Quando arte e ciência se encontram: mural de Fritz Müller é inaugurado no CCB

17/11/2022 16:59

Moldura do mural contém frases em alfabeto criado por Luiz Felipe (Foto: Camila Collato/Agecom UFSC)

Entre as paredes dos novos blocos do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande, em Florianópolis, um mural se destaca do fundo branco e chama a atenção de quem passa. Traços brancos de pincel em um fundo negro, que remetem à xilogravura ao mesmo tempo que agregam elementos da arte urbana com aplicações em spray, ganham toques cá e lá de vermelho sangue. A obra, uma homenagem a Fritz Müller, será inaugurada oficialmente nesta sexta-feira, 18 de novembro, às 16h10, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), como parte da Semana de Integração das Pós-Graduações do centro e também das comemorações do bicentenário do naturalista alemão.

Localizado num conjunto de edifícios que também leva o nome do cientista, que se fixou em Santa Catarina no século XIX, o mural concebido por Luiz Felipe Cordeiro Serigueli, artista que cursa o mestrado do Programa de Pós-graduação em Ecologia da UFSC, retrata não só a vida de Müller como a sua. “Eu uso o preto e branco para expressar a antagonia, a ambiguidade da vida. Talvez porque a minha seja sempre muito permeada por essa questão”, pondera entre risos, Luiz, de 25 anos, que se identifica como uma pessoa não binária. Nesse jogo de extremos, o vermelho surge como elemento de união. “Acho que o vermelho, como cor do sangue, da vida, passa essa sensação da de união e transgressão”, afirma. Para Luiz, a própria vida do naturalista foi marcada por dicotomias e contrastes, uma pessoa que não se integrava aos padrões da época.

Com seu cajado e de pés descalços: assim foi como Fritz Müller (1886) elaborou contribuições científicas que lhe renderam o título de “príncipe dos observadores”.

Este segundo mural foi inspirado nas referências estéticas do primeiro elaborado por Luiz Felipe, localizado na lateral do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, fruto de um concurso cultural sobre a obra literária Ulisses, do romancista irlandês James Joyce. A relação de artista com a vida e a obra de Fritz Müller começou com experiências com voluntariado nos eventos do bicentenário do cientista, em especial, na exposição que foi realizada na Beira-mar, em Florianópolis, em maio deste ano. Aos poucos, Luiz foi se familiarizando com os elementos da trajetória científica e pessoal de Müller, que se notabilizou para o grande público por suas contribuições à Teoria da Evolução de Charles Darwin.

O mural condensa um pouco dessa história, trazendo referências ao mimetismo mülleriano – muito lembrado pelos estudos com as borboletas – aos estudos de espécies marinhas da fauna local catarinense e também uma alusão às ilustrações botânicas de sua filha Rosa Müller, com quem possuía mais afinidade e compartilhava a paixão pela observação e pela pesquisa.

O professor e pesquisador da vida marinha, Alberto Lindner, foi o responsável pela articulação com a direção do CCB para viabilizar a obra e cuidou dos detalhes técnicos. “Muita gente acaba lembrando dos insetos e das plantas quando falamos no Fritz Müller, mas acabam deixando de lado essas contribuições que ele nos deu no litoral de Santa Catarina”, pondera. Depois da aprovação para pintar o local, a comunidade do CCB se mobilizou por meio de uma vaquinha coletiva para custear a obra.

A boa recepção da iniciativa por parte da comunidade do CCB já faz com que tanto o professor, quanto Luiz visualizem novos projetos semelhantes no local. Nada mais adequado ao lema da própria universidade: ars et scientia.

 

 

Camila Collato/Agecom UFSC

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Nem bicho, nem planta: o que nos ensina o conhecimento dos fungos

03/11/2022 10:01

Projeto da UFSC busca catalogar a primeira lista de fungos ameaçados de extinção do Brasil

 

Elisandro Ricardo Drechsler-Santos: “a funga da serra catarinense, inclusive do Parque Nacional de São Joaquim, tem várias espécies novas, endêmicas e algumas estão ameaçadas de extinção”. Foto: Camila Collato

 

Uma bela xícara de café acompanhada de um pãozinho fresco, queijos e, em seguida, um suco de frutas é capaz de tornar qualquer hora do dia gloriosa, concorda? Agradeça aos fungos por isso e muito mais: os fungos estão presentes em quase toda a produção de alimentos. São responsáveis pelo avanço da medicina para tratar doenças físicas e mentais. Sequestram naturalmente e liberam o carbono, além de favorecer distintos processamentos industriais. E há uma série de usos diários dos fungos ainda pobremente conhecidos.

Muitos acreditam equivocadamente que são plantas, mas também não são animais – os fungos são organismos com a sua forma própria de vida. A comunidade de animais de um determinado local é tratada como Fauna, a de plantas, como Flora. E existe ainda uma terceira classificação: a dos fungos, conhecida como Funga. Assim, Fauna, Flora e Funga formam os três grandes grupos de organismos eucariontes da natureza. Apesar de sua importância reconhecida para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade, e até mesmo para a indústria farmacêutica, essa categoria de seres vivos é pouco explorada pela ciência. Nesse sentido, o objetivo do pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos é criar um sistema de dados para catalogar, identificar e popularizar o conhecimento acerca da Funga.

Apenas 7% dos fungos são conhecidos pela ciência. Acredita-se que existam cerca de 1 a 5 milhões de espécies, no entanto, apenas 150 mil são catalogadas. Estudar e entender a Funga de um local é importante para a conservação não apenas das espécies de fungos, mas de todo o ecossistema. Essa é a missão do projeto MIND. Funga, coordenado pelo professor Ricardo. “A gente tem no Brasil aproximadamente 50 espécies que já foram avaliadas e a maioria delas são espécies ameaçadas de extinção. No entanto, não existe uma política ainda de reconhecimento disso”, explica o pesquisador. 

