Dia Mundial da Energia: com 27 usinas fotovoltaicas, UFSC amplia geração renovável

29/05/2023 07:35

Laboratório Fotovoltaica no Sapiens Park, em Florianópolis. Foto: Divulgação/Laboratório Fotovoltaica/UFSC

Seja na pesquisa para a produção de hidrogênio verde ou inovando com novas formas de geração de energia limpa, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) trabalha na busca pela solução de um problema global: gerar cada vez mais energia renovável, com reduzido impacto ao meio ambiente. Dessa forma, ampliou a geração de energia elétrica fotovoltaica com sistemas capazes de captar não só a luz que incide diretamente nos painéis, mas também a refletida.

O parque fotovoltaico da UFSC já soma 27 usinas, em Florianópolis, Araranguá e Joinville – um conjunto que está a serviço também da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico. Parte desse complexo será renovado, ao longo de 2023, com investimento de mais de R$ 2,94 milhões em projetos e instalações de 37 módulos geradores de energia solar fotovoltaica em diversas edificações do Campus de Florianópolis. A preocupação com pesquisa e desenvolvimento na área é o objetivo da criação do Dia Mundial da Energia, celebrado nesta segunda-feira, 29 de maio.

A Universidade vem ampliando continuamente seu parque de autogeração de energia elétrica. No ano passado, foram instalados sistemas fotovoltaicos com potência total de 210 kWp em edificações do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Centro Socioeconômico (CSE) e Centro de Desportos (CDS), localizados no bairro Trindade, em Florianópolis. Esses sistemas estão em operação desde abril de 2022. Além disso, no Laboratório Fotovoltaica, localizado no Sapiens Parque, no norte de Florianópolis, foi instalada uma unidade solar piloto de módulos bifaciais com capacidade de 100 kWp em maio de 2022.

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Laboratório da UFSC recebe unidade móvel e oferece cursos gratuitos sobre energias renováveis

24/03/2023 08:48

O Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina recebe, a partir de segunda-feira, 27 de março, até quarta-feira, 29 de março, uma unidade móvel adaptada para oferecer cursos de qualificação para o público local, com foco na educação ambiental e conscientização da população em geral sobre as energias renováveis. A unidade estará no Sapiens Parque, com inscrições abertas até o último dia do evento. Os cursos têm como temática Fundamentos e Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico (Introdutório) e Curso Integrador, com duas turmas por dia, com 20 alunos. No dia das atividades é necessário levar 1kg de alimento não perecível.

O equipamento contém sala de aula e uma casa com cozinha e lavanderia, totalmente equipada, abastecida por um sistema de microgeração de energia fotovoltaica distribuída, que será utilizada para as atividades demonstrativas. Além disso, dispõe de uma instalação fotovoltaica que fornece energia de fonte solar fotovoltaica. Dentro, há uma sala adaptada para cursos técnicos profissionalizantes. Para propagar conhecimento o projeto itinerante percorre algumas cidades levando conhecimento sobre energias renováveis. Mais informações aqui https://abgd.com.br/roadshow/.

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Pesquisa da UFSC identifica e mapeia produtividade de energia solar em Santa Catarina

11/08/2022 08:29

Unidade consumidora capaz de produzir energia foi estudada em tese (Divulgação)

Uma pesquisa de doutorado realizada na Universidade Federal de Santa Catarina identificou que, apesar de apresentar um dos menores índices de irradiação do Brasil, o cenário para a utilização da fonte solar na matriz energética do Estado é favorável e promissor, podendo gerar impactos econômicos e ambientais, com destaque para a região Oeste. A tese defendida por Andrigo Filippo Gonçalves Antoniolli no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil analisou dados do Projeto Bônus Fotovoltaico da Celesc, que instalou 1.250 sistemas eficientes de geração de energia elétrica em todas as regiões catarinenses. “A produtividade média em Santa Catarina é boa quando comparada, por exemplo à Alemanha, pois a do Estado é 30% superior à das melhores regiões da Alemanha”, compara.

