UFSC na mídia: caloura com paralisia cerebral destaca sensação de liberdade e acolhimento

06/10/2023 17:18

A caloura de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Isabelli Macedo de Ávila tem paralisia cerebral e, em entrevista para a NDTV, destacou a sensação de liberdade e o acolhimento da Universidade. “Recebi um acolhimento dos professores, da minha turma e da nossa assistência de acessibilidade.”

Além de um café de acolhimento, Isabelli recebeu um notebook emprestado da Universidade para facilitar sua adaptação. Uma colega de turma da jovem também destaca a dedicação e participação dela nas aulas. 

Toda a adaptação e jornada dos estudantes com deficiência é acompanhada pela Coordenadoria de Acessibilidade Educacional (CAE). A equipe é responsável por acolher e dar apoio para a permanência desses alunos. Ao todo 8% das vagas dos vestibulares são reservadas para esse público, e a CAE trabalha de acordo com as demandas de cada indivíduo. Na reportagem, a coordenadora da CAE, Bianca Costa Silva de Souza, explica como é feito o acompanhamento dos estudantes com deficiência na Universidade: “A gente entende qual é a especificidade de cada pessoa, e a gente vai traçando um plano de acompanhamento desse sujeito, e ele vai participando do processo também”.

Confira a reportagem completa.

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UFSC na Mídia: professor comenta como derretimento de calotas de gelo acende alerta em SC

28/09/2023 11:56

O professor do departamento de Geologia da UFSC, Norberto Horn Filho, comentou, em reportagem do portal ND+, dados levantados pelo Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos Estados Unidos e divulgados na segunda-feira, 25 de setembro, em relatório que constata o maior nível de degelo na Antártica desde 1979.

O documento traz estimativas de consequências que as regiões podem vir a sofrer em caso de agravamento dos cenários. Segundo a reportagem, a pesquisa divulgada reforça outros estudos sobre avanço do nível do mar na costa de SC. “Em 2050, pelo menos 22 cidades do Estado podem ser afetadas pela elevação das águas, conforme mostrou o prognóstico de uma análise citada na Conferência sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas – a COP25 -, que ocorreu em 2019, em Madri, na Espanha”, destaca o texto.

Na interpretação de Horn, do ponto de vista da geologia costeira, área em que atua, o degelo poderia resultar em uma elevação direta do nível médio do oceano Antártico e indiretamente dos outros três oceanos: Atlântico, Pacífico e Índico. O professor também salientou que  o derretimento do gelo faz o mar avançar sobre o continente. “O recuo glacial e o consequente avanço do mar levam ao fenômeno chamado de transgressão marinha, cuja primeira consequência nos continentes é a erosão costeira”, disse na reportagem.

A notícia divulgada pelo ND+ também apresenta um mapa interativo em que é possível indicar cenários para projeções desse avanço do mar. Em um dos cenários projetados para Florianópolis, o texto indica que as localidades mais afetadas seriam Daniela, Ribeirão da Ilha, Ponta das Canas, Praia Brava, Jurerê Tradicional, Costeira do Pirajubaé, Tapera, Solidão e Naufragados.

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UFSC na mídia: Jornal da Unicamp destaca pesquisa e livro sobre metáforas associadas a Covid

05/09/2023 10:22

O Jornal da Unicamp destacou na sua edição mais recente o livro O vírus bandido: linguagem e política na pandemia, que acaba de ser lançado pela Editora da Unicamp, de autoria do professor da UFSC e doutor em linguística Heronides Moura.  Na obra, o docente analisa como o uso de metáforas influenciou a percepção da pandemia de covid-19 no Brasil, contribuindo para fortalecer os mecanismos de defesa da população contra o vírus.

“As metáforas organizam muito a forma como a gente pensa. Eu não diria que elas exerceram um papel determinante no combate ao coronavírus, mas acredito que entraram no ‘caldo de cultura’ e ajudaram a constituir uma imagem da pandemia como algo que deveria ser enfrentado, pois não havia alternativa”, comenta o docente. Na reportagem, ele destaca o uso intenso de palavras como “tsunami”, “furacão”, “avalanche”, “bandido”, “viajante” e “ladrão” em relação ao SARS-CoV-2, caracterizando o vírus como uma força da natureza ou um indivíduo com más intenções.

Esses termos estão reunidos no corpus Metáforas sobre o Coronavírus na Mídia, elaborado por Alice Dionízio, orientanda de Moura na UFSC. A reportagem explica que o estudo traz 468 metáforas, coletadas a partir de uma busca exaustiva em materiais publicados entre 10 de maio e 10 de junho dos anos de 2020 e 2021. “A alta incidência de metáforas, em si, já é algo bastante revelador. Mas isso era previsível porque a fala sobre doenças, tradicionalmente, é metafórica, e eu tentei demonstrar que não há como você pedir às pessoas que não falem metaforicamente sobre um assunto tão traumático”, comentou o professor na entrevista.