A ameaça de extinção

É comum ouvir-se falar sobre plantas e animais em ameaça de extinção. No entanto, pouco se conscientiza sobre o risco das espécies de fungos em perigo. Um dos objetivos do MIND. Funga é catalogar essas espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

O pesquisador é claro: os fungos são essenciais para a estabilidade climática (dado seu papel no sequestro de carbono no solo) e para preservar a saúde ecossistêmica. No entanto, os fungos têm sido negligenciados em políticas ambientais e de conservação. Um descuido com inúmeras consequências, afirma o cientista. “Quando os fungos são colocados em risco, colocam-se em risco os ecossistemas que dependem deles. Com isso, perdemos a chance de realizar avanços, encontrar soluções para problemas ambientais graves, como mudanças climáticas e degradação da terra”, afirma.

E complementa o raciocínio observando que não existe ainda uma lista vermelha nacional de fungos, ou seja, os fungos não são reconhecidos no nosso território. O pesquisador busca estudar a distribuição das espécies para aplicar os critérios da IUCN e classificá-las em níveis de ameaça. Além disso, com engajamento com outros micólogos e liquenólogos, em breve haverá uma proposta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), para que essas espécies sejam oficializadas também em uma lista no âmbito nacional.

Esse processo de reconhecimento e inclusão das espécies ameaçadas de extinção na lista de alerta vermelho é importante, pois auxilia e chama atenção para criação de políticas públicas que visem à conservação da Funga e, por consequência, da biodiversidade. Como os fungos não são reconhecidos no território brasileiro, Elisandro acredita que seja necessário fazer uma ponte entre pesquisadores e governo, para que seja feito um trabalho em conjunto em prol da manutenção dessas espécies.

Por que os fungos devem ser conservados?

Os fungos são seres fundamentais para o funcionamento dos ecossistemas, pois junto com as bactérias heterotróficas são decompositores da matéria orgânica. Eles atuam como agentes recicladores da matéria, visto que ao fazerem o processo de decomposição devolvem os nutrientes para o solo e o gás carbônico para a atmosfera. Estes componentes serão reaproveitados pelas plantas, que eventualmente servirão de alimento para os animais herbívoros, reiniciando assim o ciclo da natureza. Os fungos podem ser descritos como o “elo” entre seres vivos e componentes não vivos do meio ambiente.

Outro motivo para que os fungos sejam conservados são os seus esporos. Elisandro explica que os esporos dos fungos são micropartículas liberadas no ar que auxiliam a formar as gotas de chuva. O pesquisador diz que “uma floresta preservada não só transpira umidade para formar nuvens, como também as partículas que estão no ambiente agregam essa umidade em forma de gota e fazem com que caia a chuva”. 

Além de sua importância para o equilíbrio ambiental, os fungos também podem ser explorados de maneira consciente pelos mais variados setores da indústria. Muitos alimentos, produtos e medicamentos utilizados no dia a dia dependem desses seres. Um exemplo clássico é a Penicilina, antibiótico descoberto a partir de fungos do gênero Penicillium.

Taxonomia

A ciência de reconhecer e descrever espécies novas é chamada de taxonomia, uma ciência básica que fornece elementos essenciais para outras ciências posteriormente, que são as ciências aplicadas. “Mais do que nunca o cientista no mundo é reconhecido, e em nosso país existe atualmente essa urgência de a sociedade reconhecer as universidades. Porque é dentro das universidades, principalmente as públicas e federais, que acontece a pesquisa”, enfatiza Elisandro. 

Para o pesquisador, quando descrevemos uma nova espécie de fungo, estamos mostrando para a sociedade em geral que existe uma caixinha de surpresas biotecnológicas, surpresas medicinais e surpresas na alimentação que podem ser explorados pela ciência aplicada, e podem retornar para a população não só como produtos importantes para a sociedade, mas também do ponto de vista econômico-financeiro.

O aplicativo de identificação

Complementar à pesquisa de Elisandro, em fase de testes, está a criação de um aplicativo para smartphones que permite, através da captura de imagens, reconhecer as espécies de fungos. Para isso, foram reunidos especialistas em identificação de fungos e inteligência artificial da UFSC dedicados ao desenvolvimento de um sistema moderno de reconhecimento de macrofungos a partir de um banco de imagens e informações.

Esse aplicativo faz parte do programa Ciência Cidadã MIND. Funga, ou seja, conta com a participação de voluntários para auxiliar no registro das imagens que irão compor o banco de dados. Em uma primeira etapa, cidadãos residentes próximos à região das Matas Nebulares de Santa Catarina utilizaram outro aplicativo desenvolvido por uma das pesquisas do grupo para fotografar os fungos em seu ambiente natural e registrar dados como localização, substrato, data da imagem etc. Esses dados estão sendo utilizados inicialmente em um projeto piloto, como base para mapeamento e monitoramento dessas espécies de fungos, bem como para compor o banco de dados do aplicativo de reconhecimento de espécies.

Elisandro comenta que esse banco já conta com informações de mais de 500 espécies de fungos. “Eu estou falando de aproximadamente 20 mil imagens de fungos. Essa base de dados é utilizada para treinar uma rede neural convolucional (Convolutional Neural Network / CNN).  Essa rede neural, ela aprende sozinha com os padrões que encontra nas imagens. É isso que a gente chama de Inteligência Artificial”, diz o pesquisador. Essa parte da IA é desenvolvida em parceria com equipe do Prof. Aldo von Wangenheim do Research institute on Digital Convergence – INCoD, também da UFSC. 

