Pesquisa de professora da UFSC subsidia livro comemorativo dos 90 anos de Ziraldo

16/12/2022 13:00

Obra reúne “pipocas” que Drummond publicava no Jornal do Brasil com ilustrações de Ziraldo. Foto: Isabela Freire Braga

Para comemorar os 90 anos do cartunista, chargista e escritor Ziraldo, a Edições Filmes de Minas, de Tarcísio Vidigal, produtor de Menino maluquinho: o filme (dirigido por Helvécio Ratton, 1995), acaba de reeditar em versão comemorativa o livro O pipoqueiro da esquina, uma parceria entre Carlos Drummond de Andrade e Ziraldo, originalmente lançado em 1981. O livro reúne frases (chamadas de “pipocas”) que Drummond publicava em sua coluna de crônicas no Jornal do Brasil, aqui especialmente ilustradas por Ziraldo. “Eu descobri que as pipocas de Drummond são charges em estado de dicionário”, disse à época o chargista.

A participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesse livro comemorativo entra por meio de pesquisa realizada pela professora Valentina da Silva Nunes para o mestrado em Literatura Brasileira. Hoje, ela é doutora em Literatura também pela UFSC e coordenadora do curso de Jornalismo da universidade. Sua dissertação, intitulada A produção jornalística de Carlos Drummond de Andrade no Jornal do Brasil (1969-1984), produziu uma catalogação das cerca de 2.300 crônicas que Drummond escreveu para o jornal carioca. O cronista mantinha coluna fixa no “Caderno B”, em que publicava seus textos três vezes por semana, ao longo dos últimos 15 anos de sua produção em jornais, que se estendeu por mais de seis décadas.

Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) durante o mestrado, Valentina defendeu sua dissertação em 1995. Um exemplar do trabalho foi doado à Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, instituição que reúne acervo de vários escritores brasileiros, entre eles o de Drummond. Foi lá que a equipe da Edições Filmes de Minas teve acesso ao estudo.

“Durante minha pesquisa, viajei ao Rio e pude consultar os originais de Drummond na Casa de Rui Barbosa. Era antes da internet, tudo precisava ser feito in loco. Na época, fiquei encantada de ver as anotações que ele fazia nas próprias crônicas que recortava dos jornais e arquivava. Havia observações e correções de próprio punho.” Valentina também realizou pesquisas no Instituto de Estudos Brasileiros (IEB), da Universidade de São Paulo (USP), onde há material doado à instituição por sua orientadora, a professora Rita de Cássia Barbosa, hoje aposentada da UFSC, que conheceu o escritor pessoalmente. A tese de doutorado dela foi defendida na USP, também sobre as crônicas de Drummond, mas anteriores a 1969.

A dissertação de mestrado de Valentina, disponível no repositório da UFSC, identifica datas e títulos do textos, faz descrição de conteúdo e da apresentação deles na página do jornal e ainda indica quais foram para os livros que Drummond publicou posteriormente. Cabe lembrar que todos os livros de prosa de Drummond são oriundos de crônicas publicadas primeiramente em jornais – daí ele ter repetido em várias entrevistas que era “mais jornalista do que poeta”.

Na reedição comemorativa de O pipoqueiro da esquina, de 240 páginas, livro de capa dura em formato conhecido por coffee book (cerca de 28 x 28 cm), na parte dos agradecimentos, lê-se: “[à] Profa. Dra. Valentina da Silva Nunes, pelas informações fundamentais contidas na dissertação de mestrado (UFSC, 1995)”. No expediente do livro, um exemplo de como a pesquisa foi útil está na lista indicando em que dia e seção do Jornal do Brasil foram originalmente publicadas as “pipocas” de Drummond ilustradas por Ziraldo usadas na obra. O livro traz ainda textos de Drummond e Ziraldo falando da parceria, fotos dos dois, dedicatórias e fac-símile de cartas de um para outro, um ensaio de Eucanaã Ferraz e um texto de Millor Fernandes, além de fac-símile com anotações da obra original de 1981.

Fotos: Isabela Freire Braga

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Reportagens da UFSC conquistam primeiro lugar no prêmio de jornalismo científico da Fapesc

15/12/2022 12:15

Da esquerda para a direita, o jornalista Maykon Oliveira, o diretor da Agecom, Ricardo Torres, e os estagiários e estudantes de Jornalismo Matheus Alves, Leticia Schlemper e Carolina Monteiro celebram a premiação. Foto: Camila Collato/Agecom/UFSC

Reportagens produzidas pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) venceram duas categorias do 2° Prêmio de Jornalismo em Ciência, Tecnologia e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Na categoria Acadêmico, os estagiários da Agecom Carolina Monteiro, Leticia Schlemper e Matheus Alves ocuparam a primeira colocação com a reportagem Biodiversidade catarinense: É possível equilibrar a utilização dos recursos naturais e a preservação da natureza? Já na categoria Institucional, o jornalista Maykon Oliveira foi o primeiro colocado com a reportagem Tainha de laboratório: UFSC é pioneira na reprodução de espécie em cativeiroOs resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 15 de dezembro, a partir das 10h, de forma remota, por meio do Instagram da Fapesc.

