Aluna do Colégio de Aplicação da UFSC descobre sete asteroides em programa da Nasa

15/02/2022 14:09

O céu não foi o limite para a obstinação da jovem Rosa Maria Miranda. Aos 14 anos, a aluna do nono ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é apaixonada por Astronomia – ciência que estuda os corpos celestes do Universo – e pode ter descoberto sete novos asteroides.

Rosa Maria é aluno do nono ano do Aplicação. Foto: Acervo pessoal

Rosa Maria é integrante do projeto O Caça Asteroides MCTI, programa em parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e o International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa, a agência espacial norte-americana. Com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a iniciativa tem como propósito popularizar a ciência entre cidadãos voluntários.

Manezinha natural do Campeche, a estudante começou a desbravar o espaço faz alguns anos. O pai e a mãe, que é técnica em Meteorologia e aluna do curso de Geografia na UFSC, foram os maiores incentivadores. “Desde criança sempre fui muito ligada à ciência. Comecei a fazer muitos cursos e, inclusive, um dos primeiros foi um de Astronomia e Astronáutica da UFSC, um curso de extensão. Depois, fiz Astrofísica Geral e passei a me envolver em um monte de projetos”, lembra.

Um dos pontos de destaque do seu precoce currículo é a participação na 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites, a Obsat. Junto com outros três alunos do Colégio de Aplicação – Isabella de Freitas Gonçalves, João Vitor da Rosa e Marcos Inácio Bueno – e sob a tutoria do graduando de Física João Batista Vieira Sousa, Rosa Maria formou o time Sagittarius A, que elaborou para a competição o projeto de um nanossatélite de monitoramento dos níveis de gás carbônico (CO2) na estratosfera localizada acima das florestas de mangue do país.

Nasnosatélite ‘CanSat’ da Olimpíada Brasileira. Foto: Acervo pessoal

O projeto foi selecionado em segundo lugar na categoria de Ensino Fundamental II, entre seis aprovados em todo o estado de Santa Catarina, e está em fase de execução. A proposta é desenvolver e testar um satélite CanSat (modelo cilíndrico com o tamanho aproximado de uma lata de refrigerante). Se os testes obtiverem êxito, o satélite será lançado ao espaço por um balão estratosférico e os dados coletados pelo serão analisados para conclusão da pesquisa.
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Veleiro ECO da UFSC participará de novas expedições do Projeto AtlantECO

15/02/2022 08:52

Equipe de pesquisadores e voluntários do AtlantECO teve forte presença feminina (Foto: Andrea Freire)

Como parte do Projeto AtlantECO, o Veleiro ECO da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai navegar muito em breve por boa parte da costa brasileira com paradas em diferentes cidades para os Port Calls e pesquisas científicas ao longo do percurso. Os Port Calls do Projeto AtlantECO são eventos de extensão acadêmica que ocorrem em terra e visam promover a Cultura Oceânica e a conscientização ambiental. Estão previstos para ocorrerem em diferentes cidades da costa brasileira, africana e europeia, com a participação de três veleiros de pesquisa oceanográfica: o ECO da UFSC, o Veleiro Tara da Fundação Francesa Tara Ocean e o Eugen Seibold do Max Planck Institute for Chemistry, da Alemanha. Além das ações de extensão, os veleiros e outras três embarcações envolvidas no projeto irão também coletar amostras para pesquisa científica, com ênfase no Microbioma do Atlântico, poluição plástica e conectividade oceânica.

A expectativa é grande para este ano, mas a participação do Veleiro ECO neste projeto internacional (Programa H2020, Chamada Blue Growth), teve início no final do ano passado. Sob a coordenação da professora Andrea Santarosa Freire (CCB/ECZ) e em parceria com o coordenador do Projeto Veleiro ECO, professor Orestes Alarcon (CTC/EMC), o ECO esteve no Rio de Janeiro e em Itajaí, onde foi uma das atrações principais dos Port Calls.
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Dia das Mulheres e Meninas na Ciência é celebrado com avanços na UFSC

11/02/2022 08:01

O dia 11 de fevereiro é marcado anualmente pelo Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, e é comemorado institucionalmente na UFSC, desde 2021, com ações que visam a busca pela equidade de gênero na ciência e consequentemente na Universidade. No último ano, a UFSC instituiu uma comissão para estabelecer políticas de equidade, lançou um curso para os estudantes de graduação sobre a temática e premiou mulheres cientistas. Em 2022, novos objetivos são traçados com a criação de uma comissão permanente e representativa, e novos avanços que possam ser institucionalizados de forma perene.

“De um ano para cá a UFSC voltou seu olhar para suas mulheres cientistas de uma forma mais presente. Mas é só o começo. Ainda há muito a ser feito”, ressalta a vice-reitora da UFSC, Cátia Carvalho Pinto. “Entendemos que esse é um caminho sem volta e que é fruto da movimentação de toda a nossa comunidade universitária. As mulheres e meninas da UFSC querem ser vistas, querem ser ouvidas, querem que suas pesquisas sejam apoiadas”, salienta a gestora e pesquisadora.

O reitor Ubaldo Cesar Balthazar acredita que cada passo que vem sendo dado é um avanço importante. “Foi realmente um marco em 2021 ter tantas ações visando à equidade na UFSC. Agora é vital que esses esforços sejam continuados, e é isso que temos buscado”, ressalta.

As ações que tiveram destaque em 2021 terão novo investimento em 2022. A UFSC acaba de formalizar a Comissão Permanente de Equidade; os cursos com a temática de Gênero, Diversidades e Equidade ministrados pelo Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape) terão a disponibilidade de recursos para acontecerem em 2022; e a nova edição do Prêmio Mulheres na Ciência, que será lançado no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher), premiará pesquisadores negras da UFSC.

Saiba mais sobre cada uma das ações e como elas devem ser desenvolvidas ao longo de 2022:

Mulheres e Meninas na Ciência: Comissão de Equidade ganha caráter permanente

Mulheres e Meninas na Ciência: Gênero, Ciências, Diversidades e Equidade tornam-se conceitos debatidos em cursos para mais de 900 pessoas

Mulheres e Meninas na Ciência: prêmio inédito reconhece nove pesquisadoras da UFSC em 2021

 

Veja também:
Série ‘Elas na Ciência’ prestigia trabalho de pesquisadoras da UFSC

 

Textos: Amanda Miranda e Mayra Cajueiro Warren / jornalistas da Agecom / UFSC
Arte: Audrey Schmitz Schveitzer / Agecom / UFSC

Tags: Dia Internacional das Mulheres e Meninas na CiênciaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

‘Vitória da Natureza’: com trabalho da UFSC e da comunidade do Distrito do Saí, SC ganha unidade de conservação

10/02/2022 15:11

Com decreto emitido pela prefeitura de São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, está oficialmente criado o Refúgio da Vida Silvestre das Nascentes do Saí (REVIS), a mais nova Unidade de Conservação (UC) de proteção integral do Estado e a primeira UC municipal de São Francisco do Sul. Com uma área de 67,07 km² e um perímetro de 64,9 km a REVIS das Nascentes do Saí envolveu o trabalho de uma equipe de professores, profissionais e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em conjunto com a comunidade local. Em setembro de 2021, a Agecom/UFSC fez uma série de reportagens reunindo os principais dados levantados no processo e apresentando os argumentos científicos que indicavam a importância de preservação do local.

“O estudo de base feito pela UFSC para diagnosticar as condições do ambiente foi fundamental para embasar a criação da unidade conservação, auxiliando na determinação do perímetro, objetivos da UC e restrições de uso do território. Contudo, é a partir da publicação de uma lei ou decreto, que uma Unidade de Conservação passa realmente a existir como um espaço juridicamente protegido”, explica o professor Rodrigo de Almeida Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenador do projeto que sugeriu a criação da UC.

