Projeto de reabilitação pós-Covid busca voluntários; impactos do programa já são percebidos

30/05/2022 09:38

Élvio participa do projeto de reabilitação pós-Covid; melhoras são visíveis para a equipe (Foto: Amanda Miranda)

Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina que busca compreender e avaliar os efeitos de um programa de atividade física em pacientes que tiveram internação hospitalar para tratamento de Covid-19 busca 40 voluntários para entrar em uma nova etapa. Intitulado Efeitos do Treinamento Físico em Desfechos Funcionais, Clínicos e Psicossociais de Adultos e Idosos Pós-infecção por Covid-19, o projeto tem registrado a evolução em pacientes que chegaram debilitados por conta da doença.

É o caso do militar Élvio Pezzi, de 64 anos. Ele ficou internado por quatro meses, chegou a passar pela UTI e teve a família chamada para uma despedida que não aconteceu. De forma inesperada, ele se recuperou, mas saiu do hospital bastante debilitado, com 30 quilos a menos e com a mobilidade prejudicada. “Eu fui intubado e durante a intubação ainda peguei duas infecções hospitalares. Não tinha mais antibiótico para me tratar. Minha família foi chamada, porque não havia mais esperança”, recorda.

O coordenador do projeto, professor do Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Rodrigo Sudatti Delevatti, lembra que Élvio começou a realizar as atividades quando ainda dependia de bengalas para se locomover. Na nona semana, ele já não precisava mais do recurso. “Nossos resultados são preliminares, ainda não foram totalmente quantificados e avaliados, mas é perceptível o impacto do programa na vida diária dos participantes”, explica.
(mais…)

Tags: Clínicos e Psicossociais de Adultos e Idosos Pós-infecção por Covid-19Core StudyEfeitos do Treinamento Físico em Desfechos FuncionaisPrograma de Pós-Graduação em Educação Física

Biodiversidade catarinense: é possível equilibrar a utilização dos recursos naturais e a preservação da natureza?

27/05/2022 19:40

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

A  biodiversidade ou diversidade biológica está relacionada às riquezas naturais. No estado de Santa Catarina,  ela está ameaçada pela destruição de habitats, sobre exploração dos recursos naturais, invasão por espécies exóticas, além das mudanças no clima. Em meio a um cenário de perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos, formas de preservação e mitigação de danos aos ecossistemas tornaram-se uma necessidade. Animais, plantas, fungos e microrganismos fornecem alimentos, medicamentos e subsídios indispensáveis para a sobrevivência da humanidade.

Diante desse cenário, as pesquisas científicas têm papel crucial. O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD) – Biodiversidade de Santa Catarina liderado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) faz parte de uma rede nacional de pesquisas e é apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Atualmente, o projeto “Biodiversidade de Santa Catarina: Investigando a ecologia histórica e os efeitos de manejo para restauração e conservação da Mata Atlântica do Sul do Brasil”, coordenado pelo professor Selvino Neckel de Oliveira, busca entender os efeitos de distúrbios na biodiversidade e encontrar formas de mediar e equilibrar o uso dos recursos naturais aliado à conservação da natureza.
(mais…)

Tags: BiodiversidadeconservaçãoManejoPELDUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC reabre exposições para público externo

27/05/2022 18:49

MArquE reabriu com uma exposição inédita e mostra do acervo de arqueologia (Fotos: Rafaella Whitaker)

O Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) abriu nesta sexta-feira, dia 27 de maio, seu pavilhão de exposições para o público. O evento contou com a abertura da exposição inédita MArquE uma história para contar e teve presença do reitor eleito, Irineu Manoel de Souza, e sua vice, Joana dos Passos. Ambos participaram, em companhia dos outros membros do MArquE, de uma breve sessão de discursos.

A nova atração, intitulada MArquE uma história para contar foi posicionada no hall de entrada e inspirada no livro de mesmo nome que havia sido desenvolvido pela equipe pedagógica do museu, junto com o professor Luciano Castro. O livro foi pensado especialmente para estudantes que possuem alguma deficiência visual e faz parte do projeto de inclusão e acessibilidade do museu. 

O professor Irineu parabenizou o trabalho realizado por toda equipe que participou da reabertura do museu utilizando os recursos escassos que estavam disponíveis. “Gostaria de parabenizar toda a equipe do museu por esse evento, pela inauguração e pelas exposições que são muito importantes para a Universidade. Assumimos o compromisso de dar continuidade a toda esta obra de valorizar cada vez mais os museus.” 

Também foi reaberta ao público a exposição Arqueologia em Questão: Percorrendo o Litoral Catarinense, que havia sido fechada em 2018. O grande acervo de Arqueologia Pré-Colonial e Histórica e de Etnologia Indígena é exposto novamente ao público e mostra a história da ocupação e desenvolvimento humano no litoral do estado. Ainda estão previstas para este ano oficinas promovidas para ampliar sua área de atuação e público trazendo atividades sobre o acervo e cotidiano do museu. 

As exposições poderão ser visitadas de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e também podem ser reservados horários para visita em grupo na exposição de longa duração. É necessário preencher o formulário de agendamento disponível no site oficial do MArquE, no qual é preciso informar quantos visitantes vão ao museu e também se há algum indivíduo portador de deficiência visual, intelectual ou física para que a visita seja mais acessível e agradável. Atendimento a pesquisadores, estudantes, parcerias, seguem sendo atendidas a partir do contato: http://tinyurl.com/marquepesquisador.

 

Matheus Alves/Estagiário Agecom

Tags: exposiçãoMArquE – Museu de Arqueologia e EtnologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC Titans conquista título no campeonato Brasileiro Universitário de eSports

27/05/2022 17:22

A UFSC Titans, equipe de eSports da UFSC, conquistou o título no Campeonato Brasileiro Universitário de eSports (BUE), que teve a sua final em Goiânia-GO no domingo, 22 de maio. O time disputou em duas modalidades, no Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) e em League of Legends (LOL). Saiu como campeão no CS:GO – seu segundo título consecutivo – e chegou às finais no torneio de LOL.

Lucas Dias, estudante do curso de Engenharia de Controle e Automação e um dos fundadores da equipe, acompanhou o time na final em Goiânia. “O título é o símbolo da habilidade e dedicação dos atletas e também de todo trabalho que temos nos bastidores para garantir que eles estejam sempre focados no desempenho. Orgulhosos também por carregarmos o nome da UFSC e do Estado para o resto do Brasil, representando muito bem o nosso potencial.”

Dias também comenta que a consequência de estar no topo é a crescente atenção da mídia para o projeto, trazendo cada vez mais público e motivando empresas a apoiar a equipe. Também acaba trazendo muito orgulho para a Titans, pois os consolida ainda mais dentro da própria universidade.

Além da BUE, a Titans também participa de outros campeonatos universitários de eSports. Há o Campeonato Brasileiro de Esports Universitário (CBEU), Sul Brasileiro de Esports (SBE), Torneio Universitário de Esports (TUES) – no qual foram campeões no ano passado – e a Liga Universitária de Esports Brasileiro (UEB), entre outros.

Confira mais informações no site da Confederação Brasileira do Desporto Universitário. 

