UFSC tem infraestrutura inédita e pioneira para pesquisa com células animais

05/06/2025 16:12

Estrutura é inédita na região (Foto: Mateus Mendonça)

Carne celular, clonagem, estudo de doenças, produção de medicamentos. Tudo isso pode parecer desconectado à primeira vista, mas há um ponto em comum: a necessidade de células animais. Um novo espaço na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), inédito no estado, vai ajudar a estabelecer novos parâmetros para pesquisas nas áreas de saúde, biologia e biotecnologia. Trata-se do Multicell — o banco de células da UFSC — localizado no Centro de Ciências Biológicas, mas idealizado em parceria com o Centro de Ciências da Saúde, por pesquisadoras dos dois centros. O espaço começou a receber suas primeiras linhagens celulares e se prepara agora para uma nova etapa de estruturação.

A professora  Gislaine Fongaro, coordenadora do banco, explica que o primeiro passo para a plena operação da estrutura vai até agosto de 2025, com os recursos do Programa MultiLab SC – Laboratórios Multiusuários da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O investimento permitiu a compra de equipamentos, estruturação de um novo espaço físico e também a compra de células de bancos internacionais.

Sem um banco de células, os pesquisadores que utilizam células vivas como parte dos seus estudos e investigações precisam comprá-las de bancos internacionais. A nova estrutura da UFSC atuará colaborando para pesquisas institucionais, como centro de suporte, abrindo uma frente de trabalho que dará mais autonomia e independência a cientistas de diferentes áreas biotecnológicas.
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Projeto de extensão da UFSC discute biofertilizantes e sustentabilidade

27/05/2025 16:43

O projeto de extensão Livefitop, coordenado pelos Laboratórios de Fitopatologia e de Biologia Molecular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dará início a uma série de lives no YouTube dedicada aos biofertilizantes, também conhecidos como bioestimulantes, a partir de junho. Ao longo de quatro meses, especialistas convidados discutirão avanços, aplicações práticas e impactos dos insumos biológicos no desempenho das culturas e na saúde do solo.

O canal promove encontros virtuais com pesquisadores e professores de instituições de ensino e pesquisa do Brasil. As lives abordam temas relevantes e atuais nas áreas das ciências agrárias e biológicas, com foco em produção e proteção sustentável de plantas, contribuindo diretamente para o debate sobre segurança alimentar, inovações tecnológicas e curiosidades científicas. Entre os assuntos mais frequentes estão: doenças e pragas de plantas, estresses abióticos, nutrição vegetal e tecnologias sustentáveis no campo.

Criado em 2023, o projeto Livefitop é coordenado pelos professores Marciel Stadnik, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), e Franceli Kulcheski, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). A equipe conta com o apoio do técnico de laboratório Mateus Brusco de Freitas e a participação de estudantes responsáveis pela diagramação e divulgação das transmissões nas redes sociais.

Confira no canal do YouTube do Livefitop.

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Em 15 anos, parceria entre UFSC e ONG restaurou cerca de 200 hectares de restinga em Florianópolis

23/05/2025 16:42

Equipe do projeto Restaura Restinga atuando nas dunas da Lagoa da Conceição. Foto: Todd Southgate

Neste 22 de maio, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a parceria entre o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC) e o Instituto Hórus completou 15 anos. Desde 2010, por meio de um programa de voluntariado, a aliança estabelecida entre as instituições foi responsável por eliminar mais de 420 mil espécimes de plantas exóticas invasoras em áreas de restinga de Florianópolis.

A ação, liderada e idealizada por mulheres desde sua origem, restaurou cerca de 200 hectares de restinga nesse período. A maior parte da área restaurada se encontra no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, primeira região de foco do trabalho da parceria, onde foram eliminadas praticamente todas as árvores de pinheiro americano (Pinus elliottii).

“É uma unidade de conservação que cobre 500 hectares de restinga. Ao longo de um pouco mais de 10 anos, trabalhamos mensalmente nessa área. Conseguimos praticamente acabar com os problemas de invasão por pinheiros americanos introduzidos aqui. Nesse período, foram mais de 420 mil plantas eliminadas”, afirma Michele de Sá Dechoum, professora Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC e uma das coordenadoras da iniciativa.

Além da remoção das invasoras, o projeto também reintroduz as plantas nativas à região. A produção das mudas plantadas é feita com critério técnico, com coleta local de sementes de plantas matrizes marcadas. “Mais importante do que eliminar as plantas, o nosso maior objetivo é restaurar áreas de restinga. Fazer com que a gente crie espaço para plantas nativas, animais nativos, toda nossa biodiversidade”, ressalta a professora.
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Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas abre inscrições para seleção de Mestrado

21/05/2025 08:37

O Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abre inscrições, de 31 de março a 30 de junho, para o processo seletivo de ingresso no curso de Mestrado. O edital contempla um total de 21 vagas, sendo 11 delas destinadas prioritariamente a ações afirmativas. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas exclusivamente por meio do site.

