Turismo impacta a alimentação de famílias rurais em Santa Catarina, diz estudo da UFSC

11/04/2024 15:50

Professor coordena pesquisa que fornece subsídios para políticas públicas sobre segurança alimentar

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui

Pesquisadores da UFSC estudam o impacto do encarecimento de alimentos na dieta de famílias do interior de Santa Catarina. Ilustração: Laura Araújo/NADC/UFSC

“Artesanal”, “típico” ou “gourmet”. Na tentativa de atrair consumidores, diferentes adjetivos contam histórias e agregam conteúdo simbólico aos alimentos, mas também aumentam seu preço. O custo pode ser elevado a ponto de torná-los inacessíveis até mesmo para quem tradicionalmente os produz. É o caso de Timbé do Sul, município do sul de Santa Catarina, cujos agricultores não conseguem reter para o consumo doméstico o próprio queijo produzido devido à alta demanda do setor turístico.

“A substituição da agricultura pelo turismo traz consequências importantes na dieta das famílias rurais”, explica Clécio Azevedo da Silva, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisador sobre o tema dos regimes alimentares. “Elas acabam se tornando compradoras de alimentos [apesar de produzi-los]”.

Os resultados do estudo coordenado por Clécio fornecem subsídios para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à alimentação, como a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) – além de reforçar a necessidade de aplicá-las, já que não há um sistema de fiscalização sobre elas.

A criação de espaços de segurança alimentar e nutricional é especialmente importante para contextos mais propensos a vulnerabilidades, como os pequenos municípios, afirma a estudante Tainara de Souza, do curso de Graduação em Geografia da UFSC. Timbé do Sul é vizinha de Praia Grande, a “capital dos cânions” famosa pelo destino turístico dos geoparques. Situados na mesma região sul de Santa Catarina, somam pouco mais de 12 mil habitantes.
(mais…)

Tags: agrotóxicosalimentaçãoalimentos agroecológicosCentro de Filosofia e Ciências HumanasCFHClécio Azevedo da SilvaDepartamento de GeociênciasDepartamento de Geografiafamílias ruraisNADCNúcleo de Apoio a Divulgação CientíficanutriçãoPraia GrandeTainara de SouzaTimbé do SulturismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Grupo da UFSC pesquisa o cicloturismo e busca desenvolver a modalidade no Brasil

28/03/2024 14:00

 

Ciclistas na Praia da Pinheira, percorrendo a Rota da Baleia Franca. Foto: Divulgação.

O Grupo de Pesquisa BikeTour Cicloturismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o emergente tema de pesquisa e contribuir para o desenvolvimento da ciclomobilidade no Brasil, especialmente em Santa Catarina. Criado em 2022, é o único grupo de pesquisa focado no cicloturismo (urbano, rural e em unidades de conservação) e o primeiro na região sul do país.

De acordo com o professor Marcos Bosquetti, do Departamento de Ciências da Administração (CAD/CSE/UFSC) e líder do grupo, “o cicloturismo é um indutor do desenvolvimento territorial sustentável e uma alternativa ao modelo dominante de turismo de massa com seus impactos negativos no meio ambiente e na sociedade. Trata-se de um segmento do turismo sustentável. Isto, por si só, já justifica desenvolver pesquisa sobre cicloturismo. Além do mais, o Brasil,  apesar do  seu  considerável  potencial  para  o  cicloturismo,  ainda  carece  de estudos  e propostas para alavancar este segmento bastante promissor para o país.” 
(mais…)

Tags: BiketourCADciclomobilidadecicloturismocicloviaCircuito de CicloturismoDepartamento de Ciências da AdministraçãoFlorianópolisGrupo de Pesquisa BikeTour Cicloturismogrupos de pesquisaMarcos BosquettiSlow Citiesslow travelturismoUFSC

