UFSC prepara retorno de práticas de ensino e estágios presenciais na Saúde

09/07/2021 16:57

O planejamento inclui medidas de distanciamento. (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

O Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está trabalhando para liberar alguns espaços físicos  para o retorno de atividades de ensino práticas. O planejamento para o retorno destas atividades práticas está sendo realizado de forma gradual, com base no Guia de Biossegurança e na Resolução Normativa 90/2021 da Câmara de Graduação da UFSC. O objetivo é iniciar com os estágios clínicos do curso de Odontologia, o que permitirá que pacientes que estavam sendo atendidos antes da pandemia possam retomar os seus tratamentos gradativamente.

Os planos de atividades envolvem as Clínicas Odontológicas, o Laboratório de Procedimentos, o Laboratórios Pré-Clínicos, a Radiologia, a Central de Esterilização, entre outros ambientes que estão sendo preparados para possibilitar o desenvolvimento das atividades de forma segura. Professores, estudantes e técnicos envolvidos com os setores de atendimento já estão imunizados contra a Covid-19, e foram convidados a participar das atividades clínicas presenciais. Apenas os que se sentirem seguros irão participar, mediante a assinatura de um Termo de Livre Esclarecimento, conforme preconiza o Guia de Biossegurança da UFSC.

“O planejamento está sendo realizado com muita prudência e respeito às normas de biossegurança, baseadas principalmente no distanciamento social, higiene e uso dos equipamentos de proteção apropriados. Programa-se um retorno gradual e seguro. A retomada dos atendimentos clínicos e práticas de ensino possibilitará cumprir a responsabilidade social da UFSC com a entrega de novos profissionais à sociedade, além da retomada da assistência à saúde que o CCS oferece à população”, ressaltou o diretor do Centro de Ciências da Saúde, Fabrício Neves.

(Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

“O trabalho conjunto, buscando soluções dentro da própria instituição parece ser o melhor caminho para planejarmos juntos uma transição tranquila e segura. Exige tempo, cautela, diálogo, e a compreensão de que os estágios e as atividades práticas dos cursos da saúde são atividades essenciais. A UFSC, como instituição, reafirma sua responsabilidade neste momento de crise que a saúde pública está enfrentando em todo o mundo. Por isso, a grande maioria das atividades de ensino seguem remotamente, como determina o Guia de Biossegurança da UFSC, atualizado em junho”, reforça o pró-reitor de Graduação da UFSC, Professor Daniel Vasconcelos.

O pró-reitor esteve no CCS na manhã desta sexta-feira, 9 de julho, para acompanhar as atividades de preparação. Durante a visita, Daniel elogiou a integração das equipes do Centro para adequar todas as atividades às recomendações da Administração Central. 

Mobilização

Medidas como a sinalização dos ambientes com as recomendações de biossegurança, e circulação de pessoas e adaptações físicas para o distanciamento social estão sendo tomadas. Para isso, o CCS contou com o apoio do Laboratório de Design e Usabilidade e o Núcleo de Gestão de Design, coordenados pelo professor Eugênio Merino, do Departamento de Design e Expressão Gráfica, do Centro de Comunicação e Expressão (EGR/CCE), e dos programas de pós-graduação em Design e em Engenharia de Produção. 

Sinalização com orientações sobre uso do espaço físico, e uma tecnologia de rastreamento desenvolvido por pesquisadores da UFSC são algumas das medidas adotadas (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

Com participação da SeTIC-UFSC e apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex), um aplicativo, o CheckIn@UFSC, desenvolvido pelos professores Jônata Tyska Carvalho e Mateus Grellert da Silva, do Departamento de Informática e Estatística do Centro Tecnológico (INE/CTC), e pelo analista Guilherme Gerônimo, da SETiC, fará o monitoramento de quem entra, quem sai, e utiliza os espaços. 

O CheckIn@UFSC é um sistema que monitora as possibilidades de exposição à Covid-19, usando dispositivos móveis. Basta acessar o QR-Code pela câmera do celular, fazer o check-in e check-out nos espaços. O sistema então detecta os contatos daquele ambiente, para que, caso haja alguém infectado, os usuários que tiverem sido potencialmente expostos ao vírus possam ser notificados. Todo o rastreamento ocorre de forma anônima, garantindo a proteção à privacidade dos usuários. 

“A abordagem permite uma resposta rápida, com a quebra da cadeia de transmissão e acesso a informações possibilitando a tomada de decisão em tempo real sobre a necessidade de testagem e de isolamento social, de acordo com o nível de contato de um indivíduo com infectados,” explica Fabrício. A tecnologia foi disponibilizada pelos professores do INE para o uso no CCS. “Ficamos muito satisfeitos em poder contar com mais esse aliado, desenvolvido na própria casa”, salientou o diretor do CCS. 

A TV UFSC, por meio do diretor Cledison Marques, colaborou com a iniciativa criando vídeos explicativos sobre os fluxos de trabalho.

Pôsteres com orientações foram elaborados pelos Laboratório de Design e Usabilidade e o Núcleo de Gestão de Design (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

“Tudo precisa estar alinhado, bem conversado, e bem integrado entre os estudantes, os professores e os técnicos do CCS. Tudo está sendo planejado com cuidado para evitar dúvidas e para preparar a comunidade do CCS para o retorno gradual”, complementou o diretor.

 

>> Conheça o Guia de Biossegurança da UFSC em coronavirus.ufsc.br

 

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Pesquisa da UFSC analisa influência de substâncias psicoativas em acidentes de trânsito com vítimas fatais

09/07/2021 10:00

Estima-se que no país 40 mil pessoas morram todos os anos em consequência de acidentes de trânsito. Esse dado divulgado em levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o Brasil como o quarto país mais violento no trânsito no mundo e alerta que o tema é uma questão emergente de saúde pública.

Com o objetivo de compreender um recorte dessa situação, a pesquisadora Ellen Marcelina Spillere Scheeren defendeu, em maio deste ano, a dissertação intitulada Influência de substâncias psicoativas no trânsito: prevalência em vítimas fatais na região sul de Santa Catarina. O trabalho, cuja temática é pioneira no estado, foi desenvolvido no Mestrado Profissional em Farmacologia (PPGFMC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a orientação da professora Alcíbia Helena de Azevedo Maia, do Departamento de Patologia do Centro de Ciências da Saúde (CCS).

Resultados do trabalho apontam necessidade de revisão da legislação brasileira. Foto: Clark Van Der Beken/Unsplash

A pesquisadora, que também é servidora pública do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP/SC), firmou uma parceria com a instituição e analisou registros policiais e laudos toxicológicos das vítimas fatais de acidentes de trânsito que foram atendidas pelo Instituto Médico Legal do IGP da cidade de Tubarão, entre os anos 2015 e 2018. A análise identificou 219 vítimas fatais, sendo que 60% delas haviam utilizado pelo menos uma substância psicoativa. No que diz respeito às substâncias detectadas, aquelas que aparecem com mais frequência são: álcool (45%); fármacos para aliviar a ansiedade e insônia, como benzodiazepínicos (12%); cocaína (9%); maconha (7%); e outros (6%) – este último grupo inclui analgésicos opioides, fármacos antidepressivos e anfetaminas.

Em um quarto dos casos foi identificado o uso de álcool associado a outra substância psicoativa. Esses resultados geram preocupação e sinalizam a expressividade da combinação de tais substâncias: “Mais da metade das vítimas haviam consumido alguma substância psicoativa e, dentre estas, 41% havia consumido medicamento para a ansiedade (benzodiazepínicos), 30% havia consumido cocaína, 25% maconha e 5% analgésicos opioides”, explica a pesquisadora. 

Os psicoativos são substâncias químicas presentes em drogas lícitas e ilícitas e que têm como foco de ação o sistema nervoso central. Seu consumo causa alterações no funcionamento do cérebro e reflete em mudanças temporárias no humor, comportamento e percepção. 

A pesquisa desenvolvida pela mestranda da UFSC traça o perfil predominante dos acidentes com vítimas fatais: a maior parte ocorre aos finais de semana, no período noturno; 85% das vítimas são do sexo masculino, 69% condutores de motocicleta, automóvel ou caminhão; e a maioria tem entre 25 e 40 anos. Outro dado relevante do estudo foi que 52,6% das vítimas que deram positivo para cocaína haviam consumido a substância na forma de crack (fumada). “Pode ser um indício da popularização do crack entre parcelas mais favorecidas da sociedade e não apenas moradores de rua ou em condições mais economicamente precárias”, aponta Ellen.

Os resultados do trabalho apontam a necessidade de revisão da legislação de trânsito brasileira, de forma a favorecer testes de fiscalização para as demais substâncias psicoativas, além do álcool: “A pesquisa é uma forma de incentivo para estudos futuros e subsídio para implementação de tecnologias utilizadas na detecção de substâncias psicoativas no trânsito”, avalia a pesquisadora. Ellen explica que essas tecnologias estão em fase de desenvolvimento no Brasil e podem ser uma forma de reduzir acidentes fatais, a exemplo do que já ocorre em países como Alemanha, Austrália e Nova Zelândia.

Por se tratar de um tema com expressivo interesse social, parte do estudo consistiu no desenvolvimento de um infográfico por meio de aplicativo para a divulgação dos resultados com o intuito de conscientizar os condutores e profissionais sobre o impacto no número de vítimas fatais no trânsito em decorrência do consumo de substâncias psicoativas: “Junto a essa divulgação, deve-se lembrar da importância preventiva das campanhas de conscientização para acidentes de trânsito, que recebem pouca atenção e investimento”, finalizou.

Klay Silva/Estagiária de Jornalismo na Agecom/UFSC

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UFSC emite nota oficial sobre Curso de Extensão

07/07/2021 12:53

A Administração Central da UFSC emitiu, nesta quarta-feira, 7 de julho, uma Nota Oficial, na qual esclarece acerca da atuação da Universidade no desenvolvimento agrícola de Santa Catarina e do Brasil, e repudia críticas ao curso de extensão “Reforma Agrária Popular, Agroecologia e Educação do Campo: alimentação e educação no enfrentamento ao agronegócio e às pandemias”.

Confira, abaixo, a nota na íntegra.

Nota Oficial

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vem a público repudiar veementemente as narrativas construídas de forma midiática e enganadora, acerca de um de seus cursos de extensão, promovido pela Licenciatura e Educação do Campo, do Centro de Ciências da Educação (CED). 

