propriedades físicas e químicas que garantem bons resultados em aplicações tecnológicas, com qualidades voltadas à estabilidade e resistência térmica e mecânica. “Com a incorporação de grupamentos orgânicos nesses materiais de titânia-sílica novas propriedades são adicionadas a estes materiais”, explica a pesquisadora.

A pesquisa trabalha justamente com a investigação desta nova possibilidade, usando a eletroquímica para determinar a quantidade de agrotóxico nas águas. “Os resultados apresentaram apreciável sensibilidade, estabilidade e limite de detecção dentro das faixas previstas na legislação brasileira de proteção ambiental”, aponta o resumo do estudo. “Isso explica a necessidade de metodologias confiáveis ​​para esse poluente orgânico persistente”.

O estudo confirma que o novo método eletroanalítico é eficiente para ser aplicado em protocolos de rotina. “As descobertas ajudarão a determinar o PCP em outras amostras ambientais relevantes”. Na primeira etapa do trabalho, Marília sintetizou e caracterizou os novos materiais de titânia-sílica. Na segunda parte descrita no artigo, discutiu a aplicação da proposta, que é viável em várias frentes, mas no caso do estudo se concentrou no escopo desenvolvido pelo Laboratório de Plataformas Eletroquímicas, o Ampere.

“Utilizamos um método eletroanalítico, com um sensor quimicamente modificado com esse material que produzi: uma pasta de grafite junto com o material, que é condutor”, explica Marília. A ideia do método é responder qual a quantidade de pentaclorofenol na água. Para isso, foram realizados testes com amostras fortificadas – quando o pesquisador simula a contaminação – extraída na região de Urubici, próximo a uma plantação orgânica de tabaco.

“O pentaclorofenol é considerado um dos poluentes prioritários no mundo. Ele é muito tóxico, carcinogênico e houve casos de apreensão na última década. Há regiões em que seu uso foi relacionado a casos de suicídio, porque ele afeta o sistema nervoso central”, explica Marília. Ela também usou na análise amostras fortificadas coletadas na Lagoa da Conceição, que costuma apresentar resíduos que são quimicamente semelhantes ao veneno.

De acordo com a pesquisadora, em 2021 foi disponibilizado pelo Ibama o último boletim anual de produção, importação, exportação e vendas de agrotóxicos no Brasil, que contabilizou um total de 686.349,87 tonelada de ingredientes ativos legalmente comercializados. Como o método eletroquímico tem sido bem sucedido na identificação dos materiais desse tipo, Marília decidiu usar o conhecimento e revertê-lo também em um alerta. “Foi encontrada uma aplicação, uma aplicação potente. Mas o meu objetivo com a tese também é problematizar isso, a normalização e a liberação de agrotóxicos”, diz.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC Explica: urna eletrônica

23/09/2022 16:12

A urna eletrônica é tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, produzida pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Três pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento, falam sobre o histórico das eleições no Brasil, os casos de fraude relacionados ao voto impresso, o desenvolvimento da urna eletrônica brasileira e os diversos testes e auditorias feitos antes, durante e depois da votação.

Quando e por que foi criada a urna eletrônica? Quem faz a auditorias das urnas? Como funciona a apuração? Existe uma sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)? Já houve algum caso de fraude? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo.

Conheça os entrevistados:

Julian Borba possui graduação em Ciências da Administração e mestrado em Sociologia Política pela UFSC e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da UFSC e um dos coordenadores do Grupo de Investigación de Participación Política, da Associação Latino-Americana de Ciência Política. Desenvolve pesquisas sobre participação política, comportamento eleitoral e atitudes e valores políticos.

Marcelo Ramos Peregrino Ferreira é doutor em Direito pela UFSC, membro e fundador das academias catarinense (Acade) e brasileira (Abradep) de Direito Eleitoral e presidente da Conferência Americana dos Organismos Eleitorais Subnacionais para a Transparência Eleitoral (Caoeste). Entre 2012 e 2014, foi juiz eleitoral do TRE/SC, diretor da Escola Judiciária Eleitoral Des. Irineu João da Silva do TRE/SC, integrante da Comissão do Conselho Federal da OAB para Mobilização para a Reforma Política e ouvidor da Justiça Eleitoral do Estado de Santa Catarina. Já atuou como observador internacional das eleições da Colômbia (2018), do Peru (2019), de El Salvador (2021) e do Equador (2021).

