CNPq apoia UFSC em projeto que insere Astronomia e Física nas escolas e comunidade

18/02/2014 14:30

Esfera Armilar é um dos instrumentos que fará parte das exposições itinerantes previstas no projeto. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está entre 40 instituições brasileiras contempladas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) na Chamada 85/2013 – “Apoio à criação e ao desenvolvimento de Centros e Museus de Ciência e Tecnologia”. O projeto selecionado, “A Astronomia e a Física vão à Escola e à Comunidade”, teve início em 2012 e tem como principal meta “fomentar o interesse da comunidade escolar e local pela Astronomia e ciências afins”.

A proposta será executada em articulação direta com o Planetário e o Observatório da UFSC – espaços tradicionais de disseminação do conhecimento dessas áreas no estado de Santa Catarina – e conta com a parceria do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), de grupos de astronomia amadores – Grupo de Estudos de Astronomia (GEA) e Núcleo de Estudos e Observação Astronômica José Brazilício de Souza (NEOA) – e da Oficina do Aprendiz.

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Fruto juçara: um novo açaí?

11/02/2014 17:57

Juçara

Na busca por novas fontes alimentares ricas em antioxidantes, foi realizada pesquisa pela mestranda Alyne Lizane Cardoso, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo foi orientado pela professora Patricia Faria Di Pietro, coordenadora do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (GENEO), e avaliou o efeito da ingestão única do suco de juçara sobre biomarcadores de estresse oxidativo em indivíduos saudáveis, constatando-se que isso aumenta a defesa antioxidante sérica e enzimática em indivíduos saudáveis.

A popularmente conhecida juçara (Euterpe edulis) deriva do gênero de palmeiras Euterpe , comumente encontrado na Mata Atlântica, desde o sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul. Devido à exploração extrativista de seu palmito, a palmeira juçara encontra-se em risco de extinção, uma vez que a retirada do palmito culmina na morte da planta; por outro lado, a coleta do fruto não exige seu corte, o que possibilita a exploração como alternativa de grande potencial ambiental, econômico e nutricional. A emulsão proveniente do fruto juçara possui propriedades sensoriais e nutritivas similares ao açaí – fruto do açaizeiro (Euterpe oleracea). Por essas razões, é comum, para facilitar a comercialização, denominar açaí a emulsão dos frutos processados de juçara.
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Docentes da UFSC têm projetos aprovados para intercâmbio entre Brasil e Argentina

05/02/2014 15:03

Neurônios (em vermelho) obtidos em cultivos de células-tronco da Crista Neural em pesquisas de biologia celular e do desenvolvimento. Foto: Alice Prompt / LACERT / UFSC

Os professores Rodrigo Bainy Leal e Giordano Wosgrau Calloni, ambos vinculados ao Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tiveram seus projetos aprovados pelo programa de cooperação internacional CAPES/MINCyT 2013. Os docentes receberão recursos para missões de trabalho e estudo no convênio entre universidades brasileiras e argentinas. Segundo a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), seis projetos de pesquisadores da UFSC foram inscritos nesse edital.

Os projetos contemplados estão lotados na categoria Grupos de Pesquisa Conjuntos, que reúne propostas desenvolvidas por uma equipe brasileira e uma argentina, ambas vinculadas a Instituições de Ensino Superior (IES) em seus países. Pelo convênio, os docentes contemplados tornam-se coordenadores do projeto, e cada um deles recebe um recurso de R$ 10 mil por ano para, em seu respectivo país, custear materiais de consumo relativos à pesquisa. A duração do convênio é de dois anos, com uma avaliação de resultados após o primeiro ano. O programa inclui, além do recurso, passagens aéreas, diárias e bolsas para uma missão de trabalho do docente brasileiro ou argentino de até 30 dias, bem como a missão de estudo de um doutorando de cada instituição na universidade conveniada, com estadia de até quatro meses.
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Pós-graduação UFSC: mais de 70 defesas estão agendadas para fevereiro e março

29/01/2014 16:49

Nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2014, já estão agendadas 74 defesas de mestrado e doutorado em diversos cursos de Pós-Graduação na Universidade Federal de Santa Catarina. As informações foram obtidas por meio de levantamento nos sites dos programas credenciados na UFSC  e também recebidas das secretarias. 

Para os pós-graduandos que estejam com a defesa agendada mas que não consta desta lista, solicita-se enviar as informações para o e-mail jornalismo.agecom@contato.ufsc.br. 

Confira a agenda de defesas dos próximos meses:

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Laboratório da UFSC completa 20 anos e lança vídeo comemorativo

20/01/2014 12:57

O Laboratório de Virologia Aplicada (LVA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), criado em 1993, lançou, em dezembro de 2013, um vídeo institucional comemorativo ao seu 20º aniversário.  O material dá destaque aos resultados e atividades do LVA na formação profissional e no desenvolvimento de pesquisas nas áreas de virologia humana e ambiental.

Assista ao vídeo comemorativo: http://vimeo.com/82343228

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Divulga Ciência – Edição 04 – Dezembro 2013 – Especial de Fim de Ano

03/01/2014 08:28

Edição 04 – Dezembro 2013 – Especial de Fim de Ano

Para esta última edição do ano, o Divulga Ciência apresenta algumas notícias que foram destaque em 2013.