A UFSC valoriza a pluralidade de ideias, o debate e a construção coletiva da realidade, eixos que estão na gênese da universidade pública, e que há mais de 60 anos fazem parte da atuação histórica desta instituição. Sustentada nos pilares do Ensino, Pesquisa e Extensão, a UFSC não se resume a um ou outro projeto. Se formos considerar a atuação da Universidade apenas no que diz respeito à produção catarinense, temos cursos, projetos de pesquisa e extensão em diversas áreas, com destaque ao Centro de Ciências Agrárias (CCA) e Centro de Ciências Rurais (CCR), no Campus de Curitibanos. 

Só nestes dois centros, na Extensão, a UFSC possui 208 projetos em andamento, que fortalecem o setor agrícola e agropecuário de Santa Catarina e do Brasil, dentre os quais podemos citar:

  • Produção de touros Bradford com foco na bovinocultura de corte;
  • Análise de alimentos para nutrição animal;
  • Consultorias em formulação de ração animal;
  • Avaliação de insumos agropecuários;
  • Suporte técnico-científico para empresas de base bionanotecnológica;
  • Reprodução animal com foco no aumento da produtividade catarinense;
  • Apoio à cadeia de produção de moluscos em parceria com as comunidades pesqueiras;
  • Estudos em nutrição animal com foco em ruminantes;
  • Apoio técnico ao setor de produção e transformação de alimentos;
  • Atendimento clínico, ortopédico e cirúrgico em bovinos e equinos;
  • Ações focadas em controle de doenças e pragas agrícolas;
  • Assistência técnica em vitivinicultura;
  • Cursos em hidroponia e hortifrutícolas;
  • Manejo sanitário e reprodutivo de cavalos, com vistas à preservação de espécies típicas de SC;
  • Manejo de solos com vistas à manutenção e aumento de produtividade;
  • Manejo e biossegurança dos pomares catarinenses, dentre tantos outros.

É ofensivo e inaceitável o desrespeito com o qual a UFSC vem sendo retratada.

A Universidade Federal de Santa Catarina é uma das instituições públicas que mais contribui para modernizar e impulsionar as grandes culturas catarinenses – com tecnologia, profissionais altamente qualificados e com seres humanos capazes de discernir o que é Ciência do que é opinião e desinformação.

Nossas parcerias com instituições como Epagri, Embrapa, dentre tantas outras são notórias e têm gerado ótimos resultados, inclusive com destaque nacional e internacional. 

A universidade, como a própria denominação sugere, constitui-se como universo plural, servindo como ambiente para o exercício livre e democrático da pesquisa, do debate e da reflexão em diversas áreas de estudos e pesquisas. Resumir o trabalho de milhares de profissionais, graduandos e pós-graduandos a linhas ideológicas a ou b serve tão somente para reforçar a danosa polarização que tem tomado conta de nosso debate público, a qual tem mais se preocupado em criar cisões do que pontes entre os saberes, pessoas e entidades.

Esta, definitivamente, não é a postura da Universidade Federal de Santa Catarina, que seguirá desempenhando o seu papel estratégico de cooperação e de diálogo junto à população catarinense e brasileira.

 

Administração Central
Universidade Federal de Santa Catarina

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Pesquisadores desenvolvem novo kit de diagnóstico rápido e barato para Covid-19

07/07/2021 09:22

Novo kit de diagnóstico tem custo estimado de R$ 30, menos de um terço do valor do RT-PCR. Foto: André Pitaluga

Um kit de diagnóstico para detecção do novo coronavírus, que pode ser aplicado diretamente em unidades básicas de saúde, fornecendo o resultado em até 45 minutos, com baixo custo e alta precisão. A inovação, que pode contribuir para o enfrentamento da Covid-19, teve a patente depositada, após mais de um ano de trabalho de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em parceria com a empresa SPK Solutions.

Simples, rápido e barato, o kit de diagnóstico identifica o material genético do SARS-CoV-2, utilizando uma técnica chamada de RT-LAMP. Em testes de validação, com mais de mil amostras, o exame apresentou precisão equivalente ao RT-PCR, considerado como padrão-ouro para o diagnóstico da Covid-19. Para amostras da orofaringe – coletadas com um tipo especial de cotonete, conhecido como swab, introduzido no nariz dos pacientes – o teste demonstrou 96% de sensibilidade e 98% de especificidade.

“O diferencial do kit é integrar todas as etapas do diagnóstico molecular, com uma metodologia adequada ao point-of-care [local de atendimento]. É um método simples, barato e robusto, que permite realizar o diagnóstico no local onde ele é necessário”, destaca o pesquisador do IOC e coordenador do projeto, André Pitaluga.
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HU contabiliza mais de 900 mil procedimentos em cinco anos

02/07/2021 15:01

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) contabilizou um total de 921.774 procedimentos, entre consultas, internações e exames de imagem nos últimos cinco anos, segundo dados de registros internos e do Modelo de Gestão de Atenção Hospitalar (MGAH) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Os números foram apresentados por ocasião do Dia do Hospital, 2 de julho, data criada pelo Decreto 50.871, de 27 de junho de 1961, em função da inauguração da Santa Casa de Misericórdia de Santos, em 2 de julho de 1944.

A superintendente do HU, Joanita Angela Gonzaga Del Moral, disse que os dados refletem a importância do hospital dentro da rede de atenção à saúde no Estado. “O Dia do Hospital é uma oportunidade para mostrar o impacto de uma instituição desta magnitude na sociedade”, detalhou a superintendente, lembrando que a data tem o objetivo de comemorar a criação dos hospitais no Brasil e homenagear a instituição e os profissionais que trabalham na área da saúde.
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Fortalezas ganham novos equipamentos em obras de restauração e requalificação

02/07/2021 10:00

Reboco na Casa do Comandante da Fortaleza de Santo Antônio de Ratones. Fotos: Jaci Valdemiro Nunes

A Fortaleza de São José da Ponta Grossa e a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, em Florianópolis, estão ganhando novos equipamentos com as obras de restauração e requalificação. Desde 2020, quando começaram os trabalhos nas duas fortificações, já foram incluídas estruturas para elevadores, calçadas, passarelas, novos sanitários, entre outras. As obras, que ainda estão em andamento, são custeadas pelo Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, com projetos, contratos, gestão e fiscalização da superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em Santa Catarina. Servidores da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), acompanham de perto o andamento das obras e dão apoio logístico.

ATENÇÃO: as fortalezas estão fechadas à visitação. Saiba mais.

Com as obras de restauro, as fortalezas serão mais facilmente acessíveis por quem tem dificuldades ou limitações de locomoção. Além disso, haverá uma requalificação dos monumentos, que vão ganhar nova expografia, áreas verdes renovadas e outros equipamentos. Ao todo, o investimento chega a R$ 12 milhões para as duas fortalezas. Por enquanto, com as obras em andamento, os locais necessitam de atenção. O entorno da Fortaleza de São José da Ponta Grossa, na Praia do Forte, está parcialmente fechado. Nesta fase, os operários trabalham na construção da calçada ao redor da murada e, por segurança, a área está fechada à circulação de pessoas.
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Prêmio Pesquisa de Destaque inicia inscrições nesta quinta-feira, dia 1º de julho

01/07/2021 19:56

O Prêmio Pesquisa de Destaque da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciou o período de inscrições nesta quinta-feira, 1º de julho. A condecoração reconhece o mérito de projetos de pesquisa realizados na instituição cujos resultados são destaque na pesquisa científica, tecnológica ou de inovação. O objetivo da iniciativa é proporcionar ampla visibilidade aos premiados como forma de inspirar a comunidade interna e externa nos diferentes campos de conhecimento.

O grande benefício de premiar pesquisas na UFSC, na opinião do pró-reitor da Propesq, Sebastião Soares, é “expor à comunidade o trabalho incansável do corpo universitário no âmbito da pesquisa, a importância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social do País e incentivar a divulgação dos trabalhos aqui realizados e a sua excelência”.

A premiação, aponta o gestor, é uma ação simbólica, que visa destacar o potencial de contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico do País e incentivar a realização de pesquisa científica, tecnológica e a inovação. Segundo ele, incentivar parcerias está também entre os objetivos almejados.

“A pesquisa realizada na UFSC tem uma grande interação com demandas dos diversos segmentos da sociedade, seja no âmbito da pesquisa aplicada ou básica. Ou seja, efetivamente estão conectadas com a sociedade e contribuem para a evolução do conhecimento”, salienta Soares.

A pró-reitoria lançou, no início de 2021 o Prêmio Mulheres na Ciência, que teve 72 pesquisadoras inscritas. “Esta ação [Pesquisa de Destaque] vem se juntar às ações que lançamos e pretendemos lançar, para o reconhecimento anual de pessoas à frente da pesquisa na UFSC. O prêmio lançado hoje tem foco voltado ao reconhecimento de uma obra, uma pesquisa inovadora, não é focado no pesquisador ou na pesquisadora. Difere-se nesse sentido, mas é igualmente relevante: esta premiação reconhece uma obra, as outras premiações reconhecerão a contribuição como um todo, o conjunto da obra de quem pesquisa na UFSC”, ressaltou Sebastião Soares.

>> Conheça o regulamento do Prêmio Pesquisa de Destaque

O Prêmio Pesquisa de Destaque elegerá vencedores em duas modalidades: a. Categoria Pesquisa Básica, que abrange pesquisas voltadas para o desenvolvimento de teorias e compreensão de fenômenos aplicáveis em longo prazo em qualquer área do conhecimento; e b. Categoria Pesquisa Aplicada, que compreende pesquisas voltadas para tecnologias e inovações que possam ser aplicadas em curto ou médio prazo, em qualquer área do conhecimento.

Podem concorrer projetos de pesquisa registrados no Sigpex a partir de 2017, independentemente da grande área do conhecimento à qual esteja vinculado. As inscrições podem ser feitas por meio do Portal de Atendimento Institucional (PAI) da Propesq, disponível na página premiospropesq.ufsc.br.

A Comissão Julgadora que avaliará as pesquisas candidatas será composta por até cinco membros, sendo um representante da Propesq, um representante da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e até três pesquisadores nível 1 do CNPq e externos à UFSC. Os membros do júri não devem ter histórico de colaboração ou laços familiares com nenhum dos candidatos.

