Urina sem antibióticos como alternativa para fertilizantes

23/12/2014 16:15

Pesquisa realizada por Raquel Cardoso de Souza, integrante do Grupo de Estudos em Saneamento Descentralizado (Gesad) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mostrou que é possível retirar mais de 70% dos antibióticos presentes na urina. Esses compostos, quando entram em contato com o solo, podem causar resistência microbiana, ou seja, a seleção das bactérias mais resistentes, que se tornarão difíceis de serem eliminadas. Por isso, o estudo “Avaliação da remoção de amoxicilina e cefalexina da urina humana por oxidação avançada (H2O2/UV) com vistas ao saneamento ecológico” analisou a retirada dos antibióticos para que a urina fosse utilizada como fertilizante. O grupo começou a estudar a urina porque já vinha desenvolvendo pesquisas envolvendo o saneamento sustentável, uma prática que utiliza excretas humanas no solo. Esse tipo de saneamento se baseia no banheiro seco, que separa fezes e urina para que sejam reutilizadas, e não usa água para o transporte de excrementos. Coletar a urina e utilizá-la como fertilizante traria benefícios como a diminuição do consumo de água, redução dos gastos com energia e tratamento de esgoto, além de ser uma alternativa de fertilizante mais barata.

A pesquisadora aplicou o método H2O2/UV, um tipo de processo oxidativo avançado (POA). A luz ultravioleta (UV) é responsável pela quebra das moléculas da água oxigenada (H2O2), formando espécies de oxigênio (EROs) que reagem com os antibióticos. Duas amostras de urina foram analisadas – uma fresca e outra armazenada – e submetidas a esse método com diferentes concentrações de H2O2 durante 60 minutos, o que serviu para a retirada dos antibióticos amoxicilina (AMX) – um tipo de penicilina – e cefalexina (CFX), utilizados no tratamento de bactérias comuns. A melhor eficiência ocorreu com a H2O2 na concentração 928 mg/l. A AMX foi removida 77,97% na urina armazenada e 45,53% na fresca; já a CFX teve índices de remoção de 75,49% e 78,46% respectivamente nos tipos de urina armazenada e fresca. As diferenças entre os dois tipos de urina decorrem do pH (potencial de hidrogênio, que mede o índice de acidez): a armazenada apresenta pH mais alto (menor acidez); por isso, em geral, tem melhor rendimento.
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Pesquisa aponta risco cardíaco em crianças e adolescentes portadores de HIV

22/12/2014 13:40

Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina avaliou o risco cardíaco de crianças e adolescentes com AIDS. Nos casos analisados, houve evolução da aterosclerose, doença responsável por formação de placas de gordura nas artérias, e alteração na distribuição de gordura corporal. O estudo foi desenvolvido por Isabela Giuliano, professora do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e ocorreu em duas etapas. Na primeira, entre outubro de 2005 e abril de 2006, foram avaliados 83 pacientes do Hospital Joana de Gusmão com idade entre 7 e 18 anos. Já na segunda parte da pesquisa, feita em 2009, reavaliaram-se 26 dos 83 casos. Essa etapa contou com a participação do bolsista PIBIC Felipe Alpert, do curso de medicina da UFSC.

Infográfico de Luiza Gomes/Estagiária de Design/DGC/UFSC

A primeira parte do estudo, com os dados de 2005, foi publicada na tese de doutorado de Isabela Giuliano. “Até a minha tese, se achava que a causa da aterosclerose eram as drogas [remédios usados para o tratamento do HIV], que elas aumentavam o colesterol e isso evoluía para a aterosclerose. Mas nós descobrimos que a causa da doença é a inflamação. Então, ninguém queria publicar [a tese] porque ia contra todas as ideias anteriores”, conta a pesquisadora.
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Pesquisa revela efetividade da Reserva do Arvoredo em preservar espécies

17/12/2014 08:05
Espécies de garoupas, chernes e badejos que representam as espécies da ictiofauna marinha beneficiadas pela REBIO Arvoredo. A) 'Mycteroperca bonaci': badejo quadrado; B) 'Hyporthodus niveatus': cherne; C) 'Epinephelus marginatus': garoupa verdadeira e D) 'Mycteroperca acutirostris': badejo mira.

Espécies de garoupas, chernes e badejos que representam as espécies da ictiofauna marinha beneficiadas pela REBIO Arvoredo. A) ‘Mycteroperca bonaci’: badejo quadrado; B) ‘Hyporthodus niveatus’: cherne; C) ‘Epinephelus marginatus’: garoupa verdadeira e D) ‘Mycteroperca acutirostris’: badejo mira.

A Reserva Biológica Marinha (Rebio) do Arvoredo é um local que efetivamente protege espécies ameaçadas, em especial os peixes que são alvo da pesca comercial e artesanal. É o que conclui a pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com outras quatro instituições. Os pesquisadores compararam a biomassa de espécies de garoupa, chernes e badejos em oito locais do litoral catarinense. Os maiores exemplares e os mais raros só foram encontrados nas áreas protegidas. A quantidade de biomassa chega a ser de quatro a oito vezes maior na Reserva do Arvoredo, em comparação com áreas não protegidas.