João Eduardo Cardoso Pinheiro/ Estagiário Agecom

Tags: CS:GOeSportsTitansUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Grupo da UFSC tem planta solar piloto capaz de produzir mais energia; dados irão beneficiar o setor

27/05/2022 13:53

Planta Solar fica junto às instalações do Grupo Fotovoltaica (Fotos: Amanda Miranda)

A Universidade Federal de Santa Catarina deu mais um passo em direção à inovação na geração de energia solar. O Grupo Fotovoltaica tem, em operação, uma Planta Solar Piloto de Módulos Bifaciais, capazes de gerar energia com radiação direta do sol e refletida pelo solo. O empreendimento foi inaugurado na manhã desta sexta-feira, 27 de maio, pela CTG Brasil, multinacional da área de energia limpa. O projeto foi desenvolvido no âmbito de Pesquisa & Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp Ilha Solteira ) e com o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis.

Com investimentos de R$ 7,2 milhões, o sistema está instalado no Sapiens Parque, onde o grupo da UFSC tem a sua sede e realiza seus experimentos. O coordenador do laboratório, professor Ricardo Rüther, lembrou que a inauguração se dá em uma fase de crescimento do setor, já que há seis anos a fonte solar é a que mais cresce no mundo quando o assunto é geração de energia. Hoje, ela responde por cerca de 8% da matriz elétrica brasileira, com o grupo da UFSC ocupando um papel de protagonismo no cenário da pesquisa e desenvolvimento.
(mais…)

Tags: energia solarEnergia Solar FotovoltaicaGrupo Fotovoltaicapesquisa e desenvolvimentoPlanta Solar Piloto de Módulos Bifaciais

Professor da UFSC assina carta na ‘Science’ sobre preservação de florestas marinhas construídas por animais

27/05/2022 11:05

Crédito: Hudson Pinheiro

O professor Paulo Antunes Horta, do Departamento de Botância da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é um dos autores de uma carta na edição da revista Science publicada nesta sexta-feira, 27 de maio. O texto chama a atenção para a situação dos oceanos e para um negligenciado ecossistema: as florestas construídas por animais nas profundezas dos mares.

> Clique AQUI para acessar a íntegra (em inglês)

Apesar dos avanços na conscientização – resultado de movimentos locais e globais, como a ONU Conferência sobre Mudança Climática em Glasgow (COP26), a Década da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável (2021–2030) e da Restauração do Ecossistema -, as atividades humanas continuam a transformar profundamente os ecossistemas marinhos. Segundo o trabalho, há décadas de atraso e falta de recursos para a a ampliação e aprofundamento da pesquisa sobre o oceano sua conservação e diversidade biológica.

“Ecossistemas que vivem no fundo dos mares sofrem os efeitos da pesca de arrasto, da poluição urbana e agrícola, da bioinvasões, mudanças climáticas, entre outros eventos típicos do sistema de produção e consumo de nossa sociedade dominantemente capitalista”, explica o professor Paulo Horta. Entre estes ecossistemas, florestas de animais marinhos, que são dominados por organismos como esponjas, corais e gorgônias, formam habitats que são particularmente vulneráveis a todas estas fontes de perturbação.

As florestas de animais marinhos incluem habitats que vão do litoral mais raso ao mar profundo, representando um dos maiores biomas da Terra. As florestas são ecologicamente relevantes como hotspots de biodiversidade e berçário fundamentais. As evidências sugerem que elas têm o potencial de fornecer serviços ecossistêmicos que mitigam os efeitos das mudanças climáticas ao imobilizar carbono. No entanto, as informações sobre balanço de carbono, entre outros gases estufa, dinâmica populacional, conexão genética e o funcionamento do ecossistema e das principais espécies ainda é carente de pesquisas, especialmente no Brasil.
(mais…)

Tags: ScienceUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Vida UFSC: Idésio Leal, artista que está continuando o mosaico de Rodrigo de Haro na UFSC

25/05/2022 16:38

Passando pelo prédio da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vemos a arte de Rodrigo de Haro, que tinha Idésio Leal como colaborador. A obra, além de marcar a vida dos artistas, faz parte da identidade da UFSC. A área total do mosaico é de 440m², um dos maiores da América Latina. O segmento da fachada se chama “Um livro aberto da América pré-Colombiana”, produzida nos anos de 1995 a 1997.

Todo esse trabalho é um orgulho para Idésio, que possui admiração por de Haro. “Comecei a trabalhar com ele em minha adolescência, moramos juntos até a passagem dele. Possuo extrema admiração pelo Rodrigo, trabalhei com ele durante 42 anos”, comenta. Dos filhos de Idésio, Rodrigo é padrinho.

Mesmo com o falecimento de Rodrigo de Haro em 2021, Idésio está continuando o seu legado. Atualmente, trabalha na obra “Folclore Popular” que começou a ser feita em 24 de março deste ano e deverá ser concluída até julho. Ela se localiza na parte de trás da Reitoria e é uma ação da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte/UFSC).

No mosaico, cada fragmento de azulejo é cortado a mão. Dependendo do tom da cor, o corte pode ser mais difícil, já que as escuras têm mais camadas. O artista trabalha com o seu assistente, Amilton Silvero, oito horas por dia sobre andaimes onde estão as suas ferramentas: riscadeira, esmerilho, policorte e disco. Embaixo dos andaimes há uma mesa na qual está o esboço em papel do que será feito na parede, e um livro para que os visitantes registrem sua passagem pelo local da obra.

Idésio trabalhou com Rodrigo em Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba. Além das que estão na Reitoria, há obras no Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina (Hemosc), na Praça
dos Três Poderes em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina e na fachada do Clube Doze no centro da cidade, sendo que até maio de 2022 foram produzidos 56 mosaicos.

O Projeto Vida UFSC, desenvolvido pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom), nasceu com o propósito de demonstrar um pouco da construção coletiva da Universidade: o cotidiano, a rotina, o trabalho e a percepção das pessoas que compõem a comunidade universitária.

O objetivo é retratar um pouco da realidade cotidiana desse ecossistema educacional dinâmico e pulsante, cuja soma de esforços gera resultados para toda a sociedade.

Carolina Monteiro e João Eduardo Cardoso Pinheiro/ Estagiários Agecom

Inscrições no processo seletivo de vagas remanescentes na UFSC terminam nesta quinta

25/05/2022 11:55

O período de inscrições para o preenchimento de vagas remanescentes do Vestibular terminam nesta quinta-feira, 26 de maio. São oferecidas 572 vagas em 28 cursos dos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, para ingresso no segundo semestre letivo de 2022. Podem se inscrever todos os estudantes que concluíram ou estão em vias de concluir o Ensino Médio (curso de 2º Grau ou equivalente).

> Confira a íntegra do edital do Processo Seletivo Especial

A inscrição é realizada somente via internet, no site www.remanescentes2022.ufsc.br. Os candidatos devem preencher o Requerimento de Inscrição e enviá-lo à Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) até as 23h59 do dia 26 de maio. Após envio do requerimento, é aconselhável imprimir o Comprovante de Inscrição e gerar o boleto bancário, que poderá ser pago em qualquer agência bancária do País, em postos de atendimento ou via internet até o dia 27 de maio.

A taxa de inscrição é de R$ 75 para todos os cursos, mas os candidatos poderão solicitar isenção total do pagamento via CadÚnico (Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007) ou nos termos da Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013, que garante isenção das taxas a alunos que cursaram todo o Ensino Médio em escola da rede pública (ou em escola privada com bolsa integral) e que possuam renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo per capita. Os requerimentos de isenção devem ser encaminhados no período de 17 a 20 de maio.

