UFSC na mídia: estudo mostra impactos da desigualdade na vacinação contra covid

20/06/2023 14:29

Foto: Matheus Alves/Agecom/UFSC

Uma nova pesquisa revela que as desigualdades socioeconômicas do Brasil tiveram forte impacto na taxa de vacinação contra a covid-19. Os municípios com pior cobertura foram aqueles mais pobres, com menor escolaridade média, e maior população negra. Liderado pelos professores Alexandra e Antonio Boing, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudo contou com a participação de pesquisadores de quatro universidades e foi tema de reportagens no Jornal da USP e no Globo. Os resultados estão no artigo Uncovering inequities in Covid-19 vaccine coverage for adults and elderly in Brazil: a multilevel study of 2021–2022 data, publicado na revista Vaccine.

Foram analisados 389 milhões de registros de vacinação de 2021 e 2022. Dividindo todos os municípios do país em cinco grupos usando o critério da educação, o grupo com nível de escolaridade média mais alto teve cobertura de reforço 43% melhor que o grupo no outro extremo, entre adultos. Entre idosos a diferença foi menor (19%), ainda que substancial.

Usando a mesma comparação, dividindo os municípios por “quintis” (cinco grupos de mesmo tamanho), o quintil que tinha população mais branca teve uma cobertura de reforço 24% melhor do que o quintil mais negro. Já na análise por faixa de renda, os municípios no quintil mais rico se saíram 21% melhor. O trabalho também confirmou que as mulheres se vacinam com mais frequência que os homens e que os idosos se vacinaram mais que os adultos mais jovens.

Em entrevista para o Jornal da USP, Antonio Boing afirma que os dados obtidos mostram que a discussão sobre desigualdade social é essencial no Brasil, principalmente frente a emergências sanitárias. “Existem certas características, como o município de residência, que podem aumentar ou diminuir a probabilidade de uma pessoa ser vacinada no Brasil”, explica o pesquisador. 

“Nós somos um dos países mais desiguais deste planeta e durante o maior desafio sanitário que tivemos em tempos, a desigualdade simplesmente não foi monitorada propriamente”, complementa Antonio.

Leia as reportagens na íntegra:

Jornal da USP – Brasil não levou desigualdade social em conta na estratégia de vacinação contra covid

O Globo – Desigualdade do país tem impacto forte na vacinação, mesmo gratuita, mostra estudo

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HU-UFSC promove ações contra o fumo nesta quarta-feira, Dia Mundial Sem Tabaco

30/05/2023 18:57

Nesta quarta-feira, 31 de maio, quando é celebrado o Dia Mundial Sem Tabaco, a equipe do Núcleo de Estudos e Tratamento do Tabagismo (NET-Tab), que reúne estudantes, pesquisadores e profissionais do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), programou ações de conscientização. Haverá uma roda de conversa aberta à comunidade no auditório do hospital, com o tema As diversas formas do uso do tabaco, com o objetivo de alertar funcionários, pacientes e acompanhantes sobre os riscos do tabagismo, suas consequências e os caminhos para a cessação do hábito. Alunos e professores estarão presentes na entrada do hospital, na área dos ambulatórios, para promover a campanha e esclarecer dúvidas.

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UFSC firma parcerias com MPSC nas áreas de saúde pública e inteligência artificial

09/05/2023 15:02

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, assina convênio ao lado do Procurador-Geral de Justiça, Fábio de Souza Trajano. Foto: Carlos Rocha/MPSC

Contribuir para a efetividade do direito fundamental à saúde. Esse é o objetivo de um convênio firmado nesta segunda-feira, 8 de maio, entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O acordo prevê a formação de uma câmara técnica de trabalho que construirá ferramentas de análise, avaliação, acompanhamento e fiscalização da política pública de saúde no Estado de Santa Catarina, especialmente na rede de Atenção Primária.

O grupo será formado por membros de ambas as instituições e coordenado conjuntamente pelo Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e o Centro de Apoio Operacional da Saúde Pública do MPSC. Os resultados constituídos servirão de apoio para as Promotorias de Justiça com atribuição na área da Saúde Pública, comunidade acadêmica e público em geral para a criação de diagnósticos, análises de dados e orientações técnico-jurídicas relacionadas ao acompanhamento da Atenção Primária em Saúde, maior porta de entrada para a rede de apoio do Sistema Único de Saúde (SUS).

A Câmara Técnica também irá levantar evidências científicas, pesquisas e orientações técnico-jurídicas relacionadas à Saúde Mental e à organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além disso, fornecerá dados e diagnósticos das políticas existentes nos Conselhos Municipais de Saúde e o cumprimento dos Planos Municipais de Saúde.

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Mesa-redonda discute terapias hormonais para pessoas transexuais e travestis

24/03/2023 15:00

O projeto de extensão ErgoTox, vinculado ao Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Santa Catarina (CCS/UFSC), promove uma mesa-redonda sobre hormonioterapia de pessoas transexuais e travestis. O evento ocorre na próxima quinta-feira, 30 de março, às 18h, via Google Meet, e é aberto a todos. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas por meio do preenchimento e envio do formulário.