Este é o primeiro estudo que avalia as condições da Reserva na preservação das espécies. Os resultados foram divulgados em uma das principais revistas científicas sobre o tema, a Marine Ecology Progress Series (MEPS), da Alemanha. O estudo envolveu pesquisadores do Laboratório de Biogeografia e Macroecologia Marinha da UFSC, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade de São Paulo (USP), Universidad de Murcia (UMU-Espanha) e Macquarie University (Austrália). A Rebio Arvoredo foi criada em 1990, e o acesso é permitido apenas para atividades científicas; no entanto, a região é alvo frequente de atividades de pesca ilegal.
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Urina sem antibióticos como alternativa para fertilizantes

08/12/2014 10:30

Pesquisa realizada por Raquel Cardoso de Souza, integrante do Grupo de Estudos em Saneamento Descentralizado (Gesad) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mostrou que é possível retirar mais de 70% dos antibióticos presentes na urina. Esses compostos, quando entram em contato com o solo, podem causar resistência microbiana, ou seja, a seleção das bactérias mais resistentes, que se tornarão difíceis de serem eliminadas. Por isso, o estudo “Avaliação da remoção de amoxicilina e cefalexina da urina humana por oxidação avançada (H2O2/UV) com vistas ao saneamento ecológico” analisou a retirada dos antibióticos para que a urina fosse utilizada como fertilizante. O grupo começou a estudar a urina porque já vinha desenvolvendo pesquisas envolvendo o saneamento sustentável, uma prática que utiliza excretas humanas no solo. Esse tipo de saneamento se baseia no banheiro seco, que separa fezes e urina para que sejam reutilizadas, e não usa água para o transporte de excrementos. Coletar a urina e utilizá-la como fertilizante traria benefícios como a diminuição do consumo de água, redução dos gastos com energia e tratamento de esgoto, além de ser uma alternativa de fertilizante mais barata.
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Mesa-redonda discute atores e possibilidades na veiculação de notícias de ciência

03/12/2014 11:51

O último dia do II Colóquio Internacional “Tendências contemporâneas da divulgação científica” começou com um debate sobre os atores, as possibilidades e fomentos da comunicação de ciência. O objetivo da mesa-redonda foi discutir as formas de repasse do conhecimento de pesquisas e trabalhos que estimulam o desenvolvimento do saber científico para o público leigo.

Douglas Falcão, diretor do Departamento de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS/MCTI), abriu as palestras exemplificando iniciativas governamentais no ramo da comunicação científica. Mencionou as feiras, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e as olimpíadas de conhecimento como formas criadas para levar o conhecimento científico até a comunidade de fora do ramo. O palestrante ainda frisou a importância das iniciativas municipais para o desenvolvimento da área de divulgação científica.
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Divulga Ciência – Especial iniciação científica

01/12/2014 08:52

Edição 09 – Novembro de 2014 PIBIC Manhã - Foto Henrique Almeida-30                               Especial Iniciação Científica

O 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) e o 4º Seminário de Iniciação Científica do Ensino Médio da Universidade Federal de Santa Catarina integraram a 13ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex), realizada em outubro. O SIC recebeu mais de 800 inscrições de diferentes instituições, e a edição do PIBIC Ensino Médio teve a participação de seis escolas de Santa Catarina.

Engenharia de Alimentos estuda fungo que cresce em suco de maçã

Santa Catarina é o maior produtor de maçã no Brasil. Para a produção do suco, o extrato da fruta passa por pasteurização. Em sua pesquisa, Francielli Martinhago alerta que, mesmo com o processo, os esporos do fungo podem sobreviver e causar problemas no estômago dos consumidores. Leia mais.

Estudo analisa carência nutricional após cirurgias bariátricas em obesos mórbidos

A cirurgia bariátrica foi instituída pelo SUS para diminuição da quantidade de obesos e obesos mórbidos no Brasil. Por meio desse procedimento, é feita a redução do tamanho do estômago ou o desvio do caminho percorrido pelo bolo alimentar para fora dos segmentos intestinais. Dessa forma, a cirurgia tem caráter disabsortivo – impede que o indivíduo absorva alguns nutrientes como vitaminas D e B12, ácido fólico, entre outros. Leia mais.

Uso de exercícios como método alternativo para tratamento de esclerose múltipla

Pesquisa analisa o impacto de exercícios na prevenção e tratamento da esclerose múltipla, doença ainda sem cura. Leia mais.

Educação para arquitetura sustentável

Foi desenvolvido, no Departamento de Arquitetura, um dispositivo de automação que auxilia o desenvolvimento de uma proposta inovadora para incentivar os usuários a morar de um modo mais sustentável. Leia mais.

Pesquisa propõe economia de água potável utilizando água da chuva

Por meio do aplicativo, desenvolvido para estudantes do ensino básico, os alunos podem visualizar cinco experimentos de Física, facilitando o entendimento da teoria. Leia mais.

Pesquisadora desenvolve aplicativo que ajuda ensino de Física

Pedro Loss, estudante de Engenharia Elétrica da UFSC e criador do canal “Ciência todo o dia” foi um dos 40 escolhidos para participar de um workshop em que produtores de conteúdo educacional na internet, selecionados pelo YouTube, receberam orientações para o aprimoramento de seus vídeos. Eles farão parte da nova plataforma do Google, o YouTube Edu, com a curadoria da Fundação Lemann.  Leia mais.

Pibic do Ensino Médio: sonho de voar faz estudante colocar os pés no chão

 “Alvorecer da Aviação na Ilha de Santa Catarina” rememora a história da Base Aérea de Florianópolis nos anos entre 1900 e 1950; fala do impacto que teve a utilização de aviões na Guerra do Contestado; os acordos com os Estados Unidos, a presença de pilotos estrangeiros e outros detalhes. Leia mais.