Fortaleza de São José da Ponta Grossa reabre ao público com música e teatro

12/02/2023 20:47

Dona Bilica e Banda Cucamonga se apresentam na Capela. Fotos: Salvador Gomes/Agecom/UFSC.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, em Florianópolis, reabriu à visitação neste domingo, 12 de fevereiro, com música e teatro. A Dona Bilica, personagem da cultura local, atraiu o público até a Capela da fortificação para contar causos da Ilha de Santa Catarina e foi acompanhada da Banda Cucamonga. O evento foi organizado pela Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A fortaleza abre todos os dias, das 8h30 às 18h30. Visite o site da CFISC para mais informações.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa passou recentemente por obras de restauração e requalificação, projetadas e executadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A UFSC é a gestora do monumento, assim como administra a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones – todas na baía norte da Grande Florianópolis.

Para marcar a reabertura da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, houve uma cerimônia com presença do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza. “É um momento de bastante alegria para nossa Universidade. Um momento de paz e reestruturação. Também é um momento de valorização da arte, da cultura e do esporte”, discursou o reitor.

(mais…)

Tags: arte e culturaFortaleza de São José da Ponta GrossaFortalezas da Ilha de Santa CatarinaIPHAN-SCpatrimônio históricoturismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Fortaleza de São José da Ponta Grossa reabre neste domingo com Dona Bilica e Banda Cucamonga

09/02/2023 17:04

Artistas vão passear pela fortificação e contar histórias e causos. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC.

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, no norte de Florianópolis, reabre à visitação pública neste domingo, 12 de fevereiro. Para marcar a data, haverá show com Dona Bilica e Banda Cucamonga a partir das 15h. A apresentação envolve um passeio pela fortificação, com ensinamentos sobre a história e os causos das fortalezas com Dona Bilica – personagem que recupera com humor o jeito de ser e de falar dos moradores da Grande Florianópolis. Na sexta-feira, 10 de fevereiro, a mesma apresentação, em forma de aquecimento para a reabertura, fará parte da recepção de quem desembarcar na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em Governador Celso Ramos, a partir das 15h. Os eventos são uma promoção da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa passou recentemente por um processo de nova restauração e de requalificação do bem. Os obras foram custeadas pelo Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, com projetos, contratos, gestão e fiscalização da superintendência do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Santa Catarina. Há novos equipamentos e novos atrativos no local, como a luneta em que se pode apreciar as outras fortificações do Triângulo Defensivo da Baía Norte – a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones -, além de novas exposições, canhões recuperados e nova infraestrutura de sanitários.

(mais…)

Tags: Coordenadoria das Fortalezas da Ilha da Santa CatarinaDona BilicaFortalezaFortaleza de São José da Ponta Grossapatrimônio históricoturismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Tour virtual apresenta a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones a partir deste domingo, dia 19

17/09/2021 10:09

A Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina da Universidade Federal de Santa Catarina (CFISC/UFSC), em parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), estreia no próximo domingo, 19 de setembro, às 10h, o primeiro vídeo de uma série que faz o tour virtual da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones. A série, com dez produções, será disponibilizada no canal do IFSC Florianópolis-Continente no YouTube ao longo das próximas semanas, sempre aos domingos.

O tour virtual da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones foi produzido por alunos do Curso Técnico em Guia de Turismo do Campus Florianópolis-Continente, sob coordenação da professora Maria Helena Alemany Soares, e traz informações gerais e curiosidades sobre a construção. Além de contar com imagens de diferentes fases da história da fortificação, com narração dos alunos, há diferentes recursos para ajudar na compreensão do assunto – como a visualização do Triângulo Defensivo da Baía Norte. Os vídeos são acompanhados também de tradução para Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A parceria entre IFSC e UFSC já produziu, no ano passado, vídeos de guiamento para a Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Anteriormente, a iniciativa era feita de forma presencial. Em 2018 e 2019, os alunos do IFSC guiaram mais de 3,8 mil visitantes pela Fortaleza de São José da Ponta Grossa. A maioria desse público saiu muito satisfeito do passeio. Este ano, o projeto de guiamento ganhou essa outra versão virtual, contando dessa vez detalhes sobre a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones.

