António Nóvoa na UFSC: ‘As escolas e universidades precisam de novos ambientes educativos’

26/08/2018 23:21

Foto: Jair Quint/Agecom/UFSC

A necessidade de um novo ambiente educativo, que perpasse todas as instâncias do ensino – do fundamental ao superior, das escolas primárias às universidades –, foi a ideia central defendida pelo professor português António Nóvoa na aula magna da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento, que ocorreu na noite de quinta-feira, 23 de agosto, lotou o auditório da reitoria com um público que ouviu atentamente os argumentos apresentados pelo reconhecido pesquisador da área de educação. Nóvoa é professor catedrático e reitor honorário da Universidade de Lisboa; recebeu o título de  doutor Honoris Causa de universidades de diversos países; e já publicou dezenas de livros na área de educação, entre eles “A história da Educação” (2005), “Paulo Freire: Política e Pedagogia” (2006), “A Difusão Mundial da Escola” (2008) e “Formar leitores para ler o mundo” (2010).
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Recepção aos Calouros da UFSC nesta quinta traz António Nóvoa, pesquisador em Educação

23/08/2018 15:00

Professor António Nóvoa, referência mundial em Educação.

Para acolher os alunos e alunas no segundo semestre de 2018, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove a aula magna “O professor e os desafios da docência na atualidade”. O palestrante será António Nóvoa, professor catedrático da Universidade de Lisboa e um dos maiores pesquisadores em Educação do mundo. Nóvoa também foi professor visitante na Universidade de Brasília (UnB), da qual é Doutor Honoris Causa desde junho de 2015. É autor de diversos livros, entre eles “A Difusão Mundial da Escola” (2008), “Formar Leitores para Ler o Mundo” (2010) e “Paulo Freire: Política e Pedagogia” (2006).

A Recepção aos Calouros ocorre nesta quinta-feira, 23 de agosto, às 19h, no auditório da Reitoria, campus Florianópolis. O evento é aberto a todos. A TV UFSC irá transmitir ao vivo pela internet.

Mais informações na página da Pró-Reitoria de Graduação.

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UFSC Araranguá promove Simpósio de Tecnologias Educacionais de 11 a 13 de abril

04/04/2018 17:55

O campus Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC-Araranguá) e o Laboratório de Experimentação Remota (RExLab) promovem o II Simpósio Ibero-Americano de Tecnologias Educacionais (SITED 2018). O evento será realizado em Araranguá (SC), de 11 a 13 de abril, e pretende promover um espaço para aprendizado, discussão e troca de experiências acerca de estratégias de integração de tecnologias na educação.

A programação — que inclui mesas-redondas, relatos de experiência, oficinas e convidados especiais — está disponível aqui. As inscrições devem ser feitas na página do evento.

Mais informações pelo Facebook, e-mail sited2018@contato.ufsc.br e telefone (48) 3721-4194.

 

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Livro organizado por professoras da UFSC participa do ‘Catálogo de Bolonha’

29/01/2018 10:14
O livro “Literatura infantil e juvenil: do literário a outras manifestações estéticas”, organizado pelas professoras Eliane Debus, Nelita Botolotto, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a professora Dilma Beatriz Juliano, da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), participa do Catálogo de Bolonha. O Catálogo apresenta a lista e uma pequena sinopse dos livros que serão expostos no estande da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), na maior feira de livro para infância e juventude do mundo.
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Tese de doutorado aborda deslocamento da imagem social do professor no Facebook

01/12/2017 12:37

Tiago Ribeiro, doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Catarina (PPGE/UFSC), defendeu recentemente a tese “A perda da Auréola: Deslocamento da imagem social e sociológica de professor no Facebook”. A pesquisa trata da relação entre professores e estudantes no Facebook e procurou uma sensibilidade sociológica mais voltada à vida cotidiana, a partir de um conjunto de situações amplamente compartilhadas por indivíduos independentemente de gênero, raça, status social etc. Esta poderia ser considerada uma das maiores ambições teóricas da Sociologia do Cotidiano: abordar experiências individuais atribuindo força explicativa mais a fatores comuns que particulares.

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Pós em Educação promove seminário especial ‘Mediações Étnicas e Educação’

24/11/2017 12:29

O Programa de Pós-Graduação em Educação irá promover o seminário especial Mediações Étnicas e Educação. O seminário será gratuito e com certificação de 1 crédito pelo PPGE. As inscrições são presenciais, na secretaria do PPGE, e vão até o dia 24 de novembro, às 17h30.

Nos dias 27 e 28, o será das 18 às 22h, na sala 634 do Bloco A do Centro de Ciências da Educação (CED). No dia 29, o encontro será on-line das 14 às 18h e na sala 626 do Bloco A/CED, das 18 às 22h.
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UFSC recebe 3º Simpósio Sul da Associação Brasileira de História das Religiões

16/11/2017 10:51

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebe nos dias 20, 21 e 22 de novembro o 3º Simpósio Sul da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR). O tema desta edição é ‘Educação, Religião e Respeito às Diversidades’, cujo objetivo é fomentar diálogos que valorizem e dignifiquem as diversidades como elementos centrais dos processos de formação educacional e humana.
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Começa o 9º Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências

03/07/2017 12:36

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Começou na UFSC nesta segunda-feira, 3 de junho, o IX Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (Enpec), evento bienal promovido pela Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (Abrapec). O objetivo é o de reunir e favorecer a interação entre os pesquisadores das áreas de Ensino de Física, de Biologia, de Química, de Geociências, de Ambiente, de Saúde e áreas afins, com a finalidade de discutir trabalhos de pesquisa recentes e tratar de temas de interesse da Abrapec.

