Evento discute redes agroecológicas de produção e consumo

17/04/2023 17:35

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sedia o 2º Seminário Internacional Alimentos Saudáveis nos dias 25 e 26 de abril, terça e quarta-feira. Com o tema Redes agroecológicas de produção-consumo, o evento será realizadas das 9h às 17h, no Centro de Cultura e Eventos, no Campus de Florianópolis. Simultaneamente, será realizada uma feira com exposição e venda de produtos orgânicos e agroecológicos.

Na programação estão previstas palestras, mesas de debate e grupos de trabalho que visam aprofundar o diálogo sobre a produção e o consumo de alimentos agroecológicos. Entre os temas a serem discutidos, estão a comercialização de alimentos saudáveis, o papel dos consumidores no acesso a alimentos agroecológicos e orgânicos, formas públicas e solidárias de abastecimento agroecológico e a articulação de atores sociais em redes locais e internacionais de cidadania agroalimentar. Para participar, os interessados devem se inscrever até a data do evento, via formulário.

O evento é organizado pela Associação Slow Food do Brasil, pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), pelo Centro Vianei de Educação Popular, pelo Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (Lacaf/UFSC), pelo Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre/UFSC) e pelo Núcleo Santa Catarina da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.

Para mais informações, acesse o site do Cepagro.

Tags: agroecologiaalimentaçãoLacafNUPPREUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Dissertação de mestrado da UFSC avalia qualidade nutricional e uso do termo ‘integral’ em rótulos de alimentos industrializados

17/02/2022 15:46

A maioria dos alimentos industrializados vendidos como “integrais” não apresentam qualidade nutricional superior em relação aos alimentos refinados, além de frequentemente apresentarem excessos de gordura total, gordura saturada e sódio. Essa foi uma das conclusões da dissertação de mestrado de Érika Arcaro Bez Batti, defendida em dezembro de 2021, sob orientação da professora Paula Lazzarin Uggioni.
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Pesquisa investiga notificação de vitaminas e minerais em rótulos de alimentos para crianças

05/04/2021 10:03

A nutricionista e pesquisadora da UFSC Amanda Corrêa Martins avaliou em sua dissertação de mestrado a notificação de vitaminas e minerais em alimentos industrializados direcionados ao público infantil e a sua sinalização na parte principal do rótulo. Essa estratégia de marketing consiste em destacar, por meio da Informação Nutricional Complementar (INC), a presença de vitaminas e minerais na composição dos alimentos. Com isso, mesmo alimentos ultraprocessados podem ser vistos como saudáveis aos olhos das crianças.

Essas substâncias podem estar na composição de forma natural ou por seus ingredientes, e “é possível também que os fabricantes adicionem esses micronutrientes de forma assintética para fins comerciais”, destaca Amanda. De todo modo, essa informação é importante para auxiliar o cliente nas suas escolhas alimentares, visto que a INC corresponde a “qualquer representação que possa afirmar, sugerir ou implicar alguma propriedade nutricional do alimento”, como indica a nutricionista.

O problema surge com o uso isolado da Informação Nutricional Complementar, isto é, apenas para fins comerciais. É direito do consumidor ter acesso a informações adequadas e claras sobre os alimentos que consome. Para garantir isso, a rotulagem de alimentos contém lista de ingredientes, tabela nutricional e a Informação Nutricional Complementar (INC). Esses elementos têm a função de indicar e informar sua composição e a quantidade de cada nutriente.

Outro ponto levantado pela nutricionista é como isso pode interferir na alimentação da criança: “A ideia de ingerir vitaminas e minerais por meio de alimentos industrializados pode afetar negativamente a ingestão de frutas, verduras, legumes, carnes, leite e derivados, desestimulando uma alimentação saudável nessa fase da vida.” Durante a infância é papel dos pais contribuir com a formação dos hábitos alimentares dos seus filhos e evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, priorizando alimentos in natura, como vegetais, tubérculos, legumes, ou então, minimamente processados.

