Carlos Nobre defende transição energética e práticas regenerativas para frear colapso

27/05/2025 13:01

Professora Regina Rodrigues e Carlos Nobre participam de EcoTalks, na Semana do Meio Ambiente da UFSC (Fotos: Gustavo Diehl/Agecom)

A transição para práticas agrícolas e pecuárias regenerativas é uma das principais estratégias para enfrentar os efeitos da emergência climática e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O alerta foi dado pelo climatologista Carlos Nobre, um dos maiores nomes de estudos do clima no país e no mundo, que também destacou o papel de uma rápida transição energética para que o país enfrente o desafio global. Em estudo ainda não publicado, ele e outros cientistas preveem que medidas como estas podem levar o país a cumprir a meta de carbono zero até 2040.

Os dados foram trazidos durante palestra na Semana do Meio Ambiente, promovida pela Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizada no Auditório da Reitoria, com mediação da professora Regina Rodrigues, da coordenadoria de Oceanografia. Segundo Nobre, menos de 15% da agricultura brasileira é regenerativa, mas esse percentual tem potencial para crescer rapidamente, liberando grandes áreas para restauração florestal e freando o impacto do aquecimento da Terra. Regina lembrou que os relatórios do Painel Intergovernamental do Clima acumulam evidências sobre o impacto da ação humana para o aumento na emissão dos gases de efeito estufa, principalmente o gás carbônico.

Nobre acrescentou que a ciência atua globalmente para explicar porque a temperatura aumentou 0,35 graus de 2022 até agora e, por que, por exemplo, tivemos o mês de janeiro de 2025 como o mais quente da história. O risco de influência na segurança alimentar e energética foi confirmado pelo cientista, que ressaltou que a quantidade de vapor da água que foi para a atmosfera também bateu recorde. “Temos pancadas de chuva mais curtas e mais fortes e recorde de ondas de calor, tudo porque se joga mais energia na atmosfera”.

A apresentação reuniu estudantes, docentes, pesquisadores e representantes da sociedade civil em um momento de reflexão sobre os limites do planeta. Nobre, que também é um dos principais nomes mundiais no estudo da Amazônia, reforçou que o mundo já não vive mais uma fase de “mudança”, mas sim de emergência climática. “Se continuar nesse nível de aumento de temperatura os eventos extremos não diminuirão mais”.

Há 35 anos, o cientista fez alertas sobre o chamado ponto de não retorno da Amazônia, que seria uma espécie de incapacidade de regeneração da floresta, com prejuízos incalculáveis para a humanidade. Ele voltou a alertar sobre o risco, acrescentando que estamos muito próximos deste ponto. “Há 35 anos fizemos os primeiros estudos que alertavam para isso. Hoje, estamos à beira desse ponto – e o mesmo vale para o Cerrado e a Caatinga”, afirmou.  Segundo ele, o projeto de lei que prevê a liberação do desmatamento em áreas sensíveis, a chamada “PL da devastação”, representa “a total devastação dos nossos biomas” e é “absolutamente inconstitucional”.
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Indicadores para monitorar regeneração natural propostos por pesquisa da UFSC ajudam recuperação da Amazônia

14/01/2025 12:06

FOTO: CATARINA JAKOVAC / ACERVO PESQUISADORES

Um estudo publicado na revista científica Communications Earth & Environment, do Grupo Nature, traz caminhos para garantir o sucesso da regeneração da floresta amazônica. A pesquisa foi feita por pesquisadores de instituições da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi e trata da regeneração natural, método de recuperação da vegetação nativa baseada no restabelecimento espontâneo da cobertura florestal em áreas degradadas por fogo, agricultura e pastagem. Esse processo resulta na formação das chamadas florestas secundárias.

Segundo o artigo, a regeneração natural é mais eficiente em áreas que foram pouco usadas para agricultura ou pastagem no passado (por menos de 10 anos, aproximadamente), que possuam quantidade expressiva de floresta no entorno (mais de 50% da paisagem) e que tenham sofrido poucos eventos de corte e queima (menos de quatro).

