UFSC divulga campanha de prevenção e combate à dengue

21/02/2024 11:34

A Coordenadoria de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (CGA/UFSC) convoca toda a comunidade universitária para auxiliar no combate e prevenção à dengue nos diversos campi da Universidade. A eliminação dos locais de reprodução do mosquito, que são os pontos com água parada, suja ou limpa, é o método mais eficaz de combate à doença. Destacam-se como preferidos pelo mosquito os objetos artificiais como pneus, copos, pratos, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas e lajes, piscinas, vasos sanitários sem uso.

No verão, o aumento das temperaturas e a elevação da frequência de chuvas favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor responsável pela transmissão da dengue, cujo pico de incidência ocorre tipicamente no final de fevereiro. Os casos de dengue têm aumentado vertiginosamente no Brasil e há indicação de que este ano o país enfrentará a pior epidemia da doença em sua história. Em Santa Catarina, o último boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE-SC) mostra que a curva de casos prováveis da doença segue em alta, com um aumento de 654,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Já foram registrados 13.002 casos prováveis de dengue em 175 municípios catarinenses, com oito óbitos confirmados, sendo cinco deles em Joinville.
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Coordenadoria de Gestão Ambiental orienta medidas de prevenção à dengue

27/11/2023 09:16

Baixe o manual clicando na imagem

Entre 2022 e 2023, cerca de 150 vistorias em  40 setores da UFSC ajudaram a proteger a comunidade universitária da dengue no campus Florianópolis. A Coordenadoria de Gestão Ambiental também promove materiais educativos e realiza campanhas para minimizar o problema de saúde pública nas suas regiões de abrangência. Uma cartilha e um manual elaborados pela UFSC contribuem com as estratégias de prevenção. O  trabalho também conta com a parceria do Centro de Controle de Zoonoses de Florianópolis.

O Aedes aegypti é transmissor não apenas do vírus da dengue, mas também da febre de chikungunya, da febre amarela e do zika vírus. A proliferação da espécie está diretamente relacionada com a presença de água parada nos ambientes, pois estes locais servem como criadouros – local onde o mosquito deposita os ovos e estes se desenvolvem até se tornarem adultos, com fêmeas hematófagas (que se alimentam de sangue) e que podem transmitir as doenças, caso infectadas.

Cartazes e vídeos da campanha de prevenção estão disponíveis no site. A comunidade pode colaborar com as medidas de prevenção eliminando água parada do entorno – por exemplo, se há um copo plástico no chão, recolha-o e coloque em uma lixeira. Caso não seja possível, entretanto, a recomendação é o envio foto e localização para o email evitedengue@contato.ufsc.br. Já em locais fora da Universidade, a denúncia deve ser realizada por meio do telefone (48) 32123902 ou pelo formulário do site da prefeitura, no caso de Florianópolis.

Outra prevenção possível é o uso repelente, mas o ideal é eliminar os criadouros do mosquito. Desde 2015, a UFSC conta com um grupo gestor permanente de combate a dengue. Entre os membros está a Coordenadoria de Gestão Ambiental, que realiza vistorias regulares nos setores com o objetivo de identificar possíveis focos ou criadouros do mosquito. Ao final de cada vistoria, o centro vistoriado recebe orientaçõespara cada situação.  Outra frente de trabalho é de educação ambiental.

Panorama no Estado e Florianópolis

Santa Catarina

No boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica em novembro, consta que o número de focos positivos para o mosquito é de 61.589 em 236 municípios, um aumento de 2% no número de focos quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Com relação aos casos de dengue, foram notificados 239.019 casos suspeitos de dengue. Destes, 117.677 foram confirmados e 95.581 foram descartados por apresentarem resultado negativo. 22.290 ainda permanecem como suspeitos.

Do total de casos confirmados até o momento, 92,9% são autóctones (originados dentro do Estado de Santa Catarina).

Florianópolis

No município de Florianópolis, foram confirmados 20.672 casos de dengue e 16 óbitos desde o início do ano.

