UFSC Live: subnotificação de Covid-19 em Santa Catarina

06/05/2020 18:55

Estimativas da subnotificação da Covid-19 em Santa Catarina será o tema de uma live promovida pela Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta quinta-feira, 7 de maio, às 19h. A apresentação será no canal da UFSC no YouTube e terá a participação dos pesquisadores André Lourenço Nogueira – Universidade da Região de Joinville  (Univille); André Wüst Zibetti – Departamento de Informática e Estatística (UFSC); Luiz Rafael dos Santos – Departamento de Matemática – Campus Blumenau (UFSC) e Oscar Bruna-Romero – Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (UFSC).

Os pesquisadores integram a plataforma COVID-19-SC/Brasil, iniciativa voluntária com intuito informativo sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil e Santa Catarina. O objetivo é apresentar análises dos dados e do avanço da Covid-19 utilizando métodos científicos para gerar informações que possam auxiliar a sociedade catarinense a enfrentar esta grave emergência de saúde pública.

 

A ideia da live partiu do artigo “Estimativa da subnotificação de casos da covid-19 no estado de Santa Catarina”, assinado por André Nogueira, Christiane Nogueira (University of Waterloo), André Zibetti, Nestor Roqueiro, Oscar Bruna-Romero e Bruno Carciofi (UFSC), que propõe abordagens sistêmicas para estimar os valores da subnotificação do número de óbitos e de indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2.

Mais informações aqui.

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UFSC na mídia: egressa desenvolve linha antisséptica mais benéfica que álcool 70%

05/05/2020 11:13

O resultado do trabalho desenvolvido pela cientista Fernanda Checchinato, graduada em Engenheira Química e doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi destaque na coluna da jornalista Laine Valgas do portal NSC Total.

Fernanda criou uma linha de antissépticos (um gel e um spray) para as mãos com mais benefícios que o álcool 70%. De acordo com a publicação, os produtos são os primeiros do Brasil sem álcool na formulação e voltados para uso do público em geral – atualmente existe apenas para uso hospitalar.

> Acesse a íntegra da notícia no portal NSC

 

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UFSC seguirá orientações científicas para planejar retorno às atividades presenciais

04/05/2020 12:22

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai acompanhar atentamente a evolução da pandemia de Covid-19 e seguir recomendações científicas ao elaborar um plano de retorno das atividades presenciais. A decisão está sendo tomada pela Administração Central e discutida com os gestores e diretores dos Centros de Ensino da Universidade nas últimas semanas.

Nesta segunda-feira, 4 de maio, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar declarou estar criando comitês específicos para tratar de temas relativos às atividades da UFSC durante a pandemia. Haverá um comitê central e um comitê assessor, e cinco comitês temáticos: científico, de comunicação, administração e infraestrutura, um acadêmico e um de assistência. O reitor anunciou que os comitês serão formados por gestores e representantes das entidades de docentes, técnicos e estudantes. 

>> Assista aqui, ao pronunciamento do reitor Ubaldo Cesar Balthazar

Será, necessariamente, um planejamento de longo prazo, com a adoção gradual de medidas. Cada medida tomada será monitorada por um certo tempo, podendo ser modificada ou mesmo revertida se tiver impacto que possa colocar em risco a saúde das pessoas envolvidas. Esse processo exigirá um levantamento detalhado de informações sobre a comunidade universitária, os processos e as atividades acadêmicas e administrativas da UFSC. Essas diretrizes, afirma a Administração Central, têm foco, em primeiro lugar, na preservação da integridade da comunidade universitária.

Os pressupostos e as diretrizes a serem consideradas na elaboração do plano de retomada das atividades presenciais foram definidos com base em estudos científicos, principalmente a assessoria de um grupo de engenheiros, matemáticos, físicos e outros profissionais da UFSC, Univille e Univali, com a participação do professor Oscar Bruna-Romero, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP/CCB) da UFSC, que desde o início de março tem municiado a instituição com informações epidemiológicas para a tomada de decisões. Esse grupo estuda e analisa o comportamento da pandemia em Santa Catarina por meio de modelagens matemáticas, e publica neste site suas análises, notas técnicas e metodologia. Parte desse grupo deverá compor o comitê científico a qual o reitor se refere no vídeo, porém há a possibilidade, ainda, de ampliar o escopo de análise, incrementando o comitê científico com pesquisadores de outras áreas da UFSC.

>> Assista aqui a um vídeo com trechos da entrevista com o professor Oscar Bruna-Romero

O reitor Ubaldo, em seu pronunciamento, fala de um “novo normal”, de uma construção da UFSC a partir da pandemia. O professor Bruna-Romero também aponta que planejar uma retomada não significa pretender uma volta à normalidade, a um estado de coisas como tínhamos antes da pandemia. Segundo o professor, as pessoas têm dificuldades de lidar com a temporalidade dessas doenças que se estendem por muito tempo. “A gente fica com uma ansiedade enorme de estar isolado no domicílio, de não poder fazer as coisas que a gente fazia antes”.

Nesta fase da pandemia, provavelmente teremos que enfrentar vários meses de restrições e limitações de atividades. Estudos indicam, ainda, que o mundo poderá enfrentar outros episódios (ondas) da Covid-19 durante dois ou três anos. “Existe a possibilidade de termos que entrar e sair em períodos de isolamento, alternadamente”. Por isso, o professor salienta que todos devem pensar numa “nova normalidade”, que considere as possibilidades de trabalho remoto, atividades em grupos menores e outras formas alternativas de trabalho. “Isso leva à necessidade de planejamentos de processos, planejamentos institucionais”.

Diretrizes

Em um documento apresentado à Administração Central da UFSC, o grupo de pesquisadores propõe a adoção de algumas diretrizes e pressupostos a serem considerados no planejamento do retorno. Pode ser que outras orientações sejam apresentadas também pelos comitês responsáveis pelo planejamento.

