Professor da UFSC lança revista digital ‘Entendendo o Câncer’

25/08/2023 11:37

Entendendo o câncer” é o título da revista on-line que acaba de ser lançada pelo professor Marcio Alvarez-Silva, do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (BEG/CCB/UFSC). A publicação terá periodicidade bimestral e faz parte de um projeto de extensão que “visa informar a população através de artigos relevantes e de fácil entendimento, para que pacientes, familiares, cuidadores e sobreviventes, possam aprender e adotar estratégias para lidar com o câncer”, conforme explica o professor.
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Projeto da UFSC restaura vegetação das dunas da Joaquina, em Florianópolis

15/08/2023 17:28

Laís, Beatriz e Mariana realizando anotações sobre as plantas. Foto: Leticia Schlemper/estagiária de jornalismo/Agecom/UFSC

Duas horas da tarde, na Praia da Joaquina, em Florianópolis, três estudantes de Biologia realizam uma trilha nas dunas para investigar se as plantas da restinga têm sementes, quando florescem, quando frutificam, ou seja, para avaliar a fenologia das espécies. Com esses dados, é possível saber qual é o melhor período para realizar a coleta de sementes. O grupo realizou 35 saídas de campo, desde setembro de 2022 até final de junho de 2023. Coletou 12.607 sementes provenientes da restinga, e, a partir delas, foram preparadas 3.183 mudas. Essas saídas fazem parte do projeto de pesquisa Restaura Restinga, vinculado ao Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto tem como principal objetivo prover diretrizes para a restauração da vegetação de dunas frontais como forma de aumentar a resiliência de ecossistemas costeiros a eventos climáticos extremos.

Confira o vídeo do projeto no Instagram da UFSC

A estudante Laís Stein conta que a praia da Joaquina faz parte do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, uma unidade de conservação de Florianópolis. Nesse mesmo lugar, entre 1960 e 1970, não se sabe a data ao certo, foi plantada uma espécie de eucalipto, com o objetivo de contenção das dunas. Porém, não é uma espécie típica da Restinga. “Além de ser uma espécie exótica com potencial invasor numa unidade de conservação, o que não é permitido por lei, ele também não cumpre o papel de contenção das dunas e descaracteriza toda a paisagem da Restinga”, afirma Laís. Com isso foi necessário tirar os eucaliptos da unidade de conservação. A estudante explica que eles levarão mudas nativas para a área, que serão plantadas no lugar dos eucaliptos. Nas saídas de campo, elas acompanham o que acontece com a vegetação após a retirada, se está regenerando, etc. 

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Pele descartada de procedimentos estéticos contém célula capaz de reparar tecidos lesionados

14/08/2023 13:15

Pesquisa desenvolvida na UFSC pode acelerar a recuperação de queimaduras e reduzir custos do SUS

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

As células estromais mesenquimais reparam lesões profundas de tecidos. Foto: Ana Beatriz Quinto.

O que começa com uma lipoaspiração pode terminar diminuindo custos do Sistema Público de Saúde. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a professora Andrea Trentin, do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética, pesquisa células presentes em sobras de pele de cirurgias plásticas – elas promovem uma cicatrização mais rápida de lesões profundas, como as queimaduras. Obtidas em parceria com o Hospital Universitário, são gorduras descartadas de procedimentos como bariátrica e lifting facial.

Casos graves de tecidos queimados ocasionam alto custo financeiro ao SUS. Um dos procedimentos é o autoenxerto, que retira tecido de uma área sadia do paciente e o aplica na camada mais fina da pele, a epiderme.

O projeto desenvolvido por Trentin e sua equipe pretende acelerar esse processo. Para isso, pesquisam como recuperar as células de pele ainda na primeira etapa da queimadura. “Não elimina a necessidade do autoenxerto”, explica, “mas promove uma regeneração mais rápida e de melhor qualidade”. A alternativa é útil principalmente para quadros nos quais a lesão é muito extensa e profunda.
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Pós em Farmacologia divulga edital do processo seletivo para o doutorado

18/07/2023 08:52

O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC irá receber inscrições para o doutorado a partir de 20 de julho. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas até as 23h59 do dia 14 de setembro, através do sistema online. O edital prevê quatro bolsas do CNPq.

As informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no edital. Serão ofertadas quatro vagas, com três vagas para programa de ações afirmativas: uma para preto ou pardo, uma para indígena e uma para pessoa com deficiência – caso estas vagas não sejam preenchidas, elas serão destinadas para ampla concorrência.

O resultado final da seleção será divulgado até 6 de outubro e o ingresso dos selecionados está previsto para até 30 de novembro.

Mais informações sobre o processo seletivo podem ser obtidas na Secretaria Integrada de Pós-Graduação (SIPG) do Centro de Ciências Biológicas da UFSC pelo e-mail ppgfarmaco@contato.ufsc.br ou pelo telefone (48) 3721-2714. O atendimento por meio desses canais ocorrerá de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.

 

 

 

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UFSC promove “I Curso de Inverno em Biologia Celular e do Desenvolvimento”

20/06/2023 16:21

Estudantes do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento (PPGBCD), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promovem o “I Curso de Inverno em Biologia Celular e do Desenvolvimento”. O evento ocorre no CCB, de 18 a 21 de julho, das 9h às 17h30, com parada para o almoço das 12h as 13h30. Os interessados podem se inscrever pelo formulário. As inscrições são limitadas a 30 participantes, custam R$20,00, e dão direito a um certificado de 24h.

O curso tem como tema “Expressão Gênica: na Saúde e na Doença”, compreenderá aulas teóricas e práticas nas áreas de Biologia Celular, Biologia Molecular e Biologia do Desenvolvimento. Destinado a estudantes de graduação e pós-graduação e membros da comunidade externa interessados em pesquisa científico-técnica nessas áreas, o curso tem como objetivo apresentar linhas de pesquisa, professores e alunos do PPGBCD. Mais informações na página do Instagram do PPBGCD.