A psicóloga Jéssica Janine Bernhardt Fuchs falará sobre o tema Suporte psicológico na perspectiva emocional da harmonização de pessoas transexuais e travestis. Já o médico Marcello Medeiros Lucena apresentará a palestra Terapias hormonais e a importância do acompanhamento médico. Ambos são profissionais atuantes no Ambulatório Trans de Florianópolis.

Mais informações no Instagram do projeto.

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Professora da UFSC publica texto sobre varíola dos macacos: ‘O que estamos esperando para agir?’

02/08/2022 10:59

Um grupo de pesquisadores de instituições de pesquisas brasileiras e da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva publicou, em preprint, um artigo sugerindo ações para o enfrentamento à Monkeypox, a varíola dos macacos. Uma das autoras, a professora do Departamento de Saúde Pública da UFSC, Alexandra Boing, falou à Folha de S. Paulo sobre o assunto: “A partir do momento que você não tem dados, não consegue gerar informação de qualidade para comunicar a população e os profissionais de saúde e guiar as ações e políticas de saúde”, disse, na entrevista. O texto foi submetido à Revista Brasileira de Epidemiologia.

Os cientistas chamam a atenção para o desafio sanitário que se coloca ao Brasil, já que a escalada de casos ocorre em meio a um cenário em que o país convive com a pandemia da Covid-19. O primeiro caso importado no Brasil foi confirmado em 9 de junho, mas, em pouco mais de um mês, havia 813 casos registrados e transmissão comunitária no país.

Os pesquisadores apontam para a falta de estrutura laboratorial para diagnóstico rápido e desestruturação dos serviços de vigilância. “Ações rápidas e coordenadas são urgentes e imprescindíveis”, pontuam, recomendando medidas como a definição de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas na rede de atenção à saúde, a implementação de um sistema de informação unificado para registro dos casos confirmados e o treinamento e formação de profissionais de saúde. O grupo também sugere “campanhas e ações de comunicação de risco em saúde junto à população sobre a doença, sinais, sintomas, medidas preventivas e combate ao estigma, pensadas e organizadas com participação ativa das comunidades”.

Segundo o texto, a Monkeypox é uma zoonose endêmica na África Central e Ocidental, causada por um orthopoxvírus, até então, em grande parte, ignorada globalmente. O artigo informa que, desde maio, vários casos foram reportados por países onde a doença não é endêmica, registrando rápida disseminação. Até 24 de julho foram mais 16 mil casos em 75 países. Os pesquisadores alertam, ainda, que apesar do nome com que se popularizou a doença, o macaco não é o principal reservatório do vírus, o que exige ações para evitar o extermínio do animal.

Apontada como inicialmente branda em pacientes saudáveis, a doença oferece mais risco de complicações em crianças, grávidas e pacientes imunodeprimidos. Dados indicam que a transmissão do vírus ocorre a partir do contato direto com lesões cutâneas, fluidos corporais, gotículas respiratórias, durante contato físico próximo, relações sexuais e aglomerações. “Garantir o acesso igualitário aos recursos disponíveis para o enfrentamento da doença é indispensável diante de mais uma emergência de saúde pública de doença transmissível”, sinalizam os cientistas.

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CinePET Debate exibe documentário ‘O aborto dos outros’ na segunda-feira (18)

14/07/2022 16:38

O Programa de Educação Tutorial (PET) do Curso de Serviço Social apresenta o CinePET Debate Criança não é mãe na próxima segunda-feira, 18 de julho, às 18h30. O evento é gratuito e ocorre no auditório do Centro Socioeconômico (CSE).

O documentário apresentado será O aborto dos outros (2008), de Carla Gallo. Ele mostra a experiência de mulheres que viveram o aborto em quatro hospitais públicos do Brasil e aborda maternidade, afetividade, intolerância, solidão e a questão da ilegalidade.

A comentarista convidada para debate é Simone Lolatto, que escreveu a dissertação A intervenção do assistente social frente à solicitação do aborto, trazendo a discussão para o campo profissional da Assistência Social. O evento dá direito a certificado de participação, mediante inscrição pelo site doity.com.br/pet-debate-crianca-nao-e-mae.

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Estudo evidencia desigualdades e violações de direitos no acesso ao aborto legal

17/12/2021 10:03

Duas pesquisadoras do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a doutoranda Marina Gasino Jacobs e a professora Alexandra Crispim Boing, são autoras de um estudo que buscou mapear e caracterizar a oferta e a realização de abortos previstos em lei no Brasil. Utilizando dados públicos do ano de 2019, a pesquisa revela o quanto é desigual o acesso aos serviços legais de interrupção de gravidez no país. Os resultados foram publicados na edição de dezembro dos Cadernos de Saúde Pública, periódico da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

Ainda que o aborto seja criminalizado no país, ele não é punível em gestações decorrentes de estupro ou quando a gravidez representa risco de vida à gestante. Em casos de fetos anencéfalos (quando não há uma completa formação do sistema nervoso), as gestações também podem ser interrompidas de forma legal. O artigo aponta, contudo, que, apesar de as exceções de punibilidade ao aborto terem mais de 80 anos e as primeiras normativas de oferta do serviço no SUS, mais de 20, ainda há pouca informação sobre a disponibilização do aborto previsto em lei no território brasileiro e sobre como se dá a efetivação do acesso.

