Unesco aprova projeto da UFSC para criação da cátedra Antonieta de Barros

23/10/2023 18:08

Painel de Antonieta de Barros no Centro de Florianópolis. Foto: Divulgação

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) aprovou a criação da Cátedra Antonieta de Barros: educação para a igualdade racial e combate ao racismo, proposta por um grupo de professores(as) e pesquisadores(as) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) liderados pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos. O anúncio da aprovação ocorreu em 15 de outubro, Dia do Professor, data comemorativa instituída por um projeto da própria Antonieta de Barros, primeira deputada negra de Santa Catarina.

A criação de uma cátedra de combate ao racismo e promoção da igualdade racial está prevista na Resolução Normativa nº 175/2022/CUn, que estabelece a política de enfrentamento ao racismo institucional na UFSC. Um dos objetivos da cátedra, elencados no projeto apresentado à Unesco, é justamente o de “analisar o impacto do racismo na universidade e contribuir na formulação e implementação de políticas curriculares multidisciplinares para inclusão da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena na formação de profissionais das diferentes áreas”.

De acordo com a definição apresentada no site da instituição, uma cátedra Unesco é uma equipe liderada por uma instituição de ensino superior ou pesquisa que faz parceria com a Unesco em um projeto para promover o conhecimento e a prática em uma área de prioridade comum. Na UFSC, essa equipe é integrada por professores(as) e pesquisadores(as) de nove programas de pós-graduação (Interdisciplinar em Ciências Humanas, História, Educação, Direito, Física, Saúde Coletiva, Relações Internacionais, Psicologia e Antropologia Social).
(mais…)

Tags: Antonieta de BarrosCátedraCátedra Antonieta de Barros: educação para a igualdade racial e combate ao racismoCátedra UnescoDia do Professoreducaçãoenfrentamento ao racismoUFSCunescoUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC divulga homenagem a docentes no Dia do(a) Professor(a), 15 de outubro

15/10/2023 06:21

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulga a seguinte homenagem aos docentes:


Homenagem ao Dia do(a) Professor(a).

A Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) parabeniza todos os/as professores e professoras da instituição pelo Dia do Professor, comemorado neste 15 de outubro. Enaltece o trabalho e a dedicação destes atores, que muitas vezes exercem sua atividade em condições difíceis, e que são em grande parte responsáveis pela qualidade e reconhecimento que a Universidade desfruta ante a sociedade, haja vista a qualidade dos egressos da nossa instituição.

A Universidade tem hoje cerca de 40 mil alunos e oferece todos os níveis de ensino, desde a educação infantil até a pós-graduação. É um grande desafio atender a todos esses públicos diferenciados, e isso só é possível com o empenho de todos os docentes, com o decisivo apoio dos técnicos administrativos.

O ensino é um dos pilares de atuação da Universidade, com forte inserção social. A UFSC luta para oferecer um ensino de qualidade, e nesse processo aperfeiçoa suas abordagens pedagógicas, buscando sempre atuar como uma instituição aprendente, especialmente junto com os/as estudantes.

Que a educação, a ciência e a tecnologia coloquem-se sempre em prol do desenvolvimento, da paz entre os povos e do bem-estar humano, social e da natureza. E que jamais deixemos de esperançar por um país e um futuro melhor para esta e para as próximas gerações.


 

Tags: Dia do Professordocentedocente UFSCgestãohomenagemUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC divulga mensagem em homenagem ao Dia dos Professores

15/10/2021 08:45

Neste 15 de outubro, data em que celebramos o Dia do Professor(a), o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, e a vice-reitora, Cátia Regina de Carvalho Pinto, homenageiam os docentes da instituição com a seguinte mensagem:

Há exatamente um ano destacávamos, no Dia do Professor, nossa homenagem a todos os professores e professoras da UFSC que, com muita dedicação, aceitaram os desafios impostos pela pandemia. E hoje, mais do que reforçar tal menção, a data nos remete à importância cada vez maior de nosso trabalho como docentes.

Para além das dificuldades que já vencemos, ainda restam outras, igualmente desafiadoras: defender ardorosamente a educação, a pesquisa e o conhecimento. A pandemia tirou mais de 600 mil vidas no país, assistiu a negação da ciência, presenciou a dúvida quanto às medidas de prevenção e vimos nosso trabalho dura e falsamente combatido.

Que o Dia do Professor represente nossa firme resistência às ameaças à Educação, à Ciência e à Tecnologia no Brasil, fortalecendo nossa crença no trabalho de formação de cidadãos e cidadãs que nos cabe.

Ubaldo Cesar Balthazar e Cátia Regina de Carvalho Pinto

Tags: Administração CentralDia do ProfessorUFSC

Reitor e vice-reitora divulgam mensagem aos professores da UFSC

15/10/2020 14:47

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, e a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann divulgaram mensagem em homenagem ao Dia do Professor:

“O ano de 2020 está sendo profundamente marcado pelos efeitos da Pandemia do Covid-19.
O distanciamento físico, como medida sanitária, desafiou toda a sociedade a buscar alternativas para a readequação das atividades cotidianas à nova realidade.
A docência não foi exceção. Professores tendo que adequar programas de ensino e metodologias para permitir que nossos estudantes pudessem continuar com seus estudos, mesmo com a suspensão das atividades presenciais.
Este esforço não foi em vão.
Mesmo remotamente, as atividades acadêmicas continuam a funcionar adequadamente e, por todo isto, não poderíamos deixar de render uma homenagem a todos os professores e professoras desta casa que, com muita dedicação, aceitaram o desafio imposto pela pandemia.
São um exemplo de resiliência e dedicação.
Parabéns Professores e Professoras de toda a UFSC!!!
Professor Ubaldo Cesar Balthazar e Professora Alacoque Lorenzini Erdmann”