Os bairros com maior número de focos do Aedes aegypti no município foram: Rio Vermelho (418); Capivari (376) e Trindade (261).

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UFSC já fez 125 vistorias para combater focos do mosquito transmissor da dengue

26/04/2023 07:24

A Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está apertando o cerco contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e outras doenças. De 2022 até agora (abril de 2023), foram feitas 125 vistorias em mais de 40 setores da Universidade, informa a CGA em seu site. As ações, que pedem também o envolvimento da comunidade universitária, tomam corpo em um contexto em que Santa Catarina contabiliza mais de 32 mil focos do mosquito, 15 mil casos de dengue e 14 mortes confirmadas pela doença, segundo boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) da Secretaria de Estado da Saúde. Os números consideram dados levantados até 17 de abril.

A Dive informa que há 144 municípios infestados de focos do mosquito em Santa Catarina. Estão nessa lista: Florianópolis, Araranguá, Blumenau e Joinville – cidades em que a UFSC tem campi. De acordo com a CGA, isso reforça a necessidade de protocolos e medidas preventivas tanto nas áreas mantidas pela Universidade como em seus entornos. Por isso, a campanha de combate à proliferação do Aedes aegypti, que é mantida de forma permanente na UFSC, tomou uma importância maior.

A CGA alerta que todas as pessoas da comunidade universitária têm a responsabilidade de ajudar na prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti, eliminando ou denunciando locais com água parada pelos campi da UFSC. Desde 2015, a Universidade mantém ativa a Comissão de Combate à Dengue, que realiza diversas ações para prevenir a doença, incluindo educação ambiental, vistorias técnicas e recebimento de denúncias.

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Pesquisadores da UFSC estudam como a biologia do Aedes pode ajudar no combate à dengue

29/03/2023 13:34

Equipe de pesquisadores estuda a biologia do mosquito que transmite a dengue. Fotos: Camila Collato/Agecom/UFSC

Em meio a uma nova epidemia de dengue em Santa Catarina, é dentro de um laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que um grupo de pesquisadores utiliza a fisiologia do mosquito Aedes aegypti – vetor de transmissão do vírus para os humanos – para estudar formas de combatê-lo. Um organismo pequeno, mas complexo, que se alimenta de sangue e é capaz de se reproduzir rapidamente, gerando situação de emergência em diversas regiões do Estado.

O inseto, que também é vetor de transmissão do zika vírus e chikungunya, é o objeto de pesquisa do Laboratório de Imunobiologia e Doenças Infecciosas (Lidi) da UFSC, coordenado pelo professor José Henrique Oliveira e por outros docentes do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia. Ele investiga como mosquitos vetores toleram infecções por arbovírus – aqueles que são transmitidos por insetos que se alimentam de sangue.

Tolerância, nesse caso, tem relação com a capacidade do mosquito de não ser prejudicado pelo vírus que, nos humanos, pode causar sintomas dolorosos e levar à morte. “O meu objetivo primário é entender essa biologia, é pensar em intervenções capazes de inibir esse processo de tolerância que nós chamamos de um processo adaptativo”, explica Oliveira.

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UFSC lança Guia de Campo das Bromélias do Campus de Florianópolis

27/03/2023 12:25

A publicação Bromélias-tanque (Bromeliaceae) do Campus Trindade (UFSC) está disponível para download. O material é um guia de campo, resultado de três anos de pesquisas (incursões e análises laboratoriais) para estudo da relação entre as bromélias e o mosquito Aedes aegypti no ambiente urbano da UFSC.

A iniciativa foi da Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC (CGA) em parceria técnico-cientifica com o Laboratório de Anatomia Vegetal do Departamento de Botânica (LAVeg). O Guia é associado ao livreto (disponível aqui) lançado em 2022, para juntos compor material que evidenciam o papel ecológico das bromélias, por meio da descrição da sua biologia, estrutura e de como protagonizam diversas interações interespecíficas.

Guias de campo

O Field Guide é um projeto do Field Museum (Chicago, USA) que agrega e disponibiliza gratuitamente guias de campo de todo o mundo. Além das belas imagens, os documentos consolidam informações científicas com fins de apresentar às pessoas a diversidade natural e cultural do nosso planeta.