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UFSC na Mídia: pesquisa com araucárias conduzida na UFSC é destaque no Jornal Hoje

14/06/2023 08:54

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi destaque em reportagem do Jornal Hoje nesta segunda-feira, 12 de junho. A pesquisa de doutorado de Mario Tagliari, do Programa de Pós-graduação em Ecologia, aponta o manejo colaborativo como a estratégia mais eficiente para garantir a preservação e a sustentabilidade da Floresta das Araucárias, um dos principais ecossistemas presentes no sul e sudeste do Brasil. O trabalho faz parte da tese orientada pelo professor Nivaldo Peroni.

>> Confira a reportagem do Jornal Hoje
>> Leia mais sobre a pesquisa de Mario Tagliari em reportagem feita pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom)

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Cientistas da UFSC desenvolvem vacina combinada contra tuberculose e Covid

16/05/2023 09:38

André Báfica, professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da UFSC. (Foto: Maurício Vieira/SECOM-SC)

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), atuando em uma rede de pesquisa com profissionais de outras universidades, desenvolveram uma vacina contra a Covid-19. A inovação está no uso de BCG recombinante, podendo resultar, no futuro, em um imunizante combinado contra coronavírus e tuberculose. Os experimentos pré-clínicos, publicados em artigo, mostraram que a tecnologia é efetiva no combate ao vírus SARS-CoV-2.

O projeto é uma parceria de professores do Laboratório de Imunobiologia (Limune) da UFSC com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Butantan, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Cambridge (Inglaterra) e Karolinska Institutet (Suécia).

Liderado pelo professor Sergio Costa, da UFMG, o grupo publicou o artigo “Recombinant Bacillus Calmette–Guérin Expressing SARS-CoV-2 Chimeric Protein Protects K18-hACE2 Mice against Viral Challenge”, em 27 de abril, em um dos mais respeitados periódicos de imunologia do mundo, The Journal of Immunology. 
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Programa Ecoando Sustentabilidade da UFSC disponibiliza livro eletrônico sobre cultura oceânica

02/05/2023 16:44

O Programa Ecoando Sustentabilidade da UFSC, com a participação de educadoras da rede pública de ensino da Grande Florianópolis disponibiliza o livro eletrônico (e-book) “Cultura Oceânica, Mudança Climática e Restauração do Carbono Azul”, para download por meio do Repositório UFSC.

O livro oferece o relato da prática de educadores(as) da rede de ensino dos municípios da Grande Florianópolis no âmbito do projeto Escolas à Beira Mar, desenvolvido com apoio da SBPC vai à Escola e do projeto RestoreSeas. A publicação inclui inspirações para a prática da Educação Ambiental Marinho Costeira, crítica e transdisciplinar, no ensino formal e informal.

“Partimos da reconexão com a natureza, individual e coletiva, e da sabedoria dos povos tradicionais para promover a ciência cidadã e a restauração dos ecossistemas do carbono azul: manguezal, pradarias e marismas. Esses ecossistemas, da margem oceânica, têm importância significativa para mitigar a mudança climática e a poluição, desafio da civilização atual”, escreve a professora Alessandra Fonseca, uma das autoras da obra.

Cultura Oceânica

Também responsável pela publicação, o projeto Escolas à Beira Mar integra o Programa Ecoando Sustentabilidade e terá suas atividades reiniciadas em agosto de 2023. O objetivo é a promoção da Cultura Oceânica no espaço escolar, como estratégia transversal na prática das escolas pela ecopedagogia transdisciplinar e comunidade de aprendizagem.

 

Saiba mais:
Ecoando Sustentabilidade (YouTube)
Escolas à Beira Mar

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Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas abre processo seletivo para Mestrado e Doutorado

02/05/2023 09:17

O Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas está com inscrições abertas para os processos seletivos de Mestrado e Doutorado. A seleção do Mestrado abre inscrições nesta terça-feira, 2 de maio, e as encerra em 9 de junho. As inscrições para o Doutorado estão abertas desde 27 de abril, e encerram-se em 31 de outubro. Para participar, é necessário efetivar inscrição por meio do sistema online, de forma gratuita.

A documentação necessária está disponível nos Editais de Mestrado e de Doutorado. É preciso encaminhar a documentação para realizar a inscrição. O Programa oferece três vagas para Mestrado e seis vagas para o Doutorado. Ambos processos seletivos disponibilizam vagas para Ações Afirmativas, asseguradas até duas vagas para pessoas pretas ou pardas, ou pertencente a comunidades Indígenas ou Quilombolas residentes no território nacional e nos transfronteiriços, ou beneficiária do Programa Universidade para Todos (Prouni) do governo federal, ou beneficiária de bolsa de estudo voltada a estudantes de graduação da rede pública de ensino superior em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Será assegurada até uma vaga para pessoa com deficiência.

A homologação das inscrições e o calendário de seleção serão divulgados no site www.pmpg.ufsc.br, no máximo cinco dias úteis após o fim do período de inscrições de cada processo seletivo.

Sobre o Mestrado

O resultado final do processo seletivo será divulgado em 21 de julho, com ingresso de novos estudantes previsto para o segundo semestre de 2023, a iniciar-se em 31 de julho. O Mestrado em Ciências Fisiológicas tem como objetivo formar mestres com capacidade de ensinar e desenvolver projetos científicos, empregando métodos e técnicas usuais de fisiologia.

Sobre o Doutorado

O Doutorado em Ciências Fisiológicas tem como objetivo formar doutores com capacidade de ensinar, propor, desenvolver e orientar estudantes na execução de projetos científicos que incorporem abordagens fisiológicas, celulares e moleculares. As datas do calendário de seleção do Doutorado devem ser consultadas no site do Programa. O resultado final do processo seletivo terá validade de 60 dias corridos, a partir da data de sua publicação. Após a publicação do resultado, a Secretaria Integrada de Pós-Graduação do CCB/UFSC entrará em contato por e-mail com as pessoas aprovadas para a efetivação da matrícula. Serão realizados dois processos seletivos referentes ao Edital de Doutorado. As pessoas que realizarem a inscrição até o dia 7 de junho participarão da primeira seleção. Pessoas que enviarem os documentos após o dia 7 de junho terão a inscrição homologada para a segunda seleção, caso a documentação esteja completa.