O professor Orlando Ferretti, do Departamento de Geocências, lembra que para a UFSC e toda a equipe envolvida no trabalho, a criação da REVIS Nascentes do Saí é a realização final, mas também uma nova passagem para a continuidade de pesquisas na região. “Esperamos que o trabalho de extensão e pesquisa sirva de exemplo a outras propostas no Estado, e inspire comunidades e prefeituras para novos estudos visando a criação de áreas protegidas, podendo contar com o apoio da UFSC”, comenta. “É m passo fundamental para a defesa da Natureza no litoral norte de Santa Catarina”, sintetiza.


Além de ser uma região de alta biodiversidade, o Distrito do Saí também tem como diferencial os seus recursos hídricos. Mohedano explica que, nesse sentido, a criação da UC também leva segurança à população. “Apesar de serem agraciados com chuvas abundantes, os municípios localizados nas regiões litorâneas da Mata Atlântica apresentam, em geral, baixa capacidade reservação de água. Deste modo a manutenção do fluxo das nascentes, por meio da preservação da vegetação, é essencial”, argumenta.

Ferretti lembra, ainda, que a região agora protegida é prioritária para a preservação da Mata Atlântica, através da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e uma Área Importante para Conservação da Biodiversidade e das Aves (IBA), presentes nos limites do Distrito do Saí. “Os estudos foram entregues em 2021 à prefeitura e à comunidade do Distrito do Saí, com destaques para a alta biodiversidade da região do Saí, a boa preservação da área, e o envolvimento da comunidade no sentido de contribuir para a criação de uma área protegida, sonho acalentado há alguns anos pela maioria dos moradores”, pontua.

Agora, o próximo passo da UC será a criação obrigatória de um Plano de Manejo, documento oficial de planejamento das unidades de conservação, que deve abranger a área, sua zona de amortecimento e os corredores ecológicos e formas de conciliar a preservação com atividades econômicas e culturais das comunidades vizinhas. “O plano de manejo deve ser elaborado de forma democrática e participativa, com a identificação dos atores sociais interessados”, destaca Mohedano. “A equipe da UFSC que atuou no Projeto Nascentes do Saí e a comunidade local estão muito felizes com a criação da REVIS e sabemos que esse é o início de uma nova etapa de trabalhos contínuos para a preservação da riqueza natural, tão importante no contexto atual”, finaliza.

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UFSC exigirá comprovante de vacinação contra a Covid-19 para matrícula inicial em cursos de Graduação

10/02/2022 12:06

Os candidatos aprovados nos processos seletivos de 2022 para ingresso em cursos de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) terão que apresentar comprovante de vacinação contra a Covid-19 para poder realizar a matrícula inicial na Universidade.

A obrigatoriedade abrange os aprovados no Vestibular UFSC 2022, no Sistema de Seleção Unificada (SiSU/Enem) e nos processos seletivos complementares ao vestibular: vagas suplementares Grupo Étnico-racial Negro/2022; vagas suplementares Indígenas e Quilombolas/2022; Processo Seletivo UFSC/2022 – Educação do Campo; Vestibular UFSC 2022 – Letras Libras e Vestibular UFSC 2022 – Licenciatura Intercultural Indígena. Também deverão apresentar a comprovação os alunos selecionados nos processos seletivos de transferências e retornos de graduados.

A determinação consta da Resolução Normativa 103/2022/CGRAD, aprovada por unanimidade pela Câmara de Graduação da UFSC, nesta quarta-feira, 9 de fevereiro.

A apresentação dos comprovantes ocorrerá no momento da etapa documental da matrícula. Junto com os demais documentos exigidos usualmente, os aprovados deverão apresentar às Coordenadorias dos cursos um comprovante de imunização com pelo menos uma dose da vacina.
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UFSC divulga boletim de desempenho individual preliminar do Vestibular 2022

08/02/2022 18:09

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou nesta terça-feira, dia 8 de fevereiro, o boletim de desempenho individual preliminar do Vestibular 2022. O candidato pode acessar seu boletim aqui.

Neste ano, os candidatos disputaram 4.521 vagas em 98 cursos de graduação nos cinco campi da Universidade. As provas foram realizadas no sábado e domingo, dias 29 e 30 de janeiro.

Mais informações na página do Vestibular 2022.

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HU/UFSC divulga edital de processo seletivo para Residência Médica de Hepatologia

08/02/2022 17:48

A Comissão de Residência Médica (Coreme) divulgou o edital do processo seletivo para Residência Médica de Hepatologia no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh). As inscrições ocorrem no dia 23 de fevereiro (quarta-feira), das 9h às 12h, na Secretaria da Comissão de Residência Médica, 3º andar do Hospital Universitário, podendo ser efetivada pessoalmente ou por procuração.

A prova objetiva está prevista para o dia 3 de março de 2022, com início às 9h, na Coreme. Será composta por questões de múltipla escolha, com cinco alternativas de resposta, das quais somente uma será a correta, com peso de 100% da nota total. O resultado final será divulgado no dia 3 de março, a partir das 14h.

> Acesse o edital

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Publicada quinta chamada do Processo Seletivo UFSC 2021.2

08/02/2022 16:44

O Departamento de Administração Escolar (DAE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou a quinta chamada do Processo Seletivo 2021.2 – ENEM. Os candidatos habilitados devem realizar a matrícula on-line no período de 9 a 11 de fevereiro de 2022 e a matrícula documental de 17 a 25 de fevereiro de 2022.

A matrícula documental será realizada por meio de e-mail à Coordenadoria do curso, conforme presente no edital. A documentação exigida para a matrícula está definida no artigo 4º da Portaria nº 01/PROGRAD/SAAD/UFSC/2022, devendo todos os documentos digitalizados estarem legíveis.

> Quinta chamada do Processo Seletivo UFSC 2021.2

Mais informações em www.dae.ufsc.br

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Fase 2: UFSC exigirá comprovante de vacinação de todos os seus trabalhadores a partir de 14 de fevereiro

07/02/2022 11:31

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá exigir de todos os servidores docentes, técnico-administrativos (TAEs) e outros profissionais que exercem suas funções na Universidade a comprovação de esquema vacinal completo a partir do início da Fase 2, em 14 de fevereiro, próxima segunda-feira. A medida foi publicada no Boletim Oficial nesta segunda-feira, 7 de fevereiro.

>> Fase 2 começa em 14 de fevereiro, acesse a Portaria

As regras da Portaria Normativa nº 422/2022/GR são válidas para, além de TAEs e docentes efetivos, professores substitutos, visitantes, colaboradores e voluntários, servidores temporários, empregados públicos anistiados, pesquisadores e/ou bolsistas de pesquisas, trabalhadores terceirizados e estagiários. Será necessário comprovar esquema vacinal completo, o que representa duas doses da vacina contra a Covid-19 e uma dose de reforço; ou uma dose da vacina Janssen, mais o reforço, conforme as orientações da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp). 

Trabalhadores do Colégio de Aplicação (CA) e do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) têm regras específicas, uma vez que ingressam na Fase 3, com aulas presenciais para todos os estudantes neste mês de fevereiro. O CA entrará na Fase 3 a partir de 10 de fevereiro, e o NDI em 14 de fevereiro.