Para acompanhar os episódios, siga a fanpage no Facebook ou o perfil no Instagram.

 

 

Tags: CFISCculturaEstreiaFortaleza de Santo Antônio de RatoneshistóriaIFSCsérie de vídeosturismoUFSC

Fapesc e Santur realizarão live sobre edital de R$ 725 mil para pesquisa em turismo

12/03/2021 17:18

O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Fábio Zabot Holthausen, juntamente com o presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo de Santa Catarina (Santur), Leandro “Mané” Ferrari, vão realizar uma live sobre o edital Nº 02/2021, que vai destinar R$ 725 mil à pesquisa sobre a Demanda Turística no Estado de Santa Catarina. A transmissão, que servirá para tirar dúvidas e explicar o passo a passo para a inscrição, será feita na próxima segunda-feira, 15 de março, às 15h.

Também participarão da live o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da fundação, Amauri Bogo, a gerente de Ciência e Pesquisa, Deborah Bernett, e a diretora de Estudos e Inovação da Santur, Luana Emmendoerfer. Será possível acompanhar pelo YouTube ou pelo Facebook. As perguntas feitas pelos participantes serão respondidas ao vivo.

O projeto terá 12 meses para ser executado e servirá para direcionar as políticas públicas para o setor de turismo, qualificando, quantificando e traçando o perfil de fluxos de visitantes em diferentes épocas do ano. A chamada pública para o edital foi realizada no início de março e tem prazo para submissão de projetos até o dia 1º de abril. Para conferir o edital, acesse o site: www.fapesc.sc.gov.br.

Tags: FapescSanturturismoUFSC

Turistas apontam alta satisfação em visita à Fortaleza de São José da Ponta Grossa

17/02/2021 12:14

A percepção geral de satisfação de visitantes que estiveram na Fortaleza de São José da Ponta Grossa em 2019 atingiu a nota de 9,55, de um total de 10, em uma pesquisa conduzida pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), com a participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo foi publicado no início do mês no volume 31 da Revista Turismo em Análise, editada pela Universidade de São Paulo (USP).

Os turistas apontaram como principais qualidades do atrativo a beleza do local, a possibilidade de fugir da rotina, vivendo novas experiências, e o serviço de guiamento oferecido ao visitante. O levantamento foi feito entre maio e novembro de 2019. A UFSC é a gestora da fortaleza desde 1991. Neste momento, em decorrência da pandemia de Covid-19, as fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, de Santo Antônio de Ratones e de São José da Ponta Grossa, administradas pela UFSC, estão fechadas à visitação.

O artigo “Análise da Qualidade de Serviços Turísticos na Fortaleza de São José da Ponta Grossa – Florianópolis, Utilizando o Tourqual” foi elaborado por Tiago Savi Mondo, Maria Helena Alemany Soares e Fabiana Calçada de Lamare Leite, do IFSC, e Roberto Tonera, da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da UFSC. Os dados para a análise foram coletados no local, com 398 turistas que visitaram a Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Seis pesquisadores vinculados ao Curso Superior de Gestão do Turismo do IFSC ficaram responsáveis pelas entrevistas, que foram realizadas aos finais de semana.

Além da nota para percepção geral de satisfação com o atrativo, foi solicitado aos entrevistados que atribuíssem conceitos a indicadores de qualidade, tais como limpeza, conforto, beleza, percepção de segurança, acesso, entre outros. Em média, esses indicadores receberam avaliação 4,24 – índice situado entre os conceitos “bom” e “ótimo”, já que o máximo por indicador é 5.

Mas, de acordo com o estudo, se transformada em uma escala de até 10 pontos, a nota para qualidade do atrativo ficaria em 8,48. Esse número, embora diferente da percepção geral do turista (9,55), corrobora com a hipótese levantada pelos autores da análise que “a percepção de qualidade dos visitantes da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, em Florianópolis, possui alta influência na construção da satisfação destes visitantes”.