Faixa etária – O estudo destaca que grande parte dos contaminados pela Covid-19 concentram-se numa faixa etária que compreende jovens e adultos (76% no grupo entre 20 e 59 anos), mas que a letalidade é maior em pessoas mais idosas (67% entre as pessoas com mais de 60 anos). Esses dados indicam que a preferência de retorno presencial deve ser dada às pessoas mais jovens.

Comorbidades – São outras doenças preexistentes. Nestes casos, é necessário observar especialmente portadores de doenças pulmonares crônicas, como a asma, cardiopatas e pessoas com diabetes e pressão arterial elevada. Independentemente da idade, essas pessoas têm mais riscos de desenvolver a forma grave da doença, por isso devem ser preservadas e receber um tratamento diferenciado. Ressalta-se, também, que a Administração Central estuda outras necessidades especiais, como a coabitação com pessoas idosas ou com comorbidades, ou ainda, famílias com crianças em idade escolar que não podem voltar às escolas em razão da pandemia.

Divisão em grupos – Essa proposta, baseada na experiência de alguns países que estão iniciando um processo de retorno às atividades econômicas e sociais, sugere a divisão dos grupos em subgrupos de 1/3. Nesta proposta, aplicada às aulas, um terço teria atividades presenciais pela manhã, um terço à tarde e um terço ficaria em casa, realizando atividades de forma remota. Essas proporções podem ser adaptadas à realidade da UFSC (um terço por semana, um terço por dia, a depender das características de cada curso ou setor). Pode-se inclusive adotar outras proporções, como 1/4 ou até menores. “Cada atividade deverá encontrar a melhor forma de divisão, mas continuarão em vigor as demais precauções, como o distanciamento entre as pessoas, a ventilação dos ambientes”, alerta o professor Bruna-Romero.

Passaporte de imunidade – Por falta de evidências científicas até o momento, os pesquisadores recomendam que a Universidade não adote o chamado “passaporte de imunidade” para dar preferência a essas pessoas no retorno às atividades. Em muitas doenças, os pacientes curados adquirem imunidade ao agente infeccioso. Mas isso não está comprovado para a Covid-19. Segundo o professor Bruna-Romero, apenas uma parte da população que enfrentou a doença adquire os anticorpos para ficar imune. “Observa-se que há pacientes reinfectados ou que se reativa neles a infecção poucas semanas após terem passado pela primeira”. Como não há dados confiáveis sobre o contágio e não é possível dimensionar a parcela da população que realmente ficou imune, o chamado “passaporte de imunidade” deve ser desconsiderado.

Informação – Segundo o professor Bruna-Romero, as pessoas que estão sujeitas à contaminação precisam saber a todo momento qual é a situação da doença. “A UFSC deverá se comunicar com seus membros de maneira intensa e extensa, para que eles saibam qual é o risco e como a Universidade está agindo a respeito disso”. Para isso, a UFSC deverá usar de recursos de comunicação e criar grupos para responder às dúvidas da comunidade. “Transparência e comunicação serão fundamentais para envolver a comunidade no retorno”.

Transição

O caminho até a nova normalidade deverá seguir três fases, segundo propõe o professor. Nas primeira fase, a de transição inicial, será preciso adaptar processos. “Não podemos mudar de hoje para amanhã todo o procedimento do que estava instituído na UFSC”, diz o professor, citando que existem planos de ensino, semestres a serem cumpridos e exigências legais e normativas que precisam ser observadas. “Temos que considerar o que já existe, absorver isso e adaptar para chegar à nova normalidade. Isso exigirá de todos altas doses de planejamento, vai requerer uma flexibilidade que às vezes não estamos acostumados”.

Após as adaptações, o estudo sugere uma fase de consolidação das atividades, um período para verificar se as adaptações dos processos e atividades acadêmicas e administrativas funcionam no novo formato, e recertificar as mudanças feitas. Se constatado que tudo isso funciona e atende às exigências e requisitos, isso será a nova normalidade.

Para a elaboração de um planejamento consistente será necessário “dissecar” a Universidade, segundo Bruna-Romero. “Nestes momentos de transição e consolidação a gente vai precisar conhecer a Universidade muito melhor do que a gente conhece na atualidade”, afirma. As atividades de cada um, de cada Centro de Ensino, cada matéria, cada tipo de especialidade, cada tipo de pesquisa terão que ser conhecidos em detalhes. Além disso, o planejamento deverá levar em conta o estado geral da saúde das pessoas da comunidade universitária, suas debilidades. “A universidade, por definição, é um universo de possibilidades, e a gente não conhece todas elas”.

Qualquer ação de retomada de atividades presenciais exigirá articulação com outras instituições e com as diferentes esferas de governo. O professor Bruna-Romero cita a relação de interdependência entre a UFSC e as cidades que abrigam seus campi. Haverá a necessidade de diálogo com as administrações dessas cidades a respeito do funcionamento dos transportes coletivos, das estratégias de alimentação da comunidade universitária, entre outros pontos. “Podemos precisar de várias adaptações no ambiente onde a Universidade está, e essas adaptações dependem da  colaboração das prefeituras”, destaca o pesquisador.

Uma das tarefas mais complexas do plano será estabelecer prazos e cronogramas, mas é certo que o planejamento deverá ter um horizonte de vários meses. Será necessário definir quanto tempo se levará nesse processo de retorno às atividades presenciais e também qual será o momento adequado para iniciar este retorno. Esse momento de início do retorno deverá ser definido primordialmente pelo risco à saúde das pessoas. “Não sabemos em que momento poderemos marcar a data inicial de retorno. Só poderemos marcar a data quando tivermos conhecimento suficiente para afirmar que não estamos colocando em risco a vida dos membros da UFSC”, ressalta o pesquisador. Para isso será preciso acompanhar a evolução da pandemia.

