Equipe do HU recebe homenagem pelo serviço de coleta de leite humano

20/12/2021 16:15

Leite coletado no HU é repassado para o hospital Carmela Dutra. Foto: divulgação/HU-UFSC/Ebserh

A equipe de profissionais do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) recebeu uma homenagem da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH), entregue aos profissionais que fazem o serviço de coleta deste leite. A homenagem chegou em forma de um certificado de reconhecimento pela promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno.

O HU é um posto de coleta de leite humano, e todo o leite coletado é repassado ao banco de leite do hospital Carmela Dutra, onde é pausterizado e distribuído para as unidades que precisam deste material, inclusive o próprio HU. Ou seja, o Hospital Universitário participa da rede como um posto de coleta e também é usuário do banco de leite.
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Cerimônia de comemoração dos 61 anos da UFSC é marcada por homenagens a educadores e cientistas

17/12/2021 17:01

Cerimônia ocorreu de forma remota. Imagem: reprodução/Youtube

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) completa neste sábado, 18 de dezembro, 61 anos de atividades. Para celebrar, o Conselho Universitário (CUn) realizou uma sessão solene na tarde desta sexta-feira (17), voltada a homenagear pessoas que contribuíram para a educação e a ciência brasileiras e para a excelência da Universidade. A cerimônia ocorreu de forma remota e está disponível no Youtube.

O evento teve início com uma homenagem aos 33 pesquisadores da UFSC que estão na lista dos 100 mil mais influentes do mundo, conforme pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que levou em conta dados de toda a carreira e citações mais recentes. Em nome deles, foram celebrados cada pesquisador, servidor técnico-administrativo, docente, estudante e egresso que fazem da ciência e do conhecimento sua bandeira, defendendo e valorizando a UFSC.

Na sequência foram anunciadas e entregues as dignidades universitárias, com a diplomação da jornalista, professora e política Antonieta de Barros como Doutora Honoris Causa (in memoriam) e de cinco professores eméritos: Ademir Neves, Faruk José Nome Aguilera (in memoriam), Juan Jacob Eduardo Humeres Allende, Rosendo Augusto Yunes, os quatro do Departamento de Química, e Ivo Barbi, do Departamento de Engenharia Elétrica. O reitor fez a entrega simbólica dos títulos, com a exposição dos diplomas na tela da transmissão.
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Professor da UFSC assina estudo que identificou proteína envolvida na formação de tumores mais agressivos

17/12/2021 09:21

Resultados experimentais indicam que a LIN28B é criticamente importante para comportamento agressivo de células tumorais. Foto: Unsplash/National Cancer Institute

O pesquisador Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), assina como segundo autor de um estudo que traz a descoberta do papel da proteína LIN28B no processo de metástase, que é a disseminação de células de tumores para outros órgãos. Atualmente responsável por mais de 90% das mortes associadas ao câncer, a metástase ainda permanece incurável.

Para o professor da UFSC, torna-se, portanto, crucial compreender os mecanismos biológicos fundamentais pelos quais células tumorais se espalham pelo corpo. “Tal conhecimento permitirá, um dia, o desenvolvimento de novos tratamentos para tumores altamente metastáticos que acometem adultos – como melanoma [câncer de pele] e câncer de mama – e crianças – como o neuroblastoma”.

O neuroblastoma é o terceiro tipo de câncer mais comum na infância e adolescência, ficando atrás somente da leucemia e dos tumores do sistema nervoso central. Apesar do que o nome parece indicar, não é um tumor no cérebro. Trata-se de um tumor sólido extracraniano, bastante comum em crianças, que acomete uma parte do sistema nervoso autônomo, responsável por controlar funções vitais fundamentais como a respiração, pressão arterial, batimentos cardíacos e a digestão. Conforme explica Edroaldo, a maioria dos neuroblastomas se desenvolve nas glândulas adrenais, que se localizam acima dos rins, no abdome ou nas células nervosas próximas da coluna espinhal.

Desenvolvimento do estudo

Em colaboração com pesquisadores do Boston Children’s Hospital e da Harvard Medical School, a pesquisa do professor da UFSC foi publicada na revista The Journal of Clinical Investigation. Utilizando um modelo animal de neuroblastoma, um câncer infantil altamente metastático e letal, os pesquisadores demonstraram que células tumorais com níveis de expressão mais altos da proteína LIN28B são significativamente mais metastáticas do que aquelas células que não a expressam. Por meio de abordagens genéticas no estudo, a remoção da proteína LIN28B reduziu substancialmente a propagação de células tumorais e, consequentemente, aumentou a sobrevida dos animais.

As análises de biologia computacional com dados de expressão de genes de mais de 450 pacientes com neuroblastoma foram utilizadas para determinar o grau de agressividade de células tumorais com ou sem expressão de LIN28B. As análises revelaram que células com altos níveis desta proteína são molecularmente similares a tumores de pacientes em estágios avançados da doença, já metastáticos. Enquanto isso, as células nas quais a proteína LIN28B foi deletada são molecularmente mais semelhantes a tumores menos agressivos, sem envolvimento de metástase.

Estudo desenvolveu análises de biologia computacional com dados de genes de mais de 450 pacientes com neuroblastoma

“A identificação da proteína LIN28B como criticamente importante para o processo de metástase pode levar ao desenvolvimento de novas terapias baseadas na sua inibição por meios farmacológicos, podendo levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para tumores altamente metastáticos. Como o câncer metastático ainda representa um desafio clínico, o desenvolvimento de novos tratamentos é urgentemente necessário”, avalia Edrolado. “O nosso trabalho contribui para uma melhor compreensão da proteína LIN28B em neuroblastoma e, potencialmente, outros tumores agressivos. Compreender estes processos fundamentais que regulam o espalhamento de células tumorais pelo organismo é crucial para desenvolver terapias mais efetivas”, complementa.
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Pesquisadora da UFSC desenvolve modelo para analisar impactos ambientais da frota de automóveis e tem estudo premiado

15/12/2021 13:17

Ter um mundo sem carros pode ser um sonho muito distante quando o assunto é mobilidade e sustentabilidade, mas pensar em tecnologias que reduzam o impacto da emissão das substâncias tóxicas por parte dos automóveis vem sendo um grande desafio para a ciência. Propor uma ferramenta útil à tomada de decisões para um mundo mais sustentável foi um dos objetivos da pesquisa de doutorado de Lívia Moraes Marques Benvenutti, que teve um dos artigos premiados como melhor publicação de aluno de doutorado no Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação em Engenharia da Produção (EPPGEP), realizado pela Associação Nacional de Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia de Produção (ANPEPRO) em agosto deste ano.

O artigo Electric versus ethanol-based vehicles: A new system dynamic model of Brazil’s case, assinado por Lívia Moraes Marques Benvenutti, Lucila Maria de Souza Campos, Diego A. Vazquez-Brust e Catherine Liston-Heyes, também foi o primeiro, na história do encontro, a premiar uma dupla de mulheres com o primeiro lugar na categoria. Lívia foi orientada pela professora Lucila Maria de Souza Campos, uma das pesquisadoras destaque da UFSC em 2021.

O objetivo da tese foi propor um modelo do poço à roda baseado em frota (fleet-based well-to-wheel model) para estimar os potenciais impactos da frota de veículos leves do Brasil no meio ambiente e na saúde humana ao longo do tempo, de forma a servir de suporte a políticas públicas. Esses modelos consideram os impactos ambientais dos combustíveis desde a sua produção até a circulação nos automóveis. “Penso que é importante, como pesquisadora, voltar o meu estudo para os tomadores de decisão, pois há sempre muitas incertezas nesses cenários”, comenta.

