UFSC na Mídia: Clima e uso do solo estão modificando o ciclo da água no Brasil, aponta pesquisa

03/11/2022 10:51

Imagem indica que, onde há cores mais escuras, intensidade das mudanças nas cheias e secas foi mais marcante

A maior parte do território brasileiro ou está secando ou está sofrendo com as cheias, dois eventos climáticos extremos com impactos ambientais e sociais. A conclusão é de um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina publicado na Nature Communications, periódico do Grupo Nature, um dos mais prestigiados do mundo. Uma equipe liderada pelo professor Pedro Luiz Borges Chaffe, do Laboratório de Hidrologia da Universidade Federal de Santa Catarina, indicou como ocorre o fenômeno – definido como aceleração do ciclo da água – com base em dados de vazão, chuvas, uso da água e cobertura florestal. O assunto foi tema de uma reportagem do Jornal Hoje, da Rede Globo, nesta quarta-feira.

A pesquisa trabalhou com dados dos últimos 40 anos e identificou que há, no Brasil, muito mais pontos de seca e de cheia do que se esperava. “Percebemos um aumento dos extremos e que o manejo da terra está impactando e amplificando o efeito da mudança climática”, destaca Chaffe. “A maior parte do Brasil está secando por causa da mudança de regime de chuvas e aumento do uso da água, com impacto também da cobertura florestal. Tanto o aumento de secas, quanto das cheias traz preocupação”.

As descobertas são parte do doutorado de Vinícius Chagas, orientando de Chaffe, e também tem a co-autoria do professor Günter Blöschl, da Universidade de Viena, na Áustria. Os cientistas analisaram um conjunto de dados disponíveis em 886 estações hidrométricas e cruzaram com indicadores sobre chuvas, cobertura de solo e uso de água.

“Em Santa Catarina, por exemplo, a aceleração do ciclo foi detectada no litoral e no extremo oeste. Apesar de o Estado ter em média mais água disponível ao longo do ano, o litoral e extremo oeste estão ficando cada vez mais suscetíveis a curtos episódios de secas”, explica o professor.

O estudo propõe uma classificação quanto ao aumento dos extremos. O processo de aceleração hídrica – que reúne tanto os dados de inundações mais severas quanto de secas – está relacionada a chuvas mais extremas e desmatamento e ocorre em 29% da área de estudo, incluindo o sul da Amazônia. A pesquisa é parte de um esforço do Laboratório de Hidrologia da UFSC em investigar quais bacias hidrográficas são mais sensíveis a mudanças climáticas para se pensar no planejamento e gestão de recursos hídricos.

O conjunto de dados coletado pelos pesquisadores foi também analisado considerando quatro grandes regiões a partir das suas semelhanças: Sul e Norte da Amazônia e Sul e Sudeste do Brasil. Estes hotspots foram delimitados a partir de suas características semelhantes: no Sul do Brasil e norte da Amazônia foi constatada mais disponibilidade de água por conta do volume de chuvas e cheias. Já o Sudeste está ficando mais seco, processo explicado pelo aumento no uso da água, o que está relacionado à atividade humana.

No Sul da Amazônia, outro dado chamou a atenção: naquela região, as mínimas diminuíram e as máximas aumentaram. Como o padrão de chuvas não mudou, é possível que a aceleração hídrica tenha sido causada por conta da mudança na cobertura vegetal. “Essa aceleração pode levar a grandes impactos na produção global de alimentos, no ecossistema saúde e infraestrutura”, resumem os cientistas no artigo.

Disponibilidade hídrica

Vazão dos rios foi fonte de dados do estudo ( Imagem de luis deltreehd por Pixabay)

A questão geral dos trabalhos realizados no laboratório diz respeito à vazão e disponibilidade hídrica no Brasil. “Os extremos estão mudando – tanto as cheias, quanto as secas. Uma das causas é o volume das chuvas, mas o uso da água também faz com que isso mude, assim como a cobertura da vegetação”, reitera o professor.

Ainda segundo ele, a aceleração do ciclo hidrológico geralmente é analisada por climatologistas com base em dados de chuva e evaporação, porém, no continente esses fluxos são modulados pelas Bacia Hidrográficas. “Nós sabemos que tanto a cheia quanto a seca são afetadas pelas mudanças climáticas, que aumentam esses extremos. Porém, precisamos entender como as características da bacia hidrográfica afetam o que acontece na parte terrestre do ciclo hidrológico”.

O estudo conclui que a menor quantidade de água disponível na seca também está relacionada ao aumento do uso da água, fator que chamou a atenção dos pesquisadores na região Sudeste, por exemplo. “A disponibilidade hídrica também é resultado das mudanças climáticas e no Brasil nós vemos esse fenômeno de aceleração hídrica, que é o aumento dos dois extremos: cheias e secas mais intensas”, indica.

“Nossos dados mostram que as mudanças de vazão têm sido generalizadas no Brasil. Secas ainda mais intensas podem ser encontradas no sul da Amazônia e no sudeste do Brasil, enquanto aumento das cheias podem ser encontrados no norte da Amazônia e no sul do país”, sintetizam os autores.

O estudo também aponta que, no Planalto Central, as secas ficaram pelo menos 48% mais intensas nas últimas quatro décadas. Em Santa Catarina, o fenômeno é oposto: há mais cheias, com dados que demonstram que elas são 18% mais intensas do que no passado. Também no estado, uma cheia que acontecia a cada 100 anos, em média, agora ocorre a cada 70 anos. No geral, os indicadores apontam o fenômeno em todo o território nacional, com mais secas e menos cheias em 42% do Brasil, principalmente na região da expansão do agronegócio. Ainda, na região da Bacia do Rio Doce, onde houve recentes desastres no estado de Minas Gerais, percebe-se o aumento da sazonalidade do clima, com mais chuva durante estação chuvosa e menos chuva na estação seca.

Amanda Miranda, Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: aceleração hídricaGrupo Naturemudanças climáticasNature CommunicationsUFSC na mídia

Audiência Pública abre discussão sobre nova Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional da UFSC

03/11/2022 10:43

Público presente à Audiência debateu a nova política. O Conselho Universitário irá discutir a minuta no dia 29 de novembro. (Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) debateu em audiência pública nesta terça-feira, 1° de novembro, a proposta de minuta da Política de Enfrentamento ao Racismo Institucional na UFSC. A audiência ocorreu no Auditório da Reitoria e contou com a participação de estudantes, docentes, técnicos administrativos e movimentos sociais. 

A urgência da consulta pública para acolher contribuições e aprovação do documento foi solicitada pela atual gestão da UFSC. A medida foi criada para garantir a equidade racial na Universidade, tendo em vista os recentes casos de racismo ocorridos no âmbito da instituição. 

As contribuições da comunidade universitária durante a audiência foram registradas em ata, de modo a compor o processo que será enviado para análise do Conselho Universitário (CUn). Ao todo, foram realizadas 20 manifestações orais e entregues à equipe da organização da audiência oito manifestações escritas, que serão anexadas ao relatório final. Ao fim da audiência, a ata da minuta foi aprovada por unanimidade pelos presentes. Agora, o Grupo de Trabalho desenvolverá o relatório final que deve ser apreciado pelo CUn no dia 29 de novembro.

>> Audiência Pública foi transmitida ao vivo pela TV UFSC. Assista aqui ao vídeo na íntegra
>> Acompanhe a programação do Novembro Negro na UFSC

A reunião foi aberta pela pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidades (Proafe), Leslie Chaves, que destacou a importância do evento para abrir as celebrações de novembro na instituição. Em seguida, o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, mencionou os desafios colocados à Universidade e afirmou que dentre as prioridades da gestão, o principal foco será o encaminhamento da política antirracista. 
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Tags: COEMApolítica de enfrentamento ao racismo institucionalPROAFEracismoSaadUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Nem bicho, nem planta: o que nos ensina o conhecimento dos fungos

03/11/2022 10:01

Projeto da UFSC busca catalogar a primeira lista de fungos ameaçados de extinção do Brasil

 

Elisandro Ricardo Drechsler-Santos: “a funga da serra catarinense, inclusive do Parque Nacional de São Joaquim, tem várias espécies novas, endêmicas e algumas estão ameaçadas de extinção”. Foto: Camila Collato

 

Uma bela xícara de café acompanhada de um pãozinho fresco, queijos e, em seguida, um suco de frutas é capaz de tornar qualquer hora do dia gloriosa, concorda? Agradeça aos fungos por isso e muito mais: os fungos estão presentes em quase toda a produção de alimentos. São responsáveis pelo avanço da medicina para tratar doenças físicas e mentais. Sequestram naturalmente e liberam o carbono, além de favorecer distintos processamentos industriais. E há uma série de usos diários dos fungos ainda pobremente conhecidos.

Muitos acreditam equivocadamente que são plantas, mas também não são animais – os fungos são organismos com a sua forma própria de vida. A comunidade de animais de um determinado local é tratada como Fauna, a de plantas, como Flora. E existe ainda uma terceira classificação: a dos fungos, conhecida como Funga. Assim, Fauna, Flora e Funga formam os três grandes grupos de organismos eucariontes da natureza. Apesar de sua importância reconhecida para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade, e até mesmo para a indústria farmacêutica, essa categoria de seres vivos é pouco explorada pela ciência. Nesse sentido, o objetivo do pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos é criar um sistema de dados para catalogar, identificar e popularizar o conhecimento acerca da Funga.