O prêmio Pesquisa de Destaque confere a cada vencedor: um diploma de reconhecimento; um vídeo realizado pela Agência de Comunicação da UFSC para divulgação científica, a ser veiculado em canais de ampla comunicação; e uma posição de destaque no Portal Permanente de Pesquisadores de Destaque.

A honraria será entregue a cada ano, em sessão solene no Conselho Universitário da UFSC (ver cronograma).

ATIVIDADE DATA
Período de inscrições (Portal de Atendimento Institucional) De 01/07/2021 a 31/08/2021
Avaliação pela Comissão Julgadora Setembro e outubro de 2021
Divulgação dos(as) selecionados(as) Outubro de 2021
Gravação do vídeo (produção presencial) A partir de outubro de 2021
(a depender do status da pandemia, podendo ser adiada)
Cerimônia de entrega do prêmio Outubro de 2021

Mais informações na página premiospropesq.ufsc.br

Tags: Prêmio Pesquisa de DestaquePró-reitoria de Pesquisa (Propesq)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Professor da UFSC participa da descoberta de estrela gigante que quase desapareceu no centro da galáxia

01/07/2021 16:35

Representação artística da estrela VVV-WIT-08. Ilustração: Amanda Smith

Na região central da Via Láctea, a mais de 25 mil anos-luz daqui, o “quase desaparecimento” momentâneo de uma estrela gigante intriga os cientistas. Em 2012, a VVV-WIT-08, como foi nomeada, foi encoberta por cerca de 200 dias por um objeto enorme e misterioso, capaz de ocultar 97% do brilho de um corpo celeste aproximadamente cem vezes maior do que o Sol. A descoberta foi descrita em artigo publicado em junho na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e contou com a participação de dois brasileiros em meio ao grupo internacional de astrônomos: o professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Roberto Kalbusch Saito e o pesquisador do Laboratório Nacional de Astrofísica Luciano Fraga.

É comum que estrelas apresentem oscilações em seu brilho – seja por características intrínsecas a elas, como é o caso das variáveis pulsantes que se expandem e contraem periodicamente; seja por causa de objetos que passam entre a estrela e o observador, causando um efeito de eclipse. O que aconteceu com a VVV-WIT-08, contudo, nunca foi observado antes (apesar de haver casos com algumas similaridades). Até o momento, ao menos, ela é uma estrela única. 

“É uma estrela que, a princípio, tu olhas a curva de luz dela, que é a variação de brilho ao longo do tempo, e é sempre constante, a estrela não varia. A não ser em um evento em 2012 quando ela quase desapareceu. Ela perdeu 97% do brilho e depois voltou ao brilho normal de novo. E desde então, até hoje, com todo o acompanhamento que a gente fez dela, ela segue sem nenhuma mudança de brilho, e isso não é esperado para uma estrela. Então, o comportamento diferenciado é que ela teve um único evento, em mais de uma década de observação, em que ela perde uma quantidade de brilho muito grande, quase 100%”, explica Roberto.
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Docentes e doutorandos da UFSC participam de elaboração do ‘Guia de Atividade Física para a População Brasileira’

01/07/2021 09:27

Três docentes e sete doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participaram da elaboração do Guia de Atividade Física para a População Brasileira, lançado na manhã da última terça-feira, 29 de junho, pelo Ministério da Saúde. Produzido por uma parceria entre o Ministério e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), o documento foi confeccionado com recomendações para orientar e estimular a população brasileira a adotar um estilo de vida fisicamente ativo.

> Acesse a íntegra do Guia de Atividade Física para a População Brasileira

A elaboração do Guia levou mais de um ano e foi coordenada pelo professor Pedro Hallal. Ao todo, 70 pesquisadores estiveram envolvidos no projeto. Os docentes Thiago Souza Matias, Tânia Bertoldo Benedetti e Kelly Samara da Silva, da UFSC, integraram os Grupos de Trabalho (GTs), sendo que ambas as professoras atuaram como coordenadoras e contribuíram na definição dos capítulos. Os doutorandos da UFSC que participaram da iniciativa são: Alexandra da Silva Bandeira, Camila Tomicki, Cezar Grontowski Ribeiro, Marina Christofoletti, Paula Sandreschi, Priscila Cristina dos Santos e Sofia Wolker Manta.

Cada GT foi composto de 8 a 9 pesquisadores. A partir disso, foram promovidas reuniões semanais com trabalho de pesquisa de revisão sistemática da literatura, consulta a guias de diferentes partes do mundo e da Organização Mundial de Saúde (OMS), escutas a usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), pais, alunos, crianças, deficientes, idosos, gestores, coordenadores, entre outros. Após o término desta etapa, o documento foi disponibilizado para consulta pública, foram feitos ajustes apontados pela população e, por fim, a confecção do Guia no final de 2020. Posteriormente, a publicação foi encaminhada para o  Ministério da Saúde para aprovação, editoração, confecção e lançamento, ocorrido na última terça-feira.

O Guia abrange informações para os distintos ciclos da vida (crianças, adolescentes, adultos e idosos) e populações com características específicas, como gestantes e pessoas com deficiência. Além disso, o documento traz um capítulo exclusivo para a Educação Física escolar. A publicação reforça a importância de que fazer qualquer atividade física – seja no tempo livre, no deslocamento, no trabalho, nos estudos ou nas tarefas domésticas – é importante. A mensagem é: “Cada minuto conta!”.

O Guia de Atividade Física era uma ambição bem antiga da área de Educação Física e da Saúde, a exemplo do Guia Alimentar para a População Brasileira, cuja segunda edição foi publicada em 2014. Para a professora Tânia Bertoldo Benedetti, a publicação é um marco e servirá como uma política norteadora das ações de atividade física tanto para profissionais que atuam na área quanto para os gestores e usuários, uma vez que contém recomendações e informações para estimular a sociedade a adotar uma vida fisicamente ativa nos diferentes contextos e populações (crianças até 5 anos, jovens de 6-17 anos, adultos, idosos, escolares, gestantes/pós-parto, pessoas com deficiência).

“Os baixos níveis de atividade física são responsáveis por milhões de mortes prematuras e repercutem em altíssimo custo para a economia e para os sistemas de saúde no mundo. Muitas pessoas não sabem como começar a praticar, que tipo de atividade física fazer, nem a quantidade recomendável para a saúde. Queremos encorajá-las a dar o primeiro passo, pois cada minuto conta. Tivemos um grande número de professores e alunos selecionados pelos editais para a construção do material, o que nos deixa felizes com o nível de alunos que estamos preparando e com o engajamento na área da Saúde”, avaliou a professora.

> Assista ao evento de lançamento do Guia:

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

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Obrigatoriedade da extensão em cursos de graduação deve ampliar interação da UFSC com a sociedade

29/06/2021 13:19

Atividade do projeto de extensão “Exposições itinerantes de Anatomia Animal”, do Laboratório de Anatomia Animal da UFSC Curitibanos com alunos da educação infantil. Foto: divulgação

Nove cursos de graduação da Universidades Federal de Santa Catarina (UFSC) começaram este semestre letivo com pelo menos uma novidade em seus currículos: a inserção de uma carga horária obrigatória de atividades de extensão – ações que deverão ser realizadas pelos estudantes junto à comunidade externa. A mudança curricular atende a uma determinação do Ministério da Educação (MEC) e, até dezembro de 2022, deve ser implementada por todos os cursos de graduação do país. Na UFSC, a expectativa é de que o processo amplie a interação da Universidade com a sociedade, bem como as possibilidades de aprendizado, com projetos que contemplam os mais variados públicos – oficinas para escolas, ações junto a agricultores e silvicultores, trabalhos com empresas de diferentes portes, atendimento em serviços de saúde humana e animal e muitos outros.

A inserção de uma carga horária mínima de atividades de extensão na graduação foi proposta no Plano Nacional de Educação, que determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional brasileira no período de 2014 a 2024. A regulamentação do tema veio em 2018, com a Resolução nº 7 MEC/CNE/CES, que estabelece que as atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% do total da carga horária dos cursos.

Mudar a grade curricular das 120 graduações que a UFSC oferece não é uma tarefa simples e demanda muito planejamento. O assunto é discutido na Universidade desde 2016, e, mais intensamente, a partir da criação da Comissão Mista de Curricularização, em agosto de 2018. O grupo vem trabalhando para promover a incorporação da extensão nos currículos dos cursos de graduação, com estudos, eventos, capacitações e reuniões, entre outras ações. Em março de 2020, foram aprovados os dois documentos que orientam o tema na instituição: a Resolução Normativa nº 1/2020/CGRAD/CEx e o Ofício Circular nº 2/2020/DEN/PROGRAD.
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Pesquisa da UFSC sugere a efetividade de ações públicas na prevenção de cânceres relacionados às vias aéreas

29/06/2021 10:42

Uma pesquisa realizada por estudantes dos cursos de Fonoaudiologia, Medicina e Fisioterapia da Universidade Federal de Santa Catarina sugere que a estabilidade de casos de cânceres de pulmão, traqueia e brônquios, entre 2009 e 2013, pode estar relacionada à efetividade de ações realizadas na atenção primária, advindas da implementação de políticas públicas de promoção e prevenção da saúde. “As propostas do Programa Nacional de Controle do Tabagismo tiveram ampla adesão de distintas esferas, o que tem impactado em ações voltadas tanto ao tratamento do tabagismo na atenção básica quanto em medidas para a demanda e a oferta de produtos do tabaco, e, consequentemente, impactando na redução da exposição passiva a este agressor”, explica a professora do departamento de Fonoaudiologia, Karina Mary de Paiva, sobre a diminuição dos índices de cânceres associados ao consumo de tabaco.

 

A incidência de câncer de pulmão, traqueia e brônquios nas regiões brasileiras, 2002-2013.

 

Segundo o estudo, o câncer é uma doença multifatorial, dependente de fatores intrínsecos e não modificáveis, como a genética, e fatores extrínsecos e modificáveis, como hábitos individuais que promovam a qualidade de vida. “As ações de promoção e prevenção da saúde devem ser direcionadas aos fatores modificáveis, como forma de conscientizar a população quanto à importância da adoção de hábitos saudáveis e mudanças no estilo de vida para a redução da incidência do câncer. Reitera-se a importância das ações na atenção básica voltadas à prática de atividade física,  alimentação saudável e controle do tabagismo, por meio de grupos de promoção da saúde em unidades de saúde. Além disso, vale destacar a importância das academias ao ar livre, e neste sentido, ressalta-se que a atenção primária em Florianópolis é uma das melhores no nosso país”, acrescenta a professora.