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Cientista da UFSC pretende interromper ciclo de transmissão da dengue inibindo a adaptação do mosquito ao vírus

19/04/2022 15:26

Um dos instrumentos da pesquisa, utilizado para alimentar os mosquitos criados em laboratório (Fotos: Amanda Miranda/Agecom)

Uma técnica para inibir mecanismos de adaptação ao stress do Aedes aegypti pode ser um importante passo para a prevenção ou até mesmo o tratamento da dengue, doença que aumentou 55% no Brasil desde o início de 2022. Um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina e coordenado pelo professor José Henrique Oliveira, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, pode chegar a resultados inéditos na compreensão do comportamento dos mosquitos que, ao contrário dos seres humanos, mesmo com alta carga viral não adoecem. O projeto é financiado pelo Instituto Serrapilheira.

“Entender porque os mosquitos sustentam a replicação do vírus, mas não passam por nenhum problema de saúde associado a isso é uma pergunta biológica, uma falta de conhecimento nosso que podemos explorar para impedir a propagação de dengue. Para isso, a gente investiga de que forma a gente pode pensar em inibir esses processos celulares que fazem o mosquito não adoecer”, contextualiza o professor.

Avaliar a tolerância do mosquito no nível celular, estudando suas proteínas e mecanismos relacionados à adaptação ao stress poderia gerar resultados capazes de combater os mosquitos, mas também produtos que podem inibir o contágio da doença em humanos. Essas são duas possíveis futuras aplicações de um trabalho que investe na ciência básica para entender aspectos fundamentais para que passos a mais possam ser dados.

“Então, se medirmos a tolerância do mosquito, com a possibilidade de fazermos com que fique doente, ele não irá propagar a doença – ou seja, bloqueamos a transmissão”, aponta o professor, que publicou, em 2020, um artigo que questionava Como os vetores de arbovírus são capazes de tolerar a infecção?.

O material circulou no periódico Developmental & Comparative Immunology com uma revisão sobre os mecanismos de tolerância a doenças em mosquitos, destacando também o papel emergente da microbiota intestinal na imunidade do mosquito e na tolerância a doenças. O trabalho de laboratório, agora, faz investigações experimentais para tentar atingir proteínas que possam colaborar com o processo de adaptação do Aedes aegypti ao stress.

O professor explica que os mosquitos são seres complexos e muito bem adaptados, o que faz com que resistam a situações que muitas vezes organismos maiores não seriam capazes de resistir – como é o caso da infecção pelo vírus da dengue, por exemplo. É essa adaptação que poderia ser atacada pela ciência.

“Hoje a gente não tem fórmula eficiente de antagonizar a dengue e isso é um grande problema, pois hoje a nossa melhor estratégia é o combate ao mosquito”, explica o professor, reforçando que, no caso dos inseticidas, por exemplo, essa estratégia pode gerar problemas ambientais e também insetos resistentes.

Células devem dar as respostas

O professor explica que a ciência desconhece os motivos pelos quais as células do mosquito permitem que ele conviva com o vírus e não morra “Então, essa é a pergunta – é uma pergunta de biologia celular, é uma pergunta de bioquímica, uma pergunta de adaptação ao estresse”, pontua.

Para compreender a questão, o professor e sua equipe trabalham com mosquitos criados em laboratório para serem super suscetíveis à dengue, com o genoma totalmente sequenciado. O vírus também não é o que circula no ambiente, mas um de laboratório, injetado em soro. Esse sistema in vivo permite que o experimento seja mais bem controlado, o que é relevante para que se chegue a conclusões mais seguras.

Mosquitos são mantidos em temperatura controlada

A hipótese da pesquisa é a de que são alguns genes bem específicos que promovem a tolerância do mosquito à dengue, ou seja, sua adaptação ao stress ocasionado pelo vírus nas células. “A nossa variável principal é a remoção genética desse gene. Então, se tem um gene X e ele é um gene que ajuda o mosquito a conviver com o vírus, ele pode ser removido experimentalmente por um procedimento relativamente simples genético”, contextualiza.