Laboratório de Piscicultura Marinha da UFSC produz sardinhas em cativeiro

Em parceria com a Univali e o Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (CEPSUL), o Lapmar/ UFSC desenvolve um projeto pioneiro de produção de sardinha em cativeiros. Em agosto, o grupo levou aproximadamente oito mil sardinhas para os tanques-redes alocados na Armação do Itapocoroy, Penha (SC). Os peixes serviram como iscas-vivas para a pesca de atum. Leia a reportagem.
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Pesquisa mostra relação entre estado nutricional e células sanguíneas em pacientes com cânceres hematológicos

18/12/2013 14:27

A nutricionista Paula Fernanda de Oliveira Olivo realizou um estudo, em que avaliou a associação entre determinadas células imunológicas, mediadores relacionados à inflamação e o estado nutricional de indivíduos com cânceres hematológicos, antes da quimioterapia. A pesquisa foi realizada para sua dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da UFSC, sob orientação do professor Everson Araújo Nunes, em parceria com o setor de hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina – centro de referência no tratamento de cânceres hematológicos.

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Cápsulas de ômega-3 melhoram perfil lipídico em pacientes cardiopatas praticantes de exercícios físicos

11/12/2013 10:52

Fernanda Casagrande estudou o efeito da ingestão de cápsulas de ômega-3 sobre pacientes cardiopatas praticantes de exercícios físicos

A nutricionista Fernanda da Silva Casagrande, sob a orientação do professor  Edson Luiz da Silva e colaboração do professor Tales de Carvalho, realizou um estudo que resultou em sua dissertação de mestrado para o programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGN). Sua pesquisa investigou o efeito da suplementação de óleo de peixe contendo ômega-3 no perfil lipídico e inflamatório de portadores de insuficiência cardíaca, submetidos a exercício físico supervisionado.

As doenças cardiovasculares (DCVs) estão entre as principais causas de morte e internação, e aumentam substancialmente os custos da saúde pública em todo o mundo. A insuficiência cardíaca é considerada a via final de diversas doenças do coração, e ela causa desequilíbrio do sistema cardiovascular – o que compromete progressivamente a funcionalidade contrátil e de relaxamento desse órgão vital do corpo humano.
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Aquisição de alimentos saudáveis para a família é tema de pesquisa na UFSC

06/12/2013 15:00

Nutricionista Caroline C. Moreira pesquisou a percepção sobre alimentos saudáveis pelos responsáveis pela aquisição para as suas famílias.

A nutricionista Caroline Camila Moreira, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob a orientação da professora Giovanna M. R. Fiates, realizou, para sua dissertação de mestrado, uma investigação acerca da percepção sobre compra e consumo de alimentos saudáveis por quem os adquire para a família. Da pesquisa – realizada entre os meses de outubro e novembro de 2011 – participaram 215 pais de escolares de 7 a 10 anos, de nove escolas públicas de Florianópolis (SC). A pesquisa integra o projeto“Estudo intergerações familiares: hábitos alimentares na interface entre o estado nutricional e o comportamento do consumidor”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em um único dia, realizam-se inúmeras escolhas alimentares, que, repetidamente, tendem a se tornar hábitos. Engana-se quem imagina que as escolhas alimentares se iniciam na primeira refeição do dia; elas começam no momento da seleção e compra de alimentos.

Constatou-se que as famílias brasileiras, de todos os estratos de renda, têm adquirido, cada vez mais, alimentos industrializados e ultraprocessados, geralmente com teores excessivos de gordura, sal e açúcar e uma quantidade insuficiente de frutas e hortaliças. Por isso, torna-se importante compreender não somente o comportamento de compra, mas também entender a percepção do que são alimentos saudáveis por parte de quem os adquire para a família.

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UFSC na Mídia: Pesquisadora detalha ambiente e cotidiano das pescadoras brasileiras

04/12/2013 16:46

Rose Mary Gerber

Rose Mary Gerber comprovou em sua pesquisa, realizada através do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural (INCT IBP), que existem mulheres atuando diretamente nas atividades da pesca no país. Ligada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGAS/UFSC), ela vivenciou plenamente o cotidiano das pescadoras brasileiras no litoral catarinense.
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Dia Mundial de Combate à Aids: conheça a situação de Santa Catarina

01/12/2013 08:45

Este domingo, 1º de dezembro,  está marcado por mais um “Dia Mundial de Combate à Aids”,  e Santa Catarina tem motivos para se preocupar: de acordo com o último Boletim Epidemiológico Aids e DST, emitido pelo Ministério da Saúde, o Estado tem o segundo maior registro de casos de infecção pelovírus HIV no país, atrás apenas do Rio Grande do Sul. No ranking de taxa de incidência da região Sul, cinco cidades catarinenses aparecem entre as 10 primeiras colocadas – Itajaí, Biguaçu, Balneário Camboriú, Florianópolis e Criciúma. Os números mais preocupantes são os de Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde os casos de Aids por cem mil habitantes passaram de 35,4 para 88,2 no período entre 2000 e 2011.

