UFSC divulga resultado do processo seletivo de transferências e retornos para 2023.1

15/12/2022 08:44

O Departamento de Administração Escolar publicou na quarta-feira, 14 de dezembro, o resultado do processo seletivo de Transferências e Retornos para a admissão nos cursos de graduação da da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com validade de ingresso no primeiro semestre de 2023. O Edital nº 20/2022/DAE/PROGRAD pode ser acessado aqui.

Os candidatos classificados devem realizar matrícula on-line no período entre 22 e 26 de dezembro de 2022. As dúvidas sobre o resultado das transferências e retornos e orientações sobre a matrícula deverão ser tratadas diretamente com a coordenadoria do respectivo curso, através da lista de e-mails constante no edital.

É obrigatória a comprovação de vacinação contra a covid-19 para todos os estudantes de graduação da UFSC. Para realizar a matrícula, os ingressantes por transferência ou retorno devem comprovar a condição de imunização, prestando as informações necessárias e encaminhando o comprovante de vacinação por meio eletrônico, conforme as orientações disponíveis em setic.ufsc.br/vacina. Este procedimento deverá ser realizado até o dia anterior à etapa de matrícula.

Mais informações na página do DAE.

Tags: edital de transferências e retornosUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Homenagens marcam sessão solene de aniversários da UFSC e do Curso de Direito

13/12/2022 17:58

Evento ocorreu no auditório do Fórum Desembargador José Arthur Boiteux. Foto: Salvador Gomes/Agecom

Os aniversários de 62 anos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de 90 anos do Curso de Direito foram celebrados em sessão solene do Conselho Universitário (CUn) nesta terça-feira, 13 de dezembro, pela manhã, no Auditório do Fórum Desembargador José Arthur Boiteux, anexo ao Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis.

Além das homenagens marcadas pelas datas, houve descerramento do quadro com a pintura do ex-reitor Ubaldo Cesar Balthazar e a outorga do título de Professor Emérito a Hazim Ali Al-Qureshi, do Departamento de Engenharia Mecânica, do Centro Tecnológico (CTC). Após a sessão, os participantes acompanharam o descerramento do busto de José Arthur Boiteux, fundador da Faculdade de Direito de Santa Catarina, no hall do CCJ.

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, que preside o CUn, abriu a sessão solene lembrando as celebrações de aniversário da Universidade, que contaram com atividades culturais e debate sobre direitos humanos. Em seguida, houve o descerramento da pintura que retrata o professor Ubaldo Cesar Balthazar. Os quadros de ex-reitores, que compõem a galeria do CUn, são uma tradição da Universidade.

(mais…)

Tags: Aniversário da UFSCconselho universitárioCUnDireitodireito UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto da UFSC treina cães para prever o resultado dos jogos da Copa

13/12/2022 11:45

Foto: Reprodução TikTok Prediction Project

Já ouviu falar de cães videntes capazes de prever o resultado dos jogos da Copa do Mundo de Futebol? O Prediction Project, criado pelo professor do Departamento de Psicologia da UFSC, Helder Lima Gusso, treinou cinco cachorros para adivinhar qual seria o país vencedor em cada jogo. Os cães acertaram o resultado de 48 jogos. O que era para ser apenas uma atividade facultativa em uma disciplina, atualmente, conta com mais de 70 mil visualizações em redes como o YouTube, Instagram e TikTok. “Não esperávamos a quantidade de visualizações e de curtidas nos vídeos. Nosso público é predominantemente brasileiro, mas cada jogo previsto sempre atrai também a torcida dos países em disputa”, conta o professor. 

O Prediction Project faz parte da disciplina de Psicologia Comportamental, na qual os estudantes aprendem a lidar com novos comportamentos, sejam humanos ou de animais. “Neste ano, lembrei do polvo Paul, que ficou famoso na última copa prevendo resultados dos jogos, e decidi desafiar os estudantes a fazer o mesmo com seus próprios cachorros em casa”, explica o professor. 

Helder Gusso explica que o treinamento dos cães é baseado em dois conceitos ensinados na disciplina: reforçamento positivo e modelagem. O reforçamento positivo é uma lei geral do comportamento. Todas as espécies com sistema nervoso central tendem a fazer mais aquilo que produz consequências gratificantes. A modelagem é um procedimento técnico, no qual um comportamento complexo, como escolher um time em um painel com a pata, é ensinado em pequenas etapas com uso de reforçamento positivo. Além disso, os alunos foram orientados por Murilo Garcia, egresso da UFSC, especialista em comportamento canino no país, para ajudar a conduzir a modelagem. 

Dois dos cães estão com mais de 70% de acertos. Na fase de grupos, cada cachorro previu os resultados de um grupo. Gravaram os vídeos com o cão escolhendo sempre os dois times que iriam jogar. Para redes sociais, só foi a versão que “previu” o resultado corretamente. A partir das oitavas, os cães passaram a disputar o título de cão-vidente da copa.  “Ao final da Copa, vamos fazer um vídeo sobre o quanto a Ciência é a melhor forma de prever fenômenos, mas que prever resultados de jogos é truque ou sorte mesmo”, finaliza o professor.

Foto: Reprodução TikTok Prediction Project

Acessa as redes sociais do Prediction Project Instagram, Youtube e TikTok.

Leticia Schlemper/ Estagiária de Jornalismo Agecom/UFSC

Tags: copa do mundo 2022Prediction ProjectUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Latas, garrafas, baterias velhas: conheça os polvos que moram no lixo no fundo mar

13/12/2022 10:00

Pesquisa descobriu dezenas de animais utilizando os rejeitos como abrigo no litoral brasileiro

 

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui

Polvo encontrado usando de lata de refrigerante como abrigo/Foto: Projeto Cephalopoda

 

A latinha de refrigerante no fundo do mar parecia vazia, mas um movimento repentino mostrou que não era bem assim. Havia uma pequena espécie de polvo vivendo ali. Tatiana Silva Leite, oceanógrafa e bióloga na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em seus estudos descobriu que os polvos estão se abrigando em latas, vidros e outros tipos de rejeitos humanos. Cada vez mais numeroso no oceano, o lixo que produzimos tornou-se o abrigo mais fácil para algumas espécies de polvos que ocupavam conchas e buracos em ambientes recifais como seus abrigos naturais.

Segundo um estudo realizado pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas, divulgado em junho de 2022, só o Brasil descarta 3,44 milhões toneladas de plástico por ano. Desse total, pelo menos 67% (cerca de 2,3 milhões de toneladas) se concentram em bacias hidrográficas, com risco de chegar ao oceano. Isso significa que por ano, cada brasileiro descarta em média 16 quilos de lixo com potencial de escape para o mar. São sacolas plásticas, garrafas PET, canudos, embalagens, vidros, entre outros.

Instigada por essa situação, Tatiana iniciou uma linha de pesquisa no Projeto Cephalopoda (projeto que estuda polvos e lulas há mais de 20 anos), para estudar o fenômeno dos polvos que vivem abrigados no lixo no fundo do mar. A pesquisa é a primeira no mundo a tratar dessa temática, ganhando repercussão e destaque em vários países. Além disso, o estudo tem uma abordagem de ciência cidadã, que visa incluir e aproximar a sociedade do trabalho realizado por pesquisadores. 

Polvos passam muito tempo escondidos nas tocas (Foto: Athila Bertoncini)

O polvo-pigmeu é a menor espécie de polvo da América Latina, sendo recentemente batizado como Paroctopuscthulu n.sp., foi encontrado primeiramente vivendo em latas, garrafas, baterias velhas e até em um vaso sanitário no litoral do Rio de Janeiro. “O pessoal achava que esse polvo pequenininho era filhote do grande, e ninguém nunca olhou para ele. Aí quando souberam que eu estava aqui, mandaram uma foto e percebi que ele não era filhote, era o seu tamanho”, conta Tatiana, que também já encontrou essa e outras espécies no lixo marinho catarinense.