Apenas 7% dos fungos são conhecidos pela ciência. Acredita-se que existam cerca de 1 a 5 milhões de espécies, no entanto, apenas 150 mil são catalogadas. Estudar e entender a Funga de um local é importante para a conservação não apenas das espécies de fungos, mas de todo o ecossistema. Essa é a missão do projeto MIND. Funga, coordenado pelo professor Ricardo. “A gente tem no Brasil aproximadamente 50 espécies que já foram avaliadas e a maioria delas são espécies ameaçadas de extinção. No entanto, não existe uma política ainda de reconhecimento disso”, explica o pesquisador. 

A ameaça de extinção

É comum ouvir-se falar sobre plantas e animais em ameaça de extinção. No entanto, pouco se conscientiza sobre o risco das espécies de fungos em perigo. Um dos objetivos do MIND. Funga é catalogar essas espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

O pesquisador é claro: os fungos são essenciais para a estabilidade climática (dado seu papel no sequestro de carbono no solo) e para preservar a saúde ecossistêmica. No entanto, os fungos têm sido negligenciados em políticas ambientais e de conservação. Um descuido com inúmeras consequências, afirma o cientista. “Quando os fungos são colocados em risco, colocam-se em risco os ecossistemas que dependem deles. Com isso, perdemos a chance de realizar avanços, encontrar soluções para problemas ambientais graves, como mudanças climáticas e degradação da terra”, afirma.

E complementa o raciocínio observando que não existe ainda uma lista vermelha nacional de fungos, ou seja, os fungos não são reconhecidos no nosso território. O pesquisador busca estudar a distribuição das espécies para aplicar os critérios da IUCN e classificá-las em níveis de ameaça. Além disso, com engajamento com outros micólogos e liquenólogos, em breve haverá uma proposta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), para que essas espécies sejam oficializadas também em uma lista no âmbito nacional.

Esse processo de reconhecimento e inclusão das espécies ameaçadas de extinção na lista de alerta vermelho é importante, pois auxilia e chama atenção para criação de políticas públicas que visem à conservação da Funga e, por consequência, da biodiversidade. Como os fungos não são reconhecidos no território brasileiro, Elisandro acredita que seja necessário fazer uma ponte entre pesquisadores e governo, para que seja feito um trabalho em conjunto em prol da manutenção dessas espécies.

Por que os fungos devem ser conservados?

Os fungos são seres fundamentais para o funcionamento dos ecossistemas, pois junto com as bactérias heterotróficas são decompositores da matéria orgânica. Eles atuam como agentes recicladores da matéria, visto que ao fazerem o processo de decomposição devolvem os nutrientes para o solo e o gás carbônico para a atmosfera. Estes componentes serão reaproveitados pelas plantas, que eventualmente servirão de alimento para os animais herbívoros, reiniciando assim o ciclo da natureza. Os fungos podem ser descritos como o “elo” entre seres vivos e componentes não vivos do meio ambiente.

Outro motivo para que os fungos sejam conservados são os seus esporos. Elisandro explica que os esporos dos fungos são micropartículas liberadas no ar que auxiliam a formar as gotas de chuva. O pesquisador diz que “uma floresta preservada não só transpira umidade para formar nuvens, como também as partículas que estão no ambiente agregam essa umidade em forma de gota e fazem com que caia a chuva”. 

Além de sua importância para o equilíbrio ambiental, os fungos também podem ser explorados de maneira consciente pelos mais variados setores da indústria. Muitos alimentos, produtos e medicamentos utilizados no dia a dia dependem desses seres. Um exemplo clássico é a Penicilina, antibiótico descoberto a partir de fungos do gênero Penicillium.

Taxonomia

A ciência de reconhecer e descrever espécies novas é chamada de taxonomia, uma ciência básica que fornece elementos essenciais para outras ciências posteriormente, que são as ciências aplicadas. “Mais do que nunca o cientista no mundo é reconhecido, e em nosso país existe atualmente essa urgência de a sociedade reconhecer as universidades. Porque é dentro das universidades, principalmente as públicas e federais, que acontece a pesquisa”, enfatiza Elisandro. 

Para o pesquisador, quando descrevemos uma nova espécie de fungo, estamos mostrando para a sociedade em geral que existe uma caixinha de surpresas biotecnológicas, surpresas medicinais e surpresas na alimentação que podem ser explorados pela ciência aplicada, e podem retornar para a população não só como produtos importantes para a sociedade, mas também do ponto de vista econômico-financeiro.

O aplicativo de identificação

Complementar à pesquisa de Elisandro, em fase de testes, está a criação de um aplicativo para smartphones que permite, através da captura de imagens, reconhecer as espécies de fungos. Para isso, foram reunidos especialistas em identificação de fungos e inteligência artificial da UFSC dedicados ao desenvolvimento de um sistema moderno de reconhecimento de macrofungos a partir de um banco de imagens e informações.

Esse aplicativo faz parte do programa Ciência Cidadã MIND. Funga, ou seja, conta com a participação de voluntários para auxiliar no registro das imagens que irão compor o banco de dados. Em uma primeira etapa, cidadãos residentes próximos à região das Matas Nebulares de Santa Catarina utilizaram outro aplicativo desenvolvido por uma das pesquisas do grupo para fotografar os fungos em seu ambiente natural e registrar dados como localização, substrato, data da imagem etc. Esses dados estão sendo utilizados inicialmente em um projeto piloto, como base para mapeamento e monitoramento dessas espécies de fungos, bem como para compor o banco de dados do aplicativo de reconhecimento de espécies.

Elisandro comenta que esse banco já conta com informações de mais de 500 espécies de fungos. “Eu estou falando de aproximadamente 20 mil imagens de fungos. Essa base de dados é utilizada para treinar uma rede neural convolucional (Convolutional Neural Network / CNN).  Essa rede neural, ela aprende sozinha com os padrões que encontra nas imagens. É isso que a gente chama de Inteligência Artificial”, diz o pesquisador. Essa parte da IA é desenvolvida em parceria com equipe do Prof. Aldo von Wangenheim do Research institute on Digital Convergence – INCoD, também da UFSC. 

O aplicativo chamado de MIND.Funga app servirá tanto para professores da rede básica e superior em práticas pedagógicas quanto para especialistas contribuírem para popularizar a diversidade das espécies de fungos. 

“Eu tenho um compromisso com a ciência, mas ao mesmo tempo eu tenho um compromisso com a sociedade. E isso me faz querer mostrar para as pessoas o que nosso grupo descobre. Por isso nós estamos desenvolvendo esse aplicativo, para popularizar o conhecimento”, conta o biólogo. O aplicativo está em desenvolvimento e logo uma versão preliminar deverá estar disponível para testes.

Em geral, os estudos para acessar a diversidade e conhecer as espécies costumam ser mais acessíveis, do ponto de vista financeiro. Para o andamento deste projeto específico, os recursos foram disponibilizados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o pesquisador foi capaz de ir além do objetivo previsto inicialmente. “Eu consigo dar bolsa, eu consigo ir para campo, eu consigo fazer biologia molecular, eu consigo produzir livros” comenta Elisandro.

O pesquisador:

Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 43 anos de idade, é Professor Associado do Departamento de Botânica da UFSC, atuando como orientador no Mestrado Profissional PROFBio-UFSC e Mestrado e Doutorado no PPG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC. Pesquisador do CNPq, especialista membro do grupo “IUCN SSC Mushroom, Bracket, and Puffball Specialist Group” e coordenador do grupo de pesquisa MIND.Funga (mindfunga.ufsc.br). 

Entre em contato com o pesquisador

Prof. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos
Laboratório de Micologia (MICOLAB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Departamento. de Botânica
Telefone: +55 (48) 37212889
Celular: +55 (48) 996268188
E-mail: drechslersantos@yahoo.com.br
Florianópolis – 88040970 – Brasil

 

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Elisandro Ricardo Drechsler dos SantosFungosMind.FungaNADCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Novembro Negro: Colégio de Aplicação da UFSC promove evento aberto ao público neste sábado, dia 5

03/11/2022 08:34

O Colégio de Aplicação (CA) da UFSC sediará o IV Baobás: Mês da Consciência Negra do CA UFSC, de 5 a 29 de novembro, com dezenas de atividades. O evento é organizado por professoras e técnicos-administrativos do Colégio e terá oficinas, apresentações artístico-culturais, rodas de conversa, entre outros.

A abertura ocorre neste sábado, 5 de novembro, com ampla programação aberta ao público. Os demais eventos serão restritos à comunidade do Colégio.

O Projeto Baobás, criado pelo Grupo de Pesquisa Integração de Saberes na Educação Básica, teve sua primeira edição em 2012 tendo outras duas realizações em 2013 e 2014. Nos anos seguintes,  o projeto esteve inserido em outras atividades sobre a temática da educação para as relações étnico-raciais na UFSC e em outras instituições públicas de ensino.