Para o médico pesquisador do Hospital Universitário (HU) da UFSC, Edison Fedrizzi, a péssima posição do Estado no ranking nacional está relacionada às duas formas mais comuns de infecção pelo vírus – relações sexuais sem preservativo e contaminação sanguínea por uso de drogas injetáveis. “Em um primeiro momento, acreditava-se que o número estava ligado à primeira forma, principalmente em cidades portuárias, como Itajaí; mas hoje consideramos que esteja mais ligado ao aumento do consumo de drogas, em especial por jovens.”
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Divulga Ciência – Edição 03 – Novembro de 2013 – Especial Nutrição

29/11/2013 17:25

Divulga Ciência Edição 03 – Novembro 2013 – Especial Nutrição 

O Divulga Ciência do mês de novembro traz dez notas sobre pesquisas e atividades da Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina. A PPGN iniciou uma atividade que estimula seu corpo discente para que, após a defesa da dissertação ou tese, seja enviada uma nota sobre o tema à Agência de Comunicação (Agecom), que as edita e encaminha à mídia. Essas notas visam difundir os resultados das pesquisas e também torná-los acessíveis aos leigos.


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Fungos que transformam formigas em zumbis são encontrados no Sul do Brasil

29/11/2013 17:24

Formigas zumbis nas Matas Nebulares de Santa Catarina. a-b. Vista geral da formiga no musgo, contaminada pelo fungo, que parece uma antena; c. Detalhe da parte do fungo que produz esporos; d. Detalhe da base da cabeça da formiga onde emerge a estrutura produtora de esporos do fungo

Até parece história retirada dos filmes de ficção científica, uma formiga controlada por um fungo. Um determinado grupo de fungos é especialista em alterar o comportamento das formigas, ou seja, depois de infectar suas vítimas, passa a produzir substâncias que as deixam desorientadas, como se estivessem “drogadas”. A formiga contaminada sobe em uma planta e, com suas fortes mandíbulas, se prende aos ramos e morre. Assim, o fungo produz uma estrutura reprodutiva fora do corpo da formiga (ver foto abaixo), onde ocorre a “chuva” de esporos que irá contaminar outras formigas no solo da floresta. Já foram encontradas mais de 3.500 formigas contaminadas em um mesmo local (evento epizoótico). Ainda, muitas vezes é possível ver uma formiga carregando outra, supostamente contaminada, para longe do formigueiro.
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Pesquisa da UFSC mapeia ações educativas sobre alimentação orgânica nas escolas municipais brasileiras

26/11/2013 17:03

Para Tayse, a presença dos nutricionistas é importante para que ações educativas no ambiente escolar sejam realizadas, além de garantir uma alimentação adequada aos alunos

Um estudo desenvolvido para a dissertação de mestrado de Tayse Valdira Vieira, sob a orientação do professor David Alejandro González Chica, para o Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGN-UFSC), em conjunto com o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar de Santa Catarina (Cecane-SC), investigou as ações educativas sobre alimentação orgânica realizadas nas escolas municipais do Brasil em 2012. A pesquisa procurou verificar se essas atividades estavam ou não sendo realizadas pelos nutricionistas vinculados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) em cada município, e avaliou também a sua possível associação com a carga horária semanal e o tempo de serviço desses profissionais.
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Pós-Graduação: defesas de mestrado e doutorado agendadas para dezembro de 2013

18/11/2013 16:57

Veja a listagem com as defesas agendadas para novembro de 2013 de dissertações de Mestrado e teses de Doutorado nos diversos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina. As informações foram obtidas por meio de levantamento e contato junto aos sites dos mais de 70 programas credenciados na UFSC.

Para os pós-graduados que estejam com a defesa agendada para dezembro mas que não consta desta lista, solicita-se enviar as informações para o e-mail jornalismo.agecom@contato.ufsc.br.

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Pós-Graduação: defesas de mestrado e doutorado agendadas para novembro de 2013

01/11/2013 14:21

Veja a listagem com as defesas agendadas para novembro de 2013 de dissertações de Mestrado e teses de Doutorado nos diversos programas de pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina. As informações foram obtidas por meio de levantamento e contato junto aos sites dos mais de 70 programas credenciados na UFSC.

Para os pós-graduados que estejam com a defesa agendada para novembro mas que não consta desta lista, solicita-se enviar as informações para o e-mail jornalismo.agecom@contato.ufsc.br.
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Divulga Ciência – Edição 02 – Outubro de 2013

31/10/2013 16:18

Edição 02 – Outubro de 2013 

Pesquisa no Parque Nacional de São Joaquim avaliará efeito das mudanças climáticas 

Começa a ser instalada no Parque Nacional de São Joaquim a infraestrutura de uma pesquisa científica que tem por objetivo avaliar como as mudanças climáticas irão afetar a fauna e a flora da região. Trata-se do projeto “Biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim”. Além de formar um banco de dados on-line com fotos e sons da biodiversidade, o projeto pode trazer avanços para a ciência, com a descoberta de novas espécies. Leia o relato de uma expedição ao Parque.
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‘A festa da jaguatirica’ recupera 45 anos de música e cultura dos kamaiurá

31/10/2013 15:53

As músicas gravadas, em 1969, pelo antropólogo Rafael José de Menezes Bastos estão sendo reaprendidas  hoje pelas crianças da aldeia dos kamaiurá, no Alto Xingu, Mato Grosso. Obra pioneira e divisor de águas na etnomusicologia, o   pesquisador escreveu o clássico  A festa da jaguatirica – Uma partitura crítico-interpretativa. Reunindo, em 526 páginas, 45 anos de pesquisas, a obra inaugura a recém-criada Coleção Brasil Plural da  Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC). Exibindo capa primorosa e moderno projeto gráfico, A festa da jaguatirica apresenta fotos, ilustrações e a descrição integral de um ritual musical ameríndio.