Aulas

Em relação às aulas e outras atividades acadêmicas, o retorno às atividades presenciais deverá cercar-se de vários cuidados. O distanciamento entre as pessoas é uma medida que deverá estar presente no cotidiano da Universidade durante muito tempo ainda, por isso deve-se evitar qualquer atividade que represente uma aglomeração. “Não poderemos ter aulas presenciais com a mesma quantidade de alunos juntos no mesmo espaço; não poderemos ter o Restaurante Universitário com a mesma quantidade de pessoas almoçando ou jantando junto ao mesmo tempo. A mesma coisa para a Biblioteca Universitária, festas e solenidades”, destaca o professor.

Além do distanciamento entre os alunos e destes com os professores, várias outras coisas devem ser consideradas para retorno às aulas presenciais, tais como a ventilação adequada das salas, a necessidade ou não do uso de máscaras por alunos e professores, a necessidade do uso de microfones, a forma de apresentação de perguntas. “Existem mecanismos de todo tipo para evitar o contágio dessa doença e deverão ser todos considerados”. 

Outro fator muito importante é o estado de saúde de todos os que estarão participando das aulas presenciais. Será necessário adotar medidas e cuidados para que nenhuma pessoa doente possa estar em sala de aula. “O conjunto de medidas deverá ser suficiente para a proteção de todos que estejam assistindo ou ministrando as aulas”.

Vídeo

A equipe da Agecom editou os principais trechos da entrevista, via internet, com o professor Oscar Bruna-Romero. Confira abaixo.

 

Saiba mais:
Site Covid-19 SC/Brasil

 

 

Luís Carlos Ferrari / Agecom / UFSC

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Artigo aponta subnotificação de casos de Covid-19 em Santa Catarina

01/05/2020 11:30

O alcance da pandemia de Covid-19 em Santa Catarina é muito maior do que as estatísticas oficiais mostram, aponta estudo de pesquisadores da UFSC, Univille e University of Waterloo (Canadá): a estimativa de uma das variáveis do trabalho é de 58.500  pessoas contaminadas com SARS-Cov-2 e de 117 mortes provocados pela doença. A outra aponta que a subnotificação no estado pode chegar a 300%.

Com o título “Estimativa da subnotificação de casos da covid-19 no estado de Santa Catarina”, o artigo assinado por André Nogueira (Univille), Christiane Nogueira (University of Waterloo), André Zibetti, Nestor Roqueiro, Oscar Bruna-Romero e Bruno Carciofi (UFSC) propõe duas abordagens sistêmicas para estimar os valores da subnotificação do número de óbitos e de indivíduos infectados pelo SARS-CoV-2.

Uma metodologia empregada se baseou na comparação do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados nas primeiras 16 semanas epidemiológicas de 2020 (até 26 de abril) ao número de casos confirmados de Covid-19 para o mesmo período em Santa Catarina. O número de casos também foi confrontado com a média dos registros de SRAG dos anos 2015, 2017, 2018 e 2019 no estado (os dados de 2016 não foram considerados devido ao surto epidemiológico da gripe Influenza (H1N1) ocorrido neste período). Nesta metodologia, a pesquisa leva em conta a possibilidade da duplicidade de registros, que pode ocorrer quando um paciente é registrado no sistema com SRAG, e, após recebimento de resultado positivo para o novo coronavírus, há contagem do diagnóstico para a Covid-19 sem a eliminação do registro anterior.
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‘Da rotina ao caos?’: cartilha orienta famílias na adaptação às rotinas durante a pandemia

29/04/2020 17:31

Para conter o avanço da Covid-19, em diversos países do mundo o distanciamento social tem sido a medida mais adotada. A repentina mudança no cotidiano de todos, diante dessa nova realidade, no entanto, ultrapassa o estresse individual decorrente do distanciamento social e eventuais novas modalidades de trabalho, estudo, repouso, convivência e lazer. Às famílias, o período pode marcar uma abrupta alteração nas rotinas e acordos anteriormente em curso, sobretudo quando há crianças pequenas.

A partir do relato de mães, pais e outros familiares em tempos de quarentena, os professores de Psicologia Marina Menezes (UFSC), Carina Nunes Bossardi (Univali) e João Rodrigo Maciel Portes (Univali) disponibilizam a cartilha que auxilia as famílias com crianças pequenas a reestruturarem suas atividades cotidianas durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

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Projeto da UFSC prevê plantio e doação de alimentos agroecológicos a famílias carentes

29/04/2020 14:10

Fazenda Experimental da Ressacada. Foto: Mandato Agroecológico do vereador “Marquito” e Edaciano Leandro Losch

Durante e após a pandemia do novo coronavírus, o cenário de desigualdade social no Brasil tende a aumentar drasticamente. Neste momento, é essencial que se busque alternativas e meios de produção e fornecimento de alimentos saudáveis e de qualidade, principalmente aos grupos sociais mais fragilizados.

Em uma parceria inédita entre o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Agroecologia da Fazenda Experimental da Ressacada (FER) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Câmara Municipal de Florianópolis – Mandato Agroecológico do vereador Marcos José de Abreu (“Marquito”), Marmitas Veganas, Campeche Solidário, Sociedade Internacional da Consciência de Krishna (ISKCON Brasil Sul), Instituto Compassos, Horta Comunitária do Parque Cultural do Campeche (Pacuca), C0vid-19 Floripa e Grupo Alimentação e Vida Alegre, nasceu o projeto de extensão “Produção de alimentos agroecológicos para famílias em situação de vulnerabilidade social em Florianópolis, SC: segurança alimentar em tempos de pandemia de Covid-19“. As refeições e cestas de alimentos irão beneficiar moradores carentes de Florianópolis e entorno, como também estudantes e trabalhadores da Universidade.
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Laboratórios da UFSC produzem álcool em gel 70%

28/04/2020 14:18

Os primeiros 250 litros de álcool gel 70% produzidos em laboratórios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para o esforço de combate ao coronavírus ficaram prontos na manhã desta terça-feira, 28 de abril: foram 100 litros no Laboratório de Farmacotécnica, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e 150 litros no Laboratório de Ensino de Química Analítica, no Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM). Na semana anterior, o Laboratório de Sanitizantes da instituição preparou 1.000 litros de álcool glicerinado 70.