O estudo foi realizado com base em dados de 448 florestas secundárias em 24 localidades na Amazônia brasileira, considerando medidas de diversidade, função e estrutura da vegetação — referentes à riqueza de espécies nativas e ao diâmetro dos troncos das árvores, por exemplo. Com base nesses dados, a equipe propôs um conjunto de indicadores e valores de referência para avaliar se uma floresta que está regenerando está realmente sendo capaz de restaurar o ecossistema nativo.

Os indicadores permitem o monitoramento adequado da restauração florestal e do cumprimento de obrigações legais, como a Lei de Proteção da Vegetação Nativa e as compensações por danos ambientais. “A incerteza sobre a efetividade do processo de restauração gera insegurança para proprietários, órgãos ambientais e investidores”, destaca André Giles, pesquisador da UFSC e autor principal do estudo. “Nosso trabalho dá o primeiro passo para enfrentar essa subjetividade, oferecendo ferramentas claras para a tomada de decisões sobre quando atestar que a regeneração natural cumpriu seu papel como método de restauração”, complementa. A professora Catarina Jakovac, do Departamento de Fitotecnia, também é autora do estudo.

A regeneração bem-sucedida resulta em florestas densas, diversas e com grande quantidade de biomassa. Os autores estimaram que uma floresta em regeneração com 20 anos de idade, por exemplo, deve ter no mínimo 14 metros quadrados de área basal por hectare – cálculo que considera a área ocupada pelos troncos e que indica sobre a estrutura da floresta. Essa floresta em regeneração também deve ter no mínimo 34 espécies a cada 100 indivíduos amostrados, um valor de 0,27 de índice de heterogeneidade estrutural – que é a variação no tamanho dos troncos das árvores, medida em uma escala de 0 a 1 – e pelo menos 123 toneladas de biomassa viva por hectare acima do solo.

Florestas regenerantes na Amazônia que apresentem indicadores abaixo desses valores estão aquém do potencial de restauração da região, indicando a necessidade de intervenções para acelerar o processo.

Segundo o Observatório da Restauração, o método é empregado em 67,58% dos projetos de restauração no Brasil. Na Amazônia, florestas regenerantes cobrem aproximadamente 18,9 milhões de hectares do bioma. Os autores esperam que os indicadores contribuam para um monitoramento mais preciso das iniciativas de restauração ecológica. Essa ferramenta baseada na ciência para verificar o sucesso da regeneração natural também deve permitir que o Brasil avance em direção ao cumprimento de suas metas ambientais globais, que incluem a restauração de 12 milhões de hectares até 2030, conforme o Acordo de Paris.

Com informações da Agência Bori

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UFSC na mídia: Pesquisa revela que agro brasileiro depende da chuva gerada por terras indígenas

06/12/2024 18:27

Floresta Amazônica. Foto: Bela Baderna/Instituto Serrapilheira.

O estudo Manutenção das Terras Indígenas é fundamental para a segurança hídrica e alimentar em grande parte do Brasil, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras universidades brasileiras e estrangeiras, foi divulgado em diversos veículos de abrangência nacional ao longo da semana. Trata-se de uma Nota Técnica, que tem como primeiro autor o pós-doutorando Caio Reis Costa Mattos, e também é assinado pela professora Marina Hirota, ambos do departamento de Física da UFSC. O documento está disponível aqui.

Na revista piauí, a reportagem 80% do agro brasileiro depende da chuva gerada pelas terras indígenas da Amazônia destaca que a área coberta por lavouras e pastagens no Brasil depende das florestas mantidas de pé. Pela primeira vez, diz o texto, “cientistas calcularam quanta água circula nos ‘rios voadores’ gerados nesses territórios e que caminho eles percorrem levando umidade para o resto do continente. A área alcançada pelas chuvas abarca dezoito estados e o Distrito Federal e inclui trechos do Cerrado, do Pantanal, do Pampa e da Mata Atlântica. Os nove estados mais beneficiados são responsáveis por 57% da renda do agronegócio brasileiro”.
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Peixes contaminados com mercúrio colocam saúde da população amazônica em risco, indica estudo

12/11/2024 14:09

Maioria dos peixes com maior concentração de mercúrio foi coletada em áreas de garimpo ilegal. Foto: Ibama

Um artigo publicado na revista científica internacional Journal of Trace Elements and Minerals alerta para o alto risco que a população da Amazônia apresenta de contaminação por exposição crônica ao metilmercúrio, uma das formas mais tóxicas do mercúrio, por meio do consumo de peixes da região. O estudo investigou os níveis de mercúrio total e metilmercúrio em peixes da Amazônia brasileira e realizou uma avaliação de exposição e caracterização de risco da população local. Como resultado, todos os cálculos de ingestão diária excederam – e muito – a dose de referência considerada segura para o consumo de metilmercúrio. Os cientistas também elaboraram um mapa georreferenciado, no qual é possível observar a relação entre o grau de contaminação dos peixes e as áreas de atividade de garimpo – principalmente do ilegal.

