Pós-Graduação em Engenharia Civil da UFSC recebe inscrições para mestrado e doutorado

24/06/2024 13:33

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEC/UFSC) está com inscrições abertas para os cursos de mestrado e doutorado com início previsto para o terceiro trimestre de 2024. Os candidatos podem se inscrever gratuitamente até o dia 13 de julho neste link. O edital, com todas as informações sobre o processo seletivo, está disponível aqui.

Serão ofertadas 25 vagas para mestrado – sendo 5 reservadas aos candidatos negros e indígenas e 2 destinadas a candidatos com deficiência – e 22 vagas para doutorado – sendo 5 reservadas aos candidatos negros e indígenas e 2 destinadas a candidatos com deficiência. O resultado final da seleção será divulgado no dia 30 de agosto e o ingresso dos selecionados está previsto para 16 de setembro.

Os estudantes que ingressam no PPGEC podem desenvolver pesquisas em três áreas de estudo: 1. Construção civil, 2. Estruturas e 3. Infraestrutura e Geotecnia. As informações sobre cada uma dessas linhas de pesquisa estão disponíveis aqui.

 

Acesse o edital.

Para se inscrever, acesse aqui.

Mais informações na página do PPGEC.

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UFSC na mídia: práticas sustentáveis na agricultura e pecuária de Santa Catarina são matéria do Jornal Nacional

24/06/2024 12:27

Professor Alberto Lindner foi uma das fontes entrevistadas para a reportagem. (Foto: Reprodução/Globoplay)

O Jornal Nacional deste sábado, 22 de junho, trouxe uma reportagem sobre as práticas sustentáveis aplicadas na agricultura e pecuária no estado de Santa Catarina. Uma das fontes ouvidas foi o professor Alberto Lindner do Departamento de Ecologia e Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UFSC.

A reportagem destaca iniciativas de agricultores do Oeste de Santa Catarina, que adotaram práticas como o processamento de dejetos de animais na pecuária para a geração de energia elétrica e supressão do gás metano. Mostrou também sistemas de captação de água das chuvas para a recuperação de córregos, entre outras práticas. Em sua fala, o professor Lindner salientou a importância de promover a biodiversidade.

Assita à reportagem completa no site do Globoplay.

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UFSC celebra 15 anos de parceria com Universidade Nacional Timor Lorosa’e

24/06/2024 09:38

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza e reitor da UNTL, João Soares Martins durante recepção nesta sexta-feira, 21. (Foto: Lethicia Siqueira/Agecom/UFSC)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu, nesta semana, uma comitiva de representantes da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), instituição de Timor-Leste com a qual a UFSC mantém convênio há mais de 15 anos. Durante a visita houve reuniões e apresentações das duas instituições, bem como estudo de ampliação de parcerias. Uma recepção foi organizada para esta sexta-feira, 21 de junho, para apresentar toda a estrutura da UFSC para o reitor e vice-reitor da UNTL.

Estiveram na solenidade de recepção autoridades como o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, o reitor da UNTL, João Soares Martins, o vice-reitor da UNTL, Afonso de Almeida, o decano da Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da UNTL, professor Teodoro Soares, e a representante da Embaixada de Timor-Leste no Brasil, Filomena Noronha Mesquita. Outras autoridades da UFSC presentes no evento incluem o pró-reitor de Pós-Graduação, Werner Kraus e o secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, além dos diretores dos centros de Educação, Hamilton de Godoy Wielewicki e de Filosofia e Ciências Humanas, Alex Degan.

“Estamos muito felizes com a visita da Universidade Nacional Timor Lorosa’e, sejam todos bem-vindos e bem-vindas”, saudou o reitor Irineu Manoel de Souza. “Apesar das dificuldades e mesmo em um período de greve, nossos professores, técnicos e estudantes estão aqui em um esforço considerando a grande importância que tem a internacionalização para nossa Universidade”.
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SpaceLAB da UFSC participa de testes para criar constelação de pequenos satélites

21/06/2024 14:56

Estudantes de graduação e pós compõem equipe que realizará os testes no INPE. Foto: Divulgação/SpaceLab/UFSC

Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estarão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), entre 24 e 28 de junho, para uma série de testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT). O trabalho faz parte da missão Global Open Collecting Data System (GOLDS), que visa a criação de uma constelação de pequenos satélites para a coleta de dados ambientais. O GOLDS é uma iniciativa colaborativa entre a UFSC, o INPE e a Agência Espacial Brasileira (AEB).

A missão GOLDS-UFSC também pretende desenvolver tecnologias avançadas e soluções para a engenharia aeroespacial, além de fomentar a cooperação interinstitucional e a formação de recursos humanos qualificados, promovendo avanços na ciência e tecnologias espaciais.

Criado pela equipe do SpaceLab da UFSC, o GOLDS-UFSC quer validar em órbita o funcionamento do equipamento Environmental Data Collector (EDC), que é um módulo para uso em satélites desenvolvido pelo INPE para recepção de pacotes de dados transmitidos a partir de estações de coleta de informações ambientais localizadas em todo o território nacional.

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Pesquisador da UFSC planta 4.300 árvores nativas na Amazônia

18/06/2024 12:55

Plantio ocorreu em região inundada. Bernardo (chapeu azul) contou com o apoio de moradores da região. Fotos: Acervo pessoal

Os sucessivos incêndios florestais na Amazônia e a dificuldade das árvores de se recuperarem a partir do impacto que as queimadas causam nos ecossistemas levaram o pesquisador Bernardo Flores, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a plantar 4.300 de árvores em meio às planícies aluviais, periodicamente invadidas por inundações, na Amazônia.