A professora Angela Machado de Campos, do Departamento de Ciências Farmacêuticas, finalizou os primeiros testes de escalonamento da produção de álcool gel na quarta-feira passada, auxiliada por Simone Gonçalves Cardoso e Thiago Caon, colegas de departamento. Este álcool gel, explica Angela, é uma mistura de água, polímero, álcool 99,8% e uma glicerina umectante. A cada lote são produzidos três litros de gel, utilizando batedeira planetária ou um agitador mecânico – o polímero é dispersado na água e depois são misturados paulatinamente as outras substâncias. “É uma fabricação ainda em nível de laboratório. Quando chegar o álcool adquirido pela UFSC vamos utilizar o Laboratório de Sanitizantes, para a produção de lotes de 500 litros”, continua a professora, lembrando que a UFSC comprou e aguarda a chegada de matéria-prima. Ela comenta que, antes de terceirizar o fornecimento de insumos de limpeza (como sabonetes e detergente), a UFSC manufaturava neste laboratório artigos para consumo próprio – a estrutura, entretanto, permaneceu.

Angela ressalta a disposição das pessoas em colaborar. “Foi muita gente querendo participar”. Todos os materiais usados nesta primeira produção foram doados. O polímero foi doado pela empresa MC Química.  A Apufsc Sindical (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina) doou álcool na concentração que vai permitir a continuidade da fabricação. “Eles conseguem comprar e receber com mais rapidez que a UFSC”, diz.

 

Ajuda de estudantes de pós

Uma força-tarefa foi organizada no Laboratório de Ensino de Química Analítica, que inclui professores do Departamento de Química e alunos do Programa de Pós-Graduação em Química. O professor Eduard Westphal explica que o trabalho é realizado sempre em pequenos grupos, em torno de cinco pessoas. “Temos cinco agitadores mecânicos que permite que cinco pessoas trabalhem simultaneamente, mantendo um bom distanciamento dentro do laboratório. Cada integrante consegue fazer bateladas de cinco litros por vez, e algo em torno de duas por tarde. Num dos equipamentos podemos produzir até 15 litros por vez. Assim, a produção diária gira em torno de 80 litros do gel”. Além de evitar aglomerações, a ideia dos grupos pequenos, completa Eduard, permite que mais pessoas possam contribuir e ninguém seja sobrecarregado.

Em três dias de trabalho, enquanto durou a matéria-prima, foram 150 litros de álcool gel. “No início, o trabalho foi lento até que os alunos realmente aprendessem a técnica. Depois, engrenou e chegamos à produção de 80 litro. Mas aí acabou o álcool e não chegou a nova remessa ainda”, conta o professor.

A fabricação no Laboratório de Química utiliza água destilada, polímero, álcool (que pode ser 99,8 ou 92,8, dependendo da doação), glicerina e peróxido de Hidrogênio (que auxilia na eliminação de esporos e assepsia) “Temos espessante (polímero) para a produção de mais 900 litros do álcool gel 70%. Nosso gargalo é o álcool (99,8 ou 92,8). Nós já temos a garantia de algumas doações, mas elas ainda não chegaram até nós. Talvez essa semana consigamos ter acesso a mais uns 300 litros do álcool”, acrescenta Eduard.

Além de Eduard, os professores envolvidos até o momento na produção são Francisco Fávaro de Assis, Josiel Barbosa Domingos, Luiz Augusto dos Santos Madureira, Bruno Silveira de Souza e Tatiane de Andrade Maranhão. Eles são acompanhados de seis estudantes de pós-graduação: Priscila Pazini Abatti, Larissa Sens, Marcos Maragno, Caio Vanoni, Gabrieli Bernardi e Vania Mareze. “Outros professores e alunos já se voluntariaram para ajudar nas próximas produções. Alguns alunos já estão correndo atrás de possíveis empresas para que possam colaborar com doação de material. Então, estamos confiantes que logo voltaremos ao trabalho”, ressalta o professor.

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Ministério Público do Trabalho busca parceiros para ações de inovação e pesquisa sobre coronavírus

27/04/2020 10:28

O Ministério Público do Trabalho está buscando parceiros para a realização de ações de pesquisa e inovação referentes à pandemia de Covid-19. A Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da UFSC solicita aos interessados que preencham as informações solicitadas em https://forms.gle/Cd41y6xNWmmK7onS8

Os formulários recebidos pela Propesq até 4 de maio serão encaminhados ao MPT/SC, que irá selecionar as propostas para apoio financeiro. Não há limitação de valor por proposta, as quais serão contempladas de acordo com avaliação e disponibilidade orçamentária do concedente.

Mais informações pelo e-mail ddp.propesq@contato.ufsc.br.

 

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Professora do departamento de Medicina da UFSC explica como cuidar de doentes com Covid-19

24/04/2020 09:01

A professora do departamento de Medicina  da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Regina Valim, médica infectologista, orienta sobre as especificidades dos cuidados com as pessoas infectadas ou com suspeita de estarem contaminadas pelo novo Coronavírus. “A recomendação é que essas pessoas permaneçam, no domicílio, isoladas dos outros membros da família”, explicou Regina. “Todo seu lixo produzido necessita ser acondicionado de forma diferente e deve-se manter o ambiente em que a pessoa está higienizado de forma efetiva”, completou.

Foto: Nick Karvounis/Unsplash

Para a médica infectologista, todos os idosos (pessoas acima de 60 anos) e as pessoas que não exerçam serviço essencial e possam fazer home-office devem ficar preferencialmente em isolamento. Em alguns casos, o isolamento precisa ser ainda mais restritivo. Se o indivíduo constatar algum sintoma respiratório, febre, dor de cabeça, tosse, espirro ou coriza, deve ficar em isolado dentro da residência. “A pessoa que está sintomática tem que ficar restrita no seu quarto tendo acesso a um banheiro privativo. Não pode ficar circulando pela casa, pois irá colocar os outros membros da família em risco”, orientou.