Lívia se refere ao cenário das mudanças climáticas e como os veículos de passageiros vêm sendo alvos de diferentes políticas para tentar mitigar o problema causado pelos gases poluentes. Só no município de São Paulo estima-se que os veículos são responsáveis por mais de 72% dos gases de efeito estufa que circulam no ambiente. Frotas muito antigas e a ausência de legislação e de tecnologias acessíveis podem ser um dos focos do problema.

Na tese, a pesquisadora pretende responder quais estratégias podem mitigar as emissões dos gases da frota de veículos leves e seus potenciais, pensando também em como os atores principais das estratégias evoluíram na transição dos veículos históricos. Ela também busca verificar como contabilizar a eficácia das ações potenciais de sustentabilidade na frota de veículos para servir de suporte às políticas de longo prazo.

Modelagem colabora com antecipação de cenários

O artigo premiado utiliza a modelagem como forma de antecipar cenários, investigando carros elétricos e carros Flex com uso do etanol e comparando o desempenho de ambos como parte da estratégia para mitigar os danos ambientais causados pelos gases de efeito estufa. A investigação é elaborada com base no contexto brasileiro e chega à conclusão de que o etanol produz resultados comparáveis aos dos veículos à bateria.

Lívia trabalha com modelagem desde o mestrado e investiu na área da simulação para contribuir com a projeção de cenários em momentos de incerteza. Ela explica que, na ferramenta, o usuário pode modificar as premissas iniciais para testar diferentes cenários. Cinco estratégias são consideradas para se pensar no problema: a eficiência energética dos automóveis, a intensidade da sua utilização, a quantidade de utilização de gasolina ou etanol nos carros Flex, a renovação das frotas e a substituição total da frota por carros elétricos.

A testagem desses cenários indicou que o etanol é uma opção viável para a frota brasileira, também levando em conta o contexto do país. Ela lembra que, em alguns países, os carros elétricos estão se difundindo rapidamente, mas que aqui as políticas públicas ainda não apontam para um mesmo cenário. “Não se trata de uma questão de escolha pelo etanol ou pelo carro elétrico, mas de entender que o etanol também oferece um potencial de mitigação, o que certamente ajuda em uma transição para a sustentabilidade”, pontua.

Na prática, o modelo prevê cenários até 2050, levando em conta os efeitos ambientais da produção dos combustíveis e da sua circulação nos automóveis. O modelo dinâmico estima indicadores ambientais, como o de potencial de aquecimento global, material particulado, formação de ozônio, entre outros. Também utiliza indicadores da saúde humana, investigando, por exemplo, o impacto da redução na expectativa da vida por conta de uma determinada tecnologia.

“O modelo é dinâmico, então ele permite maior flexibilidade para estabelecer essa discussão sobre o etanol e o elétrico. A gente viu que ambos possuem um potencial de mitigação muito bom e o modelo permite justamente que se discuta os cenários”, comenta. A ideia é, com isso, impactar em políticas públicas que busquem um ambiente mais sustentável, por isso, a pesquisadora salienta que a ferramenta está disponível para quem quiser atuar em parceria.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC celebra aniversário de 61 anos com homenagens e programação cultural

15/12/2021 11:14

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove nesta sexta-feira, 17 de dezembro, duas atividades em comemoração de seus 61 anos – que se completam no próximo dia 18. Às 14h30, tem início a sessão solene do Conselho Universitário (CUn), que homenageará os 33 pesquisadores da UFSC que estão na lista dos 100 mil mais influentes do mundo e concederá as dignidades universitárias: os professores Ademir Neves, Faruk José Nome Aguilera (in memoriam), Ivo Barbi, Juan Jacob Eduardo Humeres e Rosendo Augusto Yunes receberão os títulos de Professor Emérito, e a jornalista, professora e política Antonieta de Barros, o de Doutora Honoris Causa (in memoriam). A sessão será transmitida ao vivo pelo canal do CUn no Youtube.

Mais tarde, às 17h, tem início a programação cultural organizada pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), que poderá ser conferida no canal da UFSC no Youtube. A seleção especial inclui projetos, eventos e ações desenvolvidos pela comunidade acadêmica com apoio da SeCArte, bem como por artistas convidados. Serão exibidas nove atrações produzidas durante o período de pandemia, incluindo apresentações musicais, que vão do popular à música de concerto, teatro e dança: 

  • Coral da UFSC | Oceano – Djavan
  • Orquestra de Câmara da UFSC | Gaúcho – “Corta-Jaca” – Chiquinha Gonzaga
  • Pablo Rossi | Noturno em mi bemol maior, op. 9 no. 2 de Frédéric Chopin
  • Orquestra de Câmara da UFSC | “Danças Folclóricas Romenas”, “I Joc Cu Bâtă“ de Béla Bartók
  • Orquidália | Amanhã
  • Rafa & Rob | Parque de Diversões
  • Franciele Souza Blugoslawski | Morada – Lisandro Amaral, Luciano Fagundes e Marcelo Oliveira   
  • O Círculo de Giz Caucasiano | Grupo Pesquisa Teatro Novo
  • Dança para elaborar vazios | Bruna Medeiros
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Bióloga da UFSC desenvolve protocolo para otimização de análises de biomoléculas e efeitos de medicamentos

15/12/2021 10:24

Martina Blank desenvolveu a pesquisa durante seu pós-doutorado. Foto: arquivo pessoal

A bióloga do Laboratório de Biologia Molecular Estrutural (Labime) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Martina Blank é coautora de um estudo que descreve um protocolo para otimização de análises em ensaios celulares para avaliação do perfil de biomoléculas e dos efeitos de medicamentos. O artigo, publicado na edição de novembro da revista científica Nature Protocols, descreve uma técnica bastante versátil, que pode ser aplicada a uma ampla gama de compostos e possibilita análises rápidas e abrangentes, usadas, por exemplo, para averiguar como células respondem a diferentes tratamentos ou para encontrar biomarcadores de doenças.

O trabalho, que fez parte do pós-doutorado de Martina na universidade alemã Hochschule Mannheim, utiliza a espectrometria de massas, um método que detecta e identifica moléculas de interesse por meio da medição de sua massa e da caracterização de sua estrutura química. Essa análise é feita por meio de equipamentos chamados de espectrômetros de massas e pode ser empregada em distintos ramos. A pesquisa de Martina, por exemplo, concentrou-se em lipídios e metabólitos, mas os espectrômetros de massas também podem ser usados para identificar proteínas, peptídeos e micro-organismos, examinar polímeros, investigar poluentes e adulteração de produtos, em análises de antidoping e de impressão digital e muitos outros casos. 

Existem diversos tipos de espectrômetros de massas, com variadas capacidades e sensibilidades, com maior ou menor resolução. O foco do novo protocolo foi o modelo Maldi-TOF MS. Uma de suas principais vantagens é a possibilidade de analisar simultaneamente múltiplos aspectos do objeto de estudo – o que é importante para, por exemplo, avaliar efeitos colaterais de tratamentos. “Você não precisa marcar o seu alvo para analisar ele. E, ao mesmo tempo, analisa não só o seu alvo, você analisa todo o conteúdo que tem naquela célula. Pode ser que aquela molécula em que você estava focando não seja a única afetada pelo tratamento ou pelo estímulo que você esteja dando. Então, você consegue verificar todo o componente celular e ver o que pode estar acontecendo ali, naquela reação ou naquele estímulo”, explica Martina.
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Professor de engenharia da UFSC faz sucesso internacional com videoaulas no YouTube

14/12/2021 14:05

Canal apresenta conteúdos das disciplinas de Ondas Eletromagnéticas, Engenharia de Antenas e Introdução ao Método de Elementos Finitos. Imagem: reprodução/Youtube

O professor Walter Pereira Carpes Jr. é figura conhecida pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mas, desde o começo da pandemia, sua fama se expandiu para além das fronteiras brasileiras, e suas aulas têm feito sucesso em países estrangeiros falantes da língua portuguesa. Isso porque, com a possibilidade de gravar suas aulas, o docente começou a divulgar no YouTube vídeos curtos com explicações diretas e simplificadas do conteúdo das disciplinas que leciona nos cursos de Engenharia Elétrica e Engenharia Eletrônica e na Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Entre os assuntos abordados, estão ondas eletromagnéticas, engenharia de antenas, método de elementos finitos, cálculo vetorial, números complexos e noções básicas de derivada e integral.