A partir do dia 31 de maio, a Coperve divulgará a Confirmação de Inscrição Preliminar, no site www.remanescentes2022.ufsc.br, no link “Confirmação de Inscrição Preliminar”, para conferência de dados. No caso de informações erradas, a correção poderá ser feita até 2 de junho. A Confirmação de Inscrição Definitiva, contendo a indicação do local onde o candidato realizará as provas, será disponibilizada até o dia 22 de junho de 2022.

Os cursos e as quantidades de vagas oferecidas estão disponíveis no Anexo I do edital, enquanto o Anexo II traz as informações sobre as tabelas de pesos das disciplinas e os pontos de corte. Em todos os cursos ofertados haverá reserva de vagas (50%) para estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escolas públicas, com recorte de renda e cotas para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência.
(mais…)

Tags: coperveProcesso Seletivo EspecialUFSCUniversidade Federal de Santa Catarinavagas remanescentesVestibularVestibular 2022-2

Estudo do Campus Araranguá aponta aplicabilidade de fisioterapia especializada na recuperação pós-Covid

25/05/2022 11:17

Programa de exercícios físicos contribuiu para melhora de sintomas como falta de ar e ansiedade em pacientes recuparados da covid (Foto: Divulgação)

 O projeto de reabilitação pós-Covid “RE2SCUE”, desenvolvido no campus da UFSC de Araranguá, possibilitou aos pesquisadores observar a redução dos sintomas de ansiedade e melhora da funcionalidade daqueles que contraíram o vírus. A pesquisa do Laboratório Biologia do Exercício Físico (LaBioEx) já atendeu mais de cem pacientes e agora entrará em nova fase, na qual serão estudados modos de suplementar a resposta ao exercício, como através da cafeína e de canabinoides.

O estudo foi iniciado em abril de 2020, idealizado pelo professor Aderbal Silva Aguiar Junior, com o objetivo de avaliar os efeitos da reabilitação sobre as sequelas da Covid-19. É desenvolvido por uma equipe que envolve alunos e professores da UFSC, tendo em vista o conhecimento de que as infecções virais podem causar efeitos tardios ou sequelas mesmo após a resolução da doença e se baseando em experiências passadas com o efeito do exercício em modelos animais de fadiga. “Nós estávamos dentro de um hospital, atendendo pacientes com diversas sequelas decorrentes da Covid-19, em um momento de pandemia sem vacinas e tratamentos cientificamente comprovados”, comenta a aluna do mestrado em fisioterapia e participante do projeto, Maria Cristine Campos.

Já nessa época, era possível perceber os benefícios teorizados pelos pesquisadores. “As pessoas que fizeram exercício melhoraram 50% mais a dispneia (falta de ar) do que as pessoas que não fizeram exercício”, comenta o professor Aderbal. “Quando nada era conhecido na Covid-19, mostramos que o exercício era seguro”, acrescenta.

Diante da demanda observada, o serviço foi ofertado em Balneário Arroio do Silva em parceria com a Secretaria de Saúde, com atendimento aos pacientes residentes do município. Em Araranguá, há um centro de reabilitação para os pacientes com sequelas da Covid-19, o qual foi estabelecido com base no “RE2SCUE”.

O projeto de lei está disponível aqui.

Financiado pelo Ministério da Saúde, o projeto ajudará o SUS na implementação deste protocolo na rede pública. “Desde o início do projeto, priorizamos o bem-estar e a segurança dos pacientes”, diz a pesquisadora Maria Cristine. “Houve apenas uma intercorrência, mas que não ocasionou nenhum tipo de prejuízo e inclusive auxiliou no diagnóstico clínico para uma das pacientes do estudo”.

A pesquisa foi contemplada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que apoiam o projeto através de bolsas e financiamento necessário para adquirir os equipamentos e insumos da pesquisa. O edital CNPq ainda prevê recursos para publicação do estudo em forma open access, garantindo que todos poderão acessar os resultados do artigo.

Atualmente, o protocolo de trabalho está disponibilizado abertamente.

Com o cronograma original da pesquisa já encerrado, o laboratório segue para a análise dos resultados obtidos.

Natan Batista Balthazar/ Estagiário de Jornalismo da Agecom

Tags: Campus de AraranguáfisioterapiaRE2SCUEreabilitação pós-covidUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Tainha de laboratório: UFSC é pioneira na reprodução de espécie em cativeiro

24/05/2022 10:20

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Coleta de sêmen para fecundação em cativeiro. Crédito: Acervo Lapmar

Quando o mês de maio chega e o frio se intensifica, uma visitante assídua aparece nas águas do litoral catarinense: a tainha. Com a pesca artesanal, o peixe se mantém símbolo da tradição, mas ainda é subexplorado comercialmente. Pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no entanto, podem contribuir para o nascimento de alternativas economicamente viáveis, capazes de garantir a oferta da tainha durante o ano inteiro e agregar valor à sua produção.

O Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar) foi o primeiro do mundo a conseguir reproduzir todo o ciclo de vida da espécie Mugil liza em cativeiro. O projeto teve início em 2014, quando 14 exemplares adultos selvagens (quatro fêmeas e dez machos) foram capturados em Laguna, no Sul do estado, e transportados para a unidade de pesquisa da UFSC, instalada em Florianópolis.

Esse primeiro lote de reprodutores foi mantido em um tanque de 12 m3, onde as fêmeas receberam indução hormonal para liberação dos ovos; enquanto os machos liberaram sêmen quando submetidos a massagens abdominais. A fecundação dessa espécie ocorre na água e, no estudo pioneiro, a eclosão das primeiras larvas foi registrada 48 horas após a desova. Por cinco anos, todas as desovas realizadas no Lapmar utilizaram os exemplares selvagens. Somente no fim de 2019, alguns meses antes da pandemia, a experiência foi consumada com exemplares da primeira geração nascida em cativeiro, chamada F1.

A principal contribuição do trabalho concebido na UFSC foi o domínio do ciclo de vida da espécie. Com o desenvolvimento integral dessa geração no laboratório, os pesquisadores conseguiram acompanhar o processo de maturação sexual e constataram que os machos apresentavam espermatozoides viáveis por volta dos 11 meses de idade, quando atingiam em torno de 24 a 25 cm de comprimento. As fêmeas, por sua vez, estavam aptas à reprodução somente aos três anos, com cerca de 40 cm.

A pesquisa demonstrou regularidade nos índices de desova e na qualidade dos ovos, permitindo um grande avanço no controle da reprodução da tainha fora do seu habitat natural. O domínio desta técnica torna possível produzir o peixe todos os meses do ano e escalonar sua produção. Neste mês de maio, a equipe do Lapmar iniciou o trabalho de preparação para a desova da segunda geração (F2).

Larva 7 dias após a eclosão do ovo. Crédito: Acervo Lapmar

O engenheiro de aquicultura Caio França Magnotti, supervisor do Laboratório de Piscicultura Marinha, começou a trabalhar na UFSC em 2013 e acompanhou todas as pesquisas desenvolvidas na instituição sobre a espécie desde então. Para ele, ainda que seja complexo garantir que os peixes fiquem aptos à desova no ambiente do laboratório, a parte mais crítica do processo são os primeiros 15 dias após a eclosão do ovo. “É uma fase praticamente microscópica. Você quase não vê a larva. Você não pode encostar nela, que ela morre. Então, qualquer deslize, uma temperatura diferente, um choque mecânico ou um choque de luz, como acender e apagar a luz, pode causar a morte. É muito delicado”, pondera.