Projeto de Guiamento
A pesquisa sobre percepção do turista na fortaleza foi fruto da parceria entre IFSC e UFSC. A aproximação das instituições ganhou força nos últimos anos com o Projeto Turismo Receptivo na Fortaleza de São José da Ponta Grossa, iniciado em 2018. Há três anos, alunos do Curso Técnico em Guia de Turismo do IFSC atendem gratuitamente visitantes na Fortaleza de São José da Ponta Grossa após uma capacitação sobre a história das fortificações, ministrada por servidores técnicos-administrativos em educação da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) da UFSC.

Em 2020, devido à pandemia de Covid-19 e o fechamento da fortaleza à visitação pública, foi elaborada uma série de vídeos sobre a Fortaleza de São José da Ponta Grossa.

Tags: Fortalezas da IlhaForte de São José da Ponta GrossaSeCArteturismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC e Ministério do Turismo firmam parceria para diagnóstico de transporte turístico no país

09/10/2020 11:35

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) do Departamento de Engenharia Civil, e o Ministério do Turismo firmaram parceria para o diagnóstico das condições de circulação e de conectividade em rotas turísticas no país. Publicado no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 1º de outubro, o acordo de cooperação técnica contempla a realização de estudos e pesquisas relacionados ao planejamento do transporte turístico de passageiros.

Píer Mauá, no Rio de Janeiro. Foto: Bruna Prado/Ministério do Turismo/Divulgação

O Ministério do Turismo encomendou o “raio-X” de 30 rotas turísticas estratégicas brasileiras, contempladas pelo Programa Investe Turismo. O plano de trabalho da UFSC envolverá o mapeamento, diagnóstico e proposições referentes aos modos rodoviário, ferroviário, aquaviário e aéreo, contemplando sua infraestrutura e pontos de apoio, regulação, iniciativas de fomento, bem como a integração multimodal. O cronograma do estudo compreende 24 meses. Com isto, a conclusão está prevista para setembro de 2022.

Em entrevista à Agência de Comunicação da UFSC, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, ressaltou que o trabalho a ser realizado pela Universidade irá ajudar a entender de forma mais assertiva quais as melhorias que precisam ser feitas, principalmente em um período pós-pandemia, para garantir infraestrutura adequada, conforto e segurança para o turista. “Desde o início da pandemia, o Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, tem agido para proteger os trabalhadores do setor, reduzindo os impactos econômicos da pandemia de Covid-19, ao mesmo tempo em que atua para garantir a proteção dos turistas. Fomos um dos primeiros países do mundo a criar o Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, que garante mais segurança aos turistas que já começam a viajar e frequentar locais que cumpram os protocolos necessários para a prevenção da Covid-19”, afirmou.

O ministro Marcelo Álvaro Antônio destacou que a UFSC, por meio do Labtrans, reúne alto conhecimento técnico e experiência em infraestrutura e serviços de transporte em nível nacional. Ele frisa que a instituição já prestou relevantes entregas no setor, especialmente por meio dos TEDs firmados com a Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério da Infraestrutura (SAC/MINFRA), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “Portanto, ter a UFSC como parceira de primeira linha na melhoria da mobilidade e conectividade turística é fundamental, pois permitirá o maior aproveitamento das experiências obtidas e dos produtos elaborados no âmbito desses TEDs, promovendo ganhos de sinergia das ações governamentais e melhor aplicação dos recursos públicos federais”, avaliou.

Além do levantamento bibliográfico e da avaliação da atual situação legislativa, a ação tem ainda como metas: avaliação e diagnóstico da infraestrutura de transportes; desenvolvimento de base georreferenciada; diretrizes para estabelecimento de políticas públicas integradas para mobilidade e conectividade turística; estabelecimento de programa de integração multimodal; proposições para implantação de programa de conservação e manutenção de trechos rodoviários de interesse turístico; plano diretor de mobilidade e conectividade; e apoio técnico e capacitação aos setores públicos locais e entidades privadas ligadas ao turismo.
(mais…)

Tags: Laboratório de Transportes e LogísticaLabTransMinistério do TurismotransporteturismoUFSC

UFSC na mídia: Aplicativo ‘Araranguá na Palma da Mão’ será lançado na próxima quarta

11/04/2016 14:17

Mais um importante passo para o desenvolvimento do turismo local será dado pelo município de Araranguá na próxima quarta-feira, dia 13. O aplicativo “Araranguá na Palma da Mão”, será lançado oficialmente no auditório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), campus Araranguá, no bairro Mato Alto, a partir das 17 horas.