Tudo começou no início de 2019, a partir de um problema: muitos alunos do primeiro semestre das engenharias tinham dificuldade em entender alguns conceitos de Física por não terem contato com a base matemática (especificamente, a disciplina de Cálculo). Assim, ele resolveu preparar o minicurso presencial “Noções Básicas de Derivada e Integral”, lecionado inicialmente somente para os alunos de Engenharia Eletrônica. Na semana seguinte, foi ofertado numa quinta-feira à noite e aberto a quem quisesse participar. Em uma sala de aula com 100 lugares, havia estudantes por toda a parte, sentados no chão, dividindo cadeiras, e todos muito concentrados e dando retornos positivos. 

A partir do sucesso dessa primeira experiência, Walter buscou formas de atingir ainda mais pessoas, criou novas turmas para o minicurso e dava aulas inclusive aos sábados. O retorno era sempre muito gratificante para o professor, que chegou até a comprar três calculadoras científicas para sortear entre os estudantes que lhe enviassem a resolução de uma lista de exercícios, para incentivar o aprendizado. 

Foi após todo esse sucesso dos vários minicursos lecionados que Walter decidiu transformar o conteúdo em videoaulas. Ele não tinha experiência nenhuma nisso, nem equipamentos apropriados. Então, no final de 2019 procurou o Laboratório de Educação Digital (Ledlab), que lhe cedeu o espaço para a gravação. A primeira playlist no Youtube, com o minicurso “Noções Básicas de Derivada e Integral”, foi ao ar em 12 de dezembro daquele ano.
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UFSC oferece mais de 300 vagas por meio de processos seletivos complementares

14/12/2021 11:00

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nestas segunda e terça-feira, 13 e 14 de dezembro, os editais para cinco processos seletivos e concursos complementares ao Vestibular UFSC 2022. No total, serão oferecidas 376 vagas.

Foram publicadas as regras para os processos seletivos das vagas suplementares para indígenas (22 vagas) e quilombolas (9); das vagas suplementares para negros (pretos e pardos – 210 vagas, sendo duas por curso); processo seletivo para Educação do Campo (50); vestibular para Licenciatura Intercultural Indígena (45); e vestibular para Letras/Libras na modalidade presencial (40). Os aprovados ingressarão na UFSC durante o ano letivo de 2022.

As inscrições para todos esses processos seletivos poderão ser feitas de 4 a 20 de janeiro de 2022, exclusivamente pela internet. Cada concurso terá um site específico onde, além das inscrições, os candidatos realizarão procedimentos como correção de dados da inscrição e apresentação de recursos, receberão informações de confirmação de inscrição, locais de provas, editais complementares e avisos. Os resultados dos pedidos encaminhados e as listas de classificados também serão publicados nestes sites.

A maioria dos concursos prevê a realização de provas, mas também serão adotadas outras modalidades de seleção. O processo seletivo para ingresso no curso de Licenciatura em Educação do Campo – área de Ciências da Natureza e Matemática fará a classificação com base no histórico escolar do Ensino Médio (curso de segundo grau ou equivalente). Já o edital das vagas suplementares para negros utilizará notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) das edições de 2019, 2020 ou 2021.

Nos casos em que haverá realização de provas, será exigido o uso de máscara cobrindo nariz e boca durante toda a realização do certame. Aos candidatos que participarão do concurso para Letras/Libras e que necessitem de leitura labial, será autorizado o uso de uma máscara especial que permita o procedimento. Também será proibido o consumo de alimentos durante os exames e a aglomeração de pessoas nas proximidades dos locais de prova.

As reservas de vagas da Política de Ações Afirmativas serão aplicadas nos processos seletivos, com exceção do vestibular para Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica e dos processos seletivos para as vagas suplementares de negros, indígenas e quilombolas.

Confira os links para os editais dos processos seletivos:

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Pesquisas da UFSC são premiadas no XXIX Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia

14/12/2021 10:48

Três trabalhos de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram apresentados no XXIX Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia e IX Congresso Internacional de Fonoaudiologia, realizado em outubro de forma remota. Na última semana, foram divulgadas as iniciativas premiadas no evento. O trabalho Gravação e processo de validação de um teste de reconhecimento de fala em normo-ouvintes, orientado pela professora Maria Madalena Pinheiro, do Departamento de Fonoaudiologia, e coorientado pelo professor Stephan Paul, Departamento de Engenharia Mecânica, recebeu prêmio de excelência pelo departamento de Audiologia da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia.

O trabalho teve a participação das alunas Isadora Koerich e Isadora Rosseto e contou ainda com a colaboração da professora Ana Carolina Ghirardi, do Departamento de Fonoaudiologia, e da professora Cristiane Lazzaroto-Volcão, do Departamento de Linguistica. O objetivo do estudo foi gravar e validar um teste de reconhecimento de fala em português – teste RASP- para usuários de dispositivos eletrônicos. O teste se encontra disponível no software Persona.

No departamento de Linguagem da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, as professoras Maria Isabel D’Ávila Freitas e Aline Mara de Oliveira, ambas do Departamento de Fonoaudiologia da UFSC, receberam menção honrosa no Congresso. A professora Maria Isabel fez parte do trabalho Avaliação da Linguagem por teleatendimento em adultos e idosos cognitivamente.

Já a professora Aline Mara de Oliveira, em parceria com os professores Larissa Cristina Berti (UNESP Marília) e Ronaldo Lima Jr (UFC), desenvolveu o trabalho intitulado Produção de oclusivas alveolares e velares em crianças com apraxia de fala infantil e desvio fonológico: análises ultrassonográficas, que teve o objetivo de desenvolver medidas objetivas com estatísticas robustas e avançadas para contribuir no diagnóstico diferencial.

Realizado pela Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, o XXIX Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia e IX Congresso Internacional de Fonoaudiologia é o maior encontro da Fonoaudiologia da América Latina, contando com mais de 100 atividades, ministradas por 400 palestrantes em formato on-line, nos segmentos da Linguagem, Voz, Audição e Equilíbrio, Motricidade Orofacial, Disfagia, Fonoaudiologia Educacional e Saúde Coletiva.

Professor da UFSC apresenta ferramenta para investigar subnotificação de casos de covid-19

13/12/2021 09:00

Uma ferramenta matemática que ajuda a investigar a subnotificação de casos de infecção por covid-19 foi um dos resultados do trabalho de um grupo que estuda a dinâmica de doenças infecciosas a partir de modelos matemáticos. O professor Vinicius Albani, do Departamento de Matemática da UFSC, foi um dos autores do artigo Covid-19 underreporting and its impact on vaccination strategies, publicado no BMC Infectious Diseases, periódico da Springer Nature, e recentemente pauta do portal internacional de divulgação científica Scidev.net.