A origem do laboratório

O Lapmar foi criado em setembro de 1990 para atender uma demanda de produção de tecnologias e de difusão de conhecimentos sobre peixes marinhos em cativeiro, especialmente de espécies presentes no litoral catarinense. É hoje o mais antigo laboratório do gênero no país dedicado à pesquisa, ao ensino e à extensão. Instalado na Barra da Lagoa, leste da Ilha de Santa Catarina, ele faz parte da Estação de Maricultura Professor Elpídio Beltrame (EMEB) – unidade externa do Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC.

Professor Vinícius foi por mais de três décadas supervisor do Lapmar. Crédito: Acervo pessoal

O surgimento e a história do laboratório estão intimamente ligados à trajetória de um profissional: o professor Vinícius Ronzani Cerqueira. O docente se aposentou no último mês de abril, após dedicar mais de três décadas à UFSC e à supervisão do Lapmar. Ao cursar o doutorado na França, terra natal de seu ídolo, o oceanógrafo Jacques Cousteau, Vinícius já planejava que, quando retornasse ao Brasil, abriria uma linha de pesquisa nova, para estudar nossos peixes. O foco desde o princípio foi desbravar a piscicultura marinha brasileira.

“Quando a gente começou não havia nenhum grupo de pesquisa com esse objetivo: estudar as espécies marinhas nativas. Foi difícil começar algo inovador. Já havia publicações sobre peixes marinhos, mas eram poucas. Por isso, insisti nessa área e peguei essa oportunidade para trabalhar”, revela o professor. No início o serviço foi árduo e era executado por Vinícius com a colaboração do seu primeiro orientando, o estudante Aliro Bórquez Ramirez, engenheiro formado no Chile e hoje reitor da Universidad Católica de Temuco, cuja dissertação foi a primeira defendida no curso de Aquicultura da UFSC, em 1991.

Ao longo da carreira, o professor Vinícius se dividia entre as atividades no Lapmar e os compromissos como docente no CCA, onde chegou a ocupar as funções de chefe de Departamento e coordenador da graduação e pós-graduação. Em muitas oportunidades, levou a família ao local de trabalho nos fins de semana. “Era um trabalho que não podia parar. Além do meu ofício como professor de segunda a sexta-feira, aos sábados e domingos muitas vezes precisava visitar o laboratório. Dependendo da fase de desenvolvimento em que os peixes estavam, ficar dois dias sem ninguém verificá-los era muito arriscado”, recorda.

O projeto começou com o estudo da reprodução do robalo-peva (Centropomus parallelus), por meio da investigação acerca da criação de larvas e juvenis – esta última é uma fase da vida do peixe que se inicia a partir de 30 a 40 dias depois do nascimento, quando possui entre 2 e 3 cm, e termina com a maturação sexual). A experiência serviu de base para o trabalho com o robalo-flecha (Centropomus undecimalis) pouco tempo depois.
(mais…)

Tags: AquiculturaFundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc)Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar)LapmartainhaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Alunos de cinema da UFSC integram equipe de curta-metragem exibido no festival de Cannes

24/05/2022 10:06

O curta-metragem catarinense A Fita Vermelha, que tem na equipe alunos do curso de cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será exibido no início da tarde desta terça-feira, 24 de maio, no festival de Cannes, na França. A obra que conta a história de Helga, uma mulher que abriu mão dos seus sonhos para administrar um negócio da família, venceu o 48HFP Ibero Challenge 2021 e, em março deste ano, fez parte da programação do Festival Filmapalooza, em Washington, nos Estados Unidos.

O filme foi feito para o 48HFP – competição internacional de cinema em que o objetivo é criar um curta-metragem em apenas 48 horas – e está sendo exibido no circuito do projeto, cujo última etapa é a exibição no Short Film Corner no Festival de Cannes. Foi a primeira vez que uma produção brasileira venceu o concurso. O Ibero reúne diversas equipes em diferentes cidades do mundo. Um tema, um objeto de cena, um personagem e uma frase que devem ser usados no filme são sorteados na hora; tudo para garantir que o curta de fato seja criado no período estabelecido. Na última edição, 34 obras competiram pelo título.

> Assista ao trailer da obra

Realizado em Florianópolis e sob a direção de Nestor Luiz, o curta tem na equipe cinco estudantes da 5ª fase à 8ª fase do curso de cinema: Pedro Meditsch, na direção de fotografia; Rômullo Furtado Beltrame, na assistência de fotografia; Mirna Melo, na direção de arte; Jordana Beck, 1ª assistência de direção; e Sofia D’avila, na assistência de produção. Além de levar o prêmio de Melhor Filme no Ibero, a produção catarinense também venceu nas categorias Elenco, Produção, Direção, Figurino, Roteiro, Fotografia e Edição.

“Ganhar nas diversas categorias, menções honrosas para atriz, dentre outros prêmios, foi fascinante. Isso nos incentivou a produzir ainda mais e o reconhecimento com a nossa ida ao festival de Cannes é inspirador, nos faz olhar para o cinema que produzimos e querer cada vez mais que o mundo o veja também”, declarou Rômullo Beltrame, que está na França para participar do festival. Também estão na Europa para acompanhar a exibição do curta Nestor Luiz, Gabriela Magnani e Pedro Meditsch.

Outros seis curtas brasileiros estão presentes no Short Film Corner do Festival de Cannes, que não se trata de uma seleção competitiva. Estão também na lista Circular, de Gabriel Oliveira Martins; Goma, de Igor Vasco; Imaginário carnaval, de Bernardo Costa; Madrugada, de Leonardo da Rosa e Gianluca Cozza; e Vermelho quimera, de Thiago Soares e Oskar Metsavaht. Produzido pela Way of Club, A Fita Vermelha teve um orçamento de R$ 7 mil.

Tags: CannescinemaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisadores da UFSC desenvolvem técnica inovadora para aumentar eficiência de fertilizantes

23/05/2022 09:45

O professor Dachamir Hotza no Laboratório Interdisciplinar para o Desenvolvimento de Nanoestruturas – Linden (Foto: Luís Carlos Ferrari)

A guerra entre a Rússia e a Ucrânia colocou em evidência uma questão estratégica para qualquer nação: a produção de fertilizantes, insumo essencial para a produtividade agrícola. Na UFSC, uma equipe de pesquisadores liderada pelo professor Dachamir Hotza, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, desenvolveu um material inovador de liberação controlada de nutrientes dos fertilizantes, com potencial de aumentar a eficiência desses produtos e vantagens econômicas e ambientais sobre outras tecnologias já utilizadas pelas indústrias.

Intitulada “Fertilizantes de Liberação Controlada à Base de Nanocompósito de Argila Hidrofóbica”, a pesquisa levou o professor Dachamir Hotza a ser um dos finalistas na categoria Pesquisador Inovador do Prêmio Inovação Catarinense – Professor Caspar Erich Stemmer, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). De acordo com o professor, “os fertilizantes de liberação controlada podem atender de maneira mais eficiente a demanda crescente do mercado, e diminuir nossa dependência da importação desses produtos”.