Pibic do Ensino Médio: estudante analisa a representação da mulher em comerciais no horário nobre

Carol Gomez observou como o discurso publicitário geralmente coloca a mulher na posição de objeto sexual a ser vendido com o produto ou como produto; como conquista que o símbolo de status a ser vendido ajudará a obter; como mãe e como dona de casa.  Leia mais.

Pibic do Ensino Médio: estudante desenvolve jogo sobre corrida por construção de espaçonaves

Victória Below desenvolveu um jogo que coloca em disputa a corrida pela construção de espaçonaves. Para desenvolver a competição, utilizou dados da verdadeira corrida espacial e do aparato tecnológico de diversos países, incluindo o Brasil. Leia mais.

Pibic do Ensino Médio: estudo das águas da cidade de Sombrio desperta para pesquisa científica

Cinco estudantes coletaram amostras, em cada estação do ano, de água dos rios que desaguam na Lagoa do Sombrio, no sul de Santa Catarina, e testaram a reação e o desenvolvimento de brotos de cebola, sementes de alface e artêmias com essa água. Leia mais.

Leia também: Dissertação aborda o papel do programa de iniciação científica da UFSC na formação de pesquisadores.

Edição Alita Diana/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC alita.diana@ufsc.br Revisão Claudio Borrelli/Revisor de Textos/Agecom/DGC/UFSC Diagramação Carla Isa Costa/Relações Públicas/CRP/DGC/UFSC
Sobre Divulga Ciência é um boletim mensal produzido pela equipe da Agência de Comunicação/DGC, com o objetivo de informar as mais recentes notícias sobre a produção científica vinculada à UFSC. Para enviar sugestões, escreva para o e-mail jornalismo.agecom@contato.ufsc.br. Outras notícias sobre Jornalismo Científico publicadas no portal da UFSC estão reunidas neste link.
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Pesquisa aponta risco cardíaco em crianças e adolescentes portadores de HIV

10/11/2014 14:43

‘Uma pesquisa desenvolvida no Departamento de Pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina avaliou o risco cardíaco de crianças e adolescentes com AIDS. Nos casos analisados, houve evolução da aterosclerose, doença responsável por formação de placas de gordura nas artérias, e alteração na distribuição de gordura corporal.
O estudo foi desenvolvido por Isabela Giuliano, professora do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e ocorreu em duas etapas. Na primeira, entre outubro de 2005 e abril de 2006, foram avaliados 83 pacientes do Hospital Joana de Gusmão com idade entre 7 e 18 anos. Já na segunda parte da pesquisa, feita em 2009, reavaliaram-se 26 dos 83 casos. Essa etapa contou com a participação do bolsista PIBIC Felipe Alpert, do curso de medicina da UFSC.
A primeira parte do estudo, com os dados de 2005, foi publicada na tese de doutorado de Isabela Giuliano. “Até a minha tese, se achava que a causa da aterosclerose eram as drogas [remédios usados para o tratamento do HIV], que elas aumentavam o colesterol e isso evoluía para a aterosclerose. Mas nós descobrimos que a causa da doença é a inflamação. Então, ninguém queria publicar [a tese] porque ia contra todas as ideias anteriores”, conta a pesquisadora.

Infográfico de Luiza Gomes/Estagiária de Design/DGC/UFSC

Infográfico de Luiza Gomes/Estagiária de Design/DGC/UFSC

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13ª Sepex: não há limite para o interesse e a curiosidade das crianças

30/10/2014 19:54
Alunos do Aplicação e os robôs do Campus de Blumenau - Foto Henrique Almeida

Alunos do Aplicação e os robôs do Campus de Blumenau – Foto Henrique Almeida

“Como ele faz para saber se está calor?”
“Ele não estraga na chuva?”
“Não era melhor colocar alguma coisa cobrindo os fiozinhos?”

O grupo de estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental do Aplicação mal dá tempo para que Marcelo Petry, do estande do Campus Blumenau, respire entre uma e outra pergunta a respeito do projeto de robótica que apresentam na 13ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC): são robôs guiados por controle remoto, projetados para terem custo baixo e localizarem incêndios florestais. “Eles querem saber de tudo mesmo, fazem várias perguntas sobre o funcionamento. Para a gente, que quer divulgar o campus e participa pela primeira vez da Sepex, é ótimo”, diz Petry.

Todo ano as crianças comparecem à Sepex com a família ou excursões de escola. Encontram várias atividades destinadas especificamente a elas, com jogos de peças coloridas, palhaços e contadores de histórias que chamam atenção para o conteúdo e outras atrações. Mas não é só nessas que estão interessadas. Para esses visitantes, todas as atividades são atividades que servem ao público infantil.

Jogos exigem raciocínio lógico - Foto Henrique Almeida

Jogos exigem raciocínio lógico – Foto Henrique Almeida

“A gente criou esses jogos como suplementos que permitem visualizar conceitos abstratos e exigem a construção de raciocínio lógico. Não foram pensados especificamente para crianças, o importante é utilizar noções espaciais”, explica Paulo Bösing, do Laboratório de Estudos de Matemática e Tecnologia (Lemat). Ainda assim, o estande sempre tem crianças e pré-adolescentes entretidos com seus joguinhos de madeira com desafios de encaixe e colocação de peças. “São ferramentas que exploram as propriedades espaciais. O pessoal não olha e vai embora, eles ficam um tempo no estande. As crianças menores, do NDI, não entendem a tarefa, só gostam das bolinhas e pecinhas, mas já vale a pena”, considera.

