Inscrições para 6.194 vagas para transferências e retornos se encerram na terça, 31

30/10/2023 08:00

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Estão abertas até 31 de outubro as inscrições para candidatos a transferências e retornos dos cursos de graduação presenciais e da educação a distância da UFSC, universidade gratuita e pública. São 6.194 vagas, em diferentes cursos e em todos os campi da instituição – Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville. As vagas são distribuídas em diferentes modalidades: transferência interna ou retorno de aluno abandono da UFSC; transferência externa ou retorno de graduado da UFSC ou de outras instituições. O edital está disponível aqui. O ingresso é para o primeiro semestre de 2024.

Destas vagas, 2587 são direcionadas para ações afirmativas, definidas de acordo com os termos da Resolução Normativa nº 181/2023/CUn de 08 de agosto de 2023 e da Portaria n° 038/PROGRAD/PROAFE/UFSC de 23 de outubro de 2023, conforme a distribuição realizada pelas coordenadorias de curso. Pessoas pretas, pardas e indígenas; pessoas com deficiência e pessoas trans têm direitos a percentuais definidos por regulamentação.

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UFSC na Mídia: podcast ‘Histórias Plurais’ aborda Política de Ações Afirmativas para pessoas trans na UFSC

10/10/2023 09:59

O podcast Histórias Plurais veiculou, em 20 de setembro, o episódio “Trans UFSC“, em que aborda a construção da política de ações afirmativas para pessoas trans na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O episódio narra “como a universidade federal de um dos estados mais conservadores do Brasil aprovou a política de ações afirmativas para pessoas trans mais abrangente do país”, conforme descreve a jornalista Stefani Ceolla, que lançou o Histórias Plurais com a jornalista Carol Passos em setembro. As duas são estudantes da UFSC.
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Colégio de Aplicação recepciona estudantes ingressantes pela Política de Ações Afirmativas

20/03/2023 17:02

O Colégio de Aplicação (CA) realizou um evento de acolhida aos primeiros estudantes ingressantes pela Política de Ações Afirmativas da Educação Básica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Os mais de 30 novos alunos foram recepcionados na última terça-feira, 14 de março, data em que se comemoram os nascimentos da escritora Carolina Maria de Jesus e do poeta, ator, dramaturgo, artista plástico, professor universitário e ativista Abdias do Nascimento, e também se rememora o assassinato de Marielle Franco e Anderson Pedro Gomes. 

Realizada nos turnos matutino e vespertino, a acolhida contou com apresentação do grupo de samba Aplicacaos, de Luiza Nunes da Silva e Kauã Farrapo Garcia, do 9º ano A do Ensino Fundamental, e Iori Augusto Carvalho e Vitória Felipe Fernandes, do 1ºB do Ensino Médio. Também houve contação da história O Orocongo do Menino Gentil, pela professora e escritora Priscila Freitas, e apresentação musical dos primeiros e segundos anos do Ensino Fundamental, conduzida pela professora de Literatura Oral Adriana da Costa. A cozinheira Lídia Souza do Nascimento foi a grande homenageada pela comunidade escolar na cerimônia, ao receber flores das mãos do estudante Miguel Oscar López da Silva, do 6ºC. 

Estiveram presentes na recepção, a vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos; a pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade, Leslie Sedrez Chaves; a diretora de Ações Afirmativas e Equidade, Marilise Luiza Reis Sayão; o diretor de Validações da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe); Sérgio Leandro da Silva; a coordenadora de Validações de Cotas, Evelise Santos Sousa; o Coordenador da Educação Básica, George Luiz França; o diretor do Centro de Ciências da Educação (CED), Hamilton de Godoy Wielewicki; a diretora do NDI, Juliane Rosa La Banca; as diretoras do CA, Carla Cristiane Loureiro e Marina Soligo; e a presidente da Comissão Permanente de Formulação, Acompanhamento e Avaliação da Política de Ações Afirmativas da Educação Básica da UFSC, Juliete Schneider. 