O prêmio tem abrangência estadual e é dividido em seis categorias – Texto, Foto, Vídeo, Áudio, Acadêmico e Institucional – e tem como objetivo reconhecer as contribuições dos profissionais de comunicação de Santa Catarina que produzem materiais jornalísticos sobre ciência, tecnologia e inovação. O primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias receberão certificados, troféus e premiação financeira. Foram aceitas reportagens jornalísticas publicadas em jornais, revistas e portais de notícias com circulação em Santa Catarina, independentemente da periodicidade.

Na primeira edição do prêmio, em 2021, Luana Consoli, estagiária da Agecom, foi finalista na categoria Internet e vencedora na região da Grande Florianópolis pela reportagem-perfil Inclusão, diversidade e inovação: conheça o Física Preta e sua idealizadora, pesquisadora da UFSC. 

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Curso de Jornalismo exibe documentário sobre 10 anos de cotas raciais na UFSC

05/12/2022 08:00

O documentário Revolução Silenciosa: 10 anos de cotas raciais na UFSC, de Lucas Krupacz, será exibido na próxima terça-feira, 6 de dezembro, às 18h30, na Sala Adelmo Genro Filho, do Curso de Jornalismo da UFSC, no loco A do Centro de Comunicação e Expressão. A ação faz parte do projeto de extensão Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado pelas professoras Valentina da Silva Nunes, Isabel Colucci Coelho e Fabiana Quatrin Piccinin e pelo professor Fernando Crocomo.

O documentário trata da revolução possibilitada pelo acesso à educação dez anos após a implantação do sistema de cotas na UFSC. O vídeo aborda a desigualdade racial brasileira, o surgimento da política de cotas no país e a importância das ações afirmativas para estudantes e comunidade. A produção é de 2018. Depois da exibição, haverá uma conversa com o autor Lucas Krupacz e com a orientadora, Gislene Silva, sobre a produção do trabalho.

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Curso de Jornalismo exibe documentário sobre 10 anos de cotas raciais na UFSC, no dia 6 de dezembro

25/11/2022 07:28

O documentário Revolução Silenciosa: 10 anos de cotas raciais na UFSC, de Lucas Krupacz, será exibido na próxima terça-feira, 6 de dezembro, às 18h30, na Sala Adelmo Genro Filho, do Curso de Jornalismo da UFSC, no loco A do Centro de Comunicação e Expressão. A ação faz parte do projeto de extensão Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado pelas professoras Valentina da Silva Nunes, Isabel Colucci Coelho e Fabiana Quatrin Piccinin e pelo professor Fernando Crocomo.

O documentário trata da revolução possibilitada pelo acesso à educação dez anos após a implantação do sistema de cotas na UFSC. O vídeo aborda a desigualdade racial brasileira, o surgimento da política de cotas no país e a importância das ações afirmativas para estudantes e comunidade. A produção é de 2018. Depois da exibição, haverá uma conversa com o autor Lucas Krupacz e com a orientadora, Gislene Silva, sobre a produção do trabalho.

> Notícia atualizada no dia 29 de novembro devido ao adiamento do evento 

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‘Insira a Ficha’ estreia minissérie sobre mercado gamer

18/11/2022 13:32

O Insira a Ficha, programa sobre videogames da Rádio Ponto UFSC, estreou na quinta-feira, 17 de novembro, uma nova minissérie de entrevistas com profissionais da indústria de games. O programa faz parte do projeto de extensão Rádio Ponto UFSC e é produzido por estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Novos episódios vão ao ar semanalmente, às quartas-feiras.

Na minissérie, são abordados diversos assuntos do mundo dos videogames e algumas das profissões relacionadas ao tema. Além disso, os entrevistados são pessoas importantes de diversos espaços da indústria dos jogos. No primeiro episódio, o tema abordado foi Jornalismo de Games. A apresentação é de Victor Lebarbenchon e Yuri Micheletti. O programa tem a participação especial ao vivo de William Pesenti, diretor do SBT Games, em um bate-papo com os apresentadores.

O Insira a Ficha é coordenado por estudantes com a orientação da professora Valci Zuculoto e pode ser encontrado com legendas no YouTube da Rádio Ponto. A divulgação é feita pelo Instagram do programa, e os episódios também ficam disponíveis no Spotify.

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Pós-Graduação em Jornalismo promove Semana em comemoração aos 15 anos de história

07/11/2022 07:51

Neste ano, o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) completa 15 anos. Criado em 2007, o Programa surgiu da experiência de três décadas de formação de profissionais jornalistas no curso de graduação em Jornalismo.