Brinda igualmente os leitores com um CD de sons colhidos e eternizados pelo antropólogo, chamado carinhosamente de avô pelos jovens da aldeia. Rafael tem uma explicação para tanto respeito e prestígio junto à comunidade indígena: “É muito simples. Basta não roubá-la, não traí-la; aliar-se a ela. Depende, com certeza, da seriedade e do comprometimento do estudioso, e de seu afeto.” A coleção abre espaço para divulgação da produção científica do Instituto Nacional de Pesquisa Brasil Plural (INCT), contando com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq, Capes, UFSC, UFAM e das Fundações de Amparo à Pesquisa de Santa Catarina e do Amazonas (Fapesc e Fapeam).

Durante bate-papo sobre as pesquisas, o antropólogo denunciou os retrocessos nos direitos dos índios no Brasil. Os avanços nas pesquisas antropológicas, segundo ele, conflitam com a realidade. “Estamos diante de verdadeiros campos de concentração, onde a vida não vale nada”, indignou-se, perdendo um pouco do seu bom humor. O renomado antropólogo Anthony Seeger, da Universidade da Califórnia (EUA), acredita que o estudo será um aliado vital dos futuros pesquisadores, entre os quais, “certamente estarão jovens kamaiurá em busca de entender e salvaguardar suas tradições”. Rafael José de Menezes Bastos é autor, pela EdUFSC, do livro A musicológica kamayurá  – Para uma antropologia da comunicação no Alto Xingu. Resultado da dissertação de mestrado na UnB, em 1976, a segunda edição saiu, em 1999, pela EdUFSC, sendo seu conteúdo incorporado à Festa da jaguatirica. “A obra serve aos índios, aos seus pesquisadores e aos bárbaros”, conclui.

Segue  entrevista com o etnomusicólogo que permite compreender melhor a obra e a pesquisa sobre os kaiumurá e o Alto Xingu:

ML – O livro A festa da jaguatirica: Uma partitura crítico-interpretativa reúne mais de quatro décadas de pesquisas sobre a música dos Kamayurá e do Alto Xingu. Não se tem notícia de outro trabalho dessa envergadura no Brasil. Fale um pouco do processo, da importância e do conteúdo da obra?

RJMB – O livro é uma das primeiras descrições integrais de um ritual musical ameríndio, conforme aponta o autor de seu Prólogo, o Prof. Anthony Seeger. Sua envergadura, pois, extravasa os limites brasileiros e o coloca no contexto das três Américas. Convivo com os índios Kamaiurá desde 1969, aprendendo com eles sua música, sua filosofia e suas demais formas de pensar, sentir e fazer. O livro estuda o ritual de longa duração do Javari (11 dias e noites), mostrando como sua música está em sua base e como ele é constituído a partir de pequenas unidades (canções e vinhetas), elaboradas através de uma fina dialética de repetições e diferenciações em sequências e sequências de sequências dessas unidades, executadas continuamente durante dez ou mais dias. O Javari é um longo poema cantado do mesmo tope que a Ilíada e a Odisséia. Se o livro tem alguma importância ela está em dois planos: o dos índios, seus intelectuais e seus aliados, e o dos estudantes de antropologia, música e campos congêneres.

ML – O que é ser etnomusicólogo/antropólogo no Brasil? Ele tem o devido reconhecimento da Academia e da sociedade?

RJMB – Acho que temos, sim. É claro que a maioria de nós não é, nem deseja ser, celebridade.

ML – O fato de ser músico ajudou na realização do desafio abraçado? (“A generosidade da antropologia me devolveu à música”).

RJMB – Com certeza que ajudou muito.

ML – O seu esforço é considerado heroico. As novas tecnologias facilitam pesquisas similares? O que muda? (Um CD acompanha o livro).

RJMB – As novas tecnologias facilitam, sim, pesquisas como a minha. Os equipamentos são muito mais leves e ágeis do que eram há 30 anos, podendo sem esforço ser transportados para as áreas indígenas e usados ali, de dia e de noite, dias seguidos. Mas nenhuma tecnologia substitui o gosto de seguir os índios cantando, tocando e dançando durante 10-15 dias e noites, continuamente.

ML – O que os leitores podem aprender com a leitura e a socialização do conteúdo de A festa da jaguatirica?

RJMB – Aprender como a música e a cultura Kamaiurá, xinguana e ameríndia em geral têm a dimensão, a profundidade e a significação das grandes culturas-fontes da humanidade.

ML – O que significa, para o pesquisador, inaugurar a Coleção Brasil Plural da EdUFSC?

RJMB – Significa uma tarefa de  responsabilidade e dificuldade – o IBP é um instituto de pesquisa de grande relevância e a Edufsc, uma editora muito importante.

ML – A obra, na sua opinião, reforça as políticas públicas de inclusão social?

RJMB – Profundamente , porque devolve aos índios um trabalho feito entre eles durante anos a fio e contribui para mostrar aos não-índios como os índios têm uma cultura tão encantadora e profunda.

ML – Quem é Rafael José de Menezes Bastos (breve perfil)?