“O peixe faz parte da alimentação diária de boa parte da população amazônica, em especial a população ribeirinha. Dizer que há um elevado risco de exposição crônica ao metilmercúrio através do consumo de peixes amazônicos significa dizer que a população está ingerindo concentrações elevadas e diárias de metilmercúrio através do peixe, o que pode comprometer a sua saúde a longo prazo”, enfatiza a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Milena Dutra Pierezan, coautora do artigo.

A exposição crônica ao metilmercúrio pode levar a danos neurológicos graves e comprometer o desenvolvimento cognitivo, motor e sensorial, além de afetar a saúde cardiovascular e renal. A situação é ainda mais preocupante para gestantes e lactantes, já que o metilmercúrio pode atravessar a placenta e prejudicar o desenvolvimento do feto, levando à má-formação física ou funcional. O metilmercúrio também pode ser transferido ao leite materno e ser ingerido pelo bebê, que ainda não possui o organismo preparado para lidar com o contaminante.
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Dia da Amazônia: especialista da UFSC alerta sobre seca, desmatamento e queimadas em programa nacional

05/09/2024 15:47

Marina Hirota em entrevista para o programa Encontro com Patrícia Poeta nesta quinta-feira. (Foto: Reprodução)

A professora Marina Hirota Magalhães, do Departamento de Física e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, foi entrevistada pelo programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta quinta-feira, 5 de setembro, data em que se celebra o “Dia da Amazônia”. A data foi lembrada com diversos alertas a respeito da seca, desmatamento e queimadas que afetam a vida na Amazônia.

Marina pontuou que esta é a pior seca da história na região, especialmente do ponto de vista das águas e do ar. “Temperaturas muito altas, muito menos chuva”, salientou. A seca de chuvas alimenta a seca dos rios, o que vem afetando consideravelmente as populações das comunidades ribeirinhas, explicou.

A situação, alerta a cientista da UFSC, pode piorar. “Em várias regiões da Amazônia estamos entrando agora na estação seca. Temos uma seca gradual e uma seca pontual intensa, um extremo. A tendência é que seque ainda mais”.

A professora Marina trabalha em pesquisas que identificam os tipping-points, ou os pontos de não retorno da região amazônica. Em fevereiro, foi co-autora de um estudo publicado na Revista Nature que trouxe uma revisão de dados completa e traçou cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a Floresta Amazônica: o aquecimento global, a chuva anual, a intensidade da sazonalidade das chuvas, a duração da estação seca e o desmatamento acumulado.

Assita à entrevista na íntegra pelo Globoplay.

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Pesquisador da UFSC planta 4.300 árvores nativas na Amazônia

18/06/2024 12:55

Plantio ocorreu em região inundada. Bernardo (chapeu azul) contou com o apoio de moradores da região. Fotos: Acervo pessoal

Os sucessivos incêndios florestais na Amazônia e a dificuldade das árvores de se recuperarem a partir do impacto que as queimadas causam nos ecossistemas levaram o pesquisador Bernardo Flores, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a plantar 4.300 de árvores em meio às planícies aluviais, periodicamente invadidas por inundações, na Amazônia.

O experimento foi iniciado na região de Barcelos, cidade histórica a cerca de 400 quilômetros de Manaus, no Amazonas, e com o plantio tendo iniciado em janeiro de 2014. O trabalho nos igapós do Rio Negro, principal afluente do Rio Amazonas, foi documentado em parceria com a professora Milena Holmgren, da Universidade de Wageningen, da Holanda, em 2021, no Journal of Ecology, e demonstra a complexidade de se recuperar um ambiente degradado e a importância da restauração dessas áreas.