Ao longo de todo 2022, o PPGJOR promoveu uma série de eventos comemorativos aos 15 anos e, para finalizar o ano e encerrar as celebrações, a coordenação do Programa realiza a Semana Comemorativa dos 15 anos do PPGJOR. O evento será realizado de 21 a 25 de novembro e terá uma série de atividades:

> Confira a programação:

De 21 a 24 – 12ª Jornada Discente do PPGJOR, com apresentações de trabalhos, mesas de debates e rodas de conversas
Dia 21 – palestra com a antropóloga e professora da UFSC Letícia Cesarino, autora do recém-lançado livro O Mundo do Avesso – verdade e política na era digital
Dia 22 – palestra com a jornalista e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Fabiana Moraes, autora do livro recém-lançado A pauta é uma arma de combate
Dia 25 – mesas temáticas sobre a pesquisa em jornalismo no Brasil e o pioneirismo do PPGJOR, com a presença de professores fundadores do Programa

A programação completa com os locais e horários das atividades será divulgada em breve no site do PPGJOR.

Tags: jornalismoPrograma de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto do Jornalismo exibe documentário sobre vida do artista plástico Meyer Filho

21/10/2022 10:56

O projeto Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado por professores do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exibirá na próxima quarta-feira, 26 de outubro, às 18h30, o documentário Galo de briga, sobre a vida do artista plástico Meyer Filho. Produzido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) das egressas Adriana Martorano e Marta Moritz, a obra conta com depoimentos da família de Meyer e também de artistas como Hassis, Rodrigo de Haro, Jayro Schmidt e Janga. A mostra irá ocorrer na sala Drummond, localizada no bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). Não é necessário se inscrever para participar.

Ernesto Meyer Filho nasceu em Itajaí em 1919, filho de uma escritora e de um fazendeiro local. Tornou-se conhecido por ser o primeiro artista plástico local que não precisou deixar o estado para expor suas obras em grandes galerias do sudeste brasileiro. Dentre seus temas favoritos, dedicou-se principalmente às representações de quintais e galos fantásticos, inspirando-se na estética do planeta Marte. Faleceu em 1991, em Florianópolis, aos 71 anos. Até hoje, o artista possui um  vasto acervo espalhado pelo Brasil e também no exterior.

Após a exibição, Adriana Martorano, uma das autoras da produção, participará de uma roda de conversa com os presentes.

> Serviço

O quê: Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística
Documentário: Galo de briga
Autoras:  Adriana Martorano e Marta Moritz
Ano: Brasil/1993
Gênero: Documentário
Duração: 18 min
Data: 26 de outubro, quarta-feira
Horário: 18h30
Local: Sala Drummond, bloco B do Centro de Comunicação e Expressão/UFSC

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UFSC sedia curso de Jornalismo Humanitário em novembro

17/10/2022 12:06

A Cátedra Sérgio Vieira de Mello da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Curso de Jornalismo da UFSC, por meio do Observatório da Ética Jornalística (objETHOS), realizam em novembro o Curso de Jornalismo Humanitário. Em formato presencial, os encontros irão ocorrer nos dias 22 e 23 de novembro, das 18h às 22h, no Auditório Henrique Fontes, Bloco B, do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), no campus de Florianópolis. A iniciativa é destinada a estudantes, docentes e jornalistas da comunidade em geral.

Entre os tópicos a serem abordados no curso estão: conceitos sobre refúgio e fontes de informação para entendimento de contextos; o jornalismo e a cobertura do tema do deslocamento forçado; comunicação como ferramenta de enfrentamento às informações falsas, à xenofobia e ao racismo. A programação prevê ainda palestras com Yan Boechat, jornalista e fotógrafo, e o professor da UFSC Rogério Christofoletti, do objETHOS. Haverá também roda de conversa com pessoas refugiadas na área de atuação das universidades participantes.

Mais informações em https://migrantes.ufsc.br/pb/.

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Curso de Jornalismo exibe documentário sobre ocupação irregular e vida de catadores de lixo no DF

13/10/2022 10:47

A exibição do documentário Lixo Estrutural ocorre na próxima quarta-feira, 19 de outubro, das 18h30às 21h30, na sala Drummond, Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina. A ação faz parte do projeto de extensão Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado pelas professoras Valentina da Silva Nunes, Isabel Colucci Coelho e Fabiana Quatrin Piccinin e pelo professor Fernando Crocomo.

O documentário, de 2014, conta a história do lixão localizado na Cidade Estrutural, Distrito Federal, e mostra a vida dos catadores. A quinze quilômetros da Esplanada dos Ministérios, a Estrutural surgiu de uma ocupação irregular no início da década de 1970. O projeto foi realizado pelas autoras Helena Stürmer e  Thaine Machado e com orientação da professora Gislene Silva. Depois da exibição, haverá uma conversa com Helena Stürmer sobre a produção do documentário.