>> Confira as regras para trabalhadores do Colégio de Aplicação e NDI

Pessoas sem o ciclo vacinal completo deverão apresentar, com frequência de cinco dias úteis, resultado do exame RT-PCR negativo, ou outro teste aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizado nas últimas 72 horas, conforme orientações
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Colégio de Aplicação e NDI voltam às aulas presenciais com exigência de comprovante de vacinação para trabalhadores

07/02/2022 11:27

O Colégio de Aplicação (CA) volta a ofertar ensino presencial em horário integral para todos os seus alunos a partir do dia 10 de fevereiro, e o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) a partir de 14 de fevereiro. As datas marcam a entrada na Fase 3 para estes setores, com o retorno às atividades presenciais, acompanhadas de uma série de medidas visando preservar a saúde da comunidade, entre as quais está a exigência de comprovante de vacinação para os trabalhadores. 

Todos os servidores docentes e técnicos administrativos em educação, estagiários, colaboradores terceirizados e qualquer trabalhador que realize atividades no NDI e no CA deverão apresentar comprovação de que realizaram o ciclo vacinal completo de imunização contra a Covid-19 até a data de início das atividades presenciais. A determinação está expressa na Portaria Normativa nº 423/2022/GR.

>> Fase 2: UFSC exigirá comprovante de vacinação de todos os seus trabalhadores a partir de 14 de fevereiro

Quem não puder ser vacinado contra a Covid-19 por contraindicação médica deverá encaminhar à Comissão Médica um atestado justificando a condição, conforme as orientações contidas no site Prodegesp Coronavírus. Os servidores que recusarem a vacinação contra a Covid-19 não poderão frequentar o ambiente escolar e estarão sujeitos “às medidas administrativas cabíveis” definidas na Portaria Normativa nº 424/2022/GR

A forma e os procedimentos para a comprovação de vacinação por parte dos servidores da UFSC estão contidos na Portaria Normativa nº 422/2022/GR. Os procedimentos de envio digital dos documentos estão disponíveis na página Setic.ufsc.br/vacina.
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Pesquisa da UFSC indica que resíduos da reciclagem podem ser utilizados na geração de energia para a indústria

07/02/2022 11:17

Pesquisadora fez um estudo de viabilidade a partir do que os recicladores descartavam no processo (Fotos: acervo pessoal)

Minimizar um problema ambiental, gerar energia limpa e contribuir economicamente com cooperativas de trabalhadores que reciclam resíduos – o ciclo virtuoso da utilização de rejeitos da coleta seletiva para produzir energia foi o foco da pesquisa de mestrado de Eduarda Piaia, defendida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina. Ela avaliou a viabilidade da produção dos chamados Combustíveis Derivados de Resíduos (CDR) a partir de um estudo realizado junto a Associações de Catadores de Materiais Recicláveis. O trabalho foi orientado pelo professor Armando Borges de Castilhos Júnior e pode contribuir com as metas da indústria cimenteira para a redução da poluição atmosférica por CO2.

Como resultado, Eduarda identificou que o processo é promissor, mas que, para compensar o custo da instalação de uma planta que transforme lixo em energia, é necessário um grande volume de rejeitos – o que implicaria em estratégias que envolvessem mais de uma cidade na produção. Na prática, essa planta utilizaria os rejeitos coletados no processo de reciclagem, hoje encaminhados para aterros sanitários, para gerar combustível para as indústrias de cimento.

A pesquisadora tem estudado os resíduos sólidos desde o seu trabalho de conclusão de curso, desenvolvido em 2016, também na UFSC. Sua preocupação, até então, era compreender porque o material coletado na cidade e que chegava aos recicladores tinha tantos itens que não podiam ser comercializados e eram descartados. De roupas a matéria orgânica, passando por plásticos específicos que não encontram compradores, esses materiais se perdem no processo e retornam aos aterros sanitários, já sobrecarregados.

Em 2019, no entanto, uma portaria interministerial passou a disciplinar a recuperação energética de resíduos sólidos urbanos, o que seria uma alternativa ao aterramento de resíduos. “Era um assunto super novo e poucas pessoas estavam estudando isso naquele momento. Por uma sugestão do meu orientador, decidi fazer esse estudo de viabilidade técnica, analisando os rejeitos e sua possibilidade de geração de energia”.

Ela já sabia, por conta do TCC, os tipos de rejeitos que chegavam até as cooperativas. Naquele estudo, Eduarda esteve em campo com os recicladores durante o processo de seleção dos materiais que poderiam ser vendidos. Cerca de 20% do material acabava não sendo aproveitado – e foi justamente em torno desse percentual que ela decidiu concentrar suas análises na dissertação.

Para a produção do CDR, a pesquisadora concentrou sua análise na investigação de parâmetros que a levaram a compreender o potencial de geração de energia dos resíduos. A investigação sobre a quantidade de cloro, de mercúrio e do potencial calorífico dos rejeitos fez parte do estudo, que também se baseou nas normas internacionais e na norma ABNT NBR 16.849/2020 para chegar aos resultados.

Amostras e resultados

A pesquisadora coletou, para o estudo, diferentes amostras em três associações de recicladores de Florianópolis: no Norte e Sul da Ilha e na região central. No total, foram 24 amostras de cada associação, separadas em dez categorias, de acordo com o tipo de resíduo coletado.

Eduarda ressalta que alguns tipos de plástico também são descartados como rejeitos, como os de embalagem de macarrão, por exemplo. Mas há outros tipos de materiais que chegam nas associações, como papel higiênico, pilhas, lâmpadas, etc. “Cada cidade e cada região tem uma característica diferente quanto aos rejeitos e, por consequência, um potencial diferente tanto para a reciclagem quanto para o aproveitamento energético”, explica.

As amostras coletadas na pesquisa foram trituradas e levadas para o laboratório. Como principais resultados, o estudo constatou que 60,27% dos rejeitos das associações de catadores do município de Florianópolis podem ser utilizados para a recuperação energética. Entre aqueles a serem aproveitados no processo, 75,26% são embalagens de macarrão e biscoitos, de bolo e papel, que possuem como principal componente do polipropileno (PP) ou película de polipropileno biorientada (BOPP). A pesquisa também indica a necessidade de trituração antes da utilização direta dos rejeitos em fornos de cimenteiras, devido às especificações do processo produtivo.

Outra preocupação da investigação foi estimar as emissões atmosféricas evitadas ao se substituir o combustível convencional de cimenteiras pelo CDR em três cenários baseados nas metas do setor cimenteiro para a substituição de combustíveis fósseis por combustíveis alternativos. Como resultado, verificou-se que em um dos cenários seria possível reduzir em 14,73% a emissão de CO2 no ar.

A pesquisa sugere, como recomendação, que se realizem estudos semelhantes com os resíduos que chegam ao aterro sanitário de Biguaçu, que recebe material de toda a grande Florianópolis e poderia gerar um montante suficiente para justificar um empreendimento desse porte. “Eventualmente, as cidades de Blumenau e Itajaí poderiam, tal como Florianópolis, compor uma massa de rejeitos interessante para o uso como CDR”, indica.

A pesquisadora ainda lembra que além de contribuir com a geração de uma energia mais limpa e com a redução da utilização de aterros, o processo poderia representar possibilidade de renda extra para os recicladores, já que o material, antes desperdiçado, pode passar a ter um custo, garantindo benefícios econômicos ao trabalhador. “A chave para que dê certo é que se conheça a composição gravimétrica dos rejeitos, por isso a importância de se fazer estudos em diferentes regiões”, finaliza.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC formaliza acordo com Cátedra Normandia para a Paz, apoiada pela ONU

04/02/2022 16:55

A pró-reitora Cristiane Derani assina termo de adesão à Cátedra Normandia para a Paz, na França, ao lado do presidente da Universidade de Caen, Lamri Adoui. (Foto: Divulgação)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) formalizou recentemente sua adesão à Cátedra Normandia para a Paz, iniciativa apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU). A UFSC é a única universidade brasileira participante.