Após a descoberta, a equipe de pesquisa realizou uma campanha para coletar imagens subaquáticas do mundo todo para analisá-las a fim de entender como os polvos se relacionam com o lixo. Foram utilizados fotos e vídeos de banco de imagens, de cientistas e também da própria comunidade através das redes sociais. Como resultado, foram descobertas 24 espécies de polvos utilizando lixo como abrigo e proteção contra predadores no oceano. “Os polvos são muito inteligentes, têm um ciclo de vida curto e se adaptam muito rápido, então entender essas mudanças em seu habitat ajuda a entender os impactos do lixo no ambiente marinho”, explica a pesquisadora, cujo estudo ganhou repercussão na mídia internacional, com divulgação na National Geographic Francesa, Smithsonian e o jornal The Guardian

 

Curiosidades sobre os polvos

O nome dessa enigmática criatura dos mares deriva do grego e significa oito pés. São moluscos pertencentes à classe dos Cefalópodes, animais inteligentes capazes de distinguir entre formas e padrões, além de diversas habilidades de aprendizado observacional. Este ser marinho possui um senso de visão bem desenvolvido, não tem ossos e não possui coluna vertebral, portanto, são seres invertebrados muito flexíveis. Habitam as águas salgadas de vários oceanos e, para se protegerem dos predadores, passam a maior parte da vida entre rochas, conchas, fendas entre outros esconderijos naturais.

Ganharam atenção ainda maior com o documentário vencedor do Oscar 2020, My Octopus Teacher, em português, Professor Polvo, que mostra uma amizade fora do comum entre um polvo e um mergulhador. A pesquisadora Tatiana Leite teve participação especial no documentário, que mostrou um dos seus artigos como fonte de pesquisa. Com o sucesso da produção, os animais despertaram o carinho especial do público, principalmente ao mostrar que polvos têm emoções, sentimentos e inteligência superior a outros animais, além de gerar empatia nas pessoas quando confrontadas às situações adversas às quais são expostos, como por exemplo, o grande volume de objetos descartados do mar. 

 

O pequeno cefalópode brasileiro 

A pesquisa coordenada por Tatiana já observou que o polvo-pigmeu no Brasil costuma se abrigar em latas de cerveja e/ou refrigerante jogadas com frequência no mar, geralmente por pessoas a bordo de embarcações turísticas. Com a permissão da pesquisadora, mostramos aqui algumas imagens coletadas do fundo do mar e do trabalho em campo. 

Várias frentes de pesquisa são necessárias, a começar pela coleta de imagens aquáticas dos polvos para analisar como os objetos descartados no mar estão sendo utilizados como toca. Etapa que requer atuação coletiva com organizações não governamentais (ONGs) e instituições que retiram lixo do mar. O propósito é levantar dados sobre os locais onde os polvos são encontrados frequentemente. 

Animais usam conchas e fendas em rochas como abrigos naturais (Foto: Athila Bertoncini)

A próxima etapa é realizar um experimento de campo para estudar os motivos da escolha dos polvos em utilizar objetos descartados no mar como abrigo e assim descobrir se os polvos selecionam o lixo como toca devido a sua grande abundância no mar ou se esses resíduos possuem alguma característica mais vantajosa para os polvos do que as tocas naturais. Os resultados deste teste são de grande relevância para entender a interação entre polvos e lixo, visto que a presença dos rejeitos no mar traz diversos problemas ao ecossistema.

Tatiana espera que, após essa etapa de testagem, seja possível fazer uma campanha para que as pessoas devolvam para o mar as conchas que costumam ser retiradas por curiosidade, para souvenir e peças artesanais. Com isso, espera-se que os polvos voltem a utilizá-las como abrigo. “O mar está pobre de conchas, as pessoas tiraram tantas conchas e mataram tantos bichos que eles não encontram mais lugar natural para morar, resta o lixo. Então, para retirarmos o lixo do mar, precisamos devolver o lugar natural do polvo morar”, explica a pesquisadora.

 

De muitas maneiras a manutenção da saúde e bem-estar de polvos e outros animais marinhos dependem de financiamento 

O Projeto Cephalopoda, embora tenha chamado atenção da mídia do mundo inteiro, não possui o financiamento necessário para entregar à sociedade um resultado conclusivo sobre a temática do impacto do lixo do mar. Os pesquisadores estão escrevendo projetos, submetendo-os a editais e tentando conseguir parcerias com empresas que produzem lixo marinho com interesse em minimizar o seu impacto no meio ambiente. Segundo Tatiana, os estudos preliminares mostram que garrafas, latas e vidros são os tipos de lixo mais encontrados no mar, então as empresas que trabalham com esses objetos são a prioridade.

“Estamos esperando conseguir algum financiamento, por enquanto nossa ideia é: primeiro entrar em contato com todas as principais ONGs do Brasil que fazem retirada de lixo do mar, para sabermos onde é que essa espécie está e se realmente ela só está vivendo no lixo. Depois vamos fazer o teste para verificar se, à medida que o lixo for retirado, o polvo retorna ao seu ambiente natural. Se ele voltar, vamos passar para a terceira fase que é a campanha para devolução das conchas para o mar”, explica a oceanógrafa.

É necessário a aquisição de equipamentos básicos de segurança, cilindros de mergulho, passagens aéreas para realizar visitas em locais onde os polvos são encontrados vivendo no lixo, além de todo material de testagem dessa interação com os rejeitos. Além dessa parte estrutural da pesquisa, o projeto precisa de financiamento para fazer a campanha de conscientização e incentivo para devolução das conchas ao mar, uma etapa importante e que requer treinamento das equipes para a retirada do lixo do mar de maneira correta.

 

Por que incentivar o Projeto Cephalopoda?

Pesquisa busca entender como o lixo no mar pode afetar diferentes espécies (Foto: Athila Bertoncini)

Estudar a interação dos polvos com o lixo e os impactos no ecossistema marinho requer pesquisa e engajamento social. Segundo Tatiana, a proteção das espécies depende do quanto as pessoas estão envolvidas com a causa e as questões ambientais. “O maior impacto dessa pesquisa é o entendimento de como o lixo no mar pode afetar outras espécies que a gente ainda desconhece”, diz a oceanógrafa.

Além disso, estudar um animal carismático como o polvo é uma estratégia de gerar empatia para conscientizar as pessoas sobre a poluição nos oceanos. “Temos o polvo como uma espécie símbolo de inteligência. Então nós estudamos como é que ele se adaptou a isso, como a nossa interferência tanto no descarte do lixo no mar, como na retirada de material natural que a gente acha que não serve para nada – como as conchas que a gente usa como enfeite – está afetando esses animais que dependem delas para viver” prossegue Tatiana.

A complexidade dos impactos do lixo para os animais marinhos é tão grande que ainda não se conhece todos os efeitos para cada espécie. Mas já se sabe que os componentes tóxicos do lixo se acumulam nos organismos ao longo da cadeia alimentar, com efeitos nos seres humanos. “É muito triste, é como se a gente estivesse vendo no mar pessoas que vivem no lixão. É a mesma coisa. A gente sabe que pessoas que vivem no lixão têm diversos problemas de contaminação e a gente está diante de bichos que vivem no mar na mesma situação. O maior impacto do projeto é a mudança de percepção do ser humano sobre as consequências de seus comportamentos”, enfatiza Tatiana.

 

O futuro da pesquisa oceânica no Brasil 

Um projeto como o Cephalopoda sobretudo chama a atenção da comunidade em geral paras as questões da poluição dos oceanos e proteção das espécies marinhas. “A gente está na Década do Oceano e a ideia é que esse tipo de informação tenha impacto no pensamento da pessoa, tanto sobre jogar qualquer coisa no mar como de retirar coisas naturais do mar”, conta a pesquisadora. 

A Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou Década do Oceano, é uma ação de integração entre ciência e política declarada em 2017 pelas Nações Unidas e realizada entre 2021 e 2030. Surge da necessidade de incentivar que a ciência atue em conjunto com os órgãos governamentais para garantir a saúde dos oceanos e a melhor gestão para cumprir as metas da agenda 2030.

Os dados falam por si. Os recursos dedicados aos estudos do oceano no Brasil correspondem a apenas 0,03% dos gastos totais em pesquisa no país, conforme relatório da Unesco divulgado em 2022. Além disso, o relatório analisou o baixo número de pesquisadores focados em ciência oceânica no Brasil, com indicadores muito abaixo do esperado: há menos de 10 cientistas dedicados à temática a cada 1 milhão de habitantes no país. Lideram a lista Portugal, Noruega e Suécia, com 300 pesquisadores a cada milhão de habitantes. 