Atualmente, junto com seu grupo de pesquisa, Moura estuda quais metáforas são usadas pela extrema direita. A hipótese do pesquisador é que esse movimento político ainda não foi capaz de articular um conjunto consistente de metáforas, o que explicaria parte das dificuldades da política bolsonarista. Conforme a reportagem, na interpretação de Moura, enquanto nos Estados Unidos eles conseguem se manter ideologicamente fechados e convencer-se de que o país está cercado, isso ainda não foi replicado no Brasil, onde o que faz sucesso são as teorias conspiracionistas e a inversão de significados.

Leia a reportagem completa.

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UFSC na mídia: Professor da UFSC comenta sobre os problemas da moradia popular em Florianópolis

21/08/2023 11:53

O arquiteto Samuel Steiner dos Santos, coordenador do Laboratório de Urbanismo (LabURB) e professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apontou, em entrevista ao portal ND +, diversos problemas relacionados à moradia popular em Florianópolis. A reportagem destaca que nenhum projeto de moradia popular foi concretizado nos últimos quatro anos na cidade, sendo o último entregue em 2019. Além disso, revela que ao longo de 16 anos foram construídas 424 residências populares em Florianópolis. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 82 mil pessoas com direito ao benefício na cidade. Considerando que cada uma das 424 residências tenha em média 4 membros, isso equivaleria a uma população de 1.696 pessoas, apenas 2% das pessoas com direitos.

“Mesmo em bairros mais distantes como o Rio Vermelho, por exemplo, o valor médio dos imóveis é quase R$ 5.000 e tem bairros como Jurerê Internacional onde os valores chegam a R$ 15 mil o metro quadrado. Então você imagina uma população que recebe até um salário mínimo ou três salários mínimos, como é que ela consegue acessar o mercado formal da moradia?”, questiona o pesquisador na reportagem do ND +.
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UFSC na mídia: Nexo publica artigo ‘Desempenho dos cotistas na UFSC: uma política de sucesso escolar’

17/08/2023 13:32

O site Nexo publicou o artigo “Desempenho dos cotistas na UFSC: uma política de sucesso escolar” no dia 10 de agosto. Escrito por Marcelo Henrique Romano Tragtenberg, Marcelo Eduardo Borges e Antonio Fernando Boing, o texto trata do “acompanhamento dessa política pública que transformou e democratizou – do ponto de vista socioeconômico e racial – o acesso ao ensino superior é fundamental. A contínua análise de diferentes indicadores permite avaliar seus resultados com vistas ao seu aperfeiçoamento”.

Confira o artigo completo aqui.

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UFSC na mídia: Instituto pioneiro da UFSC, que estuda energia, é destaque no CNPq

07/08/2023 08:16

Apresentação do professor da UFSC durante a SBPC

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Controle e Automação de Processos de Energia (CAPE) da UFSC, pioneiro no seu campo de conhecimento, foi destaque  no portal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que falou sobre a atuação deste e de outros INCTs do Paraná. A notícia destaca a participação do professor Marcus Vinícius Americano da Costa Filho na última reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Conforme o texto, o INCTs foram criados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 2008 e executados pelo CNPq, com posição estratégica no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Além das finalidades de pesquisa, de formação de recursos humanos e de transferência de conhecimentos, tecnologias e inovações para a sociedade e para os setores público e empresarial, o objetivo é promover ações que fortalecem colaborações com grupos de excelência de países líderes na respectiva área de atuação, facilitando a inserção da ciência e tecnologia brasileira no cenário internacional.

No caso da UFSC, o trabalho em controle e automação de processos de energia é coordenado pelos professores Julio Normey Rico e Rodolfo Costa Flesch. A equipe vai atuar no desenvolvimento de plantas de controle e automação de processos de todo tipo de energia, principalmente a renovável.

“Hoje, há dois projetos que são os nossos principais focos: petróleo e gás, e, na perspectiva renovável, a área de hidrogênio verde”, anunciou o professor Marcus, que esteve com os diretores do CNPq na reunião. Segundo ele, o grupo também conta com um laboratório que vem desenvolvendo um projeto de microrrede, composto por emuladores de painéis solares e turbina eólica, entre outros equipamentos.