A Cátedra foi criada por iniciativa da região da Normandia, na França, com apoio das Nações Unidas, com o objetivo de construir uma paz mundial duradoura. Tem participação no Fórum Mundial e em iniciativas internacionais, respeitando a liberdade de cátedra e os valores da paz. Sob o mote “Só teremos paz na Terra quando estivermos em paz com a Terra”, sua atuação é bastante concentrada nas questões ambientais com foco em histórias de sucesso na proteção do meio ambiente.

O acordo assinado pela UFSC tem vigência por três anos, com a possibilidade de renovação. A proposta é que a UFSC possa criar, a partir desse acordo, grupos de pesquisa e interagir com pesquisadores na realização de atividades da Cátedra.
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Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC contribui para informe sobre ocorrência de caravelas

04/02/2022 09:00

Caravela encontrada na praia do Campeche. Foto: Alberto Lindner

O Laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) contribuiu para a elaboração de um informe sobre caravelas e sua ocorrência nas regiões Sul e Sudeste do país. O documento descreve esses animais e traz orientações acerca de como proceder em caso de acidentes. As caravelas não causam “queimaduras”, mas sim um envenenamento, geralmente mais grave do que aquele causado pela maioria das espécies de águas-vivas. Seus tentáculos possuem pequenas cápsulas que injetam veneno através de micro arpões, chamados nematocistos, quando acidentalmente tocam a pele humana.

> Acesse a íntegra do arquivo

A iniciativa da produção do informe foi do professor Renato Nagata, da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e é uma parceria com a rede de avistamento de medusas do Uruguai e outras seis universidades do Sul e do Sudeste do Brasil: Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade de São Paulo (USP) e UFSC.

Como agir em casos de acidentes?
– Saia da água imediatamente, porque o envenenamento pode causar câimbras e há risco de afogamento;
– Lave com água do mar para retirar restos de tentáculos aderidos;
– Lave com vinagre por alguns minutos para desativar o veneno e prevenir novas inoculações na pele;
– Amenize a dor com água do mar gelada ou gelo artificial envolto por panos. Essas compressas frias têm efeito analgésico para vários tipos de envenenamentos com caravelas ou águas-vivas.
O que não fazer?
– Nunca urine, nem use substâncias como álcool ou refrigerante sobre a lesão, pois não há comprovação de eficácia dessas substâncias em amenizar os efeitos da lesão;
– Nunca lave com água doce, uma vez que a medida pode aumentar o envenenamento e agravar a lesão;
– Evite usar toalhas, areia ou outro material abrasivo para retirar restos de tentáculos, pois isto também pode aumentar a injeção de toxinas por explodir as cápsulas com veneno.
Para mais informações, acesse as Recomendações da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa)

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UFSC lança edital para transferências e retornos com 2.281 vagas em 39 cursos

02/02/2022 15:46

Estão abertas até 10 de fevereiro as inscrições para o processo seletivo por transferências e retornos para admissão na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No total, são oferecidas 2.281 vagas em 39 cursos de Graduação nos cinco campi da UFSC – Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville – para ingresso no primeiro semestre letivo de 2022, que terá início em 18 de abril.

De acordo com o edital publicado pelo Departamento de Administração Escolar (DAE), são 794 vagas para Transferência Interna e retorno de aluno abandono da UFSC (Inciso I); 751 vagas para Transferência Externa (Inciso II) e 736 para Retorno de Graduado (Inciso III). O edital contém um quadro com a distribuição das vagas por inciso em cada um dos cursos.

As inscrições são realizadas diretamente junto às Coordenadorias dos cursos, com o envio por e-mail do formulário de inscrição preenchido e dos documentos exigidos. O preenchimento das vagas segue a ordem do edital, mas os critérios de seleção são definidos pelas Coordenadorias. Esses critérios estão publicados e podem ser acessados ao clicar sobre o nome do curso.

O resultado será publicado no dia 18 de março de 2022 na página principal do DAE . Os candidatos selecionados deverão efetivar a matrícula online, sob a orientação das Coordenadorias de Curso, no período de 24 a 28 de março de 2022.

 

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Iniciativa da UFSC é premiada pela Fundação Boticário por soluções inovadoras para desafios do oceano

02/02/2022 08:00

Foto: Site Fundação Grupo Boticário

O projeto Igaú, iniciativa do Veleiro ECO da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi um dos contemplados pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, que irão destinar R$ 3,7 milhões em apoio financeiro para 19 soluções inovadoras para desafios do oceano e regiões costeiras do Brasil. As propostas escolhidas serão executadas ao longo de 12 a 36 meses.

Igaú – que quer dizer alga, em Tupi Guarani – é uma parceria entre a UFSC e Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e visa promover a sustentabilidade e resiliência das comunidades estuarinas e costeiras da região de Paranaguá frente aos impactos da poluição. O objetivo do projeto é promover a conservação dos ecossistemas pelo cultivo de algas, conservando e restaurando os serviços ecossistêmicos, como a provisão de alimentos e espaço de lazer. Conforme os idealizadores do projeto, o cultivo e a coleta sustentável de algas gerarão matéria-prima renovável de amplo interesse técnico-econômico e socioambiental com potencial para produção de produtos ecológicos, cuja comercialização será ainda fonte de renda complementar.

“Esse projeto tem uma função social ainda mais relevante de proporcionar conhecimento e soluções alternativas que efetivamente representam formas de resistência local e regional, para tudo isso que a gente está vivendo. Então, pensando desde a poluição até as questões relacionadas às mudanças climáticas, esta iniciativa tem em seu escopo a capacidade de dialogar e nos ajudar em muitos aspectos”, avalia o professor Paulo Horta, docente do Departamento de Botânica do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC.

O processo de seleção

O processo para seleção das propostas vencedoras consistiu em três etapas. Na primeira, um formulário on-line devia ser preenchido com um descritivo breve sobre a proposta. As 40 ideias mais promissoras foram selecionadas para participar do evento CAMP Oceano, com uma programação que previu capacitação virtual com palestras e workshops para desenvolver, aprimorar e aumentar o impacto da solução. No final do CAMP, 25 soluções seguiram para a Fase 3 em um mês de acompanhamento e apoio de mentores para se fazer o detalhamento da proposta a ser executada.

“A proposta inicial era apenas uma ideia, uma vontade de aproximar a Universidade e as populações originárias de Paranaguá e construir soluções baseadas na natureza com conhecimento local e acadêmico. O CAMP Oceano, por meio da organização e dos mentores, foi fundamental para melhor justificar a proposta, de fato, verificar a sua aplicabilidade e planejar a sua execução nos aspectos técnicos, humanos e jurídicos”, afirma Paulo.

Coordenado pela professora Franciane Pellizzari, da Unespar, o projeto Igaú conta com uma equipe formada por docentes, graduandos e pós-graduandos do Laboratório de Ficologia da UFSC, do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e da Universidade Estadual do Paraná. O valor aprovado para a iniciativa foi de R$ 240 mil, mas ainda está sujeito à revisão até a implementação. O projeto tem duração prevista de três anos e deve ser implementado já em 2022.

O professor Paulo Horta destaca a importância da conquista e ressalta a participação da equipe do Veleiro ECO no projeto. “A UFSC tem grande satisfação em ter o Veleiro ECO começando sua jornada como plataforma para estender o alcance da Universidade, sobretudo por meio do seu Departamento de Engenharia Mecânica responsável por sua idealização e construção. O projeto é uma grande conquista para ambas as universidades e caminha no sentido da sustentabilidade e do papel das instituições de ensino e pesquisa no Brasil de promoverem o desenvolvimento social e a conservação da natureza”, finaliza.