O financiamento da ciência dos oceanos para a ação climática foi inclusive uma das pautas abordadas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 27, em novembro deste ano, no Egito. Os países reconhecem a importância dos oceanos e a necessidade de preservação desse ecossistema. O cenário atual evidencia a urgência de apoio e captação de investimentos dos setores privado e filantrópico para estudos como o projeto Cephalopoda da UFSC, uma boa maneira de contribuir para a evolução da pesquisa sobre o oceano no Brasil.

 

Entre em contato com a pesquisadora:

Contato: Tatiana Silva Leite
E-mail: tati.polvo@gmail.com
Laboratório de Métodos de Estudos Subaquáticos Cefalópodes
Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ), Sala 201 B
E-mail: ecz@contato.ufsc.br
Fone: (48) 3721 4739
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianópolis-SC. CEP: 88.040-970 – Brasil

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: Centro de Ciências Biológicas (CCB)Departamento de Ecologia e ZoologiaNúcleo de Apoio a Divulgação CientíficaPolvoProjeto Cephalopodaprojeto polvoTatiana Silva LeiteUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Auriculoterapia: profissionais da UFSC capacitaram cerca de 100 mil agentes de atenção básica do SUS

13/12/2022 09:59

Um convênio entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Ministério da Saúde ensina a prática da auriculoterapia a profissionais da atenção básica do Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2016. Já são aproximadamente 100 mil agentes do SUS capacitados para tratar pacientes do país inteiro com essa técnica derivada da acupuntura, de baixo custo, pouco invasiva e de resultados significativos em pacientes do país inteiro. A execução do convênio entre o Ministério e a UFSC conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). “Como fundação de apoio, a Fapeu tem possibilitado a atuação dos professores e técnicos nas diversas áreas do conhecimento”, observa o professor Lúcio José Botelho, ex-reitor da Universidade e coordenador do projeto.

A auriculoterapia é uma técnica de estimulação de pontos específicos da orelha (geralmente por meio do uso de sementes vegetais esféricas aderidas à pele), local onde há terminações nervosas correspondentes a diferentes órgãos do corpo. Na atenção básica do SUS, a técnica tem sido usada em atendimentos individuais e coletivos para diversos tipos de problemas de saúde, após avaliação clínica pela equipe de saúde da família. Ela pode ser empregada como tratamento principal ou, mais comumente, é adotada em associação com outras terapias de forma a enriquecer as possibilidades de cuidado adotadas pelos profissionais. Entre as recomendações para a auriculoterapia estão casos de insônia, tabagismo, obesidade, ansiedade e lombalgia.

Cursos

Realizado através da Coordenação Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde, o programa tem o objetivo de capacitar profissionais em atividade de nível superior da atenção básica por meio de ensino semipresencial. O curso é dividido em duas etapas: uma por Ensino a Distância (EAD), com carga horária de 75 horas e cinco módulos sequenciais; e uma parte presencial, com carga horária de cinco horas, realizada após a finalização da EAD. As edições do curso são realizadas em diferentes estados, com a etapa presencial ocorrendo em municípios dos polos regionais selecionados.

O curso é multiprofissional e voltado a agentes lotados nas Equipes de Saúde da Família (ESF), Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf) e ou Unidades Básicas tradicionais (centros de saúde). A formação é totalmente gratuita. A partir da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, instituída pelo Ministério da Saúde em 2006, os cursos começaram a ser ofertados a partir de 2016. Até a turma de 2020, que teve a conclusão adiada em razão da pandemia impedir o treinamento presencial, foram realizadas oito edições, com aulas presenciais em 49 cidades (polos regionais) de 25 estados brasileiros, mais o Distrito Federal. Somente nas edições de 2018, 2019.1 e 2019.2 foram registradas aproximadamente 15 mil inscrições, com 7.717 homologações e 5.421 certificações.
(mais…)

Tags: ministério da saúdeSistema Único de Saúde (SUS)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Estudante de Direito defende pesquisa inédita sobre normas jurídicas do seu povo, os Sateré-Mawé

12/12/2022 08:05

Jafé Sateré defendeu a monografia em Direito na UFSC

“Se isso um dia foi do povo Sateré-Mawé nós também temos direito”. Com uma frase do seu pai, João Ferreira de Souza, o João Sateré, Jafé Ferreira de Souza abre um estudo inédito e que representa um legado para o seu povo de origem e para a Universidade Federal de Santa Catarina. A monografia As normas consuetudinárias do Povo Sateré-Mawé (Amazonas) enquanto ordenamento jurídico: Princípios e fontes à luz do Pluralismo Jurídico de Santi Romano faz uma análise de instituições, fenômenos jurídicos e de princípios norteadores que regem a nação indígena Sateré-Mawé, presente na bacia do rio Amazonas.

Jafé defendeu a pesquisa junto ao curso de Direito na quinta-feira, 8 de dezembro, sob orientação do professor Arno Dal Ri Jr. Fruto de uma linhagem de liderança entre os Sateré-Mawé, Ywania Sateré (U’T), ele escolheu a UFSC para fazer sua faculdade, tornando-se o primeiro bacharel em Direito do seu povo. Participaram da banca os professores Antonio Carlos Wolkmer, Diego Nunes e Mariana Malacrida.

(mais…)

Tags: DireitoProjeto Vida UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVida UFSC

Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023: hábito da leitura é tema da redação

11/12/2022 17:07

O hábito da leitura e o perfil dos leitores brasileiros foi o tema da redação que os candidatos ao Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023 tiveram que redigir no segundo dia de provas, neste domingo, 11 de dezembro. Os candidatos tiveram de escolher um dos três gêneros textuais indicados: uma carta, um manifesto ou uma crônica.

Neste domingo, além da redação, as provas envolveram as áreas de conhecimento de História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Física e Química.  Os gabaritos preliminares de todas as provas poderão ser consultados já neste domingo, 11 de dezembro, a partir das 20h30min, no site https://vestibularunificado2023.ufsc.br/

O índice total de abstenção do Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023 ficou em 29,1%, de um total de 23.463 candidatos. No primeiro dia de provas, o índice foi de 26,14%

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) prevê que o listão dos aprovados seja divulgado na primeira quinzena de janeiro no site oficial do concurso.

Tags: redaçãoredação vestibular UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibularVestibular UnificadoVestibular Unificado UFSC/IFSC 2023

Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023: abstenção do primeiro dia é de 26,14%

10/12/2022 17:05

Mais de 6 mil candidatos não compareceram às provas deste sábado. Foto: Divulgação/Coperve

O número de inscritos do Vestibular Unificado UFSC/IFSC é 23.463 candidatos, mas 6.133 não compareceram ao primeiro dia das provas, neste sábado, 10 de dezembro, o que corresponde a um índice de abstenção de 26,14%, informa a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve). Os vestibulandos que faltaram neste sábado estão automaticamente desclassificados do concurso, embora possam fazer as provas amanhã.

Neste domingo, 11 de dezembro, serão aplicadas as provas de História, Geografia, Filosofia, Sociologia, Física, Química e a redação. As provas também começarão às 14h e terão duração de cinco horas. Os vestibulandos deverão chegar entre 13h e 13h45min aos locais das provas, quando os portões serão fechados.

A Coperve enfatiza que o uso da máscara continuará obrigatório para os candidatos durante toda a realização das provas. Os gabaritos preliminares poderão ser consultados neste domingo, a partir das 20h30min pelo site https://vestibularunificado2023.ufsc.br/

Tags: abstençãoabstenção vestibular UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibular UnificadoVestibular Unificado UFSC/IFSC 2023

Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023: estrutura de apoio tem postos de informações e socorro médico

10/12/2022 10:39

Postos de informações auxiliam candidatos no campus. Foto: Divulgação/Coperve.