“Já é possível simular diversos cenários ambientais, condições de radiação solar, temperatura ambiente e velocidades do vento, com diferentes demandas de carga para o uso e produção de energia elétrica e hidrogênio, nas quais técnicas de controle e otimização são utilizadas para se obter os melhores rendimentos dos processos. A palavra que nos guia é otimização”, concluiu.

A notícia também destaca que um dos trabalhos mais recentes e reconhecidos pelo Instituto foi coordenado pelo Marcus e realizado durante a pandemia da Covid-19. Os pesquisadores do grupo criaram um sistema para otimizar medidas de controle da pandemia. O sistema desenvolvido pelo grupo permite analisar, avaliar e fazer previsões ao longo do tempo dos indivíduos susceptíveis, expostos, infectados sintomáticos e assintomáticos, ocupação dos leitos clínicos e UTI, recuperados e dos casos letais. Além disso, foi incorporado ao modelo uma variável de comportamento social, desenvolvida a partir do mapeamento dos decretos municipais e estaduais e da mobilidade da população.

 

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UFSC na mídia: blog ‘Sou Ciência’ publica artigo ‘Cancellier, justiça e reparação’

04/08/2023 13:21

O blog “Sou Ciência”, veiculado no jornal Folha de S. Paulo, publicou o artigo “Cancellier, justiça e reparação” nesta sexta-feira, 4 de agosto. Escrito por Soraya Smaili, Pedro Arantes e Maria Angélica Minhoto, o texto trata de “resgatar a memória de reitor levado a suicídio e dos ex-reitores perseguidos”.

Confira o artigo aqui.

 

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UFSC na mídia: conheça a história dos patos Lélo e Lili, que vivem no Campus de Florianópolis

20/07/2023 14:39

Os patos Lélo e Lili, moradores do Laguinho do Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ganharam destaque no programa Balanço Geral, da NDTV. O casal foi adotado pelos servidores da UFSC, que compram comida e oferecem cuidados necessários aos animais.

Há seis anos, um funcionário da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi) ganhou o Lélo, apelido de Marcelo, de um amigo, mas não tinha como cuidar dele em casa. Então trouxe o pato para viver no Laguinho, onde foi muito bem recepcionado pela comunidade acadêmica e se acomodou. Depois de um tempo morando no local, os servidores perceberam que Lélo poderia estar se sentindo solitário, então adotaram a Lili, apelido de Marília, para fazê-lo companhia.

Adriana Rodrigues é servidora da UFSC e cuida dos patos como se fossem seus filhos, levando comida duas vezes ao dia e até criando códigos de comunicação com o casal. Não só Adriana, a “mãe” dos patos, como se chama, é encantada por Lélo e Lili. Eles são mascotes queridos pela comunidade universitária e vivem em harmonia no local.

Confira a reportagem:

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UFSC na mídia: grupo de pesquisa da UFSC promove educação para o trânsito com jogos digitais

11/07/2023 16:38

Um projeto do Grupo de Pesquisa “Edumídia – Comunicação, Educação e Mídias“, coordenado pela professora Daniela Karine Ramos, do Departamento de Metodologia do Ensino (MEN/PPGE/CED), foi destaque de uma reportagem do Jornal do Almoço do dia 10 de julho, segunda-feira. A matéria, que foi tema do quadro “Se essa escola fosse minha”, mostra a aplicação prática de uma pesquisa sobre educação para o trânsito com uso de jogos digitais. A pesquisa está sendo realizada com alunos da Escola Básica Municipal (EBM) Albertina Krummel Maciel, de São José.

Para assistir a reportagem na íntegra, acesse aqui.

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UFSC na mídia: laboratório da Universidade reaproveita placas fotovoltaicas descartadas

11/07/2023 12:39

Foto: Reprodução/GloboNews

O Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (FV/UFSC) ganhou destaque no programa Cidade e Soluções exibido na GloboNews no último domingo, 9 de julho, com o tema energia limpa – a energia solar. O foco da reportagem era mostrar o que acontece com resíduos de placa solares sem utilidade e, além disso, o que fazer com os componentes, como as baterias. 

A reportagem mostrou como o laboratório realiza o reaproveitamento de placas fotovoltaicas descartadas após o tempo de vida útil.  As placas solares tem prazo de validade de 25 a 30 anos, porém grandes usinas descartam antecipadamente. Em entrevista, a mestranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PósARQ) Marinna Pivatto, pesquisadora em economia solar circular, explica que os módulos são trocados a cada 15 anos. “As grandes usinas precisam, com o avanço da tecnologia, trocar os módulos antigos por novos para garantir a eficiência da usina. É por causa disso que os módulos com descarte antecipado chegam aqui no laboratório”, diz Marinna.