“Contém vitamina C” é um exemplo do uso da Informação Nutricional Complementar e pretende despertar o interesse no consumidor por conter essa vitamina. “Às vezes esse alimento pode de fato ser rico em vitamina C, mas quando a gente vai olhar no rótulo, na lista de ingredientes, na tabela de informação nutricional, a gente vê que tem características que tornam ele um alimento não indicado para o consumo da criança”, reforça a pesquisadora.

Compreender o uso da INC foi o objetivo da dissertação da nutricionista sob a orientação da professora Paula Lazzarin Uggioni e coorientação da professora Vanessa Mello Rodrigues. O trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sobre a rotulagem de alimentos. 
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UFSC participa da alteração na norma brasileira de Rotulagem Nutricional de Alimentos

10/11/2020 10:32

Auxiliar as escolhas alimentares dos consumidores brasileiros: com esta finalidade, a nova norma brasileira de Rotulagem Nutricional de Alimentos foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo de alteração das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos para facilitar sua compreensão contou, desde o início, com a participação de membros do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – muitos resultados de pesquisas realizadas na instituição serviram de evidências científicas para embasar a nova regra.

O processo de estruturação da nova norma está em andamento desde 2014, quando a Anvisa criou um grupo de discussão com pesquisadores, membros de ministérios, das indústrias de alimentos e consumidores. Esta equipe trabalhou sistematicamente até 2017, quando foi elaborado o relatório final e lançada a consulta pública, que contou com a participação da população. Após o alinhamento dos resultados dessa consulta, foi elaborada a diretriz.

“Nós temos uma participação bastante significativa, como representantes da área da saúde que fazem pesquisas para gerar as melhores evidências para amparar as decisões regulatórias”, ressalta a professora Rossana Pacheco da Costa Proença, líder do NUPPRE, que acrescenta: “Para nós isso é um reconhecimento marcante, é muito valoroso você trabalhar na área da saúde e seus estudos embasarem políticas públicas que vão melhorar a saúde da população. É o sonho de qualquer profissional”.

A professora destaca que algumas questões discutidas ainda não foram contempladas, como o destaque da presença de edulcorantes (uma das várias nomenclaturas para adoçante), nos rótulos dos alimentos, vista como uma tendência para substituir os açúcares. Ela aponta também que a nova norma é vista como um passo importante na busca por informações cada vez mais fidedignas sobre o conteúdo dos alimentos industrializados.  

A novidade estabelece mudanças na tabela de informação nutricional e nas alegações nutricionais, bem como inova ao adotar a rotulagem nutricional frontal. A modificação entrará em vigor 24 meses após a sua publicação, ocorrida em 9 de outubro de 2020. Os produtos que se encontrarem no mercado na data da entrada da norma em vigor terão, ainda, um prazo de adequação de 12 meses.

Rotulagem nutricional frontal  

Considerada a maior inovação da norma, a rotulagem nutricional frontal é um símbolo informativo na face da embalagem do alimento. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma simples, sobre o alto conteúdo de alguns nutrientes que têm relevância para a saúde. Para isso, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na frente do produto, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo olhar.

Confira os modelos:    

Tabela de Informação Nutricional     

A Tabela de Informação Nutricional passará por mudanças significativas. A primeira delas é ter apenas letras pretas e fundo branco. O objetivo é diminuir a possibilidade do uso de contrastes que atrapalhem na legibilidade das informações. Outra alteração será nas informações disponibilizadas na tabela. Passará a ser obrigatória a identificação de açúcares totais e adicionais, a declaração do valor energético e nutricional por 100 g ou 100 ml, para ajudar na comparação de produtos e o número de porções por embalagem.

Além disso, a tabela deverá ficar, em regra, próxima da lista de ingredientes e em superfície contínua, não sendo aceitas quebras. Ela não poderá ser apresentada em áreas encobertas, locais deformados ou regiões de difícil visualização. A exceção fica para os produtos pequenos (com área de rotulagem inferior a 100 cm²), em que a tabela poderá ser apresentada em pontos encobertos, desde que acessíveis.     