RJMB – Sou Professor de Antropologia na UFSC, onde coordeno o MUSA, “Núcleo de Estudos, Arte, Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe”. Sou Pesquisador do CNPq. Escrevi “A Musicológica Kamayurá: Para uma Antropologia da Comunicação no Alto Xingu”, de 1978 (2a.edição da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina em 1999) e “A Festa da Jaguatirica: Uma Partitura Crítico-Interpretativa“, de 2013 (Edufsc). Organizei dois outros livros e publiquei cerca de 100 artigos, incluindo capítulos de livros. Tenho três livros em preparação. Convivo com os índios Kamayurá desde 1969, colaborando com eles em vários projetos, inclusive no de cantar para eles, especialmente para os jovens, o repertório do ritual do Javari.

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / UFSC
moacir.loth@ufsc.br 

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UFSC promove de 23 a 26 de outubro a Sepex 2013, maior evento de divulgação científica de Santa Catarina

22/10/2013 08:46

Clique na imagem para abrir o caderno com a programação (em PDF)

Já está disponível para download o caderno com a programação completa da 12ª SEPEX – Semana de Pesquisa e Extensão (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina. É o maior evento de divulgação científica do Estado.

A Sepex 2013 será de 23 a 26 de outubro no Centro de Convivência e em uma estrutura de lona no seu entorno.

Os visitantes poderão conhecer mais de 120 estandes de oito áreas temáticas: comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia e produção e trabalho.

Ao longo de todo o evento estão programadas diversas apresentações artístico-culturais.

A comunidade também pode participar dos mais de 180 minicursos gratuitos e abertos, com inscrições pelo site: inscricoes1.sepex.ufsc.br.

Outros dois eventos integram as atividades paralelas à Sepex. Um deles é o já tradicional Seminário de Iniciação Científica, que para esta 23ª edição selecionou 54 projetos de pesquisa em andamento na UFSC, nas áreas de Ciências da Vida, Ciências Exatas e da Terra, e Ciências Humanas e Sociais.

Outro evento paralelo será a primeira edição do Simpósio Internacional sobre Interdisciplinaridade no Ensino, Pesquisa e Extensão da Região Sul (SIIEPE), reunindo pesquisadores que buscam estabelecer uma agenda propositiva para a interdisciplinaridade no ensino superior, ciência, tecnologia e inovação.

 

Serviço

O quê: 12ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina

Quando: 23 a 26 de outubro

Onde: Centro de Convivência, campus Trindade da UFSC

Horário: 9h às 19h de quarta a sexta-feira, e das 9h às 13h, no sábado.

Mais informações: http://sepex.ufsc.br/

Acesse a Programação 12ª SEPEX.

Agendamento para escolas: adriana.regina@ufsc.br

Tags: 12ª SepexSepex 2013UFSC

Pesquisa no Parque Nacional de São Joaquim avaliará efeito das mudanças climáticas

18/10/2013 17:51

O cenário é uma descida íngreme, em uma trilha recém-aberta na mata de xaxins que fica no Parque Nacional de São Joaquim. Um grupo de 12 pessoas caminha com certa dificuldade, identificando os primeiros marcadores de uma iniciativa que irá avaliar como as mudanças climáticas irão afetar a fauna e a flora do parque. Trata-se do projeto “Biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim”, que tem por objetivo formar um banco de dados on-line, inédito e aberto à toda a comunidade, com fotos, sons e vídeo que mostram a biodiversidade da região. A iniciativa também poderá representar avanços para a ciência, como a descoberta de novas espécies.

A primeira área demarcada no Parque Nacional de São Joaquim abrange uma mata de xaxins. Foto: Laura Tuyama / Agecom / UFSC

Esta expedição reuniu  pesquisadores e estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina e da Universidade Regional de Blumenau (FURB), técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além das equipes de jornalismo da TV UFSC e da Agecom. O objetivo era conhecer e documentar a etapa inicial de instalação da infraestrutura do projeto, liderado pela UFSC em parceria com a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), FURB, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e ICMBIO, e é financiado pelo CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).A trilha visitada faz parte de uma das três áreas que os cientistas irão utilizar para fazer as pesquisas; são os chamados módulos de parcelas permanentes, que se localizarão nos três tipos de vegetação predominantes: mata de araucárias, matas nebulares e campos de altitude. Cada módulo corresponde a uma área de cinco quilômetros quadrados, com trilhas nos sentidos leste-oeste e norte-sul. A cada quilômetro será instalada uma parcela permanente de 250 metros de comprimento e largura variável de acordo com o grupo biológico de interesse. Delimitadas com fios e marcadores, as parcelas são uma espécie de corredor, que os pesquisadores podem percorrer livremente durante as coletas de exemplares representativos da biodiversidade do Parque.

Imagem de satélite mostra as marcações do primeiro módulo. Imagem: Projeto Biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim

GPS e facões – Ao descer e subir a trilha, é possível ter uma pequena amostra do desafio deste trabalho. Com uso de GPS e equipamentos de topografia, os bolsistas, junto com os brigadistas do parque e os topógrafos, identificam o local a ser demarcado e seguem mata adentro, abrindo caminho com facões e equipados com botas para se proteger de possíveis picadas de animais. A cada 50 metros param para fincar no local a marcação, um tubo de PVC com a identificação da localização geográfica.