O experimento foi iniciado na região de Barcelos, cidade histórica a cerca de 400 quilômetros de Manaus, no Amazonas, e com o plantio tendo iniciado em janeiro de 2014. O trabalho nos igapós do Rio Negro, principal afluente do Rio Amazonas, foi documentado em parceria com a professora Milena Holmgren, da Universidade de Wageningen, da Holanda, em 2021, no Journal of Ecology, e demonstra a complexidade de se recuperar um ambiente degradado e a importância da restauração dessas áreas.

A recuperação das florestas após o impacto das queimadas é uma das preocupações de cientistas e ambientalistas, inclusive por conta da sua relação direta com o aquecimento da Terra e com desastres ambientais que atingem territórios como o Sul do Brasil, como as recentes inundações no Rio Grande do Sul. O experimento de Bernardo contou com diferentes etapas, desde a coleta das sementes até a análise das espécies que haviam crescido com sucesso.

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Fortaleza da UFSC oferece estrutura para curso de medições de correntes marítimas

11/06/2024 15:30

O Veleiro ECO da UFSC foi utilizado durante o curso. (Foto: SeCArtE)

Fortaleza de Santo Antônio de Ratones foi escolhida para sediar o Curso Teórico e Prático de Medições de Correntes com Acoustic Doppler Current Profiler (ADCP), organizado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e financiado pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Energias Oceânicas e Fluviais (INEOF). O curso aconteceu entre os dias 29 e 31 de maio, e foi feito com o objetivo de oferecer capacitação tecnológica a pesquisadores e professores da área. O material utilizado, o Perfilador de Correntes Acústico por Corrente Doppler, é um meio de medir a velocidade das correntes marítimas através de ondas sonoras.

Participaram do curso profissionais da UFSC, e também do Maranhão e de Minas Gerais. Felipe Pimenta, professor do Departamento de Oceanografia da UFSC e pesquisador do INEOF, organizou a aula e falou que a escolha do local não foi ocasional. “A gente fez esse curso de forma a trazer os pesquisadores e integrá-los com a Universidade, com esse belíssimo patrimônio histórico”.  Para Felipe, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones é o local ideal para a realização de outros cursos num futuro próximo. “Parabenizo a Universidade pela manutenção”.

A montagem aconteceu no Veleiro ECO, embarcação da UFSC que tem como objetivo realizar expedições científicas oceanográficas. Os dados de correntes são importantes para estudar a dinâmica dos ambientes costeiros, a dispersão de poluentes e o transporte de sedimentos, além da obtenção de dados auxiliares em construções de obras na região costeira. O equipamento será utilizado pelo Instituto em diversos estados brasileiros, se adequando às necessidades de cada um.

Divulgação: SeCArtE

Renato Arruk, especialista em equipamentos oceanográficos, ministrou o curso e afirmou que, junto à Nortek (produtora do instrumento), está em universidades para transmitir conhecimento às futuras gerações de oceanógrafos. “A escolha da Fortaleza de Ratones, pelo professor Felipe Pimenta da UFSC, surpreendeu a todos de forma positiva e agregou muito valor a essa atividade. Temos que agradecer a iniciativa do grupo do INEOF em querer se especializar e fazer mais pelo meio ambiente.”

Aluno do curso de Oceanografia, Gabriel Machado se capacitou e concordou com a escolha do local. “O curso foi uma experiência para todos nós, pois tivemos a oportunidade de estar dentro de um local histórico e aprendendo com os melhores professores da área de oceanografia física do Brasil”, diz ele. Já a aluna Juliana Lima, pesquisadora bolsista do INEOF, afirma que a fortaleza é um espaço ideal para o ensino e integração de alunos, professores e pesquisadores. “A realização do curso nas Fortalezas de Santo Antônio, além de ter uma estrutura que atendeu plenamente as necessidades do curso, também foi um local estratégico para a realização de atividades embarcadas na Baía Norte, tanto para  a instalação do equipamento quanto para a aquisição de dados para análise posteriores.” Ela ainda afirmou que a escolha do lugar favoreceu a integração cultural e o contato com o ambiente e paisagem do local, tornando a experiência “enriquecedora”.

Sobre a Fortaleza

A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones começou a ser construída em 1740 e passou a ser gerida pela  UFSC em 1991, com o fim de quase todas as restaurações feitas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Ela se localiza na ilha de Ratones Grande, na Baía Norte da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, e pode ser visitada de terça à domingo.

 

com informações da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina

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Pós em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial lança edital com vagas de mestrado

10/06/2024 15:23

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes e Gestão Territorial da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGTG/UFSC) está com inscrições abertas para o curso de mestrado, com ingresso no segundo trimestre do ano letivo de 2024.  As inscrições podem ser realizadas até quarta-feira, 12 de junho. O edital prevê a distribuição de 10 vagas. Acesse aqui.

A documentação para inscrição deve ser enviada pelo link disponível no edital. Serão reservadas 20% das vagas preferencialmente para candidatos pretos, pardos e indígenas; e 8% das vagas para candidatos com deficiência. Em caso de não preenchimento das vagas com ações afirmativas, elas serão destinadas para a ampla concorrência. Para ingresso no Programa, são aceitos alunos graduados nas áreas de Ciências Exatas e da Terra, Engenharias, Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas. O resultado final da seleção será publicado até o dia 20 de junho.

Mais informações pelo e-mail ppgtg@contato.ufsc.br ou no site do PPGTG.