Apesar da estabilidade, a região Sul, neste mesmo período, registrou os maiores índices de incidência de cânceres relacionados às vias aéreas e manteve, entre 2002 e 2013, uma média maior que a nacional, com destaque para a maior ocorrência no sexo masculino comparado ao feminino. O estudo, publicado na revista Saúde e Pesquisa, buscou elucidar a relação entre a incidência de câncer nas regiões brasileiras com a implementação de políticas públicas àquela época, destacando a importância de se promover ações preventivas com foco na redução dos índices desta doença, por meio, principalmente, do diagnóstico precoce e da atenção básica à saúde. O grupo também analisou as taxas de incidência de câncer de esôfago, estômago, cólon, reto, ânus, próstata, lábio, cavidade oral, melanoma maligno da pele e outras neoplasias malignas de pele.

A região Sul apresentou os maiores índices de incidência para o cânceres de esôfago, estômago, próstata, lábio e cavidade oral, melanoma de pele e outras neoplasias malignas de pele, quando comparada às outras regiões do País. As outras neoplasias malignas de pele foram consideradas as principais causas de câncer no estudo, tendo os valores mais altos e em ambos os sexos. A partir de 2003, o Sul apresentou uma elevação nas taxas dessa doença, com aumento final de 139,0%, ficando acima da média nacional de 112% no período analisado.

Estudo traz dados detalhados sobre incidência de câncer no País

O câncer de esôfago obteve aumento de 21,1% e, posteriormente, apresentou uma tendência de declínio, chegando a 20,3% em 2013 e ficando acima da média nacional (10,9%). O câncer de estômago também apresentou índices maiores que a média nacional (23,2%), com aumento de 29,9%. Já o câncer de lábio e cavidade oral também obteve valores acima da média nacional (14,1%), no Sul, com aumento de 19,9%. No caso dos melanomas de pele, houve um aumento de 10,6% na região, apresentando taxas superiores à média nacional (5,6%). Os valores de incidência dessas doenças foram maiores para o sexo masculino em relação ao feminino.

No caso de cânceres relacionados ao sexo, o de próstata apresentou crescimento do índice em todo período analisado, terminando com o dobro dos valores  iniciais. A região Sul também ficou acima da média nacional (48,8%), com aumento de 58,5%. O Sul ficou em segundo lugar para os índices de câncer de mama feminina, com aumento de 58,7%, ficando atrás apenas da região sudeste (68,7%), ambas acima da média nacional (49,2%). Esta doença obteve elevação nos índices em todas as regiões brasileiras. O câncer de colo uterino também apresentou aumento na região (22,2%), ficando abaixo apenas da região Centro-Oeste (24,7%).

Os cânceres relacionados às porções finais do trato gastrointestinal (cólon, reto e ânus) obtiveram aumentos expressivos nos índices em toda análise, ficando abaixo, nos dados finais, apenas do câncer de mama em mulheres, de próstata em homens e “outras neoplasias de  pele” em ambos. Destaca-se o rápido aumento na região Sul, praticamente dobrando seus valores entre os anos de 2003 (21,6%) e 2005 (43,5%).

Apesar da mobilização em prol do diagnóstico precoce, com campanhas como o Outubro Rosa contra o câncer de mama e o Novembro Azul contra o de próstata, a professora Karina Mary de Paiva explica que há uma grande tendência de procura por serviços de saúde na presença de agravos e doenças, o que compromete o sucesso do tratamento em função da evolução do quadro clínico.

O estudo foi realizado de maneira transversal retrospectivo com dados obtidos no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) e do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A coleta de dados ocorreu entre novembro de 2017 e março de 2018. “É de suma importância considerar as diferenças entre as regiões brasileiras no planejamento de ações, com foco no atendimento oncológico, considerando a descentralização dessas ações para garantir sua efetividade”, expressam os autores.

Para conferir o artigo Incidência de câncer nas regiões brasileiras e suas associações às Políticas de Saúde na íntegra, clique aqui

 

Luana Consoli/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

Tags: Câncer nas vias aéreasCâncer no BrasilfisioterapiaFonoaudiologiamedicinaPesquisadores da UFSC

Pesquisador do HU-UFSC avalia impacto do SARS-Cov-2 sobre DNA de pacientes e risco de desenvolver câncer

28/06/2021 09:52

Uma pesquisa desenvolvida no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) tem o objetivo de identificar o impacto do vírus SARS-Cov-2 sobre o DNA de pacientes com casos graves de Covid-19 e verificar se estes pacientes têm um risco maior de desenvolver câncer por causa desta infecção. Os estudos estão na fase de coleta e a expectativa é de que até o final do ano os dados e a análise sejam apresentados.

O estudo, chamado de “Análise de Instabilidade Genômica em Pacientes com Covid”, é conduzido pelo biólogo do HU e professor orientador do Programa de Pós-Graduação em Farmácia da UFSC, Sharbel Weidner Maluf, e faz parte de um projeto maior desenvolvido por pesquisadores da UFSC chamado “Busca de marcadores genéticos e epigenéticos em pacientes com Covid”.

Sharbel Maluf explicou que não há motivo para alarme, pois as mutações no DNA são frequentes em qualquer pessoa, mas há alguns fatores que podem aumentar estas mutações. “Há vários fatores de risco, como o tabagismo, por exemplo. Se você pegar um grupo de fumantes e comparar com um grupo de não fumantes, o primeiro vai ter um impacto maior no DNA, aumentando o risco de câncer. O mesmo pode acontecer com o uso de agrotóxicos em trabalhadores do campo”, detalhou o professor.

Pesquisadoras observam material de pacientes com Covid coletado para o estudo sobre impacto no DNA. Foto: Sinval Paulino.

Na prática, o professor e os estudantes que fazem parte da pesquisa avaliam se o genoma dos pacientes pesquisados tem maior chance de estar instável. “Já se sabe que o vírus tem esta característica de alterar o DNA, o que acontece, por exemplo, no caso do HIV. O que nossa pesquisa pretende é justamente ver qual é a quantidade de alterações no DNA dos pacientes com Covid”, resumiu o pesquisador.

Unidade de Comunicação Social/Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC)

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Ciência e Universidade ampliam compreensão sobre questão LGBTQIAPN+ e impactam realidade

28/06/2021 08:05

Pesquisar, informar, divulgar, formar e incluir. São muitos os verbos que se aplicam à função da Universidade como parte da luta da comunidade LGBTQIAPN+, que celebra no dia 28 de junho o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Para além de um papel pedagógico – o que abrange, por exemplo, a necessidade de explicar a sigla e combater o preconceito – as ações realizadas por núcleos dedicados a estudar o assunto formam profissionais conscientes de uma questão social importante, podendo, inclusive, impactar a realidade.

>> LGBTQIAPN+: mais do que letras, pessoas

Um desses impactos mais diretos veio por meio de um estudo do qual o Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) – pioneiro na UFSC e no Brasil – participou. Em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de Goiás, o núcleo realizou, já na primeira década dos anos 2000, uma pesquisa então inédita sobre conjugalidades e parentalidades LGBTQIAPN+ no país. Seu desdobramento, segundo lembra a coordenadora do NIGS, Miriam Grossi, foi importante para a decisão do STF de equiparar a conjugalidade de pessoas do mesmo sexo com o casamento heterossexual. “Sem dúvida pesquisas científicas são fundamentais, sobretudo neste momento de grandes retrocessos políticos para que a sociedade entenda que pessoas LGBTQI+ são cidadãos como os outros e que têm o direito de se casar, ter filhos, serem amados por suas famílias”, pontua.

Recentemente, o Núcleo de Direitos e Diversidade (NEDD) também uniu o campo da pesquisa à intervenção social: um dos estudos executados pela equipe levou à propositura da ação que reconheceu o direito de constar na certidão de nascimento o real gênero a que uma pessoa se sentia pertencente. “No caso em particular, por tratar-se de uma pessoa não binária, a conquista se deu justamente pelo direito de não constar nenhum dos gêneros binários”, lembra o líder do grupo, professor Clarindo Epaminondas.

Para o professor, a ciência que é produzida nas universidades pode ser considerada responsável por uma mudança de paradigma sobre temas como casamento igualitário, autodeterminação de gênero e sexo e outros temas, o que reforça a correlação direta entre a ciência e o mundo. “Ao contrário do que se pareça, estudar a diversidade sexual inclui entender como funciona a sociedade”, pondera.

Os casos de impacto direto na realidade podem ser considerados paradigmáticos por gerarem rupturas e provocarem mudanças na vida cotidiana de cerca de 15% a 20% da população, conforme indica o professor Rodrigo Moretti, do Epicenes: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde. “A gente deve lembrar que a ideia de minoria é um termo da ciência política e se refere à minoria nas decisões, não em termos numéricos. Então, por mais que a gente provavelmente tenha uma porcentagem maior de pessoas heterossexuais e cisgêneras na humanidade, as pessoas LGBT+ também estão presentes”, afirma, reforçando a relevância de lançar o olhar da ciência ao assunto.

Para a professora Olga Regina Zigelli Garcia, líder do Laboratório Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em sexualidades (Afrodite), a universidade, por meio da pesquisa, tem o papel não só de colaborar com as diferentes formas de existência, como de compreender que a existência dentro da diferença tem muito a agregar para o próprio pensamento científico. “Os campos de saber precisam cuidar da diversidade nos espaços de formação para que ela se torne um lugar próspero, um lugar frutífero. Neste caso, é preciso instituir programas sérios de acesso, permanência e êxito de discentes, bem como promover cursos não só para docentes e discentes, mas fundamentalmente para os papéis de poder dentro das instituições”, comenta.

Informar e divulgar

De acordo com o pesquisador Assis Felipe Menin, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), um dos principais centros de pesquisa sobre o assunto no Brasil, o relatório mais recente da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia, indica que 237 pessoas foram mortas de forma violenta em 2020 “simplesmente por expressarem e viverem aquilo que são”. Menin ressalta que esse número pode ser maior, já que muitos casos não entram na lista das violências da população dissidente sexual. “Logo, o pessoal é político, e a universidade, por excelência, tem a função de compreender os fenômenos sociais”.