Todos os assuntos podem alimentar a curiosidade - Foto Henrique Almeida

Todos os assuntos podem alimentar a curiosidade – Foto Henrique Almeida

As visitas da Escola Internacional, realizadas em todas as edições da Sepex, rendem discussões em sala de aula e incentivos para as experiências das crianças na Feira de Ciências da própria escola. “Para eles, não tem muito isso de só querer o que é atividade infantil. É a chance de verem o que estudam na escola e se aproximarem do conteúdo, então a curiosidade é por todo o mundo ao redor, na verdade”, fala o professor Leonardo Garin, cercado por uma turma de alunos de 4ª e 5ª séries do Ensino Fundamental.

Aranhas e cobras, claro, sempre são fascinantes; por isso, são elas (mortas) o primeiro atrativo para o estande do Centro de Informações Toxicológicas (CIT). Em seguida, a atenção vai para os escorpiões e lagartas. “Aí eles pedem para olhar o microscópio, contam histórias de parentes que viram bichos venenosos em algum lugar”, conta Taciana Seemann, bióloga que atende no estande. As perguntas mais comuns ali são sobre quais as espécies mais venenosas e quanto tempo o veneno leva para matar uma pessoa. “Tem essa noção de que esses bichos matam pessoas, então temos que matar antes. E é nossa chance de desmistificar o senso comum, explicar que em Santa Catarina só temos dois grupos de cobras venenosas, por exemplo. E os animais peçonhentos são os que mais chamam a atenção, mas também prestamos informações sobre intoxicação com alimentos ou medicamentos”, ressalta.

Aranhas e cobras atraem:  oportunidade para informar - Foto Henrique Almeida

Aranhas e cobras atraem: oportunidade para informar – Foto Henrique Almeida

A 13ª Sepex foi dividida em duas etapas: a primeira, de 22 a 25 de outubro, com a realização de cerca de 200 minicursos; a segunda começou no dia 29 de outubro e vai até sábado, dia 1º de novembro, com exposições de trabalhos de pesquisa e extensão em 125 estandes, além de apresentações artístico-culturais e oficinas. O tema desta edição é “Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social”. As Pró-Reitorias de Extensão (Proex), Pesquisa (Propesq), Graduação (Prograd), Pós-Graduação (PROPG) e Administração (Proad) são responsáveis pela realização do evento.

Mais informações e programação:

sepex.ufsc.br

Conheça o protótipo do robô para localizar incêndios:

Fabio Bianchini/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
fabio.bianchini@ufsc.br

 

Tags: 13ª SepexUFSC

Trabalhos do Pibic Ensino Médio carregam histórias de vida e o futuro da pesquisa científica

24/10/2014 20:16
Alunos do Ensino Médio mostraram seus trabalhos  - Foto Henrique Almeida

Alunos do Ensino Médio mostraram seus trabalhos – Foto Henrique Almeida

Na última sexta-feira, o 4º Seminário de Iniciação Científica do Ensino Médio concluiu a SIC (Semana de Iniciação Cientifica), que integra a 13ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) –, no piso superior do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. Com apresentações orais no auditório da Reitoria e apresentação de painéis na Sala Aroeira do piso superior do Centro de Cultura e Eventos, ocorrerá a apresentação dos painéis confeccionados pelos alunos participantes os alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) Ensino Médio tiveram a chance de mostrar os resultados de suas pesquisas. Escolas de outras cidades do estado também puderam enviar os seus trabalhos para a mostra. As participantes desta edição são a Escola de Educação Básica Getúlio Vargas (Curitibanos), o Colégio de Aplicação da UFSC ( Florianópolis), a Escola de Educação Básica Professora Jandira D’Ávila (Joinville), a Escola de Educação Básica Maria Garcia Pessi (Araranguá), o Colégio Estadual Osvaldo Aranha (Joinville) e a Escola de Ensino Médio Deputado Nagib Zattar (Joinville).

Cada apresentação mostrou um jeito diferente de ver a pesquisa, uma ângulo especial, uma história de vida particular e o começo de uma caminhada em direção ao futuro. Fomos conhecer de perto cinco desses trabalhos e seus autores:

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: sonho de voar faz estudante colocar os pés no chão

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: a teimosia para enfrentar os estereótipos

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: estudo das águas de Sombrio desperta para a pesquisa científica

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: demonstração das Leis de Newton ajuda na reação contra timidez

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: da corrida espacial à engenharia naval

Tags: 4º Seminário de Iniciação Científica do Ensino MédioPibicPrograma Institucional de Bolsas de Iniciação CientíficaUFSC

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: sonho de voar faz estudante colocar os pés no chão

24/10/2014 20:03
Leonardo da Costa Rankel sonha em ser piloto - Foto Henrique Almeida

Leonardo da Costa Rankel sonha em ser piloto – Foto Henrique Almeida

O estudante Leonardo da Costa Rankel, 18 anos, estudante do 2º ano do Ensino Médio na Escola de Educação Básica Getúlio Vargas, não usa meias palavras para descrever a importância do seu desejo de infância: “querer ser piloto de avião salvou a minha vida”, diz. Suas fotos de criança mostram-no sempre carregando aviõezinhos, nunca carrinhos, e os passeios preferidos eram quando o pai, suboficial da Aeronáutica, levava-o para a Base Aérea. Até perceber que talvez não estivesse no caminho da profissão com que sonhava. “Eu era… malandrinho. Comecei a me envolver com ganguezinhas, pixava muro e tal e acabei reprovando na quinta série”, lembra.

