Pesquisadores da UFSC descrevem nova espécie de planta exclusiva da Mata Atlântica

10/10/2024 13:05

Flores de um exemplar de Miconia leonarae, no Espírito Santo. Foto: reprodução/Renato Goldenberg

Pesquisadores do Laboratório de Sistemática Vegetal (LSV), do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descobriram e descreveram uma nova espécie de planta do gênero Miconia, exclusiva da Mata Atlântica. A Miconia leonorae foi nomeada em homenagem a Maria Leonor D’El Rei Souza, professora e pesquisadora aposentada da instituição. A pesquisa sobre a descoberta começou em 2020 e, neste ano, foi finalizada e publicada na revista científica Phytotaxa, dedicada ao registro de novas espécies da flora.

Miconia é um dos maiores gêneros botânicos do Brasil e do mundo, sendo nativo de regiões tropicais da América, composto por arbustos até árvores de grande porte. A espécie descrita pelos pesquisadores da UFSC varia de dois a 19 metros de altura e pertence à mesma família de plantas como o manacá e a quaresmeira, comuns em áreas de Mata Atlântica. 

Diferentemente da maioria das descobertas atuais de novas espécies, a Miconia leonorae possui uma abrangência geográfica relativamente ampla. O estudo, realizado pelos pesquisadores Ana Flávia Augustin, Eduardo Koerich Nery e Mayara Caddah, encontrou registros da planta nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
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UFSC na mídia: Professora fala sobre benefícios de cogumelos e o cultivo em Santa Catarina

16/07/2024 16:53

A professora Maria Alice Neves, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participou de duas entrevistas sobre o consumo e a produção de cogumelos em Santa Catarina.  No Podcast Agro, divulgado na última sexta-feira, 12 de julho, a pesquisadora apontou que o consumo de cogumelos é uma boa alternativa pela pouca gordura e alto nível de proteína presente no alimento e comentou sobre a facilidade de produção desse fungo, que vem crescendo no estado e na cidade de Florianópolis.

Na conversa, Maria Alice falou sobre o papel da UFSC na divulgação de produtores locais. No site do Laboratório de Micologia (Micolab) da universidade, no qual é coordenadora, há uma página com informações sobre fornecedores de cogumelos comestíveis e de outros produtos com fungos em Santa Catarina. Quem produz pode ter sua empresa divulgada preenchendo os dados neste formulário, disponível também no site. Além disso, os interessados podem acessar dicas de receitas para fazer com diversos tipos de fungos na área “Fungo e Fogão”.

Maria Alice também foi entrevistada para uma reportagem da emissora NDTV sobre cogumelos, no programa Agro, Saúde e Cooperação. Na edição, com foco para a agricultura urbana em Santa Catarina, a professora conta um pouco de sua trajetória com os fungos e da importância da pesquisa nessa área “Se a gente não sabe qual é a espécie, a gente não sabe se ela é comestível ou tóxica, a única forma é ver pelo microscópio e saber qual é o nome.”

Ela alerta para que o público não consuma cogumelos silvestres sem esse conhecimento prévio, e incentiva o consumo que vem dos produtores, por serem produtos de qualidade, saudáveis e seguros para comer.

*Notícia atualizada em 18/07/24, às 14h50, para correção do nome da professora Maria Alice Alves para Maria Alice Neves.

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Professora da UFSC recebe prêmio por atuação na conservação dos oceanos

13/06/2024 10:12

Egressa da Pós-Graduação em Ecologia, Marina é docente do Departamento de Botânica da UFSC. Foto: Acervo pessoal

A professora Marina Nasri Sissini, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é a vencedora da edição deste ano do Prêmio Marta Vanucci para Mulheres na Ciência do Oceano. A honraria, cujo nome é inspirado na trajetória e pioneirismo da bióloga Marta Vannucci (1921-2021), reconhece o trabalho de mulheres que atuam na produção de conhecimento sobre o mar no Brasil e para o fortalecimento da participação feminina na ciência. A premiação ocorrerá em setembro, durante a São Paulo Ocean Week.

Egressa do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, Marina levou o título na categoria Jovem Cientista, voltado a candidatas até 35 anos e que tenham concluído o doutorado entre 2018 e 2023. Na outra categoria da premiação, Cientista Inspiração Sênior, para profissionais com mais de duas décadas de carreira, o título ficou com a professora Zelinda Nery Leão, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). O resultado foi anunciado no último sábado, 8 de junho.