As vagas estão inseridas na área de concentração em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, com distribuição nas seguintes linhas de pesquisa: Sistemática e Biologia Estrutural de Fungos, Algas e Plantas, voltada à categorização, evolução, biogeografia e estrutura (micro e ultraestrutura) desses organismos; e Fisiologia e Ecologia de Fungos, Algas e Plantas, com enfoque em conservação, fisiologia e conhecimentos tradicionais associados. Pessoas candidatas devem indicar, no ato da inscrição, a linha e o projeto de pesquisa de interesse, de acordo com as vagas disponibilizadas pelos docentes do programa. As informações detalhadas estão disponíveis no edital.

As vagas de ações afirmativas são distribuídas sendo cinco vagas para pessoas negras (pretas ou pardas); cinco vagas para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica (baixa renda); uma vaga para pessoas indígenas, quilombolas, travestis, transexuais, pessoas com deficiência (PCD), professores da rede pública de Ensino Básico, refugiados(as/es) ou portadores(as) de visto humanitário.

O resultado final será divulgado até 23 de julho, com o início das aulas previsto para agosto de 2025.

Mais informações no site do PPGFAP ou em contato com a Secretaria Integrada dos Programas de Pós-Graduação do CCB (SIPG/CCB) pelo e-mail fap@contato.ufsc.br.

Tags: Algas e PlantasBiologia de FungosCCBPPGFAPprocesso seletivoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC participa de estudo com dados inéditos sobre especialização ecológica

14/05/2025 13:17

Abudefduf saxatilis (Fotos: Sergio Floeter)

Um estudo internacional com participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que os recifes de coral mais diversos do planeta são dominados por espécies de peixes altamente especializadas em sua alimentação e tolerância térmica. A pesquisa, publicada na conceituada revista Global Ecology and Biogeography, traz novas dados inéditos sobre a ecologia dos recifes e foi coassinada pelo professor Sergio Floeter, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC. Essas descobertas avançam significativamente na compreensão sobre como a especialização influencia a distribuição das espécies, a dinâmica evolutiva e a estrutura das comunidades recifais em um cenário de mudanças climáticas.

“Os recifes mais diversos do planeta são dominados por espécies que evoluíram para se alimentar de tipos específicos de alimento”, afirma a bióloga marinha Zoé Delecambre, autora principal. A pesquisa analisou milhares de dados sobre a dieta e a distribuição de peixes recifais ao redor do mundo para responder a uma pergunta central: em que ambientes os peixes ecologicamente mais especializados prosperam?

Os peixes ecologicamente mais especializados são aqueles que vivem sob condições bem específicas e exercem funções ecológicas bastante definidas, como consumirem somente um tipo ou grupo de alimento ou terem tolerância somente a determinados padrões, como temperatura e salinidade.

O estudo traz como exemplo imagens capturadas pelo professor Floeter. O peixe-borboleta Chaetodon ornatissimus é um especialista e se alimenta exclusivamente de pólipos de coral. Já o generalista Abudefduf saxatilis consome diversos itens alimentares, desde zooplâncton até algas bentônicas. Os generalistas dominam recifes pequenos e isolados.

Chaetodon ornatissimus

“A especialização desempenha um papel fundamental na formação de padrões evolutivos e biogeográficos, mas raramente foi examinada em escala global para comunidades super-diversas”, afirma o coautor da UFSC, Sergio Floeter. O estudo mapeia padrões biogeográficos e de diversificação globais de nichos tróficos, que se refere aos alimentos, e térmicos, sobre a temperatura da água, em um dos conjuntos mais diversos de espécies nos mares, os peixes recifais. O professor contribuiu com dados inéditos do Brasil.

A pesquisa também revisita uma teoria clássica da ecologia  segundo a qual espécies de regiões de latitudes mais altas — como zonas temperadas ou polares — tendem a ser mais generalistas. “Em nosso novo estudo, examinamos se as amplitudes de nicho trófico e térmico são mais estreitas em centros de biodiversidade. Descobrimos que a especialização ecológica dos peixes recifais atinge seu ápice em hotspots globais de biodiversidade”, escrevem.

Isso significa que os peixes recifais mais especializados, com dietas muito específicas e que vivem em faixas muito específicas de temperatura, são mais comuns justamente nos recifes mais biodiversos do planeta. “Isso confirma que a alta biodiversidade sustenta papéis ecológicos mais especializados, enquanto os generalistas prevalecem em sistemas mais simples”, indicam os autores.