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Curso de Jornalismo apresenta documentário sobre balaios de cipó da Ilha de Santa Catarina

03/10/2022 16:04

O Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) exibe nesta quarta-feira, 5 de outubro, o documentário Embalaiá, que conta como são feitos os balaios de cipó na Ilha de Santa Catarina. A atividade ocorre na Sala Drummond, no Bloco B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), a partir das 18h30.

Dirigido por Francis Silvy, o filme conta com a participação do museólogo Gelci Coelho, o Peninha, que conduz o espectador durante todo o vídeo. Depois da exibição, será realizada uma conversa sobre a produção do documentário com a professora Aglair Bernardo, orientadora do trabalho.

A ação faz parte do projeto de extensão Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado pelas professoras Valentina da Silva Nunes, Isabel Colucci Coelho e Fabiana Quatrin Piccinin e pelo professor Fernando Crocomo.

Ficha técnica

Autor:  Francis Silvy
Ano: Brasil/2000
Gênero: Documentário
Duração: 50 min.

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Cinco anos sem Cancellier: o legado de uma vida interrompida

03/10/2022 10:08

Confira a versão multimídia desta reportagem.

 

Onde você estava quando recebeu a notícia?
O que estava fazendo?
Quem te comunicou? 

Há cinco anos, em 2 de outubro de 2017, a UFSC vivia um dia traumático na sua história: a morte de seu reitor, Luiz Carlos Cancellier de Olivo. (Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC)

Eventos históricos marcantes e traumáticos por vezes são assim. A gente lembra onde estava, o que fazia naquela hora, como recebeu a notícia. Era uma segunda-feira, e a notícia chegou perto do horário do almoço. As pessoas estavam no trabalho, preparando uma refeição, vivendo. E uma vida se interrompeu. 

A vida do reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo foi interrompida em um shopping de Florianópolis, com uma mensagem no bolso, guardada dentro do plástico que envolvia sua carteira de motorista: “A minha morte foi decretada quando fui banido da universidade!!!”. 

Antes de tirar a própria vida, Cancellier havia dado sinais de que não estava bem, tinha acompanhamento médico, e de sua família. Tudo foi desencadeado após sua prisão em 14 de setembro de 2017, e as acusações no âmbito da Operação Ouvidos Moucos, com informações amplamente divulgadas em todo o país. A cobertura midiática, baseada na espetacularização, e o processo judicial, à base do abuso de autoridade, desestabilizaram Cancellier, especialmente por proibirem o professor e reitor de pisar na UFSC. A Universidade é vizinha do edifício onde vivia Cancellier, era sua segunda casa. A agressão da prisão e isolamento e o tratamento que ele recebeu da mídia e da sociedade pesaram.

E assim, em 2 de outubro de 2017, a família Cancellier perdeu o seu querido Cau, um irmão e um pai. A UFSC perdeu um reitor, um professor. Muitos perderam um amigo. 

Cinco anos se passaram, e o que mudou?
Qual legado Luiz Carlos Cancellier deixou para a UFSC?
O que aprendemos com o que aconteceu após a prisão e o ato extremo de Cancellier?

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Curso de Jornalismo exibe documentário ‘Torre de Babel’, em 28 de setembro

22/09/2022 16:58

O documentário Torre de Babelfoi produzido em 2007 como Trabalho de Conclusão de Curso em Jornalismo de Dirceu Getúlio e Felipe Seffrin. A exibição será na próxima quarta-feira, 28 de setembro, às 18h30, na sala Drummond – prédio B do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A atividade faz parte do projeto de extensão Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística. 

Torre de Babel apresenta a história do Edifício Prestes Maia, em São Paulo. Por cinco anos, o prédio ficou conhecido como a maior ocupação vertical da América Latina. O documentário é centrado em depoimentos dos sem-teto ainda no edifício, que revelam suas trajetórias, sonhos, medos e a experiência de morar em um prédio de 22 andares em condições precárias, com quase dois mil moradores. São, na maioria, pessoas que foram a São Paulo em busca de uma vida nova e sequer conseguiram uma casa para morar. Fazendo uma referência à passagem bíblica de Babel, o documentário também acompanha alguns personagens após o despejo, quando cada um seguiu o seu destino. Depois da exibição, será realizada uma conversa sobre a produção do documentário e jornalismo.

Serviço:

Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística
Documentário: Torre de Babel
Trailer: https://youtu.be/_ZsNDxxiiME
Autores: Felipe Seffrin e Dirceu Getúlio
Ano: Brasil/2007
Gênero: Documentário
Duração: 1h10min
Data: 28 de setembro, quarta-feira
Horário: 18h30
Local: Sala Drummond, prédio B do Centro de Comunicação e Expressão/UFSC

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Observatório da Ética Jornalística comemora 13 anos com seminário e lançamento de e-book sobre transparência

30/08/2022 08:59

O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) chega aos 13 anos na próxima segunda-feira, 5 de setembro, e celebra a data com o seminário internacional Jornalismo, ética e cidadania. O evento terá a participação dos pesquisadores Adriana Amado, da Universidad Argentina de la Empresa (UADE), e Juan Carlos Suarez Villegas, da Universidad de Sevilla (US). A programação ocorre no auditório do Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir das 14h. As inscrições serão por ordem de chegada e as vagas são limitadas.