O professor explica que o índice de soroprevalência é o que costuma ser utilizado para se investigar a proporção de casos de infecção em uma determinada região. Esse indicador, entretanto, depende da testagem massiva, política à qual muitos países não tiveram acesso. O objetivo do grupo, composto também pelos pesquisadores Jennifer Loria, Eduardo Massad e Jorge Zubelli, foi apresentar essa nova metodologia para estimar infecções subnotificadas com base em aproximações das taxas estáveis ​​de hospitalização e mortalidade.

Imagem ilustrativa (Pixabay)

“A gente propõe um modelo para descrever a dinâmica da covid-19 e da disseminação do vírus que fosse aderente aos dados, que conseguisse fazer boas previsões – pelo menos previsões de curto prazo – para saber quantos vão ser os números de casos, de mortes e de hospitalizações nos próximos dez dias, quinze dias, visando auxiliar o poder público”, conta. Para isso, a equipe utilizou dados públicos da pandemia para o cálculo das taxas diárias de internações e óbitos, procurando por períodos em que essas taxas apresentaram uma estabilização. Estes períodos, aponta o professor, em geral são aqueles em que há um alto volume de testes com baixos índices de resultado positivo.

Na prática, foram utilizados dados de Chicago e Nova York, cidades que estavam testando muito sua população. Esse era um fator importante para o desenvolvimento da ferramenta, pois era necessário que houvesse uma alta taxa de testagens e um volume pequeno de testes positivos para se fazer um corte numérico e compará-lo com as taxas de hospitalização e óbitos. As taxas observadas nos períodos em que houve estabilização eram consideradas como as taxas reais de mortalidade e de hospitalização associadas à covid-19, que depois eram usadas para fornecer estimativas de números de infecções para ouros períodos e regiões.

Segundo Albani, a metodologia funciona da seguinte forma: se a taxa de mortalidade considerada como real é de 1% e, num dado dia, a taxa de mortalidade observada é de 10%, então o número de infecções naquele dia deve ser 10 vezes maior do que o número reportado. A taxa de mortalidade diária é calculada como a razão entre o número de mortes num dado dia e o número de infecções reportadas 12 dias antes, em que 12 dias é o tempo médio entre uma pessoa começar a apresentar os sintomas da doença e vir a óbito. A taxa de hospitalização diária é calculada de forma similar.

A ferramenta foi testada usando dados da Cidade do México, da Dinamarca e da província de Buenos Aires. “Então, quando a gente comparava os nossos números, especialmente usando taxas de mortalidade, com os números de estudos de soroprevalência, a gente viu que nossos números eram muito parecidos”, reforça o pesquisador. Esse confronto dos resultados da ferramenta com os resultados de soroprevalência serve, também, como mais uma validação do instrumento proposto pelos pesquisadores.

Para os cálculos, a equipe utilizou médias móveis de sete dias sobre as novas infecções, hospitalizações e mortes. Entre outras coisas, o estudo também apontou que a infecção entre as populações estudadas pode ter chegado a 30%, um índice pelo menos seis vezes maior do que aquele apresentado nas notificações. De acordo com o professor, a vantagem de utilizar a ferramenta é porque ela é complementar aos estudos de soroprevalência, com o benefício de poder ser utilizada a qualquer momento. “Quando você tem uma ferramenta matemática que te permite ver a subnotificação você pode calcular a qualquer momento, desde que você tenha os dados. Você também pode pegar os números de um lugar e aplicar em outro”, indica.

O estudo, que foi realizado em 2020, também previu um impacto desses dados nas políticas de vacinação, considerando, hipoteticamente, que cidadãos que já tivessem imunidade contra o vírus poderiam ser vacinados depois dos grupos de prioridade.

Com reportagem de Luana Consoli/Agecom/UFSC

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UFSC homenageia Antonieta de Barros com título de Doutora Honoris Causa

10/12/2021 14:59

Nesta sexta-feira, 10 de dezembro, o Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (CUn/UFSC) aprovou, por unanimidade, a concessão do título de Doutora Honoris Causa (in memorian) à professora Antonieta de Barros (1901-1952), por sua importância para a educação estadual e nacional. A homenagem foi uma iniciativa de três pesquisadoras do Centro de Educação (CED) – Joana Célia dos Passos, Eliane Debus e Patrícia de Moraes Lima –, representantes dos seguintes núcleos de pesquisa: Alteritas: diferença, arte e educação, Literalise e Nuvic: estudos sobre as violências. 

Na proposta, que também teve a participação da Associação de Educadores Negras, Negres e Negros de Santa Catarina (AENSC), as docentes argumentam que Antonieta de Barros foi “uma das mulheres mais importantes da história de Santa Catarina e do país”. Desde a infância e juventude, conforme descrevem, a homenageada soube “o que significava ser mulher negra e pobre, num estado do sul do Brasil, majoritariamente branco e com forte adesão à eugenia como política social”.

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UFSC Responde: medidas de segurança individual e vacinação contra a Covid

10/12/2021 11:05

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) reuniu alguns dos comentários que estamos recebendo nas redes sociais em mais um vídeo da série UFSC Responde, no intuito de trazer respostas a algumas dúvidas da nossa comunidade.

Neste quinto episódio da série, conversamos com o pró-reitor de Graduação, Daniel Vasconcelos, nos estúdios da TV UFSC para saber sobre a as medidas que serão adotadas na UFSC quando da volta do ensino presencial e sobre a obrigatoriedade da vacinação de todos os estudantes, técnicos e docentes contra a Covid-19.

Desde o início da Pré-Fase 2, em setembro, os servidores técnicos e docentes da UFSC já recebem suas máscaras PFF-2 e outros equipamentos de proteção individual, bem como insumos para o ambiente de trabalho. A Universidade também já implementou uma Política de Testagem dos trabalhadores e realiza a medição da qualidade do ar e adequações de espaço físico, visando à preparação para o retorno das atividades presenciais de ensino. Todas as medidas são ponderadas pela Administração Central da UFSC, com a orientação da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico.

A UFSC também monitora, por meio do Painel Ativo de Dados Epidemiológicos, a vacinação de seus trabalhadores e os números da pandemia. No entanto, segundo o gestor, neste momento a UFSC não pode exigir o Certificado de Vacinação contra a Covid de seus estudantes e trabalhadores, uma vez que não há, ainda, uma previsão legal, por meio de legislação ou orientação oficial do Governo Federal, para essa medida. Ele reitera que a UFSC compreende a importância dessa questão para toda a sua comunidade e tem atuado junto aos órgãos oficiais, em parceria com as entidades representativas e em conjunto com outras Instituições Federais de Ensino Superior, buscando esse amparo legal para essa medida.

Confira o vídeo abaixo, que busca responder:

A UFSC está preparada para ter a estrutura necessária para a volta, incluindo a disponibilidade de máscaras, sabonetes nos banheiros e álcool em gel nos setores?

Haverá obrigatoriedade de vacinação para a volta presencial?

 

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UFSC desenvolve base técnica de programa nacional para etiquetagem de eficiência energética em edificações

10/12/2021 10:13

Em um mundo pautado pela sustentabilidade, a busca por soluções cotidianas que apresentem eficiência energética torna-se fundamental. O uso eficiente da energia elétrica, por exemplo, pode gerar redução nas despesas e nos impactos sobre o meio ambiente. As famosas etiquetas de consumo de energia elétrica presentes em quase todos os eletrodomésticos da linha branca produzidos no Brasil têm um similar para as edificações. A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) aplicada às construções é chamada de etiqueta PBE Edifica, faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida em parceria entre o Inmetro e o Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica).

O Programa promove o uso racional da energia elétrica de forma a incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, diminuindo os desperdícios e os efeitos sobre o meio ambiente. Atualmente, o consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país. Porém, estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações. Instituído em 2003 pela Eletrobras, o Procel Edifica atua de forma conjunta com o Ministério de Minas e Energia, Ministério das Cidades, universidades, centros de pesquisa, entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor de construção civil.

O Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está diretamente envolvido nos estudos técnicos para a etiquetagem dos edifícios. Conforme explica o coordenador geral do Laboratório, professor Roberto Lamberts, a criação da Lei de Eficiência Energética ocorreu em 2001 e, a partir de 2004, o LabEEE iniciou o trabalho na linha de edificações. “Começamos a ter convênios com o Procel para operacionalizar as ações determinadas pelo Ministério de Minas e Energia. O lançamento das primeiras etiquetas ocorreu entre 2008 e 2010 e, desde então, estamos trabalhando no aperfeiçoamento do método, culminando esse ano com grandes novidades, uma métrica baseada em consumo de energia primária em sintonia com as tendências internacionais”.
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Professora da UFSC é coautora de artigo sobre restauração das florestas tropicais publicado na revista Science

10/12/2021 10:00

A professora Ana Catarina Conte Jakovac, do departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (CCA/UFSC), é uma das coautoras do artigo Multidimensional tropical forest recovery (Regeneração multidimensional das florestas tropicais), publicado na revista científica Science nesta sexta-feira, 10 de dezembro. O trabalho mostra que as florestas tropicais em regeneração alcançam, depois de 20 anos, quase 80% da fertilidade, do estoque de carbono do solo e da diversidade de árvores das florestas maduras.

O estudo é fruto da rede de colaboração internacional 2ndFOR, que conta com mais de 90 pesquisadores de 20 países que juntos buscam entender a dinâmica de regeneração das florestas tropicais e seu papel na restauração florestal.

Sobre a pesquisa

Uma equipe internacional de ecólogos tropicais analisou como 12 atributos florestais se recuperam durante o processo natural de regeneração florestal e como sua recuperação está inter-relacionada. A análise usou 77 paisagens e mais de 2.200 parcelas de florestas na América tropical e subtropical e na África Ocidental. Apesar das florestas tropicais sofrerem uma taxa alarmante de desmatamento, elas também têm o potencial de crescer naturalmente em terras abandonadas. O estudo conclui que a regeneração natural é artigo solução de baixo custo para a mitigação das mudanças climáticas, conservação da biodiversidade e restauração do ecossistema.
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UFSC Responde: Restaurante Universitário e biossegurança

08/12/2021 16:31

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) reuniu alguns dos comentários que estamos recebendo nas redes sociais em mais um vídeo da série UFSC Responde, no intuito de trazer respostas a algumas dúvidas da nossa comunidade.

Neste quarto episódio da série, conversamos com o pró-reitor de Graduação, Daniel Vasconcelos nos estúdios da TV UFSC para saber sobre a preparação da UFSC para o retorno presencial.

O pró-reitor falou sobre os protocolos que serão criados para a utilização de espaços como o Restaurante Universitário e a Biblioteca. Segundo Daniel, a Administração Central UFSC vem atuando, juntamente com a Comissão de Acompanhamento Epidemiológico, para que a UFSC seja um ambiente seguro para atividades presenciais.

Confira o vídeo abaixo, que busca responder:

Como ficará a questão da lotação do Restaurante Universitário, Biblioteca e salas de aula para evitar aglomerações?

Há alguma previsão para a volta do RU antes mesmo da volta às aulas presenciais, como forma de auxiliar os estudantes que precisem?

Siga acompanhando as notícias da UFSC para saber mais sobre as próximas etapas.
Acompanhe:
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Encerra-se domingo cadastramento de alunos e servidores da UFSC interessados em trabalhar no Vestibular 2022

07/12/2021 14:36

Encerra-se no domingo, 12 de dezembro, o prazo de cadastramento de alunos de graduação e pós-graduação, docentes e técnicos-administrativos em Educação interessados em trabalhar no Vestibular 2022 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) está recrutando colaboradores para atuarem como coordenadores, fiscais, fiscais de corredor e outras funções na aplicação das provas, que ocorrem nos dias 29 e 30 de janeiro de 2022. A inscrição deve ser feita na página coperve.ufsc.br/colaboradores.

No momento da inscrição, os candidatos deverão informar se participaram dos cursos de capacitação para colaboradores do Vestibular. Ao longo do ano de 2021, a Coperve promoveu duas edições do curso, com o objetivo de treinar colaboradores para atuar em processos seletivos e no Vestibular. Mais de 550 pessoas concluíram o Curso 1 (Conhecendo os Fundamentos do Vestibular) e 631 pessoas participaram das turmas do Curso 2 (Procedimentos do Vestibular), com capacitação para as funções de coordenador de ala, coordenador de setor e fiscal do vestibular. Os candidatos que participaram do curso terão preferência na seleção de colaboradores.

As provas do Vestibular UFSC 2022 serão realizadas nas cidades de Florianópolis (e municípios da Grande Florianópolis), Araranguá, Balneário Camboriú, Blumenau, Brusque, Caçador, Canoinhas, Chapecó, Concórdia, Criciúma, Curitibanos, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville, Lages, Rio do Sul, São Miguel do Oeste e Tubarão. Nas cidades que não sediam campus da UFSC, a seleção de colaboradores é feita pelas próprias instituições onde são aplicadas as provas, geralmente professores e servidores das escolas.

Tags: colaboradorescoperveingressoUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibularVestibular 2022Vestibular UFSC 2022

Pesquisa premiada da UFSC aponta que alimentação saudável e atividade física podem aumentar sobrevida de pacientes com câncer de mama

07/12/2021 11:57

Um trabalho fruto de uma dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC foi premiado no Congresso Brasileiro de Nutrição Oncológica por sua relevância e pelo longo período de coleta de dados. O estudo de Jaqueline Schroeder, com coautoria de Luiza Kuhnen Reitz, Yara Maria Franco Moreno, Marina Raick e Patricia Faria Di Pietro, levou o primeiro lugar como melhor tema livre do evento, investigando o impacto das recomendações da World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research sobre mortalidade, tempo de sobrevida e recidiva em mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

A pesquisa foi orientada pela professora Patricia Faria Di Pietro e consistiu no acompanhamento de 101 mulheres admitidas para a realização de tratamento cirúrgico de câncer de mama entre 2006 a 2011. Aos hábitos destas pacientes foi atribuído um sistema de pontuação padronizado de adesão às recomendações da WCRF/AICR. O câncer de mama é um dos mais diagnosticados no mundo e um dos que apresentam maior taxa de mortalidade.


O estudo observacional, analítico e prospectivo foi dividido em duas fases: na primeira utilizou informações já coletadas entre 2006 e 2011 sobre os dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos e sobre o consumo alimentar das mulheres. Na segunda, entre 2020 e 2021, buscou as informações adicionais de mortalidade, tempo de sobrevida após o diagnóstico do câncer de mama e sobre a recidiva da doença – ou seja, seu reaparecimento.

As recomendações da WCRF/AICR, foco da pesquisa, baseiam-se em dez hábitos a serem desenvolvidos como forma de prevenir o câncer e de fazer com que a doença não retorne. Limitar o consumo de carne vermelha e processada, de açúcar e bebidas açucaradas, de álcool e de fast food estão entre os itens da lista. Ter uma dieta rica em grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas, ser fisicamente ativo e manter um peso corporal saudável também fazem parte dos itens. Não utilizar suplementos nutricionais para a prevenção de câncer, amamentar os filhos se possível e, depois de um diagnóstico, seguir as recomendações completam a lista do que é possível fazer para um tratamento positivo.