A recuperação das florestas após o impacto das queimadas é uma das preocupações de cientistas e ambientalistas, inclusive por conta da sua relação direta com o aquecimento da Terra e com desastres ambientais que atingem territórios como o Sul do Brasil, como as recentes inundações no Rio Grande do Sul. O experimento de Bernardo contou com diferentes etapas, desde a coleta das sementes até a análise das espécies que haviam crescido com sucesso.

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Pesquisadores da UFSC estudam novas espécies de canela-de-velho na Amazônia

05/03/2024 15:41

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Nacional da Mata Atlântica vêm estudando duas espécies de plantas da mesma família e gênero da famosa canela-de-velho (Miconia albicans), muito utilizada no tratamento das dores decorrentes de artroses e artrites, devido às suas propriedades anti-inflamatória e analgésica. As plantas foram encontradas nos últimos anos na floresta Amazônica e descritas em dois artigos publicados na revista científica Phytotaxa: “Miconia macuxi (Miconieae, Melastomataceae): a new species from the Amazonian white sand vegetation” foi publicado em 2015, e “Miconia waimiri-atroari (Miconieae, Melastomataceae): a new species from the Brazilian Amazon Forest“, em 2021.
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Escola de Verão e das Águas da UFSC está com inscrições abertas até 5 de março

28/02/2024 11:52

A 3ª Escola de Verão e das Águas, organizada pela equipe do Laboratório de Estudos da Multifuncionalidade Agrícola e do Território (Lemate) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas até 5 de março. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do formulário. O evento ocorre de 5 a 28 de março. Os participantes que cumprirem 75% de presença têm direito a um certificado de 16 horas. Os encontros serão noturnos e realizados de forma online, transmitidos pelo canal do Youtube do Lemate.

O evento é  vinculado à Iniciativa Amazônia +10 que vai trazer palestras e debates sobre as estratégias de desenvolvimento territorial sustentável. Mais informações sobre a programação através do site do Lemate ou pelo Instagram.

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Estudo da UFSC na Nature traz de forma inédita os limites para se evitar colapso na Amazônia

14/02/2024 20:49

Vista de drone do Rio Amônia e floresta amazônica, no Peru (Foto: Andre Dib)

Uma abordagem inédita e holística sobre a resiliência da Floresta Amazônica desenvolvida por uma equipe de cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições é destaque na revista Nature, um dos periódicos científicos mais relevantes do mundo. A pesquisa faz uma revisão de dados completa e traça cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a região: o aquecimento global, a chuva anual, a intensidade da sazonalidade das chuvas, a duração da estação seca e o desmatamento acumulado. Além disso, aponta caminhos possíveis para uma mudança de cenário que possa evitar o colapso. A estimativa é de que, nos próximos 25 anos, de 10% a 47% da Amazônia possam chegar a um ponto de não retorno, com transições inesperadas na paisagem.

A pesquisa é liderada pelo cientista Bernardo Monteiro Flores, que faz pós-doutorado em Ecologia na UFSC, com supervisão da professora Marina Hirota, co-autora do estudo. Além deles, Catarina Jakovac, do Departamento de Fitotecnia, e Carolina Levis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, também assinam o artigo, que conta com a autoria de cientistas renomados, incluindo um dos especialistas brasileiro em climatologia mais citados no mundo, Carlos Nobre.
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Professora da UFSC participa de estudo que aponta mudança climática como causa da seca amazônica

24/01/2024 14:49

A mudança climática causada pelo ser humano foi a principal causa da seca histórica que atingiu a região Amazônica em 2023, enquanto o El Niño – fenômeno climático natural que geralmente traz condições secas para a região – teve uma influência muito menor. A conclusão faz parte da análise rápida de atribuição realizada pelo World Weather Attribution (WWA), grupo internacional de cientistas especializados em pesquisas sobre o clima, do qual faz parte a pesquisadora Regina Rodrigues, professora de Oceanografia Física e Clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo está disponível aqui.
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Pesquisadores da UFSC participam de livro sobre sustentabilidade e inclusão na Amazônia

21/11/2023 08:55

Pesquisadores e instituições de diversas regiões do mundo, inclusive da Universidade Federal de Santa Catarina, participam de um projeto para pensar o desenvolvimento sustentável, a conservação e a inclusão social na região Amazônica. Os resultados desse processo culminaram no livro Diálogos Amazônicos: contribuições para o debate da sustentabilidade e inclusão, lançado na última semana, com acesso gratuito em português, espanhol e inglês. Entre as questões enfrentadas no livro estão os desafios para a demarcação e titulação de territórios indígenas e quilombolas no Brasil, Equador e Suriname.