 

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Proposta construída na UFSC orientará Política Nacional sobre Mudança do Clima

12/05/2025 17:21

Delegação de Santa Catarina durante a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília. Foto: reprodução/acervo pessoal

A delegação de Santa Catarina teve uma de suas propostas entre as finalistas da 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que ocorreu na última sexta-feira, 9 de maio, em Brasília. Construída durante a Conferência Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis, a proposição de política pública socioambiental esteve entre as dez mais votadas, de um total de cem propostas. Aprovada por delegados de diversos estados do Brasil, a iniciativa orientará o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima na implementação da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) – Lei 12.187/2009.

A proposição construída pela delegação catarinense tem como foco “implementar a gestão integrada de resíduos sólidos com economia circular, fortalecendo cooperativas e associações de catadores, logística reversa e compostagem; criar ecopontos, biodigestores e centrais de reciclagem, com catadores remunerados, banir plásticos de uso único e promover embalagens retornáveis; e incentivar inovação em materiais recicláveis, capacitando setores para práticas sustentáveis e garantindo fiscalização eficiente”.

As dez propostas finais foram construídas em três grandes etapas: as conferências municipais, intermunicipais e livres (uma delas na UFSC), que elegeram mais de duas mil propostas, das quais 500 foram priorizadas pelas conferências estaduais. A etapa nacional contou com a participação de 1.759 municípios do Brasil e reuniu cerca de 3 mil pessoas durante as atividades em Brasília.
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Pesquisa da UFSC descreve dados inéditos sobre o consumo de melato da Bracatinga por aves

31/03/2025 10:01

Beija-flor é consumidor de melato (Joana Mattos)

Ele tem cerca de 10 centímetros, penas brancas e esverdeadas e, segundo registros do WikiAves, alimenta-se do néctar de flores e de insetos. Mas não só: uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Santa Catarina descobriu que o pequeno Beija-flor-de-papo-branco, o Leucochloris albicollis, é um voraz consumidor do melato de Bracatinga, um líquido doce excretado por cochonilhas que se alimentam da seiva de uma árvore típica do Planalto catarinense.

A pesquisa Efeitos da disponibilidade de melato nas interações ecológicas, riqueza e diversidade de aves no sul do Brasil, desenvolvida por Joana Nascimento de Mattos com orientação dos professores Eduardo Giehl e Guilherme Brito, terá parte dos seus resultados publicados pela revista Journal of Ornithology, reforçando o ineditismo das descobertas realizadas na dissertação de Joana. O estudo é financiado pelo programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração que estuda a biodiversidade do estado de Santa Catarina (PELD BISC).

Há poucos dados sobre as interações ecológicas a partir do melato da Bracatinga. “Tem bastante coisa relacionada ao mel e abelhas, mas quase nada das interações ecológicas e importância do recurso extra utilização por humanos”, observa o professor. “É um trabalho que começamos e há pouquíssimos estudos pelo mundo. No Brasil, tem só um artigo publicado”, lembra Joana.

Entre os escassos trabalhos publicados no mundo sobre essa interação, há investigações sobre outras espécies de plantas. “Já no Brasil, com a Bracatinga, não tem nenhum publicado. O único é com Ingá sp, outra planta, mas que não tem relação com produção de mel. Então esse será o primeiro com a interação com o melato de bracatinga”, explica a pesquisadora.
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Professor da UFSC é homenageado na Assembleia Legislativa

11/03/2025 17:25

Professor Paulo Horta é homenageado na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Reprodução: Agência Alesc

O professor do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paulo Horta foi homenageado na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) na segunda-feira, 10 de março. O professor recebeu a homenagem devido à sua atuação na coordenação de projetos de pesquisa relacionados às mudanças climáticas e à poluição marinha.

“Nosso trabalho é resultado do engajamento e dos instrumentos institucionais de nossa universidade pública e de muita qualidade”, afirma.

Foram 26 homenageados na sessão especial, cujo tema foi a Campanha da Fraternidade 2025, desenvolvida anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e tem como mote “Fraternidade e Ecologia Integral”. No evento, foram feitas falas sobre a necessidade de preservação do meio ambiente, o agravamento da crise climática e a urgência de ações que mitiguem as mudanças climáticas.

Mais informações no site da Agência Alesc.

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Nota de pesar: falece Marília Medeiros, professora aposentada do Centro de Ciências Biológicas

10/03/2025 09:09

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica com pesar o falecimento da professora aposentada Marília Medeiros, docente do Centro de Ciências Biolôgicas (CCB), ocorrido na segunda-feira, dia 3 de março, aos 84 anos.

Natural de Blumenau, Marília foi aluna da graduação em Biologia na UFSC e ingressou como professora na instituição em 1978, no então Departamento de Biologia, Ecologia e Zoologia – setor que, em 1996, tornou-se o atual Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética (BEG).

A professora aposentou-se em 1998, depois de 42 anos de docência. Além de duas décadas somente na UFSC, lecionou também no Colégio Catarinense e no Instituto Estadual de Educação (IEE). Filha de Carlos e Rosa Medeiros, Marília tem três filhos – Carlos José, Carla e Carolina – e deixa a irmã Rosamaria, primos e sobrinhos.

