Equipe de foguetes da UFSC é uma das quatro brasileiras em competição internacional

12/05/2022 15:34

Kosmos Rocketry é formada por 25 integrantes e dois professores orientadores. Foto: Arquivo pessoal

A Kosmos Rocketry, equipe de competição de foguetes do Centro Tecnológico de Joinville (CTJ), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em preparação para participar da Spaceport America Cup (SAC), a maior competição de foguetes universitários do mundo, nos Estados Unidos, que ocorre entre os dias 21 a 25 junho deste ano. O time está entre as quatro equipes brasileiras selecionadas para participar da competição. “Ainda não caiu a ficha. Acho que só vai cair quando a gente estiver lá nos Estados Unidos lançando o foguete”,  diz João Pedro Sandrin Golynski, capitão da equipe.

O foguete VLK-1 (Veículo Lançador Kosmos) irá concorrer na categoria de 3 km de apogeu. A preparação para o evento começou em 2021. “Começou pelo mental. A equipe tem que estar preparada. Tivemos que fazer um processo mental, que iria ser puxado”, recorda. O primeiro passo foi submeter o projeto técnico, contar como funciona a gestão e o marketing da equipe, além de explicar a visão para o futuro da área e como movimentam a comunidade local. Depois veio uma sequência de três atualizações, para saber quais atividades foram realizadas pela equipe durante os meses seguintes. 

VLK-1 (Veículo Lançador Kosmos) Foto: Divulgação Kosmos Rocketry Team

 

Agora, eles estão a caminho da competição. “A nossa preparação está assim, domingo a domingo, das oito da manhã às oito da noite no laboratório. Trabalhando, projetando, escrevendo para se preparar para ir pra lá”. A equipe está realizando testes com o motor do VLK-1. O último foi um teste estático, no dia 3 de maio, para verificar a segurança do sistema de propulsão. Segundo ele, o motor alcançou 91% do impulso teórico.

Para conseguirem ir ao evento, a Kosmos contou com investimento de patrocinadores, financiamento da Pró-Reitoria de Extensão da UFSC (PROEX) e da FAPESC, vendas de workshops e produtos colecionáveis. Além disso, um financiamento coletivo, que ainda está ativo, pode ser acessado pelo site https://www.kosmosrocketry.com/crowdfunding/

Criada em 2013, essa não é a primeira competição em que a equipe irá participar. Em 2020, eles ganharam o 10° lugar geral da competição e o 4° lugar – Combustão Sólida de 1 km de Apogeu Prêmio de Sportsmanship, no Latin America Space Challenge (LASC).

A equipe também estará presente no SpaceBR Show, uma feira da indústria espacial, que ocorrerá entre os dias 17 e 19 de maio em São Paulo. O evento terá a participação de startups e empresas do mercado espacial internacional e, além disso, um Fórum Híbrido (presencial e online), onde serão debatidas ideias e oportunidades locais e globais para o setor. “A gente pretende muito fazer negócio na feira. Chegar com o nosso plano de patrocínio, nosso plano de negócio e conectar essas pessoas. Queremos mostrar a nossa tecnologia e nosso potencial”, diz João Pedro Sandrin Golynski, capitão da equipe.

 

Para mais informações, acesse o site.

Instagram: @kosmosrocketry

 

Leticia Schlemper/Estágiaria de Jornalismo da Agecom/UFSC

 

 

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UFSC regulamenta política permanente de saúde mental

10/05/2022 17:02

Com o objetivo de atender estudantes – da Educação Infantil à pós-graduação –, servidores docentes e técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados de seus cinco campi, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instituiu sua Política Intersetorial Permanente de Saúde Mental, Atenção Psicossocial e Promoção da Saúde. Aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário (CUn) no último dia 31 de março, a política torna permanente iniciativas como o Acolhe UFSC, projeto que atua no acolhimento psicossocial à comunidade UFSC, em pesquisas sobre a saúde mental da comunidade universitária e na divulgação de ações e serviços de acolhimento.

A ideia é que a política promova a integração de ações produzidas na UFSC e constitua um espaço institucional de referência e integração para a atenção psicossocial e de promoção da saúde. Também estão entre seus objetivos a instituição de uma rede de atenção e de mecanismos de avaliação da própria política, bem como o estímulo a atividades de ensino, pesquisa e extensão e a contribuição para uma universidade democrática, equitativa, acessível, inclusiva e saudável. 

A secretária de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC, Francis Solange Vieira Tourinho, explica que a origem da política remete ao Comitê de Combate à Pandemia da Covid-19, instituído em maio de 2020 por meio da Portaria nº 360/2020/GR. Vinculada a esse comitê, foi criada também a Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica Universitária, responsável pela implementação do Acolhe UFSC.

Entre as ações desenvolvidas no âmbito do projeto, além dos atendimentos individuais e em grupo, destaca-se a pesquisa Estilos de vida e saúde mental da população da UFSC em tempos de covid-19. Realizado em fevereiro e março de 2021, o levantamento deixou claro que toda a comunidade universitária percebeu prejuízos psicossociais significativos relacionados à pandemia e suas exigências de distanciamento social, trabalho e aulas remotas. 73,3% dos respondentes perceberam uma piora no seu estado de saúde física e mental. Estudantes de pós-graduação foram os que relataram maiores índices de sofrimento psíquico. No que diz respeito ao gênero, mulheres cis e pessoas com identidade transgênero foram as que perceberam impactos mais significativos na saúde mental.
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Pesquisa mostra como desigualdades econômicas afetam a letalidade de crianças por covid

06/05/2022 16:17

Disparidades econômicas e regionais se relacionam às taxas de óbitos e de acesso a testes, tomografias e raios X entre crianças e adolescentes hospitalizados por covid-19. Foto: Piron Guillaume/Unsplash

Nos municípios mais pobres do Brasil, crianças internadas por covid-19 tiveram quase quatro vezes mais chance de morrer que as moradoras dos municípios de maior PIB per capita. Entre os adolescentes, o risco foi quase o dobro. As disparidades também se reproduzem entre as regiões do país: no Nordeste, a letalidade de crianças foi 2,5 vezes maior que no Sudeste. Esses são alguns dos resultados de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Conduzido pela pesquisadora Caroline Fabrin, durante seu mestrado, e orientado pela professora e epidemiologista Alexandra Boing, o trabalho revelou como as desigualdades socioeconômicas impactaram o cuidado hospitalar e a letalidade de crianças e adolescentes internados por covid-19 no Brasil entre março de 2020 e dezembro de 2021. Para isso, valeu-se de dados de mais de 22 mil pessoas, de 0 a 18 anos, retirados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), que registra hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o território brasileiro e cujo preenchimento é obrigatório para serviços de saúde públicos e privados. 

Além de demonstrar como as disparidades econômicas e regionais associaram-se à taxa de óbitos de crianças e adolescentes hospitalizados por covid-19, o estudo também mostrou discrepâncias na realização de testes e exames. Tomografias foram duas vezes mais comuns nos municípios do maior decil de PIB per capita do que nos municípios mais pobres. Tiveram, também, quase o dobro da frequência entre crianças da região Sul, na comparação com as do Norte do país. Coletas de amostra biológica para diagnóstico e raios X também foram mais recorrentes nos locais de maior renda. Os achados mantiveram-se consistentes durante as duas ondas de covid-19 analisadas. 
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Série ‘Pianistas’ apresenta concertos gratuitos de artistas catarinenses na Igrejinha da UFSC

05/05/2022 14:00

A Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) e o Departamento Artístico Cultural (DAC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem, nos meses de maio e junho, a série “Pianistas”. Serão quatro concertos musicais presenciais e gratuitos, apresentados na Igrejinha da UFSC, sempre às 19h, com consagrados/as pianistas catarinenses ou residentes em Santa Catarina.