Sobre o Programa

O Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas da UFSC (PMPGC), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) faz parte, como Instituição Associada Plena, de um programa de abrangência nacional denominado Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas.

Foi criado por uma equipe de pesquisadores oriundos de programas de pós-graduação de instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), o Instituto de Ciências Biomédicas da USP, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 

 

 

Mais informações
Secretaria Integrada de Pós-Graduação do CCB – pmpg@contato.ufsc.br

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Horto da UFSC promove curso básico de ilustração científica de plantas medicinais

26/04/2023 10:48

O Horto Didático de Plantas Medicinais da UFSC promove, de 6 de maio a 3 de junho o Curso Básico de Ilustração Científica de Plantas Medicinais a Grafite. Serão cinco encontros aos sábados, das 9 às 11h. O local dos encontros será o Horto Didático (CCS/HU) e o Laboratório Morfofuncional do CCB (Bloco B). As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia 5 de maio, ou até estarem preenchidas todas as 40 vagas.

As ministrantes do curso são as professoras Maique Weber Biavatti, do Departamento de Ciências Farmacêuticas; a professora Renata Palandri Sigolo, do Departamento de História e a ilustradora botânica e escritora Cristina Tonussi, acadêmica do curso de Ciências Biológicas da UFSC. O curso tem o apoio do Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A capacitação é gratuita e dá direito a certificado de 10 horas.

“O curso se destina àqueles interessados em desenvolver ou aperfeiçoar seu próprio desenho para ilustrações científicas em geral e ilustradores botânicos iniciantes ou profissionais. Ao final do curso, o aluno deverá ser capaz de esboçar um desenho de uma folha no seu ramo com flor ou não, da forma que ele a observa na natureza. Assim como reconhecer em uma planta se a folha é simples ou composta, sua filotaxia, qual o tipo de nervura, base e ápice da mesma. O aluno saberá a diferença entre uma ilustração figurativa e uma ilustração científica, assim como em relação à história da ilustração botânica o aluno perceberá o movimento social que acompanha toda uma população de um determinado país. Quanto ao preparo de chás, saberá a diferença entre usar cascas, flores, folhas ou raízes e a forma correta do preparo”, explica Cristina Tonussi.

Para inscrever-se, clique aqui.

 

Mais informações: 
Site do Horto Didático

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Curso de anatomia humana prorroga inscrições

24/04/2023 14:43

O Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) prorrogou as inscrições para o III Curso de Atualização Prática em Anatomia Humana. Acadêmicos da UFSC que já cursaram anatomia humana e obtiveram aprovação na disciplina têm até 15 de maio para se inscrever. O cadastro deve ser feito presencialmente na sala da professora Cristiane Meneghelli, no Centro de Ciências Biológicas (CCB novo), bloco G, sala 406, nas segundas-feiras, das 13h30 às 17h30 e nas terças-feiras, das 8h às 12h.

O curso vai de 22 de maio a 27 de junho, com turmas nas segundas-feiras pela manhã e nas terças-feiras à tarde. As aulas são ministradas pelas professoras Ana Paula Marzagão Casadei e Cristiane Meneghelli, no Laboratório de Anatomia do Departamento de Ciências Morfológicas do CCB, no Campus de Florianópolis. Conforme as normas de uso do local, é necessário vestir jaleco de manga longa, calça comprida, calçado fechado e luvas.

Os estudantes devem levar o histórico escolar para realizar a inscrição, e, em caso de alta demanda de inscritos, será dada preferência ao aluno de fase mais adiantada. Haverá lista de espera para o curso no próximo semestre e são ofertadas um total de 20 vagas para cada módulo. 

Confira o cronograma do curso e os conteúdos de cada módulo.

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Palestra nesta segunda-feira, dia 3, aborda pioneirismo de Fritz Müller

31/03/2023 08:28

O Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC promove, na segunda-feira, 3 de abril, a palestra “Fritz Müller: pioneiro da Ciência no Brasil”, às 16h30, no Campus de Florianópolis, Auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Edifício Fritz Müller, Bloco E, térreo. A palestra faz parte de uma série de seminários promovidos pelo PPGEco e é aberta à comunidade, sem a necessidade de inscrição prévia.

O seminário será com o professor Alberto Lindner, que irá apresentar algumas das pesquisas pioneiras de Müller, algumas delas citadas e discutidas por Darwin no livro “A Origem das Espécies”.

Sobre Fritz Müller

Nascido na Alemanha, Fritz Müller viveu a maior parte de sua vida em Santa Catarina, onde produziu diversos estudos científicos, com impacto mundial. Foi um dos colaboradores do britânico Charles Darwin, com quem trocou correspondência por 17 anos.

Müller é, até hoje, o autor brasileiro com maior número de publicações em revistas internacionais. Pesquisou a flora e a fauna catarinenses, com mais de 250 trabalhos sobre o tema, e foi o primeiro estudioso no mundo a testar as ideias de Darwin sobre a evolução das espécies pela seleção natural, na atual Florianópolis. Além disso, foi professor, agricultor e atuou na política. Observador, ele percebia desde pequenos detalhes até grandes relações entres os seres vivos, e fazia muitas perguntas. Caminhava muito – geralmente, descalço, para perceber melhor o ambiente. Era apaixonado pela natureza e pela ciência, e também tinha um lado criativo: escrevia poemas para educar suas filhas.

Foi chamado de “herói da ciência” por Ernst Haeckel, que criou o nome “ecologia”, e de “príncipe dos observadores” por Charles Darwin. Apesar de nunca terem se encontrado pessoalmente, Fritz Müller e Charles Darwin cultivaram uma longa amizade: Darwin dizia que eles tinham mentes parecidas e que sua opinião era uma das que mais valorizava. Segundo seu filho, Francis Darwin, entre os amigos com quem o pai correspondia, Fritz parecia ser seu predileto. A recíproca era verdadeira: Fritz o considerava um segundo pai.