O velório e a cremação aconteceram em Florianópolis na última terça-feira, dia 4 de março.

A Universidade e sua comunidade solidarizam-se com os familiares e amigos da professora Marília Medeiros
neste momento de luto.

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Um dos maiores cogumelos do mundo aparece na Botânica da UFSC, em Florianópolis

28/02/2025 11:08

Uma espécie rara de fungo, que produz um dos maiores cogumelos do mundo, com o chapeu podendo chegar até 80 centímetros de diâmetro, está crescendo no Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no bairro Trindade, em Florianópolis. O cogumelo pode ser visitado no local, desde que os visitantes respeitem as faixas de segurança e evitem tocá-lo. A espécie, denominada Kusaghiporia talpae, foi encontrada na base de uma árvore, próxima à composteira do departamento.

Fungo pode chegar a 80 centímetros de diâmetro. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

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UFSC terá pesquisa sobre câncer com equipamentos de ponta e ganha novos laboratórios

26/02/2025 11:05

MultiCell é um dos espaços inaugurados e vai atuar na criopreservação celular e a capacitação de recursos humanos em técnicas de cultivo e propagação de células animais para fins biotecnológicos. Foto: Divulgação/UFSC

Três laboratórios com novos equipamentos para a execução de pesquisas de ponta foram oficialmente inaugurados nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O complexo de laboratórios multiusuários foi viabilizado com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) e vai ser base, entre outras coisas, para as pesquisas do recém formalizado Instituto Multidisciplinar de Pesquisas do Câncer e Tratamentos Oncológicos (Impacto) da UFSC.

O professor Edroaldo Lummertz da Rocha é o coordenador do Centro de Inovação Biotecnológica e Molecular (CinBio), que recebeu aproximadamente R$2,5 milhões em recursos para a compra de três equipamentos de grande porte, inéditos em Santa Catarina. “São equipamentos que poderão ser usados em outras pesquisas e para estudar qualquer tipo de doença, mas para nós são importantes para as pesquisas do câncer”, comenta.

O Citômetro de fluxo, por exemplo, faz análises imunológicas e de tipos celulares, como se fosse uma anatomia da célula. “O uso geral é para definir a composição celular de amostra de tecido ou órgão. Com ele é possível quantificar muito mais moléculas simultaneamente”, explica o professor. O equipamento, que em universidades é escasso, foi instalado em agosto e utilizado cerca de dez vezes para pesquisas sobre o câncer de mama.

Um outro equipamento inédito e que agora é operado no novo espaço da UFSC é o TapeStation, capaz de analisar fragmentos de RNA para entender, por exemplo, quais genes são expressos nas células relacionadas ao câncer com relação às saudáveis. No laboratório, a equipe utilizou para gerar a primeira coleção de genes mais aberrantes em camundongos com câncer de mama e sem câncer de mama. “O equipamento faz sequenciamento de última geração de amostras biológicas associadas ao câncer. Com ele é possível verificar como inibir processos de metástase”, explica.
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Professora da UFSC integra equipe premiada em desafio internacional de biodiversidade

21/02/2025 08:04

Trabalho em equipe rendeu o terceiro lugar para o Brazilian Team, formado por pesquisadores brasileiros de diversas regiões e parceiros internacionais. (Foto: Divulgação)

A professora Juliana de Paula Souza, do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi uma das cientistas premiadas no desafio XPRIZE Rainforest, patrocinado pelo Instituto Alana. A competição teve duração de cinco anos e terminou em novembro de 2024, durante a cúpula do G20 no Brasil. A experiência, segundo a docente, foi marcante por demonstrar a força da cooperação entre pesquisadores de diferentes áreas.

“Um dos resultados mais positivos dessa experiência foi a constatação de que a colaboração entre cientistas de áreas aparentemente tão distantes quanto as de biológicas (no nosso caso, Botânica), tecnologia (Robótica e Inteligência Artificial) e socioeconomia é fundamental para acelerar o processo de levantamentos e estudos em biodiversidade”, aponta. 

A professora complementa que a velocidade com que a destruição de hábitats vem ocorrendo pede que a ciência desenvolva soluções também ágeis. “É esse conhecimento que alicerça a construção de políticas públicas de preservação e recuperação de áreas degradadas. O que eu percebi trabalhando com esses colegas da tecnologia é que muitas das dificuldades, algumas até impeditivas para a coleta e processamento de dados biológicos, podem ter soluções simples e às vezes muito baratas”, reflete a pesquisadora. 
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Curso de Verão em Neurociências tem inscrições abertas até 27 de janeiro

20/01/2025 10:03

O Programa de Pós-Graduação em Neurociências (PPGNeuro) da UFSC está com inscrições abertas para o Curso de Verão em Neurociências, que ocorrerá em formato híbrido de 17 a 21 de fevereiro no Auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB) e também via web conferência. O curso, destinado a estudantes de graduação e pós-graduação do Centro e a profissionais interessados, oferece uma oportunidade única para aprofundar os conhecimentos na área.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 27 de janeiro, com valor de participação a R$100. Ao final do curso, os participantes receberão um certificado de 30 horas. Para se inscrever e obter mais informações, acesse o site do evento.