Tags: coronavírusDia do ProfessorreitoriaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Aos mestres, com carinho: relatos sobre a arte de ensinar e os desafios da docência em tempos de pandemia

15/10/2020 10:57

Ao ouvir as palavras professora e professor, Klay Silva, que faz estágio na Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descreve o que vem à mente: uma figura acolhedora e disposta a orientar dúvidas que surgem. Não apenas sobre a matéria que leciona – destaca a jovem -, mas sobre a vida e suas dificuldades e vitórias. “Penso naquela pessoa com voz firme e carinhosa, que passeia nas salas de aula e procura no olhar dos alunos as perguntas inquietas que guiam o propósito da sua profissão”, afirma a futura jornalista. 

Com o olhar sensível de Klay e os depoimentos que permeiam este texto, a UFSC homenageia todos os mestres – para que recebam, neste simbólico 15 de outubro, o carinho da comunidade universitária e o reconhecimento pelo trabalho primoroso prestado à sociedade. 

Segundo dados da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a Universidade Federal de Santa Catarina conta com 2.419 professores efetivos do magistério superior e 119 professores efetivos do magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) – 99 no Colégio de Aplicação (CA) e 20 no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Ao todo, a instituição soma 109 professores substitutos contratados – 93 atuam no ensino superior e 16 na educação básica. 

“Uma sociedade que valoriza a educação reconhece o papel do professor. Com o sentimento de gratidão, reconhecemos a importância do trabalho que desempenham na nossa universidade. O corpo docente, constituído por professores efetivos e substitutos, tem papel fundamental para o cumprimento da missão institucional, promovendo a formação de pessoas e o desenvolvimento da sociedade”, pontua o pró-reitor de Graduação da Universidade, professor Alexandre Marino Costa.

Durante a pandemia de covid-19, as atribuições dos docentes revestem-se de novas configurações para atender às demandas do ensino remoto na UFSC e instituições de ensino brasileiras. As salas de aula, que costumeiramente reuniam saberes e olhares em manhãs, tardes e noites nos campi, deram lugar aos ambientes virtuais, acessados por meio das telas dos computadores e celulares. O atual cenário apresenta aos professores o desafio de instruir à distância – em meio à instabilidade dos sinais de conexão à internet e ao aprendizado de ferramentas digitais.

Professores buscam, nesse contexto, métodos pedagógicos acessíveis para compartilhar conhecimentos, com atenção especial àqueles que vivenciam a falta de acesso à tecnologia. Silenciosamente, os profissionais adaptam-se a novas rotinas, reformulam planos de aula e metodologias, e intensificam o compromisso com o ensino democrático, ético e sensível às necessidades dos estudantes.

Sérgio, professor da UFSC desde 1993. Foto: Arquivo pessoal

De acordo com Sérgio Peters, professor do Centro Tecnológico (CTC), até março de 2020 parte dos professores do centro de ensino não usava recursos digitais em aulas. Com a cultura de promover encontros para trocas de experiências docentes, a partir de abril 2020 as reuniões passaram a ser semanais e ter como foco o ensino não presencial – com o envolvimento de alunos de pós-graduação e técnicos-administrativos em Educação (TAEs). Compartilhar estudos, descobertas, testes e dinâmicas de aulas foi o objetivo do grupo, que participou ativamente com proposições para a construção do modelo de ensino remoto na UFSC. 

“Os professores se superaram, fizeram a preparação, acharam seus caminhos e colocaram em prática recursos digitais em suas vidas acadêmicas. A maioria está gravando e disponibilizando as aulas. Temos muitas histórias inspiradoras – professores que adaptaram câmeras, que filmam folha de papel e transmitem pela plataforma utilizada. Alguns usam mesas digitalizadoras, outros gravam aulas previamente, disponibilizam antes e agendam aulas síncronas para dúvidas e discussões. Outros usam podcasts e recursos mais avançados”, exemplifica Sérgio, há 27 anos professor da UFSC.

O docente do CTC afirma que oportunizar revisões e defesas das avaliações, para entender melhor o que os alunos entregam nas tarefas, tem gerado maior empatia entre estudantes e mestres. Sérgio e os colegas estão atentos aos desafios que os alunos enfrentam. Local de estudos, acesso a equipamentos e novas dinâmicas em suas casas são exemplos citados.

Para Patrícia Della Méa Plentz, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical), é dia de celebrar o profissionalismo e a dedicação.Em um ano atípico e desafiador, ver os colegas engajados em ressignificar a docência – desbravando os recursos tecnológicos para atender os alunos – e ampliando os limites do conhecimento com suas pesquisas e projetos nos faz sentir ainda mais orgulho do ofício. Mesmo em um momento político conturbado e difícil para as universidades, com cortes financeiros de toda ordem e questionamentos infundados sobre nosso papel na sociedade, seguimos em frente cada vez mais fortes”.

Desde criança, Cristiane Derani sabia o que gostaria de ser quando crescesse: professora. A pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade fala do entusiasmo que sente com o fluxo de aprender, investigar, transmitir e reaprender. Para ela, o conhecimento rejuvenesce. O motivo? Ele não tem fim. Mais do que profissão, considera a docência uma arte, um ideal. Um estado de alma. “Ser professor é acreditar no ser humano e no universo, é criar a partir da dúvida, da insatisfação e da esperança. A pós-graduação da UFSC reúne professores com essas características em todas as áreas do conhecimento. O conhecimento não se esgota e é construído coletivamente – expande-se sem ocupar o espaço, mas preenche tudo o que falta, responde ao que se indaga, satisfaz com novas buscas”, reflete. 