As placas descartadas são levadas para o laboratório e passam por vistorias técnicas. Os pesquisadores consultam as características estruturais e elétricas desses módulos. “A gente olha os principais elementos construtivos, ou seja, o vidro, a estrutura metálica e os componentes elétricos e eletrônicos, que são os cabos e os conectores”, diz Sabrina Ebert, pesquisadora do FV/UFSC. 
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UFSC na mídia: professor da UFSC Joinville explica desastre em submarino

26/06/2023 13:31

Reprodução do portal G1

O professor da UFSC Joinville, Thiago Pontin Tancredi, foi citado por diversos veículos de comunicação ao comentar o desastre em um submarino que teve escombros encontrados no fundo do oceano após uma expedição com passageiros, na última quinta-feira, 22 de junho. O professor acompanhou desde o desaparecimento do submersível até o desfecho trágico da implosão.

Em entrevista ao portal G1, ele disse que um dano na estrutura do casco é uma das causas possíveis da implosão. Ele explicou à reportagem que, quando submerge e emerge, o veículo vai acumulando danos. “Fazer a missão uma vez significa que ele estava bem dimensionado, mas vai acumulando amassados e trincas, o que pode levar a uma falha estrutural”, afirmou.

Além disso, conforme o pesquisador, o Titan era feito de fibra de carbono e titânio, “dois materiais sobre os quais há pouco estudo acerca de como se comportam quando sujeitos a várias pressões diferentes”. Confira a reportagem completa aqui.

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UFSC na mídia: estudo mostra impactos da desigualdade na vacinação contra covid

20/06/2023 14:29

Foto: Matheus Alves/Agecom/UFSC

Uma nova pesquisa revela que as desigualdades socioeconômicas do Brasil tiveram forte impacto na taxa de vacinação contra a covid-19. Os municípios com pior cobertura foram aqueles mais pobres, com menor escolaridade média, e maior população negra. Liderado pelos professores Alexandra e Antonio Boing, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudo contou com a participação de pesquisadores de quatro universidades e foi tema de reportagens no Jornal da USP e no Globo. Os resultados estão no artigo Uncovering inequities in Covid-19 vaccine coverage for adults and elderly in Brazil: a multilevel study of 2021–2022 data, publicado na revista Vaccine.

Foram analisados 389 milhões de registros de vacinação de 2021 e 2022. Dividindo todos os municípios do país em cinco grupos usando o critério da educação, o grupo com nível de escolaridade média mais alto teve cobertura de reforço 43% melhor que o grupo no outro extremo, entre adultos. Entre idosos a diferença foi menor (19%), ainda que substancial.

Usando a mesma comparação, dividindo os municípios por “quintis” (cinco grupos de mesmo tamanho), o quintil que tinha população mais branca teve uma cobertura de reforço 24% melhor do que o quintil mais negro. Já na análise por faixa de renda, os municípios no quintil mais rico se saíram 21% melhor. O trabalho também confirmou que as mulheres se vacinam com mais frequência que os homens e que os idosos se vacinaram mais que os adultos mais jovens.

Em entrevista para o Jornal da USP, Antonio Boing afirma que os dados obtidos mostram que a discussão sobre desigualdade social é essencial no Brasil, principalmente frente a emergências sanitárias. “Existem certas características, como o município de residência, que podem aumentar ou diminuir a probabilidade de uma pessoa ser vacinada no Brasil”, explica o pesquisador. 

“Nós somos um dos países mais desiguais deste planeta e durante o maior desafio sanitário que tivemos em tempos, a desigualdade simplesmente não foi monitorada propriamente”, complementa Antonio.

Leia as reportagens na íntegra:

Jornal da USP – Brasil não levou desigualdade social em conta na estratégia de vacinação contra covid

O Globo – Desigualdade do país tem impacto forte na vacinação, mesmo gratuita, mostra estudo

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UFSC na Mídia: pesquisa com araucárias conduzida na UFSC é destaque no Jornal Hoje

14/06/2023 08:54

Uma pesquisa realizada no Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi destaque em reportagem do Jornal Hoje nesta segunda-feira, 12 de junho. A pesquisa de doutorado de Mario Tagliari, do Programa de Pós-graduação em Ecologia, aponta o manejo colaborativo como a estratégia mais eficiente para garantir a preservação e a sustentabilidade da Floresta das Araucárias, um dos principais ecossistemas presentes no sul e sudeste do Brasil. O trabalho faz parte da tese orientada pelo professor Nivaldo Peroni.