A  Política de Ações Afirmativas da Educação Básica da UFSC foi instituída em agosto de 2022, após a aprovação da Resolução Normativa 168/2022/CUn, pelo Conselho Universitário. Com a Política, o Colégio de Aplicação e o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) passam a destinar anualmente, no mínimo, 20% das vagas efetivas oferecidas à ampla concorrência para estudantes negros (pretos e pardos), indígenas e quilombolas. Segundo a equipe do CA, o evento de recepção, além de acolher os estudantes, busca reiterar o compromisso da escola com a educação antirracista, pública e de qualidade.

Fotos: divulgação/Colégio de Aplicação/UFSC

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UFSC terá Política de Ações Afirmativas na educação básica

02/09/2022 08:46

Colégio de Aplicação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) agora possui Políticas de Ações Afirmativas em todos os níveis de ensino. O Conselho Universitário (CUn), em sessão realizada na terça-feira, 30 de agosto, aprovou a PAA do Colégio de Aplicação e do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). A minuta de resolução normativa aprovada prevê reservar 20% das vagas de ampla concorrência oferecidas na Educação Básica da UFSC para negros, indígenas e quilombolas, independentemente do percurso escolar ou da renda. Além das cotas, a Política de Ações Afirmativas prevê também a adoção de medidas visando a permanência estudantil. A reserva de vagas para crianças com deficiência, que já era garantida nos editais de ingresso do CA e do NDI, permanece inalterada.

A reserva de vagas deverá constar dos editais de sorteio de vagas das duas escolas. No Colégio de Aplicação, a maior parte do ingresso ocorre no primeiro ano do ensino fundamental e no Núcleo de Desenvolvimento Infantil o ingresso se dá principalmente no primeiro ano da educação infantil.

A proposta já vinha sendo construída há cerca de dois anos, quando foi criada uma comissão para elaborar a PAA da educação básica. A sugestão resultante desse trabalho tramitou e foi aprovada com amplo apoio nos colegiados do NDI, do Colégio de Aplicação, no Conselho do Centro de Ciências da Educação (CED) e na Câmara de Graduação.
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‘Só com a educação a gente sabe que consegue ter melhores chances na vida’: os 15 anos das cotas étnico-raciais na UFSC 

29/08/2022 11:40

“Só com a educação a gente sabe que consegue ter melhores chances na vida”. Gregory Santos, estudante de Direito. (Foto: Arquivo Pessoal)

Há dez anos, no dia 29 de agosto de 2012, foi sancionada a Lei de Cotas (Lei 12.711/2012), que possibilitou a reserva de vagas no acesso a cursos de universidades e instituições federais de ensino para alunos de baixa renda, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência, e que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas. No entanto, cinco anos antes, em julho de 2007, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) já havia regulamentado o seu Programa de Ações Afirmativas, em um esforço para democratizar o acesso à educação superior.

A vice-reitora da UFSC, professora Joana Célia dos Passos, entende que a reserva de vagas no ensino superior é apenas uma parte do conjunto de ações afirmativas necessárias para a democratização do acesso à Universidade. Outras políticas regulamentadas por leis e normativas distintas já preveem reservas de vagas na pós-graduação e nos concursos públicos: “Você assegura um espaço no trabalho para que as pessoas possam acessar, e isso é muito importante para nós”, explica.

No Brasil, o programa regulamentado pela Lei de Cotas ainda está em desenvolvimento, sujeito a revisões. “A política de ações afirmativas no ensino superior é a maior política de democratização do acesso ao ensino superior brasileiro na história das universidades brasileiras”, analisa a vice-reitora. 

>> Assista ao vídeo comemorativo da Andifes pelos 10 anos da Lei de Cotas

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Inscrições para bolsas destinadas a ingressantes por meio das ações afirmativas terminam nesta sexta, dia 4

04/03/2022 16:40

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou o Edital n.º 1/2022/PROPG/UFSC, que estabelece as normas do processo seletivo para o Programa Suplementar de Bolsa Estudantil. O programa visa proporcionar auxílio financeiro para a permanência dos estudantes dos cursos de pós-graduação stricto sensu que tenham ingressado por meio da política de ações afirmativas.