Vários dos genes preditos ou identificados por um processo de biologia de computacional mostraram serem modulados pela infecção viral. “A gente fez um método para medir tolerância e talvez esse seja o nosso diferencial”, diz Oliveira. A pesquisa identificou um conjunto de alvos moleculares, que estão prestes a serem inibidos por um mecanismo chamado RNAi, o RNA de interferência, utilizado durante o processo de infecção do mosquito realizado no laboratório.

Parte desse processo ocorre manualmente, com o material genético sendo injetado em cada um dos mosquitos. O estudo utiliza também um grupo de controle, de insetos infectados com os genes não silenciados. O professor investiga proteínas HIF e NRF2, fatores de transcrição e resposta ao estresse celular. Essas proteínas têm um domínio de interação com o DNA, funcionando como uma espécie de sensores.

“Então, quando a célula tem um estresse é essa proteína que sai da onde ela está, no citoplasma, migra para o núcleo e interage com DNA, que irá fazer as proteínas de adaptação ao estresse”, explica. “Essas adaptações são realizadas pelos fatores de transcrição e o HIF e o NRF 2 são dois deles, por isso esses são são importantes alvos dentro do que a gente está fazendo”.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC participa de Semana Estadual contra o Aedes aegypti

16/11/2021 17:56

Até o próximo sábado, 20 de novembro, ocorre a Semana Estadual de Combate ao Aedes aegypti, o mosquito da dengue. A Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC e a Comissão de combate à dengue vem efetuando ações de conscientização com o intuito chamar a atenção da comunidade acadêmica para as doenças transmitidas pelo mosquito: Dengue, Zika e Chikungunya. Já foram feitas vistorias, divulgação de material educacional e orientações internas entre servidores e terceirizados.
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Comissão de Combate à Dengue lança manual e cartilha

25/11/2019 12:17

A Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC e a Comissão de Combate à Dengue divulgaram dois documentos para guiar toda a comunidade no combate ao mosquito Aedes aegypti e sua proliferação dentro da Universidade.

O primeiro é o Manual de Prevenção e Combate ao Aedes aegypti na UFSC, produzido com intenção de indicar aos servidores da UFSC os caminhos administrativos de execução, tais como contratos disponíveis, setores de acionamento e contatos gerais para assuntos relacionados ao mosquito. O segundo, a cartilha, que pode ser acessada aqui, informa os principais locais na UFSC que podem ser considerados criadouros do mosquito e alerta toda a comunidade para que fique atenta quanto aos sinais indicativos de água parada, mesmo que não visível, e as ações que podem ser tomadas.

Estas medidas fazem parte das ações estratégicas de conscientização para o combate a dengue na UFSC. Segundo o 28º boletim da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, já são 25.747 focos positivos do Aedes aegypti em 184 municípios de Santa Catarina. Comparando ao mesmo período de 2018, observa-se um aumento de 85% no número de focos detectados. Até o momento foram 1.898 casos de dengue confirmados no estado. Destes, 1.698 são autóctones, ou seja, que foram gerados aqui dentro de Santa Catarina. Em todo o país, o número de casos de dengue aumentou quase 600 vezes até setembro deste ano, 7 vezes mais quando comparado à 2018.

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Aumento dos focos do mosquito Aedes Aegypti em Santa Catarina

04/04/2019 12:30

O período de calor e chuvas é o mais propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da  dengue, zika e chikungunya. Dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) mostram que, entre os dias 30 de dezembro do ano passado e 09 de fevereiro deste ano, já foram identificados 4.051 focos de Aedes aegypti em 131 municípios do Estado de Santa Catarina, sendo que  76 deles foram considerados infestados, significando que os focos encontrados são recorrentes. Isso representa um aumento de 18,7% com relação ao ano anterior.