>> Confira a reportagem do Jornal Hoje
>> Leia mais sobre a pesquisa de Mario Tagliari em reportagem feita pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom)

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UFSC na mídia: Reportagem sobre fortalezas destaca importância histórica das construções

17/05/2023 15:05

Uma reportagem exibida pelo veículo ND+ mostrou detalhes da importância histórica das fortalezas de Santa Cruz de Anhatomirim, São José da Ponta Grossa e Santo Antônio de Ratones, que se encontram sob gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A reportagem integra a série o projeto Floripa 350, iniciativa do Grupo ND em comemoração ao aniversário de 350 anos de Florianópolis. Em outra reportagem exibida pelo veículo, noticia-se a candidatura das fortalezas de Ratones e Anhatomirim para patrimônio nacional da Unesco. Assista ao vídeos abaixo:

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UFSC na Mídia: professor da UFSC comenta marco de três anos da pandemia de Covid-19

15/03/2023 09:15

O professor do departamento de Saúde Pública da UFSC Fabrício Menegon lembrou, em entrevista concedida nesta terça-feira ao jornal Bom dia Santa Catarina, da NSC TV, a importância da ciência e, de modo específico, da  vacinação para o fim da pandemia de Covid-19. Ele conversou com os apresentadores sobre o marco de três anos do início da crise sanitária que abalou o Brasil e o mundo.

“A sensação é de que atravessamos um dos momentos mais difíceis das nossas vidas”, comentou. “A pandemia deixa um legado de algo que é fundamental: acreditar na capacidade das pessoas e da ciência. Se nós chegamos aqui, hoje, fizemos isso porque a ciência nos trouxe até aqui e nos ajudou muito com o desenvolvimento da vacina e de protocolos”, sintetizou.

O professor também mencionou os novos hábitos desenvolvidos pela população, que antes não faziam parte da cultura sanitária no Brasil, mas que devem permanecer para sempre. O uso recorrente do álcool em gel, por exemplo, que hoje acompanha as pessoas em frascos pequenos, na bolsa. A máscara, segundo ele, também passou a ser um elemento fundamental, embora não seja mais obrigatória.

Sobre a possibilidade de um novo surto de Covid-19 no país, Menegon lembra que as pandemias fazem parte da história da humanidade e que possivelmente outras devem acontecer. Apesar disso, ele avalia como difícil que a  Covid-19 volte ao cenário catastrófico de três anos atrás. “A vacinação foi a chave que mudou a história da pandemia”, assegurou.

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UFSC na mídia: projeto quer usar biodiversidade para recuperar Lagoa da Conceição

27/02/2023 18:20

Ao analisar gramas marinhas, algas e outras amostras da biodiversidade da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pretendem entender melhor a situação da vida no local e propor soluções para sua recuperação ambiental. O assunto foi tema do programa Balanço Geral, da NDTV, na sexta-feira, 24 de fevereiro.

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UFSC na mídia: e-book gratuito traz receitas para aproveitamento total de alimentos

03/02/2023 13:20

O e-book Mesa Criativa: receitas com aproveitamento total dos alimentos, criado através de um projeto de extensão do Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi tema de reportagem do programa SC no Ar, da NDTV, divulgada nesta sexta-feira, 3 de fevereiro. A professora Selene de Souza Siqueira Soares, do Departamento de Engenharia Têxtil, concedeu entrevista como coordenadora do projeto Perdas e Desperdícios Alimentares: soluções domésticas para o uso completo do alimento.

Durante a reportagem, foi exibido um vídeo preparado pelos alunos integrantes do projeto. O vídeo ensina a preparar a tradicional receita de brigadeiro aproveitando cascas de banana que iriam para o lixo.

>> Para acessar o e-book de receitas completo, clique aqui.

Além das receitas, o e-book traz também dicas de armazenamento e manipulação dos alimentos para aumentar seu tempo de conservação. O projeto é uma realização da Rede All4Food, financiado pelo Programa de Bolsas de Extensão da UFSC (Probolsa) e pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA/USP).

Assista à reportagem:

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UFSC na Mídia: Em portal britânico, professora da UFSC comenta como o Atlântico Sul precisa ser estudado

27/01/2023 11:02

Imagem do Portal Carbon Brief mostra circulação de águas e participação do Atlântico Sul no processo

A professora Regina Rodrigues, da Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi convidada a escrever para o portal britânico Carbon Brief, especializado na cobertura climática, sobre como o Atlântico Sul é pouco estudado e como o fato vem sendo superado historicamente. Regina recentemente foi editora de uma edição especial sobre o tema na revista Communications Earth & Environment, do Grupo Nature.