Ricardo Felipe Custódio é graduado e mestre em Engenharia Elétrica pela UFSC e  doutor em Ciência da Computação pela UFRGS. É professor do Departamento de Informática e Estatística e supervisor do Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) da UFSC. Suas áreas de pesquisa incluem assinatura digital de documentos eletrônicos, infraestrutura de chaves públicas e gestão de identidades eletrônicas.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube:

Para saber mais

A página Fato ou Boato foi criada pelo TSE para desmentir conteúdos falsos. A iniciativa integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que atualmente mobiliza mais de 70 instituições, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas, para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia.

Em suas 28 páginas, o Guia da urna, elaborado pela Secretaria de Comunicação e Multimídia (Secom) do TSE, conta a história do surgimento da urna eletrônica, destaca a evolução tecnológica, as barreiras de segurança e as diversas possibilidades de auditoria no equipamento ao longo de 26 anos de uso nas eleições. Também aborda a experiência de impressão do voto eletrônico em 2002 e a declaração de inconstitucionalidade da impressão do voto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, por colocar em risco o sigilo e a liberdade do voto. 

O livro Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira, de autoria da jornalista Fernanda Soares Andrade, conta a história da criação da urna eletrônica brasileira e as mudanças que sua utilização trouxe ao longo dos anos. O e-book tem também o objetivo de esclarecer a população sobre o funcionamento e a segurança da urna. A obra foi redigida com base em documentos do TSE e depoimentos de pessoas que participaram do desenvolvimento da urna.

Em dezembro de 2021, a Escola Judiciária Eleitoral da Bahia lançou o livro 25 anos da urna eletrônica: tecnologia e integridade nas eleições brasileiras, composto de trabalhos escritos por pesquisadores especializados no tema, professores de Direito Eleitoral e outras pessoas que fizeram parte do processo de desenvolvimento da urna. A publicação aborda a história das eleições no Brasil e da origem da urna eletrônica brasileira, seu protagonismo no combate à fraude eleitoral e uma análise crítica sobre os riscos do retrocesso envolvidos na impressão do voto eletrônico. Aborda, também, o combate à desinformação, os desafios à inovação do processo de votação eletrônico e o futuro do uso da tecnologia na democracia brasileira.

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UFSC recebe prêmio e é classificada como 23ª melhor universidade da América Latina

23/09/2022 16:10

O resultado do QS World University Rankings: Latin America 2023, divulgado nesta quinta-feira, 22 de setembro, classificou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entre as 23 melhores universidades da América Latina. A UFSC ocupa a 8ª posição entre as universidades brasileiras e a 4ª entre as instituições federais de ensino.

A classificação é elaborada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS), empresa britânica especializada em educação. O ranking analisou 428 instituições em 20 países da América Latina e é liderado pela Pontificia Universidad Católica de Chile (UC). O índice de cada instituição é elaborado por meio de oito indicadores com pesos distintos: reputação acadêmica (30%), reputação de empregabilidade (20%), proporção de professor por estudante (10%), corpo docente por PhD (10%), rede internacional de pesquisa (10%), citações por artigo (10%), artigos por instituição (5%) e alcance na internet (5%). Os indicadores mais forte da UFSC nesta edição do ranking foram de corpo docente por PhD (nota 99.8), alcance na web (nota 98.7) e rede internacional de pesquisa (nota 96.3).

A universidade também foi premiada no evento QS Higher Ed Summit: Americas 2022, que ocorreu nos dias 22 e 23 de setembro em Vila Velha, Espírito Santo. A conferência reuniu líderes e especialistas da educação superior para discutir o tema “Mission-led Universities: elevating higher ed in the Americas” (“Universidades orientadas por missão: elevando o ensino superior nas Américas”, na tradução para o português). O evento promoveu debates, palestras, painéis de discussão e estudos de caso, além da oportunidade de interagir com a comunidade internacional de educação superior e criar parcerias estratégicas. A UFSC foi premiada na categoria Excelência em Pesquisa e participou do evento sob representação do superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), William Gerson Matias.

Confira o resultado completo do ranking aqui.