Andressa escolheu a docência inspirada pelos mestres da graduação, do mestrado e do doutorado na UFSC. Foto: Arquivo pessoal

Entre os momentos marcantes que Andressa Sasaki Vasques Pacheco viveu na instituição, a memória que guarda com carinho de uma colação de grau no polo de ensino de Jacuizinho (RS). “A cidade tem uma população de pouco mais de dois mil habitantes. No dia da colação dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, tínhamos mais de 400 convidados no ginásio local. Todos os alunos nos agradeceram muito, e destacavam como o nosso trabalho foi importante e que puderem realizar o sonho de cursar uma graduação em uma universidade”.

Andressa tornou-se professora efetiva da UFSC em 2011 e, desde então, ministra disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação em Administração. Ela coordena o projeto LINC Digital, que, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) promoveu capacitações a docentes para o ensino não presencial. “Nessa experiência, meus ‘alunos’ foram os colegas de profissão. Alguns, inclusive, foram meus professores. A cada curso que oferecíamos, víamos o empenho e dedicação de colegas que estavam se reinventando e dando o seu melhor para que pudéssemos realizar o nosso trabalho da melhor forma possível neste período desafiador”.

“As letras embaralham os olhos, mas iluminam o caminho com as palavras, como dizia minha vó, que completou 116 anos em 2020″, afirma Josué. Foto: Arquivo pessoal

Publicitário, mestre em Memória Social, doutor em Educação e  pós-doutor em Museologia. Durante um ano e meio, até agosto de 2020, Josué Carvalho atuou como professor substituto no curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC. É filho de mãe indígena Kaingang e pai italiano, que desejavam que fosse médico, mas nunca impuseram o caminho. “Após atuar um tempo como professor, minha mãe perguntou enquanto eu especulava meu pai sobre as formas que ele media a terra sem não ter tido acesso aos números: ‘Por que você quis ser professor? Você nunca cansa de ler e perguntar!’ Minha avó, que estava fazendo seu cesto com a matéria-prima que ela mesma havia retirado da mata (há uns 15 anos), disse: ‘Então você não sabe? É porque ele precisa atravessar a ponte e, quando você conta as coisas a ele, ele não se perde e encontra os caminhos – e também não se perde pra voltar para casa”.

Com essa lembrança, Josué reflete sobre o papel dos professores, expressa preocupação ao fazer referência a tempos nebulosos vividos no País e chama atenção para a importância de enxergar a “ponte” que os profissionais representam. “Não nasci professor, fui forjado. E sou porque acredito, sim, que pela educação podemos ter uma sociedade livre, não alienada. Educação como liberdade de si e não para formação de vítimas de um sistema. Feliz nosso dia! Que continuemos a construir pontes”, defende.

“Ser docente é disseminar e compartilhar o conhecimento, poder contribuir com a evolução e transformação da sociedade”. Fabiana leciona no campus da UFSC em Blumenau. Foto: Arquivo pessoal

Ser uma universidade de excelência e cada vez mais inclusiva é um dos objetivos da UFSC, firmado na visão institucional. Fabiana Schmitt Corrêa, mestre em Linguística, é uma das responsáveis por impulsionar o ensino de Libras na Universidade. Nascida e criada em Blumenau, com irmã também surda e com pais ouvintes, desde criança foi orientada a utilizar somente a língua portuguesa em casa. Aos 22 anos, na graduação em Pedagogia, Fabiana aprendeu a língua de sinais. 

Fazer parte da primeira turma de Letras Libras da UFSC e vivenciar a acessibilidade por meio das aulas foram marcos que a impulsionaram à carreira acadêmica. A sala de aula não foi sua primeira escolha, revela. “Eu amo ensinar e amo a língua de sinais. Durante a minha trajetória, as duas coisas se encontraram. Foi amor à primeira vista e o casamento deu certo”, brinca a professora, que vê na docência um meio de transformação social.  Fabiana leciona disciplinas de Libras e Educação Especial nas Licenciaturas em Química e em Matemática no Campus da UFSC no Vale do Itajaí.

Patrícia, docente e enfermeira da UFSC. Foto: Arquivo pessoal

Patrícia Klock, docente do curso de Enfermagem e há 14 anos enfermeira do Hospital Universitário (HU), nasceu sem uma perna. A profissional, que sente orgulho de ter cursado graduação, mestrado e doutorado na UFSC, fala sobre as responsabilidades do espaço que ocupa e sobre o comprometimento que tem com a sociedade. “Ser docente, buscar construir uma carreira em que aspectos pessoais de ter uma deficiência física são desafiadores, atrelados ao significado que a UFSC representa na sociedade, é um compromisso. Com a universidade pública e gratuita, que investiu na minha formação; com o quanto minha história impacta na vida dos alunos, como alguém que já vivenciou o quanto cursar uma graduação exige dedicação, criatividade e superação. Busco exercer a empatia e o acolhimento com cada aluno que passa pela minha caminhada me transformando e me oportunizando trocas únicas e singulares”.

Para Klay, aluna da UFSC em formação por meio do ensino remoto, a celebração do Dia do Professor nos convida a olhar o que as telas não mostram. “É bom sentir que os professores continuam a luta pelo ensino e pelo saber de forma genuína, mesmo com as dificuldade acentuadas pela rotina do ensino remoto e pela falta que o contato humano causa”, resume, agradecida e esperançosa.