O encontro, que vai até o próximo dia 6, quinta-feira, tem como tema central os 20 anos da Associação, tratando das memórias e conquistas e movimentos de resistência. Em torno deste tema serão problematizadas temáticas de pesquisa em análises que vão, segundo os organizadores, expor um caminho percorrido pela comunidade, seus desafios e os enfrentamentos históricos de natureza política e epistemológica.

O IX Enpec conta com atividades como mesas-redondas, sessões de apresentação de trabalhos, debates e encontros. Seu público é formado por pessoas interessadas na pesquisa em Educação em Ciências da Natureza, da Saúde e do Ambiente, incluindo professores-pesquisadores da Educação Básica e Superior, estudantes de pós-graduação, estudantes de licenciatura, formadores de professores e pesquisadores.

Este é o maior evento de pesquisa em Educação em Ciências da América Latina. São esperados professores palestrantes de universidades do Brasil, Austrália, México, França, Espanha, Portugal e Colômbia.

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UFSC Blumenau abre inscrições para Especialização em Educação Escolar Contemporânea

13/06/2017 10:49

A UFSC Blumenau, por meio de uma ação integrada entre o Grupo de Pesquisas em Fundamentos Histórico-Filosóficos da Educação e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Ensino de Ciências e Matemática, abre edital de inscrições para a especialização em Educação Escolar Contemporânea. Os(as) interessados(as) poderão submeter suas propostas até 30 de junho.

O público-alvo são professores da Educação Básica das redes municipais e estadual de ensino; coordenadores e supervisores pedagógicos destas escolas; profissionais que integram as equipes técnicas das Secretarias de Educação; e demais interessados no estudo, na investigação e no debate do campo da Educação Escolar Contemporânea. Serão disponibilizadas 40 vagas, com aulas nas sextas-feiras (noturno) e sábados (matutino). O curso é gratuito e a previsão de início é 4 de agosto de 2017.

Mais informações no site do curso.

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‘A centralidade do corpo adulto nas relações educativas na Educação Infantil’ é tema de palestra nesta quarta

05/06/2017 14:34

O XVII Ciclo de debates sobre Educação Infantil promove o terceiro encontro nesta quarta-feira, 7 de junho. A professora Samantha Sabbag apresentará o tema: “‘Porque a gente tem um corpo né… Mas a gente só lembra do corpo quando ele dói!’ A centralidade do corpo adulto nas relações educativas na Educação Infantil”. O evento, que é promovido pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa da Educação na Pequena Infância (Nupein) ocorre no auditório do Centro de Ciências da Educação (CED), das 17h30 às 20h.

Mais informações pelo site ou pelo telefone (48) 3721-2934.

 

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Lançamento da EdUFSC narra trajetória de educador italiano e sua luta por justiça social

29/05/2017 12:36

Barbiana é um pequeno vilarejo localizado nos arredores de Florença, região montanhosa do norte da Itália, onde residiu, nos anos 1950 e 1960, o padre e educador Lorenzo Milani. Nesse período, o religioso fundou uma escola muito diferente das instituições tradicionais, que acabou se tornando modelo e inspiração para estudiosos da pedagogia crítica e da justiça social em diversos países. O método e a experiência de ensino desenvolvidos na que ficou conhecida como “Escola de Barbiana” são o tema central do novo livro lançado pela Editora da UFSC (Edufsc): “Lorenzo Milani: a escola de Barbiana e a luta por justiça social”.

A obra, escrita originalmente em língua inglesa e publicada em 2014, tem três autores: Federico Batini, Peter Mayo e Alessio Suria. A opção pela coautoria está inclusive em sintonia com as propostas educativas de Dom Milani, que incentivava a produção de saber coletivo. Um dos frutos da Escola de Barbiana foi o livro “Carta a uma professora”, escrito por oito adolescentes pobres, filhos de operários e camponeses, que não se adequaram ao sistema de ensino tradicional mas tiveram sucesso no processo coletivo de aprendizagem desenvolvido por Dom Lorenzo. Em “Carta…”, os jovens criticam o fato de os livros didáticos convencionais omitirem questões como “a fome, os monopólios, os sistemas políticos, o racismo”.

A tradução para o português é de André Cechinel e Rafael Rodrigo Mueller, ambos egressos de programas de pós-graduação da UFSC e, atualmente, professores da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). O livro está dividido em quatro capítulos: “Introdução: a relevância de Lorenzo Milani para os nossos tempos”; “Dom Milani e o seu tempo”; “Lorenzo Milani e a abordagem pedagógica da Escola de Barbiana”; “Escrita como alfabetização coletiva”. Há ainda dois prefácios – um à edição brasileira e outro à edição inglesa –, o posfácio e a apresentação, assinada por Nita Freire, viúva e estudiosa de Paulo Freire.

Nas palavras de Nita, Dom Lorenzo foi “um homem que foi viver, por deliberação de seus superiores, numa zona rural italiana sem conforto e sem educação. Em Barbiana, construiu uma escola amorosa, inovadora e ousada – a Escola de Barbiana. No ‘meio do nada’, nas montanhas da Toscana italiana, após a Segunda Guerra Mundial, identificado com a vida simples do povo, criou uma escola-modelo de educação humanista, a partir das experiências da vida cotidiana da pequena comunidade, que contava com apenas 49 almas. Nela cada estudante assumia o risco da responsabilidade pela própria aprendizagem e a de seus pares, sem serem inibidos pela questão do controle e avaliação do conhecimento.”