Imagem de SatyaPrem por Pixabay

Os núcleos de ensino, pesquisa e extensão cumprem um papel adicional nesse cenário: contribuem com a informação, uma das principais ações contra o preconceito. Só no IEG, são 21 laboratórios, da UFSC e de outras instituições, preocupados com a temática. O instituto é formado por frentes de atuação que dão visibilidade ao assunto, entre eles o Fazendo Gênero, simpósio internacional que ocorre desde 1994, o Centro de Documentação (CEDOC-IEG), uma biblioteca especializada em estudos das sexualidades dissidentes e hétero, o Espaço Cultural Gênero e Diversidade e a Revista Estudos Feministas. “A preocupação do IEG nesse momento, para além das frentes dos estudos e pesquisas na interseccionalidade de gênero, raça, feminismos entre outros, é no fortalecimento do ensino, pesquisa e extensão”, registram.

A professora Miriam Grossi, do NIGS, reforça a importância do projeto de extensão Papo Sério, que foi desenvolvido por mais de uma década pelo núcleo. “Fazíamos oficinas de sensibilização a estas temáticas em escolas públicas da Grande Florianopolis”, lembra. O projeto foi paralisado por conta da pandemia, mas as investigações do núcleo continuam. “O grupo está dedicado a entender questões como envelhecimento de gays, impacto das políticas conservadoras contra a diversidade sexual no espaço da escola, violências contra estudantes LGBT em escolas, como gays produzem conjugalidade a partir da decoração de suas casas”, comenta.

No Afrodite, atualmente, 25 estudantes da graduação à pós-graduação de diversas áreas do conhecimento, mais sete pesquisadores e um servidor técnico-administrativo atuam no ensino, pesquisa e extensão. Um dos eixos é justamente voltado para o desenvolvimento de formações mensais nas temáticas de gênero, diversidade sexual e sexualidades que são abertas ao público em geral e obrigatórias para pessoas que compõem o grupo. “Estudar questões relacionadas à diversidade sexual é contribuir para o entendimento de que cada pessoa é única em seu processo de viver e, portanto, deve ser respeitada em suas especificidades”, afirma a coordenadora Olga Regina Zigelli Garcia.

O Epicenes também alia a pesquisa, o ensino e a extensão em suas práticas, atuando em campo interdisciplinar. O grupo promove pesquisas nas temáticas de Gênero e de Diversidade Sexual aplicadas à saúde, mas também é espaço formativo para profissionais de saúde e das ciências sociais. “Se a gente for pensar, seja no âmbito da educação ou da saúde, você desconsiderar uma característica tão importante quanto a orientação afetiva, a expressão de gênero e orientação sexual das pessoas é você desconsiderar vários elementos que fazem com que essas pessoas tenham uma vida diferente dos outros 80%. Isso é uma percentagem muito significativa”, explica Moretti.

Formar e incluir

Imagem de Free-Photos por Pixabay

A formação de profissionais atentos às diversidades e a sua inclusão efetiva é outro eixo de ação dos núcleos que tematizam a questão LGBTQIAPN+ na UFSC. Menin, do Instituto de Estudos de Gênero, lembra que a universidade, aliada à ciência, pode contribuir com a pluralidade e o respeito às sexualidades dissidentes no seu ambiente – e que o ingresso dessa parcela da população é o primeiro passo para acolher esses grupos que historicamente sempre estiveram fora.

“Uma dessas ações, entre outras, é a abertura de cotas para o ingresso das identidades trans nos programas de pós-graduação, que garantem a apropriação desse saber científico e a mobilização de diferentes formas de saberes”, indica. “Ao acolher essa população e as suas especificidades, que não estão relacionadas apenas às demandas mais urgentes da violência física, mas da ordem do psicológico, do jurídico, da saúde, a universidade pública contribui para a sua pluralização”, complementa.

O professor Moretti, do Epicenes, acredita que a Universidade pode contribuir com a formação de sujeitos capazes de compreender as diversidades e de serem sensíveis a ela. Para ele, uma instituição como a UFSC pode atuar em dois grandes blocos: mapear, por meio das pesquisas, o que essas pessoas passam nas suas vidas, articulando diferentes campos do saber, e formar profissionais aptos a lidarem com isso. “Cada vez mais a universidade forma estudantes nessa temática e, com toda certeza, quanto mais isso ocorre, mais você vai ter futuros profissionais nos diversos campos do saber e da sociedade atuando em prol das pessoas LGBT+”.

Este aspecto também é lembrado pelo professor Epaminondas. Conforme explica, a divisão sexual biológica está impregnada em todos os setores da coletividade, o que por si só já justifica a importância de estudá-la. “Estudar e/ou pesquisar sobre diversidade sexual implica conhecer os mais profundos preâmbulos da sociedade e, como tarefa principal, está a de sugerir intervenções na forma como a diversidade sexual deve ser encarada, discutida e ensinada e compartilhada”, define. O professor explica que os estudos sobre os gêneros e as sexualidades são relativamente novos, e as ciências sociais são a base que permitem o acesso e a problematização de questões que se referem à diversidade. “No Brasil e no ocidente, como regra, foi justamente no âmbito das universidades públicas que tais discussões ganharam eco”, diz.

Por isso, a inclusão de disciplinas que tematizem o assunto também é citada pelas lideranças dos núcleos como fundamental. A professora Olga acredita que é necessário dar visibilidade ao assunto nos currículos. “É necessário que estas discussões façam parte da grade curricular, não apenas com disciplinas eletivas, mas também inserindo disciplinas obrigatórias voltadas a estas temáticas, abordadas de forma interdisciplinar em todas as cadeiras, independentemente da área de formação, incluindo na formação discente não apenas saberes técnicos, mas também pensamentos críticos”.

Para a professora Miriam Grossi, estudar as questões relacionadas à diversidade sexual é muito importante para a sociedade brasileira, pois trata-se de uma questão central da democracia. Menin registra que, historicamente, até pouco tempo estas pessoas eram consideradas doentes. As identidades trans, por exemplo, eram percebidas como portadoras de transtornos mentais. Os preconceitos sobre as sexualidades dissidentes, de acordo com o pesquisador do IEG, ainda geram injustiças e problemas sociais. “Espera-se, portanto, que esse conhecimento produzido na universidade pública seja benéfico em aspectos culturais,sociais, intelectuais e econômicos para essa parcela da população”, diz.

Núcleos da UFSC voltados à temática

Instituto de Estudos de Gênero

O Instituto de Estudos de Gênero é uma referência central quando o assunto são as questões relacionadas à temática LGBTQIAPN+. Profissionais da UFSC também estão ligadas à organização, que reúne seis frentes de atuação, vários laboratórios e núcleos voltados aos estudos de gênero, feminismos, sexualidades, diversidades, interseccionalidades, etc. O Afrodite e o NIGS, por exemplo, fazem parte do IEG.

Epicenes

Epicenes: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde tenta se constituir como um grupo de pessoas que promovem pesquisa nas temáticas de Gênero e de Diversidade Sexual aplicadas à saúde, mas também enquanto espaço formativo para profissionais de saúde e das ciências sociais, assim como de articulação junto aos Movimentos Sociais.

NEDD

O Núcleo de Estudos em Direito e Diversidades (NEDD) tem enfoque nas temáticas da diversidade sexual e diversidade de gênero.

Afrodite

O Laboratório Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em sexualidades – AFRODITE – visa o fomento das discussões sobre gêneros e sexualidades, visando o respeito às diferenças, tendo em consideração os marcadores socioculturais e o direito das pessoas vivenciarem suas sexualidades em suas singularidades, livres de discriminação e preconceito

Margens

Criado em 1996, o Modos de Vida, Família e Relações de Gênero (Margens) integra estudantes e profissionais em temáticas sobre gênero e sexualidades em uma abordagem crítica e feminista, em âmbitos local, estadual, nacional e internacional. Possui rede consolidada em parcerias com IES, por meio de ex-doutorandas/os que, agora docentes, coordenam suas próprias equipes.

N’aya

O Núcleo Aya (N’Aya) foi forjado no âmago dos movimentos sociais de Travestis, Transexuais, Transmasculines e Não-bináries do Sul Global e, segundo sua carta de princípios, é “um locus de intelectualidades, sabedorias e experiências travestis e trans no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina com legitimidade de atuação dentro e fora da instituição, com caráter de produção, multiplicação e reflexão de pesquisas e ativismos”.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: AfroditeDia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+Epicenes: Núcleo de estudos em gênero da UFSCInstituto de Estudos de GêneroMargensNúcleo Aya (N’Aya)Núcleo de Estudos em Direito e Diversidades (NEDD)Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD)

Publicações de autoria feminina se destacam na classificação da UFSC em ranking internacional

24/06/2021 09:56

Ranking avalia proporção de autoras em publicações acadêmicas. Foto: Christin Hume/Unsplash

O número de publicações de autoria feminina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se destaca na classificação do Leiden Ranking, produzido pelo Centro de Estudos de Ciência e Tecnologia (CWTS), da Universidade de Leiden, na Holanda. Entre os quatros indicadores existentes no levantamento, ‘Gênero’ coloca a UFSC em sua melhor colocação entre as 1.225 universidades avaliadas em 69 países.

O Leiden Ranking é baseado em dados bibliográficos de publicações científicas, em particular em artigos publicados em revistas científicas. Atualmente, baseia-se no banco de dados Clarivate Analytics Web of Science como fonte primária e não usa dados obtidos diretamente das universidades. Na listagem, são considerados quatro parâmetros de análise: 1. Impacto científico (artigos publicados na base de dados Web of Science de 2016 a 2019); 2. Colaborações (artigos em parceria com outras instituições); 3. Acesso aberto (proporção de artigos livres em relação aos restritos); 4. Gênero (proporção de autoras).

Quando considerados os indicadores ‘Impacto científico’, ‘Colaborações’ e ‘Acesso aberto’, a Universidade figura entre as posições 430 e 480 no ranking internacional. Na classificação por gênero, a instituição catarinense passa a ocupar o 334º lugar, sendo a 10ª melhor colocada na América Latina e 8ª no Brasil. O levantamento contabiliza 17.741 publicações pela Universidade, sendo 7.185 delas (40,5%) de mulheres. Há ainda 811 publicações registradas como gênero desconhecido.