>> Confira a programação do Novembro Negro UFSC

Segundo a organização, o evento visa proporcionar atividades relacionadas à cultura afro-brasileira e afro-descendente nas Américas. Participam da programação docentes e estudantes do CA, egressos, estudantes e docentes da graduação e pós-graduação da Universidade, além de artistas da capital. As temáticas estarão voltadas à corporeidade e identidade étnico-racial abrangendo desde a contação de histórias a oficinas de danças afrobrasileiras e sapateado. As oficinas darão a conhecer um pouco do universo da cultura da diáspora africana no continente americano. Uma apresentação especial de grande sambista de Florianópolis encerrará a programação deste sábado.
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Vestibular Unificado UFSC/IFSC oferta mais cursos e vagas destinadas a indígenas, quilombolas e negros

01/11/2022 10:18

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) abrirá no próximo dia 10 de novembro inscrições para os processos seletivos para preencher vagas suplementares destinadas para indígenas, quilombolas e negros. A Comissão também abrirá o edital para o vestibular de Letras Libras – bacharelado e licenciatura (UFSC), Pedagogia Bilíngue (IFSC) e Educação do Campo- Área das Ciências da Natureza e Matemática.  À exceção das vagas destinadas ao Processo Seletivo de Vagas Suplementares para Negros, as demais serão preenchidas através da prova a ser realizada no dia 29 de janeiro de 2023 em uma única etapa.

Indígenas e Quilombolas

Os indígenas, residentes no Brasil e territórios transfronteiriços, poderão concorrer a 22 vagas suplementares que serão preenchidas de acordo com a classificação geral desses candidatos. Há o limite máximo de três vagas por curso. Para os quilombolas são destinadas nove vagas suplementares que serão preenchidas de acordo com a classificação geral desses candidatos, observado o limite máximo de uma vaga por curso.

As inscrições para os indígenas e quilombolas são gratuitas e poderão ser feitas até 1º de dezembro no site www.suplementares2023.ufsc.br.  A prova desse processo será realizada das 14h às 18h, no dia 29 de janeiro de 2023, e envolverá 30 questões objetivas e uma redação.

As provas serão aplicadas em Florianópolis, Palhoça (Grande Florianópolis), Xanxerê (Região Oeste), José Boiteux (Vale do Itajaí) e Curitibanos (Região Serrana).

Letras Libras (UFSC) e Pedagogia Bilíngue (IFSC)

Para os candidatos aos cursos de Pedagogia Bilíngue (IFSC) e Letras Libras (UFSC) a taxa de inscrição é de R$ 70,00 e deve ser feita nos sites www.ifsc.edu.br/pedagogiabilingue ou https://vestibularlibras2023.ufsc.br. Para o curso de Pedagogia Bilíngue são ofertadas 20 vagas pelo Instituto Federal de Santa Catarina e o Letras Libras, bacharelado e licenciatura, são ofertadas 40 vagas pela Universidade Federal de Santa Catarina.

As inscrições terminam no dia 1º de dezembro e cada candidato terá direito a escolher apenas uma opção, independente da instituição. A prova, com 30 questões e uma redação escrita, começará às 14h e terminará às 18 horas no dia 29 de janeiro de 2023. As provas serão aplicadas em Florianópolis e Palhoça.

Educação do campo

O processo seletivo para Licenciatura em Educação do Campo – Área das Ciências da Natureza e Matemática é destinado para preenchimento de 50 vagas.  O curso será presencial com a Metodologia da Alternância. Isso significa que aluno terá aulas no campus da UFSC, no bairro Trindade, em Florianópolis, e atividades de vivência e estágio nas comunidades e escolas do campo, prioritariamente em um dos municípios da Grande Florianópolis ou nos municípios de Paulo Lopes, Garopaba e Angelina.

A taxa de inscrição é de R$ 70,00 e deve ser feita pelo site www.educacaodocampo2023.ufsc.br. As provas, que começarão às 14h e terminarão às 18h, serão aplicadas em Florianópolis e Palhoça no dia 29 de janeiro de 2023. Serão 30 questões e uma redação.

Vagas Suplementares para Negros e Pardos

As inscrições para este processo são gratuitas e estão disponíveis no site www.suplementaresnegros2023.ufsc.br. Podem concorrer negros e pardos que tenham participado de, pelo menos, uma das edições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) dos anos 2020, 2021 ou 2022, e que tenham obtido a pontuação mínima especificada no item 3.2 no edital disponível no site www.suplementaresnegros2023.ufsc.br.  Caso o candidato informe a participação em mais de uma edição do Enem, será considerada a edição em que ele satisfizer os requisitos mínimos e possuir melhor pontuação, de acordo com as regras do edital.

São oferecidas duas vagas em cada um dos cursos da UFSC, constantes no Anexo “Quadro Geral de Cursos e Vagas” do edital.  O resultado deste processo seletivo será divulgado no site www.suplementaresnegros2023.ufsc.br, depois de o Inep disponibilizar os resultados do Enem 2022.

Pedidos de Isenção e condições especiais para realizar a prova

Os pedidos de isenção do pagamento da taxa devem seguir as orientações da Portaria 003/2022/Coperve. A relação dos candidatos que tiverem a inscrição indeferida, por qualquer motivo, estará disponível no site em que cada um fez a inscrição de acordo com o curso escolhido.

O candidato que necessitar de condições especiais para a realizar as provas deverá solicitá-las no Requerimento de Inscrição e comprovar a necessidade por meio de laudo médico legível, conforme Portaria 07/2022/Coperve.

Cuidados sanitários e uso de máscara

Em função da melhora das condições sanitárias em relação à pandemia de Covid, o uso de máscara durante a prova será opcional. No entanto, será exigido o comprovante de vacinação contra a Covid ou o teste negativo feito 72h antes do dia da prova.

A Coperve disponibiliza atendimento telefônico para esclarecer dúvidas pelo (48) 3721 9951 (9h às 17h) e pelo e-mail coperve@coperve.ufsc.br 

Tags: coperveUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibularVestibular Unificado UFSC/IFSC 2023

Projeto ‘Livro em Movimento’ realiza ação com doação de obras em escola municipal

31/10/2022 09:02

O projeto Livro em Movimento, idealizado pela Editora da UFSC, fez a primeira entrega de livros para a biblioteca pública de um colégio. Desta vez, a instituição contemplada foi a Escola Básica Municipal Tapera – Escola do Futuro, localizada no bairro Tapera, que atende crianças até o 5° ano do Ensino Fundamental. A primeira entrega oficial foi realizada no Museu do Lixo da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), composto de livros majoritariamente encontrados em descarte que são recolhidos, restaurados e, uma vez recuperados, distribuídos às bibliotecas de escolas públicas.

A editora doou 22 livros para a escola, contendo títulos como O fantástico na Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes, Cruz e Sousa: poemas do poeta florianopolitano Cruz e Sousa, Nós, de Salim Miguel, dentre outros, que agora integram o acervo da biblioteca. Segundo o diretor da editora, professor Waldir Rampinelli, o projeto surgiu como uma forma de levar a UFSC para o cotidiano de crianças e jovens de Florianópolis, além de incentivar o hábito da leitura entre os estudantes. “A Escola do Futuro trabalha com uma educação criativa das crianças”, conta ele. Com laboratórios e salas de atividades extraclasses, o colégio atende cerca de 400 alunos, sendo a grande maioria residente do bairro da Tapera.

Além do professor Rampinelli e da equipe da editora UFSC, também estiveram presentes o Secretário Municipal da Educação de Florianópolis, Maurício Fernandes, e a Secretária Municipal da Educação de São José, Ana Cristina Oliveira da Silva Hoffmann. O corpo docente da Escola do Futuro também participou da entrega, apresentando alguns exemplares para os alunos.

Até o momento, a editora prevê realizar uma doação de livros por mês, avaliando o perfil dos alunos e as necessidades das escolas interessadas no projeto. Para se candidatar, o colégio deverá formalizar seu pedido pelo e-mail editora@contato.ufsc.br.

Texto e fotos: Giulia Rabello, estagiária da Agecom

Tags: Editora da UFSCEdUFSCLivro em Movimento

Reitor apresenta à Ebserh dificuldades enfrentadas pelo Hospital Universitário da UFSC

27/10/2022 18:28

Reitor Irineu Manoel de Souza reunido com a diretoria da Ebserh (Foto: Divulgação Ebserh)

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Irineu Manoel de Souza, esteve reunido na quarta-feira, 26 de outubro, em Brasília, com a direção da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU). No encontro, o reitor discutiu novamente a situação difícil enfrentada pelo Hospital Universitário, com falta de médicos e suspensão de atendimentos.

Participaram do encontro o presidente da autarquia, Oswaldo de Jesus Ferreira, o vice-presidente Antonio Alves da Rocha, o diretor de gestão de pessoas, Rodrigo Augusto Basrbosa e a assessora de Planejamento da Diretoria de Atenção à Saúde, Elizabeth Queiroz.

O reitor destacou no encontro que a situação mais complicada do Hospital é a da Pediatria. O Departamento de Ensino de Pediatria da UFSC, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) encontrou-se recentemente com o reitor e relatou que os alunos do curso de Medicina estão com dificuldades de fazer as aulas práticas da disciplina, por falta de profissionais. “Além de a comunidade ser prejudicada, pela falta de atendimento médico, os alunos da UFSC também estão enfrentando dificuldades”, disse o reitor. De acordo com Irineu, o Centro de Ciências da Saúde criou uma comissão envolvendo vários Departamentos para estudar medidas visando restabelecer os atendimentos no HU.

O gestor da UFSC também apresentou à diretoria da Ebserh os documentos de três auditorias realizadas pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) de Santa Catarina, em que a entidade aponta problemas na operação do Hospital e reforça a necessidade de contratação de médicos.

O presidente da Ebserh, segundo relato do reitor, se comprometeu a fazer a contratação dos profissionais necessários, mas novas admissões só poderão ocorrer a partir do dia 2 de janeiro de 2023. Profissionais já aprovados em outros concursos, que poderiam ser contratados antes deste prazo, não têm se apresentado quando convocados. O problema apontado nestes casos é que o salário de médico pago pela Ebserh é considerado baixo e não atrai esses profissionais.