“A pesquisa começou ainda em 2018 e foi inicialmente motivada pela percepção de que havia pouca informação sobre o aborto previsto em lei no país. Isso se fazia aparente no desconhecimento das pessoas em relação ao tema, mas também na escassez de produção científica nacional sobre a interrupção legal da gestação. Sabemos que mesmo nas situações em que é oferecido pelo SUS, o aborto ainda é estigmatizado, o que contribui para a falta de difusão de informação a esse respeito e dificuldade de acesso ao serviço”, conta Marina.
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Publicação traz recomendações sobre atividade física na atenção primária à saúde

25/08/2021 10:51

O Ministério da Saúde lançou na última terça-feira, 24 de agosto, o documento Recomendações para o desenvolvimento de práticas exitosas de atividade física na atenção primária à saúde do Sistema Único de Saúde. Desenvolvido a partir de pesquisa financiada pelo CNPq, o projeto foi coordenado pela professora do Centro de Desportos (CDS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Tânia Bertoldo Benedetti e contou com a participação do professor Cassiano Rech, também do CDS, e de outros docentes de todas as regiões do Brasil, além dos alunos de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFSC Sofia Wolker Manta, Paula Fabricio Sandreschi e Francisco Timbó de Paiva Neto, entre outros que colaboraram indiretamente.

O objetivo do material é auxiliar os profissionais de saúde a planejarem e avaliarem suas práticas de atividade física para torná-las replicáveis e sustentáveis no SUS, bem como propiciar maior participação e autonomia dos usuários. As recomendações foram baseadas em experiências reais desenvolvidas no SUS em diferentes contextos do Brasil, e as estratégias presentes no documento têm contribuições de profissionais de saúde, gestores municipais e usuários participantes das práticas de atividade física.

A publicação pode ser baixada gratuitamente no site do Ministério da Saúde.

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Pesquisadores são premiados por estudo sobre racismo e iniquidades em saúde bucal 

12/07/2021 17:47

Um artigo científico sobre as relações entre o racismo e as iniquidades em saúde bucal foi homenageado com o Prêmio Aubrey Sheiham de Pesquisa Destacada em Saúde Pública Odontológica. O trabalho, que traz quatro recomendações para a promoção da igualdade racial na pesquisa em saúde bucal, foi escrito pelo professor do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) João Luiz Dornelles Bastos, em colaboração com a pós-doutoranda da UFSC Helena M. Constante, o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Roger K Celeste e as professoras da Universidade de Adelaide Dandara G. Haag e Lisa M. Jamieson. A cerimônia de premiação ocorre nesta quinta-feira, 15 de julho, e faz parte da programação do Congresso da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica.

Publicado em setembro de 2020 na revista científica European Journal of Oral Sciences, o estudo é uma reflexão teórica embasada em uma revisão crítica da literatura internacional sobre o tema e apoiada em publicações de outras áreas do conhecimento, como a sociologia. Ao avaliar a produção científica sobre os efeitos da opressão racial na saúde bucal, o artigo faz quatro recomendações que podem subsidiar pesquisas sobre a questão e auxiliar a mitigar as injustiças raciais na área. 

A primeira é reconhecer que a própria ciência pode perpetuar a injustiça racial, de modo que a adoção uma posição supostamente neutra deve ser substituída pela promoção ativa de narrativas antirracistas. A segunda é não sugerir que a opressão racial é ruim porque prejudica a saúde bucal. Em vez disso, os estudos devem ajudar a construir um mundo mais justo, em que as iniquidades em saúde bucal não sejam abundantes. A terceira recomendação consiste em encorajar iniciativas que entendam que os sistemas de opressão agem conjuntamente para moldar a saúde bucal. A quarta e última orientação é considerar a opressão racial como um sistema complexo, que opera em três níveis conceituais inter-relacionados – intrapessoal, interpessoal e estrutural. 

O Prêmio Aubrey Sheiham de Pesquisa Destacada em Ciências da Saúde Pública Odontológica tem como objetivo reconhecer a excelência no estudo em saúde pública odontológica. São contemplados trabalhos em epidemiologia, bioestatística, serviços de saúde, prevenção baseada na comunidade, promoção da saúde, saúde ambiental, economia da saúde e política de saúde aplicada à odontologia. O julgamento é realizado por uma banca formada por cinco integrantes do Grupo de Pesquisa Comportamental, Epidemiológica e de Serviços de Saúde da Associação Internacional de Pesquisa Odontológica.