A UFSC recebe, de 31 de março a 25 de abril, a exposição De Repente, Extraordinária!, que faz uma homenagem à história do estudioso e suas descobertas, destacando sua relação com Darwin. A TV UFSC também exibe, a partir de 31 de abril, o especial “Tour Ecológico para Escolares”. O objetivo é inspirar professores do Ensino Fundamental e médio a fazer saídas de campo com sua turma, incentivando a educação ambiental e a consciência ecológica.

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UFSC recebe exposição sobre a vida e a obra de Fritz Müller

30/03/2023 08:05

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove, de 31 de março a 25 de abril a exposição De Repente, Extraordiária!, uma mostra que evidencia a vida e obra de Fritz Müller e sua especial parceria com Charles Darwin. As obras a serem expostas oferecem a exuberância da natureza catarinense pelo olhar de Fritz, à luz das ideias de Darwin. A exposição estará no Hall da Reitoria, no Campus de Florianópolis, no bairro da Trindade, aberta diariamente, das 8 às 19h.

Durante a abertura, nesta sexta-feira, dia 31 de março, às 18h, haverá o lançamento dos livros “A Vida de Fritz Müller”, de Alfred Möller, e “O Reino das Aztecas”, de Maria Cristina Tonussi, com distribuição gratuita aos visitantes. A data da abertura também é o 201º aniversário do nascimento do naturalista.

>> Mais informações sobre a exposição De Repente, Extraordinária!

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Bicentenário Fritz Müller: TV UFSC estreia especial ‘Tour ecológico para escolares’

30/03/2023 08:04

A TV UFSC estreia, no aniversário do naturalista Fritz Müller, dia 31 de março, às 15h, o especial “Tour Ecológico para Escolares”. O objetivo é inspirar professores do ensino fundamental e médio a fazer saídas de campo com sua turma, incentivando a educação ambiental e a consciência ecológica.

No programa, os professores Alberto Lindner e Rogério Tonussi, juntamente com a escritora e ilustradora botânica Maria Cristina Tonussi, compartilham dicas e orientações sobre como organizar saídas de campo e aproveitar ao máximo essa oportunidade para aprender sobre a natureza e a ciência. A conversa é mediada pela produtora cultural Glória Weissheimer.

>> UFSC recebe exposição sobre a vida e a obra de Fritz Müller

O especial “Tour ecológico para escolares” faz parte das comemorações do bicentenário de Fritz Müller, cientista que nasceu na Alemanha em 1822 e migrou para o Brasil em 1852. Sua curiosidade nata, aliada a uma formação científica sólida, levaram Fritz Muller ao centro das inovações científicas de seu tempo, destacando-se como pesquisador e naturalista, além de excelente observador e professor. Foi parceiro de pesquisa de Charles Darwin e é, até hoje, o autor brasileiro com maior número de publicações em revistas internacionais.

Serviço

O quê: estreia do especial Bicentenário Fritz Müller: “Tour ecológico para escolares” (1h01, 2023)
Quando: sexta-feira, 31 de março de 2023, às 15h
Como assistir à TV UFSC: canal aberto digital 63.1, canal 15 da NET e Youtube

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Pesquisa da UFSC recruta pacientes com sintomas prolongados da Covid-19 para tratamento gratuito de acupuntura

27/03/2023 15:44

Uma pesquisa do Departamento de Ciências Fisiológicas do Centro de Ciências Biológicas da UFSC (CFS/CCB) vem utilizando a acupuntura para tratar pacientes com sintomas prolongados ou que não tenham se recuperado totalmente da Covid-19. O tratamento é feito por meio da ativação de um nervo específico, o nervo vago.

“Vários estudos demonstram que a ativação do nervo vago, por meio da acupuntura, promove efeito anti-inflamatório e auxilia na prevenção e tratamento de várias doenças crônicas. Imaginamos que as pessoas com sintomas persistentes pós-Covid estejam justamente com desequilíbrios no seu sistema imunológico, e esse tratamento pode ajudá-los a balancear essas deficiências”, explica o professor e pesquisador do Departamento de Ciências Fisiológicas Guilherme Speretta.

A pesquisa está com inscrições abertas para novos pacientes que sofram de sintomas persistentes pós-Covid, como o cansaço, dor no peito, dificuldade respiratória, falta de memória e atenção. Interessados em participar dos estudos e receber atendimento gratuito de acupuntura na UFSC podem entrar em contato pelo WhatsApp – (48) 98808 – 4968.

Podem participar adultos de 18 a 60 anos, que tiveram Covid-19 há no máximo 12 meses, que relatam sintomas persistentes, sem diagnóstico de doença crônica prévio à Covid-19.

 

Saiba mais:
Reportagem sobre a pesquisa 

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Departamento de Ciências Morfológicas oferece curso de anatomia

22/03/2023 13:30

O III Curso de Atualização Prática em Anatomia Humana, oferecido pelo Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina, abre inscrições para acadêmicos da UFSC que já cursaram anatomia humana e obtiveram aprovação na disciplina. As inscrições devem ser realizadas presencialmente na sala da professora Cristiane Meneghelli, no Centro de Ciências Biológicas (CCB novo), bloco G, sala 406, nas segundas-feiras pela manhã, de  27 de março a 24 de abril, das 16h às 17h30.

É necessário levar o histórico escolar para realizar a inscrição, e, em caso de alta demanda de inscritos, será dada preferência ao aluno de fase mais adiantada. Haverá lista de espera para o curso no próximo semestre e são ofertadas um total de 20 vagas para cada módulo. O curso será ministrado pelas professoras Ana Paula Marzagão Casadei e Cristiane Meneghelli, no Laboratório de Anatomia do Departamento de Ciências Morfológicas do CCB, no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis. Conforme as normas de uso do local, é necessário vestir jaleco de manga longa, calça comprida, calçado fechado e luvas.

Confira o cronograma do curso e os conteúdos de cada módulo.

 

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Exposição reúne fotografias do Parque Municipal do Córrego Grande

14/03/2023 16:56

Estudantes da disciplina Fotografia na Pesquisa e Divulgação Científica, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PPGECO) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizam uma exposição de seus trabalhos no hall do auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis. Até 30 de abril, a mostra reúne fotos tiradas no Parque Municipal do Córrego Grande.