Tags: EbserhHospital UniversitáriomédicosPediatriaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC tem 24 pesquisadores entre os mais influentes do mundo e 30 entre os mais citados em 2021

27/10/2022 15:50

A Universidade Federal de Santa Catarina tem 24 pesquisadores entre os mais citados do mundo e 30 entre os mais citados de 2021. É o que indica pesquisa conduzida por uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicada em outubro pela editora Elsevier. O estudo traz um banco de dados disponível publicamente dos cientistas mais citados, com informações detalhadas sobre citações e posições de autoria, indicadores relevantes para definir o impacto dos cientistas e dos seus estudos no meio científico. O cálculo foi realizado usando todos os perfis de autores do Scopus em 1º de setembro de 2022.

A relação conta com professores que lecionam em programas de pós-graduação de diversas áreas do conhecimento e também professores visitantes que estiveram em colaboração com a instituição e assinam artigos registrando o vínculo à UFSC. Há, na lista, 1211 pesquisadores vinculados a instituições brasileiras. Em 2021, a UFSC também contava com 24 nomes em destaque entre os mais influentes do mundo e 26 pesquisadores entre os mais citados – número que este ano aumentou para 30. No link, é possível acessar as planilhas com os resultados completos.

Os mais citados

Bernhard Welz, Química
Peter Wolf, Professor Visitante
Nicolas Garcia, Professor Visitante
Ruy Exel, Matemática
Rui D. Prediger, Farmacologia e Neurociência
Ivo Barbi, Engenharia Elétrica
Diego Augusto Santos Silva, Educação Física
Enedir Ghisi, Engenharia Civil
Eduardo Carasek, Química
Antonio L. Braga, Química
Alexandre Trofino, Automação e Sistemas
Christian J.L. Hermes, Engenharia Mecânica
Mauricio Laterça Martins, Aquicultura
Adilson J. Curtius, Química (in memoriam)
Dachamir Hotza, Engenharia Química e Engenharia de Alimentos
Jamil Assreuy, Farmacologia
Carlos Brisola Marcondes, Microbiologia, Imunologia e Parasitologia
Hazim Ali Al-Qureshi, Engenharia Mecânica
Denizar C. Martins, Engenharia Elétrica
Cláudia Maria Oliveira Simões, Farmácia
Edson L. da Silva, Análises Clínicas
Moacir G. Pizzolatti, Química
Maique Weber Biavatti, Ciências Farmacêuticas
Marcelo Lobo Heldwein, Engenharia Elétrica

Os mais citados em 2021

Diego Augusto Santos Silva, Educação Física
Enedir Ghisi
, Engenharia Civil
Ruy Exel, Matemática
Dachamir Hotza, Engenharia Química e Engenharia de Alimentos
Rui D. Prediger, Farmacologia e Neurociência
Danilo W.Filho, Biologia
Marcelo Farina, Bioquímica
Rafael Cypriano Dutra, Neurociências
Peter Wolf, Professor Visitante
Sergio R. Floeter, Ecologia e Zoologia
Mauricio Laterça Martins, Aquicultura
Selene M.A.Guelli U. Souza, Engenharia Química
Roberto Cid Fernandes, Física
Eduardo Carasek, Química
Christian J.L. Hermes, Engenharia Mecânica
Graziela De Luca Canto, Odontologia
Débora de Oliveira, Engenharia Química e de Alimentos
Ione Jayce Ceola Schneider, Fisioterapia
Antonio L. Braga, Química
Ivo Barbi, Engenharia Elétrica
Julio E. Normey-Rico, Automação e Sistemas
Fabiane Barreto Vavassori Benitti, Ciências da Computação
Vladimir Pestov, Matemática
Maria José Hötzel, Zootecnia
Bernhard Welz, Química
Roberto Lamberts, Engenharia Civil
Hazim Ali Al-Qureshi, Engenharia Mecânica
Cláudia Maria Oliveira Simões, Farmácia
Moacir G. Pizzolatti
, Análises Clínicas
Marcelo Lobo Heldwein
, Engenharia Elétrica

Tags: cientistas influentescientistas mais citadosElsevierpesquisaUniversidade de Stanford

UFSC na Mídia: Projeto leva laboratório e cientistas para escola da rede pública

27/10/2022 13:29

Um experimento realizado em casa com a parceria da filha de 4 anos fez com que a professora Regina de Sordi, do Departamento de Farmacologia, tivesse uma ideia que hoje dá vida a um projeto de extensão realizado por pesquisadores da área. O ‘Pequenos Grandes Cientistas’ leva o laboratório, a experimentação e o fazer científico para o público infantil do primeiro ano, em uma articulação com a EBM Adotiva Liberato Valentim e com financiamento da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciências. O assunto foi tema de uma reportagem da TV Barriga Verde.

O professor Daniel Fernandes, também do Departamento de Farmacologia, explica que a ideia é levar aos alunos dos anos iniciais experimentos de curta realização e que se relacionam com as grandes áreas da ciência como química, física e biologia. “Nossa proposta é colocar crianças e jovens como verdadeiros cientistas, explorando sua capacidade de interpretação e reinventando a visão de quem pode fazer ciência no mundo”, conta.

As crianças recebem um caderno de experimentos elaborado pelos integrantes do projeto e planejado de forma específica para o público-alvo. O caderno tem a descrição dos experimentos aplicados na escola, para que os alunos aprendam e sintam como é trabalhar com o método científico de forma descontraída e divertida. O material conta, ainda, com atividades e desenhos para colorir relacionados à ciência. Outros materiais didáticos também foram confeccionados como jogos de memória, bingo temático e banners com a divulgação do projeto.

“Nosso maior objetivo é apresentar a ciência às crianças e estimular a curiosidade, a criatividade e o questionamento para tornar as nossas pequenas crianças de hoje nos grandes cientistas de amanhã”, comenta. “Poucas iniciativas da área têm como público-alvo as crianças, e na opinião da equipe do projeto, este é um público importante a ser abordado pois eles têm um grande poder transformador”.

Os impactos das atividades já são sentidos. Segundo Fernandes, a realização do projeto modificou positivamente a rotina da escola e das crianças. É visível, por exemplo, o quanto elas ficam entusiasmadas nos dias das atividades, sendo participativas e demonstrando grande interesse e curiosidade.

O professor explica que o emprego do método científico é trabalhado em todas as atividades, estimulando-as a questionarem, formularem hipóteses e imaginarem os resultados. “Muitas crianças comentaram que ‘estavam muito felizes’ e ‘agora gostavam de Ciências’. Tivemos retornos de alguns pais que disseram que os filhos relataram em detalhes as experiências e agora falavam que queriam ser cientistas. O projeto se mostrou inclusivo permitindo também a participação de algumas crianças com transtorno do espectro autista nas atividades”, reforça Fernandes.

Este foi o primeiro ano do projeto e, diante do sucesso, há planos de expansão, tanto para mais turmas na mesma escola como para outras escolas municipais de Florianópolis. “A expansão do projeto vai depender principalmente da captação de recursos e gerenciamento do tempo dos docentes envolvidos no projeto”.

Mistura de cores

Uma das atividades que as crianças mais gostaram de executar foi com a mistura de cores. Cada criança recebia tubos de ensaio, pipetas Pasteur e cores primárias para misturar e descobrir como podiam produzir outras cores.

“Elas também participaram de um jogo de tabuleiro desenvolvido pelo projeto, e dependendo da casa que caem, as crianças executam um experimento”, lembra o professor. Um exemplo é o experimento de solubilidade, onde colocam em um frasco água e óleo para ver como estes líquidos não se misturam e então pingam um corante aquoso que passa pela camada de óleo sem se misturar.

As crianças também observam pequenos insetos, plantas, células do sangue e outras pequenas estruturas em lupas e microscópios (algumas fotos abaixo). Depois da execução dos experimentos, os resultados são anotados em cadernos de experimentos.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

Tags: Departamento de FarmacologiaPequenos Grandes CientistasSBPC

UFSC é a quinta universidade mais sustentável do Brasil

27/10/2022 10:19

Esta foi a primeira avaliação do QS Ranking com recorte em Sustentabilidade. Foto: Noah Buscher | Unsplash

A UFSC é a quinta universidade mais sustentável do Brasil e a segunda colocada entre as federais, conforme levantamento publicado na última quarta-feira, 26 de outubro, pelo QS Ranking Mundial 2023. Nas primeiras posições estão, respectivamente, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Com a análise de desempenho de 700 universidades no mundo, esta foi a primeira vez que o QS ranking realizou uma avaliação com o recorte específico para a Sustentabilidade. A metodologia utilizada é composta por indicadores voltados à medição da capacidade de uma instituição no enfretamento a desafios ambientais, sociais e de governança.

A proposta é avaliar o impacto institucional “para capturar efetivamente o desempenho da universidade quando se trata de fazer mudanças positivas para as pessoas e o planeta”. Os indicadores são divididos em dois grandes grupos: medidas de impacto social e medidas de impacto ambiental. No primeiro, são avaliados critérios como igualdade de gênero e ações afirmativas, troca de conhecimento entre instituições, reputação acadêmica e empregabilidade.

Já o segundo grupo engloba aspectos como pesquisa sustentável, educação sustentável e instituições sustentáveis – este último indicador avalia, por exemplo, a estratégia de sustentabilidade da Universidade, a disponibilidade de relatório sobre emissões energéticas, a existência de formações estudantis focadas em sustentabilidade ambiental, entre outros.