Apesar de sequer terem se conhecido, as aproximações entre a proposta de educação de Dom Lorenzo e a pedagogia crítica de Paulo Freire são amplamente reconhecidas por pesquisadores da área. No prefácio à edição brasileira, os autores afirmam: “Os dois são reconhecidos como figuras-chave e emblemáticas para um processo educativo conduzido como parte de uma luta maior por justiça social. Ambas são figuras icônicas no campo da educação — as ideias de Milani sendo hoje promovidas  dentro daquela mesma área que Paulo Freire tanto inspirou, a pedagogia crítico-libertadora.”

O círculo como metáfora para o processo de aprendizagem está presente nas duas propostas: “Para Milani, um grupo de alunos é, também, um grupo de professores, e ensinar constitui uma atividade circular; nos círculos de leitura de Freire, ‘ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo’. Os dois enfatizam a dimensão política da educação e sustentam uma ‘opção pelos oprimidos e explorados deste mundo’.”, explicam os autores.

Ao narrar a trajetória e o legado de um educador engajado e comprometido com a justiça social, o livro faz uma reflexão pertinente – e sempre atual – sobre o papel da educação na formação de cidadãos e construção de um mundo melhor. Trata-se de uma contribuição à ideia de que “o conhecimento não é algo a ser conquistado  como uma mera posse, mas sim algo a ser partilhado com os outros como parte de uma tentativa de gerar um ambiente mais democrático e socialmente justo”.

Mais informações na página da Editora da UFSC.

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

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Professora da UFSC recebe prêmio de melhor livro teórico sobre literatura infantil e juvenil

18/05/2017 16:46

A Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) irá conceder à obra Literatura infantil e juvenil: do literário a outras manifestações estéticas o prêmio “O Melhor para a Criança” na categoria livro teórico. Organizado pelas professoras Eliane Debus, Nelita Bortolotto (Universidade Federal de Santa Catarina) e Dilma Beatriz Juliano (Unisul), também autoras de um artigo da obra, o livro já havia ganhado o Selo Altamente Recomendável da FNLIJ há cerca de um mês.

Eliane Debus, uma das organizadoras do livro. Foto: Ítalo Padilha/Diretor de Fotografia da Agecom/UFSC

A obra destaca diferentes pesquisas sobre manifestações estéticas das múltiplas faces do literário e outras linguagens, como cinema e história em quadrinhos, explica Eliane Debus. “A intenção é alargar e atualizar o debater a respeito dos processos de mediação entre adultos, crianças e jovens no que se refere aos objetos ficcionais disponíveis”. Os dez textos do livro foram resultado de conferência, mesa-redonda e minicursos oferecidos durante o VI Seminário de Literatura Infantil e Juvenil (VI SLJI) e no I Seminário Internacional de Literatura Infantil e Juvenil e Práticas de Meditação Literária (I Selipram), ocorridos em 2014, na UFSC. O livro apresenta pesquisadores de universidades brasileiras (além de UFSC e Unisul, UFMG, PUCRS, USP, UDESC, entre outras) e de Portugal.
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13ª edição das Jornadas Bolivarianas debate a educação na América Latina

10/05/2017 14:08

Com o tema “A educação na América Latina e os 100 anos da Reforma de Córdoba”, a XIII edição das Jornadas Bolivarianas ocorrerá de 15 a 17 de maio, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A programação do evento, que é promovido pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA), inclui conferências, debates e apresentação de trabalhos. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local do evento.

Sobre o tema

Quando em 1918 os estudantes da Universidade de Córdoba se levantaram em rebelião exigindo uma nova forma de ser universidade iniciava um novo tempo no ensino superior da América Latina. O protagonismo estudantil colocou abaixo velhas práticas, rompeu com o colonialismo cultural e inaugurou o tempo da autonomia, do governo compartilhado, da extensão universitária e de democracia dentro das instituições. Foi um movimento que mudou não apenas o ensino universitário na Argentina, mas incendiou e influenciou toda a América Latina.

Para celebrar os 100 anos desse momento na vida universitária latino-americana, as Jornadas Boliviarianas debaterá o tema Educação. Se em 1918 os estudantes se levantaram pelo direito de dirigir, junto com professores e técnicos, a vida universitária, hoje presenciamos outros levantes dos estudantes, universitários e secundaristas, na batalha por uma educação de qualidade e democrática. No Brasil, as reformas no ensino médio e as propostas do governo federal para a universidade tornam esse tema um ponto chave no debate nacional.

Programação 

|| 15 de maio (segunda-feira)

Manhã (Auditório da Reitoria) 

8h30 – Conferência “A reforma universitária do século XXI: Legados e batalhas atuais por uma Universidade Nuestroamericana emancipadora”, com Plabo Imen (Argentina).

Tarde (Auditório da Reitoria)

 14h30 às 18h – Apresentação de Trabalhos

“Notas sobre o pensamento pedagógico libertador latino-americano”, de Efendy Emiliano Maldonado bravo;

“A bússola mariateguiana e a questão indígena”, de Carmen Susana Tornquist;

“A decolonialidade na educação em direitos: a reforma do ensino médio brasileiro”, de Robson Oliveira Gonçalves, e Vinícius Silva Bonfim;

“Outro olhar sobre a América Latina nas aulas de História da educação básica”, de Rafael Gonçalves de Oliveira, e Alana Cristina Teixeira Chico. 

Noite (Auditório da Reitoria) 

18h30 – Conferência “A falência da social-democracia e o sonho da democracia universitária de Nuestra América”, com Heinz Dieterich (México).

|| 16 de maio (terça-feira)

Manhã (Auditório da Reitoria)

 9h – Conferência “A Reforma de Córdoba nas raízes da educação cubana”, com Pedro Martínez (Cuba).