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de alimentos, mas cerca de um terço de toda a produção agrícola do País depende de fertilizantes, que são derivados de elementos químicos como nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). O uso de fertilizantes é crescente: chegou a 41,5 milhões de toneladas em 2021, com um aumento de 21,4% em relação a 2020. Em abril deste ano, a compra de fertilizantes chegou a 3,25 milhões de toneladas (crescimento de 71% em relação ao mesmo mês do ano passado).
(mais…)

Tags: Dachamir HotzaFertilizantesnanotecnologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC recebe homenagem da Prefeitura Municipal de Florianópolis por parceria no combate à pandemia

20/05/2022 11:37

Aureo Moraes, Topázio Neto e Felipa Amadigi (Foto: Cristiano Andujar/ Prefeitura Municipal de Florianópolis)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e outras nove empresas e instituições que foram parceiras da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis durante o processo de vacinação e combate à pandemia de Covid-19 foram homenageadas na última quinta-feira, 19 de maio. Os agraciados cederam seus espaços, para que os profissionais da saúde municipal pudessem fazer a aplicação das vacinas e testes, com mais conforto e segurança para a população.

No caso da UFSC, além de espaço físico, atuaram na vacinação professores e estudantes, por meio do projeto de extensão Imuniza Floripa. Servidores técnico-administrativos também colaboraram, a exemplo da equipe de infraestrutura da Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC), que fez instalações específicas para dotar os pontos de vacinação de redes sem fio.

Florianópolis ganhou destaque durante a pandemia, sendo apontada após pesquisa do Instituto Votorantim como a capital brasileira mais eficiente no combate à pandemia, a partir de índices que se baseiam no número de mortes e medidas tomadas pelos gestores públicos. Florianópolis também é a capital mais vacinada do Brasil, com índice de 94,68% de vacinação da população com esquema vacinal completo. A organização do evento lembrou, ainda, de esforços como o “Vacinaço”, realizado em 6 de julho de 2021, quando se vacinou 4% da população da cidade, ou 18.669 pessoas, num período de 18h. A UFSC contribuiu nesses esforços, cedendo seu espaço físico para vacinação e testagem, e com o projeto Imuniza Floripa oferecendo mais de 60 vacinadores, a maioria do curso de Enfermagem. Os postos vacinação na UFSC continuam ativos no prédio da Secretaria de Educação a Distância (Sead).
(mais…)

Tags: #TodosPelasVacinascoronavírusDepartamento de Enfermagemgestão coronavírusimuniza floripaPrefeitura Municipal de Florianópolissecretaria municipal de SaúdeUFSCUniversidade Federal de Santa Catarinavacinação covid-19

APA do Anhatomirim faz 30 anos com participação da UFSC

20/05/2022 09:02

A Área de Proteção Ambiental (APA) do Anhatomirim completa 30 anos de criação nesta sexta-feira, 20 de maio. A unidade de conservação, gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), nasceu em 1992 com o objetivo principal, mas não único, de proteger a população de golfinhos Sotalia guianensis que habita parte da baía norte da Grande Florianópolis. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participa do conselho gestor da APA, com atuação de servidores da Coordenadoria das Fortalezas de Ilha de Santa Catarina.

Essa unidade de conservação ocupa uma área de 4.436,59 hectares no município de Governador Celso Ramos. Dentro da APA, fica a Fortaleza de Santa Cruz, localizada na Ilha de Anhatomirim, patrimônio histórico nacional mantido pela UFSC. Os objetivos da APA não são apenas ecológicos, mas ecológicos e sociais. Por isso, envolvem atenção com golfinhos, mata, rios e comunidades de pescadores artesanais, entre outros temas.

Regularmente, o ICMBio promove reuniões do conselho gestor para discutir tais assuntos. Além da UFSC, fazem parte do conselho diversos órgãos ligados à proteção ambiental e da administração pública de forma geral, como a Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos, a Marinha do Brasil, o Instituto do Meio Ambiente, o Comitê da Bahia Hidrográfica do Rio Tijucas, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), entre outros. O comitê gestor da APA não é formado apenas por órgãos de governo. Há representantes das colônias de pesca da região, maricultores, associação de moradores, entre outras entidades representativas da população.

Para o ICMBio, desde sua criação, a APA é patrimônio de todo o povo e sua gestão é compartilhada e participativa. A APA do Anhatomirim é uma unidade de conservação que admite usos, regulamentando atividades como pesca, maricultura, turismo e lazer, além de estipular regras de como proceder quando há aproximação de golfinhos e outros animais. Por isso, o trabalho de regramento, fiscalização e educação ambiental são mantidos para preservar todo ecossistema para futuras gerações.

Tags: Área de Proteção Ambiental (APA) do AnhatomirimCoordenadoria das Fortalezas de Ilha de Santa CatarinaInstituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Estudo identifica espécies vulneráveis de aves em áreas com núcleos agroflorestais

19/05/2022 09:19

Ouvindo o canto dos passarinhos, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina chegou a importantes resultados sobre os chamados Sistemas Silvipastoris com núcleos agroflorestais, áreas de pastagens com núcleos agroflorestais implantados para beneficiar as propriedades e o meio ambiente na região do encosto da Serra do Rio do Rastro. Além de sombrearem o pasto e resultarem em um alimento de melhor qualidade para o gado leiteiro, as agroflorestas inseridas na pastagem estão atraindo aves inéditas para esse tipo de região. Agroflorestas são áreas que reúnem cultivo de interesse do produtor e plantas da floresta.

A pesquisa de doutorado de Gisele Francioli Simioni, intitulada Biodiversidade de aves: a importância do componente arbóreo em sistemas pastoris, teve parte dos seus resultados publicados no artigo Response of birds to high biodiversity silvopastoral systems: Integrating food production and biodiversity conservation through applied nucleation in southern Brazil, que circulou no periódico Agriculture, Ecosystems & Environment, um dos mais relevantes da área. A tese foi orientada pelo professor Abdon Luiz Schmitt Filho, com coorientação dos professores Alfredo Celso Fantini, Fernando Joner e Benedito Côrtes Lopes. O artigo também é assinado por Joshua Farleyd e Alexandre Moreira.

Pica-pau de cabeça amarela (Fotos: acervo da pesquisadora)

(mais…)

Tags: Biodiversidade de avesLaboratório de Sistemas Silvipastoris e Restauração Ecológicanúcleos agroflorestaisSistemas Silvipastoris

Pesquisa mostra o crescimento e a contribuição do audiovisual para a economia de SC

18/05/2022 11:09

Atividades de produção e pós-produção cinematográfica, de vídeos, de programas de televisão e de publicidade são as mais representativas de SC. Foto: Osarugue Igbinoba/Unsplash

Um grupo de pesquisadores da UFSC divulgou na última terça-feira, 17 de maio, os resultados do estudo Retratos do audiovisual catarinense: economia e políticas públicas. Financiado pelo Prêmio Catarinense de Cinema, lançado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC), o projeto é um mapeamento do setor baseado em dados de até 2021. Além de trazer informações sobre trabalho e renda, perfil das empresas de produção audiovisual, cursos de ensino superior e TVs públicas, o material indica caminhos para o desenvolvimento e o fortalecimento de políticas públicas e para uma maior articulação entre mercado e universidade. 