Confira o ranking completo e mais informações sobre a metodologia no site do QS World University Rankings: Sustainability 2023.

RANKING NACIONAL

1ª Universidade de São Paulo (USP)
2ª Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
3ª Universidade Estadual Paulista (UNESP)
4ª Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (UFRGS)
5ª Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
6ª Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
7ª Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ)
8ª Universidade Federal do Ceará (UFC)
9ª Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
10ª Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Tags: Ranking QSsustentabilidadeUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Acesso ao RU com passe de papel será permitido até 6 de novembro

26/10/2022 12:35

O Restaurante Universitário da UFSC em Florianópolis, campus Trindade e CCA, está em fase de implementação do controle de acesso eletrônico ao refeitório, conforme normativas da Portaria nº 007/2022/PRAE. Para a utilização do local, será necessária a apresentação do cartão de acesso RU para as conferências necessárias pela portaria do refeitório, independentemente do meio utilizado para o acesso: passe impresso ou digital.

O acesso se dará de forma híbrida até o dia 6 de novembro, domingo, com ambas as modalidades de passe. A partir de segunda-feira, 7 de novembro, o acesso ocorrerá exclusivamente com passe digital.

Para isso, o cartão necessita estar em plenas condições de uso e identificação. A foto e as demais informações deverão constar nitidamente, possibilitando a adequada conferência. Os usuários que estiverem com os cartões em desacordo com essas orientações devem procurar imediatamente a Secretaria do RU para a regularização.

De acordo com a direção do Restaurante, as medidas são importantes para a segurança na utilização do cartão RU e irão minimizar a utilização indevida por terceiros, principalmente em caso de perda ou roubo. Os usuários podem realizar a recarga do cartão de acesso e, em caso de perda ou roubo, efetuar imediatamente o bloqueio do cartão, por meio das orientações disponíveis no site do RU.

> Acesso à Recarga do Cartão
> Acesso ao Bloqueio do Cartão

Tags: passe digitalRestaurante CCARestaurante Universitário (RU)RUUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Novembro Negro: UFSC planeja ações para o enfrentamento do racismo institucional

26/10/2022 11:18

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) planeja, durante todo o mês de novembro, diversas ações para evidenciar a cultura e contribuições das pessoas pretas, além do combate ao racismo. Entre 1º e 30 de novembro serão ministrados cursos e palestras, assim como manifestações artísticas, rodas de conversa, exposições e um cardápio especial para o Restaurante Universitário (RU), com pratos típicos da culinária afro-brasileira. 

A programação completa está disponível no site novembronegro.ufsc.br.

As ações são planejadas pela Administração Central e por coletivos e organizações representativas. O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é a data escolhida para celebração da cultura afro-brasileira, reconhecimento dos movimentos igualitários, luta racial e contra opressão sofrida pelas pessoas pretas e pardas no país.

“Mais que um mês para celebrar quem somos e denunciar o racismo na sociedade brasileira, o Novembro Negro precisa ser um momento para que a Universidade possa prestar contas, demonstrar o que tem feito para enfrentar e combater o racismo institucional”, ressalta a vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos. “É com essa expectativa que realizamos o primeiro Novembro Negro da nossa gestão. Este é um momento importante para debater, ampliar e finalmente implementar a Política Institucional de Enfrentamento ao Racismo.”
(mais…)

Tags: AntirracismoCOEMAdia da consciência negraNovembro NegroPROAFERUSeCArtesepex

Abertas as inscrições para os minicursos da Sepex

25/10/2022 08:57

Estão abertas até dia 4 de novembro as inscrições para minicursos da Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação, a Sepex. Os interessados devem acessar a plataforma https://sgsepex.ufsc.br/ após a realização de um cadastro. Alunos e servidores da UFSC devem acessar com o idUFSC. Para realizar novos cadastros, basta acessar “cadastrar-se” e preencher as informações. Há 125 opções de atividades disponíveis, sobre temáticas variadas.

A Sepex terá a sua 19ª edição entre 7 e 11 de novembro. Após dois anos sendo realizada à distância, será realizada em toda a UFSC, nas modalidades presencial e virtual. Tradicionalmente, o evento segue a temática da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia , que tem como tema o Bicentenário da Independência: 200 de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. Acompanhe a programação e as atualizações sobre as atividades no site.

 

Tags: inscrições para minicursosminicursosSemana de Ensino Pesquisa Extensão e Inovaçãosepex

Pró-Reitoria de Extensão publica edital para seleção de alunos auxiliares na 19ª Sepex

24/10/2022 10:10

A Pró-Reitora de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou na última sexta-feira, 21 de outubro, edital voltado à seleção de alunos de graduação para participação como auxiliares na realização da 19ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex). As atividades a serem realizadas compreendem: recepção do evento, atendimento ao público, auxílio aos estandes, acompanhamento de visitantes escolares, apoio operacional à organização do evento, dentre outras atividades relacionadas. O evento no campus de Florianópolis será realizado de 7 a 11 de novembro de 2022.

Serão selecionados 20 alunos, sendo quatro destas vagas destinadas a intérpretes de Libras e quatro vagas destinadas à promoção de acessibilidade. Dos total de alunos selecionados, dez deverão atuar no turno da manhã, das 8h às 13h, e a outra metade no turno da tarde, das 13h às 18h, nos dias 9, 10 e 11 de novembro, nos Centros de Ensino participantes da 19ª SEPEX do Campus Florianópolis. O valor total do auxílio é de R$ 255,00 por aluno para os três dias, e o pagamento do auxílio está condicionado à participação, pontualidade e assiduidade dos alunos durante os dias da realização do evento. A comprovação será feita, também, por meio de assinatura na lista de frequência.

> Acesse a íntegra do Edital 07/2022/PROEX

Para participar, o interesse deve: estar regularmente matriculado em curso de graduação da UFSC; apresentar índice de aproveitamento acumulado IAA igual ou superior a 6,00, excetuando-se os alunos da 1ª fase; não estar participando do evento como apresentador de trabalho; e possuir disponibilidade para atuar nos horários do evento (dias 9, 10 e 11 de novembro), além de participar da reunião com a organização (dia 7 de novembro). Dos alunos intérpretes de Libras, também será exigido proficiência em Libras ou estar cursando graduação em Letras-Libras a partir da terceira fase. Para os candidatos às vagas de promoção à acessibilidade, é desejável possuir experiência em atendimento à pessoa com deficiência. E, aos alunos ingressantes pelo sistema de ações afirmativas, será necessário apresentar uma declaração da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas (Proaf) para comprovar o ingresso por AA.

A Sepex ocorre na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT). A temática de 2022 é Bicentenário da Independência: 200 anos de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. O objetivo da SNCT é mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades de Ciência e Tecnologia (C&T), valorizando a criatividade, a atitude científica e a inovação. Com a realização da Sepex, a UFSC busca se aproximar da sociedade de maneira interativa, por meio da exposição de seus projetos de ensino, pesquisa, extensão e inovação, estimulando a socialização da ciência, a reflexão, o debate, a troca de experiências e a curiosidade científica.

Tags: edital ProexPROEXsepexUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Conselho Universitário aprova moção pela recomposição do orçamento da UFSC

21/10/2022 18:56

Sessão aberta do Conselho Universitário foi realizada no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos (Fotos: Rafaella Whitaker)

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou, em sessão aberta realizada nesta sexta-feira, 21 de outubro, uma moção de apelo aos representantes eleitos, aos chefes de Poderes e à sociedade em geral para que se engajem em uma campanha de recomposição do orçamento da instituição em 2022. A sessão aberta ocorreu no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos e contou com a participação de estudantes e representantes das categorias de servidores da Universidade.

A reunião foi aberta pelo reitor Irineu Manoel de Souza, que mencionou a difícil situação orçamentária da UFSC e ressaltou a sua importância para o desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina. Em seguida, a secretária de Planejamento e Orçamento da UFSC, Andréa Cristina Trierweiller, apresentou o panorama orçamentário do segundo semestre de 2022, evidenciando a importância da recomposição. O corte de R$ 12,6 milhões das verbas da Universidade fez com que o valor disponível para custeio caísse de R$ 132 milhões para R$ 119 milhões, levando a Administração Central a tomar medidas de restrição de gastos e postergação de pagamentos de contas. Mesmo assim, o déficit previsto para este ano está calculado em R$ 5,1 milhões.

O presidente do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), Carlos Alberto Marques, o Bebeto, propôs a análise dos cortes sob outro prisma e questionou que tipo de sociedade estamos construindo, citando casos de racismo, perseguição religiosa e discursos nazistas. Ele disse que as restrições orçamentárias são um projeto que envolve a perda da autonomia da Universidade. Neste momento, um grupo de estudantes entrou no auditório com faixas e cartazes entoando o slogan “não vai ter corte, vai ter luta” e foi aplaudido pelos presentes.

O representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Francisco Machado, saudou a iniciativa da gestão de realizar a sessão aberta e disse que os cortes fazem parte de um projeto de desmonte das universidades visando a venda deste bem público. Ele questionou até quando a UFSC poderá manter as políticas de assistência estudantil, citando o caso do Instituto Federal Catarinense (IFC), que foi obrigado a restringir o fornecimento de alimentação aos estudantes do campus de Camboriú. “A resposta do movimento estudantil tem sido mobilizar os estudantes e ocupar as ruas”, afirmou.