A Dive-SC confirmou ainda, em 5 de fevereiro, que Florianópolis registrou o primeiro caso de dengue contraída dentro do estado, situação chamada de autóctone e que traz a necessidade eliminação dos focos do mosquito. De acordo com o último boletim da DIVE (04/2019), já são seis casos autóctones somente no município de Florianópolis.

Com a voltas às aulas é fundamental que toda a comunidade acadêmica auxilie no combate ao mosquito na UFSC. Deve-se prevenir e eliminar o foco do mosquito evitando acúmulo de água parada.  Ao circular pelo campus, caso observe um objeto que possa se tornar foco de proliferação faça o descarte em local seguro ou se for inviável notifique por meio do e-mail evitedengue@contato.ufsc.br.

Se o acúmulo de água estiver fora do campus, você deve ligar para a Vigilância Epidemiológica no telefone: 48 3212-3907 ou 48 99998-52710.

Mais informações aqui.

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Prefeitura Municipal identifica focos do mosquito da dengue no campus UFSC Trindade

05/04/2018 12:03

Reunião da Comissão de Combate à Dengue da UFSC com o gerente do Centro de Controle de Zoonoses, André Grippa. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

A Prefeitura Municipal de Florianópolis, por meio do Centro de Controle de Zoonoses, apresentou, durante reunião com a Comissão de Combate à Dengue na UFSC nesta terça-feira, 3 de abril, um panorama da atual situação dos focos do mosquito Aedes aegypti na região do campus da UFSC no bairro trindade em Florianópolis.

Segundo o gerente de Controle de Zoonozes e Sinantrópicos da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, André Grippa, durante o ano de 2017 foram identificados focos do mosquito no campus Trindade em quatro ocasiões. Dentre as áreas mais problemáticas de possível foco de reprodução do mosquito, Grippa citou: calhas entupidas, construções e lixo.
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UFSC desenvolve ações de prevenção à dengue

29/02/2016 09:00

Cartazes fixados pelos centros de ensino, capacitação de técnicos e inspeções nas unidades são algumas das ações empreendidas pela Comissão de Prevenção à Dengue para neutralizar e prevenir focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti na UFSC. A equipe ofereceu capacitação sobre o assunto a 14 administradores de edifícios da Universidade em dezembro do ano passado em Florianópolis. O Centro de Ensino de Joinville foi contemplado no início deste ano. Os técnicos receberam uma planilha para registro de inspeções semanais nas Unidades.

Em março, representantes da comissão ministrarão treinamentos nos centros de ensino de Araranguá, Blumenau e Curitibanos. Cartazes e informativos foram encaminhados para divulgação. A comissão, vinculada à Coordenadoria de Gestão Ambiental da Universidade, foi instituída pela Portaria nº 1829/2015/GR/UFSC com o objetivo de elaborar e implementar o Plano de Prevenção da Dengue e Controle de Vetores na UFSC. O grupo foi formado após notificação de focos do mosquito Aedes aegypti no Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, na Trindade, pela Vigilância Sanitária de Florianópolis.
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Governo Federal orienta população para o combate ao ‘Aedes aegypti’

12/02/2016 13:14

O Governo Federal realiza uma grande mobilização nacional contra o Aedes aegypti neste sábado, 13 de fevereiro, com a participação de 220 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica. Junto com profissionais dos estados e municípios, incluindo Florianópolis, Blumenau e Joinville, eles vão às ruas orientar a população sobre o combate aos criadouros do mosquito transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus Zika. O reforço das Forças Armadas estará distribuído entre cerca de 350 municípios das 27 unidades federativas.

Com caráter educativo, esta ação visa intensificar a conscientização da população para a importância de erradicar os criadouros do mosquito Aedes. Durante todo o dia, serão distribuídos materiais informativos, com explicação das medidas de prevenção, além de orientações aos moradores sobre a importância do envolvimento de todos nessas ações.

Entre os dias 15 e 18 de fevereiro, haverá uma nova ação de combate ao foco dos mosquitos com a participação de 50 mil militares que estão sendo treinados para atuar nas regiões a serem indicadas pelas prefeituras e pelo Ministério da Saúde. Esta ação será de combate ao mosquito, e não apenas de orientação, e deverá incluir a aplicação de larvicidas e inseticidas.