Texto: Comunicação Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) 

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Agecom lança episódio de podcast sobre ciência debatendo a ‘Década do Oceano’

21/09/2022 14:02

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) lançou o episódio 11 do podcast UFSC Ciência, que tem o objetivo de divulgar o trabalho de alunos, professores e pesquisadores da instituição. O tema do episódio é A Década dos Oceanos e a Ciência, que trata de questões socioambientais relacionadas ao mar a partir da perspectiva de pesquisadores da instituição e convidados. A proposta é apresentar aos ouvintes a Década das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, declarada pelas Unesco em 2017 e que será realizada até 2030, com ações e propostas para fazer da ciência uma ferramenta de mudança e cidadania.

Confira a sinopse e dê o play na sua plataforma preferida:

Quantas espécies podem habitar o fundo do mar? Como é o oceano profundo e misterioso? Com o que sabemos sobre esse ecossistema que cobre cerca de 70% da Terra, conseguimos frear a ação humana a ponto de salvar o planeta? Essa temática vem sendo foco permanente de discussões. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, popularmente conhecida como Unesco, decidiu transformar esta na Década da Ciência Oceânica para o desenvolvimento sustentável. Na prática, isso significa que estamos vivendo um momento propício para falar da ciência que estuda o oceano e todos os seus possíveis desdobramentos.

Para falar sobre o tema, entrevistamos os professores da UFSC Paulo Horta, Tatiana Silva Leite e Alessandra Larissa Fonseca, três pesquisadores que estudam o oceano a partir de diferentes enfoques.

Tags: AgecomDécada das Nações Unidas de Ciência Oceânica para o Desenvolvimento SustentávelEpisódio 11podcast UFSC CiênciaUFSC Ciência

TV UFSC transmite episódios da revista ‘Diálogos em Libras’ do Departamento de Libras

21/09/2022 10:15

A revista “Diálogos em Libras”, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), faz parte da grade de programação da TV UFSC desde o início de setembro. O projeto traz entrevistas com artistas de Libras e discussões críticas sobre a literatura surda, em três episódios exibidos às quartas, 16h30, e às quintas-feiras, 22h. A TV UFSC é transmitida pelo canal 63.1 na TV aberta, canal 15 da Claro TV e na internet em tv.ufsc.br/ao-vivo.
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Mais de 80% dos cursos da UFSC avaliados pelo Enade 2021 atingem notas máximas

20/09/2022 14:50

Pelo menos 25 dos 30 cursos de graduação da UFSC avaliados no ciclo de 2021 do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) atingiram notas 4 e 5 na avaliação do Ministério da Educação. Destes, dez são considerados destaque pelo nível de excelência. Em um ano marcado pelos efeitos da pandemia na educação, os resultados indicam o compromisso da instituição com a formação de qualidade.

A cada ano, o Enade avalia os alunos concluintes de um grupo de cursos de diferentes áreas de conhecimento e eixos tecnológicos, na forma de um rodízio. A avaliação tem ciclos trienais, ou seja, os cursos são reavaliados a cada três anos. Nesse ciclo, cursos de licenciatura e bacharelado, tanto na modalidade presencial como à distância, passaram pela avaliação. A UFSC também se destacou com as notas mais altas do país em diversas áreas de ensino. A licenciatura em Ciências Biológicas obteve a segunda melhor avaliação do país, num universo de 467 cursos avaliados.

O bacharelado em Química, com nota máxima (5), foi considerado o terceiro melhor do país, conforme a avaliação. A licenciatura em Química do campus de Blumenau também se destacou com a sexta melhor nota. A licenciatura em Letras-Inglês foi outro destaque, com uma avaliação que o coloca como o quarto melhor do país. Já a licenciatura em História obteve a sétima melhor nota entre todos os cursos do Brasil.

Para a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro, os resultados do Enade 2021 evidenciam a qualidade dos cursos de graduação da UFSC. “Esse resultado é fruto da dedicação de docentes, TAEs e estudantes que atuam no ensino, na pesquisa e na extensão e colocam nossa universidade com a maioria dos cursos avaliados com notas 4 e 5, consideradas acima da média. Muitos dos cursos avaliados figuram entre os melhores do país. Mesmo com as adversidades enfrentadas nos últimos anos, tanto relacionadas à pandemia quanto ao financiamento da universidade pública, essa avaliação revela o comprometimento de todos que estão envolvidos com os cursos de graduação da UFSC”.

Enade 

Previsto na lei que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), de 2004, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes avalia o desempenho dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos que se propõem a ensinar e as habilidades e as competências desenvolvidas pelo estudante durante sua formação. O exame é obrigatório: apenas o concluinte que responder ao Questionário do Estudante e realizar a prova pode colar grau.