Tarde (Auditório da Reitoria) 

14h30 às 18h – Apresentação de Trabalhos 

“Subordinação e dependência: A lumpen-burguesia e o desenvolvimento capitalista no Brasil”, de Raphael Lobo Duarte Batista Teixeira;

“Das sombras à luz: as Universidades Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Nacional de Córdoba (UNC) sob as ditaduras civil-militares brasileira (1964-1985) e argentina (1976-1983)”, de Gabriel Roberto Dauer;

“Representações, diferenciações e processos de identidades das sociedades ameríndias brasileiras”, de Maira Damasceno;

“Os novos fluxos migratórios em Santa Catarina, educação e direitos humanos”, de Janaina Santos.

Noite (Auditório da Reitoria) 

18:30 – Conferências

“Em busca da interculturalização da Educação Superior na América Latina”, com Luis Fernando Sarango Macas (Equador).

“Ciência rebelde ou modernização reflexa: O dilema latino-americano em Ciência e Tecnologia”, com Diógenes Breda (Campinas/Brasil).

|| 17 de maio (quarta-feira)

Manhã (Auditório da Reitoria)

 9h – Conferências

“A educação bolivarana inclusiva e de qualidade na Venezuela”, com Trina Manrique (Venezuela).

“Dilemas atuais da educação brasileira”, com Ivo Tonet (UFAL).

 Tarde (Auditório da Reitoria)

14h30 às 18h – Espaço livre

Noite (Auditório da Reitoria)

 18h30 – Conferências 

“A Universidade Necessária como superação da Universidade Operacional e da Universidade Inclusiva”, com Nildo Domingos Ouriques (IELA-UFSC).

“Educação e Revolução no ISEB: a experiência dos Cadernos do Povo Brasileiro (1962-64)”, com Angélica Lovatto (UNESP).

 Mais informações na página do IELA, pelo e-mail iela@contato.ufsc.br ou pelos telefones (48) 37216483 | (48) 999078877 (Whatsapp).

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Últimos dias para inscrições de trabalhos nas Jornadas Bolivarianas

30/03/2017 09:29

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Estão abertas até 31 de março as inscrições para apresentação de trabalhos nas Jornadas Bolivarianas, evento que será realizado entre 15 e 17 de maio na UFSC.  As Jornadas são promovidas pelo Instituto de Estudos Latino-Americanos (Iela), que em sua décima terceira edição aborda o tema “A Educação na América Latina: 100 Anos da Reforma de Córdoba”. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível aqui e encaminhá-la para o e-mail iela@contato.ufsc.br.

Estão confirmados para a XIII Edição a venezuelana Trina Aracelis Marinque, o cubano Pedro Martínez, o equatoriano Luís Fernando Sarango Macas, o mexicano Guillermo Favela e os brasileiros Ivo Tonet, Nildo Ouriques e Diógenes Moura Breda. Outros nomes devem se juntar ao debate.

Mais informações no site do Iela ou pelos telefones (48) 3721-4938 e (48) 3721-6483.

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Aula Inaugural do Programa de Pós em Educação da UFSC aborda Modernidade, Pós-Modernidade e Educação dia 13

09/03/2017 10:45

A Aula Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSC, vinculado ao Centro de Ciências da Educação (CED), será ministrada pelo coordenador do Grupo de Pesquisa em Currículo e Contemporaneidade da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Alfredo Veiga-Neto, com o tema “Modernidade, Pós-Modernidade e Educação: Deslocamentos e Continuidades”. O evento será realizado no dia 13 de março, às 9h, no Auditório do Colégio de Aplicação, em Florianópolis.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-2251 e no site do PPGE.

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‘1º Colóquio Itinerante: Educação e Interculturalidade’ discute aspectos do aprendizado

07/10/2016 14:44

[Foto: Ítalo Padilha/Agecom]

Foto: Ítalo Padilha/Agecom

O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou nesta sexta-feira, 7 de outubro, o “I Colóquio Itinerante: Educação e Interculturalidade”, no auditório do Centro de Ciências de Educação (CED). O evento contou com conferências, sessões de diálogos e mesas temáticas sobre a influência da cultura no processo educacional.

Durante o colóquio, um dos destaques foi a participação do doutor em Antropologia pela Universidade de Sorbonne, na França, José Marin. Colaborador da Rede Universitária Internacional de Genebra, assim como de outras instituições de ensino na Europa e América Latina, o palestrante explicou a influência do eurocentrismo e do ideal de colonização nos processos educacionais da sociedade ocidental.
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Aberta submissão de artigos para 1º Colóquio de Direito e Arte: Música, Cinema e Literatura

26/09/2016 11:20

cartaz 03O I Colóquio de Direito e Arte: Música, Cinema e Literatura e o 3º Encontro Brasileiro de Epistemologia, Educação e Pesquisa Jurídica serão realizados conjuntamente nos dias 9, 10 e 11 de novembro, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UFSC. O evento é interdisciplinar e contará com a presença de vários palestrantes de diferentes áreas das Ciências Humanas. Haverá espaço para mostra de trabalhos, com publicação em anais.

A submissão de artigos foi prorrogada para o dia 10 de outubro.

Mais informações no site e Facebook.

 

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Núcleo promove curso de ‘Educação nas Relações Étnico-Raciais’

23/09/2016 12:38

O Núcleo Interdisciplinar de Estudos Africanos e Afro-Brasileiros (Nieaab) realiza, na próxima sexta-feira, dia 30, o curso ‘Educação nas Relações Étnico-Raciais’, na Sala 626 do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC, Centro de Ciências da Educação (CED). As inscrições podem ser feitas no link.