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Hesitação vacinal como problema de saúde pública é tema de seminário no dia 22 de junho

15/06/2021 11:24

IV Seminário ECOS: A hesitação vacinal como problema de saúde pública e objeto de estudo ocorre no dia 22 de junho, das 14h às 16h O evento tem o objetivo de apontar elementos para discussão sobre o fenômeno da hesitação vacinal no Brasil e “analisar, por meio de perspectivas das ciências naturais e humanas, o que é dito – e não dito – por grupos que têm questionado saberes constituídos e sido elo de uma série de acontecimentos que se tornam um problema em saúde pública no âmbito da vacinação”.

Participam como palestrantes do evento Marta Heloisa Lopes, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e médica responsável pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais do Hospital das Clínicas da FMUSP. E também Isaura Wayhs Ferrari, mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisadora do Núcleo de Ecologia Humana e Saúde – ECOS.

O seminário será virtual, aberto a toda comunidade e com direito a certificado de participação. As inscrições podem ser feitas neste site. O evento será realizado via plataforma Zoom e o link será enviado por e-mail aos participantes inscritos após a inscrição.

 

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Pesquisa de estudante de Medicina da UFSC retoma problema de decretos de abertura para agravamento da pandemia em SC

20/05/2021 08:59

Os decretos de flexibilização e retomada de serviços contribuíram para o agravamento da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina. A conclusão é de um estudo desenvolvido pela estudante de Medicina da UFSC, Helena Hughes, com orientação da professora do Departamento de Saúde Pública Ana Luiza Curi Hallal. A pesquisa, intitulada Evolução da Covid-19 no Sul do Brasil: Decretos e Indicadores no Estado de Santa Catarina, cruza os dados epidemiológicos do estado entre 25 de fevereiro e 25 de agosto de 2020 e os coloca em contraste com decretos assinados pelo governo como medida de prevenção ou afrouxamento dos cuidados ao longo do mesmo período.

Segundo Helena, a motivação para analisar os dados veio da oportunidade de unir duas áreas de conhecimento importantes à saúde pública e com pouco histórico de produção interdisciplinar: o Direito e a Medicina. Como estudou três anos de Direito e por sugestão da professora, ela decidiu colocar os indicadores em diálogo com a produção dos documentos públicos que balizaram a forma como o Governo do Estado lidava com a pandemia.
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Artigo da Pós em Saúde Coletiva recebe prêmio da Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde

13/04/2021 10:54

Um artigo produzido no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC foi premiado como um dos melhores manuscritos publicado na Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde (RESS) em 2019. “Mortalidade de pedestres em acidentes de trânsito no Brasil: análise de tendência temporal, 1996-2015”, estudo realizado pela mestra Camila Mariano Fernandes, orientada pela professora Alexandra Crispim Boing (Pós em Saúde Coletiva e Departamento de Saúde Pública), conquistou a terceira colocação do Prêmio RESS Evidencia.

A RESS é editada pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e em 2012 instituiu o prêmio para reconhecer o mérito dos artigos científicos que contribuíram para o aprimoramento dos serviços de saúde na área da Vigilância em Saúde. O prêmio é concedido anualmente aos autores dos melhores artigos originais. Na oitava edição do Prêmio RESS Evidencia, os artigos finalistas foram pré-selecionados pelo Comitê Editorial da RESS entre todos os artigos originais publicados na revista em 2019. O melhor artigo foi escolhido por meio de votação online pelo público.

O artigo “Análise espacial dos óbitos infantis evitáveis no Espírito Santo, Brasil, 2006-2013”, feito por pesquisadores da Escola Nacional de Saúde Pública (RJ) e da Universidade Federal do Espírito Santo ficou em primeiro lugar. Já “Avaliação do sistema nacional de vigilância da doença meningocócica: Brasil, 2007-2017”, escrito por pesquisadores da Secretaria de Vigilância em Saúde, ficou com a segunda colocação.

A pesquisa da Pós em Saúde Coletiva da UFSC analisa a tendência da mortalidade dos acidentes de trânsito envolvendo pedestres, por sexo, faixa etária e macrorregião no Brasil, entre 1996 e 2015. Por meio de um estudo ecológico de série temporal, com dados de mortalidade do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde e análise de regressões generalizadas lineares de Prais-Winstein foram analisados os dados para o país.

O estudo identificou que óbitos de pedestres corresponderam a 26,5% das mortes por acidentes de trânsito; a mortalidade entre pedestres diminuiu 63,2% no país, com variação do coeficiente padronizado, de 8,9 para 3,3 para cada 100 mil habitantes, ressaltando-se que as regiões Norte e Nordeste apresentaram uma diminuição mais lenta em relação à média nacional; os atropelamentos são significativamente maiores entre homens e idosos. A pesquisa concluiu que apesar de a mortalidade entre pedestres estar diminuindo em todas as regiões, os números atuais ainda representam uma grande parcela da mortalidade no trânsito.