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Egressos do curso de Engenharia Têxtil são premiados em evento internacional

10/06/2024 11:00

João Pedro Costa e Juliana Coelho receberam o prêmio durante o Simpex 2024. (Foto: Divulgação)

Dois egressos do curso de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau tiveram seus trabalhos premiados no Simpósio Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Simpex 2024). O trabalho de João Pedro Costa intitulado “Potencial de Tingimento e Impressão Botânica de Tecido de Seda com Extrato de Iresine herbstii” foi considerado o melhor na categoria comunicação oral voltada à sustentabilidade. E o trabalho “Ferramentas do Lean Manufacturing subutilizadas na indústria têxtil” da egressa Juliana Coelho foi premiado também no formato comunicação oral, na categoria multidisciplinar. O evento foi realizado de 21 a 23 de maio, na Associação Empresarial de Joinville.

João explica que o artigo dele abordou a extração do pigmento de uma planta chamada Iresine herbstii, que é utilizada como corante natural. “A ideia foi explorar alternativas sustentáveis para os corantes sintéticos, que são amplamente utilizados na indústria têxtil, mas têm um impacto ambiental significativo. No meu estudo, realizei o tingimento de seda com o pigmento extraído da planta e também experimentei a impressão botânica, que é uma técnica que transfere os pigmentos diretamente das plantas para o tecido, criando padrões únicos e naturais. O resultado foi promissor, demonstrando que esses métodos podem ser viáveis e ecologicamente corretos para a indústria têxtil”, explica o engenheiro, formado no semestre de 2023.2.
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Projeto da UFSC Curitibanos pesquisa efeitos dos agrotóxicos em minhocas nativas do Brasil

04/06/2024 13:22

Equipe do projeto Earthworms Brazil realiza coleta de minhocas para estudo. Foto: Divulgação.

O Núcleo de Ecologia e Ecotoxicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (Necotox/UFSC Curitibanos) desenvolve o projeto Earthworms Brazil, cujo objetivo é pesquisar os efeitos dos agrotóxicos em minhocas nativas do Brasil. Inédito no país, o projeto realiza periodicamente coleta e triagem de minhocas para estudo de espécie e comportamento no solo. O projeto teve início em 2022 e em 2024 ingressou na terceira fase.

O trabalho é coordenado pela professora Júlia Carina Niemeyer, que explica: “Estamos estudando uma espécie nova de minhocas e seu comportamento no solo. Vamos estudar o potencial desta espécie para uso em ensaios de ecotoxicidade por se tratar de uma espécie endogeica, ou seja, que vive dentro do solo”. Financiado pela alemã Bayer e realizado em parceria com a empresa Cloverstrategy, com sede em Portugal, a iniciativa também conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

Texto reproduzido parcialmente da página da Fapeu.

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Pós-graduação em Saúde Coletiva seleciona estudantes estrangeiros para mestrado e doutorado

04/06/2024 10:57

O Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva divulga o processo seletivo para ingresso de alunos estrangeiros nos cursos de mestrado e doutorado. São ofertadas 2 vagas de doutorado e 1 vaga de mestrado. As inscrições devem ser feitas até 1º de julho, pelo formulário on-line divulgado no edital, disponível aqui.

O processo seletivo terá duas etapas avaliativas: análise de anteprojeto e análise curricular. Ambas serão realizadas de forma remota. O resultado final da seleção será divulgado no dia 19 de julho e o início das aulas será em agosto de 2024.

Todas as informações sobre o processo seletivo estão disponíveis no edital.

Mais informações na página do PPGSC ou pelo e-mail ppgsc@contato.ufsc.br

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UFSC na mídia: pesquisador da UFSC fala sobre o fenômeno das ‘tainhas gigantes’

29/05/2024 14:47

Em reportagem veiculada no portal ND+, o pesquisador Caio Magnotti, doutor em Aquicultura e supervisor do Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falou sobre a sobre a safra, a migração e importância ecológica das tainhas em Florianópolis. A reportagem intitulada Tainhas gigantes: entenda a migração misteriosa da Argentina para o Norte do Brasil foi produzida pela jornalista Leandra da Luz e publicada nesta quarta-feira, 29 de maio.

A notícia detalha as diferenças entre as espécies encontradas na região e aborda o aparecimento das tainhas gigantes avistadas recentemente na capital catarinense. Segundo o pesquisador, esses exemplares provavelmente migraram de áreas mais ao Sul, como a bacia do Rio da Prata. O fenômeno pode também estar relacionado à pesca industrial, que geralmente captura os peixes maiores. “Normalmente ficam em lugares mais profundos, onde a pesca industrial atua. Embora as tainhas da Lagoa dos Patos, da Argentina e do Uruguai se encontrem no mar e migrem juntas para desovar, não podemos caracterizá-las apenas as observando”, disse Caio em entrevista à publicação.

A reportagem tratou ainda da importância econômica e o papel desempenhado pela tainha no ecossistema marinho. Para acessar a matéria completa, acesse o portal ND+.

> Confira também reportagem da Agecom sobre as pesquisas com as tainhas na UFSC

Tags: Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar)UFSCUFSC na mídiaUniversidade Federal de Santa Catarina

Atingidos por crise climática devem ter condição de refugiados, dizem pesquisadoras da UFSC

22/05/2024 10:24

Porto Alegre, RS, Brasil 15/5/2024. Foto: Alex Rocha/PMPA

O conceito de refugiados climáticos tem repercutido no debate público desde o episódio histórico das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio, deixando milhares de pessoas desabrigadas. No dia 21 de maio, por exemplo, havia 72 mil pessoas fora de casa e 839 abrigos cadastrados no Observatório de Desenvolvimento Social.

“Um refugiado climático pode ser tanto aqueles que saem dos seus locais de residência antes de acontecer um evento extremo, como forma de precaução, como aqueles que se veem obrigados a sair por conta das consequências de eventos extremos, por perderem sua moradia”, explica a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Iris Engelmann, doutoranda em Direito e Integrante do Observatório de Justiça Ecológica (OJE).