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Conferência expõe pensamento de Hannah Arendt sobre crise na educação

15/07/2016 13:54
Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Na quarta-feira, 13 de julho, ocorreu a sétima e última conferência do seminário Dimensões Estéticas da Formação Humana. Com o título “A natalidade como possibilidade de amor mundi – humanismo e formação em Hannah Arendt”, a aula foi ministrada pela professora Daiane Eccel, do departamento de Estudos Especializados em Educação (EED) da UFSC. “Hannah Arendt não é uma pensadora específica da educação, mas ela faz um bom diagnóstico de época — a modernidade —, sobre a atual crise na educação. Minha proposta é pensar em que medida a ideia de amor mundi, relacionada à natalidade, pode ajudar a refletir sobre essa crise”, explica Daiane.

A professora iniciou a conferência diferenciando os conceitos de amor e amor mundi – que, segundo ela, não está explícito na obra de Hannah Arendt: “O conceito amor mundi aparece disperso, não há nenhuma referência clara e direta sobre ele.” Daiane destacou as duras críticas da filósofa alemã à ideia de amor ao próximo. “Para ela, quando o cristão tem a pretensão de amar a todos, ele não ama ninguém. Não é possível amar ao próximo como a ti mesmo. No cristianismo, ‘o próximo’ é só um meio para chegarmos a um fim. Isso, para Arendt, não é amor, é uma espécie de deturpação do amor.”

Hannah Arendt também critica a ideia de amor romântico: “A pessoa retira-se do mundo para construir um outro mundo, junto da pessoa amada. O amor romântico, portanto, é um ‘egoísmo a dois’. Mas esse amor também gera uma contribuição ao mundo, uma nova possibilidade, que é uma criança.” Daiane seguiu discorrendo sobre a relação do conceito de amor mundi com a natalidade, que seria o “segundo nascimento”.

O primeiro nascimento, o biológico, envolve apenas as necessidades essenciais para a sobrevivência. “Para o segundo nascimento acontecer, é necessário uma preparação. É aí que entra o papel da educação, da formação. Hannah Arendt afirma que a educação deve se dar na passagem do primeiro nascimento para o segundo nascimento. É nesse meio onde operam os pais e a escola”, expôs Daiane.

A professora discursou também sobre a interdependência entre democracia e educação. “O primeiro nascimento está na esfera do lar, da necessidade. O segundo nascimento, na esfera pública, da liberdade. Todos devem ter acesso a determinado conteúdo, para então estar preparado para agir sobre o mundo.” Na modernidade há problemas na transição entre esses dois momentos. A crise na educação, segundo Hannah Arendt, tem a ver com essa passagem mal feita.

Daiane explicou que, quando o processo educacional não possibilita o segundo nascimento, ele é julgado como falho. “O indivíduo pode escolher se vai ou não agir na esfera pública, mas ele deve ter as ferramentas para isso. O amor mundi não é um sentimento privado. Ele é externo, está completamente ligado à esfera pública. É a responsabilidade que todos temos com as próximas gerações”, finaliza a pesquisadora.

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

 Seminário

Coordenado pela professora Marlene de Souza Dozol, o seminário teve por objetivo discutir a relação da estética com a formação humana. “Abordamos as categorias estéticas que marcam cada momento da História. Passamos pela Grécia, Roma, Idade Média, Renascimento, séculos XVIII, XIX, XX. Para cada período, escolhemos um pensador que tratou, de alguma forma, de filosofia da educação”, explica Marlene. Montaigne, Jean-Jacques Rousseau e Hegel foram alguns dos autores escolhidos.

Um aspecto positivo do seminário, segundo a coordenadora, foi a oportunidade de valorizar as pesquisas de professores da própria universidade. “Os conferencistas convidados eram todos da UFSC. Foi possível conhecer a riqueza de seus trabalhos, os talentos que temos aqui e o quanto cada um tem a contribuir em diferentes campos de saber.” Cerca de 40 estudantes participaram do evento, oriundos da graduação e pós-graduação de diversos departamentos da UFSC: Filosofia, Letras, Sociologia, Pedagogia, Direito, Biologia, entre outros.

Nesta sexta-feira, 15 de julho, às 18h30, ocorre a última atividade do seminário. Integrantes do grupo de estudos “Estética e Educação” apresentarão suas pesquisas na sala 618 do PPGE, 2º andar do Centro de Ciências da Educação (CED). Confira os trabalhos:

Título Autora
“A noção de uma cultura da juventude romântica em Walter Benjamin” Priscilla Stuart da Silva
“A força da linguagem nos ‘Devaneios’ de Rousseau” Luana Aversa
“Arte de educar e conexão razão-sentimento e pensamento-arte na obra de Rousseau: uma formação estética na infância” Lia Presgrave

Interessados no conteúdo das conferências podem acessar toda a bibliografia indicada pelos professores na xerox do CFH, na pasta com o título “Dimensões Estéticas da formação humana”. A segunda edição do seminário está prevista para o primeiro semestre de 2017.

Grupo de estudos

“Nosso grupo tem um perfil plural, aberto em termos de perspectivas e pensadores. Essa é nossa marca registrada”, afirma Marlene. O grupo de estudos “Estética e Educação” está aberto a novos integrantes interessados na área. As reuniões são quinzenais e a agenda de estudos e pesquisa é definida a cada início de semestre. São escolhidas obras que estabeleçam um diálogo da filosofia da educação com outras áreas, como a literatura, pintura, música.