Curiosidades e símbolos

O ensino no Brasil nem sempre foi organizado com professores à frente do quadro e alunos em fileiras

Segundo o professor Ademir Valdir dos Santos, do Departamento de Estudos Especializados em Educação (EED) da UFSC, até o início do século XIX, a maior parte dos professores adotava o ensino individual. “Esta metodologia tem a preocupação de fazer ler, escrever e calcular a cada aluno em separado, um após o outro. Exige que o aluno recite a lição enquanto os demais trabalham em silêncio, sozinhos. Neste caso, o professor dedica poucos minutos a cada um”, detalha. A partir da metade do século XIX, o método monitorial, que surgiu na Inglaterra e na França, chegou ao Brasil. Com o método, o professor ensinava o conteúdo a alguns alunos, que tinham mais facilidade em aprender o conteúdo. E os monitores repassavam o conhecimento aos demais. 

Presentear a professora com uma maçã

Por vezes associada aos professores, simbolicamente a maçã remete ao conhecimento. A explicação: quando cortada ao meio, transforma-se em um pentagrama (símbolo do saber). Ademir explica que a fruta está relacionada, também, à lei da gravidade e à sabedoria, em referência à história da maçã que teria caído sobre a cabeça do físico inglês Isaac Newton. Outra teoria simbólica faz menção à representação de Adão e Eva e a vontade do ser humano de ter acesso ao conhecimento. A explicação mais recente estaria ligada a uma possível tradição iniciada entre os séculos XVI ao XVIII. A maçã era um dos alimentos mais comuns na Europa. Oferecer a fruta como compensação pelo trabalho mal remunerado era a solução que os pais encontravam para retribuir os professores.

Ademir acrescenta uma curiosidade: “interessante observar que o termo em inglês para ‘puxa-saco’ (bajulador, adulador) é apple-polisher, ou seja, aquele que dá polimento à maçã, que esfrega a fruta para que a casca brilhe mais antes de oferecê-la ao professor”.

Como surgiu a lousa? 

A grande lousa fixa na parede, de frente para os alunos, é uma invenção relativamente recente. Em 1800, James Pillans, diretor da Escola Superior de Edimburgo, na Escócia, queria mostrar mapas maiores nas aulas de geografia e teve a ideia de unir placas de ardósia, formando o quadro negro. A lousa surgiu para substituir materiais como o papel e a pena de ganso e enxugar os custos. Com o feito, foi possível reunir número maior de pessoas em sala. Do latim, a palavra professor e significa “pessoa que declara em público”. 

E a coruja? 

Por influência da mitologia grega, a coruja representa a sabedoria. A deusa Atena, divindade associada à inteligência, ao senso de justiça e às artes, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como um momento para o pensamento filosófico e a revelação intelectual – por ser uma ave noturna, a coruja tornou-se representante da busca pelo saber. 

Ademir Valdir dos Santos é líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação e Instituições Escolares de Santa Catarina (GEPHIESC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSC. O docente aborda aspectos da história de instituições escolares nas redes sociais, pelo perfil @ademhistoria no Instagram.

Texto: Jornalista Bruna Bertoldi Gonçalves, com a participação das estagiárias de Jornalismo da Agecom Klay Silva, Hillary Marcos e Virginia Witte

Tags: ApufscCADcorujaCTCDia do ProfessorlousamaçãPPGEprogradPROPG

TV UFSC estreia o documentário ‘Professor Aníbal’

09/10/2020 10:18

Documentário é dirigido por Zeca Pires. Crédito: Divulgação

No Dia do Professor, a TV UFSC estreia o documentário Professor Aníbal, dirigido por Zeca Pires e produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina, por meio da TV UFSC e do Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte). A apresentação do filme será às 14h30 do dia 15 de outubro (quinta-feira), com reprise no dia seguinte (sexta) às 22h30, e outra exibição no domingo (dia 18) às 13h30.

O documentário aborda o legado e a vida do professor Aníbal Nunes Pires (1915-1978) e é também uma homenagem a todos os professores. Aníbal participou do Grupo Sul, como um dos seus mentores, e foi diretor da Revista Sul durante toda sua existência (1947-57), e deixou legado como professor. No decorrer de sua carreira, atuou como docente em várias instituições em Florianópolis, como Colégio Catarinense, Colégio Coração de Jesus, Instituto Dias Velho, Escola Técnica, UFSC e Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Na UFSC foi o primeiro pró-reitor de Assistência e Orientação ao Estudante e, na Udesc, foi um dos criadores do Curso de Educação Artística, época na qual foi diretor da Faculdade de Educação.

Professor Aníbal Nunes nos anos 50. Crédito: Divulgação

Um dos entrevistados do documentário, o professor de história da educação da Udesc Norberto Dallabrida, analisa no filme: “Pesquisando a carreira do professor Aníbal, é possível traçar um histórico do ensino secundário em Florianópolis nos períodos de 1940/50”.

Professor Aníbal tem trechos de alguns discursos do mestre como homenageado de várias turmas na voz do dramaturgo e ator Antônio Cunha, a interpretação do Poema da Recordação, por Cláudia Barbosa, e a narração em primeira pessoa do diretor e filho do protagonista, Zeca Pires.

