Doutoranda em Ecologia da UFSC é premiada pela segunda vez em conferência internacional

18/11/2024 09:14

Larissa Dalpaz recebe premiação durante conferência na Austrália. (Foto: Arquivo Pessoal)

Larissa Dalpaz, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, foi premiada como melhor apresentação da América Latina na Conferência sobre Biologia de Mamíferos Marinhos (Conference on the Biology of Marine Mammals), realizado na Austrália. A estudante foi premiada na noite de 15 de novembro, no encerramento do evento que ocorreu desde o dia 9 de novembro. A conferência é a mais relevante da área e reuniu cerca de 1.400 participantes de mais de 70 países.

O trabalho de Larissa consiste em um dos capítulos da tese de doutorado e é intitulado “Fishers’ perception and activity shifts in a dolphin bycatch mitigation context” (Percepções e mudanças na atividade de quem pesca no contexto de mitigação de captura acidental de golfinhos). Larissa é orientada pelos professores Fabio Daura-Jorge e Natalia Hanazaki.

“Nesse trabalho apresentamos os resultados de um esforço para olhar as capturas acidentais a partir de um olhar social e ecológico. Nós entrevistamos mais de 120 pescadores e pescadoras para investigar suas condições socioeconômicas, evidências de disparidades sociais, suas percepções sobre a captura acidental de golfinhos e possíveis mudanças em suas atividades de pesca. Com esses elementos, buscamos entender as possíveis repercussões de uma zona de exclusão de pesca implementada para reduzir as capturas acidentais de botos-da-tainha (Tursiops truncatus gephyreus) em Laguna (SC)”, explica Larissa.

Figura da pesquisa de Larissa Dalpaz demontra a localização das lagoas de Santo Antônio dos Anjos e Imaruí, com destaque para as comunidades entrevistadas (pontos vermelhos), além áreas onde acontece a pesca cooperativa entre botos e pescadores (pontos azuis) e as zonas de exclusão de pesca (pontos amarelos). As áreas em verde e vermelho são áreas de vida dos botos de Laguna.

A pesquisadora alerta que capturas acidentais são uma grave ameaça para baleias, golfinhos e muitos outros animais, além de, ao mesmo tempo, trazerem prejuízos para quem pesca. “É uma situação que ninguém quer que aconteça. Em Laguna, o cenário é especialmente delicado: temos uma população de botos ameaçada, vítima de capturas acidentais, e uma comunidade pesqueira bastante diversa. Além disso, alguns desses botos participam de uma interação positiva com um grupo de pescadores, na qual tanto botos quanto seres humanos atuam juntos para pescar tainhas. Com as capturas acidentais de botos, essa interação entre botos e seres humanos também fica ameaçada”.

Além de apresentado na Conferência, o trabalho foi recentemente publicado na revista Ocean and Coastal Management.

“Com nossos resultados pudemos ajudar a entender cenários e consequências tanto das capturas acidentais quanto das medidas implementadas para reduzir essas capturas. A partir daí, propusemos soluções que podem ser duplamente benéficas, tanto para garantir a viabilidade da pesca quanto da população de botos, além de contribuir para a preservação da pesca cooperativa entre esses animais e seres humanos”.

Essa é a segunda vez que a estudante é premiada nesta categoria. Em 2019, Larissa apresentou sua dissertação de mestrado e recebeu o prêmio de melhor apresentação na edição do evento realizada em Barcelona (Espanha). O projeto de doutorado é realizado em parceria entre o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (Lamaq) e o Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica (ECOHE) da UFSC, além do PELD-SELA (Projeto Ecológico de Longa Duração do Sistema Estuarino de Laguna e Adjacências). A participação da aluna na Conferência teve apoio do VIVA Instituto Verde e Azul.

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Editora da UFSC lança e-book com histórias do sul de Santa Catarina

06/07/2021 15:01

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) lançou, em parceria com a FGV Editora, o e-book Revisitar Laguna: histórias de conexões atlânticas. A obra, que é organizada por Beatriz Gallotti Mamigonian e Thiago Juliano Sayão, “coloca a história da região Sul de Santa Catarina no contexto atlântico como espaço de trânsitos culturais, trocas econômicas e embates políticos envolvendo grupos ameríndios, europeus e africanos desde o século XVI”. Cada capítulo busca “ampliar o repertório de passados e provocar a imaginar novos futuros”.

O e-book por ser adquirido no site da Editora FGV por R$35. A EdUFSC também disponibiliza uma “estante aberta“, com mais de 60 e-books gratuitos. As obras podem ser acessadas aqui.

Mais informações sobre o e-book estão disponíveis aqui.