“Nos encontros, há um amadurecimento de ideias que, muitas vezes, resultam em publicações. Também aproveitamos para aprimorar a produção textual, promovendo oficinas de escrita científica”, afirma Marlene. Os principais autores que vêm sendo estudados são Hannah Arendt, Jean-Jacques Rousseau e Walter Benjamin.

Mais informações sobre o grupo:

Professora Marlene de Souza Dozol: lena.dozol@uol.com.br

Professora  Daiane Eccel: daianeeccel@hotmail.com

Doutoranda Priscilla Stuart da Silva: priscillastuart.di@gmail.com

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

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Grupos de estudo da Pós em Educação promovem palestra nesta quinta-feira

30/06/2016 08:20

Os grupos de estudos “Bio-Grafia Nietzsche” e “Hermenêuticas da Cultura Mundo e Educação” do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSC promovem a palestra “John Dewey e o centenário do ‘Democracia e Educação’” juntamente com o lançamento do livro “Comunicação, linguagem e mente no contexto da filosofia da educação”, nesta quinta-feira, 30 de junho, às 8h30, na sala 618 do CED/PPGE. José Cláudio Mattos, professor de Filosofia da Educação na UDESC, organizador do livro, será o ministrante da palestra. As inscrições serão realizadas no local do evento, que oferece certificado de participação.

Mais informações no site http://biografia.paginas.ufsc.br/.

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Pós em Educação recebe 919 candidatos para prova de seleção neste domingo

12/05/2016 12:19

O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Federal de Santa Catarina irá realizar a prova para a seleção de ingresso no Mestrado e Doutorado em Educação neste domingo, 15 de maio, das 14 às 18h.

O programa homologou 919 inscrições (593 para o mestrado e 326 para o doutorado) e 40 pessoas (entre docentes, discentes do programa da pós, técnicos e bolsistas) irão participar da aplicação das provas, que serão realizadas no bloco A do Centro de Ciências da Educação (CED) e no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Serão oferecidas 60 vagas para o mestrado e 50 vagas para o doutorado.

Para acessar o Edital, clique aqui.

Para acessar o Manual do Candidato e as referências bibliográficas, clique aqui.

Para acessar a Homologação das Inscrições, clique aqui.

Lívia Rezende/Estagiária de jornalismo na Coordenadoria de Comunicação e Relações Institucionais/CED

 

 

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UFSC reconhece Notório Saber a Mestre Nô

21/12/2015 13:25
Foto: Caetano Machado/Agecom/DGCUFSC

Foto: Caetano Machado/Agecom/DGCUFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) reconheceu o título de Notório Saber no campo da Educação a Norival Moreira de Oliveira, o Mestre Nô, referência mundial na prática e oralidade da capoeira, legítima manifestação da cultura corporal humana. O reconhecimento foi requerido pelo professor Fábio Machado Pinto, do Departamento de Metodologia de Ensino (MEN), e aprovado na reunião do Conselho Universitário (CUn) do dia 18 de dezembro. O parecer, favorável, do professor Edison Roberto de Souza, do Departamento de Educação Física, está disponível aqui.

Mestre Nô

O Mestre Nô iniciou formalmente sua trajetória na capoeira ensinando-a ainda nos anos 1960, na Cidade Baixa, em Salvador (BA), história que se consolidou com a criação, em 1979, da Associação Brasileira Cultural de Capoeira Angola Palmares e, através da qual, seu trabalho se potencializou e alcançou patamares internacionais, tornando-se um dos principais expoentes dessa manifestação da cultura corporal humana.

A partir de sua socialização, a capoeira, atividade praticada com música, jogo e dança, transcendeu os ambientes populares ocupando lugar de destaque em ambiente universitário e, na UFSC, a história não foi diferente, tornando-se conteúdo de ensino, pesquisa e extensão. Nesse contexto, o Mestre Nô foi convidado para ministrar aulas, seminários e workshop em vários países dos cinco continentes. Em sua disseminação como patrimônio cultural, foi reconhecido como Mestre de Capoeira recebendo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) do Ministério da Cultura do Brasil a Medalha Zumbi dos Palmares, além de outros prêmios e honrarias por trabalhos de destaques na área artística e cultural.

Mais informações no parecer.

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Conselho Universitário aprova moções

05/11/2015 09:16

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou, em sessão extraordinária realizada na última terça-feira, 3, três moções contra os cortes orçamentários na educação, de apoio à auditoria da dívida pública brasileira e contra a contratação de pessoal via organizações sociais equivalentes. Confira:
(mais…)

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Seminário sobre Educação reforça a urgência do combate a preconceitos e desigualdades

29/10/2015 18:20

Mesa-redonda com Ronaldo Crispim Sena Barros, Joana Maria Pedro e André Luiz de Figueiredo Lázaro. Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Racismo. Machismo. Xenofobia. Essas e outras formas de preconceito e discriminação foram debatidas pelos participantes do Seminário Regional de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação (PNE), que ocorreu na última terça-feira, 27 de outubro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento teve por objetivo discutir dois eixos da Conferência Nacional de Educação (CONAE): Eixo I – “Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos” e Eixo VI – “Valorização dos profissionais da educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os convidados para a mesa-redonda da manhã, que debateu o primeiro eixo, foram o professor André Luiz de Figueiredo Lázaro, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), e  Ronaldo Crispim Sena Barros, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A responsável pela mediação foi a pró-reitora de pós-graduação da UFSC, Joana Maria Pedro.