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC exigirá comprovante de vacina em concursos complementares ao Vestibular 2022

01/02/2022 18:34

A exemplo do que ocorreu no Vestibular UFSC 2022, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai exigir comprovante de vacinação ou teste negativo de Covid-19 nos concursos complementares para ingresso no ano letivo de 2022. As regras estão em editais publicados nesta terça-feira, 1º de fevereiro, pela Comissão Permanente do Vestibular (Coperve).

Os candidatos inscritos nos vestibulares presenciais para Indígenas e Quilombolas, Licenciatura Intercultural Indígena e Letras Libras Presencial deverão apresentar no dia de provas o comprovante de vacinação. A recomendação é que os candidatos acessem o aplicativo ConecteSUS, façam o download e imprimam o comprovante de vacinação. As carteirinhas também são aceitas, desde que estejam em bom estado de conservação e sem rasuras.

Quem não se vacinou ou não tem comprovante poderá apresentar um teste para Covid-19 com resultado negativo realizado no período de até 72 horas antes do dia de provas. Os candidatos que não apresentarem comprovante de vacinação nem testes de Covid com resultado negativo não poderão entrar nos locais de prova.

Os editais completos dos concursos complementares ao Vestibular UFSC 2022, lançados em meados de dezembro de 2021, já previam a exigência de uso de máscara cobrindo nariz e boca durante toda a realização do certame.

Aos candidatos que participarão do concurso para Letras/Libras e que necessitem de leitura labial, será autorizado o uso de uma máscara especial que permita o procedimento.

Também será proibido o consumo de alimentos durante os exames e a aglomeração de pessoas nas proximidades dos locais de prova.

Confira os links para os editais:
Indígenas e Quilombolas
– Licenciatura Intercultural Indígena
Letras Libras Presencial

 

Tags: processos seletivos complementaresUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinavacinaçãoVestibular UFSC 2022

SeTIC traz orientações para gravação de atividades com fim da funcionalidade no pacote Google disponível para UFSC

31/01/2022 13:58

A Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou que os usuários do pacote Google que a UFSC utiliza não terão mais disponíveis alguns itens a partir de janeiro de 2022, dentre os quais a gravação de videoconferências. Segundo a SeTIC, a UFSC continua dispondo da solução da Google, mas sem a possibilidade de gravação.

Assim, com o fim da funcionalidade de gravação disponibilizada pela ferramenta Google Meet, a Universidade recomenda que todas as atividades que necessitam de gravação (aulas, reuniões, defesas, etc.) passem a utilizar o recurso disponível pela RNP, ou seja, a Conferência Web e sua integração com o Moodle.

Para utilização desse serviço, a SeTIC apresenta informações em seu Catálogo de Serviços e destaca que a gravação é liberada por padrão na integração com o Moodle, dispensando qualquer liberação de permissão. “Caso, mesmo assim, a preferência seja pelo uso da plataforma Google Meet, faz-se necessário a utilização de outra ferramenta para gravação dos eventos. Existem diversas ferramentas disponíveis, e cada usuário pode optar pela que melhor atenda aos seus objetivos”, orientou a Superintendência em comunicado nesta segunda-feira, 31 de janeiro.

Os atendimentos relacionados à plataforma Conferência Web devem ser direcionados ao e-mail atendimento@rnp.br. Dúvidas e demais atendimentos sobre serviços da SeTIC podem ser encaminhados via Portal de Chamados da SeTIC.

> Leia a íntegra do comunicado:

Orientações para gravações de aulas e reuniões

Ao longo desses dois anos de trabalho e ensino remoto as instituições foram forçadas a se reinventarem para poder continuar com a excelência dos serviços ofertados, mesmo com a mudança repentina na forma de trabalho. Nesse contexto, a tecnologia, dentre elas as ferramentas de videoconferência, tiveram papel fundamental.

No caso da UFSC, desde antes da pandemia já dispúnhamos de plataforma de vídeo, utilizada principalmente em defesas de teses e dissertações, a qual era desenvolvida pela RNP. Porém, no início, com o aumento repentino da demanda pela solução por instituições de todo o Brasil, tal plataforma enfrentou alguns problemas de instabilidade. Portanto, como uma alternativa, a UFSC assinou acordo de parceria com a Google e passou a dispor também da solução Google Meet e, em conjunto, as soluções ofertaram as condições para que nossas atividades fossem exercidas com a qualidade que é nossa marca reconhecida.

Ao longo do último ano a Google informou todos os usuários do pacote do qual a UFSC dispõe que alguns itens não estariam mais disponíveis a partir de janeiro de 2022, dentre os quais destaca-se a gravação das videoconferências. A UFSC continua dispondo da solução da Google, mas sem a possibilidade de gravação.

Assim, com o fim da funcionalidade de gravação disponibilizada pela ferramenta Google Meet, a UFSC recomenda que todas as atividades que necessitam de gravação (aulas, reuniões, defesas, etc.), passem a utilizar a ferramenta disponibilizada pela RNP, ou seja, a Conferência Web e sua integração com o Moodle. Isso porque esta plataforma passou por muitas melhorias ao longo desses dois anos e hoje consegue suportar as demandas da nossa instituição.

Para utilização desse serviço, a SeTIC disponibiliza informações em seu Catálogo de Serviços. Destaca-se que a gravação é liberada por padrão na integração com o Moodle, dispensando qualquer liberação de permissão.

Caso, mesmo assim, a preferência seja pelo uso da plataforma Google Meet, faz-se necessário a utilização de outra ferramenta para gravação dos eventos. Existem diversas ferramentas disponíveis, e cada usuário pode optar pela que melhor atenda aos seus objetivos.

O LED/UFSC compilou um material completo sobre diversas ferramentas de apoio ao ensino remoto, no qual você encontra as principais características do software, vantagens e desvantagens, além de um vídeo com a etapa de inserção de cenas e fontes na ferramenta.

Atendimentos relacionados à plataforma Conferência Web devem ser direcionados ao e-mail atendimento@rnp.br. Dúvidas e demais atendimentos sobre serviços da SeTIC podem ser encaminhados via Portal de Chamados da SeTIC.

Tags: Google MeetSeTICSuperintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC terá 1.930 vagas para ingresso pelo SiSU; confira o edital

31/01/2022 13:26

Com 1.930 vagas disponibilizadas em 102 cursos de seus cinco campi – Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville -, a UFSC lançou, na quinta-feira, 27 de janeiro, o edital do processo seletivo que utilizará o Sistema de Seleção Unificada (SiSU) para seleção de candidatos ao provimento de 30% das vagas para ingresso no ano letivo de 2022. A seleção será efetuada com base nos resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021. O processo é regulado pelo Ministério da Educação.

 Conforme o edital da Secretaria de Educação Superior do MEC, as inscrições para a primeira edição de 2022 do Sistema de Seleção Unificada poderão ser feitas exclusivamente pela internet, no endereço eletrônico http://sisu.mec.gov.br, durante o período de 15 a 18 de fevereiro de 2022, observado o horário oficial de Brasília-DF. O processo seletivo do SiSU terá uma única chamada, cujo resultado será divulgado no dia 22 de fevereiro.

A manifestação de interesse dos candidatos em participar da lista de espera deve ser feita por meio da página do SiSU na internet, no período de 22 a 28 de fevereiro de 2022. Os prazos e procedimentos para convocação e matrícula dos candidatos selecionados da lista de espera serão divulgados no site sisu2022.ufsc.br após a matrícula dos candidatos convocados em primeira chamada.