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Como eliminar criadouros

Para erradicar o Aedes aegypti e todos os seus possíveis criadouros, o Ministério da Saúde recomenda à população a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são o suficiente para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito. Outras medidas de proteção individual também podem complementar a prevenção das doenças, como o uso de repelentes e inseticidas para o ambiente.

Campanha

Em dezembro a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançou uma campanha de combate ao Aedes aegypti. A Comissão de Prevenção da Dengue e Controle de Vetores, ligada à Coordenadoria de Gestão Ambiental, participa de reunião na segunda-feira, 15 de fevereiro, para traçar novas estratégias e intensificar os esforços no combate ao mosquito.

Além dos cartazes, que já estão espalhados pela UFSC, e dos meios de comunicação, a Comissão trabalha também com capacitação dos profissionais para identificar e neutralizar os focos de reprodução do mosquito.

Mais informações no site www.gestaoambiental.ufsc.br.

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UFSC na mídia: o surto do Zika e o combate ao Aedes aegipty

03/02/2016 12:49

O professor Carlos Brisola Marcondes, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, falou ao New York Times e à Science News sobre a proliferação do Zika, o combate à reprodução do Aedes aegipty e as consequências neurológicas para os fetos quando o vírus infecta mulheres grávidas.

O texto do New York Times fala de novas estratégias para o enfrentamento do mosquito, com recursos de engenharia genética. Menciona também a recomendação a que mulheres evitem ir a áreas infestadas se estiverem grávidas, e a reavaliação a respeito do uso do inseticida DDT, após este ter sido banido em vários países por seus danos ao meio ambiente. Marcondes alerta para a gravidade da situação atualmente.

Na matéria da Science News, ele observa que a possibilidade de o Zika causar danos cerebrais em fetos não surpreende, dados os efeitos observados em laboratório e, ocasionalmente, em adultos infectados. Reafirma também que, para o país se livrar do Zika, Chukungunya, dengue e febre amarela – é fundamental se livrar do mosquito. A reportagem classifica o presente surto do Zika como possivelmente o mais assustador a ser causado por um vírus tropical, por causa da ligação com a microcefalia.

Matéria do New York Times: “Nova Arma para combater o Zika: o Mosquito”.

Matéria da Science News: “Rápida propagação do vírus Zika nas Américas desperta alarme”.

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‘UFSC Explica’: Vírus Zika e Chikungunya

26/01/2016 10:29

O lançamento da campanha de combate ao Aedes aegypti na UFSC, no dia 9 de dezembro, faz parte de uma série de atividades desenvolvidas por diversas instituições para prevenir a proliferação do mosquito e controlar as doenças que ele transmite. Além da dengue e a febre amarela, que já têm registros de epidemias no Brasil há mais de um século, o Aedes dissemina também os vírus da febre chikungunya, que teve os primeiros casos notificados no país em 2010, e o Zika, que chegou em 2015. O UFSC Explica pediu à professora Célia Regina Monte Barardi, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (CCB/UFSC), que respondesse a questões sobre essas doenças e sua disseminação. 

O que é o Zika?
O Zika é um vírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, a que também pertencem outros vírus como os da dengue, febre amarela, encefalite japonesa, entre outros. São também chamados de arbovírus porque são transmitidos por artrópodes (“ar” vem da palavra inglesa oriunda do grego arthropod – artrópode – e “bo”, da também inglesa born – nascido; ou seja, vírus “nascidos dos artrópodes”). Nesse caso (artrópode), falamos do conhecido mosquito urbano Aedes aegypti e também de outra espécie silvestre de mosquito – o Aedes albopictus. Ambos podem transmitir todos esses vírus. O vírus Zika só circulava na floresta Zika, em Uganda, África, e por isso foi batizado assim. No ano de 1956 infectou um pesquisador que trabalhava nessa floresta, mas demorou muito tempo para o vírus se adaptar ao mosquito Aedes aegypti e se propagar para outros lugares do planeta.