André iniciou sua exposição ressaltando que os desafios da Educação são desafios de toda a sociedade brasileira: “Talvez a Educação seja o campo da vida onde a discussão dos direitos e da igualdade sejam mais pertinentes”. O professor se referiu à Educação como um mecanismo de luta contra a pobreza, a desigualdade, o preconceito e a discriminação. Segundo ele, é preciso valorizar o esforço dos professores e gestores e reestruturar o sistema educativo. “Sem ignorar as críticas, devemos reconhecer que temos um grande sistema escolar. Há uma rede de escolas por toda parte. Mas ainda é preciso transformar esse sistema escolar em um sistema educativo.” Ele argumenta que a Educação ainda não conseguiu diminuir os preconceitos de gênero e de cor que persistem na sociedade: “A desigualdade não é um evento, é estrutural. Por isso o debate sobre racismo e sexismo não pode ser só dos negros e das mulheres, deve ser de todos”.

Após expor gráficos que indicam que as diferenças entre homens e mulheres, pobres e ricos, negros e brancos não têm diminuído ao longo dos anos, André afirmou que o principal desafio da sociedade brasileira é identificar de que maneira a Educação pode romper com preconceitos e promover a igualdade. “A escola ainda valida os processos de exclusão. Mas não podemos demandar dos profissionais da Educação algo sem lhes oferecer as condições adequadas para executá-lo”. O professor elogiou a inclusão do tema gênero nas provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. Por outro lado, criticou o fato de as universidades brasileiras estarem cada vez mais voltadas à profissionalização e menos à reflexão. “Nossas universidades foram capturadas pelas corporações. Não se formam mais cidadãos críticos, nosso ensino está despolitizado”. Uma das formas de reverter esse quadro seria estimular a aproximação entre o ensino superior e a educação básica, que compreende educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. “As pesquisas acadêmicas raramente se traduzem em material didático. As universidades deveriam buscar linhas de financiamento para  traduzir o material rico que produzem em algo acessível aos professores e estudantes da educação básica”. As escolas seriam, dessa forma, continuamente subsidiadas com informações contemporâneas sobre diversidade e igualdade.

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

‘Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico’

Antes de começar sua palestra, Ronaldo Crispim Sena Barros pediu um minuto de silêncio pelo haitiano Fetiere Sterlin, 33 anos, que morreu após ser esfaqueado em Navegantes, litoral norte de Santa Catarina, no dia 17 de outubro. O agressor agiu, supostamente, movido por sentimentos xenofóbicos e racistas. A seguir, o professor disse: “Há momentos em que o silêncio fala mais. Esse acontecimento representa algo que a gente tenta explicar. O que provoca o racismo? O machismo? O que provoca esses fenômenos universais?”. Ele argumenta que a ausência de conhecimento pode gerar ações irracionais e de ódio. “As pessoas operam sem refletir, sem pensar. São guiadas por estereótipos, por construções estigmatizadas que geram hierarquias”. A atribuição de diferentes valores aos indivíduos é o que causa a exclusão social. Ronaldo reconhece que há, ultimamente, mais espaço no Brasil para a discussão dessas problemáticas. Mas ao mesmo tempo, também há uma reação conservadora em todas as esferas políticas e sociais: desde as esferas de poder até a vida cotidiana e os ambientes virtuais. “É preciso compreender como essas manifestações encontram moradia no coração dos indivíduos e se retroalimentam. Hoje há uma inversão de valores. Desejo que isso seja superado. Não podemos correr o risco de passar de uma reação conservadora a um retrocesso de direitos. As conquistas antes do Golpe de 1964 levaram muito tempo para serem recuperadas.”

O professor expôs que não existe base ideológica, moral, legal ou raciocínio intelectual que possa dar a um indivíduo menos valor por seu aspecto físico, seu gênero ou sua cor de pele. Isto é, não é possível sustentar a ideia de que há diferentes níveis de humanidade. “Apenas a superação de fenômenos como machismo e racismo pode restabelecer a condição humana das pessoas. Não é nossa consciência que determina nossa vida, é nossa vida prática que determina nossa consciência”. Reiterando os argumentos do professor André, Ronaldo ressaltou que toda a sociedade seria beneficiada com o combate aos preconceitos: “Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico. A diversidade representa riqueza social.”

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Profissionais e pesquisadores da Educação abrem o evento

A abertura do evento teve a participação de Elza Marina da Silva Moretto, coordenadora do Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina; Pedro Rodrigues da Silva, representando a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis; Vera Lúcia Bazzo, representando a Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE); Rute da Silva, coordenadora do Comitê Gestor Institucional de Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação Básica (COMFOR/UFSC); Nestor Manoel Habkost, diretor do Centro de Ciências da Educação (CED) e Roselane Neckel, reitora da UFSC.

Rute inaugurou as exposições citando Paulo Freire: “Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”. A seguir, Vera Lúcia ressaltou a importância de se defender o direito à educação como marco fundamental das políticas públicas. Nestor afirmou que a precariedade das condições de trabalho dos profissionais representa uma precariedade geral da Educação: “Os professores se dedicam integralmente à Educação do país”. Roselane ressaltou a importância  de uma reflexão sobre misoginia, machismo e preconceitos nas escolas e afirmou que a universidade pública é responsável pela produção de conhecimento e formação de cidadãos: “O conhecimento deve combater preconceitos. Opiniões devem ser baseadas em conhecimentos”. Ela ressaltou que, além do sofrimento físico, também é importante evitar os sofrimentos psíquicos e da alma. “Tristeza e sofrimento não se dão apenas pela pobreza, mas também por preconceitos étnicos e de gênero. O grande desafio é fazer a transformação no cotidiano, no dia a dia. Um mundo melhor é um mundo de respeito a todos e todas.”