As autoras destacam que os resultados “demonstram a necessidade de se desenvolverem intervenções dirigidas, visando atender a necessidades específicas de redução de acidentes e melhorar a segurança desses pedestres. Tem-se vivenciado e analisado experiências exitosas em outros países, passíveis de serem adotadas no Brasil. Assim, o país poderia se aproximar dos níveis observados em países de menor mortalidade, além de cumprir as metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito”.

Mais informações na página da RESS.

 

 

 

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Pesquisa da UFSC avalia tratamento não-medicamentoso para idosos com demência em estágio inicial

05/01/2021 14:04

Em parceria com a Universidade de Nottingham, da Inglaterra, e a Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) começou a desenvolver em agosto de 2018 um projeto de tratamento não medicamentoso para reinserção social de idosos com diagnóstico de demência inicial. Realizado no Ambulatório da Memória do internato do curso de Medicina do campus Pedra Branca da Unisul, em Palhoça, o projeto beneficia cerca de 80 pacientes.

O trabalho integra um projeto de pesquisa de dissertação do Programa de Pós-Graduação de Saúde Coletiva (PPGSC) da UFSC, e conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). “A Fapeu foi responsável por promover e apoiar a execução do projeto, através do gerenciamento financeiro do projeto com financiamento do Economic & Social Research Council (órgão público não-departamental financiado pelo governo do Reino Unido). Além disso, a Fapeu possui papel importante na difusão de conhecimento científico e tecnológico”, destaca Eleonora d’Orsi, coordenadora do projeto e professora do Departamento de Saúde Pública da UFSC.

Intitulado “Promovendo a Independência na Demência (Pride)”, o projeto visa a identificar como as mudanças sociais e no estilo de vida podem ajudar a reduzir o desenvolvimento da demência e da incapacidade. Pela proposta, os pesquisadores desenvolvem e avaliam uma intervenção social eficaz (por exemplo, com atividade física) para apoiar a independência e a qualidade de vida de pessoas com demência inicial e de seus cuidadores. Além de Eleonora, também integram o grupo de trabalho o médico geriatra e professor da Unisul, André Junqueira Xavier; a fisioterapeuta e docente na Universidade do Minho, em Portugal, Anna Quialheiro da Silva; e a mestranda do PPGSC da UFSC, Suzane Garcia de Stefani. O Ambulatório da Memória, onde o programa é desenvolvido, funciona na policlínica do Centro de Palhoça, em parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS).
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Fapesc abre inscrições de edital para pesquisas em saúde pública

28/09/2020 15:23

Pesquisadores catarinenses com projetos na área da saúde poderão contar com um importante reforço nos próximos meses. Já estão abertas as inscrições do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS). Nessa edição, serão destinados R$ 2,5 milhões pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), em parceria com o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado da Saúde. O prazo para submissão de projetos se encerra em 5 de outubro.

Para participar, o pesquisador deve ter título de doutorado e vínculo com uma instituição de ensino superior, científica ou tecnológica de Santa Catarina. Além das pesquisas, também serão apoiadas inovações e tecnologias para melhorar a qualidade da saúde pública. O formulário de inscrição está disponível em https://sisct.saude.gov.br/sisct/.
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Pesquisadores propõem novo instrumento para análise de protocolos da Covid-19 em SC

22/09/2020 14:24

Um grupo de pesquisadores desenvolveu um instrumento de análise de protocolos de classificação de risco da Covid-19 baseado nas orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para ser aplicado ao caso de Santa Catarina. O trabalho foi divulgado no artigo “Adequação de protocolos de classificação de risco para Covid-19 às orientações da OMS: uma proposta de instrumento”, e contou com participação de cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Unisul, USP, Escola Nacional de Saúde Pública, Observatório Covid-19 BR, Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), Universidad de Málaga e prefeitura de Florianópolis.

O instrumento construído pela pesquisa segue as recomendações atuais da OMS para o enfrentamento da pandemia, ou seja, buscando a estratégia de supressão dos casos. Ele contempla cinco dimensões de análise para guiar as decisões dos gestores de saúde: avaliação do risco, avaliação da exposição, avaliação do contexto, caracterização do risco e confiabilidade. Ao aplicar o instrumento no protocolo utilizado hoje para Santa Catarina, os pesquisadores observaram que a dimensão análise de risco (avaliação da morbimortalidade) foi atendida parcialmente; as demais dimensões não possuem medidas suficientes para se fazer a avaliação.

A professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da UFSC Alexandra Crispim Boing destaca que a atual matriz de risco de Santa Catarina “foi construída em um momento da epidemia onde era preciso ter como objetivo a estratégia de mitigação, para que ocorresse o achatamento da curva e com isso o serviço de saúde pudesse se organizar. Entretanto, com a evolução da pandemia é necessário assumir a estratégia de supressão dos casos e que sejam utilizados indicadores mais robustos e orientados pelos conhecimentos existentes no momento”. Para a pesquisadora, dentro deste cenário, “a matriz de risco do estado de Santa Catarina precisa ser revisada para que possa fazer o diagnóstico mais adequado da situação e permitir ao gestor tomar decisões para suprimir a transmissão comunitária do vírus e reduzir o número de mortes e doentes”.