O edital da UFSC contém os anexos que especificam o número exato de vagas para o primeiro e o segundo semestre dos cursos de cada campus, além das referências às vagas reservadas para as políticas de ações afirmativas e dos pesos e pontos de corte – notas mínimas – necessárias para o ingresso. Para os cursos com entradas previstas no primeiro e no segundo semestres letivos de 2022, serão convocados para o primeiro semestre os candidatos melhor classificados em cada modalidade. Os demais classificados terão ingresso no segundo semestre.

Os candidatos interessados em concorrer às vagas disponibilizadas pela UFSC deverão verificar as informações constantes do Termo de Adesão desta Instituição ao primeiro processo seletivo de 2022 do SiSU. O termo está disponível no site sisu2022.ufsc.br, onde os candidatos encontrarão também todas as informações sobre o processo seletivo.

De acordo com os termos do edital, “os procedimentos, as normas, as datas e os horários para matrícula de todos os candidatos classificados estarão contidos em portaria de matrícula a ser disponibilizada no site dae.ufsc.br”. O documento ainda lembra que é de responsabilidade exclusiva do candidato a observância dos procedimentos e dos prazos estabelecidos nos editais e nas normas que regulamentam o SiSU, bem como o respeito aos horários de atendimento na instituição e a apresentação dos documentos exigidos para a matrícula.

Saiba tudo sobre o processo seletivo e sobre seu cronograma em sisu2022.ufsc.br

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Pesquisa da UFSC pode ajudar a reconstruir propriedades do oceano através de dados sísmicos

31/01/2022 11:25

Equipamento do estudo sendo lançado no oceano (Fotos: Luiz Antonio Pereira de Souza)

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina pode ajudar a reconstruir as propriedades do oceano e beneficiar a indústria nacional. O estudo, conduzido de forma multidisciplinar, é relacionado ao campo da Oceanografia Sísmica – e possibilita, por meio de registros sísmicos, que se obtenha a velocidade do som na coluna de água, sua temperatura e salinidade, em detalhes, gerando dados sobre o desconhecido oceano.

A ideia é incorporar uma nova metodologia para posicionar os campos de óleo de forma mais precisa. Para isso, os pesquisadores tradicionalmente utilizam equações que incorporam medidas da temperatura e da salinidade da água, mas a possibilidade de utilizar a velocidade do som, por meio de seus registros sísmicos, pode definir a posição dos poços e também captar outros dados e registros desconhecidos presentes nas águas, com maior resolução espacial.

Por analogia, o trabalho pode ser considerado semelhante ao que se vê nas técnicas de ultrassom médico. Fontes acústicas emitindo pulsos e disparos, dispostas na coluna de água, irão gerar uma onda acústica – um som – , em que cada pulso é um evento registrado. O perfil da velocidade do som na coluna de água é formado a partir da geração de milhares de imagens a cada disparo destes. O estudo é financiado pela Petrobras com base na participação especial, de acordo com a Lei Nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, que estabelece para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a atribuição de estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias para o setor. A coordenação é do professor Antonio Henrique da F. Klein.

Hoje, por exemplo, para fazer esse trabalho e identificar a temperatura, salinidade e velocidade do som no oceano, é necessário que uma embarcação totalmente parada libere e recupere um cabo contendo vários sensores. Além de toda a logística para a obtenção de dados pontuais, o tempo também se torna um fator a ser considerado, já que essa ação ocorre espaçada por quilômetros, em média, a depender da malha escolhida para os cruzeiros.

“O uso da sísmica de reflexão para prospecção e monitoramento geológico é uma prática comum na indústria de petróleo para a caracterização das propriedades físicas de rochas e fontes de hidrocarbonetos que estão alocados abaixo do substrato terrestre”, contextualiza o pesquisador Francisco Carlos Lajus Junior. Esta técnica, segundo ele, quando aplicada à coluna de água, também permite a visualização de grandes estruturas oceânicas, em um nível de detalhe muito maior do que técnicas mais comuns.

De acordo com o pesquisador, assim como a atmosfera, o Oceano está dividido em várias camadas – onde os processos ainda são desconhecidos mesmo pela ciência. Conhecer melhor essas propriedades por meio das técnicas da oceanografia sísmica também possibilita predições mais concretas. Lajus vê o desenvolvimento desta técnica como uma possibilidade tanto de atender à área mais acadêmica de estudos do comportamento oceânico e da sua relação climática, como também à indústria, já que oportuniza a caracterização do que ocorre durante a exploração e produção de poços de petróleo, contribuindo com o desenvolvimento sustentável ao oferecer mais precisão aos processos.

Frentes de trabalho

Foto: Luiz Antonio Pereira de Souza

O projeto busca integrar diversas frentes científicas, envolvendo campos como os da oceanografia física, processamento e tratamento de sinais sísmicos, simulação numérica de propagação de ondas e estudos de técnicas de inversão. A finalidade geral é aprimorar as técnicas para a reconstrução das propriedades do oceano e caracterização do seu comportamento.

O estudo envolve três frentes de trabalho, sendo a primeira interessada na oceanografia física. Os dados sobre o comportamento do oceano em um determinado local e período de tempo serão obtidos de fontes diversas e analisados buscando-se extrair padrões. “Todas estas informações servem como subsídio no desenvolvimento das outras frentes, seja como forma de validação dos resultados, ou de caráter complementar, buscando uma melhoria na reconstrução destas estruturas”, explica o pesquisador.

A equipe também atua estudando os dados de Ocean Bottom Nodes (OBNs), equipamentos compostos de sensores colocados no fundo oceânico durante um monitoramento sísmico. “Temos uma hipótese de que estas mesmas reflexões, que podem ser captadas na superfície do oceano em levantamentos tradicionais, onde cabos são rebocados junto com uma embarcação, possam talvez ser percebidas também por estes nodes”. Se a hipótese for confirmada, deve levar benefícios diretos para a indústria de óleo e gás.

Ainda, a pesquisa busca o desenvolvimento de novas formas de processamento e aplicação em técnicas de inversão de dados da sísmica de reflexão para a recuperação das propriedades oceânicas. De acordo com Lajus, o Brasil tem um acervo extenso destes dados, que podem ser investigados e usados para uma melhor caracterização do comportamento do mar em praticamente toda a costa brasileira. “Acreditamos que isto possa ser o início do desenvolvimento de técnicas voltadas a uma maior caracterização do comportamento oceânico considerando mais variáveis, contribuindo assim tanto para o desenvolvimento da indústria nacional como o bem estar social e ambiental, que é igualmente necessário”, pontua.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: comportamento do oceanodados sísmicosOceanografia sísmicaVelocidade do som na coluna de água

Vestibular UFSC 2022: Coperve publica gabarito preliminar e índice de abstenção

30/01/2022 22:24

Segundo dia de provas do Vestibular UFSC 2022 (Foto: Henrique Almeida)

Os candidatos que estão disputando as 4.521 vagas em 98 cursos de graduação nos cinco campi da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizaram neste domingo, 30 de janeiro, o segundo e último dia de provas. Eles tiveram cinco horas para responder 20 questões de Ciências Humanas e Sociais, 10 de Física, 10 de Química e elaborar uma redação sobre o agronegócio no Brasil.

Durante os dois dias de provas, 4.428 candidatos não compareceram. O índice de abstenção de 24,4% está dentro das expectativas da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve). “Nos últimos anos a nossa abstenção varia entre 20% e 23%”, diz a presidente da Coperve, Maria José Baldessar. Ela vê como uma vitória um comparecimento de mais de 75% às provas do Vestibular em meio ao cenário que estamos vivendo. “As pessoas têm medo da pandemia, e teve quem não se vacinou nem quis fazer a testagem”, ponderou a professora Maria José Baldessar.