Os resultados do Enade 2021 foram divulgados na última segunda-feira, 12 de setembro. Em dezembro, o MEC divulgará outros dois indicadores: o Conceito Preliminar de Curso (CPC) e o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC). O CPC combina, em uma única medida, diferentes aspectos relativos aos cursos de graduação: desempenho dos estudantes, valor agregado pelo curso, corpo docente, e condições oferecidas para o desenvolvimento do processo formativo.

A cada ano, o exame se dedica a um ano de um ciclo avaliativo trienal. Em 2021, foram avaliados os estudantes das seguintes áreas:

– cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de ciências biológicas; ciências exatas e da terra; linguística, letras e artes e áreas afins;

-cursos de licenciatura nas áreas de conhecimento de ciências da saúde; ciências humanas; ciências biológicas; ciências exatas e da terra; linguística, letras e artes;

-cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de ciências humanas e ciências da saúde, com cursos avaliados no âmbito das licenciaturas;

-cursos superiores de tecnologia nas áreas de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial.

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UFSC coordena criação de instituto de estudos contra câncer

19/09/2022 16:12

Professor Edroaldo Lummertz da Rocha lidera iniciativa que visa desenvolver novas tecnologias para diagnóstico, monitoramento e tratamento do câncer. Foto: Divulgação

Uma das quatro maiores causas de morte prematura no mundo, o câncer é ainda hoje o principal problema de saúde pública em diversos países. A mais recente estimativa, realizada em 2018, apontou 18 milhões novos casos e cerca de 9,6 milhões de óbitos em decorrência da doença, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Somente no Brasil, a previsão é de 625 mil novos casos por ano.

As chances de cura, no entanto, aumentam consideravelmente quando os pacientes são diagnosticados em estágios iniciais. Neste sentido, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalha na formação de uma entidade voltada a pesquisas de referência sobre a doença. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) e o Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU) lançaram nesta segunda-feira, 19 de setembro, uma iniciativa que convida servidores docentes e técnico-administrativos a manifestarem interesse em colaborar com a criação e o desenvolvimento do Instituto Multidisciplinar de Estudos contra o Câncer.

A ação é liderada pelo professor Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC. A proposta tem como missão central promover um esforço coordenado, multidisciplinar e de impacto para compreender os mecanismos da doença, assim como desenvolver novas tecnologias para diagnóstico, monitoramento e tratamento.

As manifestações de interesse em integrar a iniciativa podem ser apresentadas por formulário até o próximo dia 15 de outubro. O cronograma de ações prevê, em um primeiro momento, a discussão do tema em reuniões on-line, depois em um encontro científico a ser promovido no fim do mês de novembro. De acordo com Edroaldo, os detalhes para a constituição do instituto serão definidos a partir desse diálogo.

“O objetivo é nuclear pesquisadores que têm interesse em comum pra resolver vários aspectos nas pesquisas relacionadas ao câncer, de forma que a gente possa ter uma estrutura formalizada e competir por financiamentos de maior porte direcionados ao trabalho que fazemos aqui na Universidade”, explica o docente.
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‘UFSC Blumenau de Portas Abertas’ recebe mais de 400 alunos de ensino médio

19/09/2022 14:58

Mais de 400 alunos de ensino médio de escolas públicas e particulares participaram da primeira edição do UFSC Blumenau de Portas Abertas, evento realizado na semana passada, entre 12 e 15 de setembro. O objetivo principal foi aproximar o campus da sociedade, especialmente dos estudantes de segundo e terceiro ano que estão se preparando para ingressarem na Universidade.

Os visitantes foram recebidos no Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira pelo diretor da UFSC Blumenau, o professor Adriano Péres. Ele falou brevemente sobre os cursos que o campus oferece, do programa de assistência estudantil da UFSC e também do vestibular, que está com inscrições abertas até 13 de outubro. “Estamos muito felizes de recebê-los. O que vocês vão ver é apenas uma parte da nossa estrutura. Sejam bem-vindos e aproveitem essa experiência”, disse o diretor na ocasião.

Alunos acompanharam apresentações e experimentos realizados por alunos dos cursos, professores e servidores

Na sequência, os estudantes foram divididos em grupos fizeram uma visita, guiada por monitores, a alguns laboratórios do campus, onde puderam acompanhar apresentações e experimentos realizados por alunos dos cursos, professores e servidores técnico-administrativos. Cada coordenação preparou uma experiência diferente para os visitantes, que também levaram folders dos cursos de interesse.