Um algoritmo desenvolvido pelo pesquisador gerou dados que indicam que Santa Catarina apresenta valores médios de produtividade acima de 1.200 kWh/kWp por ano. Ou seja, cada 1 kWp instalado pode produzir em média, pelo menos 100 kWh/mês dentro do território catarinense. O estudo consolidou os números a partir de uma ferramenta de gestão e auxílio à tomada de decisão que analisa com cerca de 95% de precisão dados de um grande volume de microgeradores.

A tese foi orientada pelo professor Ricardo Rüther, com co-corientação da professora Helena Flávia Naspolini. “A metodologia desenvolvida na tese pode ser utilizada para prever a geração mensal e anual de futuros sistemas fotovoltaicos a serem instalados em qualquer local para auxiliar no planejamento, além de servir de como subsídio para análises de retorno do investimento mais apuradas”, indica Antoniolli.

O foco do estudo está no modelo de geração distribuída, que oferece energia no local de consumo – ou em local próximo – a partir de fontes renováveis. Os módulos fotovoltaicos instalados em 1250 casas espalhadas pelo Estado são um exemplo de como cada unidade consumidora pode vir a ser um potencial gerador de energia. Somadas, essas unidades representam valores consideráveis para o sistema de distribuição como um todo. No estudo, elas formaram o que se chama de “unidade prossumidora” e, juntas, têm potência instalada equivalente a da Usina Solar Cidade Azul, localizada no complexo de Jorge Lacerda, no município de Capivari de Baixo.

O pesquisador decidiu estudar o assunto pensando no surgimento de uma nova figura: o prossumidor – ou o consumidor que também produz energia elétrica. Com a tecnologia de sistemas fotovoltaicos, os cidadãos estão aptos a produzirem a energia que consomem. “Antes, as grandes indústrias eram proprietárias das usinas geradoras, que enviavam para as empresas de transmissão/distribuição e então chegavam às residências. Agora o consumidor, na sua casa, pode ter um gerador e ser dono da sua própria energia ou compartilhar com outras pessoas”, explica.

No caso do projeto da Celesc, a proposta era promover a geração distribuída a partir de 1.250 telhados residenciais. Os participantes foram selecionados via edital, pois precisavam respeitar a uma série de pré-requisitos, entre eles a angulação e orientação do telhado onde o sistema fotovoltaico seria instalado, com o objetivo de aproveitar melhor a irradiação solar. O consumo médio de 350 kWh por mês também era requisito obrigatório.

Os consumidores tiveram acesso a um bônus de 60% na instalação dos sistemas. Em 2020, a Celesc divulgou que o benefício estimado foi a geração de energia de 4.464,36 MWh/ano, suficiente para abastecer mais de 22,3 mil residências durante um mês inteiro. O projeto também evitou o lançamento de 303 toneladas de CO2 na atmosfera, correspondente ao plantio de 2.170 árvores.

Dados

A média anual da geração fotovoltaica do conjunto de telhados analisados foi de 3.353 kWh/ano ou produtividade anual de 1.265 kWh para cada 1 kWp instalado, com oscilações entre as quatro regiões estudadas em Santa Catarina. No estudo, um mapa definido a partir dos níveis de irradiação situa o Oeste como o mais favorável à geração solar fotovoltaica seguida por uma faixa composta pela região litorânea, Serra e Meio-Oeste. Algumas regiões no Vale e no Sul apresentam menos produtividade.

Mapa gerado pelo estudo registra regiões mais promissoras

A exploração e análise estratégica de dados foi fundamentada em conceitos de Business Intelligence, proporcionando informações relevantes sobre a performance do sistema e ajudando no suporte à tomada de decisão de forma rápida e embasada. “A adoção do telhado fotovoltaico em residências no Brasil demonstrou ser vantajosa e, além disso, o tempo de retorno do investimento está em tendência de queda devido às contínuas reduções de preços da tecnologia e constantes aumentos na tarifa residencial”, pontua o pesquisador.