O principal objetivo da publicação foi promover uma abordagem interdisciplinar para jovens pesquisadores envolvidos com a Amazônia, destacando a importância da ciência e, ao mesmo tempo, valorizando o conhecimento indígena e tradicional na abordagem dos desafios históricos da região.

Co-assinado pelo pesquisador de doutorado Marcos Catelli Rocha, do Programa Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), um dos capítulos analisa as medidas necessárias que devem acompanhar a demarcação e titulação de terras indígenas e quilombolas para garantir a efetiva conservação da diversidade biocultural e dos ecossistemas desses territórios na Pan-Amazônia.

Os autores analisam três casos: os territórios indígenas no Yasuní no Equador, o territótio Indígena Arara do Rio Amônia no Brasil, e o território reivindicado pelos quilombolas Saamaka, no Suriname e detalham seus processos, conflitos, conquistas e necessidades. Concluem que os territórios continuam sob graves ameaças, apesar de terem sido oficialmente reconhecidos e/ou demarcados e recomendam dezesseis inovações para garantir que a bioculturalidade seja de fato conservada.

Já o pesquisador Mário Tagliari, egresso do Programa de Pós-graduação em Ecologia, é co-autor de artigo sobre os desafios e oportunidades para zerar o desmatamento na Amazônia Brasileira, que gera um alto risco à biodiversidade, ao clima, aos ecossistemas e aos povos da região e internacionais. O objetivo do estudo é analisar as principais ações bem-sucedidas na redução do desmatamento e identificar oportunidades para zerá-lo até os anos de 2030, 2040 e 2050. “Os resultados obtidos sugerem que as ações de combate ao desmatamento devem ser realizadas de acordo com as características fundiárias das áreas desmatadas, priorizando principalmente a destinação de terras públicas, que atualmente abrigam 51% das taxas de desmatamento”, pontuam.

O trabalho é fruto da Escola São Paulo de Ciência Avançada Amazônia Sustentável e Inclusiva, que faz parte das diversas ações da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) junto à Iniciativa Amazônia +10 , que reúne as Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa de 25 Estados brasileiros, sob a coordenação do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

“Os trabalhos produzidos compilados e organizados nesta publicação são o resultado da combinação de experiências anteriores, conhecimentos e lições aprendidas – individual e coletivamente. Refletem, portanto, o aprendizado e amadurecimento dos participantes”, avalia Carlos Joly, do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas, um dos coordenadores da proposta. A Escola contou com a participação de 88 jovens pesquisadores, todos envolvidos em pesquisas na Amazônia, sendo 60% brasileiros e 40% de países amazônicos como Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Suriname, Venezuela e extra-amazônicos como Guatemala, México, Estados Unidos, Itália e Países Baixos.

O livro é composto por 10 capítulos que abordam diferentes problemas da região e trilham caminhos para análise, tomada de decisão e de ação. Os capítulos são organizados em três sessões: a primeira destinada à análise dos vetores de degradação e impactos de larga escala na Bacia Amazônica; a segunda sessão versa sobre a inclusão e diversidade cultural na Bacia Amazônica, tanto no nível local como no transnacional; e a terceira analisa os aspectos relacionados à governança local, participação e transdisciplinaridade.

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Pesquisadoras da UFSC mapeiam assentamentos humanos pré e pós-colombianos da Amazônia

19/08/2022 17:38

Casa do Seringueiro, no Rio Tapajós. Foto: Carolina Levis

Uma parceria entre uma equipe de quatro pesquisadoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, por meio do hub Brazil Lab, está identificando e mapeando os assentamentos humanos pré e pós-colombianos na Amazônia. A proposta é gerar um mapeamento da região, a partir dos dados coletados e estudos individuais e agregados, e disponibilizar essas informações de forma pública e aberta, além de agregar camadas de informação aos sítios pós-colombianos.