Para o artista plástico e poeta Rodrigo de Haro, “o professor Aníbal foi, na cidade, em minha juventude, o poeta, o humanista, um precursor no plano da relação entre pedagogo e discípulo, e dotado dessa qualidade indispensável e rara, a capacidade de despertar a inteligência”. Segundo Zeca Pires, “o projeto para esta produção foi ambicionado há muito tempo, construído com as conjunturas e as dificuldades de cada época”.
(mais…)

Tags: Aníbal Nunes PiresDia do ProfessorProfessor AníbalSecretaria de Arte e Cultura da UFSC (SeCArte)TV UFSCzeca pires

Mensagem do reitor Ubaldo Cesar Balthazar no Dia dos Professores

15/10/2019 20:04

Aos Docentes da UFSC

Caras(os) colegas professoras(es),

Quando iniciei a vida profissional como docente da UFSC, no longínquo dia 1º de março de 1978, não fazia a menor ideia que hoje, 15 de outubro de 2019, estaria me dirigindo a cada um dos atuais 2.649 docentes da instituição.

Também jamais imaginei ser reitor da UFSC, após mais de 40 anos de contribuição como docente. E que passaria um “Dia do Professor” diante de tamanhos desafios e ameaças.

A UFSC de meu ingresso transformou-se na 4ª melhor universidade federal brasileira. E está, como todas as demais IFES, no alvo de medidas e ações restritivas, que nos desqualificam, nos abalam e nos transformam em “inimigos”.

Mas não nos derrotam.

Neste 15 de outubro, em reconhecimento a cada um de nós docentes, que desmentem todos os dias as falsas notícias que nos atribuem, meus parabéns!

E o apoio incondicional por cada dia de sala de aula, de laboratório, de funções administrativas, de extensão, de pesquisa, de orientação, de seminários, simpósios, debates, congressos.

Pelas horas dedicadas em casa, pelos momentos de abdicação ao convívio da família, pelas noites insones, nossa mais profunda admiração e respeito.

Que continuemos fazendo de nosso ofício a ferramenta mais preciosa para construir uma nação equilibrada, socialmente justa e culturalmente forte. Uma sociedade plural, saudável e sem medo.

15 de outubro de 2019
Ubaldo Cesar Balthazar
Reitor

Tags: Dia do ProfessorUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Reconhecimento e gratidão pelo Dia do Professor

13/10/2017 11:06

A Administração Central da UFSC expressa, pela passagem do Dia do Professor, 15 de outubro, sua gratidão e reconhecimento ao trabalho dos docentes da UFSC que tanto contribuíram e contribuem para traduzir a educação como um valor cidadão. E que perseguem cotidianamente os objetivos de transformar a sociedade por meio de seus exemplos e atitudes.

Parabéns a todas e todos que defendem a justiça, o respeito às diferenças e a serenidade, em busca de um mundo cada vez mais tolerante e solidário.

Parabéns, professoras e professores.

Alacoque Lorenzini Erdmann
Reitora da UFSC, em exercício

Tags: Administração CentralAlacoqueDia do ProfessorreitoraUFSC

Homenagens ao Dia do Professor

17/10/2016 10:30
Tags: Dia do ProfessorUFSC

Dia do Professor: estudantes destacam a importância dos professores em sua formação

14/10/2016 18:09
Professora Eneida Oto Shiroma, do curso de Pedagogia da UFSC. Foto: Daniela Caniçali.

Professora Eneida Oto Shiroma, do curso de Pedagogia. Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

Em homenagem ao Dia do Professor, perguntamos a alunos de diversos cursos da UFSC sobre os professores que marcaram suas vidas. Esses depoimentos reafirmam o importante papel que os profissionais da educação cumprem na sociedade.

Bruno Senra Sinésio e Silva, Letras – Inglês

“José Roberto Basto O’Shea foi um professor incrível! Ele é excelente, leva o trabalho muito a sério, é extremamente dedicado. Todos os professores e alunos do curso gostam muito dele. Ele tem muito conhecimento e ótima didática. Fiz apenas duas matérias com ele, infelizmente. Tive outros professores muito bons mas, para mim, ele é realmente o melhor. Ele me ensinou a nunca desistir. Sua trajetória de vida é a prova de que, se você se esforçar, você consegue conquistar seus objetivos.”

Arthur Ardino Dobler, Artes Cênicas

“Aprendi muito com a professora Elisana De Carli, nas disciplinas Teoria das Artes Cênicas I e II. Ela tem um domínio enorme da teoria e é muito verdadeira na forma de ensinar. Quando não sabe de algo, ela diz ‘não sei, tenho que pesquisar’ e depois nos indica as melhores leituras. As aulas dela foram muito boas. Ela me ensinou que é importante continuar averiguando sempre, pois muitos fatos são na verdade especulações. Devemos ter em mente, como pesquisador, que não é possível dizer que temos 100% de certeza. Isso me motivou a considerar as coisas como algo que ‘está por enquanto’, pois futuramente posso mudar totalmente de ideia. É importante estar aberto ao conhecimento sempre.”

Professor Werner Kraus, do curso de Engenharia Elétrica. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC.

Professor Werner Kraus, do curso de Engenharia Elétrica. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Giovana Barros Gomes, Filosofia

“A professora Marina dos Santos, que ensinou Ética, Ontologia e História da Filosofia I foi muito importante para mim. Ela ensina com clareza, mostra a importância da matéria e nos faz realmente compreender o assunto. Ela trata os alunos de igual pra igual, quase como se fosse uma amiga, ao mesmo tempo em que é nossa professora.”

Lucas Ozéias, 22 anos, Enfermagem

“A professora que mais marcou minha graduação foi Susane Lopes, de Histologia, na primeira fase do curso. Ela demonstrava saber como é ser aluno, ela se importava, se colocava no nosso lugar.”