Também professora da Pós em Saúde Coletiva da UFSC, Josimari Telino de Lacerda aponta que nos países onde foi utilizada a estratégia de supressão, a economia pôde voltar, ainda que controlada.  A evolução da compreensão sobre a Covid-19, enfatiza Josimari, possibilita a revisão dos protocolos de tomada de decisão do início da pandemia: “Todos estamos aprendendo à medida que vamos entendendo melhor a doença, as orientações dos organismos internacionais e da ciência vão sendo revisitadas. Dizem que a ciência é lenta e a gestão, muito mais rápida. Neste momento, a gestão está mais lenta: estão assentados em parâmetros que são do início da pandemia. Não queremos deslegitimar as decisões, mas estes instrumentos não são estanques. À medida que se avança no conhecimento e há mudança do cenário, são necessárias adequação dos indicadores”.
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Pesquisadores da UFSC alertam Governo do Estado sobre medidas para frear a Covid-19

30/07/2020 15:36

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) enviaram uma carta aberta ao Governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés, sobre o enfrentamento à Covid-19. No documento, os estudiosos da Saúde Pública avaliam as ações do governo estadual na gestão da crise sanitária e oferece caminhos para ação.

“Desde o início da atual pandemia nos posicionamos de forma inequívoca em relação ao seu curso, indicamos o caminho da ciência e da integração, da transparência e da consistência política, do isolamento social integrado e claramente colocado. Previmos em diversas entrevistas e documentos que uma catástrofe estaria por vir caso as medidas adequadas não fossem tomadas no momento oportuno,” salientam os signatários.

Os professores defendem ações como ampliar a testagem, repensar a regionalização da gestão de saúde, reconstruir o grupo de enfrentamento à pandemia, entre outras estratégias. Acrescenta, em um anexo, uma contribuição para se pensar um plano de contingências caso haja a necessidade de adoção de lockdown. Os especialistas se colocam à disposição para auxiliar nas análises, discussões, e planejamento das políticas e ações de combate a Covid-19 em Santa Catarina.

O documento é assinado pelos Departamentos de Saúde Pública, e de Nutrição da UFSC; pelos programas de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Saúde Mental e Atenção Psicossocial, Enfermagem, Gestão do Cuidado em Enfermagem, Nutrição da UFSC; pelos núcleos de Estudos em Gênero, Diversidades Sexuais e Saúde, de Pesquisa e Extensão em Bioética e Saúde Coletiva, de Extensão e Pesquisa em Avaliação em Saúde, de Humanização Arte e Saúde da UFSC; pelos grupos de Pesquisa em Farmacoepidemiologia, de Pesquisa em Políticas Públicas de Saúde e de Estudos em Linguagem, Cognição e Educação da UFSC; e pela Teia de Articulação para o Fortalecimento da Segurança Alimentar e Nutricional da UFSC.

Confira o documento na íntegra.

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Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde promove eventos na Semana da Luta Antimanicomial

19/05/2020 10:14

A data 18 de maio, na última terça-feira, marcou o Dia da Luta Antimanicomial. Em razão deste marco, o Grupo de Pesquisas em Políticas de Saúde (GPPS), vinculado ao Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), irá promover uma série de eventos na Semana de Luta Antimanicomial.

Nesta terça-feira, dia 19 de maio, será apresentada a live Promovendo o desencanto: a “nova” política de saúde mental, a partir das 19h. Na sexta-feira, 22 de maio, está prevista a Roda de Conversa O lugar do sujeito na “nova” política de saúde mental, às 9h. Mais informações sobre a transmissão na página do grupo no Facebook ou no Instagram.

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Pesquisadores da UFSC participam de estudo que compara mortalidade por causas respiratórias

06/05/2020 11:59

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras sete instituições de São Paulo, Brasília, Rio Grande do Sul e Londres assinam o artigo Covid-19 em contexto: comparação com a mortalidade mensal por causas respiratórias nos estados brasileiros, publicado na revista científica InterAmerican Journal of Medicine and Health. Conforme destaca Emil Kupek, professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC e um dos autores do estudo, a pesquisa ressalta a necessidade de atualização mais rápida dos dados de mortalidade no Brasil e o impacto dos fatores sazonais para mortalidade por causas respiratórias.

Buscando produzir subsídios técnicos para o enfrentamento da crise, o grupo compara os óbitos pelo novo coronavírus até a primeira quinzena de abril, com os dados de mortes por doenças respiratórias e outras enfermidades nos anos de 2014 a 2018 (os últimos cinco anos completos para os quais os dados estão disponíveis). Adicionalmente, identificaram o período típico de pico na mortalidade por essas doenças para cada estado. São apresentadas análises sobre a taxa de mortalidade típica por doenças respiratórias, em cada faixa etária e estado brasileiro, mês a mês.
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UFSC sedia simpósio sobre impactos das mudanças climáticas na agropecuária e saúde pública

28/08/2018 16:41

O Laboratório de Climatologia Aplicada do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (LabClima/GCN/UFSC) promove o Simpósio “Impactos dos cenários futuros de mudanças climáticas na agropecuária e na saúde pública catarinense”, organizado em parceria com a FUNDACENTRO (Centro Estadual de Santa Catarina). O evento ocorre nos dias 18, 19 e 20 de setembro, no auditório do Anexo E do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC).