Financiador do trabalho, o Brazil Lab é uma iniciativa da Universidade de Princeton para promover a interação de pesquisadores brasileiros com professores da instituição norte-americana, constituindo-se em um hub de criatividade, de geração e realização de ideias. Iniciado em fevereiro de 2021, o projeto desenvolvido na UFSC também conta com apoio da equipe do professor Lucas Bueno, do Laboratório de Estudos Interdisciplinares em Arqueologia da UFSC, que construiu o banco de dados Brazilian Radiocarbon Database – BRC14Database, e com a Amazonian Archaeological Sites Network (AmazonArch), uma rede de pesquisa internacional que compartilha dados e informações sobre sítios arqueológicos distribuídos pela Amazônia.

“Como os objetivos do grupo de trabalho do professor Lucas coincidem com os da rede AmazonArch, a ideia é uniformizar esse mapeamento para que no futuro consigamos unir e alimentar as bases de dados de maneira combinada e integrada. A meta é que essa base nos informe como se deu, no tempo e no espaço, o povoamento da Amazônia, quais povos eram, que tipo de atividade eles exerciam, se cerâmica, se confecção de algum artesanato em barro”, cita a professora do Departamento de Física da UFSC Marina Hirota, coordenadora do projeto. Além dela, também participam da pesquisa a pós-doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC Carolina Levis; a mestra em Ecologia pela UFSC Gessica Minski; e Ana Paula Faggiani, estudante do curso de Meteorologia.
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EdUFSC publica livro sobre sabedoria do povo tukano

21/06/2022 15:48

Imagem: EdUFSC

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) promove o lançamento de Úkũsse: formas de conhecimento nas artes do diálogo tukano, do autor João Rivelino Rezende Barreto. O livro já está à venda na livraria virtual e tem versão gratuita em formato e-book, na estante aberta da editora.

A obra é resultado de uma pesquisa antropológica no noroeste amazônico, tendo como universo temático o povo tukano e sua sabedoria. Partindo de uma etnografia em casa, o autor apresenta o Úkũsse, um conceito-raiz para o entendimento das formas de conhecimento tukano como arte do diálogo. Segundo ele, este conceito é o objeto de pesquisa e também sua metodologia.

Indígena de etnia tukana, Barreto é natural do extremo norte do Amazonas. Também conhecido como Yúpuri, ele é mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e primeiro indígena a concluir seu doutorado em Antropologia na UFSC, em 2019.

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COP26: pesquisadores da UFSC são coautores de relatório que avalia a situação da Amazônia

12/11/2021 13:47

Imagem aérea de queimada próxima à Floresta Nacional de Jacundá, em Rondônia, em agosto de 2020. Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real/CC BY-NC-SA 2.0

O Painel Científico para a Amazônia (SPA), grupo que reúne mais de 200 cientistas, divulgou nesta sexta-feira, 12 de novembro, o primeiro Relatório de Avaliação da Amazônia. Apresentado em Glasgow, na Escócia, em um evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a Cop26, o documento alerta que a Amazônia está se aproximando de um potencial e catastrófico ponto de não retorno, devido ao desmatamento, à degradação, aos incêndios florestais e às mudanças climáticas, e faz um apelo aos governos globais, líderes do setor público e privado, formuladores de políticas e ao público em geral para agir agora para evitar mais devastação na região. 

Segundo o SPA, esse é o mais detalhado, abrangente e holístico material do tipo sobre a Bacia Amazônica. Em seus 34 capítulos, fornece uma visão sistemática sobre o estado dos ecossistemas e dos povos da Amazônia e oferece aos formuladores de políticas públicas recomendações para a conservação desse ecossistema e caminhos para o desenvolvimento sustentável da região. Destaca, também, a importância da ciência, da tecnologia, da inovação, dos povos indígenas e do conhecimento local para orientar as tomadas de decisões e a formulação de políticas.

“O que esse relatório faz, o papel dele, é como se fosse um IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] para a Amazônia. Então, é a primeira vez que uma revisão sobre as coisas que acontecem na Amazônia, sobre o estado da Amazônia hoje, é feita assim, dessa forma, com vários pesquisadores”, comenta a professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota, uma das autoras do documento.

