Centrais Sindicais de todo o país convocaram uma Greve Geral nesta sexta-feira, dia 28 de abril. O movimento é contrário à lei da terceirização, já sancionada, e às reformas trabalhistas e previdenciárias, que devem ser votadas nesta semana no Congresso Nacional.
Os sindicatos ligados à UFSC já se manifestaram. Os técnicos-administrativos em Educação, filiados ao Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc) e os docentes filiados à Seção Sindical na UFSC do Andes-SN aprovaram a adesão em votações. O Sintufsc irá participar de diversas mobilizações, a começar pela atividade unificada prevista para o dia 27, promovida pelo Fórum Catarinense em Defesa dos Direitos, às 17h, na Praça do Sintraturb (ao lado do Terminal de Integração do Centro – Ticen). No local será montada estrutura de barracões para uma vigília. O Andes/UFSC realizará uma Assembleia Universitária na quinta-feira, dia 27, às 18h30, no Hall da Reitoria, para traçar estratégias de mobilização para docentes, técnicos e estudantes.
O Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical) realizou uma enquete com seus filiados para saber a opinião dos docentes sobre a paralisação. Responderam à pesquisa 495 filiados, dos quais 291 são professores da ativa e 204 são aposentados. Entre os docentes da ativa, 183 responderam que são favoráveis à paralisação, 99 contra e nove se abstiveram. Entre os aposentados, 49% afirmaram que são favoráveis ao movimento, 40,7% são contra e 10,5% se abstiveram. Depois de analisarem o resultado, os conselheiros da Apufsc decidiram convocar uma Assembleia Geral Extraordinária para o dia 28 de abril, às 9h, que decidirá sobre o posicionamento da Apufsc frente às Reformas da Previdência e trabalhista.
Outras centrais sindicais de âmbito nacional e estadual, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central Sindical e Popular (CSP), o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setpesc), a Força Sindical, a Intersindical, a Nova Central Sindical de Trabalhadores e a União Geral dos Trabalhadores (UGT) também manifestaram adesão. Os servidores da Prefeitura Municipal de Florianópolis e da Comcap irão paralisar. O Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano de Florianópolis (Sintraturb) agendou uma assembleia para deliberar a paralisação para a noite de quinta-feira, dia 27. A previsão em Florianópolis é que haja uma oferta menor do transporte público, que a coleta de lixo seja suspensa, que algumas escolas e creches não tenham aulas e que as UPAs estejam fechadas.
Conforme calendário de mobilizações divulgado nas redes sociais pelos grupos organizadores, uma agenda de atividades está sendo construída. Estão sendo planejadas atividades no centro de Florianópolis a partir das 9h de sexta-feira. Uma marcha da UFSC ao centro da cidade tem saída prevista para o meio-dia, do Varandão do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Um grande ato está sendo programado para as 16h, na Praça Tancredo Neves.
Administração Central
A Administração Central da UFSC não encaminhou um comunicado formal, mas, esclareceu que, conforme posicionamento demostrado em ocasiões similares, as atividades que forem mantidas devem levar em conta a observação de alternativas que não causem prejuízo aos estudantes, especialmente no que diz respeito a provas e avaliações e entrega de trabalhos.
Hospital Universitário (HU)
A superintendente do HU, Maria de Lourdes Rovaris, informou à Agecom, por e-mail, que, devido à paralisação prevista, pode ocorrer comprometimento na área assistencial. A Administração do HU reconhece que poderá haver comprometimento no atendimento dos serviços agendados – tão breve seja restabelecida a situação, estes serviços serão reagendados pelo hospital.
Restaurante Universitário (RU)
A direção do Restaurante Universitário da Trindade comunica que, em razão da informação recebida acerca da adesão de parcela de seus trabalhadores à greve, não será possível o preparo e fornecimento de refeições pela unidade. Para os estudantes isentos, o atendimento será garantido pelo RU do CCA, já acionado e mobilizado para absorção da demanda.
Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI)
A diretora do NDI, Eloisa Fortkamp, comunicou à Agecom por e-mail que os professores e servidores técnico-administrativos do Núcleo irão aderir à Greve Geral.
Colégio de Aplicação (CA)
A direção do CA publicou um comunicado no site da escola, direcionado aos pais e responsáveis, informando que um número expressivo de servidores docentes dos anos Iniciais, Finais e Ensino Médio e servidores técnico-administrativos dos diversos setores da escola irão aderir à Greve Geral. Dessa forma, alerta que o atendimento aos estudantes da escola ficará fortemente prejudicado neste dia.
Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI)
As atividades foram suspensas na sexta-feira.
Centro Tecnológico (CTC)
A direção do Centro informou, por e-mail, que, por se tratar de um movimento de adesão, seja por categorias ou individualmente, uma avaliação consistente da situação torna-se difícil e a margem de erro é significativa. Em vista disso, continuará monitorando a situação e, por precaução, enviará Memorando Circular aos docentes solicitando que não sejam feitas avaliações na sexta-feira e que os professores avaliem a evolução do movimento para decidir o que fazer nos diferentes períodos que ministram aulas. Os técnicos-administrativos em Educação da secretaria administrativa aderiram à greve.
Centro de Ciências Agrárias (CCA)
Haverá atividades de paralisação (professores, alunos e servidores) no hall do CCA, a partir das 7h30 . O RU-CCA irá atender os isentos do RU Trindade. Desta forma, a direção recomenda que a comunidade se organize em relação aos horários para evitar filas. A direção também pede compreensão a todos para dar direito de ir e vir a toda comunidade do CCA que necessite manter atividades essenciais e que foram marcadas com antecedência (bancas de mestrado, doutorado, concursos e outros). Para as aulas que ocorrerem, a ausência de transporte público também é condicionante para que a frequência dos alunos nas disciplinas desenvolvidas nas sextas-feiras não seja prejudicada. Como a paralisação ocorre na sexta, a direção lembra que será a terceira semana consecutiva sem conteúdo e recomendamos os meios cabíveis para não prejudicar a formação dos acadêmicos.
Centro de Comunicação e Expressão (CCE)
A direção do CCE manifestou-se em um comunicado, publicado nesta quinta-feira, dia 27, afirmando que, na medida do possível, manterá a Unidade em funcionamento para atendimento de atividades previamente agendadas como, por exemplo: bancas de defesas, eventos e atividades relacionadas ao cumprimento de editais em andamento. As demais atividades, sob a responsabilidade de outros setores do CCE, seguirão o deliberado em suas respectivas instâncias, ouvidas as partes interessadas. Esclarece que, considerando o indicativo de paralisação do transporte coletivo, é recomendado que não sejam realizadas avaliações e não haja registro de ausência. “Temos consciência da importância de manifestações dessa natureza quando clamam pela ética, justiça social e respeito aos direitos da nação brasileira. Acreditamos na voz dos brasileiros e a ela nos irmanamos na busca de uma sociedade mais consciente de seu papel como agente na construção de um país mais ético, melhor representado politicamente e com uma educação sólida e responsável, bases indispensáveis na edificação de um futuro digno”, declara.
O Conselho de Unidade do CCE publicou nota após reunião na quarta-feira, dia 26, apoiando a Greve Geral. O Colegiado do Departamento de Jornalismo emitiu um comunicado e o curso de Jornalismo emitiu uma nota, assinada por estudantes e docentes, ambos em apoio à greve geral.
Centro de Ciências da Educação (CED)
As aulas e atividades não foram suspensas. A direção alerta, porém, que “será difícil mantê-las em sua plenitude”.
** Esta notícia será atualizada à medida que mais informações forem divulgadas pelos setores da Universidade **
Equipe Agecom/UFSC