As imagens retratam aspectos da paisagem, fauna e flora, bem como testes com técnicas fotográficas aprendidas em sala de aula. A exposição conta com 20 imagens ampliadas no formato 20×30 cm, fixadas em placas de foam (75×50 cm), que ficam suspensas no hall para os visitantes poderem circular entre elas. A disciplina foi ministrada pelo professor Áthila Bertoncini no segundo semestre do 2022.  

 

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Quando arte e ciência se encontram: mural de Fritz Müller é inaugurado no CCB

17/11/2022 16:59

Moldura do mural contém frases em alfabeto criado por Luiz Felipe (Foto: Camila Collato/Agecom UFSC)

Entre as paredes dos novos blocos do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande, em Florianópolis, um mural se destaca do fundo branco e chama a atenção de quem passa. Traços brancos de pincel em um fundo negro, que remetem à xilogravura ao mesmo tempo que agregam elementos da arte urbana com aplicações em spray, ganham toques cá e lá de vermelho sangue. A obra, uma homenagem a Fritz Müller, será inaugurada oficialmente nesta sexta-feira, 18 de novembro, às 16h10, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), como parte da Semana de Integração das Pós-Graduações do centro e também das comemorações do bicentenário do naturalista alemão.

Localizado num conjunto de edifícios que também leva o nome do cientista, que se fixou em Santa Catarina no século XIX, o mural concebido por Luiz Felipe Cordeiro Serigueli, artista que cursa o mestrado do Programa de Pós-graduação em Ecologia da UFSC, retrata não só a vida de Müller como a sua. “Eu uso o preto e branco para expressar a antagonia, a ambiguidade da vida. Talvez porque a minha seja sempre muito permeada por essa questão”, pondera entre risos, Luiz, de 25 anos, que se identifica como uma pessoa não binária. Nesse jogo de extremos, o vermelho surge como elemento de união. “Acho que o vermelho, como cor do sangue, da vida, passa essa sensação da de união e transgressão”, afirma. Para Luiz, a própria vida do naturalista foi marcada por dicotomias e contrastes, uma pessoa que não se integrava aos padrões da época.

Com seu cajado e de pés descalços: assim foi como Fritz Müller (1886) elaborou contribuições científicas que lhe renderam o título de “príncipe dos observadores”.

Este segundo mural foi inspirado nas referências estéticas do primeiro elaborado por Luiz Felipe, localizado na lateral do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, fruto de um concurso cultural sobre a obra literária Ulisses, do romancista irlandês James Joyce. A relação de artista com a vida e a obra de Fritz Müller começou com experiências com voluntariado nos eventos do bicentenário do cientista, em especial, na exposição que foi realizada na Beira-mar, em Florianópolis, em maio deste ano. Aos poucos, Luiz foi se familiarizando com os elementos da trajetória científica e pessoal de Müller, que se notabilizou para o grande público por suas contribuições à Teoria da Evolução de Charles Darwin.

O mural condensa um pouco dessa história, trazendo referências ao mimetismo mülleriano – muito lembrado pelos estudos com as borboletas – aos estudos de espécies marinhas da fauna local catarinense e também uma alusão às ilustrações botânicas de sua filha Rosa Müller, com quem possuía mais afinidade e compartilhava a paixão pela observação e pela pesquisa.

O professor e pesquisador da vida marinha, Alberto Lindner, foi o responsável pela articulação com a direção do CCB para viabilizar a obra e cuidou dos detalhes técnicos. “Muita gente acaba lembrando dos insetos e das plantas quando falamos no Fritz Müller, mas acabam deixando de lado essas contribuições que ele nos deu no litoral de Santa Catarina”, pondera. Depois da aprovação para pintar o local, a comunidade do CCB se mobilizou por meio de uma vaquinha coletiva para custear a obra.

A boa recepção da iniciativa por parte da comunidade do CCB já faz com que tanto o professor, quanto Luiz visualizem novos projetos semelhantes no local. Nada mais adequado ao lema da própria universidade: ars et scientia.

 

 

Camila Collato/Agecom UFSC

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Nem bicho, nem planta: o que nos ensina o conhecimento dos fungos

03/11/2022 10:01

Projeto da UFSC busca catalogar a primeira lista de fungos ameaçados de extinção do Brasil

 

Elisandro Ricardo Drechsler-Santos: “a funga da serra catarinense, inclusive do Parque Nacional de São Joaquim, tem várias espécies novas, endêmicas e algumas estão ameaçadas de extinção”. Foto: Camila Collato

 

Uma bela xícara de café acompanhada de um pãozinho fresco, queijos e, em seguida, um suco de frutas é capaz de tornar qualquer hora do dia gloriosa, concorda? Agradeça aos fungos por isso e muito mais: os fungos estão presentes em quase toda a produção de alimentos. São responsáveis pelo avanço da medicina para tratar doenças físicas e mentais. Sequestram naturalmente e liberam o carbono, além de favorecer distintos processamentos industriais. E há uma série de usos diários dos fungos ainda pobremente conhecidos.

Muitos acreditam equivocadamente que são plantas, mas também não são animais – os fungos são organismos com a sua forma própria de vida. A comunidade de animais de um determinado local é tratada como Fauna, a de plantas, como Flora. E existe ainda uma terceira classificação: a dos fungos, conhecida como Funga. Assim, Fauna, Flora e Funga formam os três grandes grupos de organismos eucariontes da natureza. Apesar de sua importância reconhecida para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade, e até mesmo para a indústria farmacêutica, essa categoria de seres vivos é pouco explorada pela ciência. Nesse sentido, o objetivo do pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos é criar um sistema de dados para catalogar, identificar e popularizar o conhecimento acerca da Funga.