Decidiu então concentrar-se nos estudos, principalmente de matemática e exatas, pois sabia que seriam fundamentais para conseguir cursar a Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica. Acabou gostando tanto que, se por acaso não conseguir ser piloto, pretende cursar Engenharia Mecânica. “Eu sei que é um vestibular difícil, mas também sei que posso. Não me acho mais inteligente que os outros, me acho determinado”, explica. Usa essa mesma tenacidade para aprender a tocar instrumentos musicais: tem uma banda e sua posição oficial é nos teclados, mas, se precisar, assume também a bateria. “Nunca tive aulas, não posso dizer que sei tocar de verdade, mas fui aprendendo na raça”, resume.

O projeto que ele apresentou tem tudo a ver com esse amor pela aviação: “Alvorecer da Aviação na Ilha de Santa Catarina” rememora a história da Base Aérea de Florianópolis nos anos entre 1900 e1950; fala do impacto que teve na então minúscula cidade, a utilização de aviões na Guerra do Contestado, os acordos com os Estados Unidos, a presença de pilotos estrangeiros e outros detalhes. “A população ficou perplexa diante da nova tecnologia”, explica, citando datas e informações sem ler no telão.

Conheça outros trabalhos:

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: a teimosia para enfrentar os estereótipos

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: estudo das águas de Sombrio desperta para a pesquisa científica

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: demonstração das Leis de Newton ajuda na reação contra timidez

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: da corrida espacial à engenharia naval

Trabalhos do Pibic Ensino Médio carregam histórias de vida e o futuro da pesquisa científica

 

Fabio Bianchini/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
fabio.bianchini@ufsc.br

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Pibic Ensino Médio no 4º SIC: estudo das águas de Sombrio desperta para a pesquisa científica

24/10/2014 19:59
Futuras pesquisadoras: (e-d) Gergiane, Jaquelini, Mayara e Juliana - Foto Henrique Almeida

Futuras pesquisadoras: (e-d) Gergiane, Jaquelini, Mayara e Juliana – Foto Henrique Almeida

“Ainda vou descobrir a cura para alguma doença”, promete Gergiane Teixeira, 17 anos, da Escola de Educação Básica Profª. Maria Garcia Pessi, em Araranguá. O entusiasmo recém-descoberto pela pesquisa é compartilhado com as colegas de 3º ano do Ensino Médio: Juliana da Rosa, 17, Mayara Sartori (16) e Jaquelini Teixeira (17), com quem apresentou a pesquisa “Estudos do Potencial Tóxico das Águas de Rios do Município de Sombrio”. A outra integrante do grupo, Bruna Estevam, não pôde vir a Florianópolis.

As cinco coletaram amostras de água dos rios que desaguam na Lagoa do Sombrio, no Sul do Estado, em quatro pontos diferentes, desde a nascente em uma cachoeira até o ponto logo depois de ter passado por todo município de Sombrio e recebido esgoto em vários locais. Retiraram amostras de cada um desses pontos em cada uma das quatro estações do ano e testaram a reação e o desenvolvimento de brotos de cebola, sementes de alface e artêmias (pequenos crustáceos de até um centímetro utilizados na alimentação de peixes) com essa água. Observaram então que não houve diferenças e, portanto, não há evidências de toxicicidade nessa água.

Mesmo assim, garantem, não entrariam no rio no trecho depois de atravessar a cidade. “O aspecto já é outro, o cheiro também”, diz Jaquelini. “Só se fosse na parte da cachoeira, que é limpinha”, diz Juliana. Para elas, é importante continuar o trabalho, avaliando a água do rio logo após receber o despejo da água usada no cultivo de arroz na região, mas essa é uma tarefa que deixarão para a próxima turma. No ano que vem, já esperam estar na universidade, cada uma em um curso diferente, mas ainda unidas pela determinação: querem ser cientistas.

Conheça outros trabalhos:

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: sonho de voar faz estudante colocar os pés no chão

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: a teimosia para enfrentar os estereótipos

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: demonstração das Leis de Newton ajuda na reação contra timidez

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: da corrida espacial à engenharia naval

Fabio Bianchini/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
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Pibic Ensino Médio no 4º SIC: a teimosia para enfrentar os estereótipos

24/10/2014 19:52
Carol Gomez falou sobre a objetificação da mulher - Foto Henrique Almeida

Carol Gomez falou sobre a objetificação da mulher – Foto Henrique Almeida

O tema escolhido por Carol Gómez, 18 anos, está relacionado a um assunto que a interessa desde o final do Ensino Fundamental: o feminismo e relações de gênero. Com o chamativo nome “A mulher não precisa do homem, precisa de Bombril!”, ela analisou a representação da mulher nos comerciais apresentados no Horário Nobre da Rede Globo. Para isso, além de observar os comerciais exibidos no horário durante três dias, ela utilizou questionários com jovens, entrevistas e análise de discurso. “A gente queria observar como as diferenças de idades, de ser meninou ou menina fariam as pessoas responder diferente”, diz.

Na sua apresentação, Carol observou como o discurso publicitário comumente coloca a mulher na posição de objeto sexual a ser vendido com o produto ou como produto, como conquista que o símbolo de status a ser vendido ajudará a obter, como mãe e como dona de casa. Ela também destaca a impressão nas entrevistas de que muitos enxergam essa situação como algo que se tornou natural ou, mesmo que indesejável, ajuda a atingir os objetivos da publicidade. “Ver como meus colegas reagem a essas coisas me faz refletir não só sobre o que eu vejo, mas também sobre o que eu quero fazer para mudar isso”, pondera.