No texto do portal, ela explica que o Atlântico Sul afeta diretamente o clima de países sul-americanos e africanos e pode provocar desde ondas de calor e secas até inundações, o que pode ocasionar insegurança hídrica e alimentar em milhares de pessoas. Historicamente, no entanto, ele é pouco pesquisado se comparado ao Atlântico Norte, onde estão as grandes potências globais. O fato de estar em países de renda baixa a média, com dificuldades para financiar a pesquisa oceanográfica, também seria uma das causas para o baixo volume de estudos.

De acordo com a pesquisadora, a história registrada no oeste do Atlântico Sul começou em 1500, quando o explorador português Pedro Alvares Cabral chegou à costa brasileira. Depois, passou a ser foco de interesse como forma de acesso ao Pacífico e ao Índico. Mais recentemente, a história das guerras também fez com o Atlântico Norte fosse foco central de interesse no mundo.

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UFSC na mídia: professor fala sobre os milhares de peixes mortos no Manguezal do Itacorubi

17/01/2023 09:38

Milhares de peixes apareceram mortos, boiando, no Manguezal do Itacorubi, em Florianópolis, na segunda-feira, 16 de janeiro. Na manhã do mesmo dia, o professor Paulo Horta, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), esteve no local e coletou amostras de água e peixes mortos para análise. Ele foi entrevistado pela jornalista Carolina Fernandes para reportagem que foi ao ar no Jornal do Almoço.

De acordo com o professor, a situação se trata de um crime ambiental. Análises preliminares indicam baixas concentrações de oxigênio na água. A mortandade também pode estar relacionada a substâncias tóxicas ou a alguma doença que tenha acometido todo o cardume. 

“O Manguezal era pra ser um grande berçário. Infelizmente, com falta de planejamento urbano, com falta de atenção para o saneamento básico, nós estamos transformando um manguezal num cemitério”, afirmou Horta.

Assista à reportagem completa.

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UFSC na Mídia: professora da UFSC fala sobre letalidade do veneno da cobra Coral

19/12/2022 09:22

A professora de Patologia e Toxicologia, Marlene Zannin, atualmente aposentada da UFSC, explicou ao Portal NDMais como funcionam os efeitos do veneno da Micrurus corallinus, espécie de cobra coral verdadeira cujo veneno é considerado o mais letal do Brasil, pela velocidade que se espalha pela corrente sanguínea e a gravidade dos danos causados ao sistema nervoso. A professora atuou no Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde da UFSC e no Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) até sua aposentadoria.

De acordo com a professora Marlene, “o veneno da M. corallinus tem atividade neurotóxica e age na junção neuromuscular de nervos motores”. “Sua ação principal é pré-sináptica, impedindo a liberação do neurotransmissor Acetilcolina (hormônio relacionado diretamente com a regulação da memória, do aprendizado e do sono)”, acrescentou.

Marlene explicou que os sintomas normalmente começam nos músculos mais próximos do tronco e evoluem para o diafragma. O quadro mais grave é a paralisia respiratória. Se o paciente chega a este quadro, precisará de suporte avançado em UTI para respirar com ajuda de respiradores.

A reportagem também inclui informações sobre como diferenciar as cobras corais venenosas das que não são peçonhentas, conhecidas como “corais falsas”, além de informações sobre onde encontrar o antiveneno.

Confira a matéria completa.

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UFSC na mídia: projeto da UFSC Araranguá aproxima ensino médio do ambiente universitário

14/12/2022 14:36

O programa ND Notícias, da NDTV, exibiu na última terça-feira, 13 de dezembro, uma reportagem sobre o programa de visitas guiadas do Campus de Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Iniciado em 2019, o projeto apresenta os cursos e laboratórios do Campus a estudantes de escolas públicas e particulares da região, além de explicar como se dá o acesso à Universidade e quais são as políticas de permanência estudantil.

Mais de 500 estudantes do Ensino Médio foram recepcionados na UFSC Araranguá neste ano, e o objetivo dos organizadores da ação é dobrar esse número em 2023. O agendamento das visitas pode ser realizado pelo Instagram do projeto.

Confira a reportagem na íntegra:

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UFSC na mídia: professora de Relações Internacionais analisa onda de protestos de mulheres no Irã

08/12/2022 12:58

O Estadão Notícias publicou na última terça-feira, 6 de dezembro, um novo episódio de podcast, intitulado A revolução das mulheres no Irã e as chances do regime colapsar (30 min). O programa entrevistou a professora Danielle Jacon Ayres Pinto, vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed) e coordenadora da pós-graduação de Relações Internacionais (PPGRI) e do Grupo de Pesquisa em Estudos Estratégicos e Política Internacional Contemporânea (Geppic) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O episódio aborda a onda de protestos que tomaram conta do Irã nos últimos três meses devido à morte de Mahsa Amini, de 22 anos, que foi detida por “uso inadequado” do hijab – o véu islâmico, obrigatório no país. Após o caso, diversas manifestações foram reprimidas com violência pelo governo local. Segundo a Iran Human Rights Watch, mais de 350 pessoas morreram durante os protestos. No episódio (disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts, entre outros agregadores), a docente da UFSC analisa a decisão de dissolver a chamada “polícia moral” no país, a influência da religião neste cenário e a abertura existente para a democratização.