O aplicativo chamado de MIND.Funga app servirá tanto para professores da rede básica e superior em práticas pedagógicas quanto para especialistas contribuírem para popularizar a diversidade das espécies de fungos. 

“Eu tenho um compromisso com a ciência, mas ao mesmo tempo eu tenho um compromisso com a sociedade. E isso me faz querer mostrar para as pessoas o que nosso grupo descobre. Por isso nós estamos desenvolvendo esse aplicativo, para popularizar o conhecimento”, conta o biólogo. O aplicativo está em desenvolvimento e logo uma versão preliminar deverá estar disponível para testes.

Em geral, os estudos para acessar a diversidade e conhecer as espécies costumam ser mais acessíveis, do ponto de vista financeiro. Para o andamento deste projeto específico, os recursos foram disponibilizados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o pesquisador foi capaz de ir além do objetivo previsto inicialmente. “Eu consigo dar bolsa, eu consigo ir para campo, eu consigo fazer biologia molecular, eu consigo produzir livros” comenta Elisandro.

O pesquisador:

Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 43 anos de idade, é Professor Associado do Departamento de Botânica da UFSC, atuando como orientador no Mestrado Profissional PROFBio-UFSC e Mestrado e Doutorado no PPG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC. Pesquisador do CNPq, especialista membro do grupo “IUCN SSC Mushroom, Bracket, and Puffball Specialist Group” e coordenador do grupo de pesquisa MIND.Funga (mindfunga.ufsc.br). 

Entre em contato com o pesquisador

Prof. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos
Laboratório de Micologia (MICOLAB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Departamento. de Botânica
Telefone: +55 (48) 37212889
Celular: +55 (48) 996268188
E-mail: drechslersantos@yahoo.com.br
Florianópolis – 88040970 – Brasil

 

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Elisandro Ricardo Drechsler dos SantosFungosMind.FungaNADCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pós-Graduações do Centro de Ciências Biológicas promovem simpósio integrado

24/10/2022 10:24

Simpósio Integrado das Pós-Graduações do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas até o dia 11 de novembro. O evento ocorre entre os dias 16 e 18 de novembro, das 8h15 às 16h40, no Auditório do CCB, no bairro Córrego Grande, em Florianópolis. Os interessados podem se inscrever para ouvinte (R$ 15) e para submissão de resumo (R$ 20).  

O simpósio tem como objetivo a integração entre os Programas do CCB/UFSC e a divulgação dos trabalhos realizados no Centro. Nesta edição, a comunidade científica e sociedade irão debater temas atuais e importantes. Entre os temas a serem discutidos estão: meio ambiente e biodiversidade, biotecnologia e biologia molecular, saúde, o ensino em ciências biológicas e áreas relacionadas.

Conforme os organizadores, é também uma oportunidade para estudantes da graduação que ainda estão em dúvida sobre seguir a carreira acadêmica conhecerem os programas de pós-graduação do CCB e as pesquisas que neles ocorrem. A comunidade acadêmica de outras áreas e universidades também são bem-vindas.

Mais informações no perfil do Simpósio.

Tags: CCBSimpósio Integrado das pós-graduações do Centro de Ciências BiológicasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Banco de fezes: pesquisador busca financiadores para montar laboratório que pode salvar vidas

17/10/2022 09:25

Cientista da UFSC explica como o armazenamento de amostras pode ser usado para tratar doenças e controlar infecções

  

A disbiose pode ser intestinal, vaginal, da pele e do pulmão. (Foto: Centro de Controle da Disbiose)

Fezes – sim, fezes – podem ser usadas para o tratamento de doenças, para controle de infecções e até para melhora em quadros do espectro autista.  O transplante da microbiota intestinal (TMI), mais conhecido como transplante de microbiota fecal (TMF), vem sendo aplicado como método eficaz em todo o mundo para tratar problemas causados por bactérias multirresistentes a antibióticos e muitas outras condições. Esse é o principal tema de pesquisa de Carlos Zárate-Bladés, professor e médico que criou o Centro de Controle da Disbiose e lidera uma equipe de pesquisadores no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Boliviano que mora em Florianópolis desde 2015, Zárate-Bladés comenta que a transferência de microrganismos de uma pessoa pode restabelecer o equilíbrio da microbiota intestinal. “O transplante de microbiota se consolidou para tratar uma infecção de repetição causada pela bactéria Clostridioides difficile, que provoca diarréia no paciente podendo evoluir para a inflamação do cólon. Esse patógeno é responsável por alta taxa de mortalidade em pacientes internados em hospitais; com o transplante, o sucesso da recuperação é superior a 90% para essa infecção em específico”, salienta o pesquisador.

A alteração da microbiota é chamada de disbiose, que pode ser intestinal, mas também vaginal, de pele, de pulmão e de qualquer outra mucosa do corpo. O desequilíbrio costuma provocar o aparecimento de doenças de diversos tipos, sendo a mais comum associada ao uso de antibióticos, mas também pode ser um problema consequente por uma outra doença de base.  

Outras alterações são atribuídas a pessoas com doenças inflamatórias intestinais como a colite ulcerativa e a doença de Crohn são condições que podem se beneficiar com esse tratamento. Assim, o objetivo do pesquisador Carlos Zárate-Bladés é desenvolver a técnica do Transplante da Microbiota Intestinal (TMI) no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Isso envolve investimentos para uma estrutura adequada, realização e manutenção da pesquisa. 