O tema do curso será “O Universo das Neurociências”, e, segundo os organizadores, promete ser uma verdadeira jornada intergaláctica pelos principais conceitos da neurociência, abordando desde aspectos básicos, como a história da neurociência, neuroanatomia, sinapses, neurotransmissores e neurofarmacologia, até temas mais complexos, apresentados por meio de palestras especializadas. Serão oferecidas aulas teóricas e práticas, promovendo uma troca intensa de aprendizado durante toda a semana.

Mais informações no site ou no Instagram do Programa de Pós-Graduação em Neurociências @ppgneuroufsc.

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Programa de Pós-Graduação em Neurociências abre inscrições para mestrado e doutorado

18/12/2024 09:30

O Programa de Pós-Graduação em Neurociências (PPGNeuro) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abre as inscrições para os processos seletivos de mestrado e doutorado, para ingresso no primeiro semestre de 2025. As inscrições para o mestrado iniciam-se em 20 de dezembro e vão até 12 de fevereiro de 2025. Para o doutorado, o prazo de inscrição vai de 30 de dezembro a 7 de março de 2025. 

O PPGNeuro está inserido na área Ciências Biológicas II da Capes (Biofísica, Bioquímica, Farmacologia e Fisiologia) e é preferencialmente indicado para portadores de título de graduação e/ou mestrado nas áreas das Ciências Biológicas e da Saúde. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo Cadastro Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG).

Para esclarecimentos de dúvidas quanto ao processo seletivo, os candidatos devem contatar a Secretaria Integrada de Pós-Graduação (SIPG) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) pelo telefone (48) 3721-2714 ou pelo e-mail administrativo.sipg@contato.ufsc.br.
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Nota de pesar: falece Nelson Horácio Gabilan, professor titular do CCB

17/12/2024 08:39

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento de Nelson Horácio Gabilan, professor do Departamento de Bioquímica do Centro de Ciências Biológicas. O docente faleceu na segunda-feira, 16 de dezembro, aos 67 anos.

Nelson Gabilan era graduado em Ciências Biológicas, modalidade médica pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP, com mestrado e doutorado em Bioquímica pela mesma instituição. Ele era professor titular do Departamento de Bioquímica da UFSC.

A cerimônia de despedida ocorrerá no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis. O velório inicia às 13h desta terça-feira, 17 de dezembro, e a cremação ocorre às 16h.

A Universidade e sua comunidade solidarizam-se com os familiares e amigos do professor Nelson neste momento de luto.

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Doutoranda em Ecologia da UFSC é premiada pela segunda vez em conferência internacional

18/11/2024 09:14

Larissa Dalpaz recebe premiação durante conferência na Austrália. (Foto: Arquivo Pessoal)

Larissa Dalpaz, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, foi premiada como melhor apresentação da América Latina na Conferência sobre Biologia de Mamíferos Marinhos (Conference on the Biology of Marine Mammals), realizado na Austrália. A estudante foi premiada na noite de 15 de novembro, no encerramento do evento que ocorreu desde o dia 9 de novembro. A conferência é a mais relevante da área e reuniu cerca de 1.400 participantes de mais de 70 países.

O trabalho de Larissa consiste em um dos capítulos da tese de doutorado e é intitulado “Fishers’ perception and activity shifts in a dolphin bycatch mitigation context” (Percepções e mudanças na atividade de quem pesca no contexto de mitigação de captura acidental de golfinhos). Larissa é orientada pelos professores Fabio Daura-Jorge e Natalia Hanazaki.

“Nesse trabalho apresentamos os resultados de um esforço para olhar as capturas acidentais a partir de um olhar social e ecológico. Nós entrevistamos mais de 120 pescadores e pescadoras para investigar suas condições socioeconômicas, evidências de disparidades sociais, suas percepções sobre a captura acidental de golfinhos e possíveis mudanças em suas atividades de pesca. Com esses elementos, buscamos entender as possíveis repercussões de uma zona de exclusão de pesca implementada para reduzir as capturas acidentais de botos-da-tainha (Tursiops truncatus gephyreus) em Laguna (SC)”, explica Larissa.

Figura da pesquisa de Larissa Dalpaz demontra a localização das lagoas de Santo Antônio dos Anjos e Imaruí, com destaque para as comunidades entrevistadas (pontos vermelhos), além áreas onde acontece a pesca cooperativa entre botos e pescadores (pontos azuis) e as zonas de exclusão de pesca (pontos amarelos). As áreas em verde e vermelho são áreas de vida dos botos de Laguna.