Os candidatos do Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2023 que forem fazer as provas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), neste sábado e domingo, 10 e 11 de dezembro, têm à disposição postos de informações espalhados pelo Campus Universitário Trindade, em Florianópolis, e no entorno, como na Praça da Trindade. O objetivo é ajudar os vestibulandos a encontrar o local das provas e evitar atrasos. O canal de atendimento da Comissão Especial do Vestibular (Coperve) funciona pelo e-mail coperve@coperve.ufsc.br e pelo telefone no (48) 3721-9951 e será mantido neste final de semana.

Atenção candidato: a Coperve orienta que os candidatos conheçam os locais das provas com antecedência. Essa informação está disponível na Confirmação de Inscrição Definitiva, que pode ser acessada em: https://vestibular.coperve.ufsc.br

(mais…)

Tags: Orientaçõesorientações aos candidatosUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibularVestibular UnificadoVestibular Unificado UFSC/IFSC 2023

Reitores das universidades e institutos federais de SC manifestam preocupação com cortes no orçamento

08/12/2022 18:12

 

Os reitores das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do Estado de Santa Catarina vêm a público expressar grande preocupação com os impactos das medidas de restrição orçamentária impostas pelo governo federal. Os efeitos dessas medidas, além de comprometer o funcionamento das instituições, prejudicam diretamente milhares de alunos e se estendem para o conjunto da sociedade.

Neste momento, por falta de disponibilidade financeira, universidades e institutos federais estão impedidos de pagar benefícios de assistência estudantil e bolsas, despesas de custeio como água e energia elétrica, fornecedores e prestadores de serviços terceirizados, mesmo das despesas já empenhadas (com recursos reservados). Também estão impossibilitados de fazer novos empenhos — ou seja, não podem reservar valores para cobrir gastos com aquisição de bens e serviços de qualquer natureza, incluindo compras e prestações de serviços emergenciais.
(mais…)

Tags: bloqueio de orçamentoensinoextensãopesquisaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisadores da UFSC reforçam cuidados em casos de acidentes com caravelas e medusas, as chamadas águas-vivas

08/12/2022 10:35

Aparecimento das caravelas acentua-se devido ao fenômeno da lestada. Foto: Amanda Madruga

Pesquisadores do Laboratório de Biodiversidade Marinha da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizam nesta época do ano a atividade de monitoramento de caravelas e medusas, popularmente denominados de águas-vivas, responsáveis por causar milhares de acidentes nas praias catarinenses. Na manhã desta quinta-feira, 8 de dezembro, uma equipe registrou a presença de 167 desses animais em apenas um quilômetro na praia do Campeche, no Sul da Ilha. Outro grupo desenvolve a mesma ação na Barra da Lagoa.

De acordo com coordenador do projeto, o professor Alberto Lindner, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB), o aparecimento das caravelas acentua-se devido ao fenômeno da lestada – ventos que transportam esses animais de alto-mar para as áreas do litoral. Segundo o docente, este tipo de ocorrência pode acontecer na capital catarinense no intervalo entre a primavera até o fim do verão.

O projeto da UFSC tem como principais objetivos identificar as espécies predominantes em praias de Florianópolis, obter dados mais precisos sobre a sazonalidade e abundância desses animais, bem como acerca dos eventuais “blooms” (surtos de crescimento rápido e sem controle no meio aquático). Atualmente, o trabalho de monitoramento é realizado pelas estudantes Camila Sotili, Samanta Gonçalves e a Caroline Iaczinski Bento, do curso de Biologia. A ação iniciou em dezembro de 2019, com a aluna Roberta Elis Francisco, que se formou bióloga pela UFSC este ano.

Cuidados e primeiros socorros

O Laboratório de Biodiversidade Marinha contribuiu para a elaboração de um informe sobre caravelas e sua ocorrência nas regiões Sul e Sudeste do país, divulgado no início deste ano. O documento descreve esses animais e traz orientações acerca de como proceder em caso de acidentes. As caravelas não causam “queimaduras”, mas sim um envenenamento, geralmente mais grave do que aquele causado pela maioria das espécies de águas-vivas. Seus tentáculos possuem pequenas cápsulas que injetam veneno através de micro arpões, chamados nematocistos, quando acidentalmente tocam a pele humana.

Como agir em casos de acidentes?
• Saia da água imediatamente, porque o envenenamento pode causar câimbras e há risco de afogamento;
• Lave com água do mar para retirar restos de tentáculos aderidos;
• Lave com vinagre por alguns minutos para desativar o veneno e prevenir novas inoculações na pele;
• Amenize a dor com água do mar gelada ou gelo artificial envolto por panos. Essas compressas frias têm efeito analgésico para vários tipos de envenenamentos com caravelas ou águas-vivas.

O que não fazer?
• Nunca urine, nem use substâncias como álcool ou refrigerante sobre a lesão, pois não há comprovação de eficácia dessas substâncias em amenizar os efeitos da lesão;
• Nunca lave com água doce, uma vez que a medida pode aumentar o envenenamento e agravar a lesão;
• Evite usar toalhas, areia ou outro material abrasivo para retirar restos de tentáculos, pois isto também pode aumentar a injeção de toxinas por explodir as cápsulas com veneno.
Acesse as Recomendações da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa).

Para mais imagens, informações e curiosidades sobre o tema, confira o perfil Vida Marinha de Santa Catarina, mantido pelo Laboratório de Biodiversidade Marinha da UFSC.

 

Tags: caravelascaravelas e medusasLaboratório de Biodiversidade MarinhamedusasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Professores da UFSC apresentam ‘SUS do meio ambiente’ para equipe de transição

07/12/2022 08:59

Em janeiro de 2021, vazamento de esgoto na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, gerou diversos impactos na fauna, na flora e na comunidade da região. Foto: Paulo Horta/arquivo pessoal

O grupo Ecoando Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), elaborou uma proposta de política pública inovadora para a gestão do meio ambiente: o Sistema Único de Saúde Ambiental (SUSA). Baseado no modelo de funcionamento do Sistema Único de Saúde, o SUSA prevê a execução de ações integradas entre instâncias municipais, estaduais e federais, bem como grupos de trabalho multidisciplinares organizados nos seis biomas brasileiros – similares às equipes de saúde da família do SUS. “O Brasil inovou criando o maior sistema público de saúde do planeta e poderá inovar novamente criando o primeiro Sistema Único de Saúde Ambiental, o SUSA”, informam os pesquisadores responsáveis pela iniciativa.

O projeto será apresentado na Plenária Sociedade Civil Socioambiental e Climática, organizada pelo Grupo Técnico de Meio Ambiente do Gabinete de Transição Presidencial do Governo Lula. Aberto a todos os interessados, o evento ocorre de forma híbrida (presencial e online), nesta quinta-feira, 8 de dezembro, das 9h às 12h, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Para participar e enviar propostas e perguntas para a equipe de transição, é necessário preencher o formulário.

O SUSA

“Acredito que o SUSA representa uma grande novidade mundialmente, que atende às demandas da Década da Restauração dos Ecossistemas e da busca planetária por economias regenerativas e distributivas”, ressalta Paulo Horta, professor do Departamento de Botânica da UFSC e um dos coordenadores da proposta.
(mais…)

Tags: Ecoando Sustentabilidadegestão ambientalpolítica ambientalSistema Único de Saúde AmbientalUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Final de semestre, excesso de atividades e tensão: saiba o que é o doping cognitivo

05/12/2022 08:03

 

No livro Flores para Algernon, Charlie Gordon é um homem ingênuo e com sérias limitações intelectuais – até passar por um experimento, uma cirurgia revolucionária, que faz com que sua vida mude dramática e drasticamente. Charlie se torna mais inteligente do que os próprios médicos que o operaram, mudando completamente a sua percepção do mundo.

A obra de ficção científica de Daniel Keyes é de 1966, mas não está muito distante do que milhares de pessoas parecem buscar quando o assunto é melhorar a performance cerebral. Nootrópicos ou fármacos largamente difundidos para o tratamento de doenças psíquicas estão entre as promessas da indústria para ajudar o cérebro a trabalhar melhor, mais rápido e com mais intensidade.

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Santa Catarina em 2020 descobriu que 16,7% dos estudantes de graduação e pós-graduação entrevistados utilizavam substâncias por acreditar que elas ajudam a estudar. Doping cognitivo ou psiquiatria cosmética são alguns dos termos utilizados para designar um fenômeno ainda pouco estudado pela ciência e cujas consequências também são desconhecidas.