>> UFSC na Mídia: NSC Notícias produz reportagem com professora Marina Sissini

Marina Sissini construiu todo seu currículo na UFSC, onde cursou a graduação em Ciências Biológicas (2006-2011), o mestrado em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (2011-2013) e o doutorado em Ecologia (2015-2021). Sua produção acadêmica contribuiu para a conservação dos oceanos, especialmente com o conhecimento acerca DE sistemas recifais ainda pouco explorados, como os bancos de rodolitos e as ilhas oceânicas brasileiras. Com espaço em diversos veículos de divulgação científica, a exemplo da revista Science, o trabalho da pesquisadora alertou para a urgência de se preservar os bancos de rodolitos e as ameaças iminentes.

Atualmente, a docente realiza pós-doutorado no Programa Ecológico de Longa Duração nas Ilhas Oceânicas Brasileiras (PELD ILOC), no qual estuda a interface entre ciência e gestão das unidades de conservação de que as ilhas fazem parte. Ao comentar sobre o prêmio recebido, Marina afirma que sua inspiração veio de outras trajetórias femininas e espera que ela própria possa se tornar uma referência para outras jovens cientistas: “É uma grande alegria receber o reconhecimento, mas além disso, é dar voz a todas que acreditam em um oceano saudável, por um maternar que pode ser acadêmico e por entender que minha caminhada até aqui foi inspirada por muitas mulheres e que pode inspirar muitas outras também”.
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“Tapete de algas” é alternativa barata e sustentável para tratamento das águas de Florianópolis

06/09/2023 18:24

Sistema purificador desenvolvido por pesquisadores da UFSC absorve efeitos da poluição, produz biomassa e contribui para a economia da região

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

O Algal Turf Scrubber funciona na Estação de Maricultura Elpídio Beltrame, na Barra da Lagoa. Foto: Rafaela Souza/NADC/UFSC

O tripé econômico de Florianópolis – pesca, maricultura e turismo – depende de um componente fundamental: água limpa. E a própria natureza ajuda a obter recursos hídricos de qualidade. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisadores vinculados ao Laboratório de Ficologia (Lafic), do Departamento de Botânica, desenvolvem sistemas purificadores que utilizam algas para a remoção de poluentes da água – são os tapetes algais biofiltrantes (Algal Turf Scrubber – ATS).

“É um absurdo que a gente não esteja investindo nelas”, afirma Leonardo Rörig, coordenador do projeto. Os ATS são um exemplo de “soluções baseadas na natureza”, alternativas sustentáveis, baratas e de baixo impacto ambiental. Países como Austrália, Estados Unidos, China e Índia aderiram ao sistema pela sua baixa pegada de carbono e emissão de gases de efeito estufa.
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Departamento de Botânica promove palestra sobre conservação de germoplasma vegetal

08/09/2022 12:33

Na próxima segunda-feira, dia 12 de setembro, às 16h30, acontece a palestra internacional Plant Germoplasm Conservation at NLGRP/USDA (em português: Conservação de germoplasma de plantas no NLGRP/USDA). O National Laboratory of Genetic Resources Preservation (NLGRP) integra o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

O evento será realizado no auditório do prédio da Fitotecnia, no Centro de Ciências Agrárias (CCA), no bairro Itacorubi, em Florianópolis. Será ministrado por Christina Walters, líder do NLGRP, que desenvolve projetos de pesquisa em colaboração com a professora Neusa Steiner, do Departamento de Botânica na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O grupo estuda as sementes de espécies da floresta tropical e subtropical com foco em conservação de germoplasma. Estes projetos estão vinculados ao Programa de Biologia de Fungos, Algas e Plantas e ao Programa de Recursos Genéticos Vegetais.

Mais informações pelo e-mail neusa.steiner@ufsc.br.

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Professora da UFSC é homenageada por aluno que descreveu novo gênero de fungo

03/05/2022 09:17

Fungo do gênero Nevesoporus teve suas primeiras amostras coletadas em 2009

O pesquisador Altielys Casale Magnagoo, egresso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descreveu um novo gênero de fungo e o nomeou em homenagem à sua professora, orientadora de mestrado e coorientadora de doutorado, Maria Alice Neves, do Departamento de Botânica, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). O artigo científico com a descoberta foi publicado na revista internacional Mycologia no último dia 22 de abril, e está disponível no site Taylor & Francis Online. 