Regina Valim esclarece que caso o doente não seja apto a cuidar de si mesmo, quem cuidar dessa pessoa deve se paramentar, ou seja, usar máscara, luva, uma roupa que funcione como um avental, como uma barreira, que depois ela tire e coloque pra lavar (veja as orientações da Organização Mundial de Saúde no quadro abaixo).
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Falta de laboratório e financiamento insuficiente impedem pesquisa sobre coronavírus na UFSC

22/04/2020 10:34

Os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) André Báfica, Daniel MansurJosé Henrique de Oliveira trabalham em pelo menos cinco projetos sobre o SARS-CoV-2, o novo coronavírus, mas encontram dois obstáculos principais: falta de um laboratório com nível de biossegurança 3 (NB-3)  e financiamento insuficiente.

Báfica explica que, para gerar conhecimento que combata o vírus, um local deste tipo é essencial: “É um laboratório altamente controlado, para que todos os patógenos em que você esteja trabalhando não saiam de lá pelo ar. No prédio novo do CCB (Centro de Ciências Biológicas), previmos a elaboração de um destes laboratórios. Está tudo pronto, mas, para funcionar, precisamos de equipamentos. (Entre eles) um que permita a manutenção da diferença de pressão e garanta que os patógenos fiquem contidos apenas naquele ambiente. O outro é uma autoclave de barreira, que através de altas temperaturas esteriliza  equipamentos e lixo antes de sair para o ambiente externo ”.

O financiamento necessário para o NB-3 da UFSC começar a funcionar gira em torno de R$ 1,5 milhão. Nas últimas semanas, os professores têm feitos reuniões remotas diárias para buscar grants e outras formas de recursos. Os professores apontam que um laboratório NB-3 não serviria apenas para estudar o coronavírus. “Poderia ser aplicado em diversas pesquisas da UFSC e, quando aparecesse outro patógeno desse porte, a UFSC estaria capacitada para entrar logo no início”, afirma Báfica.

A competência dos pesquisadores e outros colegas de departamento em ciência básica é ressaltada por Báfica. “O melhor jeito com o qual nosso grupo pode contribuir institucionalmente é fazer o que sabe melhor, ciência básica, que é o que vai nos tirar desta pandemia. Todo kit diagnóstico foi feito usando proteínas e genes do vírus e os anticorpos produzidos contra o vírus. Se quisermos ser protagonistas, temos que investir nisso”, aponta. O pesquisador lembra que a Coreia do Sul desenvolveu kits para testes, realizando experimento em tempo real, justamente nesta área. “Agora, o Brasil começa a comprar estes kits gastando na ordem de bilhão de reais (segundo rumores) sem ter gerado um único emprego no Brasil. Nós (cientistas brasileiros) poderíamos desenvolver os kits com este dinheiro. Só que, por inúmeras razões como a falta de governança, não se investe em ciência local neste momento”, conta Bafica.
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FAQ: tire suas dúvidas sobre o Vestibular 2020.2

17/04/2020 11:35

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) disponibilizou uma seção FAQ (Frequently Asked Questions) para sanar dúvidas dos candidatos em relação ao Vestibular 2020.2 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Serão ofertadas vagas para o curso de Medicina do campus de Araranguá, além das vagas remanescentes do Vestibular 2020 em diversos cursos de graduação.

O processo seletivo utilizará uma das notas – informada pelo candidato – do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) das edições de 2017, 2018 ou 2019. As vagas e a descrição do processo seletivo serão descritas, detalhadamente, por meio de edital a ser publicado em breve.

No endereço, o vestibulando pode obter informações sobre as mudanças ocorridas devido à pandemia da Covid-19, inscrições, cálculo de nota do Enem, cotas, entre outros. O canal será atualizado à medida que novas informações sobre o processo seletivo forem publicadas.

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PET Conexões de Saberes da UFSC informa sobre Covid-19 para comunidade surda

14/04/2020 09:29

Bolsistas do Programa de Educação Tutorial (PET) Conexões de Saberes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizam uma ação informativa sobre a Covid-19 destinada à comunidade surda. Estão sendo disponibilizados os vídeos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Instagram do Projeto Citrus.

A iniciativa é desenvolvida de maneira remota pelos estudantes: Carolina Rõgelin, Eduardo Dahas, Sheiliany Monteiro, Vitória Amâncio (Letras-Libras); Larissa Pena (Medicina); João Vitor Salvan (Ciências Sociais); Anna Momm ( Física); Nadine Saleh, Natália Sagaz (Arquitetura); e com o apoio da empresa Signa.Edu na preparação do intérprete.

A UFSC é um dos parceiros do Citrus por meio do Núcleo Interdisciplinar de Inovação em Design Universal (NIIDE-U), coordenado por Alexandra Augusta Pereira Klen e tendo como mentor o professor Edmilson Rampazzo Klen.

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Prae lança segunda etapa do Programa Emergencial de Apoio ao Estudante

13/04/2020 12:04

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC lançou um novo edital do Programa Emergencial de Apoio ao Estudante, que visa auxiliar alunos em situação de vulnerabilidade econômica. As inscrições estão abertas de 15 a 17 de abril. Todos os estudantes que quiserem receber o benefício deverão se inscrever, mesmo os que já receberam a primeira parcela. O valor do apoio emergencial é novamente de R$ 200,00 e visa atender alunos beneficiados pela isenção de pagamento das refeições do Restaurante Universitário.

Segundo o pró-reitor de Assuntos Estudantis, Pedro Manique Barreto, os critérios para recebimento do benefício são os mesmos do primeiro edital. Os recursos para esse pagamento vêm de uma suplementação orçamentária de R$ 1,2 milhão obtida junto ao Ministério da Educação (MEC) após solicitação do reitor Ubaldo Cesar Balthazar.
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Professor da UFSC traduz texto do filósofo Roberto Esposito sobre reações ao coronavírus

13/04/2020 11:17

O professor Andrea Santurbano (Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras e do Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC) traduziu texto do filósofo italiano Roberto Esposito sobre reações e consequências do coronavírus. A tradução está disponível no Blog da Literatura Italiana Traduzida no Brasil, projeto de extensão da UFSC.

