Pró-Reitoria de Pós-Graduação promove evento para debater saúde mental

16/04/2021 09:21

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove na próxima segunda-feira, 19 de abril, das 9h às 11h, o evento on-line Afinal, o que é saúde mental? Vamos conversar sobre isso?. A transmissão irá ocorrer por meio do canal da TV UFSC no Youtube (acesse neste link).

O evento abordará temas como ansiedade e depressão, vivências de um pós-graduando, movimentação do corpo, entre outros.

Mais informações na página da Pró-Reitoria de Pós-Graduação

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Candidatura de professora da UFSC à reitoria de universidade europeia mostra força da internacionalização

12/04/2021 14:12

A professora e atual pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (PROPG/UFSC), Cristiane Derani, foi candidata à reitoria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Portugal, em pleito realizado no fim de março. Primeira concorrente mulher ao cargo na história da instituição, Cristiane promoveu uma campanha com foco em uma reforma administrativa, internacionalização, interdisciplinaridade, inovação e inclusão. Além da professora da UFSC, disputaram o comando daquela universidade Vasco Amorim e Emídio Gomes, tendo este último, candidato da situação, sido eleito pelos membros do Conselho Geral, por meio de voto digital secreto, para o mandato 2021-2025.

Cristiane revelou que o processo eleitoral era bem restrito e os demais candidatos bastante influentes na comunidade local e junto aos demais professores. No entanto, a docente enxergou na oportunidade um desafio interessante. “Foi um grande reconhecimento para minha atividade e foi a primeira vez que fiz parte de uma eleição. A nossa proposta consistia em: alternância no poder, democratização, transparência, arejamento [da instituição], trazer pessoas de qualidade e a questão da mulher. Na UTAD, 55% dos docentes são mulheres e nenhuma ocupa cargo de comando. Isso, inclusive, contraria a legislação portuguesa, que pede uma proporcionalidade”, destacou.

> Confira AQUI a página especial da candidata para a eleição

Doutora em Direito Ambiental e Econômico pela Universidade de São Paulo (USP) e J.W. Goethe Universität Frankfurt, na Alemanha, com pós-doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, na França, e pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, Cristiane é professora associada de Direito Ambiental, Econômico e Internacional da UFSC. Atualmente, além do cargo de pró-reitora, é membro do grupo diretor da rede Cambridge Global Food Security, da Universidade de Cambridge, e investigadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
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Live reúne representantes da UFSC para discutir saúde dos pós-graduandos na pandemia

06/04/2021 17:55

A live intitulada “Por uma pós-graduação saudável – conversando com os estudantes sobre sua saúde” ocorreu na manhã desta segunda-feira, 5 de abril. A iniciativa teve como objetivo abordar os diferentes aspectos que contribuem para uma pós-graduação saudável e os que acarretam em adoecimento mental, bem como fomentar o debate em torno do assunto. A gravação está disponível no canal da TV UFSC no YouTube.

O evento foi realizado a partir de uma parceria entre a Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), a Secretaria de Esportes (Sesp), a Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica Universitária (Acolhe UFSC), e os programas de pós-graduação da UFSC. A live foi dividida em três blocos, de forma a contemplar tanto a interferência do corpo como da mente na saúde psicológica dos pós-graduandos. Por fim, houve abertura para perguntas dos espectadores. 

O evento foi aberto pela pró-reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani, em conjunto com a pós-graduanda em Saúde Coletiva (PPGSC/CCS), Alessandra Lima. Para Derani, a pandemia e o isolamento social tornaram a pós-graduação um momento ainda mais difícil. Ela ressalta que “precisamos ter uma vida pessoal saudável para reconstruirmos um mundo saudável”. Francis Solange Vieira Tourinho, secretária de Ações Afirmativas e Diversidades e representante da iniciativa Acolhe UFSC, pontua a existência de “um sistema de pós-graduação acadêmico que nos cobra excessivamente, gerando mal-estar e insegurança”, além de frisar o compromisso da Universidade em ser promotora de saúde mental e contribuir para a prevenção do adoecimento.
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‘Por uma Pós-Graduação Saudável’: evento promove conversa sobre a saúde dos estudantes

31/03/2021 16:06

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) promove na segunda-feira, 5 de abril, às 9h, um evento ao vivo, com o objetivo de fomentar o debate sobre a saúde dos estudantes. A realização é uma parceria entre a PROPG e a Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD); a Secretaria de Esportes (SESP); a Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica Universitária (Acolhe UFSC); e os programas de pós-graduação. A programação reunirá diversos especialistas da UFSC e será a aula de abertura do semestre 2020.2 para a pós-graduação.