A análise constata, por meio do acompanhamento das mulheres em tratamento, a relevância do seguimento das recomendações da WCRF/AICR para melhor expectativa de vida após o diagnóstico do câncer de mama. De acordo com Jaqueline, fatores como alimentação inadequada e sedentarismo podem interferir na expectativa de vida de pacientes com câncer de mama. “No estudo, identificou-se menor sobrevida – ou seja, tempo de sobrevivência após o primeiro diagnóstico do câncer de mama – daquelas mulheres que seguiram menos as recomendações da WCRF/AICR”, pontua.

O estudo atribuiu um sistema de pontuação padronizado. Por exemplo: aquelas que mantinham uma dieta de consumo de frutas e vegetais maior do que 400 gramas por dia pontuaram mais do que aquelas que ingeriram uma porção menor ou não ingeriram. Princípio semelhante foi aplicado em sete das dez recomendações da entidade de prevenção ao câncer. Jaqueline utilizou métodos estatísticos para fazer a análise para cada mulher que participou da pesquisa.

Ilustração: waldryano/Pixabay

Entre 2020 e 2021 o estudo coletou os dados de mortalidade, geral e específica por câncer de mama, e o tempo de sobrevida das pacientes. Curvas de Kaplan-Meier, modelos de regressão logística e regressão de Cox foram elaborados para associar o escore WCRF/AICR com mortalidade e sobrevida. Jaqueline explica que a amostra de participantes foi dividida em três partes, cada uma correspondendo a um tercil. “O primeiro tercil é composto de mulheres que menos seguiram as recomendações; o segundo, pelas mulheres que seguiram moderadamente as recomendações; e o terceiro, as que mais seguiram as recomendações de prevenção ao câncer”.

As mulheres com menor adesão às recomendações, do primeiro tercil, tiveram uma menor chance de sobrevida em 10 anos quando comparadas às pacientes com maiores escores. “Sugere-se que a adesão às recomendações da WCRF/AICR antes do tratamento do câncer de mama pode contribuir com a melhor expectativa de vida”, pontua, na pesquisa. “Podemos afirmar, por meio deste estudo, que mulheres que seguem menos as recomendações têm maior risco de sobreviver menos após o diagnóstico do câncer”, completa.

Ainda, o estudo aponta que consumo de frutas, vegetais e prática de atividade física já aparecem associados à maior sobrevida e menor mortalidade em outras pesquisas. O consumo de açúcar e bebidas açucaradas também surge como um fator de risco de doenças cardiovasculares, que podem evoluir para alguns tipos específicos de câncer. Outra conclusão é que o excesso de peso influencia na recidiva e em diferentes comorbidades e que o sedentarismo e o estilo de vida inadequado podem ocasionar inflamação sistêmica e maior risco de desenvolvimento de tumores e metástases.

A pesquisadora continua investigando a temática. “Estou buscando mais informações sobre mortalidade e recidiva das mulheres. Até o momento consegui dados do Centro de Pesquisas Oncológicas e pretendo ampliar a amostra para o estudo de sobrevida em 10 anos com dados de pacientes da Carmela Dutra”, adianta. O estudo também tem desdobramento na sua pesquisa de doutorado. “Pretendo associar o escore WCRF/AICR a outros desfechos, como alguns biomarcadores inflamatórios específicos e perfil de saúde hepática de mulheres sobreviventes do câncer de mama”, finaliza.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: câncer de mamaCongresso Brasileiro de Nutrição OncológicanutriçãoWorld Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research

Propesq divulga resultado do Prêmio Pesquisa de Destaque

06/12/2021 11:36

A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta segunda-feira, 6 de dezembro, o resultado do Prêmio Pesquisa de Destaque. O vencedor na categoria Pesquisa Básica foi o estudo “Potenciais marcadores de prognóstico e alvos terapêuticos aplicáveis às doenças neurológicas e psiquiátricas”, coordenado pelo professor do Departamento de Clínica Médica Roger Walz. Já na categoria Pesquisa Aplicada, o contemplado foi o trabalho “Adequação climática e uso racional de água em edificações”, liderado por Enedir Ghisi, docente do Departamento de Engenharia Civil. 

A comissão avaliadora recomendou, também, a concessão do reconhecimento de Honra ao Mérito a duas propostas: “Processos e produtos cerâmicos sustentáveis”, do professor do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos Dachamir Hotza; e “Aquicultura integrada com uso da tecnologia de bioflocos: incrementando a produtividade com sustentabilidade”, de Felipe do Nascimento Vieira, engenheiro agrônomo do Laboratório de Camarões Marinhos.

Foram recebidas 18 candidaturas – 15 para Pesquisa Aplicada e três para Pesquisa Básica. Entre os fatores considerados na avaliação, estão a produção científica associada, o impacto científico e social da pesquisa, a formação de recursos humanos qualificados, o recebimento de prêmios e o alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

A comissão julgadora foi composta pelos professores Armando Albertazzi Gonçalves Júnior, presidente indicado pela Propesq/UFSC; Amauri Bogo, diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da  Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc); Jan Schripsema, da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro; Margareth Maria de Carvalho Queiroz, do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz); e Marcelo José Braga, da Universidade Federal de Viçosa.

Mais informações no site da premiação e na Ata do Processo Seletivo.

Tags: PrêmioPrêmio Pesquisa de DestaquePROPESQUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC Responde: ensino remoto, presencial e assistência estudantil

03/12/2021 19:32

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) reuniu alguns dos comentários que estamos recebendo nas redes sociais em mais um vídeo da série UFSC Responde, no intuito de trazer respostas a algumas dúvidas da nossa comunidade.

Neste terceiro episódio da série, conversamos com o pró-reitor de Graduação, Daniel Vasconcelos nos estúdios da TV UFSC para saber sobre o ensino remoto e presencial, se o retorno presencial será obrigatório estudantes de Graduação e se a UFSC irá conceder algum tipo de auxílio ou ajuda de custo para que o retorno de estudantes aos campi na data de 18 de abril de 2022.

A UFSC, por meio da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis, atende, atualmente cerca de 6.100 estudantes com várias modalidades de auxílio, e, durante a pandemia, oferece o Auxílio Emergencial, que acaba de ser reajustado. Saiba mais em prae.ufsc.br

Confira o vídeo abaixo, que busca responder:

Haverá a opção de continuar no ensino remoto para quem está no final do curso? Ou para quem não se sente seguro em retornar presencialmente ainda?
Haverá algum auxílio para estudantes que voltaram para a sua cidade natal durante a pandemia, e que agora precisam retornar para a cidade do seu campus?

 

Veja também:

UFSC Responde: Atividades da Universidade e o Retorno às Aulas Presenciais
UFSC Responde: data de retorno às aulas presenciais e progressão das Fases

Tags: aula presencialauxílio emergencialcoronavírusCovid-19PRAEprogradUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC lança Curso de Sobrevivência no Português Brasileiro para estudantes do exterior

03/12/2021 15:04

Criado para ser uma primeira experiência do aluno internacional antes de sua chegada à UFSC e como uma importante ferramenta de auxílio ao processo de internacionalização, o Curso de Sobrevivência no Português Brasileiro surgiu de uma necessidade clara: um grande número de estudantes internacionais da UFSC entram e saem da instituição sem aprender a falar português. E foi por causa desses relatos, que a equipe da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) uniu suas ideias e experiências à capacidade técnica da Secretaria de Educação a Distância (Sead) para desenvolver um curso 100% assíncrono, e ambientado inteiramente em situações que ocorrem na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O curso, on-line e auto-instrucional, focaliza a necessidade das universidades internacionais parceiras da UFSC em ter um primeiro contato com a estrutura e vocabulário do português brasileiro antes de iniciar suas atividades de mobilidade e/ou cooperação acadêmica.