Menos de duas horas após o encerramento do Vestibular, a Comissão Permanente do Vestibular divulgou os gabaritos preliminares das provas. Também já está disponível o link para apresentação de recursos ao conteúdo das provas e ao gabarito das provas objetivas e da Redação. O prazo para apresentação dos recursos vai até as 18h do dia 31 de janeiro de 2022.
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UFSC celebra Dia Nacional da Visibilidade Trans com campanha nas redes sociais

29/01/2022 09:58

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGen) da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad) e do Grupo de Trabalho criado para a construção de uma Política Trans para a Universidade lançam, neste 29 de janeiro a campanha “TRANSitando em territórios… Conquistando Espaços!”. A data é quando se celebra a visibilidade das pessoas trans em todo o Brasil.

A data é lembrada desde 2004, e no âmbito da UFSC, é utilizada para lembrar as conquistas e trazer visibilidade às demandas de travestis, transexuais, transgêneres e não-bináries. Dentre as conquistas na instituição estão a institucionalização da garantia do uso do nome social por meio da Resolução Normativa 059/CUN/2015 e a criação do Grupo de Trabalho por meio da CDGen/Saad, com a participação de representantes do Núcleo N’aya: aquilombamento de intelectualidades afrotranscentradas, estudantes trans de graduação e pós-graduação,além de servidoras/es técnicos da instituição.

Confira as peças da campanha e saiba mais sobre as iniciativas desenvolvidas pelo GT e pela CDGen/Saad no site diversifica.ufsc.br

Tags: Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN)dia da visibilidade transSecretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Colégio de Aplicação e NDI preparam estruturas para início das aulas presenciais em fevereiro

28/01/2022 15:53

Visita de gestores ao Colégio de Aplicação nesta quinta-feira, 27. (Foto: Agecom/UFSC)

O Colégio de Aplicação (CA) e o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da UFSC receberam as equipes da Administração Central e do Centro de Ciências da Educação (CED) nesta quinta-feira, 27 de janeiro, para uma visita às estruturas e para conhecer as rotinas de preparação dos espaços para receber a comunidade escolar. O CA inicia o ano letivo em 10 de fevereiro e o NDI no dia 14 de fevereiro, com aulas presenciais para todos os alunos.

Dentre os esforços das unidades escolares estão a adequação e manutenção do espaço físico e a definição de protocolos para o convívio presencial – como o uso de máscaras do tipo PFF2, vacinação e testagem dos servidores. 

No Colégio de Aplicação, por exemplo, a Direção anunciou às famílias que o retorno presencial será para todos os alunos, e não haverá ensino remoto síncrono. O Colégio está definindo a ocupação das salas de aula de acordo com as medições de qualidade do ar e espera receber uma comunidade de 1.882 pessoas, sendo 956 alunos e 115 professores. Serão fornecidas máscaras PFF2 para os docentes, técnicos, estagiários e estudantes em vulnerabilidade socioeconômica cadastrados no setor de Serviço Social junto ao Colégio.
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Reduções no Orçamento impõem desafios para o funcionamento da UFSC em 2022

28/01/2022 14:07

A Lei Orçamentária Anual sancionada recentemente destina apenas R$ 132 milhões para as despesas de custeio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2022 e R$ 4 milhões em recursos de capital. Os valores são inferiores aos recebidos no último ano em que a Universidade funcionou integralmente em modo presencial: em 2019 a UFSC contou com R$ 145 milhões para custeio e R$ 5 milhões de capital.

As verbas de custeio são usadas para o pagamento de contas de água, luz, fornecedores, contratos terceirizados e despesas de manutenção das atividades, enquanto que os recursos de investimento bancam construções, reformas, obras de infraestrutura ou compra de equipamentos.

A maioria das despesas correntes teve aumentos no período. Por isso, o secretário de Planejamento e Orçamento da UFSC, Fernando Richartz, estima que o orçamento mínimo para custeio deveria ser de R$ 170 milhões.
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Tags: assistência estudantilensino presencialOrçamento 2022UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Grupos de pesquisa da UFSC divulgam nota sobre assessoramento jurídico em rompimento de barragem na Lagoa da Conceição

25/01/2022 10:00

O Grupo de Pesquisa em Direito Ambiental e Ecologia Política na Sociedade de Risco (GPDA) e o Observatório de Justiça Ecológica (OJE), ambos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), divulgaram uma nota nesta terça-feira, 25 de janeiro, data que marca um ano desde o rompimento de uma barragem na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. O episódio afetou a qualidade da água naquele ecossistema e causou danos às dunas e restingas do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa, atingindo dezenas de residências com o esgoto proveniente de resíduos de uma estação de tratamento.

No texto, intitulado “Irresponsabilidade organizada na Lagoa da Conceição: Danos ambientais após 01 Ano do desastre ecológico e social do rompimento da barragem”, os autores salientam que, no período decorrido, o Poder Público “sequer apreciou quaisquer medidas efetivas para reversão do perecimento da Lagoa, fato esse que resultou na continuidade do quadro de irresponsabilidade organizada”.

O GPDA e o OJE, de forma transdisciplinar e gratuita, assessoram juridicamente entidades da sociedade civil que ajuizaram Ação Civil Pública (ACP) para que o Poder Judiciário exija do Poder Público o amparo em medidas estruturais. “O objetivo é a implementação de um sistema de governança socioecológica para uma gestão interconectada de proteção, controle e fiscalização dos impactos presentes e futuros vinculados à integridade ecológica da LC [Lagoa da Conceição]”, traz a nota.

> Acesse AQUI a íntegra do texto

Tags: GPDAObservatório de Justiça EcológicaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Subnotificação, descaso e falta de dados: pesquisadores denunciam problemas da pandemia nas prisões

24/01/2022 13:09

Um ambiente nefasto para a proliferação de doenças infecto-contagiosas – é dessa forma que a pesquisadora Marília Budó, professora do departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, resume o sistema penitenciário brasileiro do ponto de vista físico diante da pandemia de Covid-19. Mas o problema não para por aí: além da superlotação, das péssimas condições de higiene e saneamento básico e da pobre alimentação dirigida às pessoas presas, a ausência de dados e informações precisas sobre como a doença foi assimilada pelo sistema nos últimos anos agrava ainda mais a questão. Um grupo de pesquisadores desnuda esse cenário caótico em dois documentos lançados pelo projeto Infovírus: prisões e pandemia, que além da UFSC envolve estudiosos de outras cinco instituições e pesquisadores autônomos.

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O projeto, criado ainda em 2020, primeiro ano da pandemia, teve o objetivo de acompanhar, registrar, analisar e divulgar informações sobre a situação dos presídios, incluindo análises de informações públicas disponíveis no Painel de Monitoramento dos Sistemas Prisionais. O acompanhamento desses dados, entretanto, revelou uma série de distorções e problemas elencados nos documentos Política de Morte: Registros e Denúncias sobre Covid-19 no Sistema Penitenciário Brasileiro e De Olho no Painel do Depen: Análise de Informações de Estado sobre a Covid-19 nas Prisões. “O problema da falta de dados sobre mortes e adoecimentos – físicos e mentais – dentro de unidades prisionais já existia antes da crise da Covid-19. Ela se agravou dramaticamente neste contexto, quando as políticas de testagem em massa, isolamento e vacinação eram e são ainda as únicas ferramentas possíveis para conter o vírus”, explica Marília.

Justamente por isso, a proposta dos pesquisadores foi desenvolver um projeto de checagem de informações e de divulgação científica do acúmulo das pesquisas do campo criminológico crítico sobre penas e prisões no Brasil. Ao mesmo tempo, a equipe também recebia denúncias de amigos e familiares a respeito da falta de informações sobre os detentos. O ‘isolamento dentro do isolamento’ impediu que as pessoas privadas de liberdade tivessem contato esporádico com as famílias por meio das visitas semanais. “Há uma desumanização das pessoas em prisão, o que conduz a uma facilitação a políticas e decisões que têm como resultado o adoecimento e a morte”, indica Marília.