> Ouça a íntegra do episódio do podcast Estadão Notícias

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UFSC na Mídia: secretária de Planejamento e Orçamento da UFSC fala sobre impacto dos cortes

08/12/2022 09:17

A secretária de Planejamento e Orçamento da Universidade Federal de Santa Catarina, Andréa Cristina Trierweiller, concedeu entrevista ao Jornal do Almoço na tarde desta quarta-feira, 7 de dezembro, e falou sobre o impacto dos bloqueios orçamentários e indisponibilidade financeira enfrentada pela UFSC e demais instituições federais de ensino. A gestora explica que a gestão financeira da UFSC tem encontrado dificuldades com contas negativadas, e ausência dos recebimentos.

“Agora no mês de dezembro, se o nosso mantenedor, que é o Ministério da Educação, não nos passa o financeiro, que é o dinheiro, a gente não tem como honrar os empenhos feitos, ou seja, pagar os nossos fornecedores. Mas a nossa prioridade, a prioridade de gestão é que assim que forem liberados esses recursos é o pagamento das bolsas dos estudantes. O perfil da universidade pública mudou bastante nos últimos anos, com as cotas. Mais de 60% dos nossos estudantes têm renda familiar de até 1,5 salário mínimo. Então a bolsa é muito importante para a permanência dos nossos estudantes”, declarou.

Assista à matéria na íntegra, no Globoplay.

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UFSC na mídia: professor participa de reportagem sobre os benefícios da água para a saúde

29/11/2022 11:49

Professor Fernando Hellmann, do Departamento de Saúde Pública da UFSC, foi entrevistado para o programa especial. Foto: Captura de tela/Divulgação

O professor Fernando Hellmann, do Departamento de Saúde Pública da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falou, em reportagem exibida no Globo Repórter, sobre como a água pode ajudar a tratar algumas doenças e promover a saúde e o bem-estar. O programa intitulado O poder das águas foi exibido na sexta-feira, dia 25 de novembro.

O programa se passa nas águas termais de Santa Catarina e fala sobre os benefícios da água para a saúde. Na entrevista, o professor conta que o uso terapêutico das águas termais é milenar e intuitivo: “ultrapassa as culturas, ultrapassa o tempo, o uso das águas, da água mineral, da água termal, ela é desde que a humanidade existe”, diz Fernando Hellmann. 

Além dele, também participaram da reportagem, o Laboratório de Neurociências Experimental (Lanex) da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), que pesquisa sobre como a água termomineral de Santo Amaro age no corpo, suavizando dores e inflamações. O doutor Áureo, do Vale do Capão, na Chapada Diamantina, ensinou aos moradores da região técnicas fáceis e acessíveis da hidroterapia, entre elas a da faixa úmida.

Veja reportagem completa aqui

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UFSC na Mídia: Clima e uso do solo estão modificando o ciclo da água no Brasil, aponta pesquisa

03/11/2022 10:51

Imagem indica que, onde há cores mais escuras, intensidade das mudanças nas cheias e secas foi mais marcante

A maior parte do território brasileiro ou está secando ou está sofrendo com as cheias, dois eventos climáticos extremos com impactos ambientais e sociais. A conclusão é de um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina publicado na Nature Communications, periódico do Grupo Nature, um dos mais prestigiados do mundo. Uma equipe liderada pelo professor Pedro Luiz Borges Chaffe, do Laboratório de Hidrologia da Universidade Federal de Santa Catarina, indicou como ocorre o fenômeno – definido como aceleração do ciclo da água – com base em dados de vazão, chuvas, uso da água e cobertura florestal. O assunto foi tema de uma reportagem do Jornal Hoje, da Rede Globo, nesta quarta-feira.

A pesquisa trabalhou com dados dos últimos 40 anos e identificou que há, no Brasil, muito mais pontos de seca e de cheia do que se esperava. “Percebemos um aumento dos extremos e que o manejo da terra está impactando e amplificando o efeito da mudança climática”, destaca Chaffe. “A maior parte do Brasil está secando por causa da mudança de regime de chuvas e aumento do uso da água, com impacto também da cobertura florestal. Tanto o aumento de secas, quanto das cheias traz preocupação”.