Mais informações aqui.

 

 

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UFSC na mídia: Laboratório Fator Humano é destaque na Veja e no portal do MEC

13/04/2020 10:06
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Coronavírus: UFSC oferece atendimento de saúde mental para servidores

13/04/2020 09:01

Desde que a UFSC, os municípios e o Estado de Santa Catarina determinaram o isolamento social como medida de prevenção da Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus, os docentes e técnicos-administrativos em Educação da Universidade entraram em uma nova rotina de trabalho e convivência. Nesse contexto muitas pessoas se vêem sozinhas, longe dos familiares, isoladas dos colegas de trabalho e convivendo com notícias difíceis todos os dias. Manter a saúde mental se faz prioritário.

“São tempos de recolhimento e isolamento social, e que precisamos tentar tomar algumas medidas de higiene mental”, explica a psicóloga do Departamento de Atenção à Saúde da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (DAS/Prodegesp), Celi Ghislandi. 

O Departamento oferece, por meio da equipe psicossocial, atendimento aos servidores que estão em exercício de teletrabalho em suas casas ou estejam no exercício presencial de suas atividades. A indicação é de atendimento psicológico para minimizar a ansiedade e o estresse causado durante o enfrentamento da pandemia.

O atendimento é iniciado por e-mail. Basta entrar em contato com a psicóloga Celi Ghisland, pelos e-mails ghislandi.celi@gmail.com ou celi.ghislandi@ufsc.br. 

Para esclarecimento de demandas relacionadas a serviços, direitos e rede de atendimento, basta entrar em contato com a equipe da Divisão de Serviço Social, por meio do e-mail diss.prodegesp@contato.ufsc.br.

O DAS também preparou algumas recomendações para que os servidores da UFSC possam manter sua saúde o mais equilibrada possível, sem correr riscos desnecessários. Mais dicas de como manter sua saúde mental durante a pandemia podem ser acessadas no site da Organização Mundial de Saúde.

 

Cuide do seu corpo:

  • Prepare receitas saudáveis e saborosas;
  • Mantenha o seu sono em ritmo habitual, sendo suficiente e de boa qualidade;
  • Cultive um ambiente arejado e organizado, com iluminação adequada e as tarefas em dia. 

 

Cuide da mente e das emoções:

  • Converse, compartilhe com alguém os bons e maus momentos, saiba reconhecer e expressar seus limites, ouça música, cante e dance, escute podcasts, leia, pinte, cultive pensamentos que confiram proteção e segurança, procure agir com respeito, cautela e bom senso.

 

Cuide da espiritualidade:

  • Cultive a confiança e esperança de que a ordem e a saúde serão restabelecidas por meio da ciência e tecnologia, bem como pela união de esforços coletivos nessa direção;
  • Reze, ore, medite, desenvolva a gratidão e a coragem, dê e receba amor.

 

Para não esquecer:

Acolhimento e Atendimento Psicológico UFSC

Servidores Docentes e Técnicos 
ghislandi.celi@gmail.com
celi.ghislandi@ufsc.brEstudantes
psicologia.prae@contato.ufsc.br
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Análise de cientistas aponta expansão significativa da Covid-19 em Santa Catarina

10/04/2020 12:58

Um grupo formado por engenheiros e matemáticos da Universidade Federal de Santa Catarina (campi de Florianópolis, Blumenau e Joinville) e da Univille de Joinville, e pelo professor Oscar Bruna-Romero, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, preparou uma análise técnico-científica, encaminhada nesta sexta-feira, 10 de abril ao reitor da UFSC, Ubaldo Cesar Balthazar. O estudo aponta uma significativa expansão recente da Covid-19 no estado de Santa Catarina.

“Esses dados só confirmam e reforçam a seriedade e responsabilidade das medidas que estamos adotando.  Fiquem em casa”, reforçou o reitor da UFSC. Os dados serão encaminhados ainda nesta data ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

Os especialistas trabalharam com modelagem matemática e usaram os dados reais da infecção que está acontecendo em Santa Catarina, no Brasil e no resto do mundo. Os dados demonstram que, como provável consequência da retomada parcial das atividades no estado durante as últimas duas semanas, é possível observar, desde a quinta feira dia 1° de abril (ver gráficos abaixo), um aumento muito significativo e imprevisto no número de casos positivos para Coronavírus, que deverá continuar durante os próximos dias e semanas.

Da mesma forma, “o número registrado de óbitos por Covid-19 mais do que triplicou no nosso estado durante a última semana (passou de 5 para 18), mostrando que não é fácil evitar um desenlace trágico na evolução de muitos pacientes”.

A conclusão dos cientistas é que, em nenhum país até agora foi observada uma taxa de óbito da população geral inferior a 0,7%. “Nem nos países com a melhor tecnologia de diagnóstico e controle de espalhamento da infecção; isto representaria um número mínimo de mais de 1,4 milhão de mortes no país e mais de 50 mil mortes no estado de Santa Catarina”.

Portanto, escreve Bruna-Romero, “não existe qualquer justificativa científica para a flexibilização de medidas de isolamento social restrito (quarentena total) mantido até o controle da pandemia”.

>> Leia, na íntegra, o estudo encaminhado ao reitor da UFSC

Cenários

Os gráficos gerados a partir dos dados oficiais mostram que, até o dia 1° de abril, havia um efetivo “achatamento” da curva dos números de infectados.

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No entanto, após essa data, observa-se um aumento cada vez menos controlado dos casos. “Após o relaxamento do isolamento social (coincidindo com a ‘janela de infecção-patologia’ da Covid-19, ou seja o tempo desde que o vírus entra até que os sinais e sintomas aparecem) esse ‘achatamento’ desapareceu e a curva retomou uma tendência exponencial de crescimento, como pode ser observado a seguir”.