Apenas 7% dos fungos são conhecidos pela ciência. Acredita-se que existam cerca de 1 a 5 milhões de espécies, no entanto, apenas 150 mil são catalogadas. Estudar e entender a Funga de um local é importante para a conservação não apenas das espécies de fungos, mas de todo o ecossistema. Essa é a missão do projeto MIND. Funga, coordenado pelo professor Ricardo. “A gente tem no Brasil aproximadamente 50 espécies que já foram avaliadas e a maioria delas são espécies ameaçadas de extinção. No entanto, não existe uma política ainda de reconhecimento disso”, explica o pesquisador. 

A ameaça de extinção

É comum ouvir-se falar sobre plantas e animais em ameaça de extinção. No entanto, pouco se conscientiza sobre o risco das espécies de fungos em perigo. Um dos objetivos do MIND. Funga é catalogar essas espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

O pesquisador é claro: os fungos são essenciais para a estabilidade climática (dado seu papel no sequestro de carbono no solo) e para preservar a saúde ecossistêmica. No entanto, os fungos têm sido negligenciados em políticas ambientais e de conservação. Um descuido com inúmeras consequências, afirma o cientista. “Quando os fungos são colocados em risco, colocam-se em risco os ecossistemas que dependem deles. Com isso, perdemos a chance de realizar avanços, encontrar soluções para problemas ambientais graves, como mudanças climáticas e degradação da terra”, afirma.

E complementa o raciocínio observando que não existe ainda uma lista vermelha nacional de fungos, ou seja, os fungos não são reconhecidos no nosso território. O pesquisador busca estudar a distribuição das espécies para aplicar os critérios da IUCN e classificá-las em níveis de ameaça. Além disso, com engajamento com outros micólogos e liquenólogos, em breve haverá uma proposta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), para que essas espécies sejam oficializadas também em uma lista no âmbito nacional.

Esse processo de reconhecimento e inclusão das espécies ameaçadas de extinção na lista de alerta vermelho é importante, pois auxilia e chama atenção para criação de políticas públicas que visem à conservação da Funga e, por consequência, da biodiversidade. Como os fungos não são reconhecidos no território brasileiro, Elisandro acredita que seja necessário fazer uma ponte entre pesquisadores e governo, para que seja feito um trabalho em conjunto em prol da manutenção dessas espécies.

Por que os fungos devem ser conservados?

Os fungos são seres fundamentais para o funcionamento dos ecossistemas, pois junto com as bactérias heterotróficas são decompositores da matéria orgânica. Eles atuam como agentes recicladores da matéria, visto que ao fazerem o processo de decomposição devolvem os nutrientes para o solo e o gás carbônico para a atmosfera. Estes componentes serão reaproveitados pelas plantas, que eventualmente servirão de alimento para os animais herbívoros, reiniciando assim o ciclo da natureza. Os fungos podem ser descritos como o “elo” entre seres vivos e componentes não vivos do meio ambiente.

Outro motivo para que os fungos sejam conservados são os seus esporos. Elisandro explica que os esporos dos fungos são micropartículas liberadas no ar que auxiliam a formar as gotas de chuva. O pesquisador diz que “uma floresta preservada não só transpira umidade para formar nuvens, como também as partículas que estão no ambiente agregam essa umidade em forma de gota e fazem com que caia a chuva”. 

Além de sua importância para o equilíbrio ambiental, os fungos também podem ser explorados de maneira consciente pelos mais variados setores da indústria. Muitos alimentos, produtos e medicamentos utilizados no dia a dia dependem desses seres. Um exemplo clássico é a Penicilina, antibiótico descoberto a partir de fungos do gênero Penicillium.

Taxonomia

A ciência de reconhecer e descrever espécies novas é chamada de taxonomia, uma ciência básica que fornece elementos essenciais para outras ciências posteriormente, que são as ciências aplicadas. “Mais do que nunca o cientista no mundo é reconhecido, e em nosso país existe atualmente essa urgência de a sociedade reconhecer as universidades. Porque é dentro das universidades, principalmente as públicas e federais, que acontece a pesquisa”, enfatiza Elisandro. 

Para o pesquisador, quando descrevemos uma nova espécie de fungo, estamos mostrando para a sociedade em geral que existe uma caixinha de surpresas biotecnológicas, surpresas medicinais e surpresas na alimentação que podem ser explorados pela ciência aplicada, e podem retornar para a população não só como produtos importantes para a sociedade, mas também do ponto de vista econômico-financeiro.

O aplicativo de identificação

Complementar à pesquisa de Elisandro, em fase de testes, está a criação de um aplicativo para smartphones que permite, através da captura de imagens, reconhecer as espécies de fungos. Para isso, foram reunidos especialistas em identificação de fungos e inteligência artificial da UFSC dedicados ao desenvolvimento de um sistema moderno de reconhecimento de macrofungos a partir de um banco de imagens e informações.

Esse aplicativo faz parte do programa Ciência Cidadã MIND. Funga, ou seja, conta com a participação de voluntários para auxiliar no registro das imagens que irão compor o banco de dados. Em uma primeira etapa, cidadãos residentes próximos à região das Matas Nebulares de Santa Catarina utilizaram outro aplicativo desenvolvido por uma das pesquisas do grupo para fotografar os fungos em seu ambiente natural e registrar dados como localização, substrato, data da imagem etc. Esses dados estão sendo utilizados inicialmente em um projeto piloto, como base para mapeamento e monitoramento dessas espécies de fungos, bem como para compor o banco de dados do aplicativo de reconhecimento de espécies.

Elisandro comenta que esse banco já conta com informações de mais de 500 espécies de fungos. “Eu estou falando de aproximadamente 20 mil imagens de fungos. Essa base de dados é utilizada para treinar uma rede neural convolucional (Convolutional Neural Network / CNN).  Essa rede neural, ela aprende sozinha com os padrões que encontra nas imagens. É isso que a gente chama de Inteligência Artificial”, diz o pesquisador. Essa parte da IA é desenvolvida em parceria com equipe do Prof. Aldo von Wangenheim do Research institute on Digital Convergence – INCoD, também da UFSC. 

O aplicativo chamado de MIND.Funga app servirá tanto para professores da rede básica e superior em práticas pedagógicas quanto para especialistas contribuírem para popularizar a diversidade das espécies de fungos. 