Bruna Cristina Beltrão, de 18 anos, visitou o campus durante o evento

A estudante Bruna Cristina Beltrão, de 18 anos, foi uma das participantes do evento. Cursando o terceiro ano do ensino médio na Escola de Educação Básica Adolpho Konder, ela conta que não conhecia os cursos. “Eu não tinha noção de como eram os cursos ofertados aqui. Agora que deu para conhecer um pouco melhor, estou considerando a opção de vir estudar aqui”, disse. Entre os cursos, um deles chamou mais a atenção da estudante. “Fiquei impressionada com a Engenharia Têxtil. É incrível ver a quantidade de processos envolvidos na fabricação de tecidos e de roupas. É uma coisa tão comum no nosso dia a dia e não fazemos noção de quanto estudo tem por trás”, completa.

A realização do UFSC Blumenau de Portas Abertas foi idealizada pelo Comitê Permanente de Divulgação na Rede Escolar (Copere). A ideia é que novas edições do evento sejam realizadas nos próximos anos, sempre durante o período de inscrições para o Vestibular da UFSC.

Texto: Serviço de Comunicação e Eventos Institucionais | UFSC Blumenau

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Gerador fotovoltaico mais antigo do país completa 25 anos

19/09/2022 14:30

Foram utilizados 68 módulos, sendo 54 opacos e 14 semitransparentes. Foto: Laboratório Fotovoltaica/ UFSC

O primeiro sistema fotovoltaico integrado a uma edificação e conectado à rede elétrica pública do Brasil completou 25 anos de operação ininterrupta no Laboratório de Energia Solar Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde 16 de setembro de 1997, ele está instalado no topo do prédio do Departamento de Engenharia Mecânica, no Centro Tecnológico do campus de Florianópolis (CTC) – sede original do Laboratório Fotovoltaica, que construiu e monitora este e diversos outros sistemas fotovoltaicos no país.

O gerador tem a potência instalada de 2 kWp, fixado em uma área total de 40m². A inclinação foi ajustada para a face norte, à linha do equador, captando a maior radiação possível ao longo do ano. O projeto original do sistema de 2 kWp foi composto na forma de subsistemas, utilizando quatro inversores, que são os responsáveis por converter a energia gerada em corrente alternada para injetá-la na rede pública. O sistema operou dessa forma de setembro de 1997 até o final de 2008, quando os quatro inversores foram substituídos por apenas um de 2,5kW.

Ao longo do período de 11 anos de operação foram detectadas algumas poucas interrupções de geração, rapidamente solucionadas. O sistema foi mantido configurado como instalado, demonstrando a elevada confiabilidade de um gerador deste tipo em atividade de longo prazo. Com a atualização da tecnologia, hoje um sistema com essa mesma potência pode ocupar apenas 10m².

Depois de duas décadas funcionando, foi necessário desconectar alguns dos módulos. Isto reduziu a capacidade de geração para 1,28 kWp. No entanto, os problemas que causaram a redução do número de módulos estão associados a componentes, e não à tecnologia em si. Com os avanços no setor, esses componentes se apresentam de forma mais robusta nos módulos fotovoltaicos disponíveis hoje no mercado.

No início do ano de 2022, 10 anos após o marco legal que regulamentou o uso de geradores solares fotovoltaicos na rede elétrica pública em nosso país, o Brasil alcançou a marca de 14 mil megawatts instalados, mesma potência da Usina Hidrelétrica de Itaipu. A longevidade do primeiro gerador fotovoltaico conectado à rede e ainda em operação representa uma consistente contribuição ao conhecimento do desempenho de longo prazo da geração solar, que é limpa e de baixo custo.

Para ter mais informações sobre a instalação do sistema e sobre outros projetos do Fotovoltaica, acesse a página do laboratório ou o perfil no Instagram.

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Projeto AtlantECO organiza pesquisa global em 21 de setembro e promove a Cultura Oceânica

19/09/2022 14:23

Foto: Divulgação/AtlantECO

O projeto internacional de pesquisa e extensão AtlantECO, vinculado ao Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC organiza, na quarta-feira, 21 de setembro, uma atividade do Ocean Sampling Day (OSD), campanha científica global com o objetivo de analisar a biodiversidade e a função microbiana marinha. Nesse dia, a equipe do Projeto AtlantECO, bem como outros pesquisadores da UFSC vinculados à Chamada Blue Growth, realizam amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Santa Catarina. 