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‘Verticalidade Exponencial’

A nova curva, concluem os cientistas, “está atingindo as características (verticalidade exponencial) de países com altíssimo crescimento do numero de casos, como são a Itália ou os Estados Unidos (ver a seguir), e mostrando também que, ainda dentro do nosso país, temos no estado algumas das cidades com maior aumento do numero de casos”.

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Tendência

A mesma tendência da curva é observada também no cenário nacional. “Acreditamos que possa ser consequência de algum pronunciamento a respeito do relaxamento da quarentena proferido por alguma autoridade nacional entre os dias 24-26 de março (5-7 dias antes do efeito observado, como corresponde com a janela infecção-patologia da Covid-19)”.

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As conclusões do documento apontam que “a situação está longe de ser controlada”. O grupo reforça que “não existe qualquer justificativa científica para a flexibilização de medidas de isolamento social estrito (quarentena total) mantido até o controle da pandemia”.

“De posse destes dados, somente podemos concluir que está acontecendo uma aceleração descontrolada da curva epidêmica, e que a flexibilização da quarentena, sem a possibilidade de identificação dos infectados pela falta de testes diagnósticos, levará de forma irremediável à subsequente infecção de milhares de pessoas, e à convergência quase imediata com as terríveis taxas de contágio e morte associadas que estão sendo observadas em outros países do mundo”.

A indicação do professor Bruna-Romero é que haja “teste exaustivo de todos os possíveis indivíduos infectados e seus contatos próximos, somente permitindo uma liberação gradual e controlada de indivíduos curados ou que não representem riscos, após ter alcançado essa massiva capacidade diagnóstica”.

>> Leia, na íntegra, o estudo encaminhado ao reitor da UFSC

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UFSC na mídia: Estudantes de SC desenvolvem site para mapear casos suspeitos de coronavírus

09/04/2020 11:59

Do portal G1: “Dois jovens de Santa Catarina desenvolveram um site que mapeia casos suspeitos de coronavírus e informa os dados relativos à doença de cada país. A plataforma foi criada pelos catarinenses Bruno Surdi Oliveira, natural de Videira, na Serra, e Luan Felipe Sievers, de Mondaí, no Oeste.e acordo com Bruno, que é formado em Química na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e atualmente estuda no Canadá, a iniciativa é uma forma simples de coletar informações para representar o panorama de cada região”.

Confira a matéria completa aqui.

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UFSC normatiza formaturas antecipadas para cursos da saúde

08/04/2020 15:44

A Câmara de Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta quarta-feira, 8 de abril, uma Resolução Normativa que regulamenta as colações de grau antecipadas de caráter excepcional, para os cursos de Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia. As colações de grau foram flexibilizadas para esses cursos devido à necessidade de mais profissionais da área da saúde para o enfrentamento da emergência de saúde pública causada pelo novo Coronavírus.

A medida é válida durante o primeiro semestre de 2020 e abrevia a duração dos cursos, em caráter excepcional, em atenção à Medida Provisória nº 934/2020 e à Portaria nº 374/2020 do Ministério da Educação (MEC). Segundo a Resolução, compete ao aluno, de forma espontânea e voluntária, optar por solicitar ou não sua colação de grau de forma antecipada à respectiva coordenadoria de curso. É necessário assinar uma “Solicitação de colação de grau antecipada, livre e esclarecida”, conforme modelo anexo à Resolução (acesse pelo link) e enviá-la eletronicamente à sua respectiva coordenadoria de curso.

Têm direito a pleitear a colação de grau antecipada os alunos do curso de graduação em Medicina que tiverem cumprido 75% da carga horária do internato médico (do período total previsto de dois anos) e os alunos dos cursos de Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, que tiverem cumprido 75% da carga horária de estágio curricular obrigatório (do período total de 20% da carga horária total do curso).

 

Mais informações:
Resolução Normativa

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Professor da UFSC participa de iniciativa pelo lockdown na Espanha

08/04/2020 12:43

Pesquisadores ao redor do mundo assinaram uma carta ao governo da Espanha para que endurecesse as medidas de isolamento social e promovesse o lockdown do país, em decorrência das contaminações pelo novo Coronavírus. O professor Oscar Bruña-Romero, que é espanhol e leciona no Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP/CCB) da UFSC é um dos 62 signatários.

“O presidente espanhol só fez o lockdown no país depois dessa carta”, explica o professor. O documento acompanha um estudo, que foi publicado na revista científica britânica The Lancet. O lockdown é um protocolo que estipula um bloqueio de emergência, impedindo que pessoas ou informações saiam de uma área.

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Parcerias possibilitam produção de álcool 70 pela UFSC

08/04/2020 07:00

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), através da colaboração de professores, laboratórios e doadores, irá produzir 6.000 mil litros de álcool 70, entre glicerinado e em gel, nas próximas semanas.

A iniciativa é um esforço de professores, técnicos e pesquisadores para evitar a propagação do novo coronavírus e contou com doações de um tipo de polímero  necessário para o álcool em gel (da MCQuímica através da intermediação do doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química Dioney Neves com Luiza Morikawa, diretora da empresa) e de garrafas de álcool (do departamento de Física). O trabalho contou ainda com a participação de docentes e servidores técnico-administrativos dos departamentos de Química e Física, além do pessoal terceirizado e da Secretaria de Segurança Institucional.

Os contatos começaram a partir da Pró-Reitoria de Pesquisa, que mapeou os locais onde poderiam ser produzidos estes produtos. Entretanto, a falta de produtos no mercado atrasou a produção – as equipes esperavam a doação do polímero, que chegou nesta terça-feira, 7 de abril, à UFSC. O vice-diretor do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Nilton Branco, informa que, como a necessidade de produção de álcool gel irá continuar, interessados em realizar doações podem enviar e-mail para nilton.branco@ufsc.br, tatiane.maranhao@ufsc.br, hellen.stulzer@ufsc.br e bruno.souza@ufsc.br

A professora Angela Machado de Campos, do Departamento de Ciências Farmacêuticas, explica que etanol 70, concentração com melhor assepsia,  servirá de base para o álcool glicerinado (líquido) e álcool gel. “O gel se consegue pela adição de um polímero, principal diferença entre eles. O polímero mais utilizado para a preparação do gel, que consta da formulação oficinal do Formulário Nacional da Anvisa, está em falta no mercado, sem previsão, o que demandou alguns testes para avaliar outros polímeros”, explica a professora.