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UFSC na mídia: Museu Nacional abrigava acervo de sambaquis do Sul de Santa Catarina

06/09/2018 10:13

O Museu Nacional, que queimou por cerca de seis horas, entre a noite de domingo (03) e a madrugada desta segunda-feira (04), no Rio de Janeiro, abrigava mais de 20 milhões de itens históricos do Brasil e de culturas estrangeiras como a coleção egípcia adquirida por Dom Pedro I. Além de ser a casa do fóssil humano mais antigo já encontrado no país, o Museu também hospedava história catarinense.

Museu Nacional, no Rio de Janeiro, foi tomado por um incêndio na noite deste domingo - Tânia Rego/Agência Brasil/Divulgação/ND

Museu Nacional, no Rio de Janeiro foi tomado por um incêndio na noite deste domingo. Foto: Tânia Rego/Agência Brasil/Divulgação/ND

De acordo com a arqueóloga Luciane Zanenga Scherer, do Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral da Universidade Federal de Santa Catarina (MArquE/UFSC), a instituição abrigava o acervo Sambaqui de Cabeçuda oriundo de pesquisa do arqueólogo Luiz de Castro Faria. A descoberta dos esqueletos, fósseis e outros materiais ocorreu na década de 1960, em Laguna, no Sul do Estado.

Como na época não havia museu consolidado na região, o pesquisador decidiu levar os achados para o Rio de Janeiro, a fim de preservar a história contida no material encontrado.

“Não foi só esse (acervo) perdido, mas muito mais se foi. Não se sabe ainda se vai ser possível recuperar alguma coisa. Será preciso fazer uma escavação nos escombros. Mas o que estava na exposição queimou tudo”, lamentou Luciane.

A arqueóloga fez a pós-graduação e estava cursando o doutorado nas dependências do Museu Nacional, que é vinculado à UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

“Era uma tragédia anunciada, os órgãos públicos não estavam nem aí. Imagine os professores que tinham seus laboratórios lá, não é só pelo prédio, mas por tudo o que estava lá dentro. É muito triste que tantas outras instituições de patrimônio estejam nessa mesma situação, sendo negligenciadas pelo poder público”, criticou a professora.

Bombeiros controlaram incêndio no Museu Nacional por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira - Dhavid Normando/Futura Press/Folhapress

Bombeiros controlaram incêndio no Museu Nacional por volta das 2h da madrugada desta segunda-feira. Foto: Dhavid Normando/Futura Press/Folhapress

Ao longo desta segunda-feira, as equipes dos bombeiros permaneceram no local fazendo trabalho de rescaldo. O Ministério da Cultura ventilou duas possibilidades para a causa do incêndio que ainda está sob investigação: queda de um balão no teto do edifício e curto-circuito em um laboratório. Profissionais que atuavam no espaço criticaram a falta de manutenção. Além disso, o trabalho dos bombeiros teria sido dificultado em função dos hidrantes do prédio estariam descarregados.

Fonte: Notícias do Dia, de 3/9/2018

 

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Experiências de Educação Patrimonial é tema de palestra no dia 7

01/11/2017 13:25

A palestra “Experiências de Educação Patrimonial em Laguna”, ministrada pelo professor Douglas Heidtmann Junior, ocorre no dia 7 de novembro, às 15h, no auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da UFSC.

Palestrante

Douglas é pesquisador graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pelotas, Mestrado e Doutorado pela UFSC, na área de Preservação do Patrimônio Cultural. Especialista em Gestão da Paisagens Culturais junto ao curso “Formation des experts internationaux en Conservation, gestion et valorisation durables des Paysages culturels et des systemes et sites patrimoniaux” por meio do consórcio de universidades europeias (Université Jean Monnet, França, Università degli Studi di Napoli Federico II, Itália e Universität Stuttgart, Alemanha).

Mais informações por telefone (48) 3721-9325

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Seminário sobre ocultamento do associativismo negro em Laguna antes e depois da Abolição

03/12/2014 16:27

10.12.14O seminário “Notas sobre o ocultamento do associativismo negro na cidade de Laguna antes e depois da Abolição” é aberto ao público e será realizado no dia 10 de dezembro, com Thiago Juliano Sayão, às 18h30min, na sala 301 do Espaço Físico Integrado (EFI).

O EFI, também conhecido como Bloco I, é um prédio de seis andares, localizado atrás do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), que dá acesso à entrada principal do EFI. Qualquer dúvida sobre a localização acessar a página: http://efi.prograd.ufsc.br/files/2013/09/mapa-acesso-EFI-013.jpg

Mais informações: (48) 3721-2024

 

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