No mesmo dia, integrando as comemorações do aniversário, será lançado o e-book Transparência Jornalística – O que é e como se faz?, já disponível em formato digital. A publicação reúne textos de pesquisadores do grupo e foi desenvolvida a partir do projeto Transparência no jornalismo: valor ético, compromisso público e desafio prático para profissionais e a indústria, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) entre 2019 e 2022.

Após dois anos de pandemia de covid-19, este é o primeiro evento presencial realizado pelo objETHOS. Uma oportunidade para estudantes, pesquisadores, professores e profissionais da área debaterem temas fundamentais do jornalismo contemporâneo, que vive um contexto especialmente desafiador no Brasil, com ataques constantes a profissionais e meios de comunicação, desinformação, precarização do trabalho, desconfiança das audiências e crise econômica. Para o professor Rogério Christofoletti, um dos fundadores do projeto, o seminário é uma ocasião para discutirmos os rumos da cidadania brasileira, justamente num momento importante como o da campanha eleitoral. “Nas democracias, cidadãs e cidadãos precisam estar bem informados para tomar suas decisões. Debater como o jornalismo ajuda nesse processo é um dos nossos objetivos no evento”.

Programação

O seminário internacional Jornalismo, ética e cidadania inicia às 14h, com a conferência Las metáforas del periodismo, ministrada pela professora argentina Adriana Amado, que participa virtualmente. A convidada integra a equipe de investigação da rede mundial de estudos de jornalismo Worlds of Journalism, dirige a ONG Infociudadana e faz parte da diretoria do Poder Ciudadano, capítulo argentino da Transparência Internacional. A mediação será do presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), professor Samuel Pantoja Lima, que também é um dos coordenadores do objETHOS.
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Jornalista Daniela Arbex dá aula magna na UFSC nesta sexta, dia 2

30/08/2022 08:35

O Curso de Jornalismo, o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo e o Centro de Comunicação e Expressão (CCE) promovem nesta sexta-feira, 2 de setembro, às 9h, no Auditório da Reitoria, a Aula Magna de abertura do semestre 2022.2. A convidada é uma das maiores repórteres investigativas do país: Daniela Arbex, escritora, jornalista e documentarista. Ela vai falar sobre jornalismo, reportagem e metodologia de investigação jornalística, além de falar de seu livro mais recente Arrastados: os bastidores do rompimento da barragem de Brumadinho, o maior desastre humanitário do Brasil, lançado no início de 2022. O evento é aberto ao público e os participantes receberão o certificado de participação.

Quem é Daniela Arbex

Daniela Arbex, 48 anos, é autora do best-seller Holocausto brasileiro, eleito Melhor Livro-Reportagem do Ano pela Associação Paulista de Críticos de Arte (2013) e segundo melhor Livro-Reportagem no prêmio Jabuti (2014). Com mais de 300 mil exemplares vendidos no Brasil e em Portugal, a obra ganhou as telas da TV, em 2016, através de um documentário. Em 2015, lançou Cova 312, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria livro-reportagem (2016). A obra aborda a ditadura de uma forma que a história oficial nunca fez.

Em Todo dia a mesma noite, sua terceira obra publicada, Daniela Arbex reafirma seu lugar como uma das jornalistas mais relevantes do país, veterana em reportagens de fôlego ao reconstituir de maneira sensível e inédita os eventos da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando a cidade de Santa Maria perdeu de uma só vez 242 vidas na boate Kiss.

Em 2020, a escritora lançou sua primeira biografia. Os dois mundos de Isabel narra a história da brasileira centenária Isabel Salomão de Campos que ergueu a voz para ajudar milhares de pessoas. O livro é, sobretudo, uma narrativa de coragem.
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Edição da revista Avant aborda papel do jornalismo nas eleições brasileiras

15/06/2022 08:03

A 10ª edição da Revista Avant terá como tema Jornalismo e democracia: o papel da mídia para além das eleições de 2022. O lançamento da próxima edição está marcado para a quinta-feira, 23 de junho, às 18h, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

> Clique AQUI para se inscrever

O evento terá a participação de Tiago de Castilho, doutor em Sociologia Política pela UFSC, e pelo professor Samuel Pantoja Lima, do Departamento de Jornalismo. Os participantes terão direito a certificado de 2 horas/aula.

Mais informações pelo site revistaavant.paginas.ufsc.br.