Estudantes confeccionam faixas e cartazes para levar à sessão

Falando como representante do Sindicato de Trabalhadores em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (Sintufsc), Giana Carla Laikovski afirmou que todos têm compromisso de lutar pela sobrevivência da Universidade. Ela disse que a resposta para enfrentar a situação é a luta envolvendo trabalhadores administrativos, docentes e estudantes.

Amanda Alexandroni, representante da Associação de Pós-Graduandos da UFSC (APG), lembrou que desde 2013 não há reajustes das bolsas e que os recursos vêm sendo diminuídos ano a ano. Ela também mencionou a posição de alunos contrários à adoção da modalidade remota para algumas atividades nos cursos de pós-graduação.

Os estudantes aproveitaram a sessão para dar visibilidade a outras pautas. Kellen, estudante do curso de Pedagogia, fez uma fala emocionada para denunciar outro caso de racismo ocorrido no Centro de Ciências da Educação (CED). A professora Patrícia Lima, coordenadora do curso de Pedagogia, confirmou o caso e disse que as aulas foram paralisadas pela terceira vez em razão de casos de transfobia e racismo. “Os cortes falam sobre o futuro, mas há situações presentes, materializadas por atitudes de violência”, declarou.

A palavra foi aberta aos conselheiros e muitos se manifestaram. Depois disso, o reitor abriu inscrições para fala de cinco representantes do público. Ao final a moção apresentada pelo pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick, foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros.

Veja a íntegra do texto da moção:

“O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), reunido em sessão aberta realizada em 21 de outubro de 2022, faz um apelo público ao presidente do Senado Federal, ao presidente da Câmara dos Deputados, ao Ministro da Educação e aos senadores e deputados federais catarinenses para que atuem no Congresso Nacional no sentido de garantir a recomposição urgente do orçamento anual da instituição.

O corte de R$ 12,6 milhões nos recursos da Universidade, efetivado em junho, compromete as atividades de ensino, pesquisa e extensão da UFSC. Os esforços da gestão, direcionados a assegurar as iniciativas que apoiam a permanência de estudantes em situação de vulnerabilidade econômico-social, implicam restrições de gastos às Unidades de Ensino e a adoção de medidas que podem comprometer o orçamento de 2023. Sem a reversão dos cortes, a UFSC deverá fechar o ano com déficit de pelo menos R$ 5 milhões, além das contas que deixarão de ser pagas nos meses finais do ano.

Há 60 anos, a UFSC atua em prol do desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina e do Brasil, tanto com a formação de profissionais especializados e qualificados como no desenvolvimento das atividades produtivas. Nos dois anos de pandemia de Covid-19, a Universidade esteve ombro a ombro com a sociedade, uma ação reconhecida pela Prefeitura Municipal de Florianópolis, Associação Catarinense de Medicina e Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Santa Catarina.

Neste momento, a Universidade precisa da colaboração da sociedade catarinense. O Conselho Universitário, instância máxima de deliberação da UFSC, apela à presidência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em Santa Catarina, aos deputados estaduais, a prefeitos e vereadores dos municípios catarinenses e a representantes da sociedade civil organizada para que manifestem junto ao Congresso Nacional seu apoio à imediata recomposição orçamentária.

Florianópolis, 21 de outubro de 2022.”

Veja a transmissão da sessão no canal do YouTube do Conselho Universitário

 

Tags: conselho universitárioorçamentoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Núcleo de Desenvolvimento Infantil e Colégio de Aplicação abrem inscrições para sorteio de vagas

20/10/2022 10:30

O Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) e o Colégio de Aplicação (CA), do Centro de Ciências da Educação (CED) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abriram inscrições para o sorteio de vagas e formação de listas de espera para o ano letivo de 2023.

As inscrições para o NDI estão abertas até dia 18 de novembro e devem ser realizadas neste link. As inscrições são gratuitas. Podem se inscrever familiares e/ou responsáveis legais de crianças nascidas entre 31/03/2018 e 31/12/2022. Estão sendo oferecidas vagas para duas crianças com deficiência nascidas entre 01/04/2022 e 31/12/2022, além de lista de espera para as outras idades. O sorteio público será realizado no dia 30 de novembro, com início às 10h.

> Confira o edital do NDI

O processo seletivo inclui: inscrição e sorteio eletrônico. A partir do resultado do sorteio, será realizada a validação para crianças declaradas negras (pretas e pardas), indígenas ou quilombolas. E, por fim, a convocação e matrícula. Para mais informações, acesse o site do Núcleo de Desenvolvimento Infantil.

Colégio de Aplicação

O processo seletivo para o Colégio de Aplicação (CA) também está com inscrições abertas até 18 de novembro. A instituição atende estudantes do primeiro ano do ensino fundamental até o terceiro ano do ensino médio. A escola é pública e gratuita e está localizada dentro do campus universitário da UFSC, no bairro Trindade.

A inscrição para o sorteio ocorrerá exclusivamente pela internet por meio de link disponível neste site. O edital estabelece as vagas disponíveis para os anos iniciais e para composição das listas de espera, com reserva para ações afirmativas e candidatos com deficiência.

> Acesse o edital do Colégio de Aplicação

No dia 22 de novembro, após as 18h, será publicada no site do Colégio de Aplicação a lista das inscrições homologadas e não homologadas para o sorteio, contendo nome e série ou ano na qual o candidato se inscreveu. O sorteio público será realizado no dia 30 de novembro, com início às 10h. Os interessados encontram informações adicionais no site ingressoaplicacao.ufsc.br.

Tags: Colégio de AplicaçãoNúcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC oferece cursos inéditos com metodologia inovadora para professores de educação básica

20/10/2022 08:18

Equipe do Ministério em visita a UFSC Araranguá

Uma parceria entre o Laboratório de Experimentação Remota da UFSC (RExLab) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) vai oferecer cursos gratuitos, inéditos e com metodologia inovadora para professores de Educação Básica de todo o país. As atividades, que começam em fevereiro e terão vagas distribuídas por todas as regiões do país, ocorrem a partir de ferramentas da chamada cultura maker – a cultura do aprender fazendo e do faça você mesmo. As inscrições serão lançadas em novembro, mas os interessados já podem preencher um formulário.

Serão três turmas com foco em práticas inovadoras de materiais educacionais de robótica na Educação Básica, na criação de materiais educacionais para Educação Básica do futuro e na aplicação de robótica na Educação Básica. O projeto será lançado em Brasília, junto à programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em um evento marcado para o dia 28.

De acordo com o professor Juarez Bento da Silva, coordenador geral do RExLab, as atividades começam em fevereiro, mesma época em que os professores da educação básica realizam cursos de formação. A iniciativa para a realização partiu do próprio MCTI, que procurou o laboratório após um projeto bem sucedido de gestão e disponibilização de laboratórios remotos.

A proposta é trabalhar com um modelo criado e testado pelo RExLab, baseado no projeto de integração de tecnologia na educação – o Programa IntecEdu. Essa experiência, realizada a partir de pesquisas aplicadas, permite que o grupo atue com metodologias que já tiveram resultados positivos e que são implementadas há quase 15 anos. “Desde 2008 nós coletamos e organizamos dados sobre estratégias que podem ser aplicadas nas tecnologias de educação”, explica Silva.

Os cursos lançados são inéditos e foram planejados a partir da parceria. Segundo o professor, a ideia é que o curso de práticas inovadoras de materiais educacionais de robótica, com disponibilidade de 500 vagas, faça uma pré-seleção para as outras duas atividades, que terão uma capacidade de público menor.

As aulas ocorrem de forma online, mas com atividades síncronas. Com a perspectiva maker, os professores elaboram projetos, recebem, em casa, kits com materiais, desenvolvem seus produtos, trabalham com as ferramentas em sala de aula e enviam para o RExLab um relato sobre o processo e a prática pedagógica. A ideia é que os 20 melhores relatos sejam publicados como ebooks, para inspirarem outros professores.

O professor reforça que, mesmo sendo inéditos, os cursos já têm algumas de suas técnicas e ferramentas testadas em escolas da região Sul, no formato piloto. “Como a ideia é que os professores desenvolvam seus materiais, nós já estamos testando os kits para avaliar”, comenta. A ideia dos cursos também é trabalhar com foco no professor, entendendo que é ele quem vai difundir a cultura nas unidades de ensino onde atuar. Mais informações podem ser obtidas no site https://rexlab.ufsc.br/

Prêmio Internacional

O RExLab, localizado no campus da UFSC de Araranguá, existe desde 1997 e se destaca por oferecer produtos de tecnologia baseados em softwares livre e disponibilizados de forma totalmente aberta. Somente o Relle – plataforma aberta para gestão e disponibilização de laboratórios remotos – atendeu, em dois anos, cerca de 60 mil usuários em 159 países.

A proposta de framework para integração tecnologias digitais na Educação Básica, inspirada na cultura maker, tem como um dos objetivos capacitar os docentes para a integração de
tecnologia em seus planos de aulas e para fomentar iniciativas e exemplos que estimulem as vocações científico-tecnológicas de seus alunos. “A ideia é fazer com que possam trabalhar com um projeto de educação e tecnologia completos”, pontua Silva.

As iniciativas do laboratório foram recentemente reconhecidas em um dos prêmios mais importantes no campo da educação, em nível mundial. O Projeto Integração de Tecnologia na Educação foi premiado na 4ª edição dos EnlightED Awards. O laboratório ficou em primeiro lugar na categoria “Formação corporativa, educação para toda a vida, upskilling e formação permanente formal e não formal”.