Devido à baixa incidência de efeitos colaterais, o transplante de fezes é recomendado pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDAS) e pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). O primeiro transplante de fezes no Brasil foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em 2013. Existe um banco de fezes no Hospital da Universidade Federal de Minas Gerais, que vem realizando de forma rotineira o transplante desde 2017. 
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Santa Catarina pode ser modelo para os outros estados no controle de bactérias do tipo MRSA

10/10/2022 08:50

Pesquisadora da UFSC está coordenando um projeto para estudar a Staphylococcus Aureus resistentes a Meticilina (MRSA)

 

A microbiologista Fabienne Ferreira estuda MRSA desde a sua graduação (Foto: Rafaella Whitaker)

 

A resistência das bactérias aos antibióticos é um grande desafio para a saúde pública no mundo. Uma dessas bactérias é Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina, conhecida pela sigla MRSA. Apesar de serem organismos comensais, ou seja, que interagem com o ser humano sem causar doença, em algumas situações, o desequilíbrio da relação dessa bactéria com o hospedeiro pode ser prejudicial à saúde. O estudo conduzido por Fabienne Antunes Ferreira, microbiologista e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), busca entender essas interações entre o organismo humano e esses patógenos, mais especificamente no estado de Santa Catarina.

O objetivo do estudo é entender por que em Santa Catarina a incidência dessas bactérias resistentes a antibióticos parece ser menor em comparação com outros estados do país. No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, cerca de 30 a 60% de Staphylococcus aureus são MRSA. No entanto, em Santa Catarina, essa taxa reportada foi de 2 a 8%. “Talvez, Santa Catarina possa ser um modelo futuro para inibir o crescimento dessas bactérias, já que aqui é naturalmente inibido de alguma forma”, explica a pesquisadora.
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Projeto AtlantECO organiza pesquisa global em 21 de setembro e promove a Cultura Oceânica

19/09/2022 14:23

Foto: Divulgação/AtlantECO

O projeto internacional de pesquisa e extensão AtlantECO, vinculado ao Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC organiza, na quarta-feira, 21 de setembro, uma atividade do Ocean Sampling Day (OSD), campanha científica global com o objetivo de analisar a biodiversidade e a função microbiana marinha. Nesse dia, a equipe do Projeto AtlantECO, bem como outros pesquisadores da UFSC vinculados à Chamada Blue Growth, realizam amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Santa Catarina. 

O OSD visa gerar o maior conjunto de dados microbianos padronizados em um único dia em diversas regiões do mundo. Durante todo o dia, pesquisadores estarão recolhendo amostras de águas da zona costeira e esta será a primeira vez em que a atividade ocorre na região do Atlântico Sul. A iniciativa já existe, desde 2014, em todos os oceanos, com exceção da costa brasileira e africana. 

O AtlantECO organiza a atividade em 2022 e nos próximos dois anos, em parceria com o European Marine Biological Resource Center (EMBRC). O AtlantECO é um projeto desenvolvido em parceria com 36 instituições de 11 países da Europa, Brasil e África do Sul, que tem por finalidade a pesquisa sobre o microbioma do Atlântico, os impactos das mudanças climáticas e da poluição no oceano.
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Exposição ‘Seu corpo ao microscópio’ vai até domingo no Floripa Shopping

14/09/2022 14:10

O Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organiza a exposição Seu corpo ao microscópio, no Floripa Shopping. Até o próximo domingo, 18 de setembro, o público poderá visualizar fotografias microscópicas em alta resolução e utilizar um microscópio óptico de luz, com uma coleção de lâminas histológicas para observação. A mostra fica localizada no piso L2 (loja 274, ao lado da SmartTech) e pode ser visitada até sábado das 10h às 22h e no domingo das 14h às 20h.

A exposição contará com painéis de dez fotografias de lâminas histológicas em colorações como Tricômico de Mallory, Tricômico de Gomori, HE, iluminadas por led; com nuances de cores de células, tecidos e estruturas ricas e variadas. As imagens foram fotografadas pelo professor Ericson Kubrusly Gonçalves, coordenador do projeto.

A ação tem como objetivo levar materiais e conhecimentos ligados à morfologia do corpo humano à comunidade. Também busca mostrar que a histologia é uma disciplina fascinante, que permite explorar a estrutura e a função dos tecidos e captar que o corpo humano vai além daquilo que observamos a olho nu.

Além de Ericson, estarão disponíveis para explicações e auxílio para o uso ao microscópio as professoras Iria Pedroso da Cunha e Juçara Loli de Oliveira (MOR/CCB/UFSC), bem como estudantes dos cursos de graduação em Enfermagem, Odontologia e Licenciatura Plena em Ciências Biológicas.

Tags: CCBDepartamento de Ciências MorfológicasHistologiaSeu corpo ao microscópioUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Estudo identifica eco-ansiedade em estudantes da UFSC e outras cinco universidades públicas

12/09/2022 08:38

Oito perguntas e respostas utilizadas no estudo apontam pessimismo geral e saúde mental afetada pelos problemas ambientais. (clique para ampliar)

A saúde mental de estudantes das áreas de Biologia de seis universidades públicas foi tema de um estudo publicado na terça-feira, 6 de setembro, no periódico internacional PLOS Biology. A pesquisa identificou um alto número de estudantes afetados pelo medo do colapso ambiental, conhecido como “eco-ansiedade” ou “luto ecológico”. 

Esse sentimento é uma nova e crescente fonte de sofrimento mental, que pode afetar particularmente a próxima geração de biólogos conservacionistas, segundo explicam os pesquisadores, que oferecem, no artigo, estratégias de cuidado e empatia que educadores podem utilizar para ajudar a prevenir o agravamento da saúde mental dos alunos. 