Intitulado “Por uma Pós-Graduação Saudável – Conversando com os estudantes sobre sua Saúde” o evento será transmitido pela TV UFSC, no YouTube. Haverá tradutor-intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Programação
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PROPG lança edital do Programa Suplementar de Bolsa Estudantil para PPGs com ingressantes de ações afirmativas

19/03/2021 15:44

A Pró-reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina abre inscrições, entre 29 de março a 9 de abril, para o Programa Suplementar de Bolsa Estudantil, que tem como objetivo proporcionar auxílio financeiro para a permanência dos estudantes dos cursos de pós-graduação stricto sensu da UFSC, que tenham ingressado por meio da política de ações afirmativas.

O edital é para distribuição de bolsas com recursos da UFSC aos PPGs que têm implementado a política de ações afirmativas na pós-graduação stricto sensu. Assim, a inscrição para obtenção das bolsas, similar aos procedimentos adotados pelas agências de fomento, é realizada pelo próprio programa de pós-graduação. Caso seja contemplado, o programa irá selecionar e indicar o bolsista. As bolsas serão implementadas para estudantes regularmente matriculados em cursos de pós-graduação stricto sensu que tenham ingressado até o mês de maio de 2021. Há expectativa da divulgação de novo edital até agosto de 2021 para contemplar os ingressantes no segundo semestre letivo de 2021, a depender de liberação de recursos orçamentários.

Serão disponibilizadas para este edital um total de oito bolsas de mestrado e cinco de doutorado, por até um ano. As bolsas poderão ser implementadas para o período de abril de 2021 a março de 2022, não podendo ser acumuladas com outras bolsas concedidas pelas agências de fomento. Os valores das bolsas concedidas por este edital acompanharão os valores das bolsas
pagas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES): R$ 1500 para mestrado e R$ 2200 para doutorado.

Confira o edital.

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Aos mestres, com carinho: relatos sobre a arte de ensinar e os desafios da docência em tempos de pandemia

15/10/2020 10:57

Ao ouvir as palavras professora e professor, Klay Silva, que faz estágio na Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descreve o que vem à mente: uma figura acolhedora e disposta a orientar dúvidas que surgem. Não apenas sobre a matéria que leciona – destaca a jovem -, mas sobre a vida e suas dificuldades e vitórias. “Penso naquela pessoa com voz firme e carinhosa, que passeia nas salas de aula e procura no olhar dos alunos as perguntas inquietas que guiam o propósito da sua profissão”, afirma a futura jornalista. 

Com o olhar sensível de Klay e os depoimentos que permeiam este texto, a UFSC homenageia todos os mestres – para que recebam, neste simbólico 15 de outubro, o carinho da comunidade universitária e o reconhecimento pelo trabalho primoroso prestado à sociedade. 

Segundo dados da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), a Universidade Federal de Santa Catarina conta com 2.419 professores efetivos do magistério superior e 119 professores efetivos do magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) – 99 no Colégio de Aplicação (CA) e 20 no Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI). Ao todo, a instituição soma 109 professores substitutos contratados – 93 atuam no ensino superior e 16 na educação básica. 

“Uma sociedade que valoriza a educação reconhece o papel do professor. Com o sentimento de gratidão, reconhecemos a importância do trabalho que desempenham na nossa universidade. O corpo docente, constituído por professores efetivos e substitutos, tem papel fundamental para o cumprimento da missão institucional, promovendo a formação de pessoas e o desenvolvimento da sociedade”, pontua o pró-reitor de Graduação da Universidade, professor Alexandre Marino Costa.

Durante a pandemia de covid-19, as atribuições dos docentes revestem-se de novas configurações para atender às demandas do ensino remoto na UFSC e instituições de ensino brasileiras. As salas de aula, que costumeiramente reuniam saberes e olhares em manhãs, tardes e noites nos campi, deram lugar aos ambientes virtuais, acessados por meio das telas dos computadores e celulares. O atual cenário apresenta aos professores o desafio de instruir à distância – em meio à instabilidade dos sinais de conexão à internet e ao aprendizado de ferramentas digitais.

Professores buscam, nesse contexto, métodos pedagógicos acessíveis para compartilhar conhecimentos, com atenção especial àqueles que vivenciam a falta de acesso à tecnologia. Silenciosamente, os profissionais adaptam-se a novas rotinas, reformulam planos de aula e metodologias, e intensificam o compromisso com o ensino democrático, ético e sensível às necessidades dos estudantes.