Como esse vírus que estava no continente africano chegou até a América do Sul?
É difícil fazer uma cronologia precisa, mas até 2007 o Zika só causava infecções na África e na Ásia, sem grandes proporções e sem gravidade. Em 2007 foi relatado um grande surto nas Ilhas Yap, na Micronésia; em 2013, irrompeu na Polinésia Francesa e foi se espalhando de forma silenciosa, sem ser diagnosticado ou sendo erroneamente diagnosticado como dengue. Chegou ao Brasil muito recentemente; foi diagnosticado no país pela primeira vez em abril de 2015 na Bahia, e, meses depois, já apareceram casos na Colômbia, México, Paraguai e Venezuela.

O que o vírus Zika causa?
Os sintomas são muito parecidos com os da dengue, embora sejam normalmente mais brandos e desapareçam mais rapidamente (em torno de uma semana no máximo). São eles: febre, dores articulares e mialgia. Também pode causar conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo.

O que há de concreto na relação entre Zika e microcefalia?
Aí está um ponto delicado. Apesar de os fatos apontarem fortemente para uma associação real entre mulheres grávidas infectadas e bebês nascendo com microcefalia, ainda não podemos afirmar com 100% de certeza que a correlação é verdadeira. As análises são ainda preliminares, e a associação parece ocorrer quando a mulher é infectada pelo vírus durante o primeiro trimestre da gestação. Uma coisa já se comprovou: o vírus foi isolado no líquido amniótico das mulheres grávidas, o que mostra que ele pode atravessar a placenta. Como atravessa a placenta, pode chegar até a corrente sanguínea do feto em formação. Mas o resto dessa história e a chegada do vírus ao sistema nervoso central do feto ainda são interrogações, e há muito que estudar. O que tem que acontecer agora é a proteção das mulheres grávidas para evitar ao máximo o contato com os mosquitos que estão circulando por toda parte, não somente no Nordeste do Brasil. Uma coisa está intrigante: o número de casos de microcefalia está aumentando muito – o Ministério da Saúde já notificou 1.761 casos, 513 a mais em relação ao último boletim, divulgado no dia 30 de novembro de 2015.

O que há de concreto na relação entre o Zika e a síndrome de Guillain-Barré?
Outra investigação ainda preliminar, mas também muito preocupante: a síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso e pode provocar fraqueza muscular e paralisia, normalmente temporária, nos braços e pernas, além de atingir a face e, em casos muito graves, músculos ligados à respiração. Tudo ainda é preliminar, mas é intrigante notar que o vírus parece ter um tropismo pelo sistema nervoso, tanto nos casos dos fetos quanto nos dos indivíduos acometidos. Como as ocorrências dessa síndrome aumentaram em locais onde  estão notificando muitas ocorrências do Zika, a correlação parece fazer sentido.

Como se faz o diagnóstico do Zika?
Os diagnósticos clássicos são sempre imunológicos (sorológicos) e buscam no sangue do paciente a presença de anticorpos neutralizantes contra o vírus. Mas, se, por exemplo, o paciente já tiver tido dengue, e possui nesse caso anticorpos contra ela em seu soro, esses anticorpos podem fazer reação cruzada e atrapalhar o diagnóstico definitivo. Testes mais específicos, buscando, por exemplo, o genoma do vírus, podem ser feitos, mas são ainda caros e mais demorados.

O que é o vírus Chikungunya?
Apesar de ser transmitido pelos mesmos mosquitos citados acima, esse vírus pertence a outra família de vírus (Togaviridae) e outro gênero (Alfavírus), o que lhe confere características de replicação diferentes dos outros vírus mencionados. O nome Chikungunya significa “aquele que se curva” em língua Makonde, falada em várias regiões da África Oriental, em referência à posição curvada que os pacientes adquirem durante o período de doença, devido a intensas dores nas costas e nas articulações.