O nome dado ao novo gênero de fungo, Nevesoporus, combina o sobrenome da professora, Neves, com porus, proveniente do latim, termo relacionado ao himenóforo poróide do cogumelo. As primeiras amostras foram coletadas em companhia da professora Maria Alice em 2009, quando Altielys ainda era graduando do curso de biologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e estagiário da professora Maria Alice na disciplina de Biologia de Fungos, Algas e Briófitas. Apesar da descoberta, Altielys só decidiu sugerir uma nova espécie para o fungo quando já era mestrando na UFSC. 
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UFSC participa de pesquisa que resgata uso de alimentos nativos com propriedades farmacológicas

17/02/2022 13:51

Manuscrito contém descrição de espécie nativa catalogada por grupo de pesquisa (Mémoires du Muséum d’Histoire Naturelle 9: 351. 1822)

Um manuscrito de 1816 traz grafada uma descrição, em francês, de uma erva facilmente reconhecida pelos brasileiros, especialmente no sul do país: “Árvore pequena. Suas folhas têm apenas um sabor herbáceo misturado com algum amargor. É amplamente utilizado como um chá”. O Ilex paraguariensis A.St.-Hil., o popular mate, foi descrito e catalogado pelo naturalista francês Auguste de Saint-Hilaire, e reconhecido pela professora Juliana de Paula-Souza, do departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para o estudo Bioactive Potential of Brazilian Plants Used as Food with Emphasis on Leaves and Roots, recentemente publicado no livro Local Food Plants of Brazil.

O trabalho, fruto de uma longa parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais em projeto coordenado pela professora Maria G. L. Brandão, recupera informações históricas sobre espécies vegetais nativas brasileiras, reunindo dados de manuscritos e documentos publicados desde os primeiros registros do século XVI até a década de 1950. O foco de interesse da publicação são as folhas e raízes de espécies com propriedades medicinais reconhecidas.

Segundo Juliana, o estudo traz essa ênfase nas plantas nativas e naturalizadas com longa tradição de uso em diferentes regiões e comunidades. O resgate bibliográfico de obras registra relatos históricos sobre como essas espécies foram popularizadas. “Os relatos dos naturalistas a partir do século XVI são um ponto de partida importantíssimo, pois trazem informações inclusive sobre o uso que os povos tradicionais faziam”, comenta a professora.

Ilex paraguariensis A.St.-Hil. var. paraguariensis In Sched, registro do herbário virtual A. de Saint-Hilaire

O grupo recuperou dados sobre estas espécies vegetais tradicionalmente utilizadas como alimento – todas, portanto, comestíveis. De nove autores selecionados que publicaram seus trabalhos do século XVI ao XX, chegou-se ao registro de 64 raízes e outros tipos de estruturas subterrâneas, 52 folhas, 3 flores e 2 brotos. “Embora alguns tenham sido estudados para identificar a bioatividade e avaliar sua composição, muitos nunca foram investigados, de modo que seu potencial permanece desconhecido”, indica o trabalho. Os dados contemplam quatro domínios fitogeográficos do Brasil.

Identificar os nomes das espécies e confrontá-las com o que se sabe no presente, do ponto de vista taxonômico, foi uma das etapas de pesquisa realizada pela professora da UFSC. Os nomes de espécies nos relatos, por serem antigos, muitas vezes trazem grafias e conceitos diferentes dos que são usados atualmente – ou mesmo uma descrição que pode gerar ambiguidades na interpretação. Por isso, o cruzamento de informações levou Juliana a uma espécie de investigação.

A mandioca, por exemplo, foi um desses casos. A pesquisadora comenta que, no trabalho Historia naturalis Brasiliae, de 1648, o mais conhecido dentre os mais antigos, foi necessário recorrer às ilustrações e aos nomes populares citados na obra para identificar as espécies e atualizá-las de acordo com a nomenclatura de hoje. “A Taxonomia como ciência não existia ainda naquela época”, comenta.

O estudo teve como base um banco de dados chamado Dataplamt, que tem informações sobre 3.400 espécies de plantas brasileiras com algum registro histórico de uso, incluindo nomes científicos, usos tradicionais, transcrições completas dos textos onde eles foram referidos no passado e locais de ocorrência da planta. No banco de dados, que pode ser acessado por qualquer um, é possível encontrar as espécies pelo nome popular ou científico, ver imagens, saber onde podem ser encontradas, seu uso tradicional e até mesmo sua toxicidade. No caso da mandioca, por exemplo, há registros de uso tradicional como antídoto de veneno de cobras e como fortificante.