Sérgio, professor da UFSC desde 1993. Foto: Arquivo pessoal

De acordo com Sérgio Peters, professor do Centro Tecnológico (CTC), até março de 2020 parte dos professores do centro de ensino não usava recursos digitais em aulas. Com a cultura de promover encontros para trocas de experiências docentes, a partir de abril 2020 as reuniões passaram a ser semanais e ter como foco o ensino não presencial – com o envolvimento de alunos de pós-graduação e técnicos-administrativos em Educação (TAEs). Compartilhar estudos, descobertas, testes e dinâmicas de aulas foi o objetivo do grupo, que participou ativamente com proposições para a construção do modelo de ensino remoto na UFSC. 

“Os professores se superaram, fizeram a preparação, acharam seus caminhos e colocaram em prática recursos digitais em suas vidas acadêmicas. A maioria está gravando e disponibilizando as aulas. Temos muitas histórias inspiradoras – professores que adaptaram câmeras, que filmam folha de papel e transmitem pela plataforma utilizada. Alguns usam mesas digitalizadoras, outros gravam aulas previamente, disponibilizam antes e agendam aulas síncronas para dúvidas e discussões. Outros usam podcasts e recursos mais avançados”, exemplifica Sérgio, há 27 anos professor da UFSC.

O docente do CTC afirma que oportunizar revisões e defesas das avaliações, para entender melhor o que os alunos entregam nas tarefas, tem gerado maior empatia entre estudantes e mestres. Sérgio e os colegas estão atentos aos desafios que os alunos enfrentam. Local de estudos, acesso a equipamentos e novas dinâmicas em suas casas são exemplos citados.

Para Patrícia Della Méa Plentz, vice-presidente do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc-Sindical), é dia de celebrar o profissionalismo e a dedicação.Em um ano atípico e desafiador, ver os colegas engajados em ressignificar a docência – desbravando os recursos tecnológicos para atender os alunos – e ampliando os limites do conhecimento com suas pesquisas e projetos nos faz sentir ainda mais orgulho do ofício. Mesmo em um momento político conturbado e difícil para as universidades, com cortes financeiros de toda ordem e questionamentos infundados sobre nosso papel na sociedade, seguimos em frente cada vez mais fortes”.

Desde criança, Cristiane Derani sabia o que gostaria de ser quando crescesse: professora. A pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade fala do entusiasmo que sente com o fluxo de aprender, investigar, transmitir e reaprender. Para ela, o conhecimento rejuvenesce. O motivo? Ele não tem fim. Mais do que profissão, considera a docência uma arte, um ideal. Um estado de alma. “Ser professor é acreditar no ser humano e no universo, é criar a partir da dúvida, da insatisfação e da esperança. A pós-graduação da UFSC reúne professores com essas características em todas as áreas do conhecimento. O conhecimento não se esgota e é construído coletivamente – expande-se sem ocupar o espaço, mas preenche tudo o que falta, responde ao que se indaga, satisfaz com novas buscas”, reflete. 

Andressa escolheu a docência inspirada pelos mestres da graduação, do mestrado e do doutorado na UFSC. Foto: Arquivo pessoal

Entre os momentos marcantes que Andressa Sasaki Vasques Pacheco viveu na instituição, a memória que guarda com carinho de uma colação de grau no polo de ensino de Jacuizinho (RS). “A cidade tem uma população de pouco mais de dois mil habitantes. No dia da colação dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas, tínhamos mais de 400 convidados no ginásio local. Todos os alunos nos agradeceram muito, e destacavam como o nosso trabalho foi importante e que puderem realizar o sonho de cursar uma graduação em uma universidade”.

Andressa tornou-se professora efetiva da UFSC em 2011 e, desde então, ministra disciplinas nos cursos de graduação e pós-graduação em Administração. Ela coordena o projeto LINC Digital, que, com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) promoveu capacitações a docentes para o ensino não presencial. “Nessa experiência, meus ‘alunos’ foram os colegas de profissão. Alguns, inclusive, foram meus professores. A cada curso que oferecíamos, víamos o empenho e dedicação de colegas que estavam se reinventando e dando o seu melhor para que pudéssemos realizar o nosso trabalho da melhor forma possível neste período desafiador”.