Alegações  

Foram propostas, ainda alterações nas regras atuais para a declaração das alegações nutricionais, que são qualquer declarações, sugestões ou implicações da existência de uma relação entre um alimento e propriedades nutricionais benéficas associadas ao valor calórico e aos nutrientes, com o objetivo de evitar contradições com a rotulagem nutricional frontal. Confira as orientações:    

Prazos    

A nova regra entrará em vigor 24 meses após a sua publicação, em 9 de outubro de 2020. Os produtos que se encontrarem no mercado na data da entrada da norma em vigor terão, ainda, um prazo de adequação de 12 meses.

Além do prazo de 24 meses após a publicação da norma, os produtos que forem destinados exclusivamente ao processamento industrial ou aos serviços de alimentação deverão estar adequados já a partir da entrada em vigor do regulamento, de forma a garantir que os fabricantes tenham acesso às informações nutricionais das matérias-primas e ingredientes alimentares utilizados em seus produtos. 

Os alimentos fabricados por empresas de pequeno porte, como agricultores familiares e microempreendedores, também possuem um prazo de adequação, mas de 24 meses após a entrada em vigor, totalizando 48 meses no total. Para as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis, a adequação não pode exceder 36 meses após a entrada em vigor da resolução. Os produtos fabricados até o final do prazo de adequação poderão ser comercializados até o fim do seu prazo de validade. 

Como os regulamentos se aplicam a praticamente todos os alimentos embalados, os prazos acima são necessários e adequados para as empresas de alimentos realizarem os ajustes em seus produtos, bem como para o setor público organizar ações orientativas e educativas, além de estruturar a fiscalização.   

NUPPRE

 O NUPPRE trabalha cientificamente no tema Rotulagem de Alimentos desde 2006. Em 2009, foi feita a primeira coleta de dados de rótulos em supermercados, em um trabalho com bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPq). Este estudo serviu também para estruturar o método deste tipo de coleta, resultando no primeiro censo de rótulos de alimentos em supermercados realizado no país em 2010, como parte de dissertação de mestrado “Informação alimentar e nutricional da gordura trans em rótulos de produtos alimentícios industrializados” do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC. O censo de rótulos é o levantamento de informações dos rótulos de todos os alimentos que estão à venda no período da pesquisa, método utilizado em poucos países.  O NUPPRE-UFSC está iniciando a coleta de dados do Censo 2020, em  parceria com o mais importante consórcio de pesquisa deste tema no mundo, o FoodSwift, coordenado pelo The George Institute, da Austrália.

Confira a íntegra da apresentação. 

Leia também a Minuta da Resolução da Diretoria Colegiada e o Relatório de Consolidação das Consultas Públicas 707 e 708/2019.  

Mais informações na página do NUPPRE.

Mayrah Luiza/Estagiária de Jornalismo/Agecom/UFSC

 

 

Tags: informação nutricionalNUPPREnutriçãoPrograma de Pós-Graduação em Nutriçãorotulagem de alimentosUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Núcleo promove ‘Ciclo de Palestras VEG+’ nesta quinta-feira, 26

23/04/2018 15:33

O Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre), vinculado ao Departamento de Nutrição da UFSC, promove o ‘Ciclo de Palestras VEG+‘. A atividade tem como objetivo o aumento do consumo de vegetais entre jovens adultos por meio de Cadeias Curtas de Comercialização, o estímulo de habilidades culinárias e a arquitetura de escolha em restaurantes.

O evento será realizado nesta quinta-feira, 26 de abril, na sala H005, piso térreo, bloco H, no Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Mais informações no site do NUPPRE, pelo e-mail v.mellorodrigues@yahoo.com.br ou telefone (48) 9 9863-3886.

Tags: CCSCentro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC)Ciclo de Palestras VEG+Departamento de Nutrição da UFSCNUPPRE

Estudo feito na UFSC pode auxiliar no desenvolvimento de informações nutricionais em restaurantes

11/03/2016 16:41

Pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), teve como objetivo verificar a percepção de adultos sobre calorias e avaliar a influência da disponibilização de informações nutricionais em restaurantes nas escolhas alimentares saudáveis.