Os concertos da série celebram a retomada das atividades artístico-culturais presenciais na Universidade, estabelecendo a Igrejinha da UFSC como espaço para receber apresentações musicais ofertadas à comunidade universitária e população de Florianópolis. “Nosso objetivo é abrir a Igrejinha para a UFSC e para a cidade, como um local de concertos e recitais. Iniciamos com a série ‘Pianistas’, no qual músicos catarinenses mostram ao público a beleza da arte do piano, proporcionando à comunidade acesso gratuito à música de concerto”, explica a secretária de cultura e arte da UFSC, professora Maria de Lourdes Borges.
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UFSC lança novo episódio do podcast ‘Universos Vivos’, sobre os livros do vestibular 

05/05/2022 12:11

O livro de poemas Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade, é tema do novo episódio do “Universos Vivos”, o podcast dos livros indicados para o vestibular da UFSC. No episódio lançado nesta quinta-feira, o docente de Literatura da UFSC Raul Antelo e o professor do Colégio de Aplicação da UFSC George França analisam o impacto dessa obra, que é considerada o marco do Modernismo no Brasil.

A série de episódios do “Universos Vivos” integram o podcast “Vou pra UFSC”, da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da UFSC. O projeto busca aprofundar as reflexões sobre as especificidades de cada texto. Nos programas, são apresentadas informações sobre o contexto da obra, a biografia do autor e as contribuições do livro para a sociedade brasileira.
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A culpa é do cérebro? Professor da UFSC populariza a neurociência nas redes

04/05/2022 14:27

Professor Andrei Mayer gravando um episódio de podcast em estúdio improvisado em seu apartamento. Foto: Julio Cavalheiro/Secretaria de Estado da Comunicação (Secom)/Santa Catarina.

O que acontece na mente quando pensamos? Como o cérebro faz cálculos? De onde vem o raciocínio lógico? Por que dormimos? Desde a infância e adolescência, o professor Andrei Mayer se pergunta sobre os mistérios relacionados ao funcionamento do cérebro humano. Também adorava acompanhar a programação do canal “Animal Planet”, o que inclusive influenciou na sua decisão de escolher o curso de Biologia quando chegou o momento de prestar vestibular. Hoje, aos 35 anos, ele procura encontrar essas respostas não só para saciar sua curiosidade, mas também para divulgá-las ao máximo de pessoas possível. Com cerca de 72 mil seguidores no Instagram e 107 mil inscritos em seu canal no Youtube, o professor tem se destacado como um popularizador da neurociência no Brasil.

Andrei é docente do Departamento de Ciências Fisiológicas do Centro de Ciências Biológicas (CFS/CCB/UFSC) e está vinculado a dois programas de pós-graduação: o Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGCF/UFSC) e o Programa de Pós-graduação em Neurociências (PPGNeuro/UFSC). Leciona na graduação e pós-graduação, orienta estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado. Mas de tudo o que faz atualmente, o que mais lhe motiva é a divulgação científica.
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Prêmio Pesquisa de Destaque: projeto descobre respostas sobre o medo e a ansiedade com abordagem inédita

04/05/2022 14:00

Professor Roger Walz liderou pesquisa premiada

Desenvolver uma abordagem que permite a utilização de amostras de tecido cerebral humano para o estudo de mecanismos envolvidos no medo e na ansiedade, demonstrar de forma inédita a associação entre marcadores neuroquímicos específicos em estruturas cerebrais e manifestações clínicas de ansiedade em seres humanos; ampliar o conhecimento dos mecanismos neuroquímicos envolvidos com transtornos de ansiedade e estresse pós-traumático. Estes foram alguns dos objetivos atingidos pelo projeto Potenciais marcadores de prognóstico e alvos terapêuticos aplicáveis às doenças neurológicas e psiquiátricas, coordenado pelo professor Roger Walz, do Departamento de Clínica Médica, vencedor da categoria livre do Prêmio Pesquisa de Destaque da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq/UFSC).

O estudo, focado em detectar marcadores de doenças neurológicas e psiquiátricas, é um dos trabalhos realizados pelo Núcleo de Excelência em Neurociências Aplicadas de Santa Catarina, que trabalha também com pesquisa clínica aplicada. A atuação nessas duas frentes possibilitou uma abordagem inovadora para compreender os mecanismos do medo e da ansiedade, questões que ainda provocam uma série de dúvidas à ciência médica.

Com essa abordagem, o grupo estudou amostras do tecido cerebral que é retirado dos pacientes submetidos a neurocirurgia de epilepsia, recurso utilizado em pessoas que não respondem a medicamentos. A abordagem é considerada inédita pois uma análise desse tipo só seria possível em cadáveres, mas como a cirurgia extrai o tecido cerebral dos pacientes o material pode ser aproveitado para fins científicos, com todos os procedimentos sendo devidamente monitorados durante a intervenção.

“Nós investigamos, nesse tecido cerebral, aspectos de neuroquímica, mais especificamente alterações de sinapses que podem ser quantificadas ‘in vitro’ através da técnica de Western Blot. Por incrível que pareça, é possível fazer isso”, explica o professor Walz, pesquisador 1A do CNPq. “Então, este tipo estudo não tem por objetivo testar um tratamento novo, mas utilizar o material que está disponível durante a assistência médica na nossa rotina para pesquisa básica, feita para se entender os mecanismos envolvidos nessa doença de interesse”, contextualiza. De acordo com ele, isso é o que se chama de pesquisa translacional do tipo bed to bench, cuja tradução significa do leito do hospital para a bancada de experimentação.

A detecção de marcadores de doenças neurológicas e psiquiátricas começou a ser possível por conta das cirurgias então realizadas no Hospital Universitário. O tecido cerebral dos pacientes foi rigorosamente estudado pela equipe e deu origem a um banco de dados. Os estudos investigam esses tecidos para compreender manifestações psiquiátricas nos pacientes, principalmente aquelas que envolvem a ansiedade e o medo aprendido, o stress pós-traumático. A pesquisa resultou em duas publicações na revista Molecular Psychiatry, do grupo Nature, periódico de alto impacto.

Muitas das respostas levantadas pela equipe, entretanto, vieram de perguntas que surgiram ao longo da pesquisa – um trabalho que envolveu, além da entrevista com os pacientes que passaram pela cirurgia, uma série de experimentos em laboratório. Para entendê-los, é necessário, antes, identificar o medo, o medo aprendido e a ansiedade como emoções que podem ser, de alguma forma, rastreadas no cérebro humano.

Emoções que deixam marcas

As manifestações psiquiátricas do medo e da ansiedade são reconhecidas pela literatura e também nos relatos dos pacientes, mas suas marcas no cérebro humano também podem ser rastreadas a partir de pesquisas como a realizada pelo grupo de Walz.

Sistema para Registro Eletrofisiológico para estudo de Populações Neuronais

De difícil conceituação, essas emoções podem ser descritas de um modo metafórico. O medo, por exemplo, pode ser simbolizado por aquela sensação de ser surpreendido por um carro ao atravessar a rua. “Na realidade, o que essa pessoa sente é uma resposta do corpo a uma ameaça iminente: o medo é uma resposta do corpo e, ao mesmo tempo, do cérebro. O medo é uma resposta natural fundamental para a preservação da espécie”, resume. Já a ansiedade, segundo o professor, é uma preocupação com algo que não aconteceu, mas que o paciente imagina ou se preocupa que possa acontecer. Em alguns casos esta preocupação gera respostas no corpo que lembram inclusive as observadas quando uma ameaça é eminente – gerando a resposta de medo. “Apesar de diferentes definições, acredita-se que os circuitos relacionados à sensação de medo e ansiedade têm sobreposição dentro do cérebro”, diz.