Como o vírus Chikungunya chegou ao Brasil?
Antes de 2004, não havia relatos de febre Chikungunya no mundo, e a primeira manifestação ocorreu no Quênia; espalhou-se rapidamente e chegou à Índia, infectando mais de um milhão de pessoas em 2006. Em 2007, o vírus foi detectado na Itália a partir de um caso importado da Índia. Em 2010, já havia relatos de casos no Brasil também trazidos por viajantes. Como o Aedes aegypti está abundantemente presente aqui, e as pessoas viajam muito, os surtos podem ocorrer a qualquer momento.

O que a febre chikungunya causa?
Muitos de seus sintomas – febre, dor nas articulações, dor nas costas, dor de cabeça – são também encontrados na dengue e confundem o diagnóstico, embora na febre chikungunya a dor seja muito mais forte e localizada nas articulações e tendões. Outros sintomas mais graves e muitas vezes debilitantes também são relatados – as mãos e pés são muito afetados. As regiões inferiores das pernas e das costas (lombar) frequentemente podem ser acometidas. A grande diferença da febre chikungunya está nas articulações dos infectados: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local, podendo deixar sequelas de artrose por toda a vida. O vírus também pode causar erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos e mialgias.

Como o mosquito Aedes se prolifera?
A fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água (antigamente só se falava em água limpa, mas, atualmente, com a proliferação massiva do mosquito, encontram-se ovos em águas sujas também). Esses ovos são muito resistentes, sobrevivem em superfícies secas, podem ser transportados por longas distâncias e somente quando encontram a água vão se desenvolver em larvas. Depois de saírem dos ovos – após mais ou menos 48 horas na água – as larvas do mosquito permanecem na água por cerca de dez dias até se transformarem nos mosquitos. Somente quando picam pessoas infectadas, adquirem os vírus e assim os transmitem para outros indivíduos. Ou seja, podemos ter o mosquito, mas ele não está necessariamente contaminado por esses vírus. Esses mosquitos adoram altas temperaturas, acima de 30°C, e por isso são mais comuns no verão e nas regiões mais quentes. Somente as fêmeas dos mosquitos precisam de sangue para maturar seus ovos e seguir o ciclo de reprodução.

Quais os cuidados para evitar a infecção por esses vírus?
O mosquito Aedes aegypti é frágil, mede menos de um centímetro e se caracteriza por ter listras brancas no corpo e nas pernas. Seu hábito de repasto sanguíneo é diurno e, como ele tem pouca capacidade de voar alto, tem preferência por picar tornozelos, pés e panturrilhas. As únicas formas de evitar a infecção são combater a proliferação do mosquito e também se proteger das picadas pelo uso de repelentes, roupas, calçados e mesmo mosquiteiros, principalmente nos berços dos bebês, tomando o cuidado de verificar se não ficou nenhum mosquito “aprisionado” dentro do mosquiteiro. Depois da infecção, não tem jeito, a não ser tratar os sintomas e evitar maiores consequências, na medida do possível.

Existem grupos de pesquisa no Brasil desenvolvendo trabalhos com o Zika e Chikungunya?
Temos no Brasil institutos de pesquisa que são laboratórios de referência para atuar nos casos das epidemias. Destacam-se a Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Adolfo Lutz, Instituto Evandro Chagas e Laboratórios Centrais de Saúde Pública espalhados por vários estados. Além disso, temos arbovirologistas extremamente conceituados atuando em universidades brasileiras, como USP, Unesp e inúmeras universidades federais no Brasil. Muita pesquisa é feita com a dengue, e todos esses pesquisadores, além dos estrangeiros, possuem plena formação e grande capacidade científica para atuar nessas arboviroses, elucidar as dúvidas que estão surgindo e preocupando a população. Temos vacina eficaz contra a febre amarela, mas ainda não contra a dengue, apesar de já termos trilhado um caminho árduo para esse desenvolvimento. A dengue complica porque são quatro sorotipos de vírus; no caso do Zika e do Chikungunya, talvez seja mais fácil – mas isso também ainda é uma incógnita.

Célia Regina Monte Barardi
Professora titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia/CCB/UFSC
Professora das disciplinas de Virologia Básica e Clínica e Biologia de Vírus
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia

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