“As letras embaralham os olhos, mas iluminam o caminho com as palavras, como dizia minha vó, que completou 116 anos em 2020″, afirma Josué. Foto: Arquivo pessoal

Publicitário, mestre em Memória Social, doutor em Educação e  pós-doutor em Museologia. Durante um ano e meio, até agosto de 2020, Josué Carvalho atuou como professor substituto no curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC. É filho de mãe indígena Kaingang e pai italiano, que desejavam que fosse médico, mas nunca impuseram o caminho. “Após atuar um tempo como professor, minha mãe perguntou enquanto eu especulava meu pai sobre as formas que ele media a terra sem não ter tido acesso aos números: ‘Por que você quis ser professor? Você nunca cansa de ler e perguntar!’ Minha avó, que estava fazendo seu cesto com a matéria-prima que ela mesma havia retirado da mata (há uns 15 anos), disse: ‘Então você não sabe? É porque ele precisa atravessar a ponte e, quando você conta as coisas a ele, ele não se perde e encontra os caminhos – e também não se perde pra voltar para casa”.

Com essa lembrança, Josué reflete sobre o papel dos professores, expressa preocupação ao fazer referência a tempos nebulosos vividos no País e chama atenção para a importância de enxergar a “ponte” que os profissionais representam. “Não nasci professor, fui forjado. E sou porque acredito, sim, que pela educação podemos ter uma sociedade livre, não alienada. Educação como liberdade de si e não para formação de vítimas de um sistema. Feliz nosso dia! Que continuemos a construir pontes”, defende.

“Ser docente é disseminar e compartilhar o conhecimento, poder contribuir com a evolução e transformação da sociedade”. Fabiana leciona no campus da UFSC em Blumenau. Foto: Arquivo pessoal

Ser uma universidade de excelência e cada vez mais inclusiva é um dos objetivos da UFSC, firmado na visão institucional. Fabiana Schmitt Corrêa, mestre em Linguística, é uma das responsáveis por impulsionar o ensino de Libras na Universidade. Nascida e criada em Blumenau, com irmã também surda e com pais ouvintes, desde criança foi orientada a utilizar somente a língua portuguesa em casa. Aos 22 anos, na graduação em Pedagogia, Fabiana aprendeu a língua de sinais. 

Fazer parte da primeira turma de Letras Libras da UFSC e vivenciar a acessibilidade por meio das aulas foram marcos que a impulsionaram à carreira acadêmica. A sala de aula não foi sua primeira escolha, revela. “Eu amo ensinar e amo a língua de sinais. Durante a minha trajetória, as duas coisas se encontraram. Foi amor à primeira vista e o casamento deu certo”, brinca a professora, que vê na docência um meio de transformação social.  Fabiana leciona disciplinas de Libras e Educação Especial nas Licenciaturas em Química e em Matemática no Campus da UFSC no Vale do Itajaí.

Patrícia, docente e enfermeira da UFSC. Foto: Arquivo pessoal

Patrícia Klock, docente do curso de Enfermagem e há 14 anos enfermeira do Hospital Universitário (HU), nasceu sem uma perna. A profissional, que sente orgulho de ter cursado graduação, mestrado e doutorado na UFSC, fala sobre as responsabilidades do espaço que ocupa e sobre o comprometimento que tem com a sociedade. “Ser docente, buscar construir uma carreira em que aspectos pessoais de ter uma deficiência física são desafiadores, atrelados ao significado que a UFSC representa na sociedade, é um compromisso. Com a universidade pública e gratuita, que investiu na minha formação; com o quanto minha história impacta na vida dos alunos, como alguém que já vivenciou o quanto cursar uma graduação exige dedicação, criatividade e superação. Busco exercer a empatia e o acolhimento com cada aluno que passa pela minha caminhada me transformando e me oportunizando trocas únicas e singulares”.

Para Klay, aluna da UFSC em formação por meio do ensino remoto, a celebração do Dia do Professor nos convida a olhar o que as telas não mostram. “É bom sentir que os professores continuam a luta pelo ensino e pelo saber de forma genuína, mesmo com as dificuldade acentuadas pela rotina do ensino remoto e pela falta que o contato humano causa”, resume, agradecida e esperançosa.