A professora Maique Weber Biavatti, superintendente de Projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), afirma que o ranking reforça a posição da Universidade vista em outras classificações, mas considera que a falta de recursos para pesquisa brasileira dificulta a competitividade com as melhores instituições do mundo. “A UFSC tem um protagonismo bastante importante na ciência brasileira considerando o tamanho da Universidade e a abrangência dela. Sempre ficamos entre as dez melhores universidades em vários rankings. Quanto à classificação mundial, sabemos que somos um país periférico, então é muito difícil chegarmos no mesmo ponto onde estão países centrais e que recebem um grande financiamento. Acho que fazemos um trabalho milagroso diante do baixo financiamento que temos. E para o incentivo à pesquisa, infelizmente, não é um cenário favorável este que estamos vivendo”, avaliou.

Ainda em relação ao indicador ‘Gênero’, chama a atenção a proporção na divisão por áreas do conhecimento. A única em que o percentual de publicações femininas é superior às masculinas é na área das Ciências biomédicas e de saúde: 3.132 autorias masculinas (49,6%) e 3.186 autorias femininas (50,4%). Nas demais, a representatividade feminina é inferior. Nas Ciências da computação e Matemática, por exemplo, a participação das mulheres constitui apenas 10% do total de publicações (ver tabela abaixo).

Autoria masculina Autoria feminina
Ciências biomédicas e de saúde 3.132 (49,6%) 3.186 (50,4%)
Ciências da vida e da terra 2.495 (55,5%) 2.000 (44,5%)
Ciências da computação e Matemática 1.033 (90%) 115 (10%)
Ciências físicas e Engenharias 3.598 (67,4%) 1.737 (32,6%)
Ciências sociais e humanas 298 (67,1%) 146 (32,9%)

Para a professora Maique, a leve vantagem em uma das áreas não é suficiente para consolidar uma maioria. “Compartilhar o protagonismo, do ponto de vista de igualdade, seria 50%. Mas se você considerar que nas Ciências da saúde, em geral, historicamente a participação feminina é muito superior a 50,4%, então não chega a ser representativa, uma vez que a área é predominantemente exercida por mulheres. Ainda há uma participação masculina bastante grande, apesar de a maioria das pessoas que se formam na área da Saúde serem do sexo feminino”, salientou.
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Tags: EquidadegêneroLeiden RankingrankingUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaUniversiteit Leiden (Holanda)

SBPC elege nova diretoria, que terá professora da UFSC como integrante

23/06/2021 11:20

Professora Miriam Grossi fala durante abertura da sétima edição do curso Gênero e feminismos, na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC.

Com 60% de participação – o maior índice dos últimos dez anos – a votação nas eleições para renovação da Diretoria, Conselho e Secretarias Regionais da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) terminou nesta terça-feira, 22 de junho. O filósofo e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, venceu a disputa com o neurocientista Carlos Alexandre Netto e será o novo presidente da entidade em substituição a Ildeu de Castro Moreira. Janine Ribeiro obteve 1.205 dos 1.914 votos contra 617 de Netto. Foram eleitos para os cargos de vice-presidentes a socióloga Fernanda Sobral (atual vice de Moreira) e o físico Paulo Artaxo. Sobral teve 1.116 votos e Artaxo 683.

Sete mulheres vão compor a diretoria, um número inédito na história de 73 anos da SBPC. São elas: Claudia Linhares Sales, atual secretária, eleita secretária-geral com 1.747 votos; as três vagas de secretaria, preenchidas pela professora do Departamento de Antropologia da UFSC Miriam Pillar Grossi (1.227 votos), juntamente com Laila Salmen Espíndola (1.016) e Francilene Procópio Garcia (939); e as duas vagas de Tesoureiras: a primeira ficou com Marimélia Porcionatto (1.698) e a segunda com Ana Tereza de Vasconcelos (1.312).

Miriam Pillar Grossi credita esta representatividade como consequência da forte presença de mulheres no campo científico brasileiro – já são mais de dez anos com mais mulheres sendo tituladas com doutorado do que homens no país.  “A SBPC reflete este movimento, mas ele não é espontâneo, é fruto de um projeto político e de articulação. Na eleição dei muita ênfase em haver maior representação de mulheres”, comenta Miriam.

Historicamente a ciência se desenvolveu nas regiões mais ricas do país, sobretudo no Sudeste, e por isto as regiões Norte, Centro Oeste e Nordeste são pouco representadas nas associações do campo científico, lembra a professora da UFSC. Entretanto, ocorreu “um momento de transformação e maior diversidade regional com a criação de universidades federais nos governos Lula e Dilma, para muitos lugares, especialmente no interior. Esta expansão levou à ampliação de mercado de trabalho”, explica Miriam.

As renovações começaram a ser refletidas pelas políticas de ações afirmativas, com uma forte demanda e presença de negros e indígenas nas universidades, destaca a pesquisadora da UFSC. Dos grupos com pouca representatividade nas entidades científicas, o das mulheres foi o primeiro a furar a barreira, aponta Miriam. “A ciência não é só masculina, mas branca. Já conseguimos um lugar ao sol, mas estão sendo eleitas agora mulheres ainda brancas. de camada média. É um primeiro rompimento epistêmico, com outros corpos e formas de pensar no campo científico, mas não se transforma isto  do nada, precisamos de muitas lutas e demandas” salienta a professora da UFSC.

Outro elemento diferente no pleito da SBPC, observa Miriam, foi a eleição de um representante das Ciências Humanas na presidência, o professor Renato Janine Ribeiro, além de uma vice socióloga (Fernanda Sobral). “Represento a Antropologia da UFSC , e tradicionalmente, a SBPC teve biólogos, físicos, engenheiros na sua direção, com poucas pessoas da área de humanas. Vai ser importante ter pessoas com essa formação num momento de corte verbas governamentais, num momento de análise e interpretação, que é a grande contribuição da pesquisa de políticas sobre a vida social. Mais do que nunca, as ciências humanas são fundamentais”.

A professora da UFSC destacou a luta do atual presidente da SBPC, Ildeu Moreira, contra o corte de verbas na ciência brasileira: “É uma liderança impressionante, com forte articulação no Congresso pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Garantido em lei, esse fundo não pode ser contingenciado. Desde ano passado, o governo não disponibilizou os recursos, já foi alertado pelas questões legais de não aplicação, mas infelizmente está parado na execução pelo Ministério da Economia”.

A implicação da falta de verbas para pesquisa na sociedade pôde ser vista com maior facilidade por conta da pandemia, diz Miriam. “Se tivesse maior investimento na pesquisa, poderíamos ter resposta mais rápidas e imediatas. O número de 500 mil mortes poderia ser evitado com  maior investimento da ciência. Autonomia de saber é algo que constrói soberania e desenvolvimento. Um dos grandes problemas da pandemia é o tal IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo), que só a China produz. Se a gente tivesse maior investimento, esse tipo de dependência poderia estar superado”.

Outra ameaça observada pela SBPC na atual gestão e que terá continuidade na nova será a defesa da liberdade de cátedra – a entidade lançou o Observatório Pesquisa, Ciência e Liberdade para lidar com o tema. “É algo que está sob forte ameaça. Vai ser outra ação que a nossa gestão vai dar continuidade. Os casos de cientistas sendo acuados na sua forma de pensamento são muitos. O professor Conrado (Hübner Mendes) da USP escreveu um artigo e está sendo processado. Não é o único”.

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Nova versão do Guia de Biossegurança da UFSC orienta sobre atividades excepcionais que poderão ser feitas em formato presencial

22/06/2021 15:55

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou na sexta-feira, dia 18 de junho, a versão atualizada do seu Guia de Biossegurança, com informações a respeito da condução de atividades presenciais, em caráter de excepcionalidade, durante a atual fase da pandemia. Dentre as principais alterações está um incremento nas atividades que poderão ser desenvolvidas presencialmente.

O Guia, que teve sua primeira versão publicada em novembro de 2020, traz, em sua recente atualização um esclarecimento: “um eventual retorno das atividades presenciais na UFSC, por ora ainda suspensas, será orientado pelos conhecimentos advindos do progresso científico, que vêm sendo sistematizados pela Universidade e por orientações das autoridades sanitárias nacional, estadual e municipais e, ainda, pelos cenários delineados pela Comissão Permanente de Monitoramento e Acompanhamento Epidemiológico”.

A UFSC continua observando a Fase 1 – cenário em que a doença não está controlada no Brasil ou em Santa Catarina, com aumento permanente do número de casos e óbitos e alta taxa de contágio. As atividades presenciais seguem suspensas até 2 de outubro de 2021, de acordo com a Portaria Normativa Nº 390/2021/GR, de 1º de abril de 2021.
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Estudo preliminar indica que exercícios físicos melhoram sintomas de sequelas de Covid-19

21/06/2021 15:26

Foto: divulgação

Mesmo recuperada da covid-19, Janice Daniel Dal Toe, 59 anos, sentia as sequelas da doença: forte falta de ar, cansaço e dor de cabeça. Em novembro do ano passado, ela começou a participar de um programa de reabilitação realizado por meio de exercícios físicos. “Quando iniciaram as atividades, queria até desistir porque não tinha força”’, conta. “Mas a cada dia que fazia os exercícios ia melhorando. Graças a essa reabilitação posso dizer que estou curada, não tenho sequelas”.

Janice e o marido Idoclecio Biff Dal Toe, 62 anos, moradores de Morro Grande, tiveram Covid-19 em agosto e, em novembro, ainda sentiam as sequelas da doença. Então se inscreveram para participar de um programa de reabilitação, o RE2SCUE: REabilitação REspiratória em Sobreviventes da Covid-19. O projeto de pesquisa conta com financiamento do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com bolsas de estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

O estudo, que completou a fase piloto em fevereiro com a reabilitação de dez pacientes, é liderado pelo pesquisador Aderbal Silva Aguiar Junior, professor do Departamento de Ciências da Saúde do Campus de Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Observamos uma melhora de 90% nos sintomas de fadiga, dispneia, nas dores e na ansiedade dos pacientes, principais sequelas da doença. Também aumentou a capacidade funcional deles, importante para o dia a dia e retorno ao trabalho”, explica Aguiar Júnior.
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Pneumologista do HU reforça importância de tratamento dos pacientes asmáticos durante a pandemia

21/06/2021 11:44

O dia 21 de junho marca o início do inverno no Brasil e, também, reforça os cuidados com uma importante doença crônica: a asma. A data, definida pelo Ministério da Saúde como o Dia Nacional de Controle da Asma, é oportunidade para esclarecer sobre o tema, sobretudo durante a pandemia de Covid-19, conforme lembra a chefe da Unidade do Sistema Respiratório do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), a pneumologista Elaine Cristina Caon de Souza Bulsing.

