UFSC fortalece agenda com instituições do Japão e Singapura

29/11/2022 11:38

A Universidade Federal de Santa Catarina estuda parcerias em áreas especializadas com sete universidades, sendo três do Japão e quatro de Singapura. Os contatos começaram em missão internacional realizada ao longo de 15 dias e encerrada no último sábado, 26 de novembro.  O pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick, integrou o grupo liderado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e pela Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe). A viagem foi financiada pelo governo de Santa Catarina, interessado em ampliar os mecanismos de cooperação entre Estado, universidades e setor privado para promoção do desenvolvimento.

De acordo com o professor, tanto o Japão quanto Singapura têm prioridades semelhantes às que mobilizam grande parte da comunidade de cientistas da UFSC, com destaque para questões como a compreensão, mitigação e enfrentamento das mudanças climáticas; a sustentabilidade, comportando desenvolvimento de novos materiais, energias renováveis, economia circular etc.; a promoção de saúde, incluindo biomedicina e remédios; e também a redução de exposição a desastres. “Os países têm sistemas políticos bastante singulares e IDHs muito altos, então as agendas relacionadas à ascensão do autoritarismo, à qualidade na educação e o combate à fome e à pobreza não estão mais presentes”, reforçou.

Programas de colaboração acadêmica Brasil-Japão e Brasil-Singapura para intercâmbio de professores visitantes; divulgação dos portfólios de pesquisa avançada da UFSC e de outras universidades catarinenses naqueles países e a disseminação de fontes de financiamento à colaboração internacional de pesquisa disponíveis no Japão e em Singapura são alguns dos caminhos apontados por Mick como possíveis atuações em parceria, fortalecidas pelas embaixadas.  “No plano da cooperação bilateral, a missão teve contato com estruturas de pesquisa de seis universidades e um instituto politécnico. Das três instituições japonesas e quatro singapuranas, três estão entre as melhores do mundo”, disse.

O pró-reitor também apontou outros pontos positivos da missão internacional para a UFSC. A partir dos resultados, a Pró-reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) pretende colaborar com a Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) na elaboração de um portfólio da pesquisa avançada da UFSC, nas variadas áreas de conhecimento, a circular em inglês e em outros idiomas. Além disso, como a missão foi formada por várias instituições do estado, Mick também percebe um cenário de possível aproximação interinstitucional com a rede de universidades comunitárias de Santa Catarina.

A missão da Fapesc congregou as instituições do sistema federal (UFSC, UFFS, IFSC e IFC), as universidades comunitárias do sistema Acafe, uma privada sem fins lucrativos (a SATC) e a Unisenai, do sistema Fiesc. “O convívio prolongado dos gestores ao longo de 16 dias promoveu diálogos no sentido da aproximação interinstitucional. O tema é de interesse da UFSC”, reforça o professor.

O resultado dos contatos feitos, das informações trocadas e conhecimentos adquiridos, para o presidente da Fapesc, Fábio Zabot Holthausen, já são visíveis na integração entre as lideranças acadêmicas catarinenses, nas discussões geradas, nas ideias que surgiram e, a médio e longo prazo, nas parcerias firmadas. “Pudemos ver de perto aquilo que até então era entrave para as parcerias internacionais e estudar as formas para viabilizar novas possibilidades de intercâmbio de conhecimento. Fomos recebidos com entusiasmo e em muitas das instituições pelas quais passamos já deixamos as sementes plantadas para o cultivo breve. Vamos chegar nos nossos espaços de atuação com muito trabalho a ser feito a partir dos contatos realizados na Ásia. Temos a convicção que o futuro dessas relações será muito próspero”, pontua.

Com informações da Propesq e da Fapesc

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