São disponibilizadas 15 bolsas de mestrado e 10 de doutorado, que poderão ser implementadas a partir de março ou abril até agosto de 2022 e não podem ser acumuladas com outras bolsas concedidas pelas agências de fomento. O valor mensal será de R$ 1.500,00 para bolsas de mestrado, e R$ 2.200,00 para as de doutorado. As bolsas poderão ser renovadas por meio de editais subsequentes e de acordo com a disponibilidade financeira.

Os recursos são da própria UFSC, provenientes dos valores recolhidos pelos serviços de reconhecimento de diplomas de pós-graduação expedidos por instituições estrangeiras e pelos cursos de especialização lato sensu. “São bolsas criadas dentro da Universidade Federal de Santa Catarina. É uma atividade inovadora mesmo em termos de universidades federais, e ela é específica para consolidar e garantir a permanência daqueles que entram pelo programa de ações afirmativas na pós-graduação”, afirma a pró-reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani. “Isso demonstra a seriedade da nossa política de ações afirmativas na pós-graduação, que foi aprovada em dezembro de 2020 e agora já entra no seu segundo ano de execução com 35 bolsas, o que nos deixa muito contentes”, complementa a pró-reitora.

As inscrições deverão ser feitas pelos programas de pós-graduação até esta sexta-feira, 4 de março. Podem ser indicados estudantes que ingressaram em 2021 e 2022 por meio da política de ações afirmativas ou mesmo pela ampla concorrência, desde que tenham se candidatado a uma vaga pela política de ações afirmativas.

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Fórum de Ações Afirmativas das Instituições Federais da Região Sul tem programação na próxima semana

14/10/2021 11:09

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma das organizadoras do 6º Fórum de Ações Afirmativas das Instituições Federais da Região Sul, que ocorre de 19 a 21 de outubro, terça a quinta-feira. Com o objetivo de refletir sobre avanços nas políticas de ações afirmativas das instituições federais de ensino superior do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, o evento será realizado pela primeira vez em edição on-line e terá como tema central Em defesa das ações afirmativas: avaliação e perspectivas

As atividades vão abordar aspectos da implementação da política de cotas (Lei 12.711/12) e da permanência de estudantes que acessaram o ensino técnico e superior pela reserva de vagas (confira a programação abaixo). Haverá painéis de relatos de experiências e mesas-redondas.

São esperados agentes das ações afirmativas de todas as instituições federais de ensino da Região Sul do país para discutir conquistas e desafios e para fortalecer ações de inclusão que garantam a diversidade nesses espaços. O evento também tem a finalidade de compartilhar experiências e iniciativas que buscam consolidar as políticas de ações afirmativas nas instituições, na comunidade acadêmica e na sociedade.
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Conselho Universitário aprova por unanimidade política de ações afirmativas na pós-graduação

28/10/2020 12:26

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou por unanimidade, em reunião nesta terça-feira, 27 de outubro, a minuta de Resolução Normativa criando a Política de Ações Afirmativas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e outras categorias de vulnerabilidade social nos cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado). A medida já havia sido aprovada na Câmara de Pós-Graduação no dia 1º de outubro. Com a normatização, todos os programas de pós-graduação da Universidade deverão reservar 28% de suas vagas para as cotas.

O processo das Políticas de Ações Afirmativas (PAA) na pós-graduação foi relatado pela professora Miriam Furtado Hartung. Ela destacou no seu parecer que as políticas de ações afirmativas “mudaram consideravelmente o conjunto de estudantes nas instituições de ensino públicas brasileiras”. Na UFSC, a adoção de cotas na graduação também produziu efeitos positivos, tornando-a “uma universidade mais plural, mais inclusiva, seja na composição de sua comunidade, seja no leque de conhecimentos aqui produzidos”. Neste sentido, a extensão das ações afirmativas para a pós-graduação é considerada um “próximo passo” para a UFSC no seu esforço de combate às desigualdades.
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Programas de Pós-Graduação da UFSC têm autonomia para adoção da política de ações afirmativas

29/06/2020 10:00

Reunião da Câmara da PROPG debate política de ações afirmativas no próximo dia 2 de julho. Foto: Alissa De Leva/Unsplash

O último ato do ministro Abraham Weintraub à frente da pasta da Educação foi revogar a Portaria Normativa nº 13, de 11 de maio de 2016, que incentiva a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades federais. A medida recebeu críticas do Congresso e foi alvo de despacho no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Advocacia-Geral da União se manifestasse sobre a ação. Poucos dias depois, o Ministério da Educação (MEC) tornou sem efeito a portaria publicada no dia 16 de junho.