O OSD visa gerar o maior conjunto de dados microbianos padronizados em um único dia em diversas regiões do mundo. Durante todo o dia, pesquisadores estarão recolhendo amostras de águas da zona costeira e esta será a primeira vez em que a atividade ocorre na região do Atlântico Sul. A iniciativa já existe, desde 2014, em todos os oceanos, com exceção da costa brasileira e africana. 

O AtlantECO organiza a atividade em 2022 e nos próximos dois anos, em parceria com o European Marine Biological Resource Center (EMBRC). O AtlantECO é um projeto desenvolvido em parceria com 36 instituições de 11 países da Europa, Brasil e África do Sul, que tem por finalidade a pesquisa sobre o microbioma do Atlântico, os impactos das mudanças climáticas e da poluição no oceano.
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Pesquisadores da UFSC apresentam projetos que beneficiarão a Lagoa da Conceição 

16/09/2022 14:03

(Foto: Divulgação/Casan)

Pesquisadores e gestores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estiveram na Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) nesta sexta-feira, 16 de setembro, em reunião sobre os projetos que serão desenvolvidos na região da Lagoa da Conceição e que foram contemplados no edital de pesquisa com apoio financeiro da CASAN, Fapesc e UFSC.

Entre os temas das pesquisas estão avaliação toxicológica de fontes de contaminação, drenagem urbana sustentável, diagnóstico utilizando biomarcadores de contaminação aquática, restauração de ambientes florestais, sensores para o monitoramento inteligente e gestão da sustentabilidade urbana na Lagoa da Conceição, e educomunicação, entre outros. 

>> Confira a lista dos projetos contemplados

Ao todo, 38 estudos foram selecionados e receberão investimento de R$ 3,2 milhões para desenvolvimento tecnológico e inovação em áreas do conhecimento relacionadas aos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). A Casan fez o repasse de R$ 2 milhões, e UFSC e Fapesc repassaram R$ 600 mil cada. 
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Ciências forenses: o uso do método e do conhecimento científicos em investigações judiciais

14/09/2022 12:00

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Não são raras as vezes em que aquele seu seriado preferido de investigação começa com uma clássica cena: um detetive adentrando em um ambiente apinhado de peritos que fotografam, coletam amostras, fazem demarcações e simulações no local onde ocorreu um crime. A resolução de casos policiais sempre foi um assunto de grande interesse do público. Além de séries, é hoje objeto de livros, podcasts, webséries e tem até canal de TV dedicado exclusivamente ao tema.

Um dos pontos centrais da curiosidade da audiência é o desenrolar do processo de investigação, as técnicas, as ferramentas e os conhecimentos aplicados na tentativa de elucidar uma ocorrência. Para isso, entram em ação as ciências forenses – um conjunto de métodos e conhecimentos científicos necessários para esclarecer questões específicas que auxiliarão e darão suporte à justiça.

Engana-se quem pensa que esse tipo de ciência é utilizado apenas em casos criminais. Conforme explica Beatriz Barros, doutora pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), especialista em odontologia legal e antropologia forense, “as ciências forenses são utilizadas para desvendar não só crimes, como também variados assuntos legais: cíveis, penais, trabalhistas ou administrativos. O objetivo principal é contribuir com as investigações judiciais”.

As ciências forenses agregam especialistas dos mais diferentes campos. Crédito: Henrique Almeida | Agecom

Beatriz, no entanto, salienta que a realidade performada em filmes e séries é uma representação fantasiosa do trabalho do perito e das ciências forenses. “Nos laboratórios das séries de ficção é possível ver tecnologias superavançadas que, no cotidiano, não existem. Há também uma diferença fundamental no tempo real de resposta. Na ficção tudo se resolve em poucos dias, no mesmo capítulo ou episódio. Na vida real, as análises e seus resultados não são tão imediatos”, pondera.

Da esquerda para direita: as professoras Beatriz Barros e Elisa Winkelmann, e as estudantes Aline Assmann e Aline Jaques. Crédito: Henrique Almeida | Agecom

Ainda que a tecnologia disponível ainda não seja exatamente a exibida nas telas, a variedade de profissionais envolvidos em uma investigação é real. O campo forense agrega peritos das mais distintas áreas. É considerado interdisciplinar por envolver física, química, biologia, antropologia, medicina, odontologia, engenharia, contabilidade, linguística, genética, entomologia, tecnologia da informação – enfim, uma lista extensa e não taxativa.