O programa foi desenvolvido por dois acadêmicos do curso de Tecnologias da Informação e da Comunicação no Laboratório de Experimentação Remota (RExLab), da universidade, e disponibiliza dados sobre pontos turísticos, gastronomia, hotelaria e eventos do município. A iniciativa tem o apoio da Prefeitura de Araranguá, por meio das Subsecretarias de Cultura e Turismo.  “O turista está cada vez mais exigente, mais ligado às tecnologias, e procura cada vez mais o que fazer, do que apenas aonde ir. Por isso devemos utilizar ferramentas para mostrar o que há de melhor em Araranguá e manter os turistas e nossa população bem informados”, declara a diretora municipal de Turismo de Araranguá, Danielle Leite.

O aplicativo é totalmente digital e pode ser acessado em dispositivos móveis como celular, smartphone, tablet, e entre outros aparelhos, desde que tenham o sistema operacional Android. O software ainda passa por ajustes, mas já pode ser baixado na plataforma Play Store do Google, no link https://play.google.com/store/apps e digitar no campo de pesquisa: Araranguá na palma da mão.

Publicado no Correio do Sul.

Tags: AraranguáLaboratório de Experimentação RemotaRexLabturismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesca, Turismo e Meio Ambiente

28/05/2012 09:35

O Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas e o Núcleo de Antropologia Visual e Estudos da Imagem da UFSC promovem o III Simpósio de Pesca, Turismo e Meio Ambiente. O encontro será realizado no dia 6 de junho, no Auditório do Centro de Ciências da Educação (CED).

Maiores informações: Alex Vailati (48) 9982-6050 / alexvailati@gmail.com ou Rosário Leitão / rosarioufrpe@yahoo.com.br

Programação:

9h às 10h
ABERTURA

Profa. Dra. Maria Rosário de Fátima Andrade Leitão (UFSC-UFRPE), pescadoras Nair Maria Cabral Manc e Neusa Maria Cabral Krech. Apresentação de resultados do projeto “Ações para Consolidar a Transversalidade de Gênero nas Políticas Públicas Para Pesca e Aquicultura do MPA”.

Lançamentos:

Livro: Gênero e Pesca Artesanal
Vídeo -oficina em Santa Catarina.

10h30min às 12h30min        MESA I. POLIÍTICAS LOCAIS

Profa. Dra. Francisca de Souza Miller (UFRN). São Miguel do Gostoso: aspectos da mudança social em uma comunidade de pescadores artesanais do Rio Grande do Norte.

Profa. Dra. Márcia Calderipe F. Rufino (UFAM). Territorialidade e regularização de áreas de maricultura na Ilha de Santa Catarina.

Cibele Silveira (UFSC). Políticas locais de pesca: o caso do Parque Marinho Luiz Saldanha/Portugal.

14h às 17h30min       MESA II. MEIO AMBIENTE, ETNOGRAFIA E PESCA

Prof. Dr. Henyo Barreto (Diretor acadêmico do Instituto Internacional de Educação do Brasil). Para além do meio ambiente: o emaranhado das nossas experiências cotidianas como fundamento de uma ecologia política.

Profa. Dra. Anamaria Beck (UFSC). Mulheres em comunidades de pesca em Florianópolis.

Dr. Matias Godio (UFSC – Universidad Nacional Tres de Fevrero, Argentina). Práticas socioambientais na organização dos novos pescadores do litoral bonaerense argentino.

Dr. Alex Vailati (UFSC). Por uma análise da juventude pesqueira no Brasil.