De acordo com o professor do departamento de Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Tadeu Lemos, essas drogas são referidas como drogas da inteligência e potencializadores cognitivos. Os nootrópicos – termo usado pela primeira vez em 1972 – atuam sobre o sistema nervoso central e, em tese, não devem ser tóxicos e tem baixa incidência de efeitos colaterais.

Efeitos da utilização dos fármacos são desconhecidos (Foto: divulgação/Pixabay)

Essa classe de produtos tem sido cada vez mais usada por indivíduos saudáveis. Justamente por conta da ausência de efeitos colaterais e dos níveis de toxicidade, expandem-se entre usuários que buscam aumentar a capacidade cognitiva. É o caso do jornalista Fábio Almeida, que começou a utilizar o Noopept em 2019. De acordo com a descrição do produto, trata-se de um dipeptídeo sintetizado como um análogo do piracetam, enquadrado na categoria de medicamentos prescritos utilizados para tratamento de Transtorno do Déficit de Atenção e da hiperatividade. A promessa é de que tenha ação superior e imediata na cognição .

A descrição sugere ainda que, apesar de apresentar efeitos e mecanismo de ação semelhante ao piracetam, o Noopept é estruturalmente diferente e apresenta rápido resultado no sistema nervoso central. Um trabalho de conclusão de curso defendido na UFSC trata o piracetam como fármaco pioneiro desta classe única de drogas que afetam a função mental.

“Estudos demonstram que o fármaco melhora a eficiência das funções telencefálicas superiores do cérebro envolvidas em processos cognitivos, como aprendizado e memória”, explica a pesquisa. “Concomitantemente, mesmo em dosagens relativamente altas, é desprovida de qualquer atividade sedativa, analéptica ou autonômica”.

Fábio começou a utilizar o Noopept com acompanhamento. Seu primeiro contato com o fármaco foi em uma pesquisa realizada para um trabalho, em que identificou uma reportagem que comentava os efeitos positivos e negativos do uso. Depois, recorreu ao médico, que receitou uma opção que não funcionou. “Na minha primeira tentativa eu não senti alteração nenhuma, era como se não tivesse tomado nada”, conta. Mas na segunda tentativa as coisas mudaram.

Leia a reportagem completa aqui.

Amanda Miranda, Jornalista da Agecom/UFSC

Projeto UFSC com a Aldeia realiza 1° missão com o povo Laklãnõ/Xokleng

02/12/2022 11:04

Foto: Ariclenes Patté

O projeto UFSC com a Aldeia nasceu como uma forma de aproximação da Universidade Federal de Santa Catarina com as comunidades indígenas do estado. Idealizado por uma comissão de estudantes indígenas da UFSC, em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão (Proex), o projeto tem como objetivo trocar experiências e realizar missões em diversas aldeias, gerando diálogo e reciprocidade com o povo indígena. 

A primeira missão do projeto aconteceu entre 24 e 26 de novembro na terra indígena do povo Laklãnõ/Xokleng, localizada entre os municípios de José Boiteux, Vitor Meireles, Doutor Pedrinho e Itaiópolis. Na última quinta (24), dez estudantes da UFSC – nove indígenas e uma não indígena –, acompanhados de três professores, saíram do campus Trindade rumo ao território Laklãnõ/Xokleng. Nesta primeira viagem, foram realizadas diversas atividades, como visitas às aldeias da T.I Laklãnõ e antigas escolas das comunidades. Além disso, destacam-se as conversas com as lideranças e com os anciãos da Aldeia Palmeira e com os estudantes da escola Laklãnõ, localizada na Aldeia Plipatol. 

O estudante indígena Cristhian Roberto, graduando em Licenciatura em Educação do Campo e um dos pioneiros do projeto, dividiu com o amigo Eliton Weitcha, que cursa Antropologia, os primeiros passos do surgimento da ação. “Tivemos essa ideia, após observarmos uma demanda muito grande de estudantes indígenas que vêm para a universidade e, por não conhecerem os cursos, acabam tendo diversas dificuldades, fazendo dois ou três semestres e desistindo. Então a proposta principal é mostrar de fato a realidade dos cursos, da UFSC, e também a luta dos estudantes indígenas”, explica Cristhian.

Para um dos integrantes da delegação, Eliel Camlem, participar da missão também é uma forma de fazer uma ponte entre as comunidades indígenas do estado e a universidade. “É muito importante que nós, estudantes indígenas, levemos nosso conhecimento e visão da universidade aos alunos e à comunidade. E também que a gente traga para a universidade os conhecimentos adquiridos na aldeia. Assim, evitaremos um pouco o choque cultural e as dificuldades que temos ao ingressar na universidade”, acrescenta o estudante de Relações Internacionais.  

O professor Daniel Castelan, titular no departamento de Relações Internacionais da UFSC, foi escolhido no início da estruturação do projeto como coordenador responsável pelos estudantes indígenas participantes. Segundo Daniel, sua participação o motivou a aprender mais sobre os povos indígenas, aprimorando também seu desempenho lecionando em sala de aula. “Me sinto na missão de colocar a UFSC para reparar a história sofrida dos povos originários. Este contato foi muito importante para a permanência dos estudantes indígenas na universidade, pois percebi que quando os indígenas saem da aldeia, eles têm como dever levar adiante o trabalho do seu povo”, finaliza o docente.

Para a pró-reitora de Extensão, Olga Regina Zigelli Garcia, o projeto representa não só uma forma de levar a universidade para a aldeia, mas também um meio de troca e aprendizados para estudantes, coordenadores e gestão universitária. “Esse projeto vem ao encontro das diretrizes da extensão universitária, o que pressupõe a interação dialógica, pautada na interdisciplinaridade, com propósitos de transformação social, e na formação do estudante sempre em prol de um mundo melhor”, conta ela. O projeto prevê ainda mais viagens em 2023 para as demais comunidades indígenas de Santa Catarina. 


Ariclenes Patté/estudante de Jornalismo/UFSC
Giulia Rabello/estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

Tags: estudantes indígenasLaklãnõ XoklengPROEXUFSCUFSC com a AldeiaUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC obtém autorização judicial para cultivar e produzir insumos de Cannabis em pesquisa científica

01/12/2022 14:00

Yara foi a “paciente zero” do professor Erik Amazonas. Aos oito meses de idade, a cachorrinha começou a usar o óleo de Cannabis, ou canabidiol, para tratar suas crises convulsivas. Foto: arquivo pessoal

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é a primeira instituição de ensino superior do País a obter uma medida judicial que lhe permite produzir todos os insumos para a pesquisa da aplicação da Cannabis na área da medicina veterinária. A 1ª Vara da Justiça Federal, em Florianópolis, concedeu um salvo-conduto que autoriza o pesquisador e professor Erik Amazonas, do Centro de Ciências Rurais (Campus de Curitibanos), a realizar o cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição da Cannabis sativa.

Com isso, a Faculdade de Medicina Veterinária do Campus de Curitibanos, pioneira no ensino do uso veterinário da Cannabis no Brasil, conquistou o inédito direito de cultivar a planta para fins de pesquisa veterinária.

O professor Amazonas coordena a linha de pesquisa “Endocanabinologia e Cannabis Medicinal”, do Grupo de Estudos em Produção Animal e Saúde, que busca “traçar o perfil terpenofenólico de diferentes linhagens de Cannabis spp a fim de categorizar as diferentes linhagens quanto ao seu real conteúdo de canabinoides e terpenos” – existem centenas de variedades de Cannabis spp. A pesquisa também objetiva reunir conhecimento sobre os óleos derivados de diferentes linhagens e comparar métodos de extração de compostos.