A pesquisa fez parte da tese de doutorado da nutricionista Ana Carolina Fernandes, sob a orientação da professora Rossana Pacheco da Costa Proença. O estudo foi apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), por meio da concessão de bolsas de doutorado e de estágio de doutorado sanduíche no exterior (Tufts University – EUA), bem como pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio de financiamento da pesquisa.

Na primeira etapa, foram realizadas entrevistas em grupo com estudantes universitários da Grande Florianópolis. Temas comuns discutidos indicaram a compreensão do conceito de calorias como unidade de energia e sua baixa associação com alimentação saudável, uma vez que percebem esse conceito de forma mais ampla, relacionado à qualidade dos ingredientes e nutrientes, como tipos de gordura, alimentos integrais e com baixo teor de sódio. Em todos os grupos foram citados exemplos de alimentos calóricos e saudáveis, como abacate, castanhas e açaí.
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Núcleo de pesquisa da Nutrição UFSC convida calouros para pesquisa

27/08/2015 15:56

Os calouros que entraram na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nos últimos dois semestres (2015.1 e 2015.2) são convidados a participar de uma pesquisa sobre habilidades culinárias. A atividade consta de um questionário on-line, organizado pelo Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN), que pode ser respondido até o dia 30 de novembro de 2015.

O roteiro de perguntas, desenvolvido nos Estados Unidos, passou por adaptações e deve ser aplicado a, no mínimo, 780 estudantes para que se torne válido. Segundo a direção do NUPPRE, não há estudos no Brasil que identifiquem as habilidades culinárias dos estudantes universitários, sendo que sua rotina alimentar muda muito a partir do momento em que se tornam calouros.

O site da atividade contém as especificações e normas básicas sobre o questionário e um link direto para ele. Para participar, basta acessar este site.

Mais informações pelo telefone (48) 9814-7121 e no site do NUPPRE.

Gisele Flôres/Estagiária de Jornalismo Agecom/DGC/UFSC

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Núcleo de Pesquisa da UFSC é destaque no XXIII Congresso Brasileiro de Nutrição

24/09/2014 11:32

O XXIII Congresso Brasileiro de Nutrição (CONBRAN 2014) ocorreu em Vitória (ES), de 17 a 20 de setembro de 2014. O Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da UFSC (NUPPRE) foi um dos apoiadores nacionais do evento, junto a entidades como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), universidades e associações estaduais de nutrição.
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Pesquisa analisa ambiente alimentar do campus de Florianópolis da UFSC

07/08/2014 08:50

Pesquisa de mestrado defendida em julho de 2014 pela nutricionista Isadora dos Santos Pulz, com orientação da professora Marcela Boro Veiros, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), caracterizou o ambiente alimentar do entorno do campus de Florianópolis, nos bairros Trindade e Itacorubi – Centro de Ciências Agrárias (CCA) – identificando a qualidade nutricional, tipos e preços dos alimentos e bebidas comercializados em 13 lanchonetes e seis restaurantes. Os dados foram coletados em outubro e novembro de 2013.

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Restaurante Universitário

O ambiente alimentar é caracterizado por fatores que determinam a acessibilidade aos alimentos e bebidas disponíveis, como quantidade, tipo e localização dos estabelecimentos que os vendem, além da qualidade nutricional dos produtos comercializados. O ambiente educacional pode influenciar os hábitos alimentares dos estudantes, devido ao tempo que passam na escola, universidade e proximidades. 
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Departamento e Núcleo de Pesquisa do curso de Nutrição apoiam resolução que proíbe publicidade infantil

14/05/2014 09:12

O documento, assinado por 45 entidades, aborda a ineficiência da autorregulamentação para evitar abusos na propaganda voltada às crianças e a competência do Conanda para elaborar normas em defesa desse público.