A estudante do Colégio de Aplicação da UFSC coloca uma viagem de estudos a Minas Gerais na 7ª série como ponto inicial para a atenção que dedica à observação dos tratamentos de gênero. Na ocasião, foram estudar a Inconfidência Mineira e ela fez o vídeo “As Faces Desconhecidas das Inconfidentes”, sobre a atuação das mulheres no evento histórico, que nunca foi reconhecida e não aparece nos livros escolares. “Mas também eu sempre fui teimosa, sempre discuti muito essas coisas em casa, com todo mundo. E acho importante que no Aplicação a gente sempre tenha espaço para esses debates”.

Conheça outros trabalhos:

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: sonho de voar faz estudante colocar os pés no chão

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: estudo das águas de Sombrio desperta para a pesquisa científica

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: demonstração das Leis de Newton ajuda na reação contra timidez

Pibic Ensino Médio no 4º SIC: da corrida espacial à engenharia naval

Fabio Bianchini/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC
fabio.bianchini@ufsc.br

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SIC 2014: estudo analisa mulheres indígenas em movimentos sociais

24/10/2014 16:15

Andreia da Silva, da quinta fase de História da UFSC, apresentou nesta sexta-feira, 24 de outubro, seu estudo a respeito da trajetória de mulheres indígenas que se envolveram em movimentos sociais. A pesquisa analisou casos no Paraguai, Bolívia e Brasil.

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Andreia da Silva. Foto: Wagner Behr/Agecom/UFSC

O estudo foi desenvolvido durante um ano pela aluna Heloísa dos Santos no Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH). Após esse período, Andreia da Silva foi convidada pela orientadora Joana Maria Pedro para continuar o projeto.
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Tags: Andreia da SilvaSeminário de iniciação científicaUFSC

Pesquisadora avalia sobrepeso em técnicos-administrativos da UFSC

24/10/2014 13:35

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Estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostrou que 64 entre 100 técnicos-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade apresentam excesso de peso. A pesquisa analisou 615 servidores – 283 homens e 332 mulheres – e foi conduzida por Juliane Berria, que produziu sua dissertação a respeito do tema com orientação do professor Edio Luiz Petroski

Três índices foram utilizados para avaliar se os técnicos estavam com o peso adequado: a Circunferência da Cintura (CC) e a Relação Cintura e Estatura (RCEst) determinaram o acúmulo de gordura na região abdominal; o Índice de Massa Corporal (IMC), a obesidade de maneira geral. O IMC estava acima do ideal em 63,6% dos homens e 49,7% das mulheres. Os números mais altos do RCEst foram encontrados em homens, enquanto que as mulheres tiveram índices maiores na CC. Cerca de 33,2% dos pesquisados e 34,3% das pesquisadas apresentaram as três medidas acima do normal.

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SIC 2014: Departamento de Arquitetura e Urbanismo realiza projeto para uma sociedade mais sustentável

24/10/2014 10:34

Felipe Ferraz de Miranda, estudante da 11ª fase do curso de Arquitetura e Urbanismo, apresentou na quinta-feira, 23 de outubro, na sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos, seu trabalho no 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) da UFSC. O graduando faz parte do grupo de pesquisa “O Solar Decathlon e o ensino de arquitetura para uma sociedade mais sustentável”, e sob a orientação do professor Jose Ripper Koscriou um dispositivo de automação que auxilia no desenvolvimento de uma arquitetura que incentiva os usuários a morar de um modo mais sustentável. Felipe participou da formatação e da arquitetura do software, que possui o seu desempenho e as suas relações em torno do meio ambiente.

Felipe Ferraz de Miranda - Foto Henrique Almeida-2

Felipe Ferraz de Miranda. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

O objetivo da pesquisa é que, partindo da educação das pessoas em relação à sustentabilidade, consiga-se realizar esta arquitetura inovadora: “Nossa preocupação era o que poderia ser feito pra realmente ter uma casa e uma engenharia mais sustentável, de que modo os dados seriam usados e o que realmente valeria a pena mostrar ao usuário para ter um melhor conhecimento da arquitetura e dos aspectos climáticos”, comenta Felipe.
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SIC 2014: pesquisadora cria aplicativo que ajuda no ensino de Física

24/10/2014 09:47

Marina Rocha Daros, estudante da sexta fase de Engenharia da Computação  da UFSC, apresentou na quinta-feira, 23 de outubro, no 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) da UFSC, sua pesquisa sobre o uso de dispositivos móveis para a educação de alunos do ensino básico. O estudo começou em julho do ano passado e foi desenvolvido no Laboratório de Experimentação Remota (REXLab).

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Marina Rocha Daros. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A pesquisadora começou a ter interesse pela área científica porque estava em busca de conhecimentos além dos aprendidos nas aulas e encontrou na ciência uma forma de aplicar seus estudos e contribuir com a comunidade.