Ela explicou que a Covid-19 representa um risco maior para os pacientes que têm as formas mais graves da asma, mas aqueles que têm a forma mais leve da doença e mantêm o tratamento adequado têm chances iguais à de uma pessoa sem asma. “A asma, quando tratada, não piora a chance de ter a Covid ou sequelas”, explicou a médica.

Segundo ela, o que vai afetar estes pacientes, além do perfil do asmático, é a própria Covid. “Por isso, é importante manter os cuidados para todos – usar máscara, isolamento social, distanciamento e vacinação com as duas doses”, explicou Elaine Caon, reforçando que a maioria dos asmáticos pode levar uma vida normal com os devidos cuidados e tratamento.

De acordo com a pneumologista, o HU-UFSC atende pacientes com casos mais graves no Ambulatório de Pneumologia e no Núcleo de Pesquisa em Asma e Inflamação das Vias Aéreas (Nupaiva), onde são feitos exames e pesquisas. “As formas mais leves geralmente são tratadas nas Unidades Básicas de Saúde”, explicou a especialista.

Ela acrescentou que a chegada do inverno no Brasil, que coincide com o Dia Nacional de Controle da Asma, pode afetar a rotina do asmático, já que neste período acontecem mais crises, há uma maior circulação de vírus que causam doenças respiratórias e a própria temperatura mais baixa pode causar crises em alguns pacientes asmáticos. “Tudo isso reforça a necessidade de controle, medicação indicada pelo profissional e cuidados básicos”, finalizou.

Unidade de Comunicação Social/Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago/HU-UFSC

Tags: asmaDia Nacional de Controle da AsmaHUUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Vídeo apresenta Fortalezas.org, site com mais de nove mil imagens de fortificações

21/06/2021 11:28

A Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC) está disponibilizando o vídeo completo do evento online o Banco de Dados Internacional Sobre Fortificações – Plataforma fortalezas.org – completa 13 anos de lançamento com conversa virtual, onde é possível conhecer essa ferramenta e saber como colaborar com seu acervo.

O bate-papo sobre o Banco de Dados Internacional sobre Fortificações (fortalezas.org) ocorreu em 10 de junho, como parte da programação da 5° Semana Nacional de Arquivos. O evento (veja vídeo abaixo) contou com a participação do especialista em fortificações e criador do banco de dados, arquiteto Roberto Tonera; de José Cláudio dos Santos Júnior, presidente do Comitê Científico Internacional de Fortificações e Patrimônio Militar (ICOFORT), e de Carlos Luís Marques Castanheira da Cruz, doutor em História Insular e Atlântica pela Universidade dos Açores e pesquisador na mesma instituição. O bate-papo foi mediado pela coordenadora da CFISC, Geisa Pereira Garcia.

Durante o evento, o público teve oportunidade de conhecer mais sobre o Banco de Dados Internacional Fortalezas.org – ferramenta virtual multimídia e colaborativa de consulta e alimentação de conteúdos sobre fortalezas, fortes, castelos e demais construções fortificadas em todo o mundo.

A plataforma digital Fortalezas.org, desenvolvida a partir de 1999, foi lançada na internet em 2008, e é mantida atualmente pela CFISC, setor vinculado à Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O acesso ao banco de dados para pesquisa é livre e gratuito, bastando acessar o website fortalezas.org. A ferramenta, em permanente atualização, traz hoje mais 2.500 fortificações, mais de 9.200 imagens, mais de 300 vídeos, mais de 3.700 bibliografias, além de notas biográficas de quase 1.000 personagens históricos, entre outros conteúdos, como ilustrações, mapas, documentos históricos e textos variados.

A apresentação do Banco de Dados Internacional sobre Fortificações (fortalezas.org) foi uma das atividades da 5ª Semana Nacional de Arquivos, promovida pelo Arquivo Nacional.

Para outras informações, consulte o post anterior.

Tags: Coordenadoria das FortalezasFortalezas da UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Banda Calafate participa do Talk Show do Projeto 12:30 na quarta-feira, dia 23 de junho

21/06/2021 11:17

O Projeto 12:30 lança na próxima quarta-feira, 23 de junho, mais uma edição do Talk Show 12:30. A entrevista com a banda Calafate será transmitida pelo canal do YouTube do projeto, às 12h30. Participam do bate-papo Matheus de Souza, Luigi Bogoni, Christiano Poletto e JC Matias.  A atividade encerra o primeiro semestre do novo formato do Projeto 12:30 que, junto da “Live 12:30”, são as atividades quinzenais oferecidas durante a pandemia, como forma de adaptação das apresentações nos meios virtuais.

Calafate

A banda nasceu em 2015, com um grupo de amigos que se reuniam para sessões de improvisação musical em Florianópolis. A partir de então, passaram a se apresentar em eventos, casas de show e festivais em Santa Catarina, incluindo diversas participações no Projeto 12:30 da UFSC. Em 2016, a Calafate realizou uma turnê pela Argentina e intensificou a produção de músicas autorais. No início de 2018, o grupo lançou o seu primeiro álbum — intitulado “Biblioteca do Universo” —que contém 11 faixas autorais, junto ao videoclipe da música “Trombeta dos Anjos”. No álbum é possível identificar a diversidade dos ritmos que influenciam a banda, sendo uma mistura de estilos nacionais e internacionais, com temas inspirados desde o blues até a capoeira. Além disso, as músicas são marcadas por letras que exploram experiências de expansão da consciência, espiritualidade e vivências do cotidiano. 

Integrantes

Matheus de Souza (Pepe): vocalista, compositor e multi-instrumentista começou a tocar violão com oito anos de idade, no interior do Paraná. Além de cantar, iniciou na Calafate tocando guitarra e, mais tarde, inseriu o trompete na banda. Também atua como músico e compositor em outros projetos, com foco no trompete e no violão, e trabalha como educador.  Está se graduando no curso de Música da UDESC.

Luigi Bogoni: baixista, o músico foi influenciado por vários grupos como Novos Baianos, Ponto de Equilíbrio, Dazaranha e outros. Internacionalmente, Stevie Wonder, Funkadelic, Sublime e Bob Marley são alguns dos artistas que compõem o eclético repertório musical do baixista. Além de músicas tradicionais, também tem influência nas músicas folclóricas da região serrana do estado.

Christiano Poletto: tecladista e vocalista, tem sua gênese musical no rock que ouvia durante a adolescência. O músico procura absorver ensinamentos de cada um dos diferentes estilos musicais que surgem ao longo de sua vida e misturar com Jazz, Reggae, Rock, música clássica e ritmos latinos.

JC Matias: baterista, teve os primeiros contatos com o instrumento quando tinha apenas 5 anos de idade. Entrou como baterista da Calafate em 2018 e busca trazer ao repertório da banda um pouco de suas influências de bandas como Charlie Brown Jr, Red Hot, Blink.

Augusto Vedana (Guga): guitarrista, ingressou no mundo da música aos 11 anos de idade. Tem influências que transitam do Rock à MPB e do Soul ao Hip-Hop, contribuindo com mais um contraste para a sonoridade da Calafate, seja colaborando com ideias para as composições, ou nas improvisações das guitarras.

Jorge Maciel: saxofonista, iniciou a caminhada musical quando criança, tocando flauta doce até encontrar-se com o saxofone. Suas principais influências musicais vêm do jazz, reggae e blues, através de artistas como Bob Marley, The Congos, ZZ Top, Jeff Cofins, Pink Floyd e Tame Impala.

Cristhian Summers: baterista, tem sua raiz musical nas vertentes do rock dos anos 90. Logo migrou ao Reggae e, ao conhecer a banda Calafate, passou a fazer parte do intercâmbio musical com os integrantes, conhecendo e assumindo novos gêneros musicais como o Funk, o Soul, entre outros.

André Poletto: guitarrista, ingressou na banda Calafate em 2016.  Suas influências musicais variam desde linhas de guitarra mais rítmicas, como representadas pelo funk de James Brown e Tim Maia, a estilos marcados como os de The Meters e Funkadelic. Atualmente, tem aprofundado seus estudos no violão.

Serviço:

O quê: “Talk Show 12:30” com a banda Calafate.
Quando: 23 de junho de 2021, quarta-feira, às 12h30.
Onde: Canal do You Tube – Projeto 12:30 UFSC
Quanto: Gratuito e aberto à comunidade.
Contato: projeto1230@contato.ufsc.br ou com a coordenadora Bianca Kaizer pelo e-mail: bianca.kaizer@ufsc.br

Mais sobre o Projeto 12:30 em  www.dac.ufsc.br  e através das redes sociais (@projeto1230.ufsc).

Redes sociais da banda: @calafate_oficial

Projeto 12:30

Projeto cultural permanente há três décadas, é realizado pelo Departamento Artístico Cultural (DAC) da Secretaria de Cultura e Arte (SeCArte), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O Projeto 12:30 apresenta, quinzenalmente, às quartas-feiras, durante o período letivo, atrações culturais gratuitas, na grande maioria de música, junto à Praça da Cidadania, em frente ao Centro de Cultura e Eventos da UFSC, no campus da Trindade. Em períodos de atividades presenciais, o Projeto ocorre quinzenalmente no campus Trindade, e, uma vez ao mês, no Centro de Ciências Agrárias, o CCA, no bairro Itacorubi.

Atualmente, houve a necessidade de mudanças no formato das apresentações, provocada pelo momento de pandemia e pelo adiamento das atividades presenciais na UFSC. Por isso, a programação do Projeto 12:30 está totalmente digital. As atividades ocorrem a cada 15 dias, nas quartas-feiras, pelo canal do You Tube do Projeto 12:30, de forma alternada entre “Talk Show 12:30” — que são entrevistas previamente gravadas — e “Live 12:30”, com transmissões ao vivo.

Texto: Bianca Kaizer de Oliveira – Coordenadora do Projeto 12:30 / DAC / SeCArte / UFSC,  com informações da banda.