“Esse é o primeiro estudo feito em Santa Catarina que reúne economistas e pessoas ligadas ao campo do cinema, do audiovisual, que juntaram esforços para desenvolver uma metodologia nova para auferir os dados econômicos e institucionais”, comenta o professor do curso de Cinema Alfredo Manevy. Além dele, estiveram envolvidos no projeto Eva Yamila da Silva Catela, professora do Departamento de Economia e Relações Internacionais, Hoyêdo Nunes Lins, docente dos programas de pós-graduação em Economia e em Relações Internacionais, e Caroline Mariga pesquisadora e realizadora audiovisual graduada em Cinema pela UFSC.

Em diálogo com diversos agentes e entidades do audiovisual do estado, a equipe levantou e analisou dados de instituições como a Agência Nacional do Cinema (Ancine) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também foram considerados trabalhos preexistentes, como um realizado no âmbito da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e entrevistados produtores, distribuidores, professores e gestores. Tudo isso possibilitou a disponibilização de informações quantitativas e qualitativas sobre questões como geração de emprego, tipos de mão de obra, arrecadação de impostos, processos criativos e modelos de negócios, conquistas em políticas públicas, gargalos existentes e desafios para o futuro.

Crescimento e arrecadação 

O crescimento do setor na última década impressiona. O trabalho revela que, entre 2010 e 2019, aumentou 429% o número de agentes econômicos atuando no audiovisual catarinense – passando de 90 para 476 agentes no período. 40% deles estão localizados em Florianópolis. Os demais se distribuem, principalmente, entre Joinville, Blumenau, Itajaí, Chapecó e Balneário Camboriú. As atividades de produção e pós-produção cinematográfica, de vídeos e de programas de televisão e as relacionadas à publicidade são as mais representativas, com 43% do total de agentes.
(mais…)

Tags: audiovisualcinemaEconomiaeconomia catarinenseUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Inscrições no processo seletivo de vagas remanescentes na UFSC começam nesta terça-feira, 17 de maio

16/05/2022 18:16

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) publicou nesta segunda-feira, 16 de maio, o edital do Processo Seletivo Especial para preenchimento de vagas remanescentes do Vestibular. São oferecidas 572 vagas em 28 cursos dos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, para ingresso no segundo semestre letivo de 2022. As inscrições estarão abertas no período de 17 a 26 de maio. Poderão se inscrever todos os estudantes que concluíram ou estão em vias de concluir o Ensino Médio (curso de 2º Grau ou equivalente).

A inscrição será realizada somente via internet, no site www.remanescentes2022.ufsc.br. Os candidatos devem preencher o Requerimento de Inscrição e enviá-lo à Coperve até as 23h59 do dia 26 de maio. Após envio do requerimento, é aconselhável imprimir o Comprovante de Inscrição e gerar o boleto bancário, que poderá ser pago em qualquer agência bancária do País, em postos de atendimento ou via internet até o dia 27 de maio.

A taxa de inscrição é de R$ 75,00 para todos os cursos, mas os candidatos poderão solicitar isenção total do pagamento via CadÚnico (Decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007) ou nos termos da Lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013, que garante isenção das taxas a alunos que cursaram todo o Ensino Médio em escola da rede pública (ou em escola privada com bolsa integral) e que possuam renda familiar bruta mensal de até 1,5 salário mínimo per capita. Os requerimentos de isenção devem ser encaminhados no período de 17 a 20 de maio.

A partir do dia 31 de maio, a Coperve divulgará a Confirmação de Inscrição Preliminar, no site www.remanescentes2022.ufsc.br, no link “Confirmação de Inscrição Preliminar”, para conferência de dados. No caso de informações erradas, a correção poderá ser feita até 2 de junho. A Confirmação de Inscrição Definitiva, contendo a indicação do local onde o candidato realizará as provas, será disponibilizada até o dia 22 de junho de 2022.

Os cursos e as quantidades de vagas oferecidas estão disponíveis no Anexo I do edital, enquanto o Anexo II traz as informações sobre as tabelas de pesos das disciplinas e os pontos de corte. Em todos os cursos ofertados haverá reserva de vagas (50%) para estudantes que cursaram todo o Ensino Médio em escolas públicas, com recorte de renda e cotas para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência.

Provas

As provas do processo seletivo especial serão realizadas em uma única etapa, no dia 10 de julho, das 14h às 19h. Os candidatos deverão elaborar uma redação e responder 40 questões (Língua Portuguesa – 6 questões; Língua estrangeira (inglês ou espanhol) – 4 questões; Matemática – 5 questões; Biologia – 5 questões; Ciências Humanas e Sociais – 10 questões, sendo 4 de História, 4 de Geografia, 1 de Sociologia e 1 de Filosofia; Física – 5 questões; Química – 5 questões).

As provas serão elaboradas com base nos conteúdos previstos nos programas das disciplinas, disponíveis no site www.remanescentes2022.ufsc.br desde o dia 7 de abril. No momento da inscrição, o candidato deverá informar o local em que fará a prova, podendo escolher entre as cidades de Florianópolis e municípios da grande Florianópolis, Araranguá, Blumenau, Curitibanos ou Joinville.

Para acessar os locais de realização das provas e durante todo o período em que permanecer nestes ambientes, o candidato deverá utilizar máscara facial, sendo indicado o modelo N95 ou similar. Todos deverão apresentar também no dia da prova o comprovante de vacinação contendo informação de segunda dose ou ciclo vacinal completo. Os candidatos não vacinados somente poderão participar do concurso se apresentarem teste com resultado negativo para a covid realizado com até 72 horas antes do dia 10 de julho. O consumo de alimentos será proibido, mas os estudantes poderão levar uma garrafa de água de material transparente.

Todos os candidatos inscritos devem tomar conhecimento do edital e acompanhar atentamente o site do concurso (www.remanescentes2022.ufsc.br), pois a Coperve divulgará por este canal editais, normas complementares e avisos oficiais sobre o Processo Seletivo Especial/Vagas Remanescentes.

Tags: graduaçãoingressoProcesso Seletivo EspecialUFSCUniversidade Federal de Santa Catarinavagas remanescentesVestibularVestibular 2022-2

Alterações de trânsito na UFSC chegam à terceira semana com novos ajustes

16/05/2022 15:36

Rua Roberto Sampaio Gonzaga recebeu pintura com acesso exclusivo e sinalização de velocidade, estacionamento, e configuração de trânsito. (Foto: Divulgação/Agecom/UFSC

As mudanças de trânsito na região central do Campus Reitor João David Ferreira Lima (Trindade) da UFSC entram na terceira semana com a previsão de novos ajustes para assegurar a consolidação das medidas. As alterações viabilizaram a criação de um corredor exclusivo para a linha UFSC Semidireto, além de sinalização vertical e horizontal para a humanização do trânsito, com preferência a pedestres, ciclistas e usuários do transporte coletivo.

As novas alterações implementadas na última semana incluíram pintura da via, demarcando o trânsito restrito a ônibus, além de espaço ampliado para pedestres. Também foi delimitado com cercamento provisório um espaço de estacionamento para favorecer o acesso à agência dos Correios e Centro de Convivência, com entrada pela Carvoeira. Essas vagas serão sinalizadas nos próximos dias e serão vagas rotativas, com permanência máxima de 15 minutos.