O objetivo da Sinter e da Sead é capacitar estudantes, servidores docentes e técnico-administrativos de várias partes do globo para que possam realizar mobilidade e cooperação acadêmica na UFSC, por meio de um curso virtual com estrutura e vocabulário para que os participantes consigam se comunicar em nível elementar. O curso auxilia no processo de acolhimento dos seus participantes ao chegarem à UFSC e desperta o interesse em aprender a língua e cultura brasileiras.

A iniciativa, acredita-se, é inédita e precisou ser criada do zero, uma vez que não havia cursos parecidos em outras universidades, segundo as Secretarias. Foi desenvolvido por conteudistas, professores da área de Letras Português/Inglês, e profissionais da Sead e da Sinter.
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Tags: alunos internacionaisinternacionalizaçãoPortuguês brasileiroSEaDSinterUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC Responde: data de retorno às aulas presenciais e progressão das Fases

01/12/2021 18:51

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) reuniu alguns dos comentários que estamos recebendo nas redes sociais em mais um vídeo da série UFSC Responde, no intuito de trazer respostas a algumas dúvidas da nossa comunidade.

Neste segundo episódio da série, conversamos com o pró-reitor de Graduação, Daniel Vasconcelos nos estúdios da TV UFSC para saber acerca do calendário de retorno às aulas presenciais de forma abrangente na UFSC, definidas pelo Calendário Acadêmico 2022 para terem início em 18 de abril de 2022. Também falamos sobre as Fases de Combate à Pandemia de Covid-19 e como elas devem progredir.

Confira o vídeo abaixo, que busca responder:

Por que a UFSC resolveu que a volta presencial seria em abril de 2022?
Haverá alguma fase transitória antes desse período, como previsto no plano de retomada em Fases da UFSC?

 

Veja também:

UFSC Responde: Atividades da Universidade e o Retorno às Aulas Presenciais

Tags: conselho universitárioprogradUFSCUFSC respondeUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC retoma gradualmente realização de cerimônias presenciais de colação de grau

01/12/2021 15:31

A primeira colação de grau presencial desde 12 de março ocorreu nesta terça-feira, 30 de novembro. (Foto: Henrique Almeida)

A suspensão das cerimônias de colação de grau na Universidade Federal de Santa Catarina foi, em 12 de março de 2020, uma das primeiras medidas a serem tomadas na Universidade para conter a transmissão do coronavírus. Passaram-se 623 dias até que essa celebração fosse retomada de forma presencial. Na última terça-feira, 30 de novembro, 24 formandos dos cursos de Agronomia e Engenharia de Aquicultura puderam reunir presencialmente suas famílias e professores para celebrar o encerramento de sua graduação. Quem não pode estar ali, acompanhou pelo YouTube

Em seu discurso, o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Pedro Manique Barreto, que foi o responsável por conceder grau aos formandos, pediu desculpas aos presentes, pelo eventual desconforto de uma cerimônia em dia ensolarado, em uma tenda armada em frente ao prédio da Reitoria. “Quero agradecer por estarem conosco nesta manhã, quando retomamos as formaturas presenciais, ao ar livre”, disse. “O processo para que isso hoje se realizasse demandou tempo, muito trabalho, muitos ajustes. Infelizmente não pudemos alcançar todas as turmas, de todos os cursos, porém o dia de hoje é, sem dúvida, um marco para a nossa instituição”, salientou.

O pró-reitor ressaltou que todos os cuidados foram tomados para que os protocolos “sejam condizentes com a postura da Universidade, por sempre confiar na Ciência e na defesa da vida”. Os discursos durante a formatura reforçaram essa mensagem e o quanto foi emocionante voltar ao convívio presencial.
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Doutoranda da UFSC recebe bolsa internacional para apoiar pesquisa desenvolvida na Antártica

01/12/2021 12:02

A doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Paola Barros Delben é uma das agraciadas com uma bolsa internacional para apoiar estudos e pesquisas conduzidas na Antártica. A bolsa foi concedida pelo Conselho de Gestores de Programas Antárticos Nacionais (COMNAP) e apoiará o projeto de Paola “Gestão de Riscos de Saúde e Segurança em Isolamento, Confinamento e Contextos Extremos”. Ela utilizará a bolsa para realizar pesquisas colaborativas com colegas do Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, Lisboa, Portugal.

A pesquisa aborda uma das áreas prioritários para a COMNAP, que é a segurança humana, e aumentará a compreensão sobre o impacto do isolamento, confinamento e ambientes extremos nos expedicionários, afirmou a instituição ao anunciar as bolsas.

Paola é vinculada ao Laboratório Fator Humano, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC, e foi a primeira pesquisadora com projeto de ciências humanas, psicologia, saúde mental e tecnologia aplicada a ser contemplada com esse reconhecimento pelos principais órgãos responsáveis por pesquisas na Antártica.
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Observatório UFSC é lançado com mais de 300 indicadores sobre 21 áreas de atuação da Universidade

30/11/2021 18:42

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoveu nesta terça-feira, 30 de novembro, o lançamento oficial do Observatório UFSC, plataforma de transparência e apoio à gestão que integra, em um único ambiente, os dados e informações de vários domínios da instituição. Participaram da solenidade on-line representantes do Ministério da Educação, do governo estadual, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Pela UFSC, participaram o reitor Ubaldo Cesar Balthazar, a vice-reitora Cátia Regina de Carvalho Pinto, pró-reitores, secretários, diretores de unidades de ensino, chefes de departamento, coordenadores de cursos e de programas de pós-graduação, estudantes, servidores administrativos e docentes. A webconferência foi transmitida pelo YouTube.

A sessão foi aberta pelo reitor, que saudou os presentes e apresentou uma visão geral do Observatório. “O objetivo desta plataforma é fornecer um panorama dos mais variados temas, relevantes não só à gestão universitária mas também à comunidade acadêmica, órgãos de controle e sociedade como um todo”. O Observatório estreia nesta terça-feira com mais de 300 indicadores sobre 21 áreas da UFSC, e será gradualmente ampliado. 
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Pesquisa da UFSC investiga como as bactérias da Antártida podem ajudar e entender mudanças climáticas

30/11/2021 09:30

Alanna e professor Rubens estudam material coletado na Antártida

Os milhares de microorganismos que habitam o mundo, a maior parte deles desconhecidos da ciência, também podem trazer respostas sobre um dos fatores mais preocupantes da modernidade: as mudanças climáticas. Uma série de pesquisas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob coordenação do professor Rubens Tadeu Delgado Duarte, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, investiga como bactérias da Antártida podem trazer respostas sobre o tema e também seu potencial em inovações da biotecnologia.

Uma dessas pesquisas vem sendo desenvolvida pela estudante de iniciação científica Alanna Maylle Cararo Luiz em seu trabalho de conclusão de curso e foi recentemente apresentada no evento da Sociedade Brasileira de Microbiologia. O estudo Estratégias de crescimento de microrganismos de solos de recuo de geleira da Antártica em termos de seleção r-k trabalha com material coletado em uma expedição pelo continente em 2017, parte do projeto Microsfera – A Vida microbiana na Criosfera Antártica: mudanças climáticas, e bioprospecção.

As pesquisas ocorrem no Laboratório de Ecologia Molecular e Extremófilos (LEMEx). O professor explica que a ecologia molecular é uma uma área da da biologia em que se utiliza moléculas para estudar a ecologia dos seres vivos, e os extremófilos são justamente aqueles organismos que conseguem sobreviver em condições extremas – tal como ocorre no ainda desconhecido continente mais frio do planeta. No LEMEx, a proposta é utilizar moléculas das bactérias para entendê-las e desvendar propriedades e funcionalidades desconhecidas. “Tem milhares, dezenas de milhares de espécies de bactérias e um único grama de solo. Então, uma colher de chá de solo tem milhões de indivíduos a serem estudados”, explica.