O álcool glicerinado será produzido no Laboratório de Sanitizantes, do Departamento de Ciências Farmacêuticas, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) sob responsabilidade do farmacêutico Nilson Amaro.
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Saiba mais sobre álcool 70 e sua importância no combate ao coronavírus

07/04/2020 16:56

Dúvidas sobre álcool e o novo coronavírus? Professora do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Tatiane de Andrade Maranhão respondeu à Agência de Comunicação da UFSC algumas das perguntas mais comuns sobre álcool em tempos da pandemia de Covid-19: O que é álcool 70? Por que ele é importante para o combate ao coronavírus? Misturar álcool líquido com gel de cabelo ou gelatina funciona? Álcool gel pega fogo? Que cuidados devemos ter?

Confira o vídeo:

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Coronavírus: UFSC prorroga suspensão de todas as atividades presenciais até 30 de abril

07/04/2020 10:57

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publica nesta terça-feira, 7 de abril, Portaria Normativa nº 357, que prorroga a suspensão das atividades acadêmicas e administrativas presenciais até o dia 30 de abril. A medida unifica o período de suspensão, já que as aulas, por conta de Decreto estadual estão suspensas em Santa Catarina até 19 de abril e as atividades administrativas vinham sendo suspensas por períodos de uma semana.

“A decisão se ampara em todos os indicadores gerados por especialistas, segundo os quais o ‘pico’ da curva de expansão do contágio deve ocorrer em torno do dia 20 de abril”, explica o reitor, Ubaldo Cesar Balthazar. Como a UFSC suspendeu as aulas inicialmente no dia 16 de março e depois, com o Decreto estadual, esse período foi ampliado até o dia 19 de abril, houve um movimento especialmente de estudantes de volta para casa. Mais de 30% dos alunos da UFSC têm residência familiar fora das cidades em que estudam.

A partir da ampliação da suspensão das atividades também os setores técnicos e administrativos podem manter-se por mais tempo desenvolvendo atividades remotas – quando possível – e assim preservar o isolamento social, estratégia confirmada por autoridades sanitárias como essencial para conter a propagação em massa. “Insistimos que, o fundamental nesse momento e nos próximos dias e semanas, é cuidarmos de nossa saúde e de nossos amigos e familiares. Ficar em casa”, reforça o reitor.

Desde que houve a suspensão, a UFSC tem demonstrado que está atuando firmemente no combate à pandemia. São inúmeros os projetos de pesquisa e investigação que geram soluções e ações voltadas à segurança, realização de exames, medidas de prevenção, atividades de solidariedade. Além disso, com o fechamento dos Restaurantes Universitários, a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) instituiu um programa emergencial, para subsidiar com bolsas os estudantes com cadastro sócio econômico situado na faixa dos mais vulneráveis.

“Temos tido esse cuidado, com estudantes que dependem das refeições e que, neste momento, demanda ainda mais apoio”, diz o pró-reitor da Prae, Pedro Manique Barreto. Além da bolsa, que terá um segundo edital em abril, já foram destinadas cestas básicas aos estudantes da Moradia Estudantil e do alojamento indígena, e remetidos mais de uma tonelada de alimentos a cada um dos outros quatro campi da UFSC. A PRAE, com apoio do Diretório Central dos Estudantes (DCE), segue nesta semana com mais uma ação de distribuição de seis toneladas de alimentos.

“Como eu disse há duas semanas, a Universidade não está parada. Estamos trabalhando, e muito, para manter nossa instituição voltada à preservação de vidas, nosso bem mais importante e essencial”, diz o reitor.

>> Leia, na íntegra, a Portaria Normativa nº 357/2020/GR

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Coronavírus: chamada nacional destinará R$ 50 milhões para pesquisas sobre a Covid-19

07/04/2020 09:52

Está aberta a chamada de apoio a pesquisas que visem ao enfrentamento da Covid-19, suas consequências e outras síndromes respiratórias agudas graves. A iniciativa é uma parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (Decit/SCTIE). Ao todo, serão destinados R$ 50 milhões.

A chamada prevê ainda a possibilidade de participação das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs) a partir de cofinanciamentos a propostas selecionadas cujas instituições-sede estejam em seus respectivos estados. A Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) poderá apoiar os projetos de pesquisadores catarinenses aprovados na chamada nacional.

Linhas de pesquisa apoiadas

As propostas apresentadas devem seguir um dos temas definidos pela chamada. Os projetos apoiados pelo MCTIC poderão ser integrados à Rede Vírus MCTIC.
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Coronavírus: servidor da UFSC produz vídeos em Língua Brasileira de Sinais

06/04/2020 17:05

Uma das principais ferramentas contra a disseminação do Coronavírus é a informação de qualidade, mas há um público que tem pouco acesso a essas informações e orientações produzidas pelos especialistas: as pessoas surdas e que se comunicam somente na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Pensando nestas pessoas, o servidor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Carlos Grahamhill Maciel de Moura tomou a iniciativa de elaborar vídeos sobre a Covid-19 em Libras.

Inicialmente, os vídeos são produzidos de forma simples, com poucos recursos e sem edição, nos estúdios da TV UFSC. Lá são gravadas lives na rede social Instagram. Esse formato foi pensado de modo a minimizar o deslocamento e aglomeração de pessoas no estúdio, levando em conta as estratégias de distanciamento social. “Porém, percebemos que um número grande de pessoas queriam visualizar este conteúdo num outro momento do dia, por isso começamos também a disponibilizar o material gravado no YouTube, com livre acesso para todos”, diz o servidor. Assim surgiu o canal do Youtube Viva Mais Libras.

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