A análise de Antoniolli destrincha os dados fornecidos de cinco em cinco minutos pelo projeto de janeiro a dezembro de 2019, mas também investiga o aproveitamento específico de uma das unidades que compõe o programa. O estudo detalhou, sob diferentes óticas, o caso de uma residência situada perto do campus da UFSC, em Florianópolis. Do ponto de vista da concessionária, o consumo anual da unidade analisada foi reduzido em 18% após a integração. Sob a ótica do consumidor, o consumo total anual aumentou 8% e a redução das despesas com energia elétrica foi de 54%.

Segundo o pesquisador, os dados obtidos e a ferramenta elaborada durante a pesquisa, além de servirem como referência para profissionais da área de energia, também podem colaborar com o planejamento de cooperativas solares. “É possível prever de forma mais precisa e mais confiável o planejamento de uma cooperativa solar, pois conseguimos identificar a produtividade média por região e qual delas é a mais indicada para a implementação de uma cooperativa composta por pequenos produtores de energia”, finaliza.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom

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UFSC produzirá hidrogênio verde em projeto em parceria com Cooperação Alemã

30/06/2022 10:06

 

Novo espaço do Fotovoltaica vai produzir hidrogênio verde (Fotos: Amanda Miranda)

Há cerca de 25 anos a geração de energia solar parecia um projeto de alto custo, uma realidade restrita a poucos ambientes. Mas olhar para esse passado, hoje, faz o professor Ricardo Ruther, coordenador do Grupo Fotovoltaica, da Universidade Federal de Santa Catarina, projetar um futuro promissor para uma inovação que começa a ganhar o mundo: a produção e utilização do chamado hidrogênio verde, o H2V. A UFSC, em parceria com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, a Cooperação Técnica Alemã, começa a investir em pesquisa para construir um pioneirismo na área.

A comparação não ocorre à toa. O professor recorda como a geração solar tinha um custo alto e era vista como uma fonte de energia apropriada apenas para sistemas isolados e distantes dos centros urbanos, até se popularizar. Não foi de uma hora para outra: como qualquer inovação, exigiu investimento público em ciência, em projetos que muitas vezes eram mais custosos do que a economia inicial que geravam. Hoje, os frutos desse processo são visíveis na popularização da tecnologia e no seu consequente barateamento.

A curva de aprendizado com a tecnologia de geração de energia solar fotovoltaica serve como um espelho para o que pode vir a ser o aproveitamento do hidrogênio verde a longo prazo. Segundo o professor, esse assunto não é novo: pelo menos desde 2005 se fala sobre isso, mas naquela época as questões ambientais não pareciam uma pauta tão central quanto são hoje. Além disso, a produção bastante cara dificulta uma aplicação mais ampla.

O gás hidrogênio, que recebe o adjetivo de “verde” por conta da sustentabilidade da produção via eletrólise utilizando somente água e energia renovável, vem sendo pesquisado pelos principais países do mundo. Segundo a consultoria internacional Bloomberg New Energy Finance, a geração solar fotovoltaica é capaz de oferecer o hidrogênio verde de baixo custo, o que fez com que o Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC (www.fotovoltaica.ufsc.br) fosse um foco imediato de interesse de parceiros.

O professor explica que o hidrogênio verde é aquele obtido com o uso de uma fonte renovável de energia, no processo de eletrólise da água que o separa do oxigênio naquela molécula. “Você pode usar o hidrogênio para, a partir dele, fazer diversas coisas, desde usá-lo numa célula combustível para convertê-lo de volta em eletricidade até ser usado como combustível. Por exemplo, os foguetes são todos movidos a hidrogênio”. Na prática, a energia empreendida para obter o gás com o selo de “verde” precisa ter sua fonte original no sol ou nos ventos.
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Grupo da UFSC tem planta solar piloto capaz de produzir mais energia; dados irão beneficiar o setor

27/05/2022 13:53

Planta Solar fica junto às instalações do Grupo Fotovoltaica (Fotos: Amanda Miranda)

A Universidade Federal de Santa Catarina deu mais um passo em direção à inovação na geração de energia solar. O Grupo Fotovoltaica tem, em operação, uma Planta Solar Piloto de Módulos Bifaciais, capazes de gerar energia com radiação direta do sol e refletida pelo solo. O empreendimento foi inaugurado na manhã desta sexta-feira, 27 de maio, pela CTG Brasil, multinacional da área de energia limpa. O projeto foi desenvolvido no âmbito de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp Ilha Solteira ) e com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis.