Tags: eleiçõesjornalismoRevista AvantUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Observatório da Ética Jornalística lança dossiê no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa

29/04/2022 15:21

O Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lançam na próxima terça-feira, 3 de maio, o dossiê Ataques ao Jornalismo e ao Seu Direito à Informação, uma publicação que aprofunda o debate sobre a violência contra o jornalismo no Brasil e seus impactos nos direitos da sociedade, como o direito à informação. Para marcar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa e apresentar o dossiê, uma live no YouTube reúne a presidenta da federação, Maria José Braga, e o coordenador do grupo de pesquisa, Rogério Christofoletti. A live começa às 19h30 com transmissão simultânea por canais de sindicatos dos jornalistas de todo o Brasil no Facebook.

Produzido ao longo de três meses e dividido em quatro capítulos, o dossiê parte dos dados apresentados no Relatório de Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa 2021, elaborado anualmente pela Fenaj desde 1998, e analisa aspectos que envolvem o ambiente hostil para a atividade jornalística no país. “O monitoramento dos ataques é fundamental para documentar a escalada da violência, mas apontamos também no dossiê como a precarização do trabalho e a perseguição aos jornalistas afetam as vidas das pessoas comuns”, afirma Christofoletti. A presidenta da Fenaj explica que o lançamento da publicação no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa é uma maneira de contribuir para o debate público e de ajudar a consolidar direitos no Brasil. Afinal, ataques ao jornalismo também ajudam a corroer a democracia e as conquistas civilizatórias acumuladas há décadas.

O dossiê

Com 41 páginas e em formato eletrônico para download, a publicação oferece análise, interpretação de cenários e recomendações práticas para o combate à violência contra os jornalistas. Na primeira seção, assinada pelo professor Alisson Coelho, os números ganham rostos e nomes, com as histórias por trás dos casos que vão de campanhas difamatórias nas mídias sociais, como ocorreu com o repórter independente, Ed Wilson Araújo, a ameaças e intimidações diretas, como aconteceu com o editor-executivo de The Intercept Brasil, Leandro Demori.

Em seguida, a pesquisadora Janara Nicoletti traça uma relação nem sempre aparente entre a precarização do trabalho dos jornalistas e a violência que afeta esses profissionais. Por meio de relatos dramáticos e no diálogo com outros estudos, Janara mostra como as ameaças não vêm apenas de fora do campo profissional, mas muitas vezes estão no próprio local de trabalho, na forma de sobrecarga, assédios ou de atraso no pagamento de salários, como o que vem ocorrendo no Diário de Pernambuco desde 2019.
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Jornalista e mestre em História pela UFSC ganha Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo

07/12/2021 09:12

Daniel Giovanaz, um dos repórteres premiados. Foto: Mauro Calove.

A reportagem “Mortes, sequelas e trabalho exaustivo: o rastro da covid-19 em grandes frigoríficos” foi premiada em 2º lugar na categoria Especial na 38ª edição do Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo. A matéria foi produzida por Daniel Giovanaz, Vanessa Ramos e Renan Xavier. Daniel se formou em Jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e cursou o mestrado em História também na UFSC.

A reportagem premiada conta histórias de vítimas de acidentes nos locais de trabalho, em decorrência do aumento de ritmo de produção durante a pandemia. São entrevistados  familiares de mortos por covid-19 na indústria da carne e apresentados dados atualizados sobre o setor da alimentação no Brasil. A matéria também ressalta as campanhas promovidas pela Contac-CUT, CNTA Afins, Rel-Uita, federações e sindicatos em todo Brasil contra a precarização das condições de trabalho. Confira o trabalho premiado aqui.
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Projeto ‘Jornalismo e Ação Comunitária’ produz informativos sobre a pandemia

29/06/2021 19:25

Aproximar estudantes às realidades periféricas com vistas à uma formação cidadã e empoderar comunidades por meio da comunicação comunitária. Esses são os objetivos do Jornalismo e Ação Comunitária (JAC), projeto de extensão criado por professoras/es e estudantes de graduação e pós-graduação do Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Empresa júnior de Jornalismo promove conversa com Mário Motta

23/06/2021 10:49

Na próxima sexta-feira, 25 de junho, às 19h30, a Comunica!, empresa júnior do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promove evento com o jornalista e apresentador Mário Motta.

O Talks com Mário Motta consiste em uma conversa entre o jornalista e estudantes, com foco em sua trajetória na profissão e seus 35 anos à frente de um dos maiores telejornais do estado. O evento é gratuito, aberto a toda comunidade acadêmica e as inscrições são feitas pelo link.

Tags: Comunica! Empresa Júnior de JornalismoConversajornalismoMário MottaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Documentário de estudantes de Jornalismo será exibido em evento nacional

21/05/2021 16:59

O documentário Semeadoras – As faces do Movimento de Mulheres Camponesas no Oeste de Santa Catarina, produzido pelas acadêmicas do Curso de Jornalismo Eliza Barcelos Della Barba e Luiza de Almeida Monteiro será exibido nesta segunda-feira, 24 de maio, como parte da programação da Jornada Nacional Sementes de Resistência, promovida pelo Movimento de Mulheres Camponeses (MMC). O filme foi desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso e faz parte do projeto multimídia Semeadoras, disponível no site https://www.semeadoras.com/. A exibição começa às 19h, nas páginas do Facebook e do YouTube do MMC.

