Representatividade, diálogo e políticas públicas são chave para mais meninas e mulheres nas ciências
O simples bater de asas de uma borboleta no Brasil pode ocasionar um tornado no Texas. A metáfora do efeito borboleta, popularizada pelo cientista norte-americano Edward Lorenz, se referia a como alterações em determinados sistemas podem resultar em eventos inesperados, mas passou a ser aplicada para discussões cotidianas sobre causa e consequência e sobre como determinadas escolhas são capazes de modificar o curso de uma vida.
Em 2016, seis anos depois de ingressar como acadêmica de Química na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a pesquisadora Marília Reginato de Barros foi premiada no Seminário de Iniciação Científica da Universidade, na categoria Ciências Exatas e da Terra, com um trabalho que consistia no desenvolvimento de novos adsorventes a base de matrizes de sílica. Hoje, mais de quatro anos depois, ela está no último ano de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Química, buscando soluções para a contaminação de água por pesticidas. Marília atuou como bolsista em todas as etapas da carreira.
A borboleta já batia as asas quando Marília entrou na graduação e se viu inspirada por professoras e pesquisadoras. Quando reconstrói a própria trajetória, cita pelo menos três: sua primeira orientadora, Hérica Magosso, a orientadora no mestrado e doutorado, Cristiane Luisa Jost, e Rosely Peralta. Elas são parte das estatísticas que vêm se revelando cada vez mais importantes no mundo acadêmico: a das mulheres e meninas nas ciências, celebradas neste 11 de fevereiro, dia internacional do calendário da Organização das Nações Unidas.
UFSC terá programação institucional nesta quinta, 16h30 – clique e saiba mais