Está no escopo do estudo avaliar o uso de medicação à base de terpenofenóis em animais não humanos. Formulações de uso tópico contendo Cannabis serão analisadas quanto ao seu potencial cicatrizante e anti-inflamatório, efeito inseticida, repelente, mosquicida e anti-helmíntico e efeito desinfetante. Até mesmo o uso alimentar em animais não humanos será pesquisado. O grupo reúne, além de Amazonas, outros seis professores, um servidor técnico-administrativo, alunos de graduação e pós-graduação do campus de Curitibanos e um consultor externo.
(mais…)

Tags: campus curitibanosCannabismaconha medicinalmedicina veterináriaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Administração da UFSC avalia estragos causados pelas chuvas

01/12/2022 13:43

Representantes da Administração Central visitaram diversos setores na manhã desta quinta

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avaliou in loco os estragos causados nas instalações do campus  de Florianópolis em decorrência das chuvas registradas na região nos últimos dias. Na manhã desta quinta-feira, 1º de dezembro, o reitor, Irineu Manoel de Souza, o diretor do Gabinete da Reitoria,  João Martins, e o secretário de Segurança Institucional, Leandro Luiz de Oliveira, percorreram os setores mais impactados pelo temporal para verificar os prejuízos e as condições de retorno às atividades.

A Reitoria suspendeu as aulas no campus da Trindade nesta quinta, e as unidades administrativas trabalham em regime flexível (presencial e remoto), conforme as necessidades de cada setor. As mesmas orientações expedidas para Florianópolis se aplicam aos demais campi, caso as unidades vivenciem situação de risco semelhante nas próximas horas.

“Nossas equipes do plantão realizaram o monitoramento durante toda a noite. A orientação foi de manter a calma e proteger as pessoas e o patrimônio público. Tivemos danos materiais, mas nenhum incidente ou acidente envolvendo a comunidade universitária”, afirmou o secretário de Segurança Institucional.

Os representantes da Administração visitaram as dependências de diversos Centros que foram atingidos, entre eles o Centro de Ciências da Educação (CED), o Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Centro de Comunicação e Expressão (CCE), o Centro de Ciências Biológicas (CCB), o Centro de Desportos (CDS) e o Centro Tecnológico (CTC), além do Departamento Artístico e Cultural (DAC), da Igrejinha, da Maloca, do Restaurante Universitário (RU) e da Biblioteca Central (BU).

Prefeito do Campus destaca ocorrências

Sala de materiais no Centro de Desportos

O prefeito universitário, Hélio Rodak de Quadros Júnior, ressaltou as principais ocorrências apresentadas na instituição: “Tivemos diversos pontos de alagamentos, desde as imediações da Reitoria I até a parte do Centro Tecnológico, nos fundos do Departamento da Engenharia Mecânica. Ali a altura da água chegou às maçanetas dos veículos que foram impedidos de serem retirados ontem [quarta-feira] à noite. Registramos ainda ocorrências similares no RU, onde houve o alagamento da doca de abastecimento, e na BU, pois o forro cedeu em alguns pontos. A Igrejinha da UFSC e o Centro de Ciências Agrárias, no Itacorubi, também sofreram infiltrações”.

Ele destacou ainda que o campus da Trindade teve parte dos acessos comprometidos desde o fim da tarde de quarta até a manhã desta quinta-feira devido ao grande volume de chuva. Várias partes das ruas internas da instituição apresentaram problemas de deslocamento, e o rio que cruza o Campus transbordou.

De acordo com dados da Defesa Civil, cidades da Grande Florianópolis tiveram um acumulado de 300 mm nos últimos dias – mais do que o dobro previsto para todo o mês de novembro na região. As chuvas alagaram diversas ruas, interditaram rodovias e provocaram a suspensão de atividades.

Situação de alguns setores da Universidade:

> Devido à dificuldade de acesso de fornecedores e funcionários à UFSC, o Restaurante Universitário (RU), da Trindade, limitou o atendimento desta quinta aos estudantes com cadastro socioeconômico junto à Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (PRAE).

> A Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC) se encontra em situação de alerta. Visando à prestação dos serviços de maneira ininterrupta, uma equipe de operação manterá um servidor presencialmente 24h para garantir a rápida ação, caso haja alguma infiltração ou vazamento no prédio. As demais equipes foram orientadas a atender de maneira remota.

> A Biblioteca Universitária (BU) comunicou que não há previsão de horário para abertura de suas Unidades. A abertura dependerá da chegada de servidores suficientes aos espaços de trabalho e da avaliação das condições de infraestrutura. A Biblioteca Central não abrirá nesta quinta-feira em função de reparos que precisam ser realizados. A sala de estudos individuais da Biblioteca Central, por sua vez, estará aberta até às 18h.

 

Tags: alagamentochuvaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Comunidade universitária pode responder autoavaliação institucional

01/12/2022 08:00

A partir desta quinta-feira, 1º de dezembro, a comunidade acadêmica pode preencher a autoavaliação institucional da UFSC referente ao ano de 2022. O processo é conduzido pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), que convida todos os segmentos da comunidade acadêmica a participar, clicando nos links abaixo.

Responda ao questionário de acordo com o seu segmento universitário:

Graduação

Pós-graduação

Docentes

Gestores

TAEs 

A CPA preocupa-se com a garantia da qualidade do ensino superior e, dessa maneira, atua para melhorar o ensino e gestão da universidade pública. A autoavaliação é uma estratégia para o autoconhecimento institucional e que também pode orientar as atividades acadêmicas e administrativas das Instituições de Ensino Superior.

Os questionários de autoavaliação institucional são facultativos e foram customizados para cada segmento da comunidade universitária e aprovados pela CPA. No total, há 18 questionamentos aos TAEs e aos Gestores, 15 aos Pós-graduandos e 28 aos Docentes. Ao final do instrumento, encontra-se ainda um campo dissertativo com a opção de discorrer o resultado da autoavaliação institucional anterior, questionando sobre quais ações foram tomadas para mitigar os pontos negativos apresentados. Dúvidas podem ser encaminhadas ao email cpa@contato.ufsc.br . Mais informações aqui.

Tags: autoavaliação institucionalComissão Própria de Avaliação (CPA)CPA

Grupo Pesquisa Teatro Novo apresenta nova temporada de ‘O Círculo de Giz’ no Teatro Carmen Fossari

30/11/2022 15:15

O espetáculo O Círculo de Giz, com o Grupo Pesquisa Teatro Novo (GPTN), está em nova temporada a partir desta sexta-feira, 2 de dezembro, no Teatro Carmen Fossari (ao lado da Igrejinha da UFSC). A peça é uma realização do Departamento Artístico Cultural (DAC) e da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (Secarte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

As apresentações ocorrem nos dias 2, 3 e 4 de dezembro  sexta, sábado e domingo , às 20 horas. A entrada é gratuita, e os ingressos são limitados. O público deverá retirar os ingressos no local, uma hora antes do início do espetáculo.

A montagem da peça O Círculo de Giz é uma homenagem do GPTN à eterna diretora Carmen Fossari, que estava preparando a apresentação. Ao dar continuidade ao trabalho da diretora, o Grupo reafirma o compromisso com a arte engajada e comprometida com o tempo atual.
(mais…)

Tags: Carmen FossariDACGrupo Pesquisa Teatro NovoSeCArteteatroUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC aprova Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional

30/11/2022 11:57

Conselheiros aprovam por unanimidade política contra racismo. Foto: Salvador Gomes/Agecom

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deu um passo determinante no combate à intolerância no ambiente universitário. O Conselho Universitário (CUn) aprovou por unanimidade, em sessão ordinária na terça-feira, 29 de novembro, a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional – um conjunto de normas, divididas em sete capítulos, que orienta desde a identificação de atos discriminatórios até a forma de denúncias, encaminhamentos e acolhimento das vítimas. O texto final é o resultado do empenho direto de um grupo de mais de 30 pessoas, que contou com representantes da UFSC, de movimentos sociais, entre outros; além de debate plural que promoveu audiência pública no início do mês.

A sessão que aprovou a Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional teve a participação não apenas dos conselheiros do CUn. A leitura da minuta do texto e a votação foram acompanhadas por estudantes, servidores técnico-administrativos em educação, professores e representantes de movimentos sociais, como o Movimento Negro Unificado, que tem mais de 40 anos de atividade no Brasil.