Apesar da sinalização e das primeiras duas semanas com a presença integral de profissionais de segurança para a orientação dos motoristas, ainda é frequente a circulação de carros e motos nas áreas restritas a ônibus. A Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) é a responsável pela fiscalização e já aplicou notificações e multas no local.
(mais…)

Tags: corredor de ônibusDPAEPMFtransporte coletivoUFSCUFSC semidiretoUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC participa da XXI Feira do Mel de Santa Catarina, em Florianópolis

13/05/2022 11:41

Depois de dois anos no mundo virtual, por conta da pandemia, a Feira do Mel de Santa Catarina retorna para as ruas do centro de Florianópolis e realiza sua 21ª edição no Largo da Alfândega, até dia 14 de maio. Nesta edição, núcleos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentam aos visitantes  a diversidade de espécies de abelhas que ocorrem em Santa Catarina, bem como os resultados de suas pesquisas que contribuem com o setor apícola do estado

Núcleo de Pesquisas Avançadas em Produtos da Colmeia (Nupac) promove uma exposição de banners com as propriedades dos méis de abelhas sem ferrão e do mel de melato de bracatinga, além de disponibilizar material informativo sobre fraudes e adulterações em méis. Na feira, é realizado um ensaio físico-químico para detectar fraude em mel por adição de açúcar, o chamado teste do Lugol. A Universidade realiza ainda uma exposição de méis florais (cristalizado e fluido), de abelhas sem ferrão e de melato da bracatinga, explorando suas diferenças sensoriais. Os visitantes têm a oportunidade de responder a um quiz com perguntas sobre os diferentes tipos de méis com distribuição de brinde.

Já o Núcleo de Estudos em Abelhas, Produtos Apícolas e Polinização (Neap) expõe coleções de abelhas pertencentes ao Laboratório de Abelhas Nativas da UFSC, coordenado pela professora Josefina Steiner, em que são apresentadas as espécies produtoras de mel e aquelas que, por não formarem colônias, não são criadas para esta finalidade. Também estão disponíveis para demonstração três colônias de abelhas-sem-ferrão vivas, do meliponário do Parque Ecológico Cidade das Abelhas, representando as espécies mais criadas pelos meliponicultores catarinenses. Para estas três espécies (as abelhas jataí, mandaçaia e bugia), os visitantes têm a oportunidade de provar o mel que produzem, disponibilizado pelo engenheiro agrônomo egresso da UFSC, Pedro Faria Gonçalves, proprietário do Sítio Flor de Ouro.
(mais…)

Tags: Feira do MelFeira do Mel de Santa CatarinaMelNúcleo de Estudos em AbelhasNúcleo de Pesquisas Avançadas em Produtos da Colmeia (Nupac)Produtos Apícolas e Polinização (Neap)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Equipe de foguetes da UFSC é uma das quatro brasileiras em competição internacional

12/05/2022 15:34

Kosmos Rocketry é formada por 25 integrantes e dois professores orientadores. Foto: Arquivo pessoal

A Kosmos Rocketry, equipe de competição de foguetes do Centro Tecnológico de Joinville (CTJ), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em preparação para participar da Spaceport America Cup (SAC), a maior competição de foguetes universitários do mundo, nos Estados Unidos, que ocorre entre os dias 21 a 25 junho deste ano. O time está entre as quatro equipes brasileiras selecionadas para participar da competição. “Ainda não caiu a ficha. Acho que só vai cair quando a gente estiver lá nos Estados Unidos lançando o foguete”,  diz João Pedro Sandrin Golynski, capitão da equipe.

O foguete VLK-1 (Veículo Lançador Kosmos) irá concorrer na categoria de 3 km de apogeu. A preparação para o evento começou em 2021. “Começou pelo mental. A equipe tem que estar preparada. Tivemos que fazer um processo mental, que iria ser puxado”, recorda. O primeiro passo foi submeter o projeto técnico, contar como funciona a gestão e o marketing da equipe, além de explicar a visão para o futuro da área e como movimentam a comunidade local. Depois veio uma sequência de três atualizações, para saber quais atividades foram realizadas pela equipe durante os meses seguintes. 

VLK-1 (Veículo Lançador Kosmos) Foto: Divulgação Kosmos Rocketry Team

 

Agora, eles estão a caminho da competição. “A nossa preparação está assim, domingo a domingo, das oito da manhã às oito da noite no laboratório. Trabalhando, projetando, escrevendo para se preparar para ir pra lá”. A equipe está realizando testes com o motor do VLK-1. O último foi um teste estático, no dia 3 de maio, para verificar a segurança do sistema de propulsão. Segundo ele, o motor alcançou 91% do impulso teórico.

Para conseguirem ir ao evento, a Kosmos contou com investimento de patrocinadores, financiamento da Pró-Reitoria de Extensão da UFSC (PROEX) e da FAPESC, vendas de workshops e produtos colecionáveis. Além disso, um financiamento coletivo, que ainda está ativo, pode ser acessado pelo site https://www.kosmosrocketry.com/crowdfunding/

Criada em 2013, essa não é a primeira competição em que a equipe irá participar. Em 2020, eles ganharam o 10° lugar geral da competição e o 4° lugar – Combustão Sólida de 1 km de Apogeu Prêmio de Sportsmanship, no Latin America Space Challenge (LASC).

A equipe também estará presente no SpaceBR Show, uma feira da indústria espacial, que ocorrerá entre os dias 17 e 19 de maio em São Paulo. O evento terá a participação de startups e empresas do mercado espacial internacional e, além disso, um Fórum Híbrido (presencial e online), onde serão debatidas ideias e oportunidades locais e globais para o setor. “A gente pretende muito fazer negócio na feira. Chegar com o nosso plano de patrocínio, nosso plano de negócio e conectar essas pessoas. Queremos mostrar a nossa tecnologia e nosso potencial”, diz João Pedro Sandrin Golynski, capitão da equipe.

 

Para mais informações, acesse o site.

Instagram: @kosmosrocketry

 

Leticia Schlemper/Estágiaria de Jornalismo da Agecom/UFSC

 

 

Tags: Curso de Engenharia AeroespacialFoguete UniversitárioKosmosKosmos FoguetemodelismoSpaceport America Cup (SAC)UFSCUFSC JoinivilleUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC regulamenta política permanente de saúde mental

10/05/2022 17:02

Com o objetivo de atender estudantes – da Educação Infantil à pós-graduação –, servidores docentes e técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados de seus cinco campi, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instituiu sua Política Intersetorial Permanente de Saúde Mental, Atenção Psicossocial e Promoção da Saúde. Aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário (CUn) no último dia 31 de março, a política torna permanente iniciativas como o Acolhe UFSC, projeto que atua no acolhimento psicossocial à comunidade UFSC, em pesquisas sobre a saúde mental da comunidade universitária e na divulgação de ações e serviços de acolhimento.

A ideia é que a política promova a integração de ações produzidas na UFSC e constitua um espaço institucional de referência e integração para a atenção psicossocial e de promoção da saúde. Também estão entre seus objetivos a instituição de uma rede de atenção e de mecanismos de avaliação da própria política, bem como o estímulo a atividades de ensino, pesquisa e extensão e a contribuição para uma universidade democrática, equitativa, acessível, inclusiva e saudável. 