A estudante percebeu a facilidade com que os alunos utilizavam os dispositivos móveis e teve a ideia de usar a tecnologia para ajudar na compreensão da disciplina em que os estudantes mais tinham dificuldades. Com base em uma pesquisa anterior do aluno João Paulo Cardoso Lima, Marina desenvolveu o aplicativo “RexMobile”, sob orientação do professor Juarez Bento da Silva. Por meio desse programa, os alunos podem visualizar cinco experimentos de Física.
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SIC 2014: aluno de Engenharia Civil apresenta pesquisa sobre aproveitamento de água da chuva

23/10/2014 18:02

Lucas Niehuns Antunes, estudante da sexta fase do curso de Engenharia Civil, apresentou nesta quinta-feira, 23 de outubro, na sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos, seu trabalho no 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) da UFSC. O graduando, em maio de 2013, começou a pesquisar o potencial de economia de água potável em edificações de diferentes setores da cidade de Florianópolis – residencial público e comercial – por meio do aproveitamento de água de chuva captada de vias públicas. O aluno desenvolveu a pesquisa com o intuito de medir a qualidade, unificar o nível de infiltração e pensar formas de tratamento para esta água.

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Lucas Antunes apresenta trabalho no 24º SIC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A pesquisa observou que é possível reduzir a contaminação existente na água de chuva a partir de tratamentos. E desta forma, se conseguiu economizar a água potável utilizando a água de chuva captada de vias públicas para fins não potáveis.

Lucas relata que no começo não sabia quais resultados poderiam ser alcançados, mas agora com o trabalho finalizado consegue perceber os benefícios da pesquisa.  “A água da chuva conseguiu cobrir quase toda a necessidade de água aqui na cidade; para um primeiro trabalho, uma primeira estimativa, eu acho um resultado bem interessante”.
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SIC 2014: Engenharia de Alimentos estuda fungo que cresce em suco de maçã

23/10/2014 13:20

Francielli Martinhago, estudante da sétima fase do curso de Engenharia de Alimentos, apresentou nesta quinta-feira, 23 de outubro, na sala Aroeira, seu trabalho no 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) da UFSC. A graduanda faz parte de um projeto de pesquisa que há cinco anos estuda micro-organismos que crescem no suco de maçã. O papel dela foi analisar o crescimento do fungo na substância de acordo com a temperatura, os fatores ambientais e a concentração do suco.

Santa Catarina é o maior produtor de maçã no Brasil. Para a produção do suco, o extrato da fruta passa por um processo de pasteurização, que consiste em aquecer a substância a 115º C. Em sua pesquisa, a estudante alerta que, mesmo com o processo, os esporos do fungo Neosartorya fischeri podem sobreviver e causar problemas no estômago dos consumidores.

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Autonomia motiva alunos no aprendizado de Física

23/10/2014 10:38

A tese de doutorado “Autodeterminação e ensino por investigação: construindo elementos para a promoção da autonomia em aulas de física”, desenvolvida pelo pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica (PPGECT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Clement, conquistou menção honrosa no prêmio Capes de Tese 2014, na área de Ensino, e está entre as três premiadas neste campo de pesquisa.

A tese – que se desenvolveu a partir do projeto de pesquisa “Motivação, autodeterminação e afetividade: construindo elementos para promoção da autonomia e interesse em aulas de Física” – foi orientada por José Francisco Custódio Filho, coordenador do projeto, e coorientada por José de Pinho Alves Filho – ambos professores do Departamento de Física da Universidade.

O objetivo da pesquisa é a aplicação do ensino por investigação, técnica que visa promover a motivação e dar mais autonomia para os alunos realizarem atividades em sala de aula. O estudo teve início em abril e seguiu até dezembro de 2012, com a participação de 25 estudantes da terceira série do ensino médio de uma escola da rede pública estadual, em Joinville (SC).
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Tags: José Francisco Custódio FilhoLuiz ClementPrograma de Pós-Graduação em Educação Científica e TecnológicaUFSC

SIC 2014: pesquisa analisa carência nutricional após cirurgias bariátricas em pacientes obesos mórbidos

23/10/2014 09:34
Legenda para a foto: Armando Ferreira pretende estender a pesquisa por mais um ano. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Armando Ferreira pretende estender a pesquisa por mais um ano. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Armando Ferreira Fonseca Junior é estudante da sexta fase do curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e apresentou, pela primeira vez, nesta quarta-feira, 22 outubro, sua pesquisa “Perfil metabólico-laboratorial dos pacientes candidatos à cirurgia de obesidade”, na 24ª edição do Seminário de Iniciação Científica (SIC) da UFSC. O estudo analisou o possível agravamento das carências nutricionais em pacientes obesos mórbidos após cirurgias bariátricas. A pesquisa é resultado de um ano e meio de estudo, sob orientação da professora de Neurologia do Departamento de Medicina da Universidade, Katia Lin.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, e, para diagnosticá-la, é utilizado como parâmetro o Índice de Massa Corporal (IMC) – calculado pela divisão do peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. A obesidade caracteriza-se, portanto, por IMC maior ou igual a 30, e a obesidade mórbida por IMC maior ou igual a 35, com a presença de comorbidades, ou maior que 40, sem comorbidades. As comorbidades são doenças que surgem ou se intensificam com a obesidade, como problemas cardíacos, diabetes Mellitus tipo II, hipertensão e trombose. No Brasil, aproximadamente 16% da população é obesa – o que corresponde a cinco vezes o estado de Santa Catarina –, e 1,5 milhão de brasileiros são obesos mórbidos, aproximadamente 3,5 vezes a cidade de Florianópolis.
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SIC 2014: Pesquisa analisa impacto de exercícios na prevenção da esclerose múltipla

22/10/2014 13:19

Elaine Cristina Dalazen está na oitava fase do curso de Fisioterapia do Campus de Araranguá da UFSC e desde a terceira vem trabalhando com iniciação científica. Seu interesse pelo campo foi motivado pelo pesquisador Rafael Cypriano Dutra, coordenador do curso e professor de Farmacologia e Imunologia que desenvolve, em parceria com a Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), estudos em torno da esclerose múltipla. A doença é caracterizada por uma inflamação em estruturas de células neurais que causa a perda de movimentos. Elaine apresentou pela primeira vez seu trabalho de pesquisa que envolve o exercício físico na prevenção da doença nessa quarta, 22, primeiro dia do 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC), que expôs os trabalhos da área de Ciências da Vida.