A Jornada Nacional Sementes de Resistência vai até o dia 28 de maio e conta com lives diárias, às 19h, no Facebook e no YouTube do Movimento. Durante a programação, as camponesas organizadas no MMC mostram também como atuam cotidianamente na prática da agroecologia como modo de vida e projeto de sociedade.

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Jornalista formado pela UFSC é selecionado para iniciativa internacional ‘United People Global’

22/03/2021 10:25

O egresso do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Pablo Mingoti é um dos 30 brasileiros selecionados para fazer parte da comunidade United People Global, organização conhecida por incentivar ações que façam o mundo um lugar melhor. O jornalista, junto com outras 650 pessoas de mais de 150 países, está participando do United People Global Sustainability Leadership, treinamento online na área de liderança relacionada aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

Dentre os 650, 60 participantes serão selecionados para uma viagem, com tudo pago, para o Hurricane Island Center for Science and Leadership, um centro de pesquisa e divulgação científica localizado no estado do Maine, nos Estados Unidos. O critério para a seleção será conforme o desempenho no treinamento, que tem como uma das atividades realizar uma sessão de capacitação junto a comunidades locais para compartilhar a experiência recebida no programa. A viagem só vai ocorrer se a pandemia permitir. 

Para Pablo, o treinamento, que já começou, está sendo uma oportunidade única. “Estou participando de aulas relacionadas à sustentabilidade com pessoas de diferentes países. É uma experiência que com certeza vai contar muito para meu currículo, não só por ser uma oportunidade de aprimorar o inglês, mas por poder aprender mais sobre o tema que está relacionado com o bem-estar da população”, enfatiza. 
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Pós em Jornalismo abre seleção para mestrado e doutorado com vagas de ações afirmativas

18/02/2021 10:55

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR/UFSC) lançou, em 15 de fevereiro, o edital do processo seletivo 2021 para novos estudantes de mestrado e doutorado. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de março. O processo terá três etapas: avaliação de projetos e currículos, prova escrita e entrevista. Todas as fases serão a distância, respeitando as orientações sanitárias impostas pela pandemia da Covid-19. Requisitos, datas e detalhes da disputa constam do edital, inclusive declarações adicionais a serem apresentadas por candidatos das ações afirmativas e um modelo de projeto de pesquisa a ser submetido.

O Programa oferece 15 vagas para mestrado, e 11 vagas para doutorado. Metade das vagas disponíveis serão destinadas às ações afirmativas. Quatro grupos sociais são contemplados: pessoas negras (pretas, pardas, quilombolas e indígenas), pessoas com deficiência, travestis e transsexuais, e pessoas refugiadas.

A escolha desses grupos se baseou em estudo de uma comissão de especialistas que discutiu o tema. “Por mais que o PPGJOR não cobre taxas de inscrição nem mensalidades, receba alunos de todas as regiões brasileiras e venha criando novas oportunidades de ingresso, ainda estamos distantes de atender esses grupos sociais se considerarmos a sua presença na população brasileira”, explica o coordenador do Programa, Rogério Christofoletti.

Ao longo de 2020, a comissão de especialistas fez um diagnóstico do programa e indicou ações para ampliar os incentivos de entrada desses contigentes. A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad/UFSC) compôs a comissão e acompanhou todo o processo de elaboração do edital, que está amparado à legislação brasileira e à recente resolução da pós-graduação sobre o tema.

“Estamos abrindo 15 vagas para mestrado e 11 para doutorado. Metade será destinada às ações afirmativas, o que significa dizer que 13 vagas poderão ser preenchidas por pessoas de grupos sociais historicamente à margem na pós-graduação”, completa Christofoletti. “Estamos muito empenhados neste processo que vai tornar nosso programa ainda mais democrático, plural e inclusivo”.

O PPGJOR surgiu em 2007 e é um programa dedicado a investigar o jornalismo e a formar pesquisadores e professores na área. Seus 16 professores estão distribuídos em três linhas de pesquisa: Cultura e Sociedade; Tecnologias, Linguagens e Inovação; e Conhecimento e Profissão. O programa é um dos únicos do país a oferecer Mestrado e Doutorado em Jornalismo. Os cursos são inteiramente públicos e gratuitos, e tem nota 4 no sistema de avaliação da Capes.