A pesquisadora alerta que capturas acidentais são uma grave ameaça para baleias, golfinhos e muitos outros animais, além de, ao mesmo tempo, trazerem prejuízos para quem pesca. “É uma situação que ninguém quer que aconteça. Em Laguna, o cenário é especialmente delicado: temos uma população de botos ameaçada, vítima de capturas acidentais, e uma comunidade pesqueira bastante diversa. Além disso, alguns desses botos participam de uma interação positiva com um grupo de pescadores, na qual tanto botos quanto seres humanos atuam juntos para pescar tainhas. Com as capturas acidentais de botos, essa interação entre botos e seres humanos também fica ameaçada”.

Além de apresentado na Conferência, o trabalho foi recentemente publicado na revista Ocean and Coastal Management.

“Com nossos resultados pudemos ajudar a entender cenários e consequências tanto das capturas acidentais quanto das medidas implementadas para reduzir essas capturas. A partir daí, propusemos soluções que podem ser duplamente benéficas, tanto para garantir a viabilidade da pesca quanto da população de botos, além de contribuir para a preservação da pesca cooperativa entre esses animais e seres humanos”.

Essa é a segunda vez que a estudante é premiada nesta categoria. Em 2019, Larissa apresentou sua dissertação de mestrado e recebeu o prêmio de melhor apresentação na edição do evento realizada em Barcelona (Espanha). O projeto de doutorado é realizado em parceria entre o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (Lamaq) e o Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica (ECOHE) da UFSC, além do PELD-SELA (Projeto Ecológico de Longa Duração do Sistema Estuarino de Laguna e Adjacências). A participação da aluna na Conferência teve apoio do VIVA Instituto Verde e Azul.

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Pesquisadores da UFSC apresentam nova hipótese para extinção da megafauna nos últimos 60 mil anos

13/11/2024 13:15

Estudo refuta a hipótese mais defendida até então, de que os humanos foram o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no Quartenário tardio. Foto: Thomas T. (CC BY-NC-SA)

Um estudo iniciado há 12 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que as causas da extinção global de animais de grande porte — com mais de 44 kg — , conhecidos como megafauna, estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas naturais que ocorreram entre os últimos 60 e 10 mil anos, durante o período geológico do Quaternário tardio. A conclusão refuta a hipótese mais defendida até então, de que a chegada dos grupos humanos aos continentes e ilhas foi o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no planeta.

O artigo Seasonality and desertification drove the global extinction of megafauna in the late Quaternary, ou Sazonalidade e desertificação levaram à extinção global da megafauna no Quaternário tardio em português, foi publicado em setembro deste ano na revista científica Quaternary Science Reviews. O estudo contou com a participação de seis pesquisadores brasileiros de universidades federais, três deles da UFSC: Maurício Graipel e Jorge Cherem, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e Paul Momsen Miller, do Centro de Ciências Agrárias (CCA). 

A pesquisa aponta que a dispersão humana nos continentes e ilhas ocorreu simultaneamente a momentos críticos nos parâmetros de obliquidade da Terra (ângulo de inclinação do planeta em relação ao Sol) e a baixos níveis atmosféricos de gás carbônico (CO2), que ocasionaram períodos de alta sazonalidade e desertificações no globo.
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Nota de pesar: falece Ricardo Tramonte, professor aposentado do Centro de Ciências Biológicas da UFSC

26/09/2024 16:25

Ricardo Tramonte (Foto: Arquivo pessoal)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informa, com pesar, o falecimento do professor aposentado do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Ricardo Tramonte, nesta quinta-feira, 26 de setembro. Ele tinha 70 anos.

Tramonte foi professor no Departamento de Ciências Morfológicas do CCB durante 42 anos, local em que também exerceu a função de chefe. Também atuou no Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical), como 1º secretário, na Diretoria de 1986-1988, e como 1º tesoureiro, na Diretoria de 2008-2010.

Tramonte lecionou nos cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Nutrição e Psicologia, orientou o programa de pós-graduação em Ciências Médicas da universidade e foi presidente do Conselho de Curadores entre 2012 e 2014. Aposentou-se na UFSC em 2014 e, após sua aposentadoria, atuou como coordenador do curso de Biomedicina do Centro Universitário da Católica de Santa Catarina, em Joinville.

O velório ocorre às 16h desta quinta-feira, dia 26, no Crematório Vaticano, em São José. Mais tarde, às 20h30, acontece a cerimônia de despedida.

A comunidade universitária oferece suas condolências e solidariza-se com a família e amigos do professor Tramonte.