O evento ocorreu no auditório Garapuvu, Centro de Eventos, das 9h às 18h. O período da tarde foi dedicado à discussão do Eixo VI do PNE: “Valorização dos profissionais da Educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os palestrantes convidados para essa mesa-redonda foram a professora Gisele Masson, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Andrea do Rocio Caldas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC

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Reunião da ANPEd prossegue até quinta com extensa programação

05/10/2015 18:47

A 37ª Reunião da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd), que acontece na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde domingo, prossegue até quinta-feira com extensa programação. Com o tema “Plano Nacional de Educação: tensões e perspectivas para a educação pública brasileira”, o evento conta com a presença de docentes e discentes de mais de 140 cursos/programas de pós-graduação em Educação do país, além de pesquisadores convidados de outros países. O encontro da ANPEd proporciona um espaço ideal tanto para apresentações de trabalhos acadêmicos quanto para debates qualificados de temas críticos que ganharam a agenda da educação brasileira em 2015, tais como: financiamento e cortes, militarização de escolas públicas, questões de gênero e o documento Pátria Educadora.

37a Imagem-tema2_bordado de Olinda Evangelista

A Reunião Nacional da ANPEd tem sua imagem-tema criada por Olinda Evangelista em bordado, representando costumes e lendas do estado.

Programação

A abertura da 37ª Reunião Nacional da ANPEd ocorreu no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, no domingo, 4 de outubro, com a participação Luiz Dourado (UFG), membro da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, que abordou o Plano Nacional de Educação (PNE) no contexto de avanço das políticas educacionais.

Com a presença de pesquisadores renomados, representantes de entidades e do poder público, temas que definem os rumos da pesquisa e de políticas educacionais estão em debate nas Sessões Especiais e Sessões Conversa, como Ética e Pesquisa em Educação, reformulações no Ensino Médio, PNE, financiamento da Educação e o debate sobre o Custo Aluno Qualidade (CAQi), Pátria Educadora, Base Nacional Comum e mídias interativas. Dentre os convidados internacionais estão o peruano Danilo Martucelli (Paris Decartes, França), Susan L. Robertson (Universidade de Bristol, Inglaterra), e Victor Luís Porter (Universidade Autônoma Metropolitana do México, México).

A programação científica inclui apresentações de trabalhos, minicursos, trabalhos encomendados e pôsteres nos 23 grupos de trabalho que compõem a ANPEd, além de colóquios e reuniões político-organizativas. Seguindo-se ao encontro de Goiânia em 2013, a Reunião Nacional da ANPEd efetiva-se este ano em caráter bienal, em anos intercalados com as reuniões científicas regionais – respeitando decisão estatutária de 2012.

A realização no sul do país também mantém a proposta de descentralização do evento em diferentes regiões do Brasil, sempre viabilizado a partir do apoio das faculdades de educação locais. A expectativa é que a reunião contribua ainda mais para a consolidação da ANPEd na comunidade científica nacional e internacional, por sua efetiva atuação na afirmação da pesquisa e da pós-graduação em educação no país e na região.

Homenagem e atividades culturais

Está programada para a quarta-feira a segunda edição da Homenagem Paulo Freire, que prestará reconhecimento a Movimentos ou Instituições da área da educação — as indicações foram feitas através de edital, numa iniciativa viabilizada a partir de convênio entre a ANPEd e a Secadi/MEC. Ao homenagear tais coletivos, a Associação também enaltece a história de Paulo Freire, educador fundamental para a construção de uma educação comprometida com a justiça, a igualdade e o respeito à vida humana.

Outro destaque da Reunião deste ano é o I Curta ANPEd – Mostra de Filmes de Pesquisa 2015, com a  exibição de nove trabalhos (selecionados a partir de edital) que propiciam a reflexão sobre o uso das ferramentas e linguagens audiovisuais no processo de produção de pesquisas e conhecimentos. Além do Curta ANPEd, o encontro também conta com o 8º Ciclo de Cinema ANPEd/Clacso e a VIII Mostra de Videodocumentários Trabalho-Educação. Há ainda na programação exposições, atrações artísticas e feira de livro, com lançamentos de publicações da área nesta terça-feira, às 18h.

37a Reunião Nacional em números

Trabalhos Aprovados: 512

Pôsteres Aprovados: 99

Trabalhos Encomendados: 25

Minicursos: 22

Mostra de Vídeos de Pesquisas – Curta Anped e VIII Mostra Trabalho Educação: 15

Sessões Conversas/Colóquios Clacso: 14

Sessões Especiais: 13

Reuniões Político-Organizativas de Entidades e Associações: 11

Participação de Convidados Nacionais: 260

Participação de Convidados Internacionais: 07

Quem é a ANPEd 

Maior entidade científica da área de Educação do país, a ANPEd tem sido reconhecida como importante interlocutora no cenário nacional e internacional, tanto na defesa de políticas mais adequadas à pós-graduação em Educação quanto por uma educação democrática, inclusiva e de qualidade para todos. A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) é uma sociedade civil sem fins lucrativos que reúne sócios institucionais (os programas de pós-graduação em Educação) e sócios individuais (professores, pesquisadores e estudantes de pós-graduação em Educação). A finalidade da ANPEd é o fortalecimento da pós-graduação e da pesquisa na área da Educação no Brasil.

Ao longo dos seus mais de 35 anos, a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação vem ocupando um importante lugar no cenário nacional e internacional, em virtude da relevante produção científica de seus membros e da atuação política em defesa dos objetivos maiores da educação brasileira. A ANPEd se estrutura por meio de 23 grupos de trabalho e o Fórum de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Educação (FORPRED).

Mais informações e programação no site do evento e da ANPEd.

Com informações da Assessoria de Imprensa da ANPEd.

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