A pesquisa coletou informações por meio de um questionário de saúde mental respondido anonimamente por 250 estudantes de graduação em Ciências Biológicas durante o mês de março de 2022. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das participantes, além das universidades federais de São Carlos (UFSCar), Pernambuco (UFPE), Juiz de Fora (UFJF), Piauí (UFPI) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). 

A maioria dos entrevistados considerou sua saúde mental recente como ruim, e afirmou que os problemas ambientais a afetam em algum grau. A maioria dos entrevistados disse que estudar e entender os problemas ambientais piorou sua saúde mental. No entanto, apesar do pessimismo geral, muitos entrevistados ainda se sentiam otimistas em trabalhar como biólogos e a maioria estava animada para buscar soluções para os problemas ambientais. Além disso, a maioria dos alunos afirmou que a opinião pessoal de seus professores influencia em algum grau suas perspectivas para o futuro.

O artigo tem autoria principal do pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Vinícius de Avelar São Pedro, e co-autoria de dois pesquisadores egressos do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFSC – Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar
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CCB recebe exposição fotográfica de estudantes da Pós-Graduação em Ecologia

01/09/2022 08:31

O hall do auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe até 27 de setembro a exposição fotográfica dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGEco), em parceria com o Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração Biodiversidade de Santa Catarina (PELD/BISC).

O projeto é realizado pelos estudantes da disciplina Fotografia na Pesquisa e Divulgação Científica, ministrada pelo professor Áthila Bertoncini no primeiro semestre de 2022. A mostra exibe imagens feitas no campus da UFSC na Trindade, em Florianópolis, e durante uma visita ao Parque Estadual da Serra Furada (PASEF), onde os alunos experimentaram, além da fotografia da natureza, técnicas que lightpainting e de luz estroboscópica, expostas aqui sobre fundo preto.
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Curso prático em anatomia humana abre inscrições na próxima semana

26/08/2022 17:34

As inscrições para participar do II Curso de Atualização Prática em Anatomia Humana ocorrem na próxima quinta-feira, 1º de setembro, das 9h às 11h e da 13h30 às 15h30, de forma presencial no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), bloco G, sala 406. A atividade é voltada a estudantes da UFSC que já cursaram, com aprovação, a disciplina de anatomia humana. Será necessário apresentar o histórico escolar no ato de inscrição.

O objetivo é desenvolver aulas práticas demonstrativas de atualização de conteúdos de anatomia humana do aparelho locomotor, neuroanatomia e sistemas orgânicos, a fim de auxiliar acadêmicos de fases mais adiantadas de diversos cursos de graduação da UFSC a atualizarem seus conhecimentos em anatomia, com consequente facilitação do estudo em disciplinas profissionalizantes. O curso é ministrado pelas professoras Ana Paula Marzagão Casadei e Cristiane Meneghelli.

Ao total, são 20 vagas para cada parte do cronograma, e os participantes devem se inscrever no conteúdo de pelo menos um módulo. Os certificados de participação são disponibilizados conforme a presença nos encontros de cada módulo que foi escolhido no ato de inscrição, obedecendo à carga horária mínima de 8h/aula. Em caso de alta demanda de inscritos, será dada preferência aos alunos de fases avançadas, e montada uma lista de espera para o próximo semestre.

Mais informações estão disponíveis no programa do curso (em pdf).

Tags: Anatomia HumanaCCBcursoinscriçãoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Nota de pesar: falece o professor aposentado Carlos Fernando Miguez

22/08/2022 11:36

Carlos Fernando Miguez (Foto: Divulgação)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do professor aposentado Carlos Fernando Miguez, aos 72 anos, ocorrido na sexta-feira, 19 de agosto.

Carlos Miguez ingressou na UFSC em 1977, onde atuou como professor do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética. Em dezembro de 1992 foi designado diretor do Centro de Ciências Biológicas (CCB), função que exerceu até maio de 1996.

Ainda em 1996, o professor Miguez assumiu como diretor executivo da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). Ele aposentou-se da UFSC em 2003, mas continuou na função de diretor executivo da Fapeu até março de 2009.

Em luto, a comunidade universitária solidariza-se com a família, os ex-colegas e os amigos do professor Carlos Fernando Miguez.

Tags: Carlos Fernando MiguezCCBfapeuNota de pesar

Pesquisadores da UFSC participam de evento sobre monitoramento da biodiversidade em ambientes recifais

01/07/2022 09:52

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participaram de evento promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em que discutiram estratégias de monitoramento da biodiversidade em ambientes recifais, de forma a contribuir para a estruturação do Subprograma Marinho Costeiro do Programa Monitora, executado pelo ICMBio nas Unidades de Conservação.

Participantes da Oficina do Componente Ambiente Recifal (Foto: ICMBio)

O evento foi realizado entre os dias 19 e 22 de junho no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), na cidade de Tamandaré (PE).

Os especialistas da UFSC participaram da Oficina do Componente Ambiente Recifal do Programa Monitora do ICMBio. Andrea Freire (CCB/ECZ), Áthila Bertoncini (CCB/ECZ), Alessandra Fonseca (CFM/OCN) e Bárbara Segal (CCB/ECZ) contribuíram com seus conhecimentos técnicos e práticos sobre ambientes recifais e oceanografia na definição e priorização de indicadores de biodiversidade e habitat para a avaliação e monitoramento a longo prazo de ambientes recifais no âmbito das Unidades de Conservação marinho-costeiras do ICMBio.