No artigo recém publicado, as propriedades farmacológicas dos alimentos foram confrontadas com a literatura e também tabuladas. “Muitas dessas espécies já foram estudadas pela ciência e tiveram sua eficácia comprovada”, comenta Juliana, chamando atenção para o fato de que esses estudos são importantes também para que se saiba em que medida uma planta pode colaborar com um tratamento e em que medida pode até mesmo ser tóxica. O cormo (caule subterrâneo) de uma espécie de inhame, por exemplo, a Colocasia esculenta (L.) Schott, tem sua eficácia como imunomodulador e de prevenção a diabetes registradas pela literatura e evidenciadas no estudo, porém existem inúmeros casos de envenenamento pelo uso inadequado das folhas dessa mesma planta.

Preservação e diversidade

Os estudos a respeito das propriedades medicinais de alimentos da biodiversidade brasileira também têm outro foco importante além de indicarem a sua funcionalidade: alertar que as áreas cobertas por vegetação nativa diminuíram progressivamente desde a chegada dos colonizadores portugueses em 1500. “Ocorreram diferentes ciclos econômicos baseados na exploração da terra e dos recursos naturais, e a degradação dos recursos naturais e dos ecossistemas tem se agravado desde a intensa industrialização e urbanização implementada na década de 1950”, fundamentam as autoras.

Ainda, a conclusão sugere que estas plantas podem ter um grande potencial para uso como alimentos funcionais, apesar de a maioria ser desconhecida da população e da ciência. “A valorização da biodiversidade, por meio do uso sustentável de espécies subexploradas, é uma forma de reduzir a erosão da diversidade genética em regiões remotas”, indicam, no texto publicado. As plantas podem contribuir com a formulação de bioprodutos inovadores, com poder comercial. “Argumentamos que os incentivos para um melhor uso das espécies listadas neste estudo devem ser considerados e incluídos em programas agrícolas em todo o país”.

Além disso, Juliana lembra que a pesquisa demonstra como a diversidade das plantas na alimentação dos brasileiros é baixa. “Fazemos uso de mais ou menos trinta espécies na nossa alimentação e apenas oito são plantas nativas. É uma alimentação muito pobre, especialmente se pensarmos na diversidade de plantas que a gente tem e não aproveitamos”, salienta.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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Pesquisadoras da UFSC catalogam flora da Lagoa do Peri

09/08/2021 16:16

Publicação traz a relação de 677 espécies. Foto: Duane F. Lima

O Monumento Natural Municipal (Mona) da Lagoa do Peri, em Florianópolis, agora tem a lista de espécies de sua flora publicada no Catálogo de Plantas das Unidades de Conservação (UCs) do Brasil. Trata-se da primeira UC municipal a integrar essa plataforma online. O trabalho foi realizado pela professora Mayara Caddah, do Departamento de Botânica e do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em conjunto com alunas de graduação e pós-graduação. 

A publicação traz a relação de 677 espécies, sendo 564 angiospermas (plantas com flores) e 113 espécies de samambaias e licófitas. Destaca-se a riqueza da família das orquídeas nessa UC, com registro de 93 espécies. As orquídeas correspondem ainda a um terço das plantas ameaçadas de extinção presentes no Mona Lagoa do Peri, com quatro espécies classificadas pelo CNCFlora na categoria Vulnerável (VU). A lista também registra sete espécies de plantas que são endêmicas do estado.

Além da vegetação de floresta ombrófila, ou seja, característica de áreas com chuvas abundantes e frequentes, a lista dessa UC também é a primeira do catálogo a apresentar espécies de restinga. O Mona tem importância estratégica para os catarinenses, pois em sua área se encontra o maior corpo de água doce do estado, com mananciais que abastecem quase todos os bairros do sul e do leste da Ilha de Santa Catarina.
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Doutoranda da UFSC publica texto na revista americana ‘Science’

10/01/2020 11:51

A doutoranda Marina Sissini, sob tutoria do professor Paulo Antunes Horta Junior, responsável pelo Laboratório de Ficologia do Departamento de Botânica da UFSC, publicou a letterOil spill response: protect rhodolith beds” nesta sexta, dia 10, na revista Science, da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS). A carta alerta sobre a proteção do mais extenso, abundante e diverso habitat carbonático do Atlântico Sul: os bancos de rodolitos. A produção do texto foi realizada em conjunto com outros três professores da UFSC, alunas de Pós-Graduação do Programa em Ecologia (Poseco) da Universidade e alguns especialistas nacionais e internacionais, todos sob liderança da doutoranda Marina e do professor Paulo.