Ilustração de destaque: Chen por Pixabay 

Tags: Laboratório de Experimentação RemotaRexLabUFSC Araranguá

Comunidade universitária se mobiliza contra corte de recursos

18/10/2022 11:50

Os sucessivos cortes orçamentários impostos ao coletivo das Universidades e dos Institutos Federais sinalizam a subtração de recursos públicos para fins de formação dos nossos estudantes, bem como para a geração de novos conhecimentos.

Na verdade há uma diminuição do orçamento, isto é, da Lei Orçamentária Anual (LOA )2022, aprovada pelo Congresso Nacional, com o intuito de redirecioná-lo para outras ações de forma arbitrária, sem a menor justificativa ou transparência.

Neste sentido, a Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina, diante da ausência de recursos que possam viabilizar a sua missão institucional, decidiu pela convocação de uma Reunião Extraordinária do Conselho Universitário para a próxima sexta feira (21), às 14h, no auditório Garapuvu, com a finalidade de avaliar este difícil momento institucional.

Ao mesmo tempo, neste dia 18 de outubro, o Diretório Central dos Estudantes, diante do dia de luta nacional, está liderando atos por todos os setores da UFSC em defesa do direito à educação gratuita e de qualidade e pela recomposição imediata dos cortes orçamentários.

O corte de R$ 12,6 milhões aplicado em junho de 2022 compromete a manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão e, se não for recomposto, levará a Universidade a encerrar o ano com um déficit que certamente será irreversível em 2023.

Tags: corte orçamentário UFSCUFSC

Outubro Rosa: Departamento de Atenção à Saúde da UFSC promove ações de conscientização

17/10/2022 11:25

Outubro é o momento de uma pausa para refletir sobre a necessidade de prevenção do câncer de mama. A campanha, já tradicional em várias instituições e entidades da sociedade civil brasileira nesta época do ano, terá como tema, na UFSC, “A vida em pequenos gestos” e é promovida pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS) da Pró-reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp).

Além da iluminação rosa na Reitoria da UFSC, localizada no campus Florianópolis, a instituição convida os (as) servidores (as) para que, nesta quarta-feira, dia 19 de outubro, Dia Internacional do Combate ao Câncer de Mama, todos (as) venham à Universidade trajando uma peça de roupa de cor rosa. Ao longo do mês, também foram realizadas ações de mídia nas redes sociais da UFSC, com a inserção de vídeos e cards informativos sobre o tema (faça o download para a sua rede na galeria abaixo).

O diretor do DAS/Prodegesp, Douglas Kovaleski, e a Coordenadora de Promoção e Vigilância em Saúde, Nicolle Ruzza, reafirmam a importância de as mulheres voltarem a atenção para a saúde nessa fase pós pandêmica. “Para a prevenção, é essencial a adoção de medidas que possam contribuir para um menor risco da doença, como a prática de atividades físicas, a adoção de alimentação saudável, a redução no consumo de bebidas alcoólicas e evitar o tabagismo” complementam, uma vez que o câncer de mama não possui um fator de risco único, sendo sua incidência uma combinação de fatores genéticos, ambientais e comportamentais.

A UFSC e o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) possuem ampla atuação na prevenção e combate ao câncer de mama, por meio de pesquisas, mutirões de exames, além da promoção de espaços e eventos artísticos e culturais que incentivam o engajamento da sociedade com a pauta.

Origem – o Outubro Rosa começou como uma iniciativa da Fundação Susan. G. Komen for The Cure, na década de 1990. O laço cor-de-rosa, principal símbolo da campanha, foi distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). No Brasil, as primeiras ações surgiram no início dos anos 2000, com a iluminação em rosa do monumento do Obelisco do Ibirapuera, situado em São Paulo-SP. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) participa deste movimento desde 2010 divulgando e disponibilizando materiais informativos para profissionais de saúde e sociedade em geral.

 

Camila Collato/Agecom UFSC, com informações INCA
Tags: câncer de mamaconscientizaçãoDAS/ProdegespOutubro RosaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Conselho Universitário realiza sessão aberta para debater desafios orçamentários

17/10/2022 10:12

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará na sexta-feira, 21 de outubro, uma sessão extraordinária aberta a toda a comunidade universitária para debater os desafios orçamentários de 2022. A sessão será realizada no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos, a partir das 14 horas, e terá transmissão pelo canal do Conselho Universitário no YouTube.

A situação financeira da UFSC levou a Administração Central a convocar a sociedade a se engajar em uma campanha para recomposição do orçamento. Em junho de 2022, o governo federal promoveu um corte de R$ 12,6 milhões dos recursos da Universidade, o que trouxe um desafio para manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão.

De acordo com a Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), o corte orçamentário foi aplicado sobre os recursos de custeio da Universidade, que caíram de R$ 132 milhões para R$ 119,4 milhões, valor quase 13% menor do que o orçamento de custeio de 2020. Dessa rubrica, R$ 110,9 milhões (92,9%) já foram aplicados até outubro, deixando um saldo de R$ 8,5 milhões. No entanto, as obrigações da UFSC são estimadas em R$ 16,65 milhões por mês, aí incluídas despesas com duodécimos repassados às Unidades de Ensino, contratos continuados, contas de água e energia elétrica, manutenção do Restaurante Universitário e pagamento de bolsas acadêmicas e de permanência.

A Administração Central da Universidade assumiu o compromisso de manter o funcionamento do Restaurante Universitário e o pagamento das bolsas de assistência estudantil, de monitoria, de estágio, de pesquisa, de cultura e de extensão, que representam despesas de R$ 5,8 milhões por mês.

As medidas já adotadas pela gestão incluem a redução de repasses às unidades, suspensão de pagamentos de água e energia nos três meses finais de 2022, dentre outras ações. No entanto, se o orçamento não for recomposto, a Universidade deve encerrar o ano com déficit que pode comprometer o orçamento de 2023.

 

Notícia atualizada em 17 de outubro, às 15h, para retificação da data e do local da sessão.

Notícia atualizada em 20 de outubro, às 16h, para incluir informação sobre o link de transmissão da sessão.

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Banco de fezes: pesquisador busca financiadores para montar laboratório que pode salvar vidas

17/10/2022 09:25

Cientista da UFSC explica como o armazenamento de amostras pode ser usado para tratar doenças e controlar infecções

  

A disbiose pode ser intestinal, vaginal, da pele e do pulmão. (Foto: Centro de Controle da Disbiose)

Fezes – sim, fezes – podem ser usadas para o tratamento de doenças, para controle de infecções e até para melhora em quadros do espectro autista.  O transplante da microbiota intestinal (TMI), mais conhecido como transplante de microbiota fecal (TMF), vem sendo aplicado como método eficaz em todo o mundo para tratar problemas causados por bactérias multirresistentes a antibióticos e muitas outras condições. Esse é o principal tema de pesquisa de Carlos Zárate-Bladés, professor e médico que criou o Centro de Controle da Disbiose e lidera uma equipe de pesquisadores no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Boliviano que mora em Florianópolis desde 2015, Zárate-Bladés comenta que a transferência de microrganismos de uma pessoa pode restabelecer o equilíbrio da microbiota intestinal. “O transplante de microbiota se consolidou para tratar uma infecção de repetição causada pela bactéria Clostridioides difficile, que provoca diarréia no paciente podendo evoluir para a inflamação do cólon. Esse patógeno é responsável por alta taxa de mortalidade em pacientes internados em hospitais; com o transplante, o sucesso da recuperação é superior a 90% para essa infecção em específico”, salienta o pesquisador.

A alteração da microbiota é chamada de disbiose, que pode ser intestinal, mas também vaginal, de pele, de pulmão e de qualquer outra mucosa do corpo. O desequilíbrio costuma provocar o aparecimento de doenças de diversos tipos, sendo a mais comum associada ao uso de antibióticos, mas também pode ser um problema consequente por uma outra doença de base.  

Outras alterações são atribuídas a pessoas com doenças inflamatórias intestinais como a colite ulcerativa e a doença de Crohn são condições que podem se beneficiar com esse tratamento. Assim, o objetivo do pesquisador Carlos Zárate-Bladés é desenvolver a técnica do Transplante da Microbiota Intestinal (TMI) no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Isso envolve investimentos para uma estrutura adequada, realização e manutenção da pesquisa. 

Devido à baixa incidência de efeitos colaterais, o transplante de fezes é recomendado pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDAS) e pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). O primeiro transplante de fezes no Brasil foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em 2013. Existe um banco de fezes no Hospital da Universidade Federal de Minas Gerais, que vem realizando de forma rotineira o transplante desde 2017. 
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Nota de pesar: falece o ex-reitor da UFSC Ernani Bayer

15/10/2022 12:38

Ex-reitor Ernani Bayer discursa durante sessão solene fúnebre em homenagem a Luiz Carlos Cancellier de Olivo. (Foto: Divulgação)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do ex-reitor da UFSC, o professor Ernani Bayer, ocorrido na madrugada deste sábado, 15 de outubro. Seu velório ocorre a partir das 13h e o sepultamento será realizado às 17h30 no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis.