Parcerias já em andamento entre a UFSC e ICMBio têm gerado importantes resultados para a conservação marinha, a exemplo do Projeto MAArE, coordenado por pesquisadoras da UFSC em Santa Catarina, que serviu de base para a construção da oficina. Além disso, a UFSC participa do Projeto PELD Ilhas oceânicas, que também trouxe importantes contribuições para a oficina e seus desdobramentos.

Tags: Ambientes recifaisbiodiversidade marinhaCCBUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Ciências Morfológicas oferece curso prático de anatomia

04/05/2022 11:33

O Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove o Curso de Atualização Prática em Anatomia Humana, destinado a acadêmicos de graduação da UFSC que concluíram a disciplina de anatomia humana com aprovação. Somente com aulas práticas, o curso abordará a anatomia do aparelho locomotor e de sistemas orgânicos e a neuroanatomia. 

As atividades ocorrem de 24 de maio a 21 de julho, nas terças-feiras à tarde e quintas-feiras pela manhã, no Laboratório de Anatomia Humana do Departamento de Ciências Morfológicas, no Centro de Ciências Biológicas (CCB). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas presencialmente, no bloco G do CCB, sala 406, nos dias 11, 13, 18 e 19 de maio. 

Mais informações no programa do curso ou pelo telefone 48 3721-4953.

Tags: anatomiaCCBDepartamento de Ciências MorfológicasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Departamento de Projetos convida pessoas com deficiência visual para avaliarem mapa tátil piloto do CCB

18/04/2022 14:01

O Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia da Universidade Federal de Santa Catarina lançou um convite, via Instagram, para que alunos, técnicos e professores cegos ou com baixa visão participem da avaliação de um mapa tátil piloto instalado nos novos blocos do Centro de Ciências Biológicas (CCB). Os resultados da avaliaçãocontribuirão para a melhoria do padrão proposto e posterior instalação de novos mapas nas demais edificações UFSC.

No passeio, conforme o convite, será feita uma entrevista. O passeio é acompanhado para testar o entendimento dos símbolos e textos. A previsão de duração do procedimento é de cerca de uma hora por pessoa. O departamento está vinculado à Secretaria de Obras, Manutenção e Ambiente, órgão executivo central que integra todos os setores técnicos vinculados à vida de uma edificação. A atuação ocorre nas novas obras, reformas e ampliações em todos os Campi e Unidades da UFSC.

Tags: CCBDepartamento de Projetos de Arquitetura e Engenhariamapa tátilPessoas com baixa visão

Bióloga da UFSC desenvolve protocolo para otimização de análises de biomoléculas e efeitos de medicamentos

15/12/2021 10:24

Martina Blank desenvolveu a pesquisa durante seu pós-doutorado. Foto: arquivo pessoal

A bióloga do Laboratório de Biologia Molecular Estrutural (Labime) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Martina Blank é coautora de um estudo que descreve um protocolo para otimização de análises em ensaios celulares para avaliação do perfil de biomoléculas e dos efeitos de medicamentos. O artigo, publicado na edição de novembro da revista científica Nature Protocols, descreve uma técnica bastante versátil, que pode ser aplicada a uma ampla gama de compostos e possibilita análises rápidas e abrangentes, usadas, por exemplo, para averiguar como células respondem a diferentes tratamentos ou para encontrar biomarcadores de doenças.

O trabalho, que fez parte do pós-doutorado de Martina na universidade alemã Hochschule Mannheim, utiliza a espectrometria de massas, um método que detecta e identifica moléculas de interesse por meio da medição de sua massa e da caracterização de sua estrutura química. Essa análise é feita por meio de equipamentos chamados de espectrômetros de massas e pode ser empregada em distintos ramos. A pesquisa de Martina, por exemplo, concentrou-se em lipídios e metabólitos, mas os espectrômetros de massas também podem ser usados para identificar proteínas, peptídeos e micro-organismos, examinar polímeros, investigar poluentes e adulteração de produtos, em análises de antidoping e de impressão digital e muitos outros casos. 

Existem diversos tipos de espectrômetros de massas, com variadas capacidades e sensibilidades, com maior ou menor resolução. O foco do novo protocolo foi o modelo Maldi-TOF MS. Uma de suas principais vantagens é a possibilidade de analisar simultaneamente múltiplos aspectos do objeto de estudo – o que é importante para, por exemplo, avaliar efeitos colaterais de tratamentos. “Você não precisa marcar o seu alvo para analisar ele. E, ao mesmo tempo, analisa não só o seu alvo, você analisa todo o conteúdo que tem naquela célula. Pode ser que aquela molécula em que você estava focando não seja a única afetada pelo tratamento ou pelo estímulo que você esteja dando. Então, você consegue verificar todo o componente celular e ver o que pode estar acontecendo ali, naquela reação ou naquele estímulo”, explica Martina.
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UFSC e instituições parceiras lançam Rede Pan-Americana de Epidemiologia Ambiental nesta segunda, 29

29/11/2021 16:08

Laboratório de Virologia Aplicada analisa amostras de diversos materiais. Foto: Daiane Mayer/Estagiária de Fotografia da Agecom/UFSC

O Laboratório de Virologia Aplicada do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (MIP/CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), juntamente com outras instituições governamentais e acadêmicas de 14 países da América Latina, lançam, nessa segunda-feira, 29 de novembro, a Rede Pan-Americana de Epidemiologia Ambiental (Panacea). A rede Panacea é capaz de obter dados em tempo real para detectar riscos microbiológicos e químicos na região. Além disso, busca desenvolver e implementar novas ferramentas moleculares para aplicação em epidemiologia ambiental, bem como formar profissionais capazes de produzir, analisar e interpretar dados.