As descobertas são parte do doutorado de Vinícius Chagas, orientando de Chaffe, e também tem a co-autoria do professor Günter Blöschl, da Universidade de Viena, na Áustria. Os cientistas analisaram um conjunto de dados disponíveis em 886 estações hidrométricas e cruzaram com indicadores sobre chuvas, cobertura de solo e uso de água.

“Em Santa Catarina, por exemplo, a aceleração do ciclo foi detectada no litoral e no extremo oeste. Apesar de o Estado ter em média mais água disponível ao longo do ano, o litoral e extremo oeste estão ficando cada vez mais suscetíveis a curtos episódios de secas”, explica o professor.

O estudo propõe uma classificação quanto ao aumento dos extremos. O processo de aceleração hídrica – que reúne tanto os dados de inundações mais severas quanto de secas – está relacionada a chuvas mais extremas e desmatamento e ocorre em 29% da área de estudo, incluindo o sul da Amazônia. A pesquisa é parte de um esforço do Laboratório de Hidrologia da UFSC em investigar quais bacias hidrográficas são mais sensíveis a mudanças climáticas para se pensar no planejamento e gestão de recursos hídricos.

O conjunto de dados coletado pelos pesquisadores foi também analisado considerando quatro grandes regiões a partir das suas semelhanças: Sul e Norte da Amazônia e Sul e Sudeste do Brasil. Estes hotspots foram delimitados a partir de suas características semelhantes: no Sul do Brasil e norte da Amazônia foi constatada mais disponibilidade de água por conta do volume de chuvas e cheias. Já o Sudeste está ficando mais seco, processo explicado pelo aumento no uso da água, o que está relacionado à atividade humana.

No Sul da Amazônia, outro dado chamou a atenção: naquela região, as mínimas diminuíram e as máximas aumentaram. Como o padrão de chuvas não mudou, é possível que a aceleração hídrica tenha sido causada por conta da mudança na cobertura vegetal. “Essa aceleração pode levar a grandes impactos na produção global de alimentos, no ecossistema saúde e infraestrutura”, resumem os cientistas no artigo.

Disponibilidade hídrica

Vazão dos rios foi fonte de dados do estudo ( Imagem de luis deltreehd por Pixabay)

A questão geral dos trabalhos realizados no laboratório diz respeito à vazão e disponibilidade hídrica no Brasil. “Os extremos estão mudando – tanto as cheias, quanto as secas. Uma das causas é o volume das chuvas, mas o uso da água também faz com que isso mude, assim como a cobertura da vegetação”, reitera o professor.

Ainda segundo ele, a aceleração do ciclo hidrológico geralmente é analisada por climatologistas com base em dados de chuva e evaporação, porém, no continente esses fluxos são modulados pelas Bacia Hidrográficas. “Nós sabemos que tanto a cheia quanto a seca são afetadas pelas mudanças climáticas, que aumentam esses extremos. Porém, precisamos entender como as características da bacia hidrográfica afetam o que acontece na parte terrestre do ciclo hidrológico”.

O estudo conclui que a menor quantidade de água disponível na seca também está relacionada ao aumento do uso da água, fator que chamou a atenção dos pesquisadores na região Sudeste, por exemplo. “A disponibilidade hídrica também é resultado das mudanças climáticas e no Brasil nós vemos esse fenômeno de aceleração hídrica, que é o aumento dos dois extremos: cheias e secas mais intensas”, indica.

“Nossos dados mostram que as mudanças de vazão têm sido generalizadas no Brasil. Secas ainda mais intensas podem ser encontradas no sul da Amazônia e no sudeste do Brasil, enquanto aumento das cheias podem ser encontrados no norte da Amazônia e no sul do país”, sintetizam os autores.

O estudo também aponta que, no Planalto Central, as secas ficaram pelo menos 48% mais intensas nas últimas quatro décadas. Em Santa Catarina, o fenômeno é oposto: há mais cheias, com dados que demonstram que elas são 18% mais intensas do que no passado. Também no estado, uma cheia que acontecia a cada 100 anos, em média, agora ocorre a cada 70 anos. No geral, os indicadores apontam o fenômeno em todo o território nacional, com mais secas e menos cheias em 42% do Brasil, principalmente na região da expansão do agronegócio. Ainda, na região da Bacia do Rio Doce, onde houve recentes desastres no estado de Minas Gerais, percebe-se o aumento da sazonalidade do clima, com mais chuva durante estação chuvosa e menos chuva na estação seca.

Amanda Miranda, Jornalista da Agecom/UFSC

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