UFSC cria primeiro laboratório no Sul

A UFSC foi pioneira ao criar o primeiro laboratório dedicado às ciências forenses no sul do país em uma instituição de ensino superior. O Laboratório de Antropologia Forense (Lanfor) começou suas atividades em março de 2017, por iniciativa da professora de anatomia Elisa Winkelmann, neurocientista especializada em sistema nervoso central.

Incentivada por um aluno que havia cursado especialização em antropologia na Universidade de Coimbra, em Portugal, Elisa passou a se dedicar à análise de ossos, a participar de congressos na área e a contatar docentes com interesse na prática forense.

No início, as atividades do Lanfor eram desenvolvidas em diversos laboratórios pertencentes ao Departamento de Ciências Morfológicas. Desde março deste ano, entretanto, o grupo passou a ter um espaço próprio, no prédio do Centro de Ciências Biológicas (CCB), instalado no bairro Córrego Grande, em Florianópolis. O Lanfor conta atualmente com 15 integrantes, entre professores e alunos, que se reúnem às segundas-feiras, ao meio-dia. Os encontros alternam-se: em uma semana há a realização de seminário para apresentação de artigos ou trabalhos no auditório do CCB, sempre em sessões abertas ao público; e, na outra, são realizadas atividades práticas de análise e montagem de esqueletos.

Professor e arqueólogo Marcelo Balvoa (à esquerda) em atividade de escavação de sepultamentos no Rio Vermelho, em Florianópolis. Crédito: Lanfor/UFSC

Dois workshops já foram promovidos pelo laboratório da UFSC. O primeiro foi voltado a profissionais do Instituto Geral de Perícia e o segundo a alunos com interesse na área forense – neste último, as vagas esgotaram-se em seis minutos. Em um dos workshops, em 2018, um dos temas tratados foi a estimativa do perfil biológico de um indivíduo. Na ocasião, os participantes vivenciaram uma demonstração prática, capitaneada pelo professor Marcelo Balvoa, em que os alunos conheceram as técnicas de escavação arqueológica.

A professora Elisa destaca que uma das propostas do laboratório é montar uma coleção de esqueletos identificados. “E, para isso, o foco não é saber o nome da pessoa, mas aplicar o conhecimento para outros tipos de identificação, como estatura, idade, sexo e ancestralidade. Por meio do estudo dessas ossadas, podemos averiguar a compatibilidade com as tabelas que já existem na literatura”, ressalta.

A supervisora do Lanfor, contudo, observa que um dos maiores obstáculos na atividade de identificação humana é a falta de parâmetros nacionais e o consequente uso de tabelas estrangeiras (europeias, americanas e australianas, principalmente) para se estimar as características do indivíduo. Outro problema recente enfrentado pela equipe do Laboratório foi o fim do convênio com a Polícia Científica do Estado de Santa Catarina, antigo Instituto Geral de Perícias (IGP). O acordo entre o órgão estadual e a UFSC garantia a doação de cadáveres para o desenvolvimento de pesquisas na Universidade.

Expertise de inúmeras áreas

São diversos os campos do conhecimento que podem ser empregados na resolução de crimes ou outras situações legais. A botânica, por exemplo, já detectou livros literalmente venenosos, encadernados no século XIX com um tecido imbuído em arsênico. Essa ciência contribuiu ainda para resolução do famoso sequestro do bebê de Lindbergh, em 1932, quando a anatomia da escada usada pelo criminoso e abandonada no local facilitou o veredito dos jurados. Um especialista conseguiu provar que a escada havia sido construída com o mesmo material que estava faltando no assoalho do sótão da casa em que morava o acusado, conforme revelou o padrão de crescimento dos anéis da madeira. O julgamento foi o primeiro caso em tribunal em que a botânica forense foi admitida como prova nos Estados Unidos.

Escada utilizada no rapto do bebê de Lindbergh. Crédito: murderpedia.org

Um tipo de análise também bastante comum é a hematologia, que realiza a avaliação de manchas de sangue formadas durante um crime violento. Um perito especializado pode ajudar a entender a posição e a localização da vítima na hora do crime, o ângulo e a força com que ela foi atingida pelo golpe ou objeto que a matou, bem como a arma utilizada de acordo com padrões formados pelas manchas de sangue.