“Eu tenho um compromisso com a ciência, mas ao mesmo tempo eu tenho um compromisso com a sociedade. E isso me faz querer mostrar para as pessoas o que nosso grupo descobre. Por isso nós estamos desenvolvendo esse aplicativo, para popularizar o conhecimento”, conta o biólogo. O aplicativo está em desenvolvimento e logo uma versão preliminar deverá estar disponível para testes.

Em geral, os estudos para acessar a diversidade e conhecer as espécies costumam ser mais acessíveis, do ponto de vista financeiro. Para o andamento deste projeto específico, os recursos foram disponibilizados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o pesquisador foi capaz de ir além do objetivo previsto inicialmente. “Eu consigo dar bolsa, eu consigo ir para campo, eu consigo fazer biologia molecular, eu consigo produzir livros” comenta Elisandro.

O pesquisador:

Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 43 anos de idade, é Professor Associado do Departamento de Botânica da UFSC, atuando como orientador no Mestrado Profissional PROFBio-UFSC e Mestrado e Doutorado no PPG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC. Pesquisador do CNPq, especialista membro do grupo “IUCN SSC Mushroom, Bracket, and Puffball Specialist Group” e coordenador do grupo de pesquisa MIND.Funga (mindfunga.ufsc.br). 

Entre em contato com o pesquisador

Prof. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos
Laboratório de Micologia (MICOLAB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Departamento. de Botânica
Telefone: +55 (48) 37212889
Celular: +55 (48) 996268188
E-mail: drechslersantos@yahoo.com.br
Florianópolis – 88040970 – Brasil

 

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Elisandro Ricardo Drechsler dos SantosFungosMind.FungaNADCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pós-Graduações do Centro de Ciências Biológicas promovem simpósio integrado

24/10/2022 10:24

Simpósio Integrado das Pós-Graduações do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas até o dia 11 de novembro. O evento ocorre entre os dias 16 e 18 de novembro, das 8h15 às 16h40, no Auditório do CCB, no bairro Córrego Grande, em Florianópolis. Os interessados podem se inscrever para ouvinte (R$ 15) e para submissão de resumo (R$ 20).  

O simpósio tem como objetivo a integração entre os Programas do CCB/UFSC e a divulgação dos trabalhos realizados no Centro. Nesta edição, a comunidade científica e sociedade irão debater temas atuais e importantes. Entre os temas a serem discutidos estão: meio ambiente e biodiversidade, biotecnologia e biologia molecular, saúde, o ensino em ciências biológicas e áreas relacionadas.

Conforme os organizadores, é também uma oportunidade para estudantes da graduação que ainda estão em dúvida sobre seguir a carreira acadêmica conhecerem os programas de pós-graduação do CCB e as pesquisas que neles ocorrem. A comunidade acadêmica de outras áreas e universidades também são bem-vindas.

Mais informações no perfil do Simpósio.

Tags: CCBSimpósio Integrado das pós-graduações do Centro de Ciências BiológicasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Banco de fezes: pesquisador busca financiadores para montar laboratório que pode salvar vidas

17/10/2022 09:25

Cientista da UFSC explica como o armazenamento de amostras pode ser usado para tratar doenças e controlar infecções

  

A disbiose pode ser intestinal, vaginal, da pele e do pulmão. (Foto: Centro de Controle da Disbiose)

Fezes – sim, fezes – podem ser usadas para o tratamento de doenças, para controle de infecções e até para melhora em quadros do espectro autista.  O transplante da microbiota intestinal (TMI), mais conhecido como transplante de microbiota fecal (TMF), vem sendo aplicado como método eficaz em todo o mundo para tratar problemas causados por bactérias multirresistentes a antibióticos e muitas outras condições. Esse é o principal tema de pesquisa de Carlos Zárate-Bladés, professor e médico que criou o Centro de Controle da Disbiose e lidera uma equipe de pesquisadores no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Boliviano que mora em Florianópolis desde 2015, Zárate-Bladés comenta que a transferência de microrganismos de uma pessoa pode restabelecer o equilíbrio da microbiota intestinal. “O transplante de microbiota se consolidou para tratar uma infecção de repetição causada pela bactéria Clostridioides difficile, que provoca diarréia no paciente podendo evoluir para a inflamação do cólon. Esse patógeno é responsável por alta taxa de mortalidade em pacientes internados em hospitais; com o transplante, o sucesso da recuperação é superior a 90% para essa infecção em específico”, salienta o pesquisador.

A alteração da microbiota é chamada de disbiose, que pode ser intestinal, mas também vaginal, de pele, de pulmão e de qualquer outra mucosa do corpo. O desequilíbrio costuma provocar o aparecimento de doenças de diversos tipos, sendo a mais comum associada ao uso de antibióticos, mas também pode ser um problema consequente por uma outra doença de base.  

Outras alterações são atribuídas a pessoas com doenças inflamatórias intestinais como a colite ulcerativa e a doença de Crohn são condições que podem se beneficiar com esse tratamento. Assim, o objetivo do pesquisador Carlos Zárate-Bladés é desenvolver a técnica do Transplante da Microbiota Intestinal (TMI) no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Isso envolve investimentos para uma estrutura adequada, realização e manutenção da pesquisa. 

Devido à baixa incidência de efeitos colaterais, o transplante de fezes é recomendado pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDAS) e pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). O primeiro transplante de fezes no Brasil foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em 2013. Existe um banco de fezes no Hospital da Universidade Federal de Minas Gerais, que vem realizando de forma rotineira o transplante desde 2017. 
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Santa Catarina pode ser modelo para os outros estados no controle de bactérias do tipo MRSA

10/10/2022 08:50

Pesquisadora da UFSC está coordenando um projeto para estudar a Staphylococcus Aureus resistentes a Meticilina (MRSA)

 

A microbiologista Fabienne Ferreira estuda MRSA desde a sua graduação (Foto: Rafaella Whitaker)

 

A resistência das bactérias aos antibióticos é um grande desafio para a saúde pública no mundo. Uma dessas bactérias é Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina, conhecida pela sigla MRSA. Apesar de serem organismos comensais, ou seja, que interagem com o ser humano sem causar doença, em algumas situações, o desequilíbrio da relação dessa bactéria com o hospedeiro pode ser prejudicial à saúde. O estudo conduzido por Fabienne Antunes Ferreira, microbiologista e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), busca entender essas interações entre o organismo humano e esses patógenos, mais especificamente no estado de Santa Catarina.

