Pesquisa da UFSC procura entender se pessoas obesas podem ser mais esquecidas
Episódios de esquecimento podem estar relacionados à obesidade? Essa é uma pergunta que uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) busca evidências para responder. “Apesar da vasta literatura sobre obesidade e cognição, a associação específica entre gordura visceral e aspectos de memória relacionados ao hipocampo ainda é pouco explorada, representando uma lacuna relevante a ser investigada”, diz a pesquisadora Daniele Teixeira Jerônimo, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da UFSC.
A pesquisa Associação entre a gordura visceral e aspectos de memórias relacionada ao hipocampo em indivíduos adultos com obesidade, que é projeto de mestrado de Daniele e ainda está no início, tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), através do Grupo de Pesquisa Neurociência Nutricional Translacional.
O estudo tem como objetivo observar a associação entre a gordura visceral nas funções de memória relacionada à região do cérebro chamada hipocampo. “Estudos de neuroimagem têm demonstrado que a obesidade pode afetar tanto a estrutura quanto o funcionamento cerebral, estando associada a desempenho cognitivo prejudicado, declínio cognitivo acelerado e alterações neurodegenerativas na vida adulta”, acrescenta a pesquisadora.
Pesquisa busca voluntários
Para desenvolver o estudo, será necessária a participação de voluntários. Podem se inscrever (através do formulário) pessoas entre 18 e 60 anos que possuam obesidade definida por Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior à 30 kg/m² ou que tenham eutrofia definida com IMC entre 18,5 e 24,9 kg/m². O IMC é calculado com uma fórmula matemática: divide-se o peso pela altura ao quadrado.
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