Outra ciência que colabora com o trabalho investigativo é a tricologia, o estudo dos pelos. A importância desse tipo de material no estudo forense reside na sua resistência à decomposição e, logo, na vantagem de ser extremamente durável. Essa característica é atribuída à cutícula, formada por células achatadas ricas em enxofre que dão forma ao cabelo e que o protegem de choques físicos e agentes químicos potentes. Entre as drogas e substâncias que podem ser verificadas pela medicina forense em amostras estão anfetaminas, anticonvulsivantes, benzodiazepínicos, canabinoides, cocaína, antifúngicos, morfina, níquel, hormônios sexuais e minerais.

> Confira algumas áreas das ciências forenses, como elas podem contribuir em investigações e casos notórios já solucionados com o uso do conhecimento científico

 

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Conselho Universitário homenageia e agradece Glauco Olinger pelo seu legado

14/09/2022 11:32

Professor Glauco Olinger recebe homenagem das mãos do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, durante sessão solene nesta terça-feira, 13 de setembro. (Foto: Camila Collato/Agecom/UFSC)

Matéria atualizada no dia 19/09/2022 para inserção de informações sobre homenagem do CCA

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) prestou homenagem ao professor aposentado do Centro de Ciências Agrárias (CCA), Glauco Olinger, que comemora 100 anos no próximo sábado, dia 17. A sessão solene do Conselho ocorreu na terça-feira, 13 de setembro, no auditório da Reitoria e teve transmissão ao vivo pelo YouTube.

“Foi aqui nesta universidade que alguns anos atrás eu recebi o maior título, o que mais me honrou e mais me honra. Dificilmente haverá um título mais honroso que o título de professor”, disse Glauco, primeiro a discursar durante a sessão solene.
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Festival internacional exibe documentário Laklãnõ-Xokleng com a participação de alunos da UFSC

14/09/2022 08:00

Imagem: Divulgação/ Calêndula Filmes.

Documentário sobre a luta indígena do povo Laklãnõ-Xokleng, Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ fará parte da programação do 26º Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM). Com 25 minutos de duração, o filme tem roteiro e direção de Barbara Pettres, Flávia Person e Walderes Coctá Priprá, que é mestra pelo Programa de Pós-Graduação em História da UFSC e primeira indígena a defender um título de pós-graduação na área de Arqueologia no Brasil. A exibição, com entrada gratuita, será no dia 23 de setembro, sexta-feira, às 16h, no Cine Show Beiramar, em Florianópolis.

O curta-metragem tem como produtor local Jucelino Filho, aluno do curso de Jornalismo da UFSC. Na trilha sonora, há uma composição inédita de Fernando Xokleng, também graduando indígena da UFSC em Jornalismo. O filme é parte do Portal de Saberes, projeto de exposição da memória e luta Laklãnõ-Xokleng.

Confira o trailer do filme abaixo:

Sobre o festival e atividades paralelas

O FAM é um festival de cinema com o objetivo de difusão da produção latino-americana. Esta é a primeira edição presencial do evento desde a restrição da pandemia, sendo ao todo 75 filmes de 12 países compondo a grade de exibição. Paralelas ao programa de filmes, neste ano serão ofertadas duas oficinas: Invenção de filmes na escola, com o cineasta, montador e arte-educador Fabrício Borges; e A música e o filme, com o compositor, produtor musical e multi-instrumentista italiano Dario Forzato. A primeira é voltada a professores, e será no sábado, 24 de setembro, às 9h, no Museu de Florianópolis – Sesc, abordando todas as etapas da produção de um curta-metragem de forma coletiva: da criação do roteiro até a exibição e o debate na comunidade escolar.

A oficina ministrada por Dario Forzato será nos dias 26 e 27 de setembro, às 13h30 no CineShow Beiramar Shopping, sobre o processo criativo da trilha sonora. Ele cria músicas para diversas mídias, com clientes como National Geographic e Netflix. As oficinas têm custo para entrada de até R$ 50, com reserva de vagas para ingresso gratuito, sendo 20% das vagas para pessoas de baixa renda, 10% para ações afirmativas e 10% para público geral. 

A programação completa do Festival e mais informações sobre as oficinas podem ser acessadas na página do FAM. Para saber mais sobre a produção do documentário Vãnh Gõ Tõ Laklãnõ, conheça o projeto de exposição da memória xokleng na página Portal de Saberes.

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