O assunto, no entanto, está longe de um consenso entre os especialistas no mundo. Isso porque, para ser oficialmente um refugiado, o indivíduo precisa preencher os requisitos do Estatuto do Refúgio, no Brasil regido pela Lei nº 9.474/1997. “Esses requisitos não abrangem as causas ambientais”, explica Iris.

A legislação internacional também sofre da mesma carência. A pesquisadora Thaís Pertille defendeu, em 2023, uma tese sobre o direito humano ao equilíbrio climático. Ela explica que as normas exigem o critério de perseguição para que uma pessoa se enquadre na possibilidade de refúgio. “Defensores e pesquisadores de Direitos Humanos defendem uma ampliação para que pessoas que sofram grandes violações de direitos humanos também possam ter as prerrogativas do instituto do refúgio reconhecidas. Dessa forma, aqueles que migram por questões ambientais e climáticas seriam albergados”, pontua.

O trabalho de Thaís, que também integra o OJE, foi orientado pela professora Letícia Albuquerque e defende o Direito Humano ao Equilíbrio Climático. Hoje, segundo ela, com os mecanismos em curso, as pessoas atingidas e impactadas pelas cheias acabam por depender de medidas de proteção adotadas pelo Estado.

“Essas pessoas hoje legalmente não estão albergadas pelo instituto do refúgio e dependem de ações do próprio governo e comunidade local para receber algum tipo de apoio. Se fossem reconhecidas enquanto refugiadas conforme o instituto jurídico, seria possível ampliação da responsabilidade internacional”, diz.
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UFSC Curitibanos inaugura o ‘Centro Reforma’, referência em restauração de ecossistemas

20/05/2024 17:05

Inauguração do Centro Reforma do Campus de Curitibanos da UFSC. Foto: Divulgação.

O campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugurou na última quarta-feira, 15 de maio, o Centro Reforma, uma estrutura de 90m2 com espaço laboratorial e de escritório que servirá de base para as ações desenvolvidas pelo projeto Restauração Ecológica da Floresta Ombrófila Mista (Reforma), que é referência em pesquisas, ensino e extensão sobre a restauração de ecossistemas. O centro vai oferecer capacitação e formação de recursos humanos especializados em restauração ecológica.
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Dia mundial das abelhas: pesquisas da UFSC valorizam espécies nativas sem ferrão

20/05/2024 08:06

O dia 20 de maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial das Abelhas, uma data para destacar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável e produção de alimentos. Quase 90% das espécies de flores silvestres dependem dos polinizadores, assim como 75% das plantações de alimentos. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de diversos projetos de pesquisa e extensão, programas de pós-graduação, laboratórios e iniciativas, participa dos esforços de preservar e tornar cada vez mais conhecidos esses importantes agentes de polinização.

 

Deus salve as abelhas

 

UFSC já catalogou mais de 300 espécies em Santa Catarina, indicando que abelhas nativas sem ferrão possam ser a chave para sustentabilidade ambiental

Acesse esta matéria em formato multimídia pelo site UFSC Ciência

Em 1977 era apresentado ao mundo um dos personagens mais icônicos dos desenhos infantis — o Ursinho Pooh, que sempre entrava nas mais inimagináveis confusões para saciar sua fome de mel. Quinze anos depois, em 1992, o Candyman era responsável por aterrorizar qualquer um que dissesse seu nome cinco vezes na frente de um espelho. Dezembro de 2007 marcou o clássico animado Bee Movie, no qual acompanhamos a abelha Barry se revoltar contra os humanos na tentativa de recuperar seu precioso mel. O que torna esses filmes e personagens comuns entre si é a presença caricata das abelhas — simpáticos insetos coloridos de listras pretas e amarelas, pequenas asas, temperamento forte e, é claro, o mel.

Bugias são abelhas nativas cada vez mais raras na natureza. (Foto: Letícia Schlemper de Souza Gonçalves)

Abelhas europeias, ou africanizadas, da espécie Apis mellifera, foram trazidas do continente europeu e introduzidas no Brasil no século XIX e desde então dominam a economia. Em 2021, houve recorde de produção, com 55,8 mil toneladas de mel, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.). Essas abelhas não somente são usadas na produção de mel, como também na agricultura, para ajudar no processo de polinização dos campos. Dados fornecidos pelo Censo Agropecuário do IBGE e pelo Atlas da Apicultura no Brasil apontam que existem mais de 100 mil estabelecimentos que fazem uso da apicultura, distribuídos entre todos os 26 estados e Distrito Federal. Porém,  sendo uma espécie exótica no nosso país, essas abelhas competem com outros polinizadores nativos para produzir alimento. 

A biodiversidade desempenha um papel vital em nosso ecossistema, e as abelhas desempenham um papel especialmente significativo nesse equilíbrio. E assim como destaca o nome do single da banda catarinense Exclusive os Cabides, é de extrema importância a preservação desses polinizadores. Embora a situação atual das abelhas no país possa ser considerada estável, é crucial concentrar esforços de conservação em tipos específicos de abelhas. Surge a pergunta: ao clamarmos “Deus Salve as Abelhas”, qual subespécie ou variedade de abelhas merece uma atenção mais dedicada na busca pela preservação da biodiversidade?

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Veleiro da UFSC acompanha ultramaratona de natação com desafio ambiental

17/05/2024 16:16

Ultramaratonista deve nadar 36 quilômetros entre Porto Belo e Itajaí

O Veleiro Eco, veículo elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizado em expedições científicas com a missão de pesquisar, monitorar e proteger a vida dos ecossistemas marinhos, participou de um novo desafio: acompanhar uma ultramaratona aquática que reuniu apoiadores para a realização de um nado com mínima emissão de carbono e de reduzida geração de resíduos.