A norma de 2016 amplia para além da graduação a política de ações afirmativas (PAA) estabelecida pela Lei nº 12.711, mais conhecida como Lei de Cotas, criada em 2012. Segundo a secretária de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francis Solange Vieira Tourinho, se confirmada, a revogação da portaria nº 13/2016 não afetaria a continuidade de adoção de medidas deste âmbito na instituição. “Na prática, as Instituições Ensino Superior passariam a estar desobrigadas de apresentar propostas relativas à inclusão de PAA na pós-graduação. Além disso, cabe destacar que essas instituições têm autonomia para implantação e justificativa jurídica, conforme declaração do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade das políticas de ações afirmativas”, explica.

A UFSC possui hoje diversos programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu que apresentam vagas destinadas para ações afirmativas em seus editais de seleção: Antropologia Social, Direito, Ecologia, Educação, Educação Científica e Tecnológica (mestrado e doutorado); Enfermagem (mestrado e doutorado profissional); Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Estudos da Tradução, Filosofia, Interdisciplinar de Ciências Humanas, Saúde Pública, Oceanografia (mestrado). Atualmente, cinco programas de mestrado e doutorado acadêmico estão em fase de estudo acerca do oferecimento dessas cotas: Enfermagem, Inglês, Nutrição, Psicologia e Biologia de Fungos, Algas e Plantas.

Cada programa possui autonomia para decidir quais grupos serão beneficiados e qual será o percentual de vagas destinadas. Além de negros, indígenas e pessoas com deficiência, a UFSC tem ações que contemplam estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, quilombolas, estrangeiros e refugiados humanitários, professores da rede pública, travestis, transexuais e transgêneros, estudantes beneficiários do Programa Universidade para Todos (Prouni), entre outros. De acordo com os editais de seleção, o candidato, no ato da inscrição, deve assinalar que deseja preencher uma das vagas de PAA e em qual categoria irá concorrer.

Levantamento realizado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação

O mais recente levantamento feito pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), realizado em junho de 2018, constatou que, dentre os 49 programas de pós da UFSC que responderam à pesquisa, somente cinco adotavam à época a política de ações afirmativas (10,2% do total). Todos os cinco disponibilizavam vagas para negros; quatro deles para indígenas; e apenas um para pessoas com deficiência. Dentre os programas que oferecem vagas para negros, dois reservam 10% para estes candidatos, enquanto os outros três disponibilizam 5%, 15% e 20%.

Entre os dados apresentados na coleta de informações promovida pela PROPG, há o quantitativo de alunos, por raça, regularmente matriculados na pós-graduação stricto sensu da Universidade. A grande maioria – 77,7% – é formada por alunos que se autodeclaram brancos. Em seguida, aparecem as raças: parda (10,6%), preta (3,4%), amarela (1,2%) e indígena (0,2%). Cerca de 7% dos estudantes consultados optaram por não declarar sua raça. Um dos motivos citados no levantamento para a não adesão de programas à PPA é o fato de os cursos de graduação da Universidade já realizarem a reserva deste tipo de vaga.

A secretária Francis Tourinho, no entanto, considera que a adoção de ações afirmativas apenas na graduação não é suficiente para reparar ou compensar efetivamente as desigualdades sociais resultantes de um legado histórico de exclusão social, desigualdade estrutural, racismo estrutural e graves atitudes discriminatórias que se perpetuam no presente. “A universidade é um reflexo da sociedade em que está inserida. E vivemos em uma sociedade onde o caráter discriminatório traz como um dos maiores desafios o acesso, uma vez que este é elitizado e visto como uma conquista inerente ao conceito utilizado de meritocracia. A universidade cumpre um importante papel nesta disputa, destacando a sub-representação das populações excluídas, discriminadas e marginalizadas”, destaca.