18h às 19h                 MESA III. PERSPECTIVAS

Prof. Dr.Rafael Devos (UFSC), Portal Memória Ambiental Porto Alegre – acervo de pesquisas online.

Profa. Dra.Carmen Rial (UFSC/ABA)  ´Dar o peixe`  melhor do que ensinar a pescar: políticas públicas e pesca global

Tags: pescaturismoUFSC

Sociólogos italianos fazem conferência na UFSC sobre migração, turismo e saúde

12/03/2012 13:57

Os sociólogos Umberto Melotti e Marxiano Melotti

Os sociólogos italianos Umberto Melotti e Marxiano Melotti estiveram na UFSC para falar sobre migração na Europa, turismo arqueológico na pós-modernidade e migração e saúde. Eles participaram do seminário “Sociedade e Cultura Política – Debates Contemporâneos”, no dia 29 de fevereiro. No dia 1º de março, o professor Umberto Melotti participou do seminário “Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política”.

Na primeira conferência, o professor Umberto Melotti, da Faculdade de Sociologia da Universidade de Roma La Sapienza, abordou o panorama da migração na Europa contemporânea. De acordo com o professor, a migração deve ser vista não apenas como um fenômeno econômico ou social, mas principalmente como um fenômeno político. Melotti falou sobre as diferentes políticas migratórias de quatro países: França, Alemanha, Reino Unido e Itália.

A França caracteriza-se pelo assimilacionismo etcnocêntrico, em que a integração busca assimilar os novos grupos à cultura local, com o objetivo de transformar o imigrante em cidadão francês. Hoje o país enfrenta problemas de integração social, decorrentes da contradição entre os problemas reais com esse projeto de assimilação, principalmente no caso de imigrantes muçulmanos, por exemplo.

Já a cultura do Reino Unido possui uma forte característica etcnocêntrica, na qual não existe o projeto de transformar o estrangeiro em britânico. Lá a solução foi aceitar as diferenças, com a constituição de comunidades étnicas culturais e suas particularidades. O problema ficou visível nos conflitos de 2005: os filhos de imigrantes, principalmente os muçulmanos do Paquistão, não se sentindo verdadeiramente britânicos, usaram espaços de ataques para afirmar sua identidade.

A Alemanha, embora com grande número de imigrantes, não se considerava um país de migração. Do ponto de vista político, os migrantes eram considerados uma força de trabalho temporária, destinada a voltar a seu país. Somente no ano 2000, o país mudou a lei para permitir que os nascidos no país pudessem ter a cidadania alemã, uma mudança profunda de impacto em políticas públicas de diferentes países.

Ao completar cem anos de fundação na década de 1950, a Itália viu uma crescente saída de sua população para outros países. Hoje é um dos países que mais recebe migrantes: são oficialmente 500 mil estrangeiros, cerca de 8% da população, que é de 60 milhões de habitantes. O professor Melotti explica que na Itália se fala mais retoricamente sobre abertura cultural e multiculturalismo, uma visão mais otimista, que valoriza a riqueza cultural trazida pelos imigrantes. Ainda que na prática não seja bem assim, pelo menos teoricamente o conceito é bem aceito. Ele acredita que posturas xenofóbicas são as formas mais agudas da experiência do contato com o migrante, mas com o tempo acabam sendo superadas.

Professor Umberto Melotti estuda a questão de migrações

“Quando se fala sobre migração, sempre se fala também sobre integração, o que não é algo fácil de definir. Para mim, integração é o desenvolvimento de relações sociais normais entre pessoas de origem diferente no que concerne à etnia, cultura, religião, orientação sexual e outras características”, afirma Melotti. O professor recomenda a leitura de Gilberto Freyre, que tem muitas lições importantes para o mundo de hoje, pois considera a diversidade como valor, um recurso, e não como um problema. Melotti acredita que as experiências brasileiras podem ser muito importantes para o mundo de hoje. “Uma coisa que me chamou a atenção foi chegar ao aeroporto brasileiro e ver um outdoor dizendo que ‘o Brasil é contra a discriminação social, racial, orientação sexual’. É o primeiro país em que vejo isso”, conta Melotti.