 Yeo Jim Kinoshita Moon, 21 anos, Farmácia

“Alessandra Smaniotto, que me deu aula de Química Analítica Teórica, foi a melhor professora que tive. O pessoal da Farmácia tem muita dificuldade com contas. Ela não só ensinava bem, mas repetia quantas vezes fosse preciso. As aulas eram muito boas, ela sentava ao nosso lado e perguntava se tínhamos entendido. Nenhum outro professor foi tão atencioso com os alunos quanto ela.”

Mariah Roussenq Bonelli Neves, 19 anos, Farmácia

“O professor que mais me marcou positivamente foi o Oscar Bruna Romero. Dava pra ver nos olhos dele que ele realmente gostava do que estava fazendo.”

Professor Mauro Titton, do curso de Pedagogia da UFSC. Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC.

Professor Mauro Titton, do curso de Pedagogia. Foto: Daniela Caniçali/Agecom/UFSC

Isabella Coelho, 20 anos, Farmácia

“O professor Flávio Reginatto, das aulas de Farmacognosia e Análise Farmacopeica, marcou minha graduação. Ele realmente tem o dom de ensinar, cativa os alunos de maneira descontraída e consegue ser amigo ao mesmo tempo em que ensina. As aulas dele são encantadoras. Ele é uma pessoa iluminada, sabe transferir com excelência o que sabe. A cada aula retomava os conteúdos ministrados nas aulas anteriores para relembrar os alunos e nos ajudar a memorizar o conteúdo. Tenho grande admiração por este professor, ele me inspira a querer ser uma boa profissional e ter o mesmo amor pela profissão que ele tem.”

Luiz Fernando Vieira Alves, 21 anos, Direito

“A Aline Beltrame de Moura é uma professora nova, que se esforça muito para que os alunos entendam a matéria. Ela é bem acessível, muito didática e carismática. As aulas dela são dinâmicas e ela sabe o momento de ser mais descontraída.”

Beatriz Clasen, 20 anos, Jornalismo

“Uma professora que me marcou foi a Valci Zuculoto. Ela tem milhares de coisas para fazer, mas sempre tem tempo para ajudar e ensinar um pouco de tudo que sabe, do jornalismo e da vida! O que aprendo com ela diariamente é muito importante e vai fazer diferença na minha vida.”

Tainan Toldo, 19 anos, Jornalismo

“Cárlida Emerim, sem dúvida! Ela me dava o ânimo que eu precisava toda semana. Eu podia estar me sentindo mal com tudo, mas quando chegava na aula dela, eu me esquecia dos problemas. Ela sabia me deixar focado naquilo será meu futuro.”

 Maria Julia Schweitzer, 22 anos, Ciências Contábeis

“Uma professora que marcou minha formação foi a Valdirene Gasparetto. Ótima profissional, com uma postura ética e séria em sala de aula, sempre centrada, desenvolvendo atividades de maneira didática, facilitando nosso aprendizado. Admiro ela por sua inteligência e dedicação.”

 Ion Neto, 20 anos, Ciência da Computação

“O professor que mais me marcou foi o Daniel Santana, da disciplina Introdução à Matemática Discreta. Desde o primeiro dia de aula, na primeira fase, ele incentivava o uso de softwares livres, reforçava o papel da universidade na construção de um conhecimento voltado para o nacional e não só para o exterior. Ele sempre incentivou os alunos a pensar na capacidade de excelência que a ciência da computação brasileira pode ter sem precisar ser somente um serviço para grandes potências.”

Anna Carolina Uhlemann, 20 anos, Engenharia Mecatrônica – Joinville

“Eu gosto das aulas da professora Viviane Lilian Soethe porque ela ensina com paixão e isso nos motiva muito. Ela conta sobre quando estava no nosso lugar e de como é importante se dedicar, fazer as coisas acontecerem para ter um bom resultado lá na frente. Ela fala a nossa língua, tenta sempre fazer com que a gente se interesse pelo que está ensinando. A relação não é só de professor-aluno, não tem aquele ar de superioridade. Ela conversa e tenta saber como a gente está, procura ter um feedback.”

Jéssica Zanella, 24 anos, História

“O que eu mais admiro nos meus professores é a força de vontade, a inteligência e principalmente a dedicação com a universidade, com as pesquisas, e com os alunos. Em alguns casos, eles ‘adotam’ os alunos, ajudando não só na vida acadêmica, mas nos seus problemas de vida. Ser professor na situação em que o Brasil se encontra é um ato revolucionário. É ir contra tudo e contra todos, para melhorar a situação de vida e buscar novos horizontes para várias pessoas. Isso deve ser muito gratificante, quando você pode contribuir para uma transformação na vida de alguém. Eu admiro esse dom que eles têm.”

Depoimentos coletados por Bruno Rosa, Gabriel Daros, Giovanna Olivo, Manuella Mariani, Matheus Pereira / Estagiários de Jornalismo da Agecom/UFSC

Tags: alunosdepoimentosDia do ProfessorestudantesUFSC

Dia do Professor: homenagem aos fundadores do ensino superior em Santa Catarina

14/10/2016 17:32

DestaqueOs bustos, muitas vezes, não merecem a atenção dos que passam. Muitos desconhecem aqueles rostos estáticos em meio ao movimento frenético da vida moderna. A solidez dos traços não expressam as ações pioneiras dos personagens ali esculpidos. Para que suas identidades não sejam esquecidas, nem suas realizações, a série “Nossos Monumentos” traz alguns recortes da história por trás dessas obras de arte na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A representação de uma pessoa tem por finalidade recriar a sua fisionomia o mais próximo possível da realidade. Esse estilo acadêmico, inspirado nas escolas europeias, não é mais tão usual. No Campus Florianópolis da UFSC, bairro Trindade, há três esculturas do tipo em homenagem a três ilustres catarinenses: José Arthur Boiteaux, Henrique da Silva Fontes e João David Ferreira Lima. A de Boiteaux encontra-se no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ); as outras duas, na Praça da Cidadania, em frente à Reitoria.