Para a pró-reitora de Pós-Graduação da UFSC, Cristiane Derani, o maior desafio é a construção do entendimento do propósito das ações afirmativas junto a todos atores envolvidos na pós-graduação. “Às vezes as pessoas acham que, com a inserção de cotas no processo seletivo, haveria um afastamento daquilo que seria natural da pós-graduação, que é a seleção dos melhores. (…) Mas isso [a política de ações afirmativas] de modo algum fere os ideais da pós, que é a formação de alto nível, de grandes pesquisadores. Muito pelo contrário, cria espaço para um aumento da diversidade de pensamento, tão necessária para o arejamento das pesquisas e da inovação que são próprios da pós-graduação”.

O tema será uma das pautas na próxima reunião da Câmara da Pós-Graduação da UFSC, marcada para a próxima quinta-feira, dia 2 de julho. Os professores Luiz Mello e José Alexandre Diniz farão uma apresentação sobre a política de ações afirmativas dentro da pós-graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), pioneira na implantação de uma norma geral de cotas para a área, ainda em 2016. A pró-reitora Cristiane Derani esclarece que a reunião ocorre em um momento em que a Câmara discute alterações no Regimento Geral da Pós-Graduação. Algumas mudanças poderiam alterar as diretrizes para a política de ações afirmativas, independentemente da publicação de uma resolução específica sobre a matéria.

Derani salienta ainda que a questão das cotas está relacionada com o processo colonial de ocupação dos espaços políticos, educacionais e científicos do país. “Quando começamos a trabalhar com a cotas, começa a haver a ruptura desse espaço. Está sendo muito pedagógico fazer com que as pessoas que não estavam habituadas a conviver com a diversidade passassem a ver com mais proximidade a cara do Brasil. E trazendo isso para dentro do ensino superior, inclusive na pesquisa, você tem condições de dar respostas muito mais adequadas à nossa realidade. Isso a gente só consegue com diversidade e fazendo com que a Universidade seja realmente um microcosmo do que é a nossa sociedade”, afirma.

Fraudes são uma preocupação

De acordo com a secretária Francis Tourinho, uma das maiores preocupações referentes à política de ações afirmativas são as fraudes. Entre 2014 e 2017, devido a uma decisão do Conselho Universitário (CUn), a UFSC retirou a verificação das autodeclarações e dispensou o procedimento de heteroidentificação para as vagas de pretos, pardos e indígenas (PPI). Porém, há três anos, depois de uma pesquisa promovida pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade, observou-se o ingresso de um grande número de estudantes que não deveriam ser beneficiários por não pertencerem aos grupos étnicos específicos das cotas. Assim, em sessão realizada em julho de 2017, o CUn decidiu pelo retorno da heteroidentificação para as cotas PPI.

“O trabalho da UFSC desenvolvido nos processos de heteroidentificação (análise fenotípica) é pautado em leis específicas e tem organização e treinamento dos membros que participam das bancas, compostas por docentes, técnicos administrativos, discentes, membros do movimento negro externo à Universidade, com diversidade de gênero e étnica. A UFSC vem se destacando como modelo pelo seu protagonismo nas diversas modalidades de verificação que realiza: renda, pretos, pardos, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiências na graduação e atualmente nos demais grupos beneficiados nas cotas da pós-graduação”, finaliza a secretária Francis.

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

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Estudantes negros do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução promovem mesa-redonda

08/08/2018 11:01

Os estudantes negras e negros do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET), convidam a comunidade universitária a participar do evento “Ações Afirmativas: Africanidades e Indianidades”, nesta quinta-feira, dia 9, às 16h, no Auditório Henrique Fontes, localizado no térreo, Bloco B, do Centro Comunicação de Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O evento trará uma mesa-redonda com debates acerca da implementação da Política de Ações Afirmativas (PAA) no programa PGET, primeiro programa de pós-graduação do CCE implementar uma PAA. A política foi efetivada neste semestre de 2018-2 com o lançamento do edital de processo seletivo.

