Pesquisa interdisciplinar busca medir vulnerabilidades e resiliência da Amazônia

02/03/2021 12:14

Estudo envolve especialistas em matemática, computação, ecologia e processos hidrológicos. Foto: Deliane Penha

Em seus mais de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Amazônia é bastante heterogênea. Suas milhares de espécies de plantas habitam ambientes diversos, repletos de particularidades e sujeitos a variados tipos de perturbações de origens naturais e humanas – como secas, queimadas e desmatamentos. Entender como esses distúrbios afetam o crescimento e a morte da vegetação é essencial tanto para a implementação de políticas de conservação e recuperação do bioma quanto para sabermos o que esperar do futuro da maior floresta tropical do mundo.

É justamente com a intenção de desenvolver ferramentas que possam colaborar com essa compreensão que um grupo interdisciplinar de pesquisadores se uniu, sob coordenação da professora do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marina Hirota. A proposta da equipe é identificar os mecanismos relacionados às respostas de diferentes espécies de plantas à falta de água para, então, desenvolver um framework – uma espécie de modelo que possa ser aplicado para medir a resiliência da floresta, ou seja, sua capacidade de resistir e recuperar-se diante de situações adversas. O projeto de pesquisa é financiado pelo Instituto Serrapilheira, instituição privada de fomento à ciência, e conta com a participação de especialistas em matemática, computação, ecologia e processos hidrológicos da UFSC, da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Rutgers University (Estados Unidos), da University of Birmingham (Inglaterra) e da Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).

Marina explica que a seca na Amazônia tem se intensificado de forma recorde nos últimos anos. As mudanças climáticas e de uso da terra e o aumento do desmatamento já provocam alterações no regime de chuvas, na vulnerabilidade da floresta ao fogo e na mortandade de espécies. E, se nada for feito, essas questões só irão se exacerbar. A previsão dos cientistas é que o aumento da temperatura e a diminuição das chuvas provoquem secas cada vez mais prolongadas e severas – daí a necessidade de contarmos com dados confiáveis e a capacidade de fazer previsões.
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Escassez de água: impactos e soluções diante das projeções de crise hídrica em Santa Catarina

18/11/2019 08:31

Água. Mais abundante dos recursos naturais do planeta Terra, a água está presente em tantos momentos no nosso cotidiano que a sua importância passa despercebida. Porém, quando as torneiras secam, ficamos engessados. 71% da superfície terrestre é coberta por água, compreendendo oceanos e águas continentais. Entretanto, 97,5% é salgada e apenas 2,5% da água disponível é doce. Esse pequeno percentual é responsável pela manutenção de sistemas fundamentais para a vida dos seres humanos e de animais. É a água doce que está no centro da produção de alimentos, importante para a preservação ambiental, geração de energia, manutenção dos padrões de saúde pública.

No décimo episódio do UFSC Explica: escassez de água, três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues, professora de Oceanografia (UFSC), e Pedro Luiz Borges Chaffe e Ramon Dalsasso, professores do Departamento de Engenharia Sanitária da UFSC, falam sobre a escassez de água no planeta, suas consequências, possíveis soluções e o cenário em Santa Catarina. Para a produção desta reportagem, também foi entrevistado o engenheiro civil e superintendente da Região Metropolitana da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Joel Horstmann, que descreve ações de prevenção e planejamento para enfrentar a crise hídrica. Confira esse vídeo e a série do UFSC Explica em nosso canal do YouTube.

Rio Cubatão. Foto: Divulgação/Casan.

“Hoje, no mundo, pelo menos 4 bilhões de pessoas passam por alguma situação de crise hídrica de pelo menos um mês de duração; 500 milhões de pessoas passam por crise hídrica todo ano; 80% da população mundial sofre com insegurança hídrica e escassez. Esse é reconhecidamente o maior problema que precisamos enfrentar nos século XXI”. Essa é a afirmação de Pedro Luiz Borges Chaffe, professor do Departamento de Engenharia Sanitária  da UFSC, que pesquisa Hidrologia, Hidrometeorologia e Monitoramento e Modelagem Hidrológica.

A falta de água é um problema social, humano, ambiental e econômico. Entre os meses de junho a setembro de 2019, a Grande Florianópolis registrou falta d’água devido ao longo período de estiagem. Em outubro, o nível da Lagoa do Peri, principal aquífero natural de água doce de Florianópolis e área de preservação ambiental, caiu drasticamente em decorrência da falta de chuvas.