Curiosidades e símbolos

O ensino no Brasil nem sempre foi organizado com professores à frente do quadro e alunos em fileiras

Segundo o professor Ademir Valdir dos Santos, do Departamento de Estudos Especializados em Educação (EED) da UFSC, até o início do século XIX, a maior parte dos professores adotava o ensino individual. “Esta metodologia tem a preocupação de fazer ler, escrever e calcular a cada aluno em separado, um após o outro. Exige que o aluno recite a lição enquanto os demais trabalham em silêncio, sozinhos. Neste caso, o professor dedica poucos minutos a cada um”, detalha. A partir da metade do século XIX, o método monitorial, que surgiu na Inglaterra e na França, chegou ao Brasil. Com o método, o professor ensinava o conteúdo a alguns alunos, que tinham mais facilidade em aprender o conteúdo. E os monitores repassavam o conhecimento aos demais. 

Presentear a professora com uma maçã

Por vezes associada aos professores, simbolicamente a maçã remete ao conhecimento. A explicação: quando cortada ao meio, transforma-se em um pentagrama (símbolo do saber). Ademir explica que a fruta está relacionada, também, à lei da gravidade e à sabedoria, em referência à história da maçã que teria caído sobre a cabeça do físico inglês Isaac Newton. Outra teoria simbólica faz menção à representação de Adão e Eva e a vontade do ser humano de ter acesso ao conhecimento. A explicação mais recente estaria ligada a uma possível tradição iniciada entre os séculos XVI ao XVIII. A maçã era um dos alimentos mais comuns na Europa. Oferecer a fruta como compensação pelo trabalho mal remunerado era a solução que os pais encontravam para retribuir os professores.

Ademir acrescenta uma curiosidade: “interessante observar que o termo em inglês para ‘puxa-saco’ (bajulador, adulador) é apple-polisher, ou seja, aquele que dá polimento à maçã, que esfrega a fruta para que a casca brilhe mais antes de oferecê-la ao professor”.

Como surgiu a lousa? 

A grande lousa fixa na parede, de frente para os alunos, é uma invenção relativamente recente. Em 1800, James Pillans, diretor da Escola Superior de Edimburgo, na Escócia, queria mostrar mapas maiores nas aulas de geografia e teve a ideia de unir placas de ardósia, formando o quadro negro. A lousa surgiu para substituir materiais como o papel e a pena de ganso e enxugar os custos. Com o feito, foi possível reunir número maior de pessoas em sala. Do latim, a palavra professor e significa “pessoa que declara em público”. 

E a coruja? 

Por influência da mitologia grega, a coruja representa a sabedoria. A deusa Atena, divindade associada à inteligência, ao senso de justiça e às artes, tinha uma coruja como mascote. Os gregos consideravam a noite como um momento para o pensamento filosófico e a revelação intelectual – por ser uma ave noturna, a coruja tornou-se representante da busca pelo saber. 

Ademir Valdir dos Santos é líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação e Instituições Escolares de Santa Catarina (GEPHIESC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UFSC. O docente aborda aspectos da história de instituições escolares nas redes sociais, pelo perfil @ademhistoria no Instagram.

Texto: Jornalista Bruna Bertoldi Gonçalves, com a participação das estagiárias de Jornalismo da Agecom Klay Silva, Hillary Marcos e Virginia Witte

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UFSC aprova ingresso por cotas nos programas de pós-graduação

02/10/2020 12:22

A Câmara de Pós-Graduação da UFSC aprovou nesta quinta-feira, 1º de outubro, a Resolução Normativa que regulamenta a Política de Ações Afirmativas para negros, indígenas, pessoas com deficiência e outras categorias de vulnerabilidade social nos cursos de pós-graduação lato sensu (especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado) da UFSC. A Resolução deverá ainda ser aprovada no Conselho Universitário (CUn). Após a publicação da Resolução no Boletim Oficial da UFSC, todos os programas deverão reservar 28% de suas vagas para as cotas. A aprovação ocorreu por maioria absoluta, houve apenas um voto contrário.

Os programas de pós-graduação da UFSC deverão destinar, anualmente, 20% das vagas para candidatos pretos, pardos e indígenas, sendo válida a autodeclaração com validação posterior por meio de uma banca a ser constituída pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), e 8% para pessoas com deficiência, e outras categorias de vulnerabilidade social nos cursos de pós-graduação, a serem identificadas pelos cursos, que poderão incluir, por exemplo: estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, quilombolas, estrangeiros e refugiados humanitários, professores da rede pública, travestis, transexuais e transgêneros, estudantes beneficiários do Programa Universidade para Todos (Prouni), entre outros. No caso em que os percentuais das vagas definidas resultarem em um número fracionado, o arredondamento será feito para cima.