A atleta catarinense Sandra Koch nadou por uma distâncias de quase 36 quilômetros, percorrendo 16 praias de quatro municípios do litoral catarinense, área denominada Costa Verde e Mar, na segunda-feira, 20 de maio. A largada, inicialmente prevista para madrugada de domingo, ocorreu por volta das 3h30 da segunda-feira, devido às condições climáticas.

A nadadora partiu da Praia do Araçá, em Porto Belo. A chegada estava prevista para a Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Porém, por medida de segurança, a prova foi interrompida, por decisão da equipe técnica, quando Sandra estava a 800 metros do destino. Havia forte correnteza, causada pelo encontro com as águas do Rio Itajaí-Açu.

A nadadora lutou e chegou a alcançar o equivalente a 42 quilômetros de distância em braçadas – considerando equipamento que afere a distância pelo esforço físico da atleta. A prova foi homologada com ressalva pela Federação Aquática de Santa Catarina (FASC), que estuda incluir o trajeto no calendário oficial de competições.

Durante todo percurso, foram coletadas amostras para a medição de presença de microplásticos na água do mar. O resultado das medições será apresentado no 20º Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, marcado para agosto, em Itajaí.

As amostras de água serão analisadas em laboratório da UFSC para medir a quantidade de microplásticos identificados. Os resíduos, com medida inferior a 5 mm, contaminam os oceanos, afetando o equilíbrio do ambiente marinho.

De acordo com os organizadores, o desafio Costa Verde e Mar teve o objetivo de chamar a atenção para as condições de balneabilidade do litoral catarinense e conscientizar sobre a necessidade de reduzir a geração de lixo e de emissão de gás carbônico em todas as atividades diárias. Sandra, uma atleta de 49 anos, participa de maratonas e ultramaratonas. Entre suas principais conquistas, estão o recorde do desafio Ilha do Arvoredo, em Bombinhas (25 km em 2018) e a prova Amazon Challenge, em Manaus (30 km em 2023).
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UFSC é co-autora de projeto de Centro Cultural Indígena na baía sul em Florianópolis

16/05/2024 18:20

Terminal de ônibus nunca ativado na baía sul é utilizado por indígenas. Foto: Arquiteturas del Sul/Divulgação

O Laboratório de Projetos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai entregar, nos próximos dias, o resultado de um trabalho que uniu o conhecimento acadêmico às necessidades e ao conhecimento dos povos indígenas: o estudo preliminar para a construção do Centro Cultural Indígena junto ao terminal do Saco dos Limões, em Florianópolis. O projeto terá sua última etapa nesta sexta-feira, 17 de maio, em reunião programada para as 16h na Justiça Federal.

O estudo foi mediado por uma decisão judicial a partir de uma ação do Ministério Público de Santa Catarina e envolveu a UFSC pelos trabalhos que já eram realizados pela instituição junto às comunidades indígenas. Segundo o professor Ricardo Socas Wiese, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, o projeto foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Florianópolis, com participação dos grupos interessados, tais como a comunidade indígena e representantes comunitários do bairro Saco dos Limões.

O histórico para a elaboração do Centro Cultural, que popularmente é chamado de “casa de passagem”, é extenso e envolve uma série de conflitos judiciais. Mas em outubro de 2023 houve uma determinação para que o município encontrasse uma solução para receber indígenas dos povos Kaingang, Xokleng e Guarani, da região Sul do país, que passam pela Capital em busca de melhores condições de vida.

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Projeto de triagem auditiva da UFSC é premiado em evento nacional

15/05/2024 11:44

UFSC teve equipe multidisciplinar na execução do projeto premiado (Divulgação)

O projeto alôfono, desenvolvido por professores de diferentes departamentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi reconhecido pelo Prêmio de Excelência em Audiologia no 39º Encontro Internacional de Audiologia, promovido pela Academia Brasileira de Audiologia, na última sexta-feira, 11 de maio. O projeto nasceu de necessidades na área da audiologia e gestão em saúde auditiva de ter uma ferramenta de triagem auditiva de fácil acesso à população, além de proporcionar ao gestor em saúde informações sobre a saúde auditiva da população.

Com estes dois objetivos em mente, os professores Stephan Paul, do Laboratório de Vibrações e Acústica, e Fernanda Zucki, do Departamento de Fonoaudiologia, lideraram um grupo que incluiu o hiperlab do Departamento de Design e Expressão Gráfica e o LabCod do Departamento de Ciência da Informação para desenvolver uma aplicação web de triagem auditiva voltada à população adulta e a um módulo de análise de dados da triagem. O projeto foi financiado pela Fundação de Âmparo à Pesquisa e Inovação de Santa (Fapesc), no Programa Pesquisa para o SUS: Gestão compartilhada em Saúde – PPSUS (2020 – 2023).

O alôfono foi implantado no Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) da UFSC para permitir o fácil acesso, via navegador web, independente de sistemas operacionais dos dispositivos (computador, celular, tablet). A partir do STT qualquer pessoa pode realizar a triagem auditiva, e, ao final, ser informado se passou ou falhou. Em caso de falha, a pessoa é orientada a buscar uma orientação médica ou fonoaudiológica para a realização de uma avaliação auditiva formal. Pesquisadores e gestores da área de saúde dispõem ainda do acesso a um módulo de análise de dados que oferece funcionalidades de gerenciamento dos dados coletados e extração de informações pertinentes.
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Figueira da Praça XV não é brasileira, conclui estudo da UFSC que consultou banco de DNA

14/05/2024 10:30

O DNA da centenária figueira da Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis, foi decifrado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O mistério que envolvia a origem e a espécie de um dos principais cartões-postais da capital catarinense, citado inclusive no hino do município, finalmente chegou ao fim. O estudo realizado no Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), concluiu que a árvore não é originária do Brasil. A figueira, identificada como sendo da espécie Ficus microcarpa, é natural da região compreendida pela Ásia tropical e Austrália.

Professor Valdir Stefenon (ao centro) e os pós-doutorandos Yohan Fritsche (à direita) e Thiago Ornellas. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A investigação, que nasceu com o propósito de descobrir se a planta era nativa ou exótica, foi conduzida pelo professor de biotecnologia Valdir Stefenon junto com os estudantes de pós-doutorado Yohan Fritsche e Thiago Ornellas, egressos do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. O trabalho de sequenciamento do DNA e de análises de dados via bioinformática durou cerca de três meses e foi finalizado no segundo semestre do ano passado. Conforme explica o professor, a pesquisa resultou no sequenciamento do genoma nuclear parcial e do genoma total do cloroplasto. O primeiro passo foi, a partir de folhas saudáveis, isolar o DNA da planta, parte responsável por todas as informações genéticas.

“Utilizando uma tecnologia moderna, o DNA é sequenciado e cada uma das milhares de bases que o compõem são identificadas em fragmentos de tamanho variados. Esses fragmentos são, então, ordenados, como se estivéssemos montando um quebra-cabeças. Nesta etapa, o genoma nuclear, o genoma do cloroplasto e o genoma das mitocôndrias são separados em análises de bioinformática”, explica o docente.
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UFSC Blumenau abre inscrições para mestrado em Nanociência, Processos e Materiais Avançados

13/05/2024 11:36

O Programa de Pós-Graduação em Nanociência, Processos e Materiais Avançados (PPGNPMat) da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Blumenau, está com inscrições abertas para seleção de novos alunos para Mestrado. Estão sendo ofertadas 14 vagas, quatro delas reservadas para negros, indígenas, pessoas com deficiência ou outras categorias de vulnerabilidade social.

Todas as vagas são para ingresso no segundo semestre de 2024. O mestrado do PPGNPMat contempla uma área de concentração (Nanociência, Processos e Materiais Avançados) e duas linhas de pesquisa (Materiais, Processos e Transformações e Nanociência e Nanotecnologia).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 31 de maio. Para se candidatar às vagas, é necessário ter curso de graduação completo, ou ter previsão de conclusão até 5 de agosto, que é a data prevista para início do semestre 2024.2. A inscrição deve ser feita pelo Formulário de Inscrição para Pós-Graduação do Controle Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG), anexando todos os documentos descritos no item 1.2 do edital.

A seleção dos alunos será feita por meio de prova escrita on-line e avaliação da proposta de pesquisa e do currículo do candidato. O resultado do processo seletivo deve ser publicado até o dia 5 de julho, no site do programa.

Para mais informações, acesse o edital. Em caso de dúvidas, entre em contato pelo e-mail ppgnmat@contato.ufsc.br.

Daiana Martini/Serviço de Comunicação UFSC Blumenau

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Pós-Graduação em Estudos da Tradução publica nova edição da Revista Qorpus

10/05/2024 09:01

A revista de arte e cultura Qorpus lança edição de abril de 2024 com um questionamento da ensaísta Júlia Côrtes Rodrigues: “Quem tem razão sobre o valor dos livros?”. A publicação digital de acesso aberto é vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGET/UFSC) e está inserida na área de Linguística, Letras e Artes, com a missão de ampliar a divulgação de trabalhos acadêmicos sobre os Estudos da Tradução, mais especificamente, suas intersecções com a Literatura, a Dramaturgia e as Artes.

Esta edição traz, ainda, na área de cinema, uma resenha de “Mulheres alteradas”, de Luis Pinheiro, assinada por Marjory Dotel. Além disso, oferece diferentes exercícios de tradução com línguas variadas como catalão, náuatle e inglês, assinados pelas tradutoras Sara Lelis de Oliveira, Sabrina Siqueira, Alane Melo da Silva, Myllena Lacerda e Elisa Bicca. Duas entrevistas, ambas feitas por Marcelo Rodrigues, enfocam o teatro contemporâneo: na primeira, Marcelo conversa com Cissa Lourenço, que dirigiu “Somos todas Carolinas”, uma experiência de teatro atrás das grades, encenada por detentas; na segunda, ele dialoga com Luana Raiter, dramaturga e cofundadora do grupo ERRO,  destacando a história e os impasses do teatro de ocupação. Textos criativos encerram a nova edição da Qorpus, com novos autores: Natália Scalvenzi, Jeraldi Hiroki e Alice Soldan Rezende.

A edição completa está disponível online.

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Pesquisadores da UFSC emitiram diferentes alertas sobre intensificação de extremos climáticos

07/05/2024 17:03

Zona norte de Porto Alegre atingida pelas cheias. Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação

Em diferentes estudos, relatórios e entrevistas ao longo dos últimos meses, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram dados, alertas e informações sobre a intensificação de eventos climáticos extremos, com ênfase nos riscos de inundações e secas nas diferentes regiões do país e na necessidade de preservação das florestas e em zerar emissões de carbono.  Em linhas gerais, esses alertas, geralmente realizados em parcerias com cientistas de instituições ao redor do mundo, traçam panoramas sobre como o aquecimento do planeta e fenômenos como o El Niño e as queimadas compõem esse sistema.

Temperatura recorde – O aumento da temperatura na terra é apontado por cientistas como principal causador dos eventos extremos. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história, com 50% dos dias acima do limiar de perigo. Esse aquecimento gera efeito nos oceanos, que também aquecem. Isso provoca secas, inundações, além de ondas de calor e frio. O assunto foi abordado pelo relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

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Retenção de carbono nos oceanos – O fenômeno tem a ver com o excesso de carbono que circula na atmosfera: 90% desses gases são retidos pelos oceanos. O calor nos oceanos, por sua vez, cada vez mais intenso, pode ocasionar mais fenômenos como ciclones e flutuações nas chuvas. Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da UFSC, redigiu uma declaração alertando para o recorde recente. Os cientistas já mostravam que esses casos poderiam aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.
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Pós-graduação em Ciências Fisiológicas oferece vagas de Mestrado

06/05/2024 09:05

O Programa de Pós-Graduação Multicêntrico em Ciências Fisiológicas (PPGMCF) lança edital de seleção de 15 vagas de Mestrado, com inscrições abertas até 14 de junho. Para inscrever-se, é necessário preencher o formulário e sinalizar a linha de pesquisa de preferência, dentre aquelas com vagas disponíveis.

A documentação necessária está disponível no edital. Serão asseguradas a quantidade mínima de 20% das vagas para pessoas negras (pretas e pardas) e indígenas, totalizando três vagas.
Serão asseguradas, no mínimo, 8% das vagas para pessoas com deficiência e outros grupos em vulnerabilidade social, totalizando duas vagas.

O resultado final da seleção será divulgado a partir do dia 15 de julho, e o ingresso das pessoas selecionadas será no segundo semestre de 2024.

O PPGMCF é um programa interdisciplinar, alicerçado nas Ciências Fisiológicas, e marcado pela diversificação de seu corpo docente, composto majoritariamente por fisiologistas, farmacologistas e bioquímicos. O planejamento estratégico do PPGMCF visa à realização de estudos inovadores, multi e transdisciplinares, para aprofundar conhecimentos e aperfeiçoar a formação de docentes e discentes. O PPGMCF fornece ao aluno formação sólida, com espírito crítico, inovador e capacidade para atuar em diferentes áreas da Ciência.

O processo seletivo será realizado em três etapas: a prova de conhecimentos na área de Fisiologia; a arguição e a análise do histórico escolar e do currículo Lattes. Pessoas interessadas podem obter mais informações sobre o processo seletivo pelo telefone (48) 3721-4617 ou pelo e-mail pmpg@contato.ufsc.br.

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Pesquisadores da UFSC identificam nova espécie de fungo na Serra Catarinense

29/04/2024 08:54

Microglossum azeurum, encontrado na serra catarinense. Foto: Luis Funez/PELD BISC

Um fungo de um azul reluzente se destaca na paisagem da Serra de Urubici, em Santa Catarina: é o Microglossum azeurum, uma espécie recentemente descoberta e registrada pelo pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Luís Funez. A espécie foi encontrada em meio às matas nebulares e pertence a um gênero que ocorre muito pouco no Brasil. A partir desse trabalho, que ocorreu no contexto da Pesquisa Ecológica de Longa Duração que estuda a biodiversidade do estado de Santa Catarina e do Mind Funga,  outras três novas espécies desse fungo foram localizadas espalhadas pelo país.

Isso ocorreu porque, assim que viu que tinha uma amostra da espécie nova, o pesquisadora procurou fóruns e comunidades de discussão de fungos para identificar pessoas que tivessem achado espécies de Microglossum. Em uma comunidade de discussão no Facebook, ele encontrou dois colegas que haviam se deparado com esse tipo de fungo. “Entrei em contato, pedi que me enviassem as amostras pelo correio e me enviaram. Assim, consegui, além do meu material, mais duas espécies novas”, narra.

A descoberta da espécie ocorreu durante uma atividade de levantamento da diversidade de macrofungos nas áreas que compunham o experimento, na Serra catarinense. “Eram feitas visitas regulares a cada uma dessas áreas, e os fungos que cresciam lá, eram fotografados, coletados e desidratados para que os estudos da sua morfologia e material genético pudessem posteriormente acontecer”, comenta.

“Encontrar um Microglossum é quase um delírio, um unicórnio fúngico. Eles são pequenos, coloridos e aparecem em lugares imprevisíveis em longos intervalos de tempo. Alguns autores descrevem 12-15 anos, outros descrevem mais de 50 ou 60 anos! Ou seja, talvez tenha sido a primeira e última vez que eu me deparei com uma maravilha dessas. Fico extremamente feliz por ter tido esse momento e poder ter trazido isso à luz da ciência”, explica

O conhecimento empírico dos grupos de fungos que eram encontrados na região permitiu que ele percebesse que estava diante de algo diferente. “Quando encontramos algum fungo que seja muito diferente, como foi o caso do Microglossum azureum, já suspeitamos ser algo diferente ou novo, mas a certeza só vem após as análises”, diz.

Espécie amarelada também foi identificada (Divulgação)

A morfologia completa dos fungos, de acordo com o pesquisador, pode ser acessada com auxílio de um microscópio. Além disso, as análises genéticas são fundamentais para a identificação de fungos, que representam um dos mais diversos grupos de organismos do planeta. “As espécies são muito parecidas entre si e se conhece relativamente pouco sobre eles”, pontua.

Dados confirmados; novas espécies

Os dados sobre a nova e inédita espécie só foram confirmados após todos esses procedimentos. E a equipe novamente foi supreendida, já que antes de terem acesso às sequências genéticas, os cientistas estavam tratando os Microglossum como apenas duas espécies: o Microglossum azureum e Microglossum popovkinii, fungos de cor amarela encontrados na Bahia e Mato Grosso. “Mas quando estas chegaram, notamos que duas amostras do amarelo, provenientes do Mato Grosso, eram geneticamente muito distintas das outras, e foi preciso reanalisar o material. Então surgiu uma terceira espécie: Microglossum sourellae”.

Funez explica que, dentro de Microglossum, há duas principais linhagens: a estipe escamoso e as estipe nú. Todas as novas espécies descritas possuem estipes nús. No caso do fungo localizado na serra catarinense, a cor azul vibrante e quase uniforme é sua marca registrada. “Nenhum outro apresenta esta coloração azul tão viva”, explica.  Os amarelados, por sua vez, possuem  características parecidas entre si, diferindo-se dos demais pela cor, amarelo pálido com a base do estipe azulada. As diferenças também abrangem formatos e medidas de estruturas microscópicas, como esporos e ascos.

O cientista também afirma que os fungos são organismos que apresentam inúmeras funções no ecossistema. “Os fungos são basicamente o motor de transformação da matéria nos ecossistemas. Microglossum, acredita-se que sejam decompositores de material particulado no solo, ou seja, reciclam a matéria morta, transformando-a em nutrientes vitais para a fertilidade do mesmo, de forma a nutrir a vida vegetal”, finaliza.

 

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UFSC na mídia: Usina de Hidrogênio Verde é apresentada como modelo

25/04/2024 08:23

A usina de hidrogênio verde da Universidade Federal de Santa Catarina, instalada junto ao Laboratório Fotovoltaica, no Sapiens Parque, voltou a ser destaque na mídia nacional oito meses após a sua inauguração, que ocorreu em agosto de 2023. O jornal O Estado de São Paulo produziu uma reportagem e um vídeo demonstrando como funciona o projeto pioneiro construído com foco na pesquisa.

No vídeo, o professor Ricardo Ruther, coordenador do projeto, apresenta equipamentos da usina, como o eletrolisador, que faz a reação de quebra da molécula de água em hidrogênio e oxigênio. Ele explica que esse processo demanda o uso de muita energia e água. Essa energia, por sua vez, precisa ser solar, eólica, de biomassa, hidrelétrica ou de outra fonte alternativa.

O vídeo destaca que o Brasil teria potencial para produzir um dos hidrogênios mais competitivos do mundo. No caso da UFSC, Ruther ainda cita a produção de amônia, subproduto do processo. “A amônia pode ser usada como vetor de energia, então se eu for exportar hidrogênio, uma das maneiras de fazer isso é mandando em forma de amônia ou usá-lo como matéria prima para fazer fertilizante”, explica. O laboratório utiliza a energia solar para gerar o hidrogênio e também capta água da chuva.

Hidrogênio verde e pioneirismo

O hidrogênio já está sendo produzido no novo bloco do laboratório, que recebeu investimentos de R$ 14 milhões. A usina tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora) de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde têm importante papel na descarbonização da Amazônia, pois são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.

O espaço conta com laboratórios nos pavimentos inferiores, salas de aula e de pesquisadores nos pavimentos superiores e estação solarimétrica no terraço – onde é possível medir os parâmetros solares. Além disso, foi construído com outra inovação: as placas solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório, onde foram instaladas sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.

O gás hidrogênio, que recebe o adjetivo de “verde” por conta da sustentabilidade da produção via eletrólise utilizando somente água e energia renovável, vem sendo pesquisado pelos principais países do mundo. Segundo a consultoria internacional Bloomberg New Energy Finance, a geração solar fotovoltaica é capaz de oferecer o hidrogênio verde de baixo custo, o que fez com que a UFSC fosse um foco imediato de interesse de parceiros.

 

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UFSC participa do mais amplo e inédito estudo sobre microplásticos no litoral

23/04/2024 13:29

Microplásticos são invisíveis a olho nu, mas podem se degradar de plásticos maiores. Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

Atualização: desde 6 de dezembro de 2024 a UFSC não integra mais o projeto MicroMar. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica, entretanto, segue realizando, publicando e divulgando suas pesquisas sobre o tema.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está participando do maior projeto já realizado no Brasil sobre a poluição por microplásticos nas praias brasileiras. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica (LABCAI), liderado pelo professor Afonso Celso Dias Bainy, é uma das referências no estudo sobre contaminantes no mar e irá analisar amostras coletadas em nove pontos, nas cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Laguna, Penha, Garopaba e Palhoça. O projeto envolve colaboração com instituições do país e do mundo e tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e se alinha ao Programa Ciência no Mar e ao Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar.

Os microplásticos são partículas de tamanho entre 1µm (a milésima parte de um milímetro) e 5 mm e passam facilmente pelos sistemas de filtragem de água porque as estações de tratamento de esgoto não possuem eficiência de remoção total. Por isso, chegam aos rios, lagos e oceanos, representando uma ameaça potencial à vida aquática e afetando também a vida humana.

No projeto MicroMar, coordenado pelo professor Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano, mais de 6.700 amostras de areia e água em 750 praias localizadas em 300 municípios do litoral serão analisadas para gerar um diagnóstico atual, abrangente e inédito sobre essa temática no Brasil.

A parceria com a UFSC surgiu, segundo o professor Afonso Bainy, por conta do histórico do trabalho do laboratório em investigar os mecanismos moleculares e bioquímicos da interação entre contaminantes emergentes e as respostas dos organismos aquáticos. Um dos estudos que deu início a essa parceria foi desenvolvido a partir de uma tese com moluscos bivalves, mais precisamente das ostras, organismos filtradores que, acabam capturando esses contaminantes com mais facilidade.
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