A iniciativa tem colaboração com a University of Newcastle, a Universidad de Santiago de Compostela, o Instituto Karolinska e o MGI Tech. A Panacea conta, ainda, com o apoio do Northumbrian Water Group e do Suez Group, e visa expandir as atuais capacidades analíticas dos países da América Latina e do Caribe para implementar os programas de Epidemiologia Baseada em Águas Residuais (WBE).

O projeto de co-criação da rede, liderado pela University of Newcastle, começou a sequenciar amostras históricas e contemporâneas em toda a América Latina para determinar as variantes do SARS-CoV-2 que circulam na região. A pesquisa avalia a prevalência em tempo real e as variantes genômicas do vírus nas principais cidades do continente. A equipe está também se preparando para expandir o trabalho da rede no monitoramento resistência antimicrobiana (AMR) e outros agentes infecciosos.
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Tags: CCBImunologia e Parasitologia (MIP)Laboratório de Virologia AplicadaUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVigEAIVigilância Epidemiológica Ambiental Integrativa (VigEAI)

UFSC na mídia: professores contribuem em reportagem sobre morte de jacarés em Florianópolis

08/11/2021 16:16

Na tarde desta segunda-feira, 8 de novembro, o Jornal do Almoço, noticiário televisivo da rede NSC, filiada da Globo em Santa Catarina, veiculou uma reportagem sobre a morte de dois jacarés e o vazamento de óleo num córrego no bairro Santa Mônica, em Florianópolis. Os animais foram encontrados mutilados (sem a cabeça e a cauda e com cortes), e as autoridades investigam a causa da morte dos animais e a origem do vazamento. O professor do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC Paulo Horta foi um dos entrevistados. Selvino Neckel de Oliveira, docente do mesmo Centro, também comentou sobre o ocorrido em entrevista para o colunista Renato Igor.

Paulo Horta explicou que os derivados de óleo são extremamente tóxicos aos seres vivos e que as chuvas contribuem ainda mais para sua dispersão pela região. Por isso, Horta ressaltou a necessidade de mitigação com o uso de barreiras e que o caso é um exemplo da falta de um plano de contingenciamento em casos de degradação ambiental.

Ao final da matéria, Renato Igor apresentou a explicação dada por Selvino Oliveira, que já atuou como pesquisador em regiões ribeirinhas da Amazônia. Segundo o docente, a mutilação dos jacarés muito provavelmente foi resultado de ação humana, uma vez que não corresponde ao comportamento normal desses animais. Contudo, ainda é necessário aguardar o laudo da perícia.

Assista à reportagem completa.

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Veleiro ECO da UFSC volta ao mar em novembro para participar de expedição internacional

21/10/2021 13:21

Foto: Juliana Clementi / Veleiro ECO UFSC.

Em novembro, o Veleiro ECO da UFSC partirá para uma nova expedição. A primeira parada será no Rio de Janeiro, onde encontrará pela primeira vez o Veleiro Tara, embarcação da fundação francesa Tara Ocean, que inspirou a criação do ECO. Após uma série de atividades na capital fluminense, os barcos vêm a Santa Catarina onde atracam na Marina Itajaí, de 15 a 19 de novembro.

Em águas catarinenses, os Veleiros estarão abertos para visitação e a tripulação, além da equipe de pesquisadores, irão promover extensa programação para o público, como palestras, mesas redondas, exposições, entre outros.
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Professora da UFSC participa de painel internacional sobre ensino de fungos

13/10/2021 10:02

A professora do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Maria Alice Neves participa nesta sexta-feira, 15 de outubro, de um debate sobre a inclusão de fungos na educação básica. Intitulado Special edition educational screening of fantastic fungi, o painel faz parte do evento internacional Fantastic fungi global summit: voices from the underground e irá discutir, entre outros aspectos, o uso de uma adaptação do filme Fantastic Fungi para despertar o interesse pelos fungos em jovens e em todas as pessoas interessadas na natureza. A atividade é on-line e tem início às 18h. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site do evento.

Curadora do Fungário Flor e uma das coordenadoras do Laboratório de Micologia da UFSC (Micolab), Maria Alice irá falar sobre sua experiência no ensino de fungos, evidenciando como isso pode impactar positivamente a vida das pessoas, especialmente de jovens. O painel terá participação também de Giuliana Furci (ativista chilena e CEO da ONG Fungi Foundation) e Nat Kelley (ativista e atriz), com moderação do diretor e cinegrafista Louie Schwartzberg. 

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Laboratório da UFSC lança guia dos anfíbios de Florianópolis

27/09/2021 14:32

A Rã-manezinha é uma das classificadas como vulnerável. Foto: Vítor de Carvalho Rocha

O Laboratório de Ecologia de Anfíbios e Répteis (Lear) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) produziu um guia dos anfíbios de Florianópolis. O cartaz, que pode ser impresso em gráficas no tamanho A2 (420 x 594mm), apresenta 33 espécies de anfíbios anuros (sapos, rãs e pererecas) registrados na Ilha de Santa Catarina. O material reúne fotos e nomes científico e populares das espécies, além de mostrar aquelas ameaçadas de extinção.

O cartaz está disponível para download (em pdf) no repositório da UFSC. Para mais informações sobre anfíbios e répteis de Santa Catarina, acesse o site herpetologia.ufsc.br.

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Mestrado Profissional em Farmacologia seleciona novos alunos

30/08/2021 17:16

Abriram nesta segunda-feira, 30 de agosto, as inscrições para o processo seletivo do Mestrado Profissional em Farmacologia (MPFMC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). São ofertadas até 12 vagas para início em março de 2022. Os interessados podem se inscrever até 26 de novembro.