(mais…)

Tags: AntirracismoCOEMAenfrentamento ao racismoNovembro Negropolítica públicaPROAFEracismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Fórum global inédito no país, UR22 começa com parceria da UFSC

30/11/2022 11:56

Cosmo Bloco, de Porto Alegre, foi atração cultural na abertura do UR22. Foto: Camila Collato/Agecom

Representantes de diferentes países se reuniram na abertura do Fórum Global Understanding Risk (UR22), na noite de segunda-feira, 28 de novembro, no P12 Parador Internacional, em Jurerê Internacional, em Florianópolis. O evento é inédito no Brasil e conta com parceria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Durante cinco dias, até a sexta-feira, 2 de dezembro, haverá conferências, palestras e debates a respeito das inovações e do compartilhamento de conhecimento sobre gestão de risco de desastres. O UR22 é organizado pela Prefeitura de Florianópolis, Banco Mundial e Mecanismo Global para Redução e Recuperação de Desastres (GFDRR), com apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Veja a programação completa no site do evento.
(mais…)

Tags: evento internacionalfórum globalUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUR22

Atleta da UFSC disputa campeonato mundial de surf adaptado

29/11/2022 13:55

A atleta Denise Siqueira, servidora técnico-administrativa do departamento de Cultura e Eventos da Secretaria de Cultura, Arte e Esportes da Universidade Federal de Santa Catarina, é a representante da Universidade e do Brasil no Campeonato Mundial de Surfe Adaptado, que ocorre no próximo mês entre os dias 4 a 14 de dezembro em Pismo Beach, Califórnia. Denise é filiada e representante da Federação Catarinense de Surf (Fecasurf) e foi campeã brasileira de sua categoria, o que lhe possibilitou participar da etapa internacional.

Foto: Arquivo Pessoal

Denise iniciou sua trajetória com esportes andando de skate, mas conta que sempre se interessou pelo surf que, por conta da distância que ela morava do litoral, não podia ser praticado. Em 2000, mudou-se para Florianópolis para fazer a graduação na UFSC e passou a praticar o esporte. Após sofrer um acidente causado por um atropelamento enquanto andava na rua, resultando na sua perda de mobilidade, Denise conta que teve problemas de acessibilidade não só para o surf, mas para tudo.

“Não tinha acesso. Ainda não tem”, comenta Denise, ao lembrar de quando começou a praticar o surf e se deparou com as diversas dificuldades de acessibilidade, não apenas nas praias, mas também em todo o percurso realizado por ela para chegar ao litoral. Depois de anos tentando conseguir melhorias nas condições oferecidas para pessoas com deficiência, Denise se tornou uma das figuras responsáveis pela criação do projeto Associação Surf Sem Fronteiras, em 2016, com a proposta de democratizar o acesso ao surf para todas as pessoas de forma inclusiva e gratuita.

Entre os dias 15 e 19 de setembro deste ano, Denise participou do Brasileiro de Surf Adaptado, em Pernambuco, e foi campeã na sua categoria. “Nem eu estava acreditando que sairia de lá campeã”, lembra ela, que é uma surfista ainda aprendiz e disputava com competidoras mais experientes. Ainda durante a competição, Denise passava por acompanhamento médico e fisioterapêutico por conta de uma forte inflamação em um dos seus braços, mas foi liberada a participar por conta das condições climáticas que proporcionavam a ela fortalecimento da sua musculatura em razão da temperatura da água.

Foto: Filipi Del Valle

Nesta nova etapa da competição, as expectativas são grandes para o destaque da atleta em sua categoria, que já é considerada favorita entre os outros competidores. Além da vontade de vencer, Denise afirma que essa é uma oportunidade de absorver conhecimento, técnica e troca de aprendizado. Ela acredita que, em breve, essa experiência possa se transformar em projetos e políticas públicas para fortalecer a prática do surf adaptado no país. “Eu quero trazer experiências e conhecimentos que possam agregar na produção acadêmica científica esportiva”, afirma, sabendo do peso e honra de carregar o nome da Universidade.

No ano passado, o Mundial de Surf Adaptado contou com a participação de 134 surfistas de 24 nações diferentes e bateu o recorde de maior participação feminina desde sua criação. O Surf Adaptado é uma adaptação do Surf convencional, com intuito de proporcionar a pessoas com deficiência  uma experiência similar à prática convencional do esporte, que pode oferecer aos praticantes benefícios físicos, psicomotores, mentais e sociais. A sua disponibilização, entretanto, depende de projetos e de adaptações de materiais, acessibilidade nas orlas e auxílio de outras pessoas.

 

Matheus Alves/estagiário de Jornalismo da Agecom/UFSC

 

Tags: competiçãointernacionalSeCArteservidorasurfSurfe

UFSC fortalece agenda com instituições do Japão e Singapura

29/11/2022 11:38

A Universidade Federal de Santa Catarina estuda parcerias em áreas especializadas com sete universidades, sendo três do Japão e quatro de Singapura. Os contatos começaram em missão internacional realizada ao longo de 15 dias e encerrada no último sábado, 26 de novembro.  O pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick, integrou o grupo liderado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). A viagem foi financiada pelo governo de Santa Catarina, interessado em ampliar os mecanismos de cooperação entre Estado, universidades e setor privado para promoção do desenvolvimento.

De acordo com o professor, tanto o Japão quanto Singapura têm prioridades semelhantes às que mobilizam grande parte da comunidade de cientistas da UFSC, com destaque para questões como a compreensão, mitigação e enfrentamento das mudanças climáticas; a sustentabilidade, comportando desenvolvimento de novos materiais, energias renováveis, economia circular etc.; a promoção de saúde, incluindo biomedicina e remédios; e também a redução de exposição a desastres. “Os países têm sistemas políticos bastante singulares e IDHs muito altos, então as agendas relacionadas à ascensão do autoritarismo, à qualidade na educação e o combate à fome e à pobreza não estão mais presentes”, reforçou.

Programas de colaboração acadêmica Brasil-Japão e Brasil-Singapura para intercâmbio de professores visitantes; divulgação dos portfólios de pesquisa avançada da UFSC e de outras universidades catarinenses naqueles países e a disseminação de fontes de financiamento à colaboração internacional de pesquisa disponíveis no Japão e em Singapura são alguns dos caminhos apontados por Mick como possíveis atuações em parceria, fortalecidas pelas embaixadas.  “No plano da cooperação bilateral, a missão teve contato com estruturas de pesquisa de seis universidades e um instituto politécnico. Das três instituições japonesas e quatro singapuranas, três estão entre as melhores do mundo”, disse.

O pró-reitor também apontou outros pontos positivos da missão internacional para a UFSC. A partir dos resultados, a Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) pretende colaborar com a Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) na elaboração de um portfólio da pesquisa avançada da UFSC, nas variadas áreas de conhecimento, a circular em inglês e em outros idiomas. Além disso, como a missão foi formada por várias instituições do estado, Mick também percebe um cenário de possível aproximação interinstitucional com a rede de universidades comunitárias de Santa Catarina.

A missão da Fapesc congregou as instituições do sistema federal (UFSC, UFFS, IFSC e IFC), as universidades comunitárias do sistema Acafe, uma privada sem fins lucrativos (a SATC) e a Unisenai, do sistema Fiesc. “O convívio prolongado dos gestores ao longo de 16 dias promoveu diálogos no sentido da aproximação interinstitucional. O tema é de interesse da UFSC”, reforça o professor.

O resultado dos contatos feitos, das informações trocadas e conhecimentos adquiridos, para o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, já são visíveis na integração entre as lideranças acadêmicas catarinenses, nas discussões geradas, nas ideias que surgiram e, a médio e longo prazo, nas parcerias firmadas. “Pudemos ver de perto aquilo que até então era entrave para as parcerias internacionais e estudar as formas para viabilizar novas possibilidades de intercâmbio de conhecimento. Fomos recebidos com entusiasmo e em muitas das instituições pelas quais passamos já deixamos as sementes plantadas para o cultivo breve. Vamos chegar nos nossos espaços de atuação com muito trabalho a ser feito a partir dos contatos realizados na Ásia. Temos a convicção que o futuro dessas relações será muito próspero”, pontua.

Com informações da Propesq e da Fapesc

Tags: JapãoPró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq)PROPESQSingapuraSinter

UFSC distribui ingressos gratuitos para Mostra de Violão nesta quarta, dia 30

28/11/2022 11:04

A Secretaria de Cultura, Arte e Esporte da UFSC (SeCArteE) distribui, nesta quarta-feira, 30 de novembro, 100 ingressos gratuitos para estudantes da Universidade para o recital de violão que será realizado no dia 6 de dezembroterça-feira, às 20h, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos.