De acordo com o professor, a proximidade dos mecanismos que regem as sensações de medo e ansiedade sugeria que houvesse, também, uma semelhança com o estresse pós-traumático. Ele lembra que essa doença mobiliza a ciência por se tratar de um fenômeno ainda sem tratamento. Exemplos mais concretos seriam, por exemplo, uma situação de guerra, roubo ou violência sexual – quando a vítima retoma a sua vida com um histórico de lembranças e memórias que lhe causam prejuízos. “Embora exista uma certa relação entre o medo e ansiedade, os remédios que se usa para tratar a ansiedade não têm efeito sobre o medo aprendido, e portanto sobre o estresse pós-traumático. Então, essa é uma lacuna de entendimento dessas duas entidades que não tinha muita solução”, pontua o professor.

Alterações no cérebro

O professor lembra que o interesse era  investigar as alterações neuroquímicas que não são factíveis de serem estudadas em cadáver porque são extremamente sensíveis à falta de oxigênio e à falta de perfusão sanguínea do cérebro, inviabilizando estudos no tecido após a morte. “Antes da cirurgia, temos uma avaliação psiquiátrica bastante detalhada, com várias escalas. O psiquiatra aplica essas escalas, que guardam uma acurácia bem definida cientificamente não apenas para por diagnosticar depressão e ansiedade, mas também mensurar os níveis destes sintomas de uma forma objetiva, quantificável e reproduzível para aplicação em estudos científicos”, explica.

A primeira constatação da equipe foi de que, nos pacientes cuja escala demonstrava maior ansiedade, uma determinada alteração neuroquímica no cérebro se repetia, exatamente em uma mesma estrutura estudada, a amígdala, localizada na profundidade da região temporal – logo a frente da orelha. “Nós encontramos uma modificação química no cérebro que tem um correlato importante no funcionamento cerebral, no funcionamento de neurônios, e que se correlacionava, de forma contrária, ao nível de ansiedade: então, quanto mais ansiedade o paciente tinha, menos daquele marcador apresentava o paciente na amígdala”.

Implantação de microcânulas de infusão de fármacos no Sistema Nervoso Central

Em um dos artigos publicados a partir do estudo, a equipe demonstrou essa associação do medo e ansiedade com uma determinada alteração na amígdala dos pacientes. Depois, o professor seguiu procurando respostas para inquietações a respeito do tratamento para essas doenças. A ideia, então, foi bloquear essa via a partir de experiências com ratos.

Uma das tarefas comportamentais utilizadas foi o plus maze: um labirinto elevado para ratos tradicionalmente usado em pesquisas pré-clínicas com roedores, na área de ansiedade e medo. Nesta tarefa, o animal é colocado em uma plataforma de madeira em forma de cruz, elevada do chão. Um braço da cruz tem as paredes fechadas, e no outro a plataforma é aberta. A tendência dos animais é permanecerem na plataforma fechada e evitarem a aberta. A proporção de tempo nas duas plataformas é uma medida de comportamento de medo inato, análogo à ansiedade em humanos.

O professor pontua que, nesta tarefa, se o animal é medicado com ansiolítico benzodiazepínico como por exemplo Rivotril, Valium, Lexotam ou análogos, a tendência é que ele permaneça mais tempo no braço aberto do que no fechado. “Então, por analogia, sabemos que esse teste tem uma certa relação com ansiedade. E percebemos que a relação que observamos nos pacientes na qual, , quanto mais ansioso o paciente menos daquele marcador neuroquímico apresentava, também se repetiu nos ratos, e na mesma estrutura cerebral”.

O inibidor, entretanto, não causou nenhum efeito nos ratos com relação a ansiedade. Ainda buscando respostas para as emoções, a equipe decidiu, então, estudar o medo ao apresentar para o bicho uma ameaça real. A experimentação consistiu em medir o tempo de freezing (congelamento) do rato após a aplicação de um pequeno choque elétrico. “O tempo de congelamento é uma medida indireta de medo, quanto mais medo ele sente, mais tempo de congelamento”, explica o professor.

De acordo com o professor, a expectativa da equipe era que o inibidor diminuísse o tempo de congelamento. “Então, a gente tinha um marcador que caía à medida que subia a ansiedade no ser humano e esse mesmo marcador também caía no rato”, lembra o professor. O mesmo marcador, no entanto, subia quando a atenção se voltava ao medo aprendido.

Sabia-se que o mesmo marcador permeava a ansiedade no humano, ansiedade no rato e o medo no rato. Sabia-se, também, que ele não seria a causa e nem consequência da ansiedade no rato, porque os experimentos não demonstraram essa correlação. Por isso a equipe partiu para o estudo do medo.

“Utilizando a abordagem da micro injeção intracerebral, em um grupo de animais injetamos só uma solução inerte no grupo controle e, no outro grupo, a gente injetou um inibidor da proteína quinase investigada. E aí a gente teve efeito espetacular: quando a gente coloca aquele inibidor, o rato simplesmente não congela”, explica Walz. Ou seja, os resultados indicaram que o marcador, mesmo sendo o mesmo para ansiedade no paciente e ansiedade e medo nos ratos, não apresenta potencial para ser utilizado no tratamento de ansiedade, mas é potencialmente um alvo terapêutico para medo aprendido.

“Assim, embora a ansiedade e o medo apresentem certa sobreposição em termos de circuitos cerebrais e neuroquímica, nossos achados justificam, ao menos em parte, por que os tratamentos amplamente eficazes no tratamento da ansiedade não têm efeito no tratamento do estresse pós-traumático, que é um tipo de medo aprendido. “Então, por isso que esse artigo acabou tendo um impacto e a publicação numa revista importante”, explica Walz. “A gente espera, a partir de agora, continuar investigando outros marcadores de doenças psiquiátricas utilizando esta metodologia de pesquisa com o material da cirurgia de epilepsia”.

Além dos resultados científicos sólidos capazes de ampliar a compreensão de mecanismos envolvidos com transtornos de ansiedade, estresse pós-traumático e da síndrome do pânico, o estudo também foi importante por aproximar grupos de excelência em pesquisa básica e clínica, resultando na criação de uma rede de cooperação interdisciplinar. O estudo também contribuiu para a internacionalização da UFSC por meio da interação com pesquisadores da Inglaterra e estados Unidos. Participaram do estudo os pesquisadores Cristiane Ribeiro de Carvalho, Mark Willian Lopes, Leandra Celso Constantino; Alexandre Ademar Hoeler, Hiago Murilo de Melo; Ricardo Guarnieri , Marcelo Neves Linhares , Zuner Assis Bortolotto , Rui Daniel Prediger , Alexandra Latini , Kátia Lin , Julio Licinio e Rodrigo Bainy Leal.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Música e arte marcam festival de abertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa

03/05/2022 16:05

Grupos musicais e stand-up foram atrações no festival de reabertura. (Foto: Salvador Gomes/ SeCArte/ UFSC)

No último domingo, 1º de maio, ocorreu a solenidade de reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte em Florianópolis. Aberta ao público em 21 de março, esta foi a primeira das três fortalezas históricas na Ilha de Santa Catarina a abrir as portas após a pandemia de Covid-19. A edificação está, desde 1991, sob gestão da Universidade juntamente com a Fortaleza de Santa Cruz do Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.

O evento teve dez horas de programação, sendo a abertura feita pelo passeio com guias profissionais do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Houve cortejo musical com a Banda Cucamonga, stand-up da Dona Bilica, bloco de carnaval Para Cara, Orquestra de Choro do Campeche e demonstração de esgrima histórica com o SCAM, projeto de extensão do Departamento de História da UFSC.

A fortaleza está aberta enquanto passa por obras de restauração. Uma primeira intervenção ocorreu em 1991 com apoio da Fundação Banco do Brasil, e esta segunda restauração em andamento desde 2020 recebeu recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, através de captação pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan). A obra está na reta final, ainda é possível ver os canhões sendo recuperados na muralha. A fortaleza faz parte de um complexo de defesa da Ilha no século XVIII, e já teve cerca de trinta construções de diferentes proporções, protegendo ilha e baía. O prédio, muralhas e objetos dão testemunho concreto sobre a história do Brasil e da Ilha de Santa Catarina.
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Prêmio Pesquisa de Destaque: projeto colabora para edifícios mais sustentáveis e eficientes

03/05/2022 14:00

Entender, promover e disseminar estratégias e técnicas para o desenvolvimento de edifícios que sejam adequados ao clima no qual estão inseridos, que aproveitem a iluminação natural, com maior eficiência energética e menor impacto ambiental, que busquem a redução do desperdício de água tratada e que levem em conta as necessidades dos usuários. Esses são os principais objetivos do projeto Adequação climática e uso racional de água em edificações, coordenado pelo professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Enedir Ghisi e vencedor da categoria Pesquisa Aplicada do Prêmio Pesquisa de Destaque, organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq/UFSC)

Em andamento desde 2007, o projeto envolve uma ampla gama de assuntos que impactam diretamente o consumo de energia e a qualidade de vida das pessoas, incluindo desempenho e conforto térmico, aproveitamento da água da chuva, análise do ciclo de vida das construções, sistemas de iluminação integrados com a iluminação natural e comportamento do usuário. Nesses 15 anos, foram publicados mais de 140 artigos em revistas científicas e orientados mais de 150 estudantes e pesquisadores, da graduação ao pós-doutorado.

“Já foram vários trabalhos sobre isso, e a gente já tem algumas conclusões dos trabalhos realizados. Já sabemos que as edificações, de fato, não podem ser construídas de qualquer jeito, que é o que vem sendo feito no Brasil o tempo inteiro, desde longa data. Projeta-se a edificação e ela é construída daquele jeito em qualquer clima. Isso é errado. Não tem como funcionar. Uma casa projetada para ser construída em Florianópolis deveria ser diferente de uma casa em Lages; ela deveria ser diferente de uma casa em Belém, no Norte do Brasil; ela deveria ser diferente de uma casa no litoral do Nordeste, por exemplo. Cada edificação deveria ter características diferentes para cada um desses climas e para qualquer outro clima que a gente tem. Então, quando vemos os programas governamentais por aí, financiando a construção do mesmo projeto em todo o Brasil, temos algo completamente inadequado”, salienta Enedir.

Uma construção não apropriada ao clima local tem reflexos diretos no consumo de aparelhos como ar-condicionado ou ventilador, caso a pessoa tenha dinheiro para isso. “Senão ela vai morar numa casa onde ela vai sofrer mais, porque vai ser muito quente no verão, porque vai ser muito frio no inverno, e, se ela não tem recurso para comprar esses equipamentos, ela simplesmente vai sofrer lá dentro passando calor ou passando frio”, comenta o professor. O mesmo vale para outras questões, como a iluminação. Ambientes com bom aproveitamento de luz natural podem garantir a economia com iluminação artificial. “Qualquer tipo de edificação, uma casa, um prédio comercial, um prédio público, uma escola, assim por diante, todas elas deveriam levar isso em consideração”, enfatiza o docente.
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Inscrições ao processo seletivo de pessoas refugiadas começam nesta quarta-feira, dia 4

03/05/2022 10:55

Começam nesta quarta-feira, dia 4 de maio, as inscrições ao processo seletivo para ingresso de pessoas refugiadas em cursos de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As inscrições vão até 13 de maio de 2022, são gratuitas e realizadas via internet. Para se inscrever, o candidato deverá acessar o site www.refugiados2022.ufsc.br, preencher integralmente o Requerimento de Inscrição e enviá-lo (via internet) para a Coperve/UFSC até 23h59min do dia 13 de maio de 2022.

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) publicou versões em inglês, espanhol e francês do edital do processo seletivo.

São oferecidas 10 vagas, com no máximo uma por curso. Os candidatos poderão optar por apenas um dos cursos listados no Quadro Geral de Cursos (Anexo I do edital). Essas vagas serão preenchidas de acordo com a classificação geral dos candidatos.

As 10 vagas são remanescentes do Vestibular UFSC 2022 e serão oferecidas para pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio de baixa renda e portadoras de visto humanitário,  oriundos(as) de qualquer percurso escolar e que tenham concluído ou venham a concluir o Ensino Médio ou equivalente até a data de matrícula na UFSC. O ingresso é para o segundo semestre letivo de 2022, em cursos de Graduação do campus de Florianópolis.

Os documentos de identificação aceitos para inscrição são passaporte, ou Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) ou Registro Nacional Migratório (RNM), ou Documento Provisório de Registro Nacional Migratório (DPRNM) ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Excepcionalmente, o candidato poderá apresentar outro documento de identificação com foto. Todos terão que informar também o número de CPF.

A prova será realizada no dia 12 de junho de 2022, das 14h às 18h. Os candidatos responderão 30 questões de Língua Portuguesa (10 questões), Conhecimentos Gerais (17), Língua Estrangeira (3 questões, com opção de espanhol, inglês ou francês) e ainda deverão elaborar uma Redação. A prova de Conhecimentos Gerais envolverá as disciplinas de Biologia, Química, Matemática, Física, História e Geografia. Os programas das disciplinas estão disponíveis no site www.refugiados2022.ufsc.br.

A Confirmação de Inscrição Definitiva, contendo o local de realização da prova, será disponibilizada no site www.refugiados2022.ufsc.br a partir do dia 1º de junho de 2022.

Para acesso ao local de provas, o candidato terá que apresentar, além de documento de identificação, um comprovante de vacinação contra a Covid-19 ou um teste com resultado negativo realizado até 72 horas antes do dia da prova. Após entrar no local de prova e durante todo o período de sua realização, o candidato deverá usar máscara facial, sendo indicado o modelo N95 ou similar. Não será permitido o consumo de alimentos durante a realização do exame.

O gabarito das questões objetivas e a prova serão divulgados no site www.refugiados2022.ufsc.br a partir das 19h do dia 12 de junho. A relação oficial dos(as) classificados(as), contendo nome e número de inscrição, bem como o boletim de desempenho individual dos(as) candidatos(as), também serão divulgados no site do concurso.

 

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Professora da UFSC é homenageada por aluno que descreveu novo gênero de fungo

03/05/2022 09:17

Fungo do gênero Nevesoporus teve suas primeiras amostras coletadas em 2009

O pesquisador Altielys Casale Magnagoo, egresso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descreveu um novo gênero de fungo e o nomeou em homenagem à sua professora, orientadora de mestrado e coorientadora de doutorado, Maria Alice Neves, do Departamento de Botânica, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). O artigo científico com a descoberta foi publicado na revista internacional Mycologia no último dia 22 de abril, e está disponível no site Taylor & Francis Online. 

O nome dado ao novo gênero de fungo, Nevesoporus, combina o sobrenome da professora, Neves, com porus, proveniente do latim, termo relacionado ao himenóforo poróide do cogumelo. As primeiras amostras foram coletadas em companhia da professora Maria Alice em 2009, quando Altielys ainda era graduando do curso de biologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e estagiário da professora Maria Alice na disciplina de Biologia de Fungos, Algas e Briófitas. Apesar da descoberta, Altielys só decidiu sugerir uma nova espécie para o fungo quando já era mestrando na UFSC. 
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Conselho Universitário elege listas tríplices para os cargos da Reitoria da UFSC

02/05/2022 14:24

Irineu e Joana comemoram eleição no Conselho Universitário. (Foto: João Eduardo Cardoso Pinheiro/Agecom/UFSC)

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nesta segunda-feira, 2 de maio, uma sessão especial para composição da lista tríplice para os cargos de reitor e vice-reitor da Universidade. O Conselho elegeu, para compor a lista ao cargo de reitor, o professor Irineu Manoel de Souza, com 35 votos, a professora Dilceane Carraro (11 votos) e a professora Miriam Furtado Hartung (11 votos). Para o cargo de vice-reitor foram indicados a professora Joana Célia dos Passos, com 37 votos, o professor Jacques Mick (11 votos) e a professora Miriam Pillar Grossi (11 votos). As listas tríplices serão agora enviadas para o Governo Federal, que deverá nomear o novo reitor. Ao todo, 62 conselheiros participaram da sessão.

Logo na abertura da sessão, na Sala dos Conselhos, houve a solicitação de um dos conselheiros para que a reunião do CUn fosse realizada no Auditório da Reitoria e permitisse a participação de público. O pedido foi submetido à plenária e aprovado por 28 votos a 22. A reunião foi transferida para o Auditório, possibilitando a presença de aproximadamente mais cem pessoas. Este público, formado majoritariamente por estudantes, promoveu manifestações antes e durante a reunião.

Antes de passar a palavra à Comissão Especial designada para conduzir a formação das listas tríplices, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar dirigiu algumas palavras aos presentes e a todos que acompanhavam a sessão. “Hoje, como fazemos há quatro décadas, estamos reunidos em sessão especial para exercer o nosso direito de votar e eleger quem comandará a nossa instituição nos próximos quatro anos.”
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‘Study in Europe Road Show 2022’ apresenta oportunidades de intercâmbio

29/04/2022 18:05

Evento lotou o Hall do Centro de Cultura e Eventos. Foto: Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediou, nesta sexta-feira, 29 de abril, o Study in Europe Road Show 2022, evento promovido para aproximar alunos, pesquisadores e docentes das agências de fomento aos estudos na Europa por meio instituições conveniadas. As oportunidades foram apresentadas pela França (Campus France e Aliança Francesa de Florianópolis), Alemanha (Daad), Suíça (Swissnex) e Bélgica (WBI), recebidas pela Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) da UFSC.

A primeira parte do evento foi dedicada à apresentação dos programas, e a seguinte foi de atendimento aos alunos. Os programas de bolsas expostos atendem a diferentes necessidades, além dos tipos de intercâmbio e estudos de campo, contemplando as distintas áreas do conhecimento com apoio financeiro e cultural aos pesquisadores e grupos de estudantes. Incluem, também, cursos preparatórios da língua nativa do país para intercambistas que possuem o inglês como segundo idioma.

O evento aconteceu no Hall do Centro de Cultura e Eventos, aberto a toda população, e reuniu o público a partir das 11h, com atendimentos até as 15h. Foram distribuídos, pelos estandes, revistas e encartes com informações completas sobre cada tipo de bolsa, como funcionam e como participar delas.
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Hospital Universitário comemora 42 anos de história

29/04/2022 15:32

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) completa 42 anos nesta segunda-feira com uma solenidade que dá início a uma série de comemorações durante todo o mês. A abertura oficial será no dia 2 de maio, às 9 horas, no auditório do HU, com a presença de representantes do hospital, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Associação Amigos do HU. Haverá homenagens para personalidades que marcaram a história do hospital.

Após a solenidade, os convidados e funcionários/servidores poderão confraternizar no refeitório do hospital. Entre as atividades do mês, está prevista a realização dos Jogos Internos do HU e uma oficina de cosméticos com plantas, organizados por profissionais da instituição. Confira a programação.

As comemorações marcam uma história iniciada na década de 1960, quando a instituição foi idealizada para atendimento nas demandas de ensino, pesquisa e extensão da UFSC. Este projeto foi consolidado em 1980, com a fundação do hospital que hoje é considerado uma referência para a região da Grande Florianópolis e o Estado de Santa Catarina, sendo o único hospital federal do Estado.

O HU-UFSC foi inaugurado oficialmente em 2 de maio de 1980, tendo como patrono o professor Polydoro Ernani de São Thiago, que dá nome à instituição. O registro da primeira paciente internada no HU é daquele mesmo ano. Na fase inicial, foram instalados os leitos de clínica médica e de clínica pediátrica com seus respectivos ambulatórios. Em seguida, foram ativados o Centro Cirúrgico, a Clínica Cirúrgica I e a UTI Adulto. Em 1995 foi inaugurada a Maternidade, com as unidades de alojamento conjunto, Centro Obstétrico e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A primeira criança nasceu em 1995.
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UFSC Titans conquista vaga nas etapas finais do Brasileiro Universitário de eSports em duas modalidades

28/04/2022 16:26

Foto: Lucas Dias

A UFSC Titans, equipe de eSports da Universidade Federal de Santa Catarina, conquistou vaga nas etapas finais do Brasileiro Universitário de eSports em duas modalidades: Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e League of Legends (LoL). As semifinais e finais acontecerão de forma presencial no município de Goiânia, em Goiás, no período de 19 a 22 de maio.

O resultado da modalidade CS:GO foi divulgado no último domingo, 24 de abril, quando foram encerradas as classificatórias e quartas de final, realizadas de forma online. Ao todo, 23 equipes disputaram as vagas e apenas quatro delas se classificaram para as etapas presenciais: Epidemia UEM, UnB Green Owls, UFSC Titans e UFMG Red Fenix eSports.

Já no LoL, foram 33 equipes na disputa. As classificatórias e quartas de final foram realizadas no início de abril, também de forma online, e os quatro finalistas foram conhecidos no dia 10 de abril. Além da UFSC Titans, as equipes UFRN Carcarás, Space Guardians e UFRPE Blackbulls disputam o título.

O Brasileiro Universitário de eSports é realizado pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), que é a entidade responsável pela administração do desporto universitário no Brasil. Até o ano passado, a competição se chamava JUBs e-Sports, mas em 2022 passou a ter o novo nome. Seis esportes eletrônicos integram a programação do evento: League of Legends (LoL), FIFA, Clash Royale, Free Fire, Poker e Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO).

A CBDU custeará as despesas com transporte, hospedagem e alimentação dos atletas para participação na final em Goiânia. O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da CBDU na Twitch.

UFSC Titans nasceu em Blumenau

A equipe de eSports foi formada em 2020 por um grupo de sete alunos da UFSC. Um deles é o Lucas Dias, estudante do curso de Engenharia de Controle e Automação, que foi quem teve a ideia de levar o nome da UFSC para os campeonatos universitários. Atualmente a equipe é formada por 45 integrantes, dos cinco campi da UFSC, entre jogadores, treinadores, direção e operação.

A UFSC Titans conquistou o 1º lugar no CS:GO na última edição do evento. Foto: Lucas Dias

Lucas é o atual presidente da UFSC Titans. Ele conta que a expectativa para as etapas presenciais do Brasileiro Universitário de eSports está muito boa, já que eles conquistaram o 1º lugar na modalidade CS:GO na última edição da competição, realizada no segundo semestre do ano passado. “Estamos em uma crescente nos campeonatos, e vamos como favoritos nas duas modalidades. Então usar essa confiança ao nosso favor e buscar os títulos”, avalia.

Desde o ano passado, a UFSC Titans integra um projeto de extensão da UFSC Blumenau, coordenado pela professora do Departamento de Engenharia de Controle, Automação e Computação, Marilise Luiza Martins dos Reis Sayão. O projeto visa articular e assessorar o desenvolvimento das atividades da equipe.

Para saber mais sobre a história da UFSC Titans, clique aqui. É possível acompanhar as atividades da equipe pelo Instagram ou pelo Twitter.

Serviço de Comunicação UFSC Blumenau, com informações do site cbdu.org.br

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UFSC está entre as 19 melhores universidades brasileiras no ranking de desenvolvimento sustentável da THE

28/04/2022 08:43

A Times Higher Education (THE) publicou o resultado do Impact Rankings 2022, que avalia as universidades em relação aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

Nesta edição, 1.406 universidades de 106 países/regiões participaram da avaliação. Em nível mundial, a UFSC ocupa a posição 401-600 das 1.406 universidades ranqueadas, com pontuação de 65.0 a 71.9.

Dentre as instituições brasileiras, a UFSC está entre as 19 melhores e se destaca nos objetivos:

  • ODS 9: Indústria, inovação e infraestrutura. A UFSC alcançou a 23° colocação entre 785 instituições na categoria, com uma pontuação de 98.4.
  • ODS 8: Emprego digno e crescimento econômico. Com 65 pontos, a universidade ficou na faixa de 101-200 entre 849 instituições.
  • ODS 5: Igualdade de gênero. A UFSC foi ranqueada na colocação de 101-200 entre 938 universidades, com pontuação de 63.3.

O melhor desempenho geral foi da Western Sydney University, da Austrália, seguida pela Arizona State University, dos Estados Unidos, e pela Western University, do Canadá. Entre as brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) foi a que apresentou o melhor desempenho, em 62° lugar geral. Os indicadores do Impact Rankings 2022 fornecem comparações em quatro grandes áreas: pesquisa, administração, extensão e ensino.

A Times Higher Education (THE) é uma revista inglesa que publica notícias e artigos referentes à educação superior, filiada ao jornal The Times, que anualmente elabora um conjunto de rankings considerado um dos mais abrangentes, equilibrados e confiáveis do mundo. Além de todas as ações institucionais que atendem aos ODS, a THE também classifica as instituições pela pesquisa desenvolvida em cada um dos objetivos.

Acesse aqui o resultado do ranking.

Conheça a metodologia do ranking.

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Feirinha da UFSC segue em funcionamento e terá regularização por meio de chamada pública

28/04/2022 08:37

Feirante comercializa frutas, legumes e hortaliças nesta quarta-feira, 27 de abril. (Foto: Rafaela Whitaker/Agecom)

O reitor Ubaldo Cesar Balthazar esteve reunido, na última segunda-feira, 25 de abril, com representantes da iniciativa de Feirinha da UFSC para discutir as questões sobre o funcionamento da Feira, as atividades desenvolvidas na Praça da Cidadania e como deverá ser o processo de regularização das atividades.

Segundo o reitor, a UFSC já recebeu questionamentos de órgãos de controle, como o Ministério Público e a Controladoria-Geral da União, a respeito do uso do espaço público da universidade para venda de produtos sem que haja um processo formal de regulamentação. “Faz-se necessária a cessão do uso comercial desses espaços da UFSC, mas é importante que se saiba que queremos que a Feirinha continue na UFSC, porém, de forma legal, regular”, salienta o reitor.

Os feirantes estão autorizados a manter as vendas todas as quartas-feiras durante o processo de regulamentação, informou a Administração Central.

Assim que o processo de Chamada Pública estiver disponível, será amplamente divulgado.

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Festival da Fortaleza de São José da Ponta Grossa terá 10 horas de programação neste domingo

27/04/2022 10:30

Programação completa conta com a Banda Cucamonga (1), Dona Bilica (2), Orquestra de Choro Campeche (3), SCAM (4), guiamento de profissionais do IFSC (5) e Bloco Para Cara (6). Créditos: foto 3 – Luiza Filippo/divulgação; foto 4 – Ezequiel Medeiros/divulgação; demais fotos – divulgação; foto maior – Salvador Gomes

Fortaleza de São José da Ponta Grossaaberta ao público desde o final de março, terá uma programação especial no próximo domingo, 1° de maio. Para celebrar a volta da visitação pública, um festival com 10 horas de programação, e entrada gratuita, tomará a fortaleza, das 8h às 18h. Apresentações musicais, guiamento turístico, demonstração de lutas medievais e uma participação especial da Dona Bilica, personagem da cultura local, fazem parte do Festival de Reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, em Florianópolis.

A fortaleza abre a partir das 8h e terá entrada franca durante o festival, que coincide com o segundo Dia de Gratuidade deste ano. Os visitantes poderão entrar a qualquer horário (veja dicas de visitação abaixo). Desde a abertura, profissionais do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), egressos do Curso Técnico em Guia de Turismo do Campus Florianópolis-Continente, atenderão os visitantes com guiamento sobre a história do sistema defensivo da Ilha de Santa Catarina.

Ainda pela manhã, está previsto o primeiro cortejo musical do dia, com a Banda Cucamonga – conjunto acústico e itinerante de dixieland – e participação especial da Dona Bilica, personagem que incorpora a cultura do manezinho. Ela irá contar um pouco da história das fortalezas para o público que acompanhar a caminhada junto com a banda. À tarde, o cortejo irá se repetir. Além da participação com a banda, Dona Bilica fará shows no palco.
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Consulta Informal para Reitoria da UFSC aponta vitória para Irineu Manoel de Souza e Joana Célia dos Passos

26/04/2022 23:55

Irineu e Joana comemoram resultado da Consulta Informal nesta terça-feira, 26 de abril. (Divulgação/Instagram)

A consulta informal à comunidade universitária para a escolha dos novos dirigentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi concluída na noite desta terça-feira, 26 de abril. A chapa mais votada foi Universidade Presente (58), com Irineu Manoel de Souza eleito para o cargo de reitor e Joana Célia dos Passos eleita para vice-reitora da UFSC. De acordo com a apuração da Comissão Eleitoral da UFSC (Comeleufsc) transmitida ao vivo, a chapa recebeu 7.438 votos, ou 56,46% em pleito formado por estudantes, técnicos-administrativos em Educação e professores. Irineu é atualmente diretor do Centro Socioeconômico (CSE) e Joana é diretora do Centro de Ciências da Educação (CED).

>> Conheça o perfil da candidatura de Irineu e Joana 

A candidatura que ficou em segundo lugar, a chapa UFSC Viva (84), com Cátia Carvalho Pinto e Rodrigo Moretti para reitora e vice-reitor, respectivamente, obteve 4.918 votos, ou 41,18%. Houve 119 votos nulos e 81 votos em branco. A apuração, que começou oficialmente por volta das 22h30, foi transmitida ao vivo. O resultado preliminar, que ainda cabe recurso, foi anunciado pela Comissão Eleitoral da UFSC (Comeleufsc) às 23h

Os votos se distribuíram da seguinte forma na comunidade:

  • Docentes: 2.495 eleitores aptos, sendo 1.753 votantes – 900 votos (51,34%) para UFSC Viva e 770 votos (43,92%) para Universidade Presente;
  • Estudantes: 39.961 eleitores aptos, sendo 8.807 votantes – 3.332 votos (37,83%) para UFSC Viva e 5.384 votos (61,13%) para Universidade Presente;
  • Técnicos-administrativos em Educação: 2.944 eleitores aptos, sendo 1.996 votantes – 686 votos (34,37%) para UFSC Viva e 1.284 votos (64,33%) para Universidade Presente.

O total de eleitores que compareceu às urnas foi de 12.556 pessoas.

Veja imagens da Consulta Informal:

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Alterações de trânsito e estacionamentos no campus começam nesta segunda-feira

25/04/2022 14:26

A implantação de um corredor exclusivo para a linha UFSC Semidireto, ciclofaixas, sinalização de velocidade e de um novo ponto de ônibus começou a ter efeito nesta segunda-feira, 25 de abril, no Campus Reitor João David Ferreira Lima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Desde as primeiras horas da manhã, a movimentação era acompanhada pelas equipes da Universidade e da Secretaria de Mobilidade e Planejamento Urbano de Florianópolis (SMPU/PMF), para garantir que os ônibus, pedestres e ciclistas pudessem circular em segurança.

As alterações foram efetuadas durante o feriado de Tiradentes e o fim de semana. A Rua Roberto Sampaio Gonzaga, no sentido Trindade, e Eng. Agr. Andrei Cristian Ferreira, no sentido Pantanal receberam pintura e sinalização horizontal e vertical. A Rua Eng. Agr. Andrei Cristian Ferreira, no sentido Carvoeira, próximo ao Centro de Ciências da Educação (CED) e Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) precisará receber recapeamento asfáltico antes da pintura e sinalização da via, o que está previsto para acontecer a partir de 2 de maio.

Veja imagens das mudanças no trânsito de veículos na Universidade nesta segunda-feira.

Mudança no embarque 

A partir de segunda-feira, o UFSC Semidireto tem o embarque de passageiros ocorrendo exclusivamente em frente ao Centro de Comunicação e Expressão (CCE), não mais no ponto de ônibus ao lado da Biblioteca Universitária. A Guarda Municipal e a SSI estarão nos acessos exclusivos para o transporte coletivo para orientar os motoristas, e direcionar para os estacionamentos adequados. A circulação de pedestres e ciclistas é liberada.

Implantação em fases

A alteração ocorre em três fases. A primeira, considerada uma Fase Experimental, começa no dia 25 de abril e deve durar um mês. De acordo com o DPAE, após o primeiro período de implantação, haverá uma avaliação da UFSC e PMF, para discutir em conjunto o que deu certo e o que precisa ser melhorado. A segunda etapa será de implementação de melhorias elencadas, e a terceira, de consolidação da operação em caso de sucesso da fase experimental.

 

Fotos: Agecom (UFSC) e Secretaria de Mobilidade e Planejamento Urbano de Florianópolis (SMPU/PMF)

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Campus da UFSC em Florianópolis terá alteração no trânsito e estacionamentos a partir de segunda-feira, dia 25

20/04/2022 17:12

A circulação de pedestres, ciclistas e usuários do transporte coletivo será priorizada no Campus Reitor João David Ferreira Lima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) a partir da próxima segunda-feira, 25 de abril. A data marca o início da circulação da linha UFSC Semidireto, em fase experimental, pela área central do campus, em frente à Praça da Cidadania e ao Centro de Cultura e Eventos. A alteração é parte de uma parceria entre a UFSC e a Secretaria de Mobilidade e Planejamento Urbano de Florianópolis (SMPU/PMF).

O Departamento de Arquitetura e Engenharia (DPAE/UFSC), setor técnico da Universidade, é responsável, de maneira conjunta com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Planejamento Urbano (Smartlab/PMF), pelas propostas e diretrizes de adequação no Campus, com apoio da Secretaria de Segurança Institucional (SSI) e do Gabinete da Reitoria.

Segundo o chefe de Gabinete, Aureo Moraes, a mudança valoriza o espaço público coletivo da UFSC. “Invertemos a prioridade do carro individual para o transporte público, e o modal ativo, com pedestres e ciclistas tendo mais acesso ao coração do campus. Reflete a preocupação com a segurança no trajeto e atendimento às demandas da nossa comunidade que usa o transporte coletivo, ou que poderá aderir caso tenhamos melhor estrutura”, ressalta.

O trecho compreende as três entradas do campus, nas ruas Roberto Sampaio Gonzaga, no sentido Trindade, e Eng. Agr. Andrei Cristian Ferreira, tanto no sentido Carvoeira como no sentido Pantanal. A partir desta quinta-feira, dia 21, que é feriado, e durante os dias 22 (ponto facultativo), 23 (sábado), e 24 (domingo), o acesso a esses trechos será restrito, para que a Prefeitura possa efetuar a sinalização horizontal e vertical das vias.
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UFSC regulamenta primeira política de esportes na história da instituição

20/04/2022 11:56

Resolução busca incentivar, multiplicar e valorizar a prática esportiva universitária. Foto: Henrique Almeida

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instituiu e regulamentou a primeira Política de Esporte da história da instituição por meio da aprovação da Resolução Normativa nº 158/2021 pelo Conselho Universitário (CUn) em dezembro do último ano. O documento busca incentivar, multiplicar e valorizar a prática esportiva universitária de forma integrada, nas suas mais diferentes dimensões, por meio de ações envolvendo a Secretaria de Esportes (SESP), as pró-reitorias, as unidades acadêmicas, os departamentos, as coordenações de cursos e as associações atléticas, com a participação de estudantes e servidores.

Além de fomentar e democratizar o acesso ao esporte na UFSC, a nova política tem como objetivo incentivar o desenvolvimento de atletas e paratletas universitários e apoiar ações interdisciplinares, projetos de extensão e outras atividades que desenvolvam a prática na comunidade universitária. Prevê ainda estimular a oferta de ações que possam minimizar as situações de riscos vivenciadas por estudantes e servidores da UFSC e planejar e executar competições esportivas observando o calendário de competições da Confederação Brasileira de Desporto Universitário, da Federação Catarinense de Desporto Universitário, do Comitê Paralímpico Brasileiro e de outras entidades.

Para o secretário de Esportes, professor Juliano Fernandes da Silva, a política representa um marco histórico na Universidade. Ele destaca entre os benefícios o compromisso da UFSC com objetivos claros e ações institucionais bem definidas na área esportiva. “Isso trará subsídios para que a comunidade universitária tenha cada vez mais acesso a diversas vivências e experiências que concebem o esporte enquanto ferramenta cultural, formativa, de lazer e de promoção social e pessoal, com o objetivo de estimular a prática esportiva e de atividades físicas em todos os seus campi, integrando-as com as atividades-fim da Universidade”, avaliou o secretário Juliano.

> Acesse a íntegra da Resolução Normativa nº 158/2021/CUn

A resolução normativa cria também o Comitê do Esporte Universitário (Coesp) e o Fundo de Apoio ao Esporte Universitário (Fundoesporte). Uma das principais mudanças no cenário político-esportivo da Universidade, o Comitê terá entre suas atribuições avaliar a Política de Esportes da UFSC, aprovar Plano Anual de Esportes, aprovar o relatório anual da Secretaria de Esportes (SESP) e alternativas de melhoria da prática esportiva, além de deliberar sobre assuntos extraordinários referentes à resolução.