Durante o evento haverá a recepção das primeiras candidatas negras inscritas e aprovadas pela Política do PGET. Entre os objetivos do evento está a conscientização para as ações afirmativas, africanidades e indianidades. O evento trará convidados não cotistas e cotistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentando suas trajetórias acadêmicas e de relatos de experiências enquanto estudantes e/ou professores, coordenadores, pesquisadores, artistas-ativistas, militantes, da PGET e de outros programas de pós-graduação da UFSC. A mesa dará visibilidade à diversidade dos muitos percursos universitários e profissionais, que destacam a interseccionalidade das causas negras e indígenas, questões de gênero, de classe social, entre outras.

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Política de Ações Afirmativas: UFSC oferece capacitação a distância

26/09/2016 15:00

A UFSC oferece aos servidores capacitação “Política de Ações Afirmativas da UFSC: Aspectos Gerais sobre o Processo de Validação de Renda”, na modalidade a distância, com carga horário de 24 horas. O curso será realizado de 17 de outubro a 14 de novembro de 2016.

Período de Inscrição: 19/09 a 09/10/2016 pelo site da Capacitação.

Objetivo: Qualificar os participantes para realizar a validação de renda atribuindo conhecimentos práticos acerca da análise documental e da entrevista, bem como ampliar os conhecimentos sobre a política de ações afirmativas.

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Inscrições até sexta para isenção do pagamento dos cursos extracurriculares de idiomas aos estudantes indígenas

21/07/2016 08:02

A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) da UFSC divulga edital nº 001 que trata das inscrições para o processo seletivo destinado aos estudantes indígenas regularmente matriculados na UFSC nos cursos de graduação e pós-graduação que ingressaram por meio da Política de Ações Afirmativas, para isenção do pagamento dos cursos extracurriculares de línguas estrangeiras para a modalidade presencial a ser promovido pelo Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Inscrições até 22 de julho.

Mais informações no Edital.

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Prazo de inscrição no Vestibular 2016 vai até semana que vem

09/10/2015 10:00

O prazo de inscrição no Vestibular UFSC/2016 vai até o dia 14 de outubro de 2015. O concurso oferece 4.576 vagas (70% do total, exceto para o curso de Libras, que oferece ingresso apenas pelo Vestibular – as demais vagas são pelo Sisu), distribuídas entre 100 opções de curso, nos cinco campi da instituição, localizados nas cidades de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville.

A reserva de 30% do total de vagas oferecidas pela UFSC para ingresso via Sistema de Seleção Unificada (Sisu 2016/1), aprovada pelo Conselho Universitário (CUn) em sessão de 29 de maio de 2015, e a não utilização da nota do Enem na composição da nota final dos candidatos, uma vez que existe a possibilidade de ingresso via Sisu, são duas das mudanças introduzidas neste ano. Há também os novos cursos de Ciência da Informação (20 vagas) e de Animação (40 vagas), ambos no Campus Florianópolis, e o de Licenciatura em Matemática-Diurno (50 vagas), no Campus Blumenau;

As inscrições – cujo valor é  R$ 105 – podem ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço www.vestibular2016.ufsc.br.

As vagas serão preenchidas, em cada curso e turno, observando-se a Política de Ações Afirmativas (PAA) da UFSC, conforme disposto nas resoluções n. 52/CUn/2015 e n. 24/CGRAD/2015, nas quais se estabelece que 50% das vagas de cada curso/turno são destinadas a candidatos que cursaram o ensino médio em escolas públicas (lei nº12.711/2012). Este percentual é então subdividido assim: 25% para candidatos com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita, das quais 32% são destinadas a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, e 68% são destinadas aos demais candidatos; e os outros 25% para candidatos com renda familiar bruta mensal superior a 1,5 salário mínimo per capita, das quais 32% são destinadas a candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, e 68% são destinadas aos demais candidatos. Para os candidatos autodeclarados indígenas foram destinadas 22 vagas suplementares, limitadas a três por curso.

Para concorrer às vagas destinadas à Política de Ações Afirmativas (PAA/UFSC), o candidato deve fazer sua opção no requerimento de inscrição. Os optantes pela PAA concorrerão inicialmente às vagas destinadas à classificação geral; caso não sejam classificados para essas vagas, passam a concorrer na modalidade da PAA pela qual optaram.

O prazo para requerimento de isenção total do pagamento da taxa de inscrição – via CadÚnico (decreto nº 6.135, de 26 de junho de 2007) ou nos termos da lei nº 12.799, de 10 de abril de 2013 – encerrou-se no dia 5 de outubro, conforme o edital.