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Elaine Cristina Dalazen está há mais de um ano elaborando a pesquisa que apresentou no 24º SIC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A esclerose múltipla é uma doença ainda sem cura. Os fármacos disponíveis inibem seus efeitos mas não conseguem controlá-la completamente. Além disso causam efeitos colaterais ao organismo. O Laboratório de Fisiologia e Bioquímica do Exercício da Unesc, onde Dutra e a graduanda atuam como colaboradores, procura métodos alternativos no tratamento da doença. Os testes da pesquisadora, realizados em modelos experimentais aplicados em animais, foram aprovados pelas comissões de ética no uso de animais tanto da UFSC quanto da Unesc.
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SIC 2014: primeira apresentação oral fala do potencial das microalgas para produção de Biodiesel

22/10/2014 10:53

O 24º Seminário de Iniciação Científica (SIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciou nesta quarta-feira, 22 de outubro, e segue até sexta-feira, dia 24, no piso superior do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. As apresentações orais serão no período da manhã e da tarde, e as dos painéis, das 15h às 18 horas. As apresentações serão divididas em três áreas de pesquisa: Ciências da Vida (CCA, CCB, CCS, CDS e Campus Curitibanos), Ciências Exatas e da Terra e Pibiti (CTC, CFM, campi Joinville e Araranguá) e Ciências Humanas e Sociais (CFH, CCE, CED, CSE e CCJ), além do Pibic Ensino Médio.

Neste ano, o SIC teve 826 inscrições e receberá alunos de diferentes instituições e localidades. Para a apresentação oral, 54 estudos foram selecionados e serão avaliados por professores da UFSC e também por avaliadores externos. Já os resultados expostos sob forma de painel serão avaliados por dois professores que atuem na área de estudo do aluno.

A bolsista Gabrielly Vieira de Campos foi a primeira a se apresentar. Falou sobre o “Potencial Biotecnológico das Microalgas para a produção de Biodiesel”, orientada pelo professor Roberto Bianchini Derner, do Laboratório de Cultivo de Algas (LCA), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC.
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Estudo mostra diferenças entre meninos e meninas na prática de ‘bullying’

22/10/2014 10:43

Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou as diferentes percepções de bullying para meninos e meninas dos ensinos fundamental e médio. A dissertação de Michelly do Rocio Dellecave, orientada pelo professor Mauro Luis Vieira, foi defendida em março de 2013.

A pesquisadora – que investigou as diferentes percepções de bullying dentro de uma escola de médio porte em Itajaí, litoral de Santa Catarina – demonstrou diferenças entre meninos e meninas na forma de encarar o problema, e evidenciou como o fenômeno evoluiu do sexto ano do ensino fundamental para o primeiro ano do ensino médio. Os principais resultados envolvem formas distintas de encarar o perfil da vítima, as reações diante das agressões e o modo como elas são praticadas.
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Pesquisa analisa informação nutricional de alimentos industrializados para crianças

15/10/2014 16:24

Pesquisa de Mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculada ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre), é parte de um amplo projeto sobre a presença de Informação Nutricional Complementar (INC) em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças. INC corresponde a qualquer representação que afirme, sugira ou implique que um produto possui propriedades nutricionais particulares em relação ao seu valor energético, conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais.

Na pesquisa, defendida pela nutricionista Martha Luisa Machado, sob orientação da professora Giovanna Medeiros Rataichesck Fiates, foi realizada coleta de informações da rotulagem nutricional em todos os alimentos industrializados à venda em um supermercado de uma das dez maiores redes do Brasil, localizada em Florianópolis (SC). Os alimentos industrializados foram classificados em “direcionados” e “não direcionados” a crianças, de modo a permitir comparação da composição nutricional e do INC. 
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Pesquisa mostra que vulnerabilidade marinha independe de diversidade de peixes

14/10/2014 09:29

O professor Sergio R. Floeter, do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e parceiros da França, Austrália, Estados Unidos e México publicaram artigo sobre a vulnerabilidade e a má distribuição de funções entre as espécies de peixes recifais, na edição de setembro da Proceedings of the National Academy Of Sciences of the USA (PNAS) uma das publicações científicas multidisciplinares mais abrangentes e conceituadas do mundo, com cerca de 3.800 artigos publicados por ano.

O artigo “Functional over-redundancy and high functional vulnerability in global fish faunas on tropical reefs” (Alta redundância e vulnerabilidade funcionais da fauna global de peixes recifais) é fruto de um estudo liderado por David Mouillot, da Universidade de Montpellier 2, França; mas o seu caráter global deve-se à parceria com pesquisadores de outros países e aos dados coletados por eles em faunas marinhas de todo o mundo. Foram avaliados os diversos grupos funcionais existentes entre os peixes recifais e como esses ecossistemas reagem à perda de espécies. A edição da PNAS de setembro tratou inteiramente da biogeografia de questões funcionais, ou seja, as diferentes funções existentes dentro de vários ecossistemas – terrestres ou marinhos.
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