Retrospectiva UFSC 2017: maio e junho

02/02/2018 12:55

Maio e junho são os últimos meses do primeiro semestre. Neste período geralmente há o encerramento das atividades acadêmicas e inicia-se o curto recesso do meio do ano, antes da retomada

Reitor Cancellier discursa nos 25 anos da Agecom. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

do segundo semestre. São meses também permeados por marcos históricos mundiais, nacionais e locais. Em 2017, no entanto, as relevantes datas desse período tiveram, cada uma, singularidade.

Todos os anos as gestões de reitoria comemoram seus aniversários de posse, costumeiramente ocorridas em maio. Neste maio, no entanto, a administração do então reitor Cancellier celebrou aquele que seria seu único aniversário de gestão. É neste período também que a Agecom celebra seu aniversário, mas em 2017 esta celebração foi especial, pois a Agência completou 25 anos.

Além das datas locais, em 2017 dias referentes a acontecimentos nacionais e mundiais também receberam abordagem especial, como o centenário da greve geral que impactou profundamente o regime czarista na antiga Rússia, abrindo as portas à revolução que daria origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Nacionalmente, maio possui importância por ser o mês da abolição legal da última escravatura do mundo, a do Brasil. Em 2017, especialmente diante do atual cenário nacional e do crescimento dos movimentos sociais que abordam a temática na universidade, o dia 13 reverberou mais forte na instituição, como com o VI Reflexões sobre o 13 de maio, repleto de atividades de ensino, arte e cultura, e promovido pelo coletivo Kurima.
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Vídeo e placa comemorativa marcam encerramento da primeira exposição do museu patrimonial

18/05/2017 19:39

Exibição de vídeo na abertura da cerimônia. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

A cerimônia de encerramento da primeira exposição do Museu Patrimonial da UFSC começou com uma surpresa: o lançamento de um vídeo em preto e branco, reproduzindo o formato do cinema mudo. As imagens apresentadas eram registros da interação dos visitantes com as peças que estiveram expostas desde o dia 17 de abril até essa quinta-feira, 18 de maio, Dia Internacional dos Museus. A mostra ocorreu no hall do Centro de Cultura e Eventos e foi visitada por cerca de 5 mil pessoas, segundo os organizadores.

Como na cerimônia de abertura, que contou com a presença de ex-reitores, um ex-reitor também discursou no encerramento da exposição. Lúcio José Botelho, que esteve à frente da universidade de 2004 a 2008, ressaltou a importância histórica da iniciativa. “Eu entrei na UFSC como aluno em 1971 e sou professor desde 1979. Acompanhei alguns momentos significativos. A geração atual é maravilhosamente rápida, por isso não tem ideia do que significava rodar uma apostila de 17 páginas em estêncil; do esforço que cada professor fazia para brigar por um retroprojetor. Hoje vivemos a era da ‘coisa pronta’. Algumas coisas que evocam o passado devem estar presentes no nosso dia a dia para nos lembrar de que as coisas nunca estão prontas, a universidade jamais estará pronta.”

Sueli Soares de Moraes, prefeita do campus. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Os discursos tiveram muitos momentos saudosistas. Sueli Soares de Moraes, prefeita do campus, também recordou sua rotina de trabalho do período em que ingressou na instituição: “Temos na prefeitura algumas peças que poderão ser incorporadas ao museu, como uma máquina de escrever, uma enceradeira e uma mesa da época que entrei na universidade, há 23 anos. Foi minha primeira mesa de trabalho!”. Sueli relatou que, naquela época, além de utilizar máquina de escrever, preenchia formulários em quatro vias de papel carbonado. “Se errasse um número, tinha que refazer tudo de novo. Hoje digitamos direto no sistema, é muito mais fácil. Acho que esses formulários nem existem mais. Mas seria interessante poder mostrar aos mais jovens como eram feitos os empenhos na universidade.”

O reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo falou sobre a importância de se preservar equipamentos considerados inservíveis, descartáveis, e de se estender esse cuidado às pessoas que constroem a universidade a cada dia. “Assim como os objetos, as pessoas também não podem ser deixadas de lado. Devemos valorizar os servidores que deram e dão a vida pela universidade. Por isso, minha principal homenagem hoje será para uma pessoa que considero o símbolo disso tudo, da resistência e da história da universidade: o Moacir Loth. Ele também representa a história da universidade”. O jornalista Moacir, que estava presente na cerimônia, atuou na UFSC por 36 anos — sendo por 16 anos diretor da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom).

Vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Representando o Departamento de Gestão Patrimonial (DGP), discursaram o diretor, Hudson Queiroz, e o coordenador administrativo, Edwilson Ribeiro. Edwilson, que participou do processo de recolhimento de material, relatou que, em 35 anos de universidade, ainda não conhecia muitos dos objetos recolhidos. Hudson agradeceu o esforço dos trabalhadores do DGP, que contribuíram, de forma direta ou indireta, para que o projeto se realizasse e tivesse ampla repercussão. “Agradeço especialmente a dedicação da Veridiana e do Gabriel, e também do Luciano, do Moisés e do Daniel, que iniciaram esse trabalho. Agradeço a participação dos terceirizados, que são responsáveis pelo recolhimento do material. Sem eles isso não seria possível.

A vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann também cumprimentou especialmente a equipe que teve a ideia de dar visibilidade e preservar o que ela considera primoroso e vital para contar a história da universidade: “Essa exposição é simbólica e traz sentido para a instituição. Cada objeto representa o modo de trabalhar, no seu devido tempo, e o sentido que esse trabalho tinha para as pessoas.” Alacoque chamou a atenção para o simbolismo de algo simples, como um ventilador ao lado de uma mesa de trabalho, representando as mudanças na nossa concepção de conforto: “Antes não tínhamos ar condicionado, o que tínhamos era um ventilador pequeno para uma sala com 30, 40 alunos. Era assim que passávamos o verão e, por alguma razão, nos sentíamos confortáveis. Era o que atendia a nossas necessidades. A cadeira, a mesa, os espaços de multiuso nem sempre proporcionavam o que a ergonomia exigia, mas nós nos sentíamos bem assim”.

Alacoque lembrou que a UFSC está completando 57 anos e, “apesar de ainda ser uma universidade jovem, já não podemos mais esperar para ter nossos museus. É bem amplo o leque de opções que temos para estruturar um museu. Vejo nessa iniciativa o começo de um grande desafio. O começo para fazermos com que isso se prolifere e ganhe a abrangência necessária. Ainda temos materiais guardados da década de 1960, que seguramente são importantes para conhecermos o desenvolvimento humano e tecnológico de toda a universidade. Parabenizo novamente a equipe organizadora e a expectativa de que isso seja apenas o início. A partir de agora vamos valorizar tudo que possa representar a história e a vida da nossa instituição.”

Ao final do evento, foi realizado o descerramento da placa de inauguração do museu patrimonial. Mantendo a proposta de ser itinerante, já estão previstas outras três exposições até o final do ano.

Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo discursando durante a cerimônia. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Próximas exposições:

31 de julho a 18 de agosto: “Bem-vindo 2017/2” – hall da BU.

16 a 20 de outubro: “O museu vai à Sepex!” (mostra interativa).

4 a 19 de dezembro: “Parabéns UFSC!” – hall da reitoria.

O vídeo exibido na cerimônia está disponível aqui.

Confira também as reportagens sobre o processo de criação do museu e sobre a inauguração.