O objetivo do estudo é entender por que em Santa Catarina a incidência dessas bactérias resistentes a antibióticos parece ser menor em comparação com outros estados do país. No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, cerca de 30 a 60% de Staphylococcus aureus são MRSA. No entanto, em Santa Catarina, essa taxa reportada foi de 2 a 8%. “Talvez, Santa Catarina possa ser um modelo futuro para inibir o crescimento dessas bactérias, já que aqui é naturalmente inibido de alguma forma”, explica a pesquisadora.
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Projeto AtlantECO organiza pesquisa global em 21 de setembro e promove a Cultura Oceânica

19/09/2022 14:23

Foto: Divulgação/AtlantECO

O projeto internacional de pesquisa e extensão AtlantECO, vinculado ao Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC organiza, na quarta-feira, 21 de setembro, uma atividade do Ocean Sampling Day (OSD), campanha científica global com o objetivo de analisar a biodiversidade e a função microbiana marinha. Nesse dia, a equipe do Projeto AtlantECO, bem como outros pesquisadores da UFSC vinculados à Chamada Blue Growth, realizam amostragens na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, em Santa Catarina. 

O OSD visa gerar o maior conjunto de dados microbianos padronizados em um único dia em diversas regiões do mundo. Durante todo o dia, pesquisadores estarão recolhendo amostras de águas da zona costeira e esta será a primeira vez em que a atividade ocorre na região do Atlântico Sul. A iniciativa já existe, desde 2014, em todos os oceanos, com exceção da costa brasileira e africana. 

O AtlantECO organiza a atividade em 2022 e nos próximos dois anos, em parceria com o European Marine Biological Resource Center (EMBRC). O AtlantECO é um projeto desenvolvido em parceria com 36 instituições de 11 países da Europa, Brasil e África do Sul, que tem por finalidade a pesquisa sobre o microbioma do Atlântico, os impactos das mudanças climáticas e da poluição no oceano.
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Exposição ‘Seu corpo ao microscópio’ vai até domingo no Floripa Shopping

14/09/2022 14:10

O Departamento de Ciências Morfológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organiza a exposição Seu corpo ao microscópio, no Floripa Shopping. Até o próximo domingo, 18 de setembro, o público poderá visualizar fotografias microscópicas em alta resolução e utilizar um microscópio óptico de luz, com uma coleção de lâminas histológicas para observação. A mostra fica localizada no piso L2 (loja 274, ao lado da SmartTech) e pode ser visitada até sábado das 10h às 22h e no domingo das 14h às 20h.

A exposição contará com painéis de dez fotografias de lâminas histológicas em colorações como Tricômico de Mallory, Tricômico de Gomori, HE, iluminadas por led; com nuances de cores de células, tecidos e estruturas ricas e variadas. As imagens foram fotografadas pelo professor Ericson Kubrusly Gonçalves, coordenador do projeto.

A ação tem como objetivo levar materiais e conhecimentos ligados à morfologia do corpo humano à comunidade. Também busca mostrar que a histologia é uma disciplina fascinante, que permite explorar a estrutura e a função dos tecidos e captar que o corpo humano vai além daquilo que observamos a olho nu.

Além de Ericson, estarão disponíveis para explicações e auxílio para o uso ao microscópio as professoras Iria Pedroso da Cunha e Juçara Loli de Oliveira (MOR/CCB/UFSC), bem como estudantes dos cursos de graduação em Enfermagem, Odontologia e Licenciatura Plena em Ciências Biológicas.

Tags: CCBDepartamento de Ciências MorfológicasHistologiaSeu corpo ao microscópioUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Estudo identifica eco-ansiedade em estudantes da UFSC e outras cinco universidades públicas

12/09/2022 08:38

Oito perguntas e respostas utilizadas no estudo apontam pessimismo geral e saúde mental afetada pelos problemas ambientais. (clique para ampliar)

A saúde mental de estudantes das áreas de Biologia de seis universidades públicas foi tema de um estudo publicado na terça-feira, 6 de setembro, no periódico internacional PLOS Biology. A pesquisa identificou um alto número de estudantes afetados pelo medo do colapso ambiental, conhecido como “eco-ansiedade” ou “luto ecológico”. 

Esse sentimento é uma nova e crescente fonte de sofrimento mental, que pode afetar particularmente a próxima geração de biólogos conservacionistas, segundo explicam os pesquisadores, que oferecem, no artigo, estratégias de cuidado e empatia que educadores podem utilizar para ajudar a prevenir o agravamento da saúde mental dos alunos. 

A pesquisa coletou informações por meio de um questionário de saúde mental respondido anonimamente por 250 estudantes de graduação em Ciências Biológicas durante o mês de março de 2022. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das participantes, além das universidades federais de São Carlos (UFSCar), Pernambuco (UFPE), Juiz de Fora (UFJF), Piauí (UFPI) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). 

A maioria dos entrevistados considerou sua saúde mental recente como ruim, e afirmou que os problemas ambientais a afetam em algum grau. A maioria dos entrevistados disse que estudar e entender os problemas ambientais piorou sua saúde mental. No entanto, apesar do pessimismo geral, muitos entrevistados ainda se sentiam otimistas em trabalhar como biólogos e a maioria estava animada para buscar soluções para os problemas ambientais. Além disso, a maioria dos alunos afirmou que a opinião pessoal de seus professores influencia em algum grau suas perspectivas para o futuro.

O artigo tem autoria principal do pesquisador da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Vinícius de Avelar São Pedro, e co-autoria de dois pesquisadores egressos do curso de graduação em Ciências Biológicas da UFSC – Larissa Trierveiler Pereira e Juliano Marcon Baltazar
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