Os bancos de rodolitos são ambientes singulares que, no último ano, foram ameaçados após o derramamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro. Segundo os autores, Santa Catarina representa o limite sul de distribuição de bancos de rodolitos conhecidos no litoral brasileiro e é um importante refúgio para parte significativa da diversidade que compõem esses sistemas. Estão localizado dentro da Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e é protegido por esta Universidade de Conservação.

O texto pode ser lido no link.

Mais informações sobre as pesquisas realizadas pelo Laboratório de Ficologia no site.

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Pesquisadores propõem novo termo para representar a diversidade de fungos

08/01/2019 11:49

O professor Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, ligado ao Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (Bot/CCB), faz parte da equipe de micólogos responsável pelo artigo propondo a independência do Reino Fungi das categorias “Fauna e Flora”. O artigo foi publicado no dia 18 de dezembro na revista da Associação Internacional de Micologia, apresentando o termo “Funga” para representar a diversidade dos fungos como um grupo equivalente e, ao mesmo tempo, autônomo à Fauna e à Flora.

Segundo o professor a ideia de formalizar um termo para distinguir os fungos de plantas ou do grupo dos microrganismos surge da necessidade de reconhecimento dos fungos. O Reino Fungi têm se tornado mais popular, principalmente quanto a sua importância socioeconômica e socioambiental, na produção de alimentos, medicamentos, recuperação de área e etc. Do ponto de vista acadêmico, será útil no âmbito internacional, porque são poucos os programas de pós-graduação que tratam os fungos como um grupo separado da botânica. O Programa de Pós-graduação da UFSC, por exemplo, foi recentemente alterado e agora é apresentado como Biologia de Fungos, Algas e Plantas, para ser mais inclusivo e representativo.

“É novo e é justo, porque tratar os fungos como plantas ou animais é uma falha grave. Não nos ocorreria dizer que os animais têm caule, nem que as plantas têm fígado (tradução livre)”, comenta a micóloga chilena fundadora da Fundación Fungi, Giuliana Furci. O grupo de pesquisadores acredita que com o pleno reconhecimento desses organismos, serão iniciadas mudanças substanciais nas políticas educativas e agrícolas, como a incorporação da micologia em assuntos de interesse nacional, como conservação, educação e proteção de habitats e de suas espécies.

A publicação foi um esforço conjunto de argentinos, chilenos, brasileiros e o destacado micólogo estadunidense Donald H. Pfister, que propõem o termo Funga como o mais adequado, considerando dentre os demais argumentos, a possibilidade de leitura em várias línguas como “Fauna, Flora e Funga”, abreviado como ‘FF&F’. “É importante usar um termo simples, eufônico e paralelo ao que as pessoas já conhecem (tradução livre)“, mencionou o micólogo argentino Francisco Kuhar. O uso das 3F (Fauna, Flora e Funga) em assembleias internacionais como a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e a Convenção sobre a Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB), proporcionará uma base moderna para servir de referência a um dos maiores grupos de organismos na Terra.
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Pesquisadores da UFSC descobrem cinco novas espécies de fungos

14/10/2016 15:03

“Vocês conhecem o ‘Pókemon Go’ (jogo de realidade aumentada para smartphones, que faz as pessoas saírem caçando monstrinhos imaginários)? Nós fazemos a mesma coisa com fungos, só que a gente traz para o laboratório e estuda”, brinca Maria Alice Neves, professora do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas e do Departamento de Botânica, e uma das responsáveis pelo Laboratório de Micologia (Micolab) da UFSC. E foi assim, fazendo coletas e análises, que pesquisadores do Micolab encontraram cinco novas espécies de fungos. As descobertas, feitas entre 2011 e 2014 em várias regiões do Brasil, foram publicadas neste ano pela revista científica Phytotaxa.
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Pesquisadores da UFSC encontram nova espécie de planta, já ameaçada

19/02/2016 12:15

Commelina catharinensisA Commelina catharinensis é uma flor herbácea amarela, encontrada em campo de restinga na Praia do Sonho, na Palhoça. Sua cor é a característica principal: é um tipo planta comum, popularmente conhecida como trapoeraba, mas, na América do Sul, as espécies têm flores azuis. Ela floresce e frutifica, de acordo com as informações disponíveis até o momento, entre outubro e março.