Provas 

As provas do Vestibular UFSC/2016 serão realizadas nos dias 12, 13 e 14 de dezembro de 2015, com início, impreterivelmente, às 14h, e duração de quatro horas, em 23 cidades do estado de Santa Catarina: Florianópolis, Araranguá, Blumenau, Brusque, Caçador, Balneário Camboriú, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Curitibanos, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, Rio do Sul, São Miguel do Oeste e Tubarão. Os candidatos que optarem realizar as provas em Florianópolis serão distribuídos nos municípios da região metropolitana (Florianópolis, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz e São José).

Essa distribuição, dependendo de espaço físico, será realizada de acordo com o Código de Endereçamento Postal (CEP) indicado no requerimento de inscrição.

Mais informações no site do concurso, pelo e-mail vestibular2016@coperve.ufsc.br e pelo telefone da Coperve, (48) 3721-9200.

A TV UFSC fez matéria sobre o Vestibular 2016:

 

 

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Seminário na UFSC debate ação afirmativa nas universidades do Sul do Brasil

17/09/2014 07:51

© Pipo Quint / Agecom / UFSCA Lei de Cotas, adotada pelo ensino superior brasileiro, é de 2012; mas cerca de 70% das universidades públicas já tinham programas de ações afirmativas antes disso – na UFSC, por exemplo, havia reserva de vagas desde 2008. O principal mérito da lei de 2012 é “botar o pessoal que não fazia nada a se mexer”, pondera o professor Marcelo Tragtenberg, coordenador-geral do Fórum sobre Ação Afirmativa nas Universidades Federais da Região Sul, iniciado na manhã desta terça-feira, no auditório da Engenharia de Produção.

O evento segue até quarta-feira, 17 de setembro, (programação aqui), com transmissão ao vivo pela internet. O impacto da Lei de Cotas e de sua aplicações é uma das discussões do Fórum, que também aborda a implementação das ações afirmativas nas universidades federais da região Sul, os desafios da sua permanência após a Lei de Cotas, autodeclarações de renda e étnico-racial, Lei de Cotas no serviço público federal (12.990/2014) e avaliação das ações afirmativas por estudantes. Durante o encontro, deve ser criado ainda o fórum permanente para a discussão desses temas.
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Vestibular UFSC 2014: divulgado cronograma de atendimento da Comissão de Validação de Renda

31/01/2014 12:55

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) da Universidade Federal de Santa Catarina divulgou nesta sexta-feira, 31 de janeiro, a Portaria nº 18/PROGRAD/2014, que traz o cronograma de atendimento da Comissão de Validação de Renda.

Devem apresentar-se a essa comissão todos os candidatos classificados no Vestibular optantes pela Política de Ações Afirmativas – PAA/UFSC na modalidade de cota Escola Pública – renda familiar bruta IGUAL OU INFERIOR a 1,5 sm per capitaindependentemente do semestre letivo. Os candidatos devem estar munidos da documentação solicitada na Portaria nº 567/PROGRAD/2013


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Conselho Universitário define política de ações afirmativas para Vestibular 2014

18/09/2013 16:05

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) finalizou nesta terça-feira, 17 de setembro, o debate sobre a política de ações afirmativas de acesso aos cursos de graduação a serem aplicadas no próximo vestibular. A partir da nova resolução normativa, ficam reservadas 35% das vagas, distribuídas em modalidades de cotas, sendo 25% das vagas de todos os cursos e turnos destinadas a estudantes egressos de escolas públicas.

Dos 25%, 12,5% serão para estudantes de famílias com renda mensal bruta inferior a um salário mínimo e meio, com reservas, ainda nessa porcentagem, para pretos, pardos e indígenas, na proporção da somatória desses grupos na população catarinense. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esses grupos somam 16% da população.

Igualmente, 12,5% das vagas serão destinadas a para estudantes com renda familiar mensal bruta superior a um salário mínimo e meio, sendo mantida também nesse grupo de renda a proporcionalidade de vagas para pretos, pardos e indígenas, nos termos da Lei nº 12.711/2012.

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