A estrutura do estudo é dividida em três partes. A primeira apresenta os fatores que determinaram a evolução da Amazônia para o que conhecemos hoje, incluindo aspectos geológicos, climáticos e humanos. A segunda seção discute como as ações antrópicas estão afetando o bioma. São abordadas questões como desmatamento, fogo e mudanças climáticas, no uso da terra e nos regimes de chuva, bem como seus impactos na biodiversidade, nos processos ecológicos, nos serviços ecossistêmicos e no bem-estar humano. O trabalho finaliza com a indicação de soluções e caminhos sustentáveis para o futuro.
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Professora da UFSC participa de relatório apresentado na COP26 sobre riscos e soluções urgentes na ciência do clima

05/11/2021 13:20

Área de desmatamento e queimada às margens da rodovia BR 230 no município de Apuí, Amazonas. Com 17% de sua área original desmatada e 18%, degradada, Amazônia se aproxima do ponto de não retorno. Foto: Bruno Kelly/Amazônia Real/CC-BY-2.0

Em um relatório lançado nesta quinta-feira, 4 de novembro, na Conferência da ONU sobre Mudança Climática (COP26), um grupo de cientistas destacou algumas das descobertas recentes mais importantes relacionadas às alterações climáticas. O documento 10 New Insights in Climate Science (10 novas reflexões na ciência do clima, em uma tradução livre) é um compilado de um artigo publicado em outubro no site da Universidade de Cambridge, elaborado por 62 pesquisadores de 22 países e cinco continentes. A professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota é uma das autoras.

Voltado aos tomadores de decisão, o material faz um resumo sobre o avanço do conhecimento científico, com dados dos estudos publicados no último ano, em alguns dos temas mais urgentes e visa conscientizar sobre as ações necessárias para preservar um planeta seguro e habitável. Ao apresentar o relatório, a secretária executiva da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), Patricia Espinosa, destacou que os tópicos abrangem assuntos distintos, mas inter-relacionados, como o aumento dos mega-incêndios ao redor do mundo e novas justificativas relacionadas aos custos-benefícios de uma ação climática rápida. Cada item é acompanhado de recomendações de políticas em várias escalas de ação – da global à local.

“Embora estejamos rapidamente esgotando o tempo para limitar as mudanças climáticas, este relatório mostra que estabilizar em 1,5°C ainda é possível, mas apenas se medidas globais imediatas e drásticas forem tomadas”, afirmou Wendy Broadgate, diretora do Future Earth Global Hub, da Suécia. “Os líderes mundiais na COP26 devem definir metas agressivas de redução de emissões – nada menos que 50% de redução de gases de efeito estufa até 2030 e metas líquidas de zero até 2040 é suficiente”, complementa Broadgate.
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Estudo revela que savanas nativas se expandem no coração da Amazônia após incêndios florestais 

05/03/2021 16:48

Incêndios têm provocado alterações na abundância de espécies de árvores e na composição do solo. Foto: Katie Maehler/Mídia Ninja [CC-BY-NC]

Florestas no coração da Amazônia já estão sendo substituídas por savanas nativas devido a incêndios florestais recorrentes, revela um estudo publicado na última quarta-feira, 3 de março, na revista científica internacional Ecosystems. A partir de imagens de satélites dos últimos 40 anos e de pesquisas de campo, os cientistas constataram uma série de mudanças na composição do solo e na distribuição de espécies de árvores. O trabalho foi conduzido por Bernardo M. Flores, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Milena Holmgren, professora da Universidade Wageningen, na Holanda.

Os autores destacam que, por muito tempo, as partes periféricas da Floresta Amazônica foram consideradas as mais vulneráveis, à medida que as atividades humanas avançavam ao longo do Arco do Desmatamento – região que vai de leste e sul do Pará em direção oeste, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. O artigo divulgado nesta semana, contudo, refere-se a uma paisagem de ecossistemas inundáveis no médio Rio Negro, uma região remota, longe da fronteira agrícola, na qual manchas de savana de areia branca ocorrem espalhadas em meio a áreas bem preservadas.