O único local em que ela foi encontrada é uma área de menos de 600 m², e os pesquisadores contaram menos de 30 indivíduos. “Desde 2011, quando a observamos pela primeira vez, vasculhamos a área e não encontramos em nenhum outro local”, destaca o professor João de Deus Medeiros, do Departamento de Botânica da UFSC. Não é a primeira vez que a Commelina catharinensis é encontrada: havia registro de coleta da planta em 1971, na Praia do Sol, em Laguna, em ambiente semelhante, um campo de restinga; mas, na ocasião, ela não foi identificada. Agora, após verificarem que a flor achada na Praia do Sonho é uma espécie que ainda não havia sido catalogada, compararam-na com o achado anterior e verificaram que é a mesma. “Fomos então à Praia do Sol procurar e não encontramos nada. Provavelmente aconteceu lá o que tememos aqui”, cogita Medeiros.

O que eles temem é o desaparecimento da espécie. Os principais fatores que criam esse risco, diz Medeiros, são a ocupação humana para construção de casas de praia, com eliminação da vegetação, inclusive em áreas de preservação, e a invasão do Pinus ellioti, espécie de pinheiro. “Essa área da Praia do Sonho em que encontramos a Commelina catharinensis fazia parte do Parque da Serra do Tabuleiro e foi retirada. Agora, em 2009, mais área ainda foi retirada. A descoberta dessa planta mostra a importância dessa conservação; mas parece que, quanto mais ameaças aparecem, mais retrocede o nível de proteção”, diz o professor.
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Coleção de plantas divulgada em catálogo do Departamento de Botânica

04/05/2015 08:33

Espécimes vegetais dos mais distantes confins do planeta estão no catálogo da coleção de plantas do Departamento de Botânica da UFSC, organizado pelos professores João de Deus Medeiros e Aldaléa Sprada Tavares. O guia, que começou a ser organizado há dois anos, servirá também de apoio para professores. “Nem todos são especialistas na área de identificação, e o catálogo é uma contribuição de referência que qualquer pessoa vai poder acessar, baixar, imprimir ou divulgar”, explica João de Deus.
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Pesquisadores da UFSC descobrem menor flor de orquídea do planeta

10/04/2015 17:00

Ao segurar o trinco para colocar o cadeado na estufa do Departamento de Botânica da UFSC, o pesquisador Carlos Eduardo de Siqueira pensou novamente no ponto branco que olhara de relance segundos antes num galho. “Fungo bonitinho”, imaginou. Resolveu voltar e examinar melhor: em vez de bolor, encontrou uma pequena inflorescência desconhecida. Siqueira levou-a imediatamente ao laboratório para analisá-la num microscópio, e viu, pela primeira vez, com detalhes, um exemplar de Campylocentrum insulare – a orquídea com a menor flor do planeta.

A Campylocentrum insulare, antes da floração, é um microrramo que se confunde com uma raiz; quando desabrocha, aparecem seis pequenas flores brancas com um centro amarelo, que não alcançam um milímetro – tudo junto não chega a meio centímetro. “Eu achei a flor pequena e pesquisei as orquídeas. Não há nenhuma tão pequena como esta”, informa Siqueira.

Carlos Eduardo de Siqueira com parte do material pesquisado. Foto: Jair Quint/Fotógrafo da Agecom/DGC/UFSC

Carlos Eduardo de Siqueira com parte do material pesquisado. Foto: Jair Quint/Fotógrafo da Agecom/DGC/UFSC

Detalhe da Campylocentrum insulare. Foto: Carlos Eduardo de Siqueira/PPGFAP/UFSC

Detalhe da menor flor de orquídea do planeta. Foto: Carlos Eduardo de Siqueira/PPGFAP/UFSC

O ramo com a Campylocentrum insulare fora entregue um ano antes, em dezembro de 2010, pela orientadora de Siqueira no mestrado do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da UFSC, Ana Zannin. “A planta foi coletada na Unidade de Conservação Ambiental Desterro (Ucad) e trazida, com outras, da subtribo que eu estava analisando. Elas são colocadas na estufa, e esperamos a floração para a identificação”, explica. “No grupo todo, as plantas, em geral, são pequenas; mas esta exagerou na dose e se tornou minúscula”, brinca o pesquisador.

Nos trabalhos de campo, Siqueira e seus colegas percorreram os quatro cantos da Ilha, quase literalmente. “Não houve mata por que a gente não andou. Certa vez, entramos na altura do Floripa Shopping e só saímos na Costa da Lagoa.” Os resultados de cada saída eram vários sacos com alguns exemplares criteriosamente coletados que eram pendurados na estufa para exame posterior.