Aprovada recentemente de forma unânime pelo Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), a resolução nº 163/2014, que proíbe a veiculação de propagandas voltadas para o público infantil, desagradou algumas entidades representativas de anunciantes, agências de publicidade e emissoras de rádio e televisão. Defendendo a autorregulamentação do setor, essas entidades argumentam que somente uma lei editada pelo Congresso Nacional poderia regular a matéria.

Diante dessas manifestações contrárias, o NUPPRE (Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições) e o Departamento de Nutrição, ambos da UFSC – juntamente com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e mais 42 entidades,  universidades, movimentos de diferentes setores da sociedade, brasileiras e internacionais  – somaram 45 assinaturas em favor de uma moção sobre a resolução do Conanda, enviada nesta quarta-feira, 14 de maio.

O Conanda é uma instituição pública, vinculada à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que tem em sua competência, entre outras funções, a de elaborar as normas gerais da política nacional de atendimento dos direitos da criança e do adolescente, e, portanto, suas resoluções devem ser respeitada pelas empresas e são levadas em consideração na Justiça.

Além disso, as organizações que assinam o documento entendem que a publicidade e a comunicação mercadológica dirigida às crianças violam seu direito ao respeito e a condição de pessoa em desenvolvimento.

O Código de Defesa do Consumidor reconhece a vulnerabilidade do consumidor como um dos princípios da Política Nacional de Relações de Consumo, e determina que a publicidade abusiva às crianças, baseada na sua hipervulnerabilidade, é proibida.

Portanto, a autorregulamentação defendida por algumas entidades não pode ser considerada suficiente para evitar abusos na comunicação comercial, já que conta com normas parciais que não atingem todos os anunciantes e nem se aplicam a todas as estratégias de comunicação mercadológica.

Leia a moção de apoio ao Conanda divulgação.

Informações fornecidas pelo  NUPPRE/UFSC ( nuppre@ccs.ufsc.br).

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Pesquisa da UFSC investiga o comércio de alimentos de rua de Florianópolis

08/10/2013 11:05

Rayza Cortese pesquisou o comércio de alimentos de rua em Florianópolis.

Rayza Dal Molin Cortese, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizou uma pesquisa, sob orientação da professora Suzi Barletto Cavalli, em parceria com a professora Marcela Boro Vieiros, que resultou em sua dissertação de mestrado. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil sociodemográfico de vendedores de alimentos de rua, e analisar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos ao longo da cadeia de produção, isto é, desde a compra das matérias-primas até a venda dos alimentos.
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Estudo avalia que rotulagem de alimentos não segue padronização e pode confundir consumidor

09/07/2012 07:46

No Brasil, a rotulagem nutricional nos alimentos industrializados contém as informações sobre o valor energético (ou valor calórico), conteúdo de gorduras (saturada e trans), proteínas, carboidratos, sódio e fibras. Estes dados nutricionais são referentes a uma porção em gramas ou mililitros do produto alimentício e não ao produto inteiro. A porção é previamente definida por uma legislação brasileira e representa uma recomendação de consumo para pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, com intuito de promover a alimentação saudável. No rótulo deve constar, ainda, a informação da medida caseira referente à porção, por exemplo, uma xícara ou uma unidade.

No entanto, a declaração de porções diferentes entre alimentos similares e a apresentação de medidas caseiras difíceis de serem aplicadas na prática podem comprometer o uso da rotulagem nutricional nas decisões de compras dos consumidores. “Isso ocorre em função da dificuldade de comparar as informações nutricionais e entender os dados disponíveis nos rótulos”, avalia a nutricionista Nathalie Kliemann, que estudou a rotulagem em seu mestrado.

A dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da UFSC analisou como a porção e a medida caseira estão sendo declaradas nos rótulos dos alimentos industrializados ultraprocessados. O estudo foi realizado em um grande supermercado de Florianópolis.

Foram analisados 2.072 alimentos, que apresentaram uma variação significativa na declaração do tamanho da porção. Os resultados revelam uma variação mínima de 70% (21 a 30g entre biscoitos salgados), chegando a uma variação máxima de 765%, entre pratos preparados prontos e semiprontos (55 a 420g).

