Entrada de sala de aula no Centro de Ciências da Saúde. (Foto: Edevard Araújo)
Neste segundo semestre de 2021, cerca de 68 disciplinas práticas e teórico-práticas estão sendo lecionadas de forma presencial, com 3.462 estudantes matriculados, principalmente em cursos da área de saúde humana e animal. Esse retorno, parcial, por causa da pandemia, segue os protocolos de biossegurança da UFSC e a ordem de prioridades pré-estabelecidos na Resolução Normativa nº 090/2021/CGRAD.
O pró-reitor de Graduação (Prograd), Daniel Vasconcelos, acredita que esse retorno é muito benéfico: “Foi a forma que encontramos, institucionalmente, de resolver o represamento em cursos com alto índice de conteúdos práticos, não atrasar a formatura dos alunos, manter a qualidade do ensino da UFSC e, ao mesmo tempo, procurar proporcionar essa experiência com o máximo de segurança possível para todos os envolvidos”.
Vasconcelos explica que, antes da normativa, um questionário foi aplicado com os cursos de graduação, buscando mapear aqueles com maiores problemas de retenção por causa de disciplinas práticas, tratadas como “Menção P”, durante o calendário excepcional da Universidade. Esse mesmo levantamento buscou identificar o tamanho das necessidades em termos de quantitativo estimado de alunos atingidos pelas retenções em Menção P, assim como mapear quais cursos estariam dispostos a pleitear o retorno das atividades presenciais.
Com essas informações, e mediante autorização do Conselho Universitário, uma Comissão de docentes, discentes e técnicos, sob a liderança da Prograd, preparou a minuta de normativa visando solucionar esses problemas. Desse conjunto de trabalhos resultou a Resolução Normativa aprovada em 19 de maio, que estabeleceu critérios de prioridade na oferta dessas disciplinas ou conteúdos, bem como os trâmites a serem realizados, envolvendo coordenações de cursos, departamentos e centros. A finalização do processo, após o encaminhamento do curso, passa pela Prograd, que faz uma avaliação junto à uma comissão, composta por docentes e estudantes membros da Câmara de Graduação e técnicos do Departamento de Atenção à Saúde (DAS/Prodegesp).
Aula de técnica operatória no curso de Medicina. (Foto: Edevard Araújo)
Antes da Resolução, cursos que desejassem realizar a retomada de conteúdos parciais de disciplinas teórico-práticas ou disciplinas práticas precisavam cumprir uma série de requisitos, o que demandava mais tempo para ser aprovado. Com a normativa e a garantia da observância dos protocolos de biossegurança, o tempo de análise dos processos diminuiu, caiu de meses para alguns dias. “Esse é um processo que está se tornando cada vez mais rápido, graças ao empenho de todos: coordenações, departamentos, e da comissão da Câmara de Graduação que analisa os pedidos. De um processo de meses, atualmente leva apenas alguns dias, e permite aos cursos planejar melhor a retomada dessas atividades”, continua Daniel.
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