 

com informações da Apufsc-Sindical

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Programa de pós-graduação oferece curso em Biologia Celular e do Desenvolvimento

23/08/2024 12:19

O Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento (PPGBCD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove o II Curso de Inverno em Biologia Celular e do Desenvolvimento. O evento acontecerá nos dias 29 e 30 de agosto, das 8h30 às 17h, no Auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), localizado no campus de Florianópolis.

As inscrições vão até segunda-feira, 26 de agosto, e podem ser feitas por este formulário. O valor de R$ 35,00 garante uma vaga em um dos três minicursos disponíveis, acesso às palestras, todos os coffee breaks, sorteios e brindes. A ocupação de vagas dos minicursos será dada por ordem de inscrição.

A lista de vagas ocupadas e relação de inscritos será divulgada próximo da data do curso pelo instagram do PPGBCD. A programação completa também está disponível no perfil.

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CFM e CCB terão desligamento programado de energia nesta sexta-feira a partir das 13h

13/08/2024 10:58

A prefeitura universitária informa que haverá desligamento programado de energia na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta sexta-feira, 16 de agosto, a partir das 13h. Está previsto um desligamento das Subestações de Energia SE01-CCB e SE02-CFM, para execução de rotina de manutenção preventiva. Serão afetados os edifícios do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM/UFSC) e do Centro de Ciências Biológicas (CCB/UFSC).

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Projeto de extensão promove estudo da empatia por meio de obras clássicas da literatura

22/07/2024 17:05

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove o projeto de extensão Era uma vez… e a neurociência: estudo da empatia por meio de obras clássicas da literaturaEste ano, o projeto está sendo dedicado ao estudo de obras de Franz Kafka, com reuniões presenciais quinzenais que abordam sobre a empatia na literatura clássica. As reuniões não exigem inscrições prévias ou conhecimento do assunto. Os encontros acontecerão a partir de quarta-feira, 24 de julho, até 21 de novembro na sala 406 do bloco G do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Campus de Florianópolis, no bairro Córrego Grande. Haverá emissão de certificado com frequência mínima de 75%.

A atividade é coordenada pela professora Samira Schultz Mansur, do Departamento de Ciências Morfológicas (MOR/CCB) e desenvolvida juntamente com Ana Carolina Romani, bolsista do PROBOLSAS, e Mariana Santos, voluntária, ambas do curso de Psicologia. A participação é gratuita e aberta à comunidade, o requisito é que o participante leia as obras agendadas e se interesse em conversas sobre livros e situações narradas relacionadas ao comportamento humano, já que os encontros serão direcionados com atenção ao envolvimento emocional, cognitivo e motivacional relacionado à obra. A perspectiva é incentivar e despertar o interesse pela leitura de obras clássicas permitindo entender comportamentos, em especial relacionados a empatia, fazendo reflexões de forma análoga ao que acontece no cotidiano.

 

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UFSC na mídia: práticas sustentáveis na agricultura e pecuária de Santa Catarina são matéria do Jornal Nacional

24/06/2024 12:27

Professor Alberto Lindner foi uma das fontes entrevistadas para a reportagem. (Foto: Reprodução/Globoplay)

O Jornal Nacional deste sábado, 22 de junho, trouxe uma reportagem sobre as práticas sustentáveis aplicadas na agricultura e pecuária no estado de Santa Catarina. Uma das fontes ouvidas foi o professor Alberto Lindner do Departamento de Ecologia e Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UFSC.

A reportagem destaca iniciativas de agricultores do Oeste de Santa Catarina, que adotaram práticas como o processamento de dejetos de animais na pecuária para a geração de energia elétrica e supressão do gás metano. Mostrou também sistemas de captação de água das chuvas para a recuperação de córregos, entre outras práticas. Em sua fala, o professor Lindner salientou a importância de promover a biodiversidade.

Assita à reportagem completa no site do Globoplay.

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Dia mundial das abelhas: pesquisas da UFSC valorizam espécies nativas sem ferrão

20/05/2024 08:06

O dia 20 de maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial das Abelhas, uma data para destacar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável e produção de alimentos. Quase 90% das espécies de flores silvestres dependem dos polinizadores, assim como 75% das plantações de alimentos. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de diversos projetos de pesquisa e extensão, programas de pós-graduação, laboratórios e iniciativas, participa dos esforços de preservar e tornar cada vez mais conhecidos esses importantes agentes de polinização.

 

Deus salve as abelhas

 

UFSC já catalogou mais de 300 espécies em Santa Catarina, indicando que abelhas nativas sem ferrão possam ser a chave para sustentabilidade ambiental

Acesse esta matéria em formato multimídia pelo site UFSC Ciência

Em 1977 era apresentado ao mundo um dos personagens mais icônicos dos desenhos infantis — o Ursinho Pooh, que sempre entrava nas mais inimagináveis confusões para saciar sua fome de mel. Quinze anos depois, em 1992, o Candyman era responsável por aterrorizar qualquer um que dissesse seu nome cinco vezes na frente de um espelho. Dezembro de 2007 marcou o clássico animado Bee Movie, no qual acompanhamos a abelha Barry se revoltar contra os humanos na tentativa de recuperar seu precioso mel. O que torna esses filmes e personagens comuns entre si é a presença caricata das abelhas — simpáticos insetos coloridos de listras pretas e amarelas, pequenas asas, temperamento forte e, é claro, o mel.