Até o momento as equipes já marcaram três quilômetros de uma área montanhosa, talvez o trecho mais complexo. São subidas e descidas, em vegetação fechada, terreno íngreme, encontro com riachos e até desvio de cachoeira. Faltam ainda nove quilômetros para fechar este primeiro módulo, mas o ritmo tende a ser mais rápido, pois a equipe está cada vez mais experiente neste ofício. A expectativa é de que até o final de 2013 o primeiro módulo esteja todo demarcado e os pesquisadores comecem a coleta de dados.

Campos de Santa Bárbara – A parada seguinte da expedição é na região dos Campos de Santa Bárbara, região central do Parque com 1650 metros de altitude de onde se avista a diversidade da vegetação. De lá é possível ver ao longe o Morro da Igreja, localizado a 1822 metros nos campos de altitude. Protegida do vento, a mata nebular recobre as encostas, e sua densidade contrasta com a escassez da vegetação dos campos. Nas montanhas mais ao longe se avista o encontro dos campos com a Mata Atlântica.

Com quase 500 km², o Parque possui uma ampla área a ser estudada – área maior até do que da Ilha de Santa Catarina, que possui cerca de 420 km². Ao mesmo tempo, basta percorrer poucos quilômetros e se está diante de um cenário completamente diferente, com características biológicas próprias. Isso se deve à variação de altitude, que vai de 300 a 1826 metros. É uma das poucas unidades de conservação localizadas em uma região montanhosa. A região é importante também por seus recursos hídricos: localiza-se em uma área de recarga do Aquífero Guarani, é a nascente do rio Tubarão e dos dois rios que irão formar o rio Uruguai, o Canoas e o Pelotas.

Professor Selvino Neckel de Oliveira explica que qualquer alteração climática terá mais efeitos em ambientes como o do Parque Nacional de São Joaquim. Foto: Laura Tuyama / Agecom / UFSC

Observatório privilegiado – Para os pesquisadores, essas características tornam o Parque um local privilegiado para se observar as mudanças climáticas, pois a biodiversidade em ambientes entre 800 a 1300 metros deverá ser mais afetada do que aquela que está ao nível do mar. “São ambientes em que a biodiversidade é mais restrita e muito dependente das condições de umidade, portanto qualquer alteração climática exercerá um efeito maior nessa região”, explica o professor do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Selvino Neckel de Oliveira, que coordena o projeto.

Outra razão para escolher o Parque Nacional de São Joaquim é a pequena quantidade de pesquisa científica conduzida no local. “O Parque foi criado em julho de 1961 e ao longo desse tempo tem sido objeto apenas de pesquisas pontuais, ou seja, conhecemos pouco sobre a biodiversidade do parque, que também não conta com um plano de manejo”, explica Selvino. A pesquisa em uma unidade de conservação também assegura que o local não será objeto de atividades extrativistas ou exploração econômica, ou seja, o ambiente estará protegido da interferência humana direta.

Professor Elisandro Ricardo Drechsler-Santos tem localizado espécies de fungos que podem representar novidades para a Ciência.Foto: Laura Tuyama / Agecom / UFSC

Novas espécies – Outro objetivo é descobrir novas espécies, desafio que tem se mostrado bastante promissor. Um exemplo são as pesquisas sobre fungos, conduzidas pelo professor Elisandro Ricardo Drechsler-Santos, do departamento de Botânica da UFSC. Em quatro expedições, em 2011 e 2013, sua equipe coletou 17 espécies de macrofungos, os populares cogumelos e orelhas de pau. Desse total, três espécies foram identificadas pela primeira vez em Santa Catarina e sete podem representar novidades para a Ciência, seja pela ampliação da distribuição geográfica ou mesmo novas espécies.

Dois exemplares já estão sendo analisados: a Amauroderma sp e a Antrodia sp. A primeira é encontrada nas raízes do xaxim (Dicksonia sellowiana). Já a Antrodia sp. é encontrada em galhos mortos de uma planta de altitude, a Baccharis uncinella. “Essas duas espécies estão em fase de estudo para sabermos se são ou não espécies novas, mas há boas evidências morfológicas, ecológicas e moleculares de que possam ser novidades científicas”, explica o professor Elisandro.

Monitoramento – De volta ao alojamento do ICMBio, que abriga os funcionários do Parque e agora os pesquisadores, o grupo faz uma breve saída de campo, no período noturno. São coletados sapos, serpentes d´água, morcegos. Também é avistado um cachorro do mato, o graxaim, que ronda o alojamento em busca de comida. Todos esses animais serão tema de pesquisa do projeto, que reúne inicialmente as seguintes temáticas de interesse: anfíbios, botânica, etnobotânica, formigas, fungos, insetos aquáticos e herbívoros, besouros, mamíferos não-voadores e morcegos.

A rede de pesquisadores irá utilizar a metodologia RAPELD (sigla que significa inventários rápidos em pesquisas ecológicas de longa duração), desenvolvida pelo Programa de Pesquisas em Biodiversidade (PPBio), do Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia (http://ppbio.inpa.gov.br/). É uma forma de padronizar a coleta de dados, permitindo comparações temporais (ao longo do tempo) e espaciais entre as diferentes regiões brasileiras onde o PPBIO está sendo implantado. Os dados biológicos coletados no Parque serão relacionados com variáveis climáticas e características do solo geradas por uma equipe de pesquisadores da Epagri.