Segundo Regina Rodrigues, professora de Oceanografia da UFSC e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climática das Nações Unidas (IPCC), há dois aspectos que influenciam a falta de água: climático e demanda. “No primeiro ponto, locais propensos à seca estão ficando cada vez mais secos e o oposto também, em regiões mais úmidas as chuvas têm sido torrenciais em pequenos espaços de tempo. Já sobre a demanda, podemos adotar o conceito de Nexus, definido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentos e a Agricultura (FAO/Nações Unidas), de que seguranças hídrica, alimentar e energética são eixos interligados e um afeta o outro por conta da água. Quando falta água, falta para abastecimento direto, alimento e energia. A gente perde qualidade de vida, pois a água e seus três eixos são essenciais para o nosso bem-estar”.

No aspecto climático, Santa Catarina está numa região de transição influenciada por mudanças nas zonas tropical e temperada, como também por mecanismos que trazem chuvas tropicais. “Com a expansão dos trópicos, Santa Catarina passa a se assemelhar à região Sudeste e as chuvas de verão serão mais afetadas pelo aumento da temperatura”, frisa Regina.
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UFSC Explica: escassez de água

18/11/2019 08:10

Atualmente 80% da população humana sofre com vulnerabilidade hídrica, ou seja, em algum momento do ano fica sem acesso à água. A escassez hídrica é apontada pelo Banco Mundial como a maior ameaça à humanidade para os próximos anos e implica em prejuízos para além do consumo doméstico. A carência deste recurso impacta em ecossistemas terrestres e aquáticos e na produção de alimentos, produção de energia elétrica e de bens de consumo dos mais variados. Perdas no sistema de distribuição, alterações climáticas, escassez de chuvas e até mesmo excesso de chuvas podem tornar a quantidade ou mesmo a qualidade das águas impróprias para consumo ou uso.
As causas, consequências e desafios que devem ser enfrentados diante desse alarmante problema são o tema do décimo episódio do UFSC Explica: escassez de água. Abordam o tema três pesquisadores com notório conhecimento científico: Regina Rodrigues, professora de Oceanografia (UFSC), e Pedro Luiz Borges Chaffe e Ramon Dalsasso, professores do Departamento de Engenharia Sanitária da UFSC.
Concomitante ao vídeo, a escassez de água é analisada em seu impacto no Estado de Santa Catarina, onde, apesar da localização em região com recursos hídricos e com bons índices de chuvas, a crise hídrica tem atingido muitos moradores. Em Florianópolis, o sistema de captação, distribuição e tratamento de águas é igualmente abordado na matéria especialmente elaborada para tratar do tema.

Confira abaixo o vídeo, também disponível em nosso canal do YouTube, e aqui a matéria de divulgação:



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RU comunica que não fornecerá jantar nesta sexta devido falta de água

26/05/2017 15:20

Tendo em vista o rompimento das adutoras da Casan, no último domingo, 21 de maio, e devido a chuvas do fim de semana, o abastecimento de água em toda Florianópolis foi prejudicado. O Restaurante Universitário (RU), utilizando seu reservatório de água, conseguiu manter o oferecimento de alimentação até esta sexta-feira, 26 de maio. Porém, o abastecimento ficou comprometido no período de almoço. Apesar de todo esforço da equipe do RU para que o almoço fosse servido em todo o seu horário,  informamos que não será possível o oferecimento da alimentação no período noturno.

Estamos tomando providências para que as atividades do final de semana não sejam prejudicadas.

Direção do RU

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Insuficiência no abastecimento de água pela Casan interrompe atendimento das clínicas odontológicas da UFSC

27/06/2013 11:45

As clínicas do Curso de Odontologia da UFSC interromperam o atendimento nesta semana, na terça-feira (25/6) e na quarta-feira (26/6), devido à insuficiência de fornecimento de água pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan).

O problema já havia sido observado nos últimos dias, mas as obras realizadas em abril, com a colocação de uma cisterna de 15 mil litros, permitiu, mesmo que em condições precárias, o funcionamento do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Houve rodízio de funcionamento, fechamento parcial dos banheiros, preservando o atendimento clínico por meio do esforço de alunos e professores. 
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