A subtribo Pleurothalidinae, de orquídeas epifíticas (que crescem sobre outras plantas, sem relação de parasitismo), na Ilha de Santa Catarina foi o campo de atuação de Siqueira no mestrado. “Elas são geralmente endêmicas de certas áreas de floresta, como a Mata Atlântica, com distribuição geográfica restrita, mas relativamente abundantes em população quando encontradas. Morfologicamente são semelhantes; sem a flor é quase impossível distinguir uma espécie da outra.” Dessa forma foi difícil avistar a Campylocentrum insulare, que não tem folhas, entrelaçada junto à raiz de uma Pabstiella fusca, outra orquídea relativamente comum na Ucad.

Após a coleta, Siqueira contou com a colaboração do biólogo e ilustrador científico Rogério Lupo. “Ele ficou com uma flor conservada em álcool por algum tempo, e completou o desenho a partir das fotos com as técnicas próprias do método científico para obter todos aqueles detalhes. É um grande artista.”

Detalhes da planta pelo ilustrador científico Ricardo Lupo

Detalhes da planta pelo ilustrador científico Rogério Lupo

 

Checklist

Para ser incorporada à fitoteca do Herbário Flor do Departamento de Botânica, a planta precisou ser desidratada e prensada. “Ela está no armário de Typus – onde estão amostras de referência que representam uma espécie – e vai poder ser comparada com outras no futuro”, relata Siqueira. O estudo de Siqueira se estendeu para um registro atualizado de orquídeas para todo o estado de Santa Catarina, que resultou na publicação de um checklist em 2014. No trabalho de catalogação, “eu cito mais de 50 espécies que nunca haviam sido registradas para Santa Catarina, pois foram coletadas no Estado e depositadas nos herbários que visitei, mas ainda não haviam aparecido em nenhuma publicação”.

No total, 560 espécies de 120 gêneros diferentes foram encontradas em Santa Catarina – destas, 24 estão em situação de vulnerabilidade; sete, em perigo; e quatro, criticamente em perigo, de acordo com a classificação da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN – International Union for Conservation of Nature). “Os livros mais antigos não espelham a realidade. O mais recente sobre a flora de Santa Catarina era da década de 1970.”

Conforme Siqueira, 10% das plantas com flores são orquídeas. “Escolhi as orquídeas porque há uma lacuna em Santa Catarina, bastante coisa para trabalhar, especialmente agora, com a filogenia”. Siqueira conta que antes os dados eram morfológicos e agora foram incluídos os moleculares, como o DNA. “A Sistemática Vegetal, área da Botânica que estuda a diversidade vegetal do planeta, mudou com os dados moleculares, as plantas são agrupadas agora não só pelas características morfológicas, mas pelas relações de parentesco inferidas pelos dados macromoleculares”.

Nome homenageia Ilha de Santa Catarina. Foto: Carlos Eduardo de Siqueira/PPGAFP/UFSC.

Nome homenageia Ilha de Santa Catarina. Foto: Carlos Eduardo de Siqueira/PPGAFP/UFSC.

O artigo com a descrição da Campylocentrum insulare, cujo nome homenageia a Ilha de Santa Catarina, foi publicado apenas em fevereiro de 2015. O pesquisador preferiu terminar o mestrado e depois focar a atenção na descoberta. Como era apenas um exemplar, ele sabia que receberia questionamento de revisores e contatou um especialista em Campylocentrum, Edlley Max Pessoa da Silva. “Ele trabalha com este gênero e veio de Pernambuco para ver a planta. Acabou assinando o artigo junto conosco.”

Siqueira contou com o apoio financeiro de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Programa Nacional de Apoio e Desenvolvimento da Botânica (PNADB/Capes) – uma parceria entre UFSC, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Santa Cruz (BA) e Jardim Botânico do Rio de janeiro (JBRJ), no projeto “Rede em Epífitas de Mata Atlântica: sistemática, ecologia e conservação”, coordenado na UFSC por sua orientadora, Ana Zannin – e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). “Com o suporte foi possível comprar computadores, câmera fotográfica, GPS, material para o herbário do Departamento de Botânica, equipamento para arvorismo e bibliografia especializada em orquídeas, tudo depositado na UFSC.”

 

Conheça

A Unidade de Conservação Ambiental Desterro (Ucad) é um espaço natural protegido da UFSC, na parte central da Ilha de Santa Catarina, com 4,9 km². O objetivo geral é o desenvolvimento de trabalhos acadêmicos de formação científica, aliado à preservação dos ecossistemas.

