Retrospectiva 2017: setembro e outubro

07/02/2018 12:34

Os meses de setembro e outubro foram marcados, principalmente, pelos acontecimentos que levaram à prisão do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo e o seu suicídio. O luto foi acompanhado de uma atmosfera de incerteza sobre o futuro da UFSC. O dramático período que se seguiu, no entanto, encontrou resiliência da comunidade universitária, marcando o cotidiano do campus. Simultaneamente às atividades referentes aos fatos que culminaram na morte do reitor, foram realizados diversos eventos artístico-culturais e socioambientais, palestras, ações contra os cortes de verbas, e a 17ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), desenvolvidos enquanto a universidade buscava formas de lidar com o mais marcante acontecimento do ano.

A Operação “Ouvidos Moucos” da Polícia Federal, que culminou na prisão temporária do reitor Luiz Carlos Cancellier e outros professores e técnicos-administrativos da instituição, foi deflagrada dia 14 de setembro. A Operação tinha como objetivo a investigação de desvios de verbas dos cursos de Educação a Distância (EaD), oferecidos pelo programa Universidade Aberta do Brasil (UAB). A medida cautelar foi criticada por entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Sociedade Brasileira de Física (SBF), por ser entendida como desproporcional e contrária à

Reitor foi velado no hall da reitoria. (Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC).

presunção de inocência.  No dia seguinte à prisão, foi emitido um despacho que revogou a prisão dos sete investigados na Operação, mas foi mantida a decisão anterior pelo afastamento dos cargos públicos. Com isso, no dia 18 de setembro, a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann assume a administração da UFSC. No final do mês, o então reitor, agora afastado pelas investigações, tem  artigo publicado pelo  jornal O Globo. No texto, ele analisou os acontecimentos que envolveram a universidade, as investigações que incluíam seu nome e o interesse da universidade em esclarecer a questão.

O mês de outubro inicia com o fato mais impactante de 2017. No segundo dia do mês, a UFSC virou notícia nacional, a partir do trágico falecimento do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. O velório foi realizado na universidade – um ato simbólico devido à decisão judicial que impedia o reitor de entrar na universidade.  “O caixão chega pela porta da frente, que é o lugar por onde ele entrou nessa instituição como reitor. É justo que, nesse ato de despedida e homenagem, ele retorne pela porta da frente”, afirmou na ocasião o chefe de gabinete, Áureo Moraes.

No dia seguinte, o corpo do reitor foi levado ao auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, para a Sessão Solene Fúnebre do Conselho Universitário e do Conselho de Curadores. Nesta última homenagem, os discursos destacaram os aspectos da personalidade de Cancellier que faziam de sua gestão um espaço plural, que valorizava as diversidades e buscava o diálogo. Mas as falas também expressaram críticas à ação da Operação “Ouvidos Moucos” e à cobertura midiática desses eventos, ressaltada como irresponsável e desproporcional.
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Retrospectiva UFSC 2017: julho e agosto

05/02/2018 13:28

Os meses de julho e agosto de 2017 foram caracterizados, na UFSC, por antônimos como tranquilidade e agitação, silêncio e burburinho, sossego e movimento. No início de julho encerrou-se o primeiro semestre e a Universidade teve pouco mais de 20 dias de pausa — a calmaria precedeu o alvoroço que veio em seguida, quando a UFSC recebeu mais de oito mil mulheres no maior evento mundial dos estudos de gênero.

O 13º Congresso Mundos de Mulheres e o 11º Seminário Internacional Fazendo Gênero ocorreram simultaneamente, de 30 de julho a 4 de agosto. Antes disso, o debate sobre os temas de gênero

Graça Samo, moçambicana coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres.

começaram com a apresentação dos dados sobre sexo e gênero na comunidade universitária da UFSC, levantamento realizado pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad).

O levantamento mostrou que há um certo equilíbrio quando os números são analisados de forma geral: das 44.735 pessoas da comunidade universitária, temos 51,4% de homens e 48,6% de mulheres. No entanto, eles são maioria nas ciências exatas (CFM) e engenharias (CTC, Joinville e Araranguá), na graduação e no corpo docente. Elas lideram os números nas áreas de comunicação e expressão (CCE), educação (CED) e saúde (CCS), além de serem a maioria na pós-graduação, no Hospital Universitário e no corpo técnico-administrativo da UFSC.

Um clima de protesto e emoção marcou a abertura do 11º Fazendo Gênero e 13º Mundos de Mulheres começaram. Com brados de todos os lados, o evento proporcionou o encontro entre a academia e os movimentos feministas. Com mais de 8500 inscrições, reuniu pesquisadoras, estudantes, trabalhadoras e militantes de todo o Brasil e de diversos outros países.
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Retrospectiva UFSC 2017: maio e junho

02/02/2018 12:55

Maio e junho são os últimos meses do primeiro semestre. Neste período geralmente há o encerramento das atividades acadêmicas e inicia-se o curto recesso do meio do ano, antes da retomada

Reitor Cancellier discursa nos 25 anos da Agecom. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

do segundo semestre. São meses também permeados por marcos históricos mundiais, nacionais e locais. Em 2017, no entanto, as relevantes datas desse período tiveram, cada uma, singularidade.

Todos os anos as gestões de reitoria comemoram seus aniversários de posse, costumeiramente ocorridas em maio. Neste maio, no entanto, a administração do então reitor Cancellier celebrou aquele que seria seu único aniversário de gestão. É neste período também que a Agecom celebra seu aniversário, mas em 2017 esta celebração foi especial, pois a Agência completou 25 anos.

Além das datas locais, em 2017 dias referentes a acontecimentos nacionais e mundiais também receberam abordagem especial, como o centenário da greve geral que impactou profundamente o regime czarista na antiga Rússia, abrindo as portas à revolução que daria origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Nacionalmente, maio possui importância por ser o mês da abolição legal da última escravatura do mundo, a do Brasil. Em 2017, especialmente diante do atual cenário nacional e do crescimento dos movimentos sociais que abordam a temática na universidade, o dia 13 reverberou mais forte na instituição, como com o VI Reflexões sobre o 13 de maio, repleto de atividades de ensino, arte e cultura, e promovido pelo coletivo Kurima.
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