“Para a simples comparação de valores nutricionais entre alimentos similares é preciso realizar cálculos, em virtude da falta de padronização do tamanho da porção”, avalia Nathalie. Segundo ela, o estudo também mostrou 9,3% de alimentos que apresentaram porção menor do que o recomendado. A nutricionista ainda observou que grande parte desses alimentos apresentaram menor densidade energética e maior peso total quando comparado com outros.

Um exemplo encontrado foi o de dois doces de amendoim,o primeiro tinha porção de 15 gramas e 78 kcal; o segundo de 20 gramas e 84 kcal.  A nutricionista alerta que se ambos seguissem a porção de referência, que é de 20 gramas, o primeiro alimento seria aquele com maior valor energético por porção, embora em uma leitura rápida possa parecer o contrário. São informações que, na opinião da profissional, podem induzir o consumidor a equívocos em relação à composição nutricional do alimento.

“As informações disponíveis nesses rótulos infringiram o direito do consumidor a informações corretas e fidedignas”, considera Nathalie, que foi orientada em sua pesquisa pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença e contou com a colaboração da professora Marcela Boro Veiros (ambas ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC).

De acordo com as nutricionistas, é possível que diante da baixa densidade energética de alguns alimentos, o tamanho da porção pode estar sendo utilizado para ressaltar essa característica. Além disso, porções muito pequenas, em embalagens grandes, podem dificultar o entendimento do tamanho da porção na rotulagem nutricional, especialmente pelo fato de não haver a obrigatoriedade da informação sobre o número de porções presentes na embalagem.

Com relação à medida caseira, o estudo detectou termos pouco específicos, como “colher”, sem especificação do tipo. Além disso, o uso de tipos de medida caseiras inadequadas aos alimentos, como em um queijo de minas a medida caseira ser uma colher, sendo que esse alimento geralmente é consumido em fatias. Outro exemplo é um queijo no palito, em que a medida caseira é uma fatia, quando uma unidade deveria ser cada queijo no palito. “Esses resultados evidenciam a necessidade de definição de regras mais claras e coerentes para a declaração da medida caseira”, avalia Nathalie.

Ela lembra que estudos realizados no Brasil e no exterior indicam que as informações sobre porção e medida caseira são pouco lidas pelos consumidores e estão entre os itens com menor nível de compreensão por eles. “Mas considerando a rotulagem como uma política de apoio para a difusão de informações nutricionais e a promoção de escolhas alimentares saudáveis, torna- se indispensável a revisão da legislação brasileira, assim como maior fiscalização das informações disponíveis aos consumidores”, alerta a nutricionista.

Mais informações:

Nathalie Kliemann: nathalie.kliemann@gmail.com
Marcela Boro Veiros: marcelaveiros@gmail.com
Rossana Pacheco da Costa Proença: rossana@mbox1.ufsc.br / (48) 3721-2218 / (48) 3721-5042

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais
Padronização
A Organização Mundial da Saúde recomenda que as informações nutricionais nos rótulos sejam padronizadas, precisas e compreensíveis, que permitam a comparabilidade entre alimentos similares e auxiliem na determinação do consumo. Para isso, aconselha que haja monitoramento dessas informações fornecidas aos consumidores, como também que se utilize a rotulagem nutricional como um instrumento de educação para o consumo.

 Brasil aceita variação
Apesar dessas recomendações, a legislação brasileira permite que sejam declarados nos rótulos de alimentos porções com tamanhos diferentes daquelas recomendadas. É permitido que a porção nos rótulos seja até 30% maior ou menor que a recomendada pela legislação. Por exemplo, os biscoitos que têm porção recomendada de 30 gramas, podem declarar nos rótulos porções de 21 a 39 gramas. Além disso, nem todos os alimentos têm uma porção recomendada na legislação, como é o caso dos pratos prontos para o consumo, como lasanhas e pizzas. Para esses alimentos, a porção deve corresponder até 500 kcal do alimento.

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