Com investimentos de R$ 7,2 milhões, o sistema está instalado no Sapiens Parque, onde o grupo da UFSC tem a sua sede e realiza seus experimentos. O coordenador do laboratório, professor Ricardo Rüther, lembrou que a inauguração se dá em uma fase de crescimento do setor, já que há seis anos a fonte solar é a que mais cresce no mundo quando o assunto é geração de energia. Hoje, ela responde por cerca de 8% da matriz elétrica brasileira, com o grupo da UFSC ocupando um papel de protagonismo no cenário da pesquisa e desenvolvimento.
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Ônibus elétrico alimentado por energia solar da UFSC já rodou 10 mil quilômetros em primeira fase de testes

08/05/2017 10:29

O laboratório Fotovoltaica UFSC gera eletricidade suficiente para todas as suas atividades, inclusive o abastecimento do ônibus elétrico. Um excedente ainda é cedido à rede pública para alimentar o campus universitário na Trindade. (Foto: Todd Southgate)

Inaugurado em dezembro de 2016, o ônibus elétrico alimentado por energia solar, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa e Capacitação em Energia Solar da Universidade Federal de Santa Catarina (Fotovoltaica UFSC) em parceria com as empresas Eletrabus, Marcopolo, Mercedes Benz e WEG, já rodou cerca de 10 mil quilômetros ao longo de dois meses de testes no trajeto entre a Universidade e o Sapiens Parque. O veículo realiza cinco viagens por dia, totalmente alimentado pela eletricidade solar gerada nas estruturas do laboratório Fotovoltaica.

“Nos próximos dias, o ônibus passará pela primeira revisão geral de todos os sistemas mecânicos e elétricos, quando será realizado um diagnóstico preciso sobre a operação do veículo”, explica o coordenador da Fotovoltaica, professor Ricardo Rüther.

Está também em fase de desenvolvimento um aplicativo que permitirá à comunidade acadêmica da UFSC reservar seu assento no ônibus por meio de seu telefone celular, da mesma maneira como se faz o check-in para um voo comercial. Após o lançamento do aplicativo, o serviço de deslocamento será oferecido com horários regulares a todos os estudantes, docentes e técnicos-administrativos em Educação da Universidade.
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UFSC comemora 16 anos de geração solar de energia elétrica

16/09/2013 14:46

2KWp – Primeiro sistema do Brasil integrado à arquitetura e interligado à rede elétrica pública

Nesta segunda-feira, 16 de setembro, um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que inovou na área de geração solar de energia comemora 16 anos de operação ininterrupta.

O projeto é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa Estratégica em Energia Solar da UFSC (Grupo Fotovoltaica), coordenado pelo professor Ricardo Rüther, cadastrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, e trata-se do primeiro gerador solar fotovoltaico do Brasil a ser integrado à arquitetura de prédio urbano e interligado à rede elétrica pública. O gerador, que tem potência nominal de 2 kWp, está operando desde setembro de 1997, convertendo diretamente energia solar em eletricidade através dos módulos instalados na cobertura do Bloco A, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC.

O aproveitamento da energia solar para a geração de energia elétrica apresenta um grande potencial no desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil.
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Grupo Fotovoltaica UFSC leva barco solar à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

11/10/2012 16:16

Os projetos na área de energia solar fotovoltaica serão o destaque do estande da Universidade Federal de Santa Catarina durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, entre os dias 15 e 21 de outubro, em Brasília. Entre os projetos apresentados está o primeiro barco solar usado para transportes de pessoas e cargas, construído em parceria com a Universidade Federal do Pará e a Universidade de São Paulo. O projeto “Eco Barco” foi uma iniciativa da UFSC, apoiada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energias Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia (INCT/EREEA), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que reúne grupos de pesquisas de universidades de todo o Brasil.

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