Veja outras imagens do projeto:

Integração – Outra característica da iniciativa é promover diversas formas de integração, seja entre laboratórios da própria UFSC, quanto envolvendo diferentes instituições de ensino e pesquisa de Santa Catarina. Participam ao todo 28 pessoas, entre pesquisadores, técnicos ambientais e estudantes da responsáveis pelo Parque. Além disso, o projeto faz parte de um programa maior em parceria com universidades do Paraná, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, que neste momento também estão instalando módulos e parcelas em unidades de conservação nesses estados.

Por meio de oficinas e educação ambiental, pretende-se estimular a participação da comunidade do entorno do Parque para conhecer a biodiversidade local. Paralelamente, o PPBio-SC espera que essa iniciativa se multiplique para outras unidades de conservação estaduais e privadas, tais como as reservas particulares do patrimônio natural (RPPN) ou mesmo áreas de reflorestamentos das agroindústrias catarinenses. “O projeto é aberto à participação de interessados em fazer este monitoramento em sua localidade. É uma forma de coletar dados da biodiversidade local, para poder comparar com a dos demais locais”, explica o professor Selvino. Duas unidades de conservação já estão em processo de instalação da infraestrutura, uma em Brusque e outra em São Francisco do Sul.

O projeto foi contemplado pelo CNPq no edital específico para estudos sobre a biodiversidade da Mata Atlântica. Serão destinados ao longo de três anos R$ 1,8 milhão para os quatro núcleos de pesquisa do Programa de Pesquisas em Biodiversidade da Mata Atlântica (PPBio Mata Atlântica). As instituições participantes são: Universidade Federal de Santa Catarina, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) de Ilhéus (BA) e Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE).

 

:: Em resumo:

O que é o projeto: “Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim, Santa Catarina, Brasil”
Objetivos:

– Monitorar os efeitos das mudanças climáticas na biodiversidade local.
– Formar um banco de dados online com fotos, sons e vídeos.

Diferenciais:

– é um projeto a longo prazo que prevê a disponibilização de dados online.
– localiza-se em uma unidade de conservação, que assegura que o local não sofrerá interferência humana por razões econômicas.
– integra pesquisadores de diferentes instituições de ensino e pesquisa de Santa Catarina.
– é um dos quatro grupos brasileiros que está pesquisando as mudanças climáticas em diferentes regiões de distribuição da Mata Atlântica.
– é o único a ser realizado em uma região montanhosa.
– busca a integração com a comunidade local e está aberto à participação de interessados em realizar pesquisas em suas localidades. 

Grupos de estudo que participam:

  • Anfíbios;
  • Formigas;
  • Besouros;
  • Fungos;
  • Genética de peixes;
  • Geoprocessamento, topografia e caracterização edafo-climática e de uso e cobertura de solo;
  • Insetos herbívoros;
  • Mamíferos terrestres não-voadores;
  • Morcegos;
  • Mosquitos picadores de anfíbios e insetos aquáticos; e
  • Botânica etnobotânica.

Sobre o Parque Nacional de São Joaquim – Criado em 1961, o Parque tem áreas nos municípios de São Joaquim, Urubici, Bom Jardim da Serra, Orleans e Grão Pará. Seu principal acesso fica em Urubici, município localizado a 171 km da capital. Em 2012 recebeu mais de 110 mil visitantes, o que o colocou como quarto parque mais visitado do país. Mais informações. 

Pesquisadores participantes:

Nome Grupo de atuação Função Instituição
André Amaral Mosquitos picadores de anfíbios Aluno – graduação UFSC
André Ambrozio de Assis Anfíbios Aluno – mestrado UFSC
Benedito Cortês Lopes Formigas Pesquisador UFSC
Caroline Angri Anfíbios Aluno – mestrado UFSC
Caroline Batistim Oswald Anfíbios Aluno – graduação UFSC
Douglas Lemos Farias Anfíbios Aluno – mestrado UFSC
Elisandro Ricardo Drechsler-Santos Fungos Pesquisador UFSC
Erica Naomi Saito Anfíbios Bolsista DTI UFSC
Felipe Moreli Fantacini Mamíferos terrestres não-voadores Aluno – mestrado UFSC
Félix Baumgarten Rosumek Formigas Pesquisador UFSC
Graziele Oliveira Batista Vegetação arbórea e etnobotânica dos moradores do entorno ao Parque Aluno – mestrado UFSC
Issakar Lima Souza Genética de peixes Pesquisador UFSC
Larissa Zanette da Silva Anfíbios Aluno – mestrado
Luiz Carlos de Pinho Mosquitos picadores de anfíbios e insetos aquáticos Pesquisador UFSC
Malva Isabel Medina Hernandez Besouros Pesquisadora UFSC
Luiz Fernando Vianna Geoprocessamento e Caracterização edafo-climática e de uso e cobertura de solo Pesquisador EPAGRI
Mariana de Andrade Wagner Loeuille Botânica Aluno – mestrado UFSC
Maurício Eduardo Graipel Mamíferos terrestres não-voadores Pesquisador UFSC
Michel Omena ICMBio Chefe PARNA Sjoaquim ICMBio – SC
Nivaldo Peroni Vegetação arbórea e etnobotânica dos moradores do entorno ao Parque Pesquisador UFSC
Paulo Barral de Hollanda G. Vieira Geoprocessamento e topografia Topógrafo
Pedro Fiaschi Botânica – Sistemática de arbóreas Pesquisador UFSC
Pedro Volkmer de Castilhos Mamíferos terrestres não-voadores Pesquisador UDESC
Sarita Borges de Fáveri Insetos herbívoros Pesquisadora UFSC
Selvino Neckel de Oliveira Anfíbios Pesquisador UFSC
Sergio Althof Morcegos Pesquisador FURB
Takumã Machado Scarponi Vegetação arbórea e etnobotânica dos moradores do entorno ao Parque Aluno – mestrado UFSC
Thiago C. Gomes Vegetação arbórea e etnobotânica dos moradores do entorno ao Parque Aluno – doutorado UFSC
Vítor de Carvalho Rocha Anfíbios Aluno – graduação UFSC