Fazenda Assis Brasil - atual campus universitário - foto acervo UFSC

Fazenda Assis Brasil, atual Campus Florianópolis. Acervo UFSC

Os bustos são uma forma de eternizar a atuação desses três professores, com formação em Ciências Jurídicas, que foram os alicerces da educação superior em Santa Catarina. São nomes igualmente importantes para o nascimento e a trajetória da UFSC.

A história deixa lacunas, inevitavelmente. A memória da instituição, em seus primeiros passos, deve ser resgatada e fielmente registrada, pois as conquistas alcançadas por cada um, cada qual no seu tempo e possibilidades, tornaram possível o surgimento de uma instituição federal, pública e gratuita – a primeira do estado. E mais, foram os responsáveis no passado, por a Universidade ser, no presente, referência dentro e fora do país.
(mais…)

Tags: Dia do ProfessorHenrique da Silva FontesJoão David Ferreira LimaJosé Arthur Boiteauxnossos monumentosUFSC

Dia do Professor: mensagem do Reitor

14/10/2016 17:30

Dia do Professor - Destaque-01A Administração Central da UFSC reconhece, no trabalho de seus docentes, o esforço para transformar conhecimento em soluções, educação em cidadania, ensinamentos em exemplos, atitudes em qualidade de vida, num ambiente plural e democrático.

No Dia do Professor, manifestamos o nosso orgulho por dirigir uma instituição que conta com pessoas que fazem do dia a dia um exercício constante na busca por uma sociedade tolerante, solidária e colaborativa.

Parabéns, professoras e professores.

Luiz Carlos Cancellier de Olivo
Reitor da UFSC

Tags: Dia do ProfessorMensagem do reitorUFSC

Dia do Professor: entrevista com entidades sindicais

14/10/2016 16:55

As organizações sindicais que representam os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – o Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc) e a Seção Sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/UFSC) – responderam às perguntas sobre o Dia do Professor.

Presidente da Apufsc, professor Wilson Erbs

apufsc1 – Como a Apufsc comemora a data do dia 15 de outubro? Alguma programação especial para este ano?

A Apufsc sempre comemora o Dia do Professor em todos os campi da UFSC onde o Sindicato mantem sedes: Florianópolis, Araranguá, Curitibanos e Joinville. Em Florianópolis, este ano, a comemoração acontece dia 21 de outubro, às 21h, com um coquetel dançante no Lagoa Iate Clube (LIC). A festa já é uma tradição e é realizada todos os anos com uma participação expressiva de professores. Em Araranguá, a homenagem será no dia 19 de outubro, às 19h, com um coquetel na sede local da Apufsc. No dia 28 de outubro, às 18h30, ocorre a celebração em Joinville, com um churrasco na sede local do Sindicato. A comemoração em Curitibanos foi no dia 7 de outubro, com um churrasco na sede campestre do Pinheiro Tênis Clube.

2 –Na atual conjuntura brasileira, como está a valorização e o reconhecimento profissional do professor?

Os problemas dos professores no Brasil são antigos, como a falta de reconhecimento por parte dos governantes, salários baixos, condições precárias de trabalho e baixa valorização do trabalho.  Mas podemos dizer, também, que tivemos alguns ganhos nos últimos anos, como, por exemplo, a recente aprovação da lei nº 13.325/2016, que dispõe sobre reajuste e reestruturação das carreiras dos servidores públicos da Educação, incluindo os professores do Magistério Superior (MS) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT), com reajuste salarial de 5,5% em agosto de 2016 e de 5,0% em janeiro de 2017, além de aumentos nos benefícios, como auxílio-alimentação, assistência à saúde e assistência pré-escolar.

A lei também trata temas específicos como a progressão e promoção funcionais nas carreiras devidas, a partir da conclusão dos interstícios, desde que cumpridos os requisitos necessários pelo professor e o fim da exigência de conclusão do estágio probatório para a mudança de regime de trabalho, entre outros ganhos. Especificamente aqui na UFSC, a Apufsc vem lutando pelos direitos à progressão funcional dos professores. Depois de encontros entre dirigentes sindicais e a Reitoria, a Universidade publicou portaria afirmando que as datas das progressões e promoções serão aquelas em que ocorrer o fechamento de seus interstícios aquisitivos. O sindicato também ingressou, em abril de 2015, com ação coletiva visando a assegurar aos docentes os efeitos financeiros – inclusive retroativos – e funcionais das progressões a partir do preenchimento dos requisitos legais.

3 – Qual é a principal pauta que o sindicato defende para a categoria docente na UFSC?

A Apufsc defende, de maneira intransigente, as conquistas e os direitos dos professores. Também luta pela melhoria da carreira e dos salários dos docentes do ensino superior e do EBTT. Outro ponto é com relação ao empenho do sindicato pelas melhorias das condições de trabalho dos professores, além de atuar de forma permanente na assistência jurídica e na promoção da saúde dos seus afiliados.

4 – Qual a mensagem do sindicato para os professores da Universidade?