Os ingressos serão concedidos mediante entrega do atestado de matrícula impresso e atualizado referente ao segundo semestre de 2022, constando a matrícula regular, e apresentação de documento com foto. Os ingressos serão distribuídos por ordem de chegada, a partir das 10h, na entrada principal do Centro de Cultura e Eventos, piso térreo. Cada estudante tem direito a retirar dois ingresso. Não será permitida a retirada de ingresso com documentação de terceiros.

Contrapartida

Os shows pagos não são produzidos pela UFSC, havendo apenas a cobrança do aluguel referente ao espaço. A contrapartida para a UFSC se dá pela liberação dos 100 (cem) ingressos aos estudantes e da integralidade do valor do aluguel deste espaço que vem a ser utilizado em projetos culturais e manutenção do Centro de Cultura e Eventos, conforme o Edital nº06/DCEven/SeCArte/2022.

Sobre o espetáculo

A UFSC sediará a 1ª Mostra de Violão Anabá, nos dias 5 e 6 de dezembro. Serão dois eventos – atividades pedagógicas gratuitas de técnicas de violão na segunda-feira, e um recital na terça – ambos realizados no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. Os eventos são promovidos pela Escola Waldorf Anabá e contam com o apoio do Acervo Digital do Violão Brasileiro.

A Mostra oferece um encontro com dois grandes violonistas brasileiros – Paulo Bellinati e Marco Pereira –, ao lado dos talentos catarinenses Felipe Coelho e Ângelo Lazzari. Nos dois dias do evento será possível conhecer técnicas de violão, em uma palestra e uma masterclass gratuitas, e assistir a um recital. As atividades pedagógicas e artísticas têm como objetivo arrecadar fundos para iniciar um projeto para futura implantação de uma Sala Multiartes na Escola Waldorf Anabá, que possibilitará o fortalecimento de ações artísticas e culturais para toda a comunidade. A Escola é mantida por uma associação sem fins lucrativos em Florianópolis há 42 anos.
(mais…)

Tags: oficinas de violãoSeCArteUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Saiba como será o expediente e aulas nos dias de jogos do Brasil na Copa do Catar

28/11/2022 06:49

Em ofício, a Universidade Federal de Santa Catarina divulgou como será o expediente e como funcionarão as aulas dos seus cursos de graduação em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo do Catar, que começou nesta domingo, 2o de novembro. Seguindo orientações do Ministério da Economia, é facultado aos agentes públicos alterar, em caráter excepcional, o expediente nos dias de partidas da Seleção Brasileira.

A compensação de horário poderá ocorrer de 1 de dezembro de 2022 até 31 de maio de 2023, para o caso do expediente. Quanto às aulas, a decisão sobre a manutenção das atividades caberá ao professor, com orientação para que não faça atividades avaliativas e que compense o conteúdo. Os professores também são orientados a comunicarem os alunos previamente sobre a decisão de manterem ou não as atividades letivas.

Os encaminhamentos estão oficializados nos documentos OFÍCIO CIRCULAR Nº 27/2022/GR, de 11 de novembro, e OFÍCIO CIRCULAR Nº 027/2022/PROGRAD, de 18 de novembro.

Confira os horários de expediente na UFSC

Não haverá expediente no dia em que os jogos se realizarem às 12h;

O expediente se encerrará às 11h nos dias em que os jogos se realizarem às 13h;

O expediente se encerrará às 14h nos dias em que os jogos se realizarem às 16h.

Farmácia Escola manterá o funcionamento regular durante todo o expediente.

Confira como serão as atividades letivas

Nos dias em que os jogos do Brasil ocorrerem às 13 horas ou às 16 horas, as aulas dos turnos vespertino e noturno poderão ser dispensadas;

Nos dias em que os jogos do Brasil ocorrerem às 12 horas, as aulas de todos os turnos poderão ser dispensadas.

Tags: aulas na UFSCexpediente na Copaexpediente na UFSC

Prefeitura Universitária restabelece fornecimento de energia elétrica para o CCS e o CTC

26/11/2022 10:00

Energia elétrica no CTC e no CCS foi restabelecida no início da noite de sexta-feira (Foto: Helio Rodack)

A Prefeitura Universitária conseguiu restabelecer, no início da noite da sexta-feira, 25 de novembro, o fornecimento de energia elétrica para as edificações do Centro de Ciências da Saúde (CCS) e do Centro Tecnológico (CTC). Com isso, dois concursos programados para este fim de semana poderão ser realizados normalmente, e as atividades acadêmicas e administrativas serão plenamente retomadas na segunda-feira. As duas unidades estavam sem energia desde o início da tarde de quinta-feira, devido ao rompimento de um cabo de média tensão.

No Centro Tecnológico, os blocos A, B e E serão utilizados no domingo para a realização de um concurso organizado pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas (Fepese) para a contratação de servidores para a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). No Centro de Ciências da Saúde será realizada a prova de Residência em Medicina de Família e Comunidades, da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis, também no domingo.

A falta de energia alterou a rotina nos dois centros atingidos. No CCS, as aulas previstas para a sexta-feira foram canceladas, os atendimentos em clínicas foram suspensos e remanejados e o trabalho administrativo pode ser realizado de maneira remota. Atividades realizadas no Hospital Universitário e em outros Centros de Ensino foram mantidas.

No CTC as aulas foram interrompidas na quinta-feira, pouco antes do jogo da Seleção Brasileira, e na sexta-feira em todos os períodos, mas retornam à normalidade na segunda-feira. “O prejuízo didático, que poderia se estender por vários dias, foi mínimo, dada a gravidade do acidente”, afirmou o diretor do CTC, Edson Roberto de Pieri.

Operação logística
No começo da tarde de quinta-feira ocorreu o rompimento de um cabo de média tensão elétrica, que causou falta de energia em diversas edificações e setores do campus da Trindade. A equipe técnica da Prefeitura conseguiu restabelecer o fornecimento de energia para a maior parte das edificações afetadas, no entanto verificou-se a ocorrência de um curto-circuito em um dos ramais de alimentação que abastece o CTC, o CCS e locais próximos.

A partir daí, teve início uma grande operação de logística para garantir o funcionamento de geradores e manter o suprimento de energia elétrica em setores essenciais ao funcionamento da Universidade, como a Superintendência de Governança Eletrônica e Tecnologia da Informação e Comunicação (SeTIC), que mantém vários sistemas informatizados, a base de dados da UFSC e os serviços de rede e internet. E também dos geradores que alimentam equipamentos de refrigeração que preservam amostras utilizadas em pesquisas no CCS. Servidores do setor de Transportes da UFSC, da Segurança Institucional e da SeTIC colaboraram para a compra do combustível necessário ao funcionamento dos geradores.

De acordo com o Prefeito da UFSC, Hélio Rodak, vários servidores e departamentos da Prefeitura se envolveram em uma força-tarefa na busca de solução ao problema. No entanto, a substituição do cabo danificado representou um grande desafio. “Infelizmente, esses cabos só estavam disponíveis em São Paulo e Porto Alegre. Seria uma longa espera até a chegada e a substituição deles em dutos subterrâneos que já têm mais de 30 anos”, disse o diretor do CTC, professor Edson de Pieri.

A equipe técnica que estava avaliando as instalações constatou que cada conjunto de distribuição de energia é formado por quatro cabos, sendo três energizados e um de reserva, para ser utilizado justamente nestas situações de emergência. Após alguns testes para verificar a integridade dos condutos, os técnicos da PU se certificaram que três deles estavam em bom estado. A ligação do cabo danificado foi desativada e a conexão foi realizada por meio do cabo de reserva, restabelecendo a energia elétrica por volta das 19h15 da sexta-feira.

A partir de agora, a Prefeitura Universitária vai providenciar a avaliação das instalações para manutenção do sistema. A médio prazo, por meio de uma interrupção programada do fornecimento de energia, deverá ser feita a reinstalação do cabo de reserva do conjunto.

Tags: CCSCTCfalta de energia elétricaPrefeitura UniversitáriaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina