UFSC na Mídia: portal Deutsche Welle Brasil destaca pesquisa sobre alargamento de praias
Uma Nota Técnica divulgada pelo programa de pesquisa e extensão Ecoando Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi destaque em uma reportagem publicada na quarta-feira, 15 de novembro, no portal de notícias Deutsche Welle Brasil. Com o título “Os prós e contras de alargar as praias de Santa Catarina“, a matéria cita diversos trechos da nota, que analisa a prática, cada vez mais recorrente, de alargamento de praias no litoral de Santa Catarina. A reportagem também entrevistou o professor Paulo Roberto Pagliosa Alves, dos cursos de Oceanografia e Geografia da UFSC, e um dos autores da pesquisa.
O texto explica que os pesquisadores da UFSC defendem, como alternativa ao alargamento das praias, a “recomposição dos sistemas ecológicos e a remoção das estruturas urbanas que estão em áreas de preservação permanente para a mitigação e adaptação ao cenário atual”. E conclui fazendo nova referência à pesquisa da UFSC: “Com estudos aprofundados e mais participação popular, como sugerem os pesquisadores da UFSC, a questão se vale a pena alargar as praias provavelmente teria uma resposta mais convincente.”
Confira alguns dos trechos da matéria que fazem referência à Nota Técnica:
“Como as praias de interesse para alargamento são todas ocupadas, a ação humana afeta sobremaneira a largura da praia. Assim, o foco no alargamento da praia é uma medida simplista que tenta resolver um problema socioambiental complexo com uma única ação, ou seja, a adição de sedimentos”, escreveram os pesquisadores em nota técnica. […]
O estudo da UFSC analisou três obras executadas e as licenças emitidas, incluindo as de Jurerê, em Florianópolis, e Praia Central, em Balneário Piçarras. De acordo com a nota técnica, em todas as praias alimentadas artificialmente têm ocorrido processos erosivos mais intensos, como mostram os degraus formados na orla e o sumiço de parte da areia de Balneário Camboriú.
Os autores também detectaram problemas em praias próximas às alargadas. Canajurê, que fica entre Canasvieiras e Jurerê, recebeu tanta areia que tem causado transtornos no embarque e desembarque de uma marina. A prefeitura de Florianópolis não respondeu se planeja alguma ação no local.
Os pesquisadores alertaram ainda sobre o perigo para os banhistas. “Outro aspecto que chama bastante atenção é que na primeira obra executada [Praia de Canasvieiras] […] houve um expressivo aumento de afogamentos, sendo três com mortes, numa praia cujo último registro de morte por afogamento havia ocorrido há mais de 20 anos.”
Acesse a reportagem completa aqui.