A Apufsc estará sempre presente na defesa da valorização dos professores das universidades federais de Santa Catarina, que precisam ter seu trabalho reconhecido, pois somos profissionais agentes de transformação da sociedade catarinense e brasileira. Para o sindicato, é um orgulho ter em seu quadro de afiliados pessoas tão qualificadas e que colocam a UFSC no topo das melhores instituições de ensino.

Por isso, a pauta constante da Apufsc é por uma remuneração justa, com expectativa de futuro, condições físicas e humanas para o trabalho e um um bom plano de carreira, itens fundamentais para o necessário reconhecimento dos professores, que são os principais responsáveis pelo sucesso da UFSC. Conclamamos, ainda, que os professores se unam ao sindicato, que é uma das formas de lutar pelos direitos da categoria.

 

Presidente da Seção Sindical Andes/UFSC, professora Célia Regina Vendramini

andes1 – Como a seção sindical do Andes-SN na UFSC comemora a data do dia 15 de outubro? Alguma programação especial para este ano?

Considerando a desvalorização dos professores em curso e os brutais ataques à educação brasileira, neste ano a comemoração do dia do professor será com luta e resistência, em defesa da universidade pública e do trabalho docente.

2 – Na atual conjuntura brasileira, como está a valorização e o reconhecimento profissional do professor?

Os professores de todos os níveis de ensino estão sofrendo um dos maiores ataques da história deste país, por meio de um conjunto de medidas/ações de ajuste fiscal que afetam o seu reconhecimento profissional e as possibilidades de realização do seu trabalho. A começar pela PEC 241, que congela os gastos no serviço público por 20 anos – incluindo salários dos servidores, progressão na carreira, concursos e verbas –, os cortes orçamentários que afetam o funcionamento das atividades de ensino, pesquisa e extensão na Universidade e aceleram os processos de privatização; os projetos de lei em tramitação nos âmbitos federal e estadual em torno da “escola sem partido”, uma iniciativa ultraconservadora que visa cercear o trabalho do professor e ameaçar o ambiente acadêmico que se faz a partir do debate plural de ideias; a medida provisória 747, que, de forma autoritária, altera o ensino médio no que diz respeito ao currículo, disciplinas, carga horária, professores.

Nossos cursos de licenciatura serão diretamente afetados com o reconhecimento do “Notório Saber” (qualquer profissional não licenciado pode exercer o magistério) e a extinção da obrigatoriedade das disciplinas de Sociologia, Filosofia, Artes e Educação Física; por fim, a burocratização e o produtivismo acadêmicos que levam à precarização do trabalho docente.

3 – Qual é a principal pauta que o sindicato defende para a categoria docente na UFSC?

Defesa da carreira docente e valorização salarial, com estruturação da carreira segundo os regimes de trabalho, a titulação, os níveis e o desenvolvimento na carreira (progressões), e a relação destes com percentuais que geram a malha salarial; carreira única para os professores da educação básica e do ensino superior; progressão automatizada na UFSC; reposicionamento dos aposentados no nível relativo ao topo da carreira no momento da aposentadoria; condições objetivas de realização do trabalho docente, no que diz respeito à infraestrutura (salas de aula, laboratórios, equipamentos, livros, materiais pedagógicos, entre outros) e à organização institucional que combata o assédio moral, a burocratização de nossas atividades, o ambiente competitivo – os quais levam ao excesso de trabalho e ao adoecimento docente; defesa do caráter público e gratuito da Universidade.

4 – Qual a mensagem do sindicato para os professores da Universidade?

Convidamos os professores para as ações de mobilização e luta em defesa da universidade pública e pela valorização do trabalho docente. Dia 25 de outubro é o Dia Nacional de Luta dos Servidores Públicos e da Educação, com mobilização e paralisação. E, para enfrentarmos os ataques conservadores e privatistas em curso, temos como desafio a construção da greve geral dos trabalhadores dos setores público e privado, indicada para o dia 9 de novembro.

Somos uma categoria com grande responsabilidade social na formação humana de profissionais e pesquisadores; na produção de conhecimento comprometido com as necessidades de nosso país em todas as áreas do conhecimento; e na socialização mais ampla, para além dos setores privados, da ciência aqui produzida. Ensinar a pensar, criar e transformar faz parte de nossa atividade. E precisamos preservá-la.

 

 Agência de Comunicação da UFSC
agecom@contato.ufsc.br / (48) 3721-9601

Tags: Andes/UFSCApufscDia do ProfessorUFSC

Comunidade do CED promove atividades comemorativas do Dia do Professor

14/10/2014 11:40

A comunidade do Centro de Ciências da Educação (CED), composta pelos departamentos de Estudos Especializados em Educação (EED), de Metodologia de Ensino (MEN), de Ciência da Informação (CIN), pelo Colégio de Aplicação (CA) e pelo Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), convida a comunidade universitária e geral para atividades de celebração, confraternização, políticas e culturais da Semana e Dia do Professor.
(mais…)

Tags: CEDDia do ProfessorUFSC

Evento no CED celebra o Dia do Professor

15/10/2013 17:32

Fotos: Jair Quint/Agecom/UFSC

O Centro de Ciências da Educação (CED) da UFSC promoveu, na tarde desta terça-feira, 15 de outubro, uma comemoração pelo Dia do Professor. Em seu quarto ano, o evento teve como objetivo celebrar essa data que homenageia esta classe tão importante, além de lembrar as condições precárias de trabalho enfrentadas pelos profissionais da educação.
(mais…)

Tags: CEDcomemoraçãoDia do ProfessorUFSC