O continente antártico também é foco dos interesses porque o eixo central das pesquisas está ligado à ideia de compreender as mudanças climáticas. Cientistas do mundo todo investigam esse ponto do planeta por conta do derretimento das geleiras, que ocasiona aumento no nível das águas e produz um verdadeiro efeito cascata na biodiversidade. “Nós queremos utilizar o conhecimento sobre essas bactérias para determinar, por exemplo, se elas podem indicar uma mudança climática mais rápida ou uma mudança climática mais lenta, ou seja, a gente pode utilizá-las como uma forma de monitoramento de mudanças climáticas, como termômetros biológicos”.

Duarte explica que diferentes seres vivos podem indicar essas variações. Os pinguins, por exemplo, são muito utilizados pela ciência porque se aproveitam do derretimento dos solos para colonizarem o ambiente. Assim, o aumento das “pinguineiras” é uma amostra efetiva do aquecimento. O que ocorre é que este é um processo lento, que depende das características reprodutivas dos animais. As bactérias, ao contrário, podem trazer essas respostas de forma mais ágil e também mais efetiva.

Collins e Baranowski

As pesquisas da UFSC são realizadas a partir da coleta de solo e de gelo de duas geleiras na Antártida: a Collins e a Baranowski. Segundo o professor, isso ocorre porque, enquanto uma apresenta um processo de derretimento lento, a outra degela de forma muito rápida. “Os levantamentos indicam que a Baranowski recuou, em 43 anos, o que a Collins levou mais de mil anos para recuar”, comenta.

Com esse recuo, o solo volta a ficar exposto e as bactérias são despertadas. Esse processo fornece à ciência um gradiente espaço-temporal, já que se coletam amostragens logo em frente às geleiras, no solo que acabou de ficar exposto, e em regiões mais distantes, expostas há vinte, trinta ou quarenta anos. “Esse gradiente é importante porque é possível entender o que aconteceu com as populações de bactérias ao longo do tempo”, explica.

Ainda segundo o professor, é possível não só comparar o solo exposto mais e menos recentemente como comparar os solos de cada uma das geleiras – a de rápido e lento processo de degelo. “Quando comparamos a Collins com a Baranowski, por exemplo, podemos identificar quais microorganismos ocorrem no solo da geleira que derrete mais rápido. Essas bactérias podem servir como termômetro para nós”.

No caso da pesquisa de Alanna, a ideia é utilizar bactérias dessas amostras coletadas durante a expedição de 2017 para entender o papel do derretimento das geleiras na sucessão ecológica, o que contribui com o monitoramento dos efeitos das mudanças climáticas. Para ilustrar o que esse fenômeno representa, o professor utiliza um exemplo mais familiar para os brasileiros do que o derretimento das geleiras: as queimadas.

De acordo com Rubens, este processo impacta em toda a biodiversidade da região que está sendo investigada. “Vamos para uma floresta Mata Atlântica, aqui próximo a nós. Digamos que tenha uma queimada. Então, você tem a biodiversidade em volta, mas tem uma clareira sem planta nenhuma. Ao longo dos anos, a floresta vai ocupar aquele espaço novamente: novas sementes vão cair ali, animais vão começar a visitar. Ao longo do tempo, haverá um processo de sucessão ecológica”, explica. E existe um padrão para que isso ocorra: primeiro gramíneas, depois plantas arbustivas, pequenos arbustos, árvores de porte pequeno. Os animais também vão se guiando conforme esse padrão.

Na Antártida, o derretimento das geleiras também passa por esse processo, considerando, é claro, as particularidades da região. E é nesse ponto que a investigação da UFSC pode avançar: a geleira derreteu, o solo descongelou e ficou exposto ao oxigênio da atmosfera. Primeiro algumas bactérias começam a crescer, depois outras, sucessivamente. “As populações vão mudando”, reforça o professor. “Isso acontece com qualquer fator de impacto ambiental”. A sucessão ecológica vai refletir os processos de seleção natural de acordo com a disponibilidade de recursos e as estratégias de crescimento dos organismos.

Na pesquisa, o olhar do professor e da acadêmica está voltado para o crescimento dessas bactérias. Alguns desses microorganismos crescem rápido, levando em torno de 48 horas para a população ficar visível em meio à cultura. Já outros demoram muito mais tempo para crescer. Em solos mais jovens, ou seja, mais recentemente expostos ao fenômeno do degelo, é possível encontrar os organismos que crescem de forma mais acelerada. “Mas à medida que nos distanciamos da geleira, encontramos maior diversidade”, pontua. O fenômeno também é diferente na geleira Collins e na Baranowski.

Amostras de solo foram coletados a distâncias de 0, 50, 100, 200, 300 e 400 m à frente das duas geleiras da Antártica. A contagem de células viáveis ​​foi realizada em cada uma dessas amostras. As colônias foram contadas diariamente e classificadas de acordo com o seu tempo de crescimento – maior ou menor que 48 horas. A partir daí, o estudo envolveu compreender a estratégia de crescimento e a distância em que se encontravam da geleira.

O professor explica que, segundo modelos ecológicos, os organismos de crescimento rápido ocorrem logo no início da sucessão e são substituídos, com o passar do tempo, por organismos de crescimento mais lento. No caso dos solos da Antártica, se organismos de crescimento rápido forem encontrados longe da geleira, é um sinal de que um grande volume de gelo derreteu recentemente. A comparação desse fenômeno entre as duas geleiras, associada a dados climáticos da região, irá comprovar a hipótese do grupo de pesquisadores e poderá trazer uma nova ferramenta para estudos de mudanças climáticas em áreas polares.

Geralmente, estudos como estes requerem também o sequenciamento genético das bactérias selecionadas. Mas o custo alto do processo e os recursos cada vez mais escassos para o investimento em pesquisa podem impedir esse passo adiante.

Diversidade dos microrganismos sugere possíveis aplicações

Outra vertente que os materiais coletados na Antártida pela UFSC também pode originar é a investigação das possíveis aplicações biotecnológicas dos organismos presentes no solo e no gelo. Além da pesquisa de Alanna, pelo menos outros sete trabalhos do LEMEx utilizam as amostras do continente.

Segundo Rubens, um dos mecanismos de adaptação de microrganismos ao frio extremo é a produção de proteínas anticongelantes, ou seja, que interferem na formação do gelo e na sua recristalização. Isso confere resistência celular a baixas temperaturas e ao congelamento. “Uma aplicação possível é na saúde pública, nas vacinas de DNA”, explica. Espera-se que os resultados dos estudos demonstrem que as proteínas produzidas por bactérias da Antártida aumentem a estabilidade da vacina de adenovírus submetidas ao congelamento, o que poderia ser aplicável em produtos como os imunizantes do coronavírus.

Um dos estudos em execução nessa linha é o da doutoranda Joana Camila Lopes, que investiga a caracterização dessas proteínas buscando as aplicações biotecnológicas. A pesquisa ainda está em fase inicial, mas as expectativas são positivas, podendo também gerar propostas de aplicações na agricultura, como na proteção contra as geadas, por exemplo.

Todas essas pesquisas são realizadas com amostras coletadas em expedições científicas do Programa Antártico, cuja participação mais recente por parte do LEMEx ocorreu em 2017. As amostras de gelo e de solo ficam armazenadas no laboratório e servem a diferentes pesquisas, de diferentes níveis – da graduação ao doutorado. O material, preservado, também pode servir para estudos futuros.

Fotos e Texto: Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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