A programação inclui conferências, palestras, mesas-redondas e minicursos. Todas as atividades terão a participação de pesquisadores de diversas universidades e institutos do país. A programação completa está disponível aqui. As inscrições devem ser feitas aqui.

Mais informações na página do evento, na página do Labclima ou pelo telefone (48) 3721-8813.

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CCS promove 3ª Semana de Combate às Fobias de Gênero na Saúde

16/11/2017 10:18

O Centro de Ciências da Saúde (CCS/UFSC), por meio do Departamento de Saúde Pública, promove de 21 a 23 de novembro, das 18 às 22h, a 3ª Semana de Combate às Fobias de Gênero na Saúde com o tema ‘Violência de gênero e saúde’. O evento será realizado no Auditório da pós-graduação no CCS (Bloco H) e se constitui pelo envolvimento de coletivos, movimentos sociais, instituições, organizações e pessoas comprometidas com a Diversidade de Florianópolis e o objetivo é construir uma comunicação ampla entre os segmentos e as esferas de poder público e privado.
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Observatório da Seguridade Social e Sistemas de Justiça realiza oficina sobre saúde do trabalhador em serviços penais

09/08/2017 10:04

Representantes e pesquisadores de administrações prisionais e do judiciário brasileiro estiveram reunidos no Departamento de Saúde Pública (SPB) da UFSC para participarem da I Oficina de Saúde do Trabalhador em Serviços Penais nos dias 24 e 25 de julho. Foram desenvolvidas iniciativas para constituição de uma Rede Nacional de Estudos e Apoio ao Trabalho em Serviços Penais e elaboradas propostas de trabalhos colaborativos desenvolvidos por centros de estudos e administrações prisionais, visando a melhoria e consolidação de políticas locais à promoção da saúde do trabalhador que atua em serviços penais.

A oficina foi organizada pelo Observatório de Seguridade Social e Sistemas de Justiça em parceria com o Grupo de Pesquisa em Violência e Saúde, Grupo de Pesquisa em Políticas de Saúde/Saúde Mental, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva e o Departamento de Saúde Pública da UFSC. Servidores de administrações prisionais e do judiciário dos estados de Santa Catarina, Maranhão, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará e São Paulo também contribuíram para realização da oficina.
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UFSC irá sediar Painel Catarinense de Gestão em Saúde Pública nos dias 27 e 28 de julho

21/07/2017 10:39

A Associação dos Estudantes de Medicina de Santa Catarina (AEMED-SC) promoverá o Painel Catarinense de Gestão em Saúde Pública nos dias 27 e 28 de julho. O evento, organizado com apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do movimento Hacking Health SC, contará com a presença de acadêmicos e profissionais da saúde, empreendedores, gestores, designers, entre outras pessoas interessadas em discutir e resolver os problemas da saúde pública.

O objetivo é criar um espaço de discussão sobre o impacto da gestão no funcionamento do sistema de saúde. Os painelistas serão profissionais de referência nas áreas relacionadas ao tema discutido. Além disso, haverá atividades práticas (Design Thinking) para o desenvolvimento de soluções disruptivas para os problemas apontados.

O evento será realizado na UFSC e as inscrições são gratuitas.

Inscrições e mais informações no site.

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Professor ressalta a importância do debate sobre questões de gênero e sexualidade

26/06/2017 23:44

Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

Identidade de gênero, orientação sexual, homossexualidade, transsexualidade, bissexualidade, intersexualidade, assexualidade. Esses foram alguns dos conceitos apresentados e debatidos na palestra “Gênero e Sexualidade: Conexões e Transversalidades”, proferida pelo professor Rodrigo Otávio Moretti-Pires na sexta-feira, 23 de junho. O evento, que foi promovido pelo PET Conexões de Saberes, ocorreu no auditório do Centro Socioeconômico (CSE) e contou com a participação de professores e estudantes de diversas áreas de estudo.

Rodrigo é professor do Departamento de Saúde Pública (DSP/CCS) da UFSC e desenvolve pesquisas na área de saúde coletiva, com enfoque em diversidade sexual e gênero. Durante a palestra, ele destacou como as questões de gênero e sexualidade estão presentes nos mais diversos espaços e relações sociais. Uma das questões centrais no mundo ocidental é a sexualidade. O filósofo francês Michel Foucault afirma que a sexualidade é como um dispositivo, um mecanismo que opera de forma muito mais ampla do que podemos perceber. Está presente o tempo todo, em todos os lugares e em todas as relações que estabelecemos. Ao mesmo tempo, quase não debatemos sobre isso em nosso cotidiano.”

Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

Dividir o mundo entre homens e mulheres é, segundo o pesquisador, uma maneira muito precária de entender o conceito de gênero. “Sempre temos que dizer, quando preenchemos qualquer tipo de cadastro, qual é o nosso sexo. Mas qual a importância de se conhecer os genitais das pessoas? Nenhuma. Além disso, existem os genitais masculinos, femininos e o intersexo. Há poucos estudos sobre isso no Brasil, mas já é algo avançado em outros países. Em torno de 3 a 5 % da população é intersexual.” Os indivíduos intersexuais seriam aqueles que apresentam genitais com estrutura de ambos os sexos. Usualmente, detecta-se essa característica assim que a criança nasce e faz-se uma cirurgia priorizando o sexo que está mais desenvolvido.

Para o professor, esse tipo de decisão médica é condenável, pois pode gerar consequências negativas. “Muitas dessas pessoas nunca ficam sabendo que eram intersexuais. A justificativa para a intervenção cirúrgica é que estar no limbo entre ser homem ou mulher causa problemas numa sociedade que é binária. Mas o que o genital provoca na vida da pessoa não está dado, senão não haveria a possibilidade de alguém sentir atração pelo mesmo sexo. Na Europa existe um movimento forte que criminaliza a medicina que decide pelo corpo dessas pessoas antes delas mesmas.”

Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

As diferenças entre identidade de gênero e expressão de gênero também foram expostas. “Identidade tem a ver com como eu me percebo. Cada um se percebe, se identifica, com um determinado gênero. A forma como expresso esse gênero é descolada da identidade, por isso pode ser diferente. Mulheres trans, por exemplo, podem sentir atração por mulheres, podem ser lésbicas. Como o corpo original, sem modificação, é de um homem, as pessoas geralmente se perguntam: então por que não continua sendo homem, sendo que se atrai por mulheres? Justamente porque a identidade é diferente da expressão de gênero.” Nesse sentido, explicou, ser drag queen seria uma parte da expressão de gênero e não estaria necessariamente relacionado à orientação sexual nem à identidade de gênero.

A orientação sexual, por sua vez, se refere à atração. “Posso me atrair por homens, por mulheres, pelos dois, por tudo ou por todos, como é o caso dos pansexuais, que se atraem por qualquer tipo de pessoa, sem discriminações. E posso também não me sentir atraído por ninguém, que são as pessoas assexuais.” Rodrigo observa, porém, que quem é assexual não tem desejo sexual pelo outro, mas pode se masturbar e sentir prazer sozinho. Ainda há poucos estudos sobre isso no Brasil e, pelo desconhecimento, os assexuais sofrem preconceitos inclusive por parte dos profissionais da saúde.

A questão da homossexualidade também foi abordada durante a palestra. “Isso ainda não está resolvido na maior parte do mundo. São poucos os países que permitem e reconhecem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Muitos outros, além de não permitirem, criminalizam esse tipo de relação ao ponto de se condenar à prisão, prisão perpétua e até pena de morte. E mesmo nas sociedades menos discriminatórias, existe uma vigilância extrema sobre qualquer um que não se adeque à norma ou à expectativa social.” Para o professor, a estrutura patriarcal e machista na qual nossa sociedade é organizada precisa ser superada.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

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Professor da UFSC lança o livro ‘Termalismo e Crenoterapia no Brasil e no mundo’

10/05/2017 16:24

O professor do Departamento de Saúde Pública da UFSC Fernando Hellmann lançará o livro Termalismo e Crenoterapia no Brasil e no mundo durante o evento “Termalismo Social em Santa Catarina: realidade, sensibilização e ação”, realizado na Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) entre os dias 9 e 12 de maio. Hellmann irá proferir a palestra de abertura sobre o tema do encontro juntamente com Daniel Rodrigues, professor da Unisul e coautor do livro. O evento é direcionado aos profissionais de Atenção Básica das cidades catarinenses e será realizado em três locais diferentes: Chapecó (9/05), Tubarão (11/05) e Palhoça (12/05). 

A programação do encontro conta com relatos de experiências bem-sucedidas em termalismo e duas palestras. A primeira sobre “Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares: avanços e desafios”, apresentada pelo representante do Ministério da Saúde Daniel Miele Amado; e a segunda, com o tema “As águas termais e minerais na Saúde”, proferida pelo membro da Associação Latino-americana de Termalismo na Argentina Néstor Hugo Ficosecco. A ação tem parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC), por meio de sua Diretoria de Educação Permanente em Saúde e da Escola de Saúde Pública de Santa Catarina, o curso de Naturologia da Unisul e o Departamento de Saúde Pública da UFSC.
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UFSC participa de campanha nacional em defesa do SUS

23/06/2016 08:06

A UFSC promove, no dia 24 de junho, o ato “SUStente esta ideia”, como parte da campanha nacional “São João e SUS – Patrimônio do Povo Brasileiro”. A mobilização propõe atos públicos de conscientização da importância da Saúde Pública em todo país. Na UFSC, a campanha ocorre a partir das 10h da manhã, na Praça da Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria.

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