Mais informações na página do Museu Patrimonial pelo e-mail museu.patrimonial@contato.ufsc.br ou pelo telefone (48) 37212161.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: Centro de Cultura e Eventosdepartamento de gestão patrimonialdescerramento de placaDGPencerramentoexposiçãoMuseu PatrimonialUFSC

Museu Patrimonial da UFSC inaugura primeira exposição no Centro de Eventos

18/04/2017 14:21
Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Na foto, Gabriel Martins, idealizador e curador do Museu Patrimonial. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

A primeira exposição do museu patrimonial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi inaugurada nessa segunda-feira, 17 de abril, com a presença de ex-reitores, pró-reitores e autoridades acadêmicas. A mostra está aberta ao público, no hall do Centro de Cultura e Eventos, até 18 de maio, Dia Internacional do Museu. Gabriel Martins, um dos idealizadores e curador do projeto, abriu a cerimônia ressaltando a importância de se preservar os objetos que já não são usados, mas que conservam a história do fazer acadêmico: “Inauguramos aqui uma nova forma de vermos a gestão patrimonial da UFSC. Somos a mais antiga universidade federal do estado e temos muita história para contar. Essa história pode ser narrada com nossos instrumentos de trabalho. Neles estão concretizadas diversas atividades, algumas que não existem mais”, afirmou.

Veridiana Bertelli, outra idealizadora e curadora do projeto, reforçou seu caráter de extensão: “Além de contar a história da universidade e dos processos de trabalho, os bens expostos também levam a universidade para a sociedade e trazem a sociedade para dentro da universidade”. Para seguir cumprindo essa função, o museu foi concebido em formato itinerante. “Após essa mostra inaugural, pretendemos levar a exposição para todos os centros, todos os campi e também para fora da universidade. Queremos construir, em diferentes setores da UFSC, espaços museológicos que poderão ser visitados pela comunidade. Percebemos que existe o desejo de construir e fazer parte dessa história. Esse projeto tem muito potencial e esperamos contar com todo o apoio da administração central da universidade para transformar esse potencial em realidade”, informou Veridiana.

Veridiana Bertelli, uma das idealizadoras e curadora da exposição. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Veridiana Bertelli, uma das idealizadoras e curadora da exposição. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

A ideia do museu surgiu a partir da percepção de que a história da universidade estava se perdendo a cada vez que objetos inutilizados eram descartados. “Uma máquina de escrever, um projetor de slides, por exemplo, estavam lá, adormecidos nas prateleiras. Com a vinda da Veridiana e do Gabriel ao DGP, começamos a pensar de que forma poderíamos viabilizar um novo destino aos equipamentos. E assim surgiu esse projeto, que conta a história da nossa instituição, a história do ensino, da pesquisa, da extensão, do dia-a-dia do trabalhador”, explicou Hudson Queiroz, diretor do Departamento de Gestão Patrimonial (DGP/UFSC) e coordenador do projeto.

O reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo agradeceu e parabenizou a equipe do DGP pelo trabalho, segundo ele, “da melhor qualidade” no nível da extensão: “Os servidores do DGP não só deram conta do trabalho da gestão patrimonial, como também selecionaram, entre o material que recolhiam, aqueles que hoje integram o museu. Olha a criatividade, olha a genialidade. Estou extremamente satisfeito. A equipe se mobilizou e deu, para a função administrativa, uma função acadêmica, uma função de extensão. Eles mostram que, definitivamente, o técnico-administrativo não é ‘servidor do professor’. Nesta instituição, o técnico-administrativo e o docente têm a mesma perspectiva para trabalhar no ensino, na pesquisa, na extensão, na inovação, na cultura e na arte”.

Ex-reitores

Os ex-reitores, convidados para a cerimônia, valorizaram a iniciativa de criação de um projeto dedicado à conservação da memória. Ernani Bayer, reitor da UFSC de 1980 a 1984, lembrou que os objetos da mostra preservam o início da universidade, os primórdios do processo de consolidação de todos os cursos que funcionam hoje. “Sabemos que tudo que está exposto aqui já colaborou com muitos estudos e projetos, por isso é importante mostrar essa história aos novos acadêmicos”. Ernani destacou também a relevância de haver um lugar na universidade onde se possa armazenar o material e viabilizar futuras exposições, com a história de todas as gerações da UFSC.