O edital, o link para inscrição e demais informações estão no site do MPFMC.

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Nota de Pesar: falece o professor Adair Roberto Soares dos Santos, do Centro de Ciências Biológicas

06/07/2021 22:46

Adair (Foto: Divulgação)

*Notícia atualizada em 14 de julho de 2021

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com imenso pesar, o falecimento do professor do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Adair Roberto Soares dos Santos. O professor faleceu nesta terça-feira, 6 de julho, de um infarto. Ele tinha 52 anos.

O professor Adair recebeu seu primeiro título, sua Graduação em Farmácia-Análises Clínicas pela UFSC em 1992, e foi na UFSC também que ele concluiu seu mestrado, em 1995, e doutorado em 2000, pelo Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC.

A UFSC se tornou seu local de trabalho, como professor efetivo, a partir de sua nomeação em agosto de 2002. Desde então, foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Neurociências, chefe e vice-chefe do Departamento de Ciências Fisiológicas. Atualmente destacava-se como pesquisador do CCB, em nível de produtividade 1B no CNPq, atuando em seu departamento e nos programas de pós-graduação em Neurociências; Multicêntrico em Ciências Fisiológicas (ambos na UFSC); no Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Farmacologia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e como colaborador no Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Era especialista em pesquisa da dor e da inflamação, atuava como coordenador do Laboratório de Neurobiologia da Dor e Inflamação (Landi), no CCB. Seus colegas destacam sua carreira notável como pesquisador, e como ele era uma pessoa amável, amiga, que partiu precocemente, de uma maneira muito repentina.

Uma cerimônia em sua memória ocorrerá na quarta-feira, dia 7 de julho às 15h no Crematório Vaticano, em São José (Rua Antônio Jovita Duarte, 9203, Forquilhinha).

Um grupo de alunos, egressos, colegas e amigos do professor Adair prestaram homenagem a ele por meio de um vídeo, disponível abaixo:

A UFSC e os tantos colegas e alunos do professor Adair se solidarizam com sua família neste momento de dor.

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Pós-graduação em Bioquímica recebe inscrições para mestrado até 30 de junho

10/06/2021 15:55

O Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGBQA/UFSC) recebe inscrições para o curso de mestrado até 30 de junho de 2021. São oferecidas 6 vagas, para início em agosto de 2021. Todas as informações sobre o processo seletivo estão disponíveis aqui.

O edital pode ser acessado aqui e as inscrições devem ser feitas por formulário online.

Outras informações pelo e-mail ppgbqa@contato.ufsc.br ou pela página do programa.

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UFSC na mídia: pesquisa gera e transmite conhecimento sobre biodiversidade de Santa Catarina

04/02/2021 14:00

A descoberta de uma planta cujo nome homenageia Demogorgon, o monstro da série Stranger Things; a descrição de uma espécie de fungo que já figura na lista de ameaçadas de extinção; o lançamento de dois livros voltados para o público geral; a realização de uma semana de ciência onde centenas de estudantes aprenderam sobre conservação da biodiversidade. Esses são alguns resultados alcançados em menos de dois anos pelo Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – Biodiversidade de Santa Catarina (PELD-BISC), formado por um grupo de instituições e pesquisadores que fazem estudos sistemáticos sobre ecologia desde 2013 – e que continuarão pesquisando pelo menos até 2024.

As pesquisas têm sido realizadas principalmente em uma das áreas mais importantes da Mata Atlântica no Estado: o Parque Nacional de São Joaquim (PNSJ), localizado na Serra Catarinense. Essa unidade de conservação federal, além de ter uma paisagem exuberante, apresenta características ecológicas únicas devido à sua topografia, ao histórico de uso da terra e à diversidade de ecossistemas.

“Estamos formando pesquisadores e aumentando nosso conhecimento sobre a biodiversidade”, afirma Selvino Neckel de Oliveira, professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenador do projeto. “E estamos buscando interagir com as comunidades para mostrar as nossas descobertas. Elas são nossas aliadas para a preservação ambiental.”

Leia a matéria na íntegra neste link.

Fonte: Fapesc

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UFSC emite nota técnica, a pedido de moradores, sobre floração de algas na Lagoa do Peri

26/11/2020 14:57

Diante da solicitação e de amostra coletada por moradores do sul da Ilha, na Lagoa do Peri, em localidade conhecida como Praia da Generosa, os professores Paulo Antunes Horta Júnior e Leonardo Rubi Rörig, do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC, emitiram nota técnica sobre a natureza do fenômeno e concluíram que representa uma floração de algas e que “estes organismos em condições favoráveis de luz, nutrientes e temperatura se reproduzem e tendem a se acumular favorecidos por condições específicas de vento ou calmaria”.

A nota diz que “o organismo dominante da referida floração é Botryococcus sp., uma espécie de alga microscópica, do grande grupo das algas verdes (Chlorophyta), que forma colônias irregulares imersas em material oleoso/mucilaginoso (Mendes et al. 2012). Ao microscópio, por vezes, essas colônias aparecem com tonalidades acastanhadas devido à impregnação de sais de ferro e ao material mucilaginoso (Bicudo e Menezes, 2006). Esses organismos podem produzir hidrocarbonetos, ácidos graxos livres e outras substâncias, que desempenham funções alelopáticas, ou seja, que impedem outras algas de se reproduzirem, podendo ser também tóxicas para zooplâncton e peixes (Borowitzka, 2010)”.

Nota técnica na íntegra.

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