Ernani Bayer foi professor do Curso de Direito e foi reitor da UFSC de 1980 a 1984, implantou Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) e foi fundamental no processo de redemocratização da Universidade. Viabilizou o funcionamento do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC) e a aquisição e manutenção do acervo de Franklin Cascaes para a UFSC. Também iniciou a reestruturação das Fortalezas de Anhatomirim e implantou vários programas de extensão, em especial os voltados para o atendimento aos alunos. Revogou a proibição de manifestações no campus, herança do período de governos militares no país, e enfrentou com equilíbrio um período de muitas greves nas universidades, que culminaram com a edição do Plano de Carreira no Magistério Superior.

A trajetória de Ernani Bayer na UFSC já se destacava em 1959, quando era estudante do curso de Direito e presidiu o Centro Acadêmico XI de Fevereiro (Caxif) fazendo que fosse a primeira organização estudantil a se manifestar a favor da criação da UFSC. Ocupou importantes cargos na UFSC antes de ser reitor, dentre eles o de Pró-Reitor de Assuntos Estudantis (PRAE).

Ao longo de sua vida profissional teve atuação marcante na educação superior brasileira. Foi Secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, na gestão do Ministro Jorge Konder Bornhausen. Teve a honra de ser conselheiro e vice-presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).
No Governo do Estado de Santa Catarina, atou como Secretário Adjunto de Comunicação, na gestão do Governador Raimundo Colombo.

Na Sessão Solene Fúnebre do Conselho Universitário da UFSC, realizada em 03/10/2017, quando da partida do reitor Luiz Carlos Cancellier Olivo, o professor Ernani Bayer observou:

“É muito difícil de entender porque a autonomia da universidade não é preservada se é constitucional esse princípio. A autonomia da universidade, que vem sendo defendida pelos reitores das universidades federais brasileiras, há muito tempo. Das 67 Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil, esta foi atingida por um golpe que nós não esperávamos. Cabe a todos nós, não apenas homenageá-lo hoje, mas homenagearmos todos os dias com a nossa indignação, com o nosso respeito por aqueles que lutaram e que lutam pela universidade pública e gratuita”. Finalizou, citando em latim: “Até quando abusarão da nossa paciência?”.

Em luto, a comunidade universitária solidariza-se com a família, os colegas e os amigos do ex-reitor Ernani Bayer.

Tags: Nota de pesarnotadepesarUFSC

Homenagem aos (às) professores (as)

15/10/2022 11:33

Nesse dia 15 de outubro, a UFSC presta uma homenagem a todos (as) os (as) profissionais que se dedicam cotidianamente à arte de ensinar e, especialmente, de viver de acordo com os ensinamentos.

Quem foi Antonieta de Barros (1901-1951, SC)?

Professora, jornalista, escritora e política brasileira. Antonieta foi uma das três primeiras mulheres eleitas no Brasil, sendo a única negra. Concluiu sua formação docente em 1921, na Escola Normal e passa a lecionar para as camadas populares em 1922. Impedida de cursar o ensino superior em Direito, apenas acessível aos homens na época, Antonieta nunca se calou. Sempre enfatizou a importância da educação e utilizou sua escrita como expressão crítica. Dirigiu o jornal A Semana (1922-1927) e a revista Vida Ilhoa (1930), sendo a primeira mulher negra a trabalhar na imprensa de Santa Catarina. Também foi a primeira mulher negra a publicar um livro no estado: Farrapos de Ideias (1937). Deputada estadual entre 1935-1937 e de 1948-1951. Foi um projeto de Antonieta a lei que criou o Dia do Professor e o feriado escolar nessa data em SC. Vinte anos depois a data seria oficializada no país todo, pelo presidente João Goulart.

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Coral e Orquestra de Câmara da UFSC abrem inscrições para novos integrantes

13/10/2022 09:19

Orquestra de Câmara da UFSC em ensaio em 2019. Foto: Henrique Almeida.

Estão abertas as inscrições para novos integrantes do Coral e Orquestra de Câmara da UFSC, projetos vinculados ao Departamento Artístico Cultural, sob a coordenação e regência de Miriam Motitz. Para o Coral, as  inscrições devem ser realizadas no Anfiteatro do Espaço Físico Integrado (EFI-1)*, no dia 18 de outubro, das 14h30 às 17h30, com entrevistas por ordem de chegada. Já para a Orquestra, as inscrições devem ser realizadas diretamente por e-mail, em mensagem para miriam.m@ufsc.br.

Coral da UFSC

As vagas, preferencialmente, são para candidatos que já tenham participado de corais ou grupos vocais. Os ensaios do Coral acontecem às terças e quintas-feiras das 20 às 22 horas,no Anfiteatro do EFI-1, com início das atividades previsto para o dia 25 de outubro.

O Coral da UFSC mantém as suas atividades desde 1963, com expressiva atuação no movimento coral catarinense, realizando um repertório voltado para a música popular brasileira. Tem, como objetivo principal, promover e difundir o canto coral, bem como contribuir com a integração e a extensão cultural da Universidade. Pretende também levar, aos seus coralistas, conhecimento teórico e prático, num processo de aprendizagem e valorização da arte musical através do canto. Atualmente o Coral possui cerca de 50 componentes e é formado por discentes, docentes e técnico-administrativos da UFSC, bem como por pessoas da comunidade externa.

Orquestra da UFSC

Os candidatos instrumentistas podem ser da comunidade interna e externa da UFSC. Os selecionados que forem acadêmicos de graduação da universidade poderão receber uma Bolsa Cultura. A carga horária da bolsa é 20 horas semanais. O início das atividades deverá ser imediato.

O candidato deve ter experiência de, no mínimo, dois anos no instrumento em que se candidatou. Os interessados devem encaminhar currículo que inclua sua trajetória musical, bem como uma gravação em vídeo executando três músicas. Também devem ser enviadas as partituras das músicas executadas, e essas partituras deverão estar no mesmo tom da execução. O material para a inscrição deve ser enviado para a regente, pelo e-mail miriam.m@ufsc.br.

A Orquestra de Câmara da UFSC iniciou os ensaios em junho de 2009. Podem fazer parte da Orquestra pessoas da comunidade universitária e da comunidade em geral, que devem possuir o seu próprio instrumento. Os ensaios gerais acontecem no período vespertino no Anfiteatro do Espaço Físico Integrado,

A Orquestra de Câmara da UFSC têm por objetivo fomentar e difundir a música instrumental , proporcionando aos músicos em potencial espaço para desenvolverem seus potenciais artístico-musicais. Além disso, esse tipo de ação visa: divulgar a música erudita e popular através de apresentações e, com isso, incentivar a formação e a cultura local; incentivar sua participação no processo de interação entre a Universidade e a sociedade; e aprimorar o processo de ensino-aprendizagem através do envolvimento de estudantes em atividades de extensão.

Sobre a Regente

Miriam Moritz é natural de Florianópolis (SC), formou-se em música pela UDESC, em 1987; em 2003, finalizou seu curso de especialização em musicoterapia pela UNISUL; em 2014, concluiu o curso de mestrado pela UFSC com pesquisa sobre Música Brasileira. Antes de ingressar na UFSC, permaneceu por cinco anos na Europa, onde atuou como flautista em diversos locais de Portugal e da Espanha. Aprovada em concurso público, é regente do Coral da UFSC desde 2004. Em 2012, ministrou curso de extensão sobre música brasileira para canto coral, em Paris. Além do Coral, é coordenadora e regente da Orquestra da UFSC.

 

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UFSC conclama sociedade a se engajar em campanha por recomposição do orçamento

11/10/2022 14:10

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) alerta à sociedade catarinense e brasileira sobre a grave situação financeira da instituição e conclama todos a se engajarem em uma campanha para recomposição de seu orçamento. O corte de R$ 12,6 milhões aplicado em junho de 2022 compromete a manutenção das atividades de ensino, pesquisa e extensão e, se não for recomposto, levará a Universidade a encerrar o ano com um déficit que certamente será irreversível em 2023.

De acordo com a Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), o corte orçamentário foi aplicado sobre os recursos de custeio da Universidade, que caíram de R$ 132 milhões para R$ 119,4 milhões, valor quase 13% menor do que o orçamento de custeio de 2020. Dessa rubrica, R$ 110,9 milhões (92,9%) já foram aplicados até outubro, deixando um saldo de R$ 8,5 milhões. No entanto, as obrigações da UFSC são estimadas em R$ 16,65 milhões por mês, aí incluídas despesas com duodécimos repassados às Unidades de Ensino, contratos continuados, contas de água e energia elétrica, manutenção do Restaurante Universitário e pagamento de bolsas acadêmicas e de permanência.

A Administração Central da Universidade assumiu o compromisso de manter o funcionamento do Restaurante Universitário e o pagamento das bolsas de assistência estudantil, de monitoria, de estágio, de pesquisa, de cultura e de extensão, que representam despesas de R$ 5,8 milhões por mês. As medidas já adotadas pela gestão incluem a redução de repasses às unidades, suspensão de pagamentos de água e energia nos três meses finais de 2022, dentre outras ações.

A redução continuada do orçamento das universidades impõe grandes desafios ao momento presente, afetando a continuidade das atividades, e grandes ameaças para o futuro. Os cortes implicam o sucateamento de instalações e a interrupção de projetos estratégicos para a formação de pessoas e a geração de novos conhecimentos, comprometendo a capacidade de inovação e desenvolvimento social e econômico.

A recomposição do orçamento atual e a garantia de recursos suficientes à sua manutenção são decisivas para que a UFSC continue a ser uma instituição de qualidade reconhecida no Brasil e na América Latina, um patrimônio de todos os cidadãos catarinenses e brasileiros. Para tanto, contamos com o engajamento de cada um(a) na divulgação e no apoio desta causa.

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