Outro ponto importante são as fontes de recursos orçamentários e financeiros para o desenvolvimento do esporte na Universidade, que serão provenientes: da própria UFSC; do Fundoesporte, que será constituído pelo percentual de 5% do valor arrecadado por meio do Fundo de Desenvolvimento Institucional (FDI); de instituições públicas e/ou entidades privadas de fomento; de alocação de recursos específicos aportados pelos centros de ensino da UFSC; de leis de incentivo ao esporte; de doações e patrocínios; e de outras fontes aprovadas pelas instâncias responsáveis na UFSC.
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UFSC abre inscrições para Madrigal e Orquestra de Câmara com vagas para comunidade externa

20/04/2022 08:54

Estão abertas as inscrições para novos participantes do Madrigal e da Orquestra de Câmara da UFSC para o ano de 2022. Os grupos musicais são vinculados ao Departamento Artístico Cultural (DAC), da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), sob a coordenação e regência de Miriam Motitz. Os selecionados, se forem acadêmicos de graduação da Universidade, poderão receber uma Bolsa Cultura. O candidato deve ter experiência de, no mínimo, dois anos no instrumento ou em técnica vocal comprovada, conforme o grupo musical em que deseja participar.

Os interessados devem encaminhar currículo que inclua sua trajetória musical, bem como uma gravação em vídeo executando 3 músicas. Também devem ser enviadas as partituras das músicas executadas, e essas partituras deverão estar no mesmo tom da execução. As inscrições, com o envio do material, devem ser realizadas pelo e-mail .

Os projetos culturais permanentes Madrigal e Orquestra de Câmara da UFSC têm por objetivo fomentar e difundir a música instrumental e vocal, proporcionando aos músicos em potencial espaço para desenvolverem seus potenciais artístico-musicais. Os projetos também visam: divulgar a música erudita e popular através de apresentações e, com isso, incentivar a formação e a cultura local; incentivar sua participação no processo de interação entre a Universidade e a sociedade; e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem através do envolvimento de estudantes em atividades de extensão.

Mais informações na página do Departamento Artístico Cultural.

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Recepção e Acolhimento: Universidade recebe presencialmente comunidade acadêmica com eventos de boas-vindas

19/04/2022 19:11

Reitor Ubaldo Cesar Balthazar discursa à comunidade universitária durante evento de recepção. (Foto: Maykon Oliveira / Agecom / UFSC)

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoveu, nesta segunda-feira, 18 de abril, o evento UFSC Te Acolhe, no Hall da Reitoria, onde ocorreram homenagens, apresentação musical e falas do reitor Ubaldo Cesar Balthazar e padre Vilson Groh. O evento foi o primeiro de uma série de atividades planejadas para a semana de Recepção e Acolhimento da comunidade universitária no retorno às aulas presenciais.

O UFSC Te Acolhe foi iniciado com a apresentação musical da cantora Isabela Fialho, e diversas falas marcaram a solenidade de retomada do ensino presencial. O Pe. Vilson Groh, cujo Instituto promove inclusão social na comunidade Monte Serrat, fez um discurso sobre esse recomeço da Universidade. Destacou, em sua fala, as histórias de sucesso promovidas com a democratização do acesso ao ensino superior e falou sobre o momento da pandemia e seus impactos nas comunidades carentes. Deu também destaque ao projeto Orgânico Solidário, promovido em parceria com a UFSC, e que também promoveu um evento nesta segunda-feira, no Centro de Ciências da Educação (CED).

Após a fala do padre Vilson, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar falou aos presentes, com um discurso marcado pelas boas-vindas e agradecimentos aos membros da comunidade acadêmica.

“Agradecer a cada um dos membros dessa imensa comunidade chamada UFSC que, mesmo de suas casas, não deixaram um minuto sequer de ‘estar’ aqui.  Trabalhando, estudando, ensinando e aprendendo, comunicando e esclarecendo, orientando, informando, para buscarmos as melhores atitudes. E especialmente, quero que se sintam acolhidos, todas e todos que hoje retornamos ao convívio presencial. Foi um longo e exaustivo caminho até aqui”, ressaltou.
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UFSC inaugura restauração da Igrejinha e do mural Humanidade

19/04/2022 16:26

Inauguração da Igrejinha e do Mural Humanidade (Fotos: Maykon Oliveira)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nesta segunda-feira, 18 de abril, uma solenidade para inaugurar a primeira etapa da restauração da Igrejinha da UFSC, que incluiu a reforma da edificação e restauro do mural “Humanidade”, do artista plástico Hassis. Agora transformada em equipamento cultural, a Igrejinha será colocada à fruição da comunidade universitária e da cidade de Florianópolis, podendo receber apresentações artístico-culturais. De acordo com a Secretária de Cultura e Arte da UFSC, Maria de Lourdes Alves Borges, a Igrejinha será também sede da Orquestra de Câmara e do Madrigal da Universidade.

Estiveram presentes à inauguração o reitor Ubaldo Cesar Balthazar, autoridades políticas e da UFSC, além de pessoas envolvidas no trabalho de restauração. A Igrejinha está equipada com um piano comprado pela Universidade, que deverá ser usado em uma série de concertos musicais com pianistas catarinenses a partir do mês de maio. A novidade despertou até a curiosidade do reitor, que ensaiou experimentar as teclas antes da cerimônia ter início.

A segunda etapa de reformas contempla a criação de salas de apoio e instalação de sanitários na Igrejinha. A edificação recebeu uma pintura externa na cor amarelo ocre, que deverá ser aplicada em todo o conjunto arquitetônico do local, que inclui também o Teatro e a Casa do Divino.

Exterior da Igrejinha foi pintado na cor amarelo ocre

Na solenidade, a filha do pintor Hiedy de Assis Corrêa (Hassis), Leilah Corrêa Vieira, declarou seu amor pelo mural Humanidade e disse que a família esperava há muito tempo a restauração da pintura. “Hassis sempre foi inovador”, disse ela, que elogiou o trabalho dos profissionais envolvidos na restauração.

A restauradora do mural, Márcia Escorteganha, agradeceu o que considerou uma “oportunidade”: ter trabalhado no mural de Hassis. “Ele tem um traço único, ele é vigoroso”, afirmou a restauradora, que também citou o empenho da Universidade e do senador que destinou verbas de emenda parlamentar para a obra. Referindo-se ao mural, afirmou que “era uma obra cultural, que passou de sacra”.

O coordenador do Departamento Artístico e Cultural (DAC), Zeca Nunes Pires, lembrou o certo estranhamento que o mural Humanidade produziu ao ser inaugurado, por ser considerado profano. Ele lembrou que as tentativas de restaurar o mural já vêm de muitos anos, tendo sido tentada inclusive pelo próprio Hassis. Zeca lembrou da atriz e diretora teatral Carmen Fossari, falecida há um ano e que hoje dá nome ao Teatro da UFSC.

Reitor Ubaldo Balthazar lembrou do ex-reitor Cancellier

A secretária Maria de Lourdes Borges disse que a inauguração era a realização de um sonho sonhado por muitas mentes e muitos corações. Ela dedicou o restauro do mural ao ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo, que foi um dos grandes entusiastas da obra.

Após a fala do parlamentar que destinou verbas para a restauração, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar fez um pronunciamento final em que elogiou a obra de Hassis e reconheceu o trabalho de todas as pessoas envolvidas na restauração. “Hassis deve estar vibrando. E não só ele, o Cau também”, disse Ubaldo, referindo-se ao ex-reitor Cancellier pelo apelido como era conhecido.

A cerimônia foi encerrada com uma apresentação musical da Orquestra de Câmara da UFSC. A maestrina Miriam Moritz disse esperar que a restauração da Universidade não fosse apenas física, “mas também das manifestações artísticas e culturais”.

Carolina Monteiro/Estagiária na Agecom (sob supervisão de Luís Carlos Ferrari)

Fotos: Maykon Oliveira

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