Entenda como pesquisadores da UFSC identificaram transmissão local de variante da Covid-19 em SC

Pesquisa do genoma do novo coronavírus é desenvolvida em laboratório da UFSC (Foto: Mauricio Vieira -Secom)
Em março do ano passado, quando a pandemia começava a avançar no Brasil, professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passaram a atuar em várias frentes para ajudar no combate ao novo coronavírus. Um grupo de pesquisadores começou a planejar estratégias para sequenciar o genoma do Sars-Cov-2. Na semana passada, eles identificaram a transmissão comunitária da nova variante do vírus no Estado. “Estamos fazendo um esforço científico paralelo e complementar ao trabalho dos órgãos governamentais”, explica o professor Glauber Wagner, coordenador do estudo.
No início da semana passada, o estudo identificou três casos da P.1, variante que surgiu no Amazonas, mais transmissível que as linhagens dominantes até então. Ela faz parte de um conjunto de linhagens chamadas de VOC (Variantes de Preocupação, da sigla em inglês, Variant of concern), assim como as cepas descobertas no Reino Unido e na África do Sul – mais recentemente foram encontradas duas novas nos Estados Unidos.
As três amostras foram coletadas no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU). “Na investigação do hospital houve uma suspeita de que poderia ser a nova variante. Sequenciamos as amostras e comprovamos que se tratava da P.1. Uma nova investigação mostrou que os pacientes se infectaram no Estado. Ou seja, houve transmissão comunitária”, conta Wagner, que é professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC e coordenador do Laboratório de Bioinformática.
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