Os pesquisadores mapearam, por meio de imagens de satélite, quatro décadas de incêndios florestais e coletaram informações detalhadas em campo, visando avaliar alterações na abundância de espécies de árvores e nas propriedades do solo em florestas queimadas em diferentes momentos do passado. Eles salientam que os incêndios florestais mataram praticamente todas as árvores, permitindo que a camada superficial do solo, rica em argila, sofresse erosão com as inundações anuais e se tornasse gradualmente arenosa. Além disso, os tipos de árvores mudaram à medida que as espécies típicas das savanas de areia branca se tornaram cada vez mais dominantes nas florestas queimadas, junto com as plantas herbáceas nativas.
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Pesquisa interdisciplinar busca medir vulnerabilidades e resiliência da Amazônia

02/03/2021 12:14

Estudo envolve especialistas em matemática, computação, ecologia e processos hidrológicos. Foto: Deliane Penha

Em seus mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é bastante heterogênea. Suas milhares de espécies de plantas habitam ambientes diversos, repletos de particularidades e sujeitos a variados tipos de perturbações de origens naturais e humanas – como secas, queimadas e desmatamentos. Entender como esses distúrbios afetam o crescimento e a morte da vegetação é essencial tanto para a implementação de políticas de conservação e recuperação do bioma quanto para sabermos o que esperar do futuro da maior floresta tropical do mundo.

É justamente com a intenção de desenvolver ferramentas que possam colaborar com essa compreensão que um grupo interdisciplinar de pesquisadores se uniu, sob coordenação da professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota. A proposta da equipe é identificar os mecanismos relacionados às respostas de diferentes espécies de plantas à falta de água para, então, desenvolver um framework – uma espécie de modelo que possa ser aplicado para medir a resiliência da floresta, ou seja, sua capacidade de resistir e recuperar-se diante de situações adversas. O projeto de pesquisa é financiado pelo Instituto Serrapilheira, instituição privada de fomento à ciência, e conta com a participação de especialistas em matemática, computação, ecologia e processos hidrológicos da UFSC, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Rutgers University (Estados Unidos), da University of Birmingham (Inglaterra) e da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).

Marina explica que a seca na Amazônia tem se intensificado de forma recorde nos últimos anos. As mudanças climáticas e de uso da terra e o aumento do desmatamento já provocam alterações no regime de chuvas, na vulnerabilidade da floresta ao fogo e na mortandade de espécies. E, se nada for feito, essas questões só irão se exacerbar. A previsão dos cientistas é que o aumento da temperatura e a diminuição das chuvas provoquem secas cada vez mais prolongadas e severas – daí a necessidade de contarmos com dados confiáveis e a capacidade de fazer previsões.
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Abertura da Sepex aborda ameaças à Amazônia e necessidade de uma nova bioeconomia

22/10/2020 16:03

Carlos Nobre ministrou a palestra de abertura. Foto: reprodução Youtube

Teve início na manhã desta quinta-feira, 22 de outubro, a 18ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A cerimônia de abertura, transmitida ao vivo pelo Youtube e com gravação disponível na mesma plataforma, contou com a apresentação de três músicos da Camerata Florianópolis – Roger Corrêa (gaita de fole), Iva Nunes Giracca (violino) e Érico Miranda Schmitt (violoncelo) – e a palestra A Amazônia próxima a um ponto de não retorno. Necessidade de uma nova bioeconomia de floresta em pé, ministrada pelo pesquisador Carlos A. Nobre.

Em sua apresentação, Nobre faz um panorama dos riscos que a Amazônia corre – com uma séria ameaça de desaparecimento e próxima de um ponto de não retorno – e apresenta uma proposta de “bioeconomia de floresta em pé”. Nobre, que é colaborador do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) e aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), dedicou a maior parte de sua carreira à Amazônia, uma entidade regional chave no sistema terrestre, com papel central no ciclo global de carbono, poderosa hidrologia, a maior biodiversidade do planeta e uma enorme diversidade cultural e étnica.  
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Desenvolvimento regional da Amazônia

25/10/2011 09:22

O Laboratório de Sociologia do Trabalho promove nesta quinta-feira, 27 de outubro, a palestra  “Desenvolvimento regional da Amazônia, relações sociais e ambientais”, com o professor Fiorelo Picoli, da Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat). O encontro acontece no miniauditório do CFH, a partir de 19h.

O professor Fiorelo é autor de vários livros, dentre os quais se destacam: O Capital e a devastação da Amazônia; Amazônia: desarrollo y expropiación; Amazônia: do mel ao sangue.

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