Mais informações:
https://ppgjor.posgrad.ufsc.br/

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TV UFSC exibe ‘Fortalezas de Santa Catarina: a construção de um patrimônio para a humanidade’

17/12/2020 13:59

A reportagem que mostra as obras de restauração em fortalezas catarinenses e a candidatura dos bens a patrimônio mundial da Unesco estreia neste sábado, 19 de dezembro, às 15h30, na TV UFSC. O Trabalho de Conclusão de Curso, produzido pelo estudante de Jornalismo Eduardo Iarek, aborda a expectativa em relação a possibilidade de reconhecimento da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones e da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim como Patrimônio Cultural da Humanidade. Fechadas por conta da pandemia, duas fortificações catarinenses administradas pela UFSC recebem obras de restauração desde o início do ano e também são tema da reportagem.

O conteúdo conta com entrevistas de historiadores, arquitetos, especialistas das áreas de arqueologia, engenharia e pedagogia, representantes de entidades envolvidas na candidatura, além de relatos de visitantes que já passaram pelas fortalezas. “A principal dificuldade da produção desta reportagem em vídeo foi desenvolver a parte prática durante o período de isolamento social. O pré-projeto de 2019 precisou ser adaptado, já que naquela época nem se imaginava a possibilidade de uma pandemia”, explica Eduardo.
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Doutoranda da Pós em Jornalismo vence o prêmio Francisco Morel, da Intercom

10/12/2020 08:02

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC (PPGJOR), Jessica Gustafson Costa venceu a edição 2020 do Prêmio Francisco Morel concedido pela Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. O prêmio destaca pesquisas de mestrado, apresentadas nos grupos de pesquisa da entidade durante seu encontro anual. Jessica era uma das três finalistas e venceu com o trabalho Conhecimentos Localizados no Jornalismo: Uma proposta de sentido de objetividade que potencialize os projetos feministas. O anúncio foi feito na noite de quarta-feira, 9 de dezembro, durante o 43º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado pela internet com organização da UFBA.

“É com muita alegria que recebo o prêmio Francisco Morel, da Intercom, evento que participo sempre e que tem um importante papel na minha formação como pesquisadora, sempre possibilitando que nossos trabalhos sejam debatidos junto aos colegas, promovendo novas e boas reflexões”, disse. “Fico ainda mais feliz por ser especificamente esse artigo, que trata sobre a construção de uma perspectiva feminista dentro do jornalismo, reconhecendo a importância da articulação entre as teorias do campo e os estudos de gênero”, completa a pesquisadora.

Jessica concluiu seu mestrado em junho de 2018, quando foi orientada pela professora Daiane Bertasso Ribeiro. No mesmo ano, ingressou no doutorado, onde permanece pesquisando. Em 2019, ela lançou o livro “Jornalistas e Feministas: a construção da perspectiva de gênero no jornalismo” (Ed. Insular). Atualmente, Jessica é também professora substituta no Departamento de Jornalismo da UFSC.

 

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Egressas do curso de Jornalismo da UFSC são premiadas em edital de cultura do estado

06/11/2020 10:20

As jornalistas Catarina Duarte e Lívia Schumacher tiveram seu livro-reportagem, O guia de receitas manezinhas, premiado pela Fundação Catarinense de Cultura (FCC) no edital Elisabete Anderle 2020 na categoria de Patrimônio Imaterial – Produção e Difusão. O livro traz histórias ricas e muito bem contadas trazendo luz a personalidades da região de Florianópolis – algumas bem conhecidas, outras nem tanto. Os entrevistados são de idades variadas, de regiões diversas, de vidas muito diferentes, mas com duas coisas em comum: o amor pelo preparo comida e a sua contribuição na manutenção de uma cultura ancestral.

No Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que recebeu nota máxima por unanimidade, ressalta em seu prefácio que “este é um livro que ensina. Já na introdução, a contextualização do que é a miríade histórica e social de Florianópolis e a importância da culinária nesse contexto delineia o que vem a seguir. O manezinho, como muitos creem, não é descendente somente de açorianos, tem também ascendência negra e é filho de índios. Nem os próprios habitantes das ilhas dos Açores são puramente europeus, têm influências étnicas norte-africanas, orientais-judaicas e, até mesmo, indianas. Ou seja, ser manezinho é mais que mero estereótipo. Na culinária isso também se mistura: o beiju e o uso da folha de bananeira são heranças indígenas; o pirão, os caldos e a feijoada são de origem africana; já os risotos, as massas e os embutidos provém dos europeus. Essa é a riqueza que faz nossa comida ser tão exuberante de sabores e texturas.”

Nas palavras da autora Lívia, “esse livrinho foi fruto de um ‘bilhão de quilômetros’ rodados por Florianópolis em 2019 pra contar histórias de manezinhos que fazem comida e tudo que vem junto com isso. Agora, vamos poder levar essas pessoas tão queridas pra mais gente.” A publicação que une jornalismo, gastronomia, cultura, design e fotografia em um trabalho primoroso, foi apresentada em 2019 como TCC, sob orientação do professor Ildo Francisco Golfetto e co-orientação da professora Valentina da Silva Nunes.

O resultado final do Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura Edição 2020 foi divulgado na última quinta-feira, 5 de novembro.

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