A secretária de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC, Francis Solange Vieira Tourinho, explica que a origem da política remete ao Comitê de Combate à Pandemia da Covid-19, instituído em maio de 2020 por meio da Portaria nº 360/2020/GR. Vinculada a esse comitê, foi criada também a Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica Universitária, responsável pela implementação do Acolhe UFSC.

Entre as ações desenvolvidas no âmbito do projeto, além dos atendimentos individuais e em grupo, destaca-se a pesquisa Estilos de vida e saúde mental da população da UFSC em tempos de covid-19. Realizado em fevereiro e março de 2021, o levantamento deixou claro que toda a comunidade universitária percebeu prejuízos psicossociais significativos relacionados à pandemia e suas exigências de distanciamento social, trabalho e aulas remotas. 73,3% dos respondentes perceberam uma piora no seu estado de saúde física e mental. Estudantes de pós-graduação foram os que relataram maiores índices de sofrimento psíquico. No que diz respeito ao gênero, mulheres cis e pessoas com identidade transgênero foram as que perceberam impactos mais significativos na saúde mental.
(mais…)

Tags: Acolhe UFSCPolítica Intersetorial Permanente de Saúde Mental Atenção Psicossocial e Promoção da SaúdeSaúde MentalUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisa mostra como desigualdades econômicas afetam a letalidade de crianças por covid

06/05/2022 16:17

Disparidades econômicas e regionais se relacionam às taxas de óbitos e de acesso a testes, tomografias e raios X entre crianças e adolescentes hospitalizados por covid-19. Foto: Piron Guillaume/Unsplash

Nos municípios mais pobres do Brasil, crianças internadas por covid-19 tiveram quase quatro vezes mais chance de morrer que as moradoras dos municípios de maior PIB per capita. Entre os adolescentes, o risco foi quase o dobro. As disparidades também se reproduzem entre as regiões do país: no Nordeste, a letalidade de crianças foi 2,5 vezes maior que no Sudeste. Esses são alguns dos resultados de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Conduzido pela pesquisadora Caroline Fabrin, durante seu mestrado, e orientado pela professora e epidemiologista Alexandra Boing, o trabalho revelou como as desigualdades socioeconômicas impactaram o cuidado hospitalar e a letalidade de crianças e adolescentes internados por covid-19 no Brasil entre março de 2020 e dezembro de 2021. Para isso, valeu-se de dados de mais de 22 mil pessoas, de 0 a 18 anos, retirados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), que registra hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em todo o território brasileiro e cujo preenchimento é obrigatório para serviços de saúde públicos e privados. 

Além de demonstrar como as disparidades econômicas e regionais associaram-se à taxa de óbitos de crianças e adolescentes hospitalizados por covid-19, o estudo também mostrou discrepâncias na realização de testes e exames. Tomografias foram duas vezes mais comuns nos municípios do maior decil de PIB per capita do que nos municípios mais pobres. Tiveram, também, quase o dobro da frequência entre crianças da região Sul, na comparação com as do Norte do país. Coletas de amostra biológica para diagnóstico e raios X também foram mais recorrentes nos locais de maior renda. Os achados mantiveram-se consistentes durante as duas ondas de covid-19 analisadas. 
(mais…)

Tags: coronavírusCovid-19pesquisa coronavírusPrograma de Pós Graduação em Saúde ColetivaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Série ‘Pianistas’ apresenta concertos gratuitos de artistas catarinenses na Igrejinha da UFSC

05/05/2022 14:00

A Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) e o Departamento Artístico Cultural (DAC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem, nos meses de maio e junho, a série “Pianistas”. Serão quatro concertos musicais presenciais e gratuitos, apresentados na Igrejinha da UFSC, sempre às 19h, com consagrados/as pianistas catarinenses ou residentes em Santa Catarina.

Os concertos da série celebram a retomada das atividades artístico-culturais presenciais na Universidade, estabelecendo a Igrejinha da UFSC como espaço para receber apresentações musicais ofertadas à comunidade universitária e população de Florianópolis. “Nosso objetivo é abrir a Igrejinha para a UFSC e para a cidade, como um local de concertos e recitais. Iniciamos com a série ‘Pianistas’, no qual músicos catarinenses mostram ao público a beleza da arte do piano, proporcionando à comunidade acesso gratuito à música de concerto”, explica a secretária de cultura e arte da UFSC, professora Maria de Lourdes Borges.
(mais…)

Tags: DACDepartamento Artístico CulturalIgrejinha da UFSCPianistasSeCArteSecretaria de Cultura e ArteUFSC

UFSC lança novo episódio do podcast ‘Universos Vivos’, sobre os livros do vestibular 

05/05/2022 12:11

O livro de poemas Paulicéia Desvairada, de Mário de Andrade, é tema do novo episódio do “Universos Vivos”, o podcast dos livros indicados para o vestibular da UFSC. No episódio lançado nesta quinta-feira, o docente de Literatura da UFSC Raul Antelo e o professor do Colégio de Aplicação da UFSC George França analisam o impacto dessa obra, que é considerada o marco do Modernismo no Brasil.

A série de episódios do “Universos Vivos” integram o podcast “Vou pra UFSC”, da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da UFSC. O projeto busca aprofundar as reflexões sobre as especificidades de cada texto. Nos programas, são apresentadas informações sobre o contexto da obra, a biografia do autor e as contribuições do livro para a sociedade brasileira.
(mais…)

Tags: copervenovo episódioPaulicéia DesvairadapodcastUFSCUniversos VivosVestibular

A culpa é do cérebro? Professor da UFSC populariza a neurociência nas redes

04/05/2022 14:27

Professor Andrei Mayer gravando um episódio de podcast em estúdio improvisado em seu apartamento. Foto: Julio Cavalheiro/Secretaria de Estado da Comunicação (Secom)/Santa Catarina.

O que acontece na mente quando pensamos? Como o cérebro faz cálculos? De onde vem o raciocínio lógico? Por que dormimos? Desde a infância e adolescência, o professor Andrei Mayer se pergunta sobre os mistérios relacionados ao funcionamento do cérebro humano. Também adorava acompanhar a programação do canal “Animal Planet”, o que inclusive influenciou na sua decisão de escolher o curso de Biologia quando chegou o momento de prestar vestibular. Hoje, aos 35 anos, ele procura encontrar essas respostas não só para saciar sua curiosidade, mas também para divulgá-las ao máximo de pessoas possível. Com cerca de 72 mil seguidores no Instagram e 107 mil inscritos em seu canal no Youtube, o professor tem se destacado como um popularizador da neurociência no Brasil.

Andrei é docente do Departamento de Ciências Fisiológicas do Centro de Ciências Biológicas (CFS/CCB/UFSC) e está vinculado a dois programas de pós-graduação: o Programa Multicêntrico de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas (PMPGCF/UFSC) e o Programa de Pós-graduação em Neurociências (PPGNeuro/UFSC). Leciona na graduação e pós-graduação, orienta estudantes de iniciação científica, mestrado e doutorado. Mas de tudo o que faz atualmente, o que mais lhe motiva é a divulgação científica.
(mais…)

Tags: A culpa é do cérebroAndrei MayerDivulgação CientíficaInstagramneurociênciaspodcastPPGNeuroPrograma de Pós-Graduação em NeurociênciasUFSCyoutube