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A equipe trabalhou com um conjunto de 74.676 dados públicos. No início do acompanhamento, em abril de 2020, 162 casos eram notificados como suspeitos, com 25.228 sendo anunciados um ano depois, data de corte do projeto. Também em abril de 2020, 51 foram confirmados – número que aumentou mais de mil vezes em um ano. Já a primeira morte confirmada surgiu no painel em 18 de abril de 2020 e chegou ao número de 168 um ano depois.

O projeto divulgou essas informações publicamente, no site e em redes sociais. Nesse processo, também denunciou os momentos em que havia ausência de atualização nas informações públicas, como ocorreu durante mais de seis meses com os números do Estado da Paraíba. “O que notamos claramente é a proposital indiferença em relação à morte e ao sofrimento das pessoas que de alguma maneira têm suas vidas marcadas pelo cárcere, sejam elas pessoas privadas de liberdade, sejam elas parentes, esposas, companheiras, que vivenciaram durante meses a ausência de informações sobre seus entes queridos”, destaca a pesquisadora.


Descontinuidade nos dados

Conforme o relatório, os estados que mantiveram maior regularidade na periodicidade de atualização dos dados públicos foram Santa Catarina, em que o maior período na qual ficou mantida a mesma informação foi de 14 dias, Maranhão, com 16 dias e Rio Grande do Sul, com 18 dias. Nos demais, a equipe reconhece uma descontinuidade no preenchimento das informações sobre o sistema penitenciário. “Diante do que foi aqui observado, os dados dispostos no painel do Depen não condizem com a realidade da infecção pelo vírus no sistema prisional brasileiro. Entretanto, quando o sistema do painel do Depen não é alimentado, não se trata simplesmente de plausível minimização dos fatos por parte dos gestores, mas igualmente de informação negada à população”, denuncia o documento.

O relatório indica que diversos problemas no painel foram registrados ao longo do monitoramento: “desde a negação da informação – dados que possivelmente não foram preenchidos –, até dados que apareciam e, depois, simplesmente sumiam, através de ‘apagões’ no sistema, inconsistências que se caracterizam, principalmente, pela falta de regularidade na atualização dessas informações no sistema”.

As análises dos pesquisadores também desenham um cenário “deflagrado de subnotificação”, expresso nos documentos do projeto. Os números muito baixos comparados ao cenário publicizado da pandemia são altamente questionáveis para a equipe do Infovírus. Em junho de 2021, por exemplo, a equipe registrou a possibilidade de subnotificação em Santa Catarina, já que havia um alto número de contaminações e um baixo volume de testagem. “A própria testagem aconteceu em regra apenas quando o preso já estava há dias com sintoma de Covid, e não por acaso vários surtos decorreram da falta da testagem em massa”, contextualiza Marília.

OMS recomendou que a população privada de liberdade estivesse entre os grupos prioritários na vacinação (Foto: Pixabay)

Além disso, ela aponta o atraso para a chegada da vacina nas prisões como um fator importante do agravamento da pandemia no cárcere, o que reforça a ideia de desumanização dos detentos. A professora lembra que a Organização Mundial de Saúde recomendou que a população privada de liberdade estivesse entre os grupos prioritários por conta do risco elevado de surtos nesses locais, e o Ministério da Saúde atendeu a essa recomendação.”Mas após manifestações terríveis de pessoas oportunistas no campo político que apostam na desumanização da população privada de liberdade como forma de obtenção de seguidores e votos, os presos foram em vários lugares deixados para o final da campanha de vacinação. Mesmo os presos idosos e com doenças crônicas foram em vários lugares vacinados depois da população livre. Ou seja, temos poucos bons exemplos e muitos maus exemplos do que ocorreu”.

A falta de comprometimento com a garantia do direito à informação sobre a realidade da Covid-19 no sistema prisional é considerada, nos documentos, um reflexo imediato de de um “projeto vigente”. “Entendemos que não se trata de mera negligência, mas a continuidade de uma política de gestão de morte através do cárcere, que manteve as mesmas lógicas e ferramentas jurídicas para negar a liberdade e, com isso, a vida a pessoas que eram dos grupos de risco e mesmo as que não eram e morreram em decorrência da indiferença em relação a essas mortes”, pontua Marília.

A professora se refere precisamente à análise de instrumentos jurídicos que poderiam prever a liberação de detentos que estivessem ameaçados pela doença, mas que tiveram esse direito recusado. “O que predomina nessas atitudes – tanto do Executivo quanto do Judiciário – é um discurso de defesa social, ou seja, de entender pessoas privadas de liberdade como um perigo, um risco, em alguns casos equiparado ao próprio risco atribuído ao vírus”, reflete.

Orientação não foi cumprida

De acordo com Marília, o Conselho Nacional de Justiça, ainda em março de 2020, publicou a Recomendação nº62, que deveria ter sido seguida pelo Judiciário. “A recomendação orientava juízes e administração pública a promoverem políticas de testagem em massa, isolamento/distanciamento, através da redução da superpolução dos presídios com a conversão de prisões de pessoas de grupos de risco e prisões domiciliares, ou ainda, com antecipação de progressão de regime para quem tivesse cumprido os demais requisitos’, lembra.

Apesar disso, conforme a pesquisadora, em poucos lugares a recomendação surtiu algum efeito. “O que temos visto no estudo dos processos judiciais é uma postergação insustentável do momento de concessão da liberdade (ou prisão domiciliar, ou progressão antecipada) que chega (quando chega) apenas no momento em que o preso já está na UTI entubado e de lá já não retornará para lugar algum”, lamenta.

Por isso, segundo ela, somadas às características da prisões brasileiras – espaços propícios para todo o tipo de epidemia e bastante violentos – pratica-se, via de regra, “um tipo de gestão de morte”. A professora comenta que estudos acadêmicos têm trazido o tema à tona – há, por exemplo, uma forte linha de pesquisa no campo da antropologia e da sociologia que investiga o desaparecimento de pessoas no interior do sistema carcerário. “Esse tipo de instituição terrível somente é possível por conta da desumanização racista que atravessa esse sistema e naturaliza o adoecimento e a morte dessas pessoas, assim como o sofrimento das suas familiares”, evidencia.

Marília cita medidas pontuais possíveis para a minimização dos problemas: a redução da população carcerária; a atuação preventiva no campo da saúde, com testagem em massa, boa alimentação para garantir uma boa imunidade, melhores condições sanitárias e a vacinação prioritária.

Mais sobre o projeto

O Infovírus: prisões e pandemia reúne pesquisadores e pesquisadoras com diferentes formações, de diferentes áreas do conhecimento, para monitorar os dados, notas técnicas, comunicações e informações prestadas por instâncias oficiais, além de entrevistas e discursos políticos sobre a pandemia de Covid-19 no sistema penitenciário brasileiro. As informações foram sempre confrontadas com relatos dos familiares de pessoas privadas de liberdade, denúncias dos movimentos sociais e das defensorias públicas. Até julho de 2021, o Infovírus publicou 47 postagens informando mortes de pessoas presas e servidores em decorrência da Covid-19.

O projeto é feito por pesquisadores autônomos e equipes ligadas a grupos de pesquisa da Universidade de Brasília, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal de Santa Catarina e da Universidade Federal de Santa Maria. Também tem apoio da Rede Justiça Criminal, Open Society Foundantions, ISER, Justa e Fundo Brasil.


Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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