Tags: CalafateProjeto 12:30Talk Show 12:30UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto de reabilitação pós-Covid da UFSC Araranguá pode tornar-se serviço público no município

18/06/2021 16:18

Um estudo clínico desenvolvido pelo Laboratório Biologia do Exercício Físico (LaBioEx) do Centro de Ciências, Tecnologias e Saúde (CTS) do campus da UFSC de Araranguá poderá transformar-se em um serviço público para atendimento à população do município. O projeto Reabilitação para Sobreviventes da Covid-19 (RE2SCUE) tem o objetivo de desenvolver um protocolo de reabilitação para síndrome pós viral da Covid-19 e suas sequelas, principalmente cansaço e falta de ar. A Câmara de Vereadores de Araranguá aprovou um anteprojeto de lei autorizando o Município a criar o serviço.

Imagem de leo2014 por Pixabay

A proposta do anteprojeto de lei foi apresentada pelo vereador Luiz José de Souza (PL), o Luiz da Farmácia. Nas justificativas do projeto, o vereador citou que cerca de 14 milhões de brasileiros já passaram pela fase aguda da doença e cerca de 50% destes apresentaram sequelas. “O vírus atinge todas as células do corpo. Em um estudo que estamos realizando verificamos que 67% destas pessoas apresentaram sequelas. Elas permaneceram com cansaço e dores musculares”, disse o professor Aderbal Silva Aguiar Jr, coordenador do LaBioEx, durante sessão na Câmara de Vereadores de Araranguá na noite de 16 de junho.

O estudo clínico RE2SCUE é desenvolvido na policlínica do Hospital Regional de Araranguá, com financiamento do Ministério da Saúde, CNPq e Capes. Trata-se de um programa de reabilitação de oito semanas que vem apresentando resultados muito bons. “Os dados clínicos e bioquímicos serão cruzados com técnicas de Big Data e inteligência artificial para chegar ao protocolo de reabilitação. Atualmente, obtivemos sucesso em diminuir 90% destas sequelas”, afirma o professor Aderbal.

De acordo com o anteprojeto, o Município de Araranguá fica autorizado a criar o serviço público de reabilitação RE2SCUE, sob assessoria do LaBioEx na forma de recursos humanos, transmissão de conhecimento, logística, inteligência artificial e Big Data. A Secretaria Municipal de Saúde ficará responsável por implementar o serviço, provendo-o de recursos humanos, assessoria, material e equipamento necessários.

O serviço será dirigido por um profissional de Fisioterapia e poderá realizar até 240 atendimentos por mês. O LaBioEx indicará dois alunos estagiários de graduação ou pós-graduação por fisioterapeuta contratado pela Prefeitura. “Os centros de reabilitação especializados são urgentes para esta nova demanda de saúde pública, pois está claro que os cuidados aos pacientes não desaparecem após alta hospitalar. Araranguá poderá prestar um atendimento de referência e humanizado”, complementou o vereador.

LaBioEx

O Laboratório Biologia do Exercício Físico estuda os efeitos do exercício físico na saúde e em doenças, desde estudos experimentais até estudos clínicos. Está localizado no campus Mato Alto do Centro Araranguá, com infraestrutura para fisiologia, bioquímica, farmacologia e metabolismo do exercício em roedores e seres humanos. Desenvolve projetos de pesquisa e inovação em duas linhas: 1) A neurobiologia do exercício físico, como o desenvolvimento da fadiga central e mental ao exercício, e os efeitos modificadores de doença em modelos experimentais de doenças neurológicas e Covid-19. 2) Farmacologia e genética do esporte, para explorar recursos ergogênicos e fatores genômicos envolvidos no melhor desenvolvimento da forma e vida desportiva.

 

Tags: Laboratório Biologia do Exercício FísicoRE2SCUEReabilitação para Sobreviventes da Covid-19UFSC Araranguá

Nota Oficial: reitor Ubaldo oferece as boas-vindas aos estudantes de 2021.1

18/06/2021 07:44

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, emitiu uma nota oficial aos estudantes da Universidade nesta primeira semana do semestre 2021.1. Leia a nota, na íntegra, abaixo.

 

Bem-vindas, bem-vindos, estudantes de 2021.1

Chegamos ao fim de mais uma semana de recepção das nossas Calouras e Calouros da Universidade Federal de Santa Catarina!

Mais uma turma de novos estudantes ingressa na nossa instituição, e, com muito orgulho, posso dizer que é muito bom tê-los conosco. Por enquanto ainda não podemos nos encontrar pessoalmente, mas, espero que nesta semana você tenha tido a oportunidade de ser acolhido, mesmo a distância, por nossa Universidade, por seus professores, técnicos-administrativos e colegas estudantes.

A UFSC segue, neste semestre, o ensino remoto como necessidade, como medida importante de cuidado e respeito à saúde dos catarinenses. Sem esse distanciamento, estaríamos com mais de 50 mil pessoas circulando nos cinco municípios dos nossos campi, justamente quando ainda necessitamos de distanciamento social. 

Mesmo com o avanço da vacinação, ainda temos déficit de imunização na segunda dose, e falta muito para que nossa comunidade esteja segura. Estamos atravessando o início de mais uma onda de crescimento do número de casos da Covid-19, e precisamos continuar vigilantes. 

Chegamos até aqui afirmando o nosso compromisso com a segurança sanitária e com a ciência e pretendemos continuar agindo assim. 

Temos o trabalho da Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico, voltado ao acompanhamento da pandemia e ao aconselhamento de ações institucionais. Também temos o Acolhe UFSC, oferecendo acolhimento psicológico aos membros de nossa comunidade neste momento de pandemia. 

A UFSC está presente e atuante, fazendo Ensino, Pesquisa, Extensão, promovendo a Cultura e a Arte, a Inovação, o Esporte e a saúde da população. 

Então, se você começa agora sua carreira universitária, ofereço as boas-vindas calorosas da nossa UFSC. E reitero que você aproveite tudo o que o ensino superior público pode oferecer. Temos assistência estudantil, e agora com as aulas remotas também oferecemos auxílio para acesso à Internet e a computadores. 

E especialmente aos nossos estudantes que estão conosco há mais tempo, faço um convite para que aproveitem este semestre e as oportunidades de pesquisa, extensão e cultura disponíveis. Reforço aos nossos estudantes que estão perto de se formar e precisam das aulas práticas que a Câmara de Graduação está estudando quais atividades poderão ser oferecidas presencialmente, com toda a cautela e segurança. 

Tenhamos todos um excelente semestre, e espero que possamos nos encontrar em breve!

 

Ubaldo Cesar Balthazar
Reitor da UFSC

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Equipe de Serviço Social atua para garantir direitos de pacientes e familiares em todas as áreas do HU

16/06/2021 11:43

A assistente social Érica Zorzi Ferreira realiza atendimento no HU. Foto: divulgação/HU-UFSC

Desde a sua fundação, nos anos 80, o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) conta com assistentes sociais que atuam na equipe multiprofissional em praticamente todas as unidades de internação, nos ambulatórios e em grupos que prestam serviços específicos, como o Acolhe (para pessoas em situação de violência). O grupo de assistentes sociais inclui residentes e estagiários.

O chefe da Unidade de Atenção Psicossocial do HU, Deidvid de Abreu, explicou que as assistentes sociais atuam basicamente em três linhas: alta complexidade adulto, saúde da mulher e da criança e urgência e emergência. O trabalho privilegia a atenção aos pacientes e familiares e a articulação em equipe multiprofissional do HU e demais instituições que compartilham da garantia do cuidado integral em saúde e dos direitos sociais.
(mais…)

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UFSC divulga chamadas do Sisu e do Processo Seletivo 2021

16/06/2021 08:38

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta quarta-feira, 16 de junho, a quarta chamada do Processo Seletivo UFSC 2021 (Enem e Vestibulares Anteriores) e a quinta chamada do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2021.

 > Confira a 4ª chamada do Processo Seletivo UFSC 2021 – Enem 

> Confira a 4ª chamada do Processo Seletivo UFSC 2021 – Vestibulares Anteriores

> Confira a 5ª chamada do Sisu/UFSC 2021 

Os candidatos classificados devem realizar matrícula em duas etapas:

1ª On-line, no período de 16 a 18 de junho, por meio do endereço simig.sistemas.ufsc.br;

2ª Documental, entre 22 de junho e 6 de julho, através de e-mail enviado à coordenadoria do curso (ver Anexo I do Edital de Chamada).

A documentação exigida para a matrícula pelo Sisu-UFSC/2021 está definida no artigo 4º da Portaria nº 19/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021. Os documentos necessários para a matrícula pelo Processo Seletivo UFSC 2021 – Vestibulares Anteriores estão listados no artigo 4º da Portaria nº 18/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021. Por fim, a documentação para os aprovados no Processo Seletivo UFSC 2021 – ENEM está no artigo 4º das seguintes portarias: Portaria nº 17/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021, Portaria nº 18/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021, Portaria nº 20/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021 e Portaria nº 21/PROGRAD/SAAD/UFSC/2021. Todos os documentos digitalizados devem estar legíveis.

O envio dos documentos para validação das autodeclarações dos candidatos cotistas deverá ser realizado pelo Sistema de Apoio às Validações (Sisvalida), no link sisvalida.ufsc.br/validacao, conforme cronograma disponível no site saad.ufsc.br. Qualquer dúvida referente ao Sistema ou ao Programa de Ações Afirmativas (autodeclarações) poderá ser esclarecida pelos canais de contato na página da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad).

Mais informações em dae.ufsc.br.

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SC ultrapassa marca de 1 milhão de infectados pela Covid-19, traz levantamento do Necat

15/06/2021 10:25

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou no último domingo, 13 de junho, a 57ª edição do boletim semanal Covid-19 em SC. Intitulado Santa Catarina ultrapassou a marca de 1 milhão de pessoas acometidas pela Covid-19, o texto foi assinado pelo coordenador-geral do Necat, Lauro Mattei, professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC e Programa de Pós-Graduação em Administração da instituição.

Na semana em análise, entre os dias 5 e 11 de junho de 2021, o estado registrou 21.789 novos casos e 367 novos óbitos em decorrência da doença. Com isso, até o último fim de semana, mais de 1.006.090 pessoas já foram sido contaminadas em Santa Catarina, sendo que 15.964 delas morreram. Em função disso, o estado passou para o 2º lugar no ranking nacional em registros da doença a cada 100 mil habitantes e, em termos absolutos, para o 6º estado como maior número de casos e 10º estado com maior número de óbitos.

O texto completo pode ser acessado no site do Necat, onde também podem ser encontrados os boletins anteriores

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