Bugias são abelhas nativas cada vez mais raras na natureza. (Foto: Letícia Schlemper de Souza Gonçalves)

Abelhas europeias, ou africanizadas, da espécie Apis mellifera, foram trazidas do continente europeu e introduzidas no Brasil no século XIX e desde então dominam a economia. Em 2021, houve recorde de produção, com 55,8 mil toneladas de mel, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.). Essas abelhas não somente são usadas na produção de mel, como também na agricultura, para ajudar no processo de polinização dos campos. Dados fornecidos pelo Censo Agropecuário do IBGE e pelo Atlas da Apicultura no Brasil apontam que existem mais de 100 mil estabelecimentos que fazem uso da apicultura, distribuídos entre todos os 26 estados e Distrito Federal. Porém,  sendo uma espécie exótica no nosso país, essas abelhas competem com outros polinizadores nativos para produzir alimento. 

A biodiversidade desempenha um papel vital em nosso ecossistema, e as abelhas desempenham um papel especialmente significativo nesse equilíbrio. E assim como destaca o nome do single da banda catarinense Exclusive os Cabides, é de extrema importância a preservação desses polinizadores. Embora a situação atual das abelhas no país possa ser considerada estável, é crucial concentrar esforços de conservação em tipos específicos de abelhas. Surge a pergunta: ao clamarmos “Deus Salve as Abelhas”, qual subespécie ou variedade de abelhas merece uma atenção mais dedicada na busca pela preservação da biodiversidade?

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Pós-Graduação em Farmacologia abre seleção de doutorado

29/04/2024 11:48

O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia (PPGFMC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abre inscrições, de 29 de abril a 28 de maio para novos alunos de doutorado. São ofertadas cinco vagas, conforme edital publicado. As inscrições podem ser realizadas por meio do sistema online.

As inscrições são gratuitas e o resultado final será conhecido a partir de 11 de junho. Os alunos selecionados iniciarão o curso no segundo semestre de 2024. Os cursos de pós-graduação em Farmacologia têm por objetivo a formação de recursos humanos qualificados para o exercício da pesquisa científica e da docência em Ensino Superior. Além da formação sólida para atuar em universidades e institutos de pesquisa, os pós-graduados do PPGFMC são qualificados para desenvolver atividades científica e tecnológica no setor industrial (notadamente na indústria farmacêutica nacional e internacional), bem como para atividades empreendedoras.

Para  este  edital  estão  disponíveis  até  três   bolsas  de  doutorado,  sendo  uma  delas  fomentada  pelo  CNPq (gerenciada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação) e outras duas pela CAPES (gerenciada pelo PPGFMC), todas com duração de 48 meses. Interessados em mais informações podem procurar a Secretaria Integrada  de  Pós-Graduação (SIPG) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC pelo e-mail ppgfarmaco@contato.ufsc.br, ou telefones do setor.

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Grupo de pesquisadores alerta sobre projeto de lei que ameaça os campos nativos brasileiros

16/04/2024 09:35

O Planalto Catarinense é uma das áreas ameaçadas pelo Projeto de Lei. (Foto: Arquivo Pessoal/Michele Dechoum)

Um grupo de pesquisadores brasileiros que inclui a professora Michele de Sá Dechoum do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) assina uma carta publicada na revista Science, no último dia 11 de abril, a respeito do Projeto de Lei 364/19, aprovado em março de 2024 na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Segundo os pesquisadores, se aprovada, a legislação poderá deixar 48 milhões de hectares de campos nativos em todo o país desprotegidos.

O projeto altera a Lei de Proteção da Vegetação Nativa e permite que uma área maior do que o Paraguai possa ser livremente convertida para uso agrícola, minerário ou urbano sem qualquer tipo de limitação ou autorização administrativa. Na publicação em uma das mais renomadas revistas científicas do mundo é feito um alerta sobre os riscos à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável caso o PL 364/19 passe pelo Senado e seja sancionado pela Presidência da República.

“A aprovação desse PL vai contra qualquer reconhecimento da relevância sociocultural, ambiental e econômica dos campos nativos do Planalto Catarinense. Os campos são importantes não só do ponto de vista de qualidade ambiental, mas também na perspectiva de geração de renda por meio do turismo e da pecuária extensiva. É fundamental que a sociedade catarinense entenda a gravidade da aprovação desse PL e se manifeste contrariamente ao mesmo,” reforça a professora Michele.

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