No Seminário Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política, realizado na quinta feira dia 01/03, o professor  Umberto Melotti debateu sobre migrações e saúde. A migração provoca mudanças que têm consequências demográficas. Como a população europeia está envelhecendo, a migração ajuda a limitar as consequências desse processo. A média de idade dos migrantes é de 32 anos, enquanto dos italianos é de 44 anos. Outro fenômeno que ocorre é a baixa natalidade, que na Itália está em 1,29 filhos por mulher. Oficialmente o número de emigrantes na Itália é de 8% da população e eles contribuem com 14% dos novos nascidos.

A migração e a mobilidade trazem/levam doenças típicas dos países de origem que chegam à Europa. Na década de 1970, a Itália tinha erradicado a tuberculose e a sífilis. Essas doenças apareceram novamente no país. Médicos italianos não conheciam doenças tropicais como malária, que atinge tanto imigrantes quanto italianos que vão ao exterior.


Sociólogo Marxiano Melotti discute a
autenticidade relativa das experiências turísticas

O sociólogo Marxiano Melotti pesquisa o turismo e a cultura na pós-modernidade

Em sua palestra Marxiano Melotti, falou que o aspecto fundamental do turismo hoje é a sua autenticidade relativa, sobretudo nos EUA. O sociólogo é professor de Facoltà di Scienze della Formazione – Università delle Scienze Umane “Niccolò Cusano” (UNISU), de Roma. Sua palestra é uma interessante leitura sobre o turismo arqueológico e como é o nosso imaginário com o passado.

O professor apresentou vários exemplos, como a proposta do Hotel Luxor, de Las Vegas (EUA), que oferece um turismo de entretenimento com a temática egípcia. “O turismo aparece como descoberta, exploração, uma mistura de educação e entretenimento, em que o papel da cultura é divertir. A autenticidade não conta muito, basta a sensação de autenticidade”, explica Melotti.

O Museu Egípcio de Turium, Itália, passou por uma transformação em 2006, a partir da contratação de um light designer, que utilizou as mesmas obras e com a luz criou um novo clima para a exposição. O museu passou de 300 mil visitantes anuais para mais de 510 mil. Na Caverna de Altamira, Espanha, passou por uma reforma, com a construção de réplicas, e conseguiu ampliar o número de visitantes para mais de 275 mil anuais. “O contato visual com uma réplica representa um novo tipo de autenticidade”, explica. Outra experiência são as atrações turísticas em que a população local veste-se e age como povos de outras épocas, como os os vikings na ilha de Lofoten, Noruega.

O professor Melotti abordou também do uso de museu como cenário de mostras de caráter comercial. É o caso da exposição do estilista italiano Valentino, que mostrou sua coleção de moda no Museu Ara Pacis, de Roma. “Este é um ponto crítico, pois o público não está interessado na estátua exposta no museu. A dimensão histórica diminui em relação à força do mercado, do marketing”, explica.


Sobre os eventos

O Seminário Sociedade e Cultura Política – Debates Contemporâneos, de 29 de fevereiro, foi uma promoção conjunta dos programas de pós-graduação em Saúde Coletiva, Sociologia Política e Interdisciplinar em Ciências Humanas, através do Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva (NUPEBISC), Núcleo de Pesquisa em Ecologia Humana e Saúde (ECOS) e Núcleo de Estudos em Filosofia e Saúde (NEFIS).

O Seminário Diálogos sobre Sociedade, Saúde e Cultura Política, realizado no dia 1º de março, foi promovido pelo Núcleo de Pesquisa em Bioética e Saúde Coletiva (NUPEBISC) do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, e pelo Núcleo de Pesquisa e Estudos em Enfermagem, Quotidiano, Imaginário e Saúde (NUPEQUIS) do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

Por Laura Tuyama, jornalista na Agecom. Fotos:  Wagner Behr

 

Tags: marxiano melottimigraçõessociologiaturismoUFSCumberto melotti