A comemoração do aniversário de 59 anos da UFSC foi marcada por homenagens a pessoas e entidades essenciais à trajetória de êxito da instituição à frente da gestão do conjunto de fortalezas da Ilha de Santa Catarina. Na noite de quarta-feira, dia 18 de dezembro, o auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus Trindade, em Florianópolis, foi palco para reverência aos “guardiões” da história das fortificações nas últimas quatro décadas. A solenidade, que serviu ainda para o lançamento do selo comemorativo dos 60 anos de criação da Universidade, foi encerrada com um espetáculo musical.
Cerimonialista e chefe de gabinete da Reitoria, Aureo Mafra de Moraes
Ainda na abertura da sessão, o mestre de cerimônias e chefe de gabinete da Reitoria, Aureo Mafra de Moraes, recordou sobre o período em que a Universidade assumiu o compromisso de gerenciar as fortalezas: “uma instituição que tinha, à época, apenas 19 anos. Uma jovem universidade que buscava se consolidar”. Aureo resgatou que, no fim da década de 1970, a UFSC era constituída somente pelo campus de Florianópolis, possuía 45 cursos de graduação e pouco mais de 11 mil estudantes (hoje são cerca de 42 mil em cinco campi). Em seguida, foi apresentado o vídeo “De ruínas a Patrimônio Cultural da Humanidade”, produzido pela Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), Agência de Comunicação (Agecom) e TV UFSC para contar o histórico das fortificações até a candidatura a patrimônio mundial das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
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Coordenadora da CFISC, Geisa Pereira Garcia
Na sequência, a gestora da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), Geisa Pereira Garcia, parabenizou a Universidade pelos 59 anos de comprometimento na construção de uma sociedade mais justa e igualitária, por meio da produção de conhecimento, da prestação de serviços à sociedade e por contribuir para construção de cidadania no país. “Seríamos nós cidadãos completos se não respeitássemos a nossa História? É neste contexto que fica muito evidente os motivos que levaram a Universidade, através do ex-reitor Caspar Erich Stemmer, a assumir a administração desse belíssimo patrimônio histórico do nosso estado, em 21 de novembro de 1979”, disse Geisa.
Stemmer foi reitor da UFSC entre os anos de 1976 e 1980. No ato em que a instituição assumiu a administração da primeira fortaleza, Santa Cruz de Anhatomirim, ele declarou: “Somente depois de sentir o carinho e o interesse que todo o povo florianopolitano dedica a Anhatomirim, é que compreendi que a Universidade não poderia também deixar de dedicar-se de corpo e alma a essa tarefa e nem poderia fugir da missão de administrar, manter e utilizar estas construções históricas, no cenário desta ilha de deslumbrante beleza natural”. A frase, segundo Geisa, ainda hoje inspira a equipe que trabalha no setor.
Secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Alves Borges
A secretária de Cultura e Arte, Maria de Lourdes Alves Borges, por sua vez, destacou que cabe à Universidade educar para a arte e para a compreensão da importância de um patrimônio cultural como as fortalezas. A secretária frisou que a UFSC “faz ciência, cultura, arte, música” e rechaçou os recentes ataques sofridos pelas universidades públicas. “Esse ódio não é mais contra esse ou aquele partido ou liderança, mas se amplia para atacar tudo que simboliza os avanços da própria civilização: a Universidade, os direitos, a arte e a cultura”, concluiu.
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