Ex-reitor Antônio Diomário de Queiroz. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Ex-reitor Antônio Diomário de Queiroz. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Antônio Diomário de Queiroz, ex-reitor que esteve em exercício entre 1992 a 1996, elogiou o formato do projeto: “Esse é um evento de abertura da universidade para a sociedade. É um evento de extensão. E a extensão é a função mais aberta e mais avançada da universidade”. Para Diomário, um dos maiores desafios da atualidade é contribuir para o resgate, o respeito e a proteção da memória. “Por isso essa exposição atraiu ex-reitores e nos atraiu a todos. Esse sentimento está em cada um de nós. Espero que esta ação provoque um processo amplo de valorização da nossa memória”, afirmou.

Também discursaram na cerimônia o pró-reitor de Administração, Jair Napoleão Filho — que falou sobre o pioneirismo do projeto; Maria de Lourdes Alves Borges, secretária de Cultura e Arte da UFSC; e Sidneya Gaspar de Oliveira, presidente em exercício da Fundação Catarinense de Cultura (FCC). No evento, foi inaugurado também o site do museu patrimonial, onde futuramente estará disponível um acervo online com os objetos do museu.

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Serviço

O que: exposição do Museu Patrimonial Itinerante da UFSC.

Quando: Até 18 de maio.

Onde: hall do Centro de Cultura e Eventos.

Mais informações no site do museu, pelo e-mail museu.patrimonial@contato.ufsc.br, pelo telefone (48) 3721-2161.

Confira também a reportagem sobre o processo de criação do museu.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

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Primeira exposição do museu patrimonial da UFSC é inaugurada nesta segunda

12/04/2017 16:15

2. Convite Exposicao abril versao final  2Em uma iniciativa inédita, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugura, nesta segunda-feira, 17 de abril, o Museu Patrimonial Itinerante da instituição. Estarão expostos, no hall do Centro de Cultura e Eventos, 18 objetos, de diferentes épocas e usos, narrando parte da história da universidade. A abertura será às 10h da manhã e toda a comunidade universitária está convidada a participar. A exposição estará aberta ao público até 18 de maio, data em que se comemora o Dia Internacional do Museu.

A exposição

Máquina de escrever, retroprojetor, mimeógrafo e estojo normógrafo são algumas das peças que, até pouco tempo atrás, faziam parte do dia-a-dia da universidade e hoje adquiriram valor histórico. Para os mais jovens, a mostra será uma oportunidade de entrar em contato, pela primeira vez, com objetos que sequer conheceram. Para os mais velhos, um momento de relembrar e reviver uma rotina de estudos e trabalho que pode agora parecer longínqua.
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UFSC inaugura museu patrimonial com objetos que narram a história da universidade

31/03/2017 22:05
Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Réplica de uma mesa de escritório dos anos 1980. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC.

Em uma iniciativa inédita, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugura, no dia 17 de abril, o Museu Patrimonial Itinerante da instituição. Estarão expostos, no hall do Centro de Cultura e Eventos, 18 objetos, de diferentes épocas e usos, narrando parte da história da universidade. Máquina de escrever, retroprojetor, mimeógrafo e estojo normógrafo são algumas das peças que, até pouco tempo atrás, faziam parte do dia-a-dia no campus e hoje adquiriram valor histórico. Para os mais jovens, a mostra será uma oportunidade de entrar em contato, pela primeira vez, com objetos que sequer conheceram. Para os mais velhos, um momento de relembrar e reviver uma rotina de estudos e trabalho que pode agora parecer longínqua.

O museu foi concebido como um projeto de extensão vinculado ao Departamento de Gestão Patrimonial (DGP/UFSC). O DGP é o órgão da UFSC para onde são encaminhados os bens inutilizados de toda a universidade. Móveis como cadeiras, mesas e armários; computadores; equipamentos eletrônicos; instrumentos de laboratórios; e os mais diversos objetos dispensados por diferentes motivos ficam armazenados em um depósito central. Alguns chegam danificados, mas muitos outros são descartados apenas por seu uso ou tecnologia estarem, a partir de determinado momento, ultrapassados.
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