 

Mais informações:

Site: http://www.gbbollmann.com.br/biodiversidade

Coordenador: professor Selvino Neckel de Oliveira – neckel@ccb.ufsc.br e (48) 3721-5161 

 

Texto e fotos: Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br 

Tags: BiodiversidadeCCBmudança climáticaParque Nacional de São JoaquimUFSC

Sepex 2013: projeto estimula crianças a aprender computação na escola

18/10/2013 14:26

A estudante Juliane Vargas Nunes e a professora Christiane Gresse von Wangenheim ao lado do SCRATCHIE, mascote que estará no nosso estande na SEPEX/UFSC

Um estande que vai trazer experiências para despertar na criança a curiosidade de não apenas mexer no computador, mas sobretudo de criar seus próprios softwares, livros interativos e jogos. Esta é a proposta do projeto Iniciativa Computação na Escola, que estará presente na 12ª Semana de Pesquisa e Extensão (Sepex 2013), no estande 22, área de Tecnologia.

O projeto é coordenado pela professora Christiane Gresse von Wangenheim, do Departamento de Informática e Estatística (INE) da UFSC. “No estande vamos sensibilizar os visitantes e motivá-los a conhecer e aprender computação, programando jogos e robôs de forma divertida”, explica a professora.


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Tese sobre competições esportivas mundiais LGBTs recebe Prêmio Capes

16/10/2013 17:14

Pesquisador Wagner Xavier de Camargo é vencedor do Prêmio Capes de Tese 2013. Foto: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

A tese de doutorado “Circulando entre práticas esportivas e sexuais: etnografia em competições esportivas mundiais LGBTs”, defendida pelo estudante Wagner Xavier de Camargo, do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), recebeu o Prêmio Capes 2013 como melhor pesquisa na categoria Interdisciplinar. Esse modelo de trabalho abrange duas áreas: Estudos de Gênero e Antropologia.

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Tags: PPGICHPrêmio Capes de TeseUFSC

Mestre pela UFSC recebe Prêmio Adelmo Genro Filho de pesquisa em Jornalismo

11/10/2013 15:58

O trabalho “Ciber-informações nativas: uma análise da circulação da informação dos cibermeios de autoria de povos indígenas residentes no território brasileiro (2005-2012)” defendido pela bolsista da CAPES Joana Brandão Tavares, com orientação do professor Elias Machado, no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina em 2012 foi escolhido como Melhor Dissertação de Mestrado da oitava edição do Prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo (PAGF 2013). “Foi um trabalho de grande dedicação e é imensamente gratificante receber este reconhecimento de uma instituição tão séria academicamente como a SBPJor”, afirmou a pesquisadora premiada. “A dissertação de Joana Tavares trata de um objeto pouco estudado e tem alto padrão acadêmico. Um dos membros da banca examinadora, o professor Fausto Neto da Unisinos, chegou a propor para a mestranda que desse continuidade à pesquisa, candidatando-se de imediato ao doutorado”, explicou o orientador, Elias Machado.

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Tags: jornalismoPOSJORPrêmio Adelmo Genro FilhoUFSC

Pesquisa da UFSC investiga o comércio de alimentos de rua de Florianópolis

08/10/2013 11:05

Rayza Cortese pesquisou o comércio de alimentos de rua em Florianópolis.

Rayza Dal Molin Cortese, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizou uma pesquisa, sob orientação da professora Suzi Barletto Cavalli, em parceria com a professora Marcela Boro Vieiros, que resultou em sua dissertação de mestrado. O objetivo do estudo foi caracterizar o perfil sociodemográfico de vendedores de alimentos de rua, e analisar a qualidade higiênico-sanitária dos alimentos ao longo da cadeia de produção, isto é, desde a compra das matérias-primas até a venda dos alimentos.
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Tags: comércio de alimentosFlorianópolisNUPPREPPGNRayza Dal Molin CorteseUFSC

Professores da UFSC criam blog para divulgar descobertas científicas

02/10/2013 15:28

Descobertas científicas realizadas por pesquisadores ao redor do mundo poderão ser encontradas no blog “Cientistas descobriram que…”, um espaço virtual pensado há seis meses e lançado no mês de setembro, que deve sua criação aos professores Andréa Gonçalves Trentin, Giordano Wosgrau Calloni e Ricardo Castilho Garcez, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Tags: blog de divulgação científicaCientistas descobriram queUFSC