 

Mais informações com Carlos Eduardo de Siqueira, pelo e-mail carlos.siqueira@posgrad.ufsc.br.

 

Caetano Machado/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
caetano.machado@ufsc.br

Claudio Borrelli/Revisor de Textos da Agecom/DGC/UFSC

Jair Quint/Fotógrafo da Agecom/DGC/UFSC

 

Tags: Campylocentrum insulareDepartamento de BotânicaHerbário FlorPrograma de Pós-Graduação em Biologia de Fungos Algas e PlantasUFSC

Seminário aborda o desafio da sustentabilidade no atual modelo de desenvolvimento

19/03/2013 17:58

O seminário “O Desafio da Sustentabilidade” ocorrerá no dia 21 de março, a partir das 18h, no auditório do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus Trindade.

Mais informações: j.d.medeiros@ufsc.br
(mais…)

Tags: Colégio de AplicaçãoDepartamento de BotânicaSeminário O desafio da SustentabilidadeUFSC

Equipe de biólogos da UFSC constata que manchas no Norte da Ilha são algas inofensivas e não óleo

25/01/2013 13:51

Pesquisadores do Departamento de Botânica, do Centro de Ciências Biológicas da UFSC redigiram a nota a seguir para tranquilizar a população:

As manchas de coloração marrom e avermelhada visualizadas essa semana no norte da ilha, especialmente na Ponta das Canas e na Lagoinha foram coletadas e analisadas por pesquisadores do  Laboratório de Ficologia do Depto. de Botânica da UFSC. As coletas foram realizadas nesta sexta-feira, dia 25 de janeiro, por volta das 8h da manhã e imediatamente levadas ao laboratório e processadas. Trata-se de uma floração de uma microalga do grupo das cianofíceas (ou cianobactérias). É um fenômeno natural e recorrente na costa catarinense todos os anos nos meses de primavera e verão. Essas algas estão associadas às águas tropicais da Corrente do Brasil, que passa ao largo da costa brasileira. São algas que retiram o nitrogênio do ar (fixadoras de nitrogênio) e para isso têm mecanismos de flutuação para se posicionar na superfície da água. Quando se encontram na superfície são levadas pelo vento até a costa, onde podem morrer. Quando morrem liberam um pigmento vermelho (ficoeritrina) que dá a coloração chamativa ao fenômeno.

Não há perigo para banhistas em geral e para a maricultura, pois a espécie encontrada não é tóxica

Colônia de microalgas ao microscópio

(Trichodesmium hildebrandtii e/ou Trichodesmium erythraeum). O máximo que pode acontecer é alguma reação alérgica por parte de pessoas sensíveis a certas substâncias exaladas pelas algas. Entretanto, há uma espécie do grupo que pode ser tóxica (Trichodesmium thiebautii) e por isso os fenômenos devem ser monitorados e informados ao Laboratório de ficologia da UFSC. Essa espécie é raríssima e jamais foi encontrada em grandes concentrações em Santa Catarina, pelo menos desde que a UNIVALI e a UFSC começaram a monitorar o processo em 1994.

O Laboratório de Ficologia da UFSC (Depto. de Botânica – CCB) participa desses estudos em colaboração com a UNIVALI e a FURG (Rio Grande – RS) e com o conhecimento já adquirido pode-se classificar o fenômeno como natural, inofensivo e sazonal, típico de meses quentes. Informamos ainda que o fenômeno nada tem a ver com a catástrofe ocorrida no Ribeirão da Ilha, onde o askarel altamente tóxico vazou para os ecossistemas próximos a Subestação da CELESC.

 

Frascos com material coletado

A comunidade  pode  comunicar a constatação desses fenômenos e outros eventos estranhos nas águas costeiras para a equipe do  professor Leonardo Rörig através do telefone (48) 9605-7414 ou pelo emailleororig@gmail.com. Diante dos comunicados a equipe do laboratório pode deslocar-se até o local para fazer as coletas e análises necessárias. É muito importante que a comunidade fique de monitora desses fenômenos pois o litoral é muito grande e os pesquisadores têm dificuldade para monitorar diariamente todas as áreas.

Equipe que fez a análise:

Professor Leonardo Rörig – Laboratório de Ficologia – CCB – UFSC – Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas – leororig@gmail.com 

 Biólogos: Leandro Reis, Maevi Ottonelli e  Claudiane Gouveia

 

 

Algas ao microscópio em maior detalhe

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