O universo em expansão de Hawking: influências do cientista são avaliadas por professores da UFSC
Neste sábado, 30 de março, foi realizado o velório de um dos mais renomados cientistas contemporâneos, Stephen Hawking. Falecido em 14 de março, o físico terá suas cinzas sepultadas na Abadia de Westminster e ficará ao lado de Isaac Newton e Charles Darwin, dois dos mais proeminentes cientistas britânicos de todos os tempos.
A deferência a Hawking não é sem motivos. Sua influência extrapolou seu campo de atuação científica e para buscar sintetizá-la, a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) entrevistou dois professores do Departamento de Física (FSC/CFM/UFSC), Débora Peres Menezes e Roberto Kalbusch Saito, para que ambos analisassem o impacto do trabalho de Hawking.
A singularidade de Hawking
Notório e notável, Stephen Hawking, trouxe originais avanços teóricos à cosmologia e astrofísica. Débora é explícita em dizer: “para o campo da cosmologia, Hawking era o maior cientista vivo”. Além de sua grande contribuição à área, no entanto, o físico inglês ganhou relevo por sua incrível capacidade de divulgação de temas complexos como singularidade, universo primordial, buracos negros e horizonte de eventos, por exemplo. Em best-sellers mundiais, ele disseminou para iniciantes em ciências conceitos até então herméticos.
Débora afirma que “a ciência normalmente se desenvolve assim: cada um vai contribuindo com uma migalhinha. Revendo aqui e ali e, de repente, alguém aparece e dá um salto. É difícil avaliar o quanto de migalha e quanto de salto tem Hawking, mas que ele possui uma contribuição relevante é indiscutível”.
Segundo Roberto, “além de um trabalho científico de excelência, o físico teve verdadeiro brilhantismo em divulgação”. O professor ainda acrescenta que “Hawking conseguiu explicar ao público em geral o que mesmo os astrofísicos tinham dificuldade em entender”.
(mais…)