“É uma grande conquista”, ressalta a pró-reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani. “Atualmente muitas instituições internacionais de renome, nos Estados Unidos, Europa, Canadá, oferecem cotas raciais, econômicas, de gênero, entre outras. No Brasil também já temos universidades que aplicam de maneira normativa. É uma mudança necessária, defendida mundo afora onde se observa que a diversidade traz qualidade. Assim podemos ampliar o nosso sucesso e abrir portas para que mais pessoas possam compartilhar este espaço de excelência na UFSC”.

A secretária de Ações Afirmativas e Diversidades, Francis Solange Vieira Tourinho, aponta que a aprovação da Resolução é “um marco histórico na luta pelo direito a uma educação plural, democrática e inclusiva. Esperamos que a UFSC, enquanto instituição pública de ensino superior, com esta ação, tenha cada vez mais uma maior inclusão étnico-racial, de gênero, de pessoas com deficiência e outros grupos sociais vulnerabilizados. Espero que tenhamos cada vez mais pessoas engajadas e dispostas ao diálogo, uma postura mais aberta e receptiva da comunidade que contribua com a sensibilização institucional necessária para a consolidação da política desconstruindo a imagem de espaço reservado para a meritocracia, e abrindo as janelas do ensinar e aprender para um horizonte que construa novas realidades para as populações marginalizadas no Brasil, transformando a educação em contextos que minimizem as iniquidades e vulnerabilidades”, ressaltou.

A UFSC possui diversos programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu que apresentam vagas destinadas para ações afirmativas em seus editais de seleção: Antropologia Social, Direito, Ecologia, Educação, Educação Científica e Tecnológica (mestrado e doutorado); Enfermagem (mestrado e doutorado profissional); Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Estudos da Tradução, Filosofia, Interdisciplinar de Ciências Humanas, Saúde Pública, Serviço Social, Oceanografia (mestrado). Até junho de 2020, em notícia apurada pela Agecom, cinco programas de mestrado e doutorado acadêmico estão em fase de estudo acerca do oferecimento dessas cotas: Enfermagem, Inglês, Nutrição, Psicologia e Biologia de Fungos, Algas e Plantas.

Mesmo assim, dados de cor/raça dos estudantes matriculados em 2020 nos programas de pós-graduação da UFSC demonstram que 73,8% deles se declaram brancos, 10,94% pardos, 4,09 pretos, 0,95% amarelos, 0,25% indígenas e 10,6% não declaram cor/raça. Segundo o Censo do IBGE, a distribuição da população do Estado de Santa Catarina por cor ou raça é 79,9% brancos, 16,5% pardos, 3% pretos, 0,5% amarelos ou indígenas.

A doutoranda Kamylla Santos da Cunha, quando tomou posse como enfermeira na Prefeitura Municipal de Biguaçu. (Foto: Arquivo Pessoal)

A doutoranda Kamylla Santos da Cunha, do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, aplaudiu a decisão. Estudante da UFSC desde a graduação, ela sente racismo e discriminação nos ambientes acadêmicos e profissionais. “Durante a minha graduação, fui única nos espaços. Hoje, no hospital, sou uma das únicas negras em posição de gestão. Enquanto enfermeira do Pronto Atendimento, sou eu e mais duas, num quantitativo de quase 20. No Programa de pós, as pesquisas não têm transversalidade que discutam questões de diversidade. Na Enfermagem, entre graduação e pós-graduação, é um aproximado de 60 professores, sendo que desses, duas são pretas, porém de pele clara,” ressalta. “Isso em um curso de saúde, é bem preocupante. Fazemos atendimento às pessoas, atendemos o SUS, que tem em um dos seus princípios a equidade … equidade e acesso que muitos dos próprios profissionais não conseguem entender. Na pós-graduação, como cientistas, se não temos acesso, interesse em discutir e mudar esse projeto, as pesquisas vão continuar sendo restritas, não conseguindo atender as necessidades de todos”.

Kamylla atualmente trabalha em um hospital particular e na Prefeitura de Biguaçu. Sua tese aborda a gestão dos programas de pós-graduação em enfermagem stricto sensu no contexto das políticas públicas, analisando instituições do sul do Brasil. “Nossas referências na pós-graduação são brancas. Consumimos tudo o que é da branquitude. A referência que temos na Enfermagem é Florence Nightingale, porém diversas mulheres negras no âmbito nacional e internacional que contribuíram para a profissão são silenciadas, como a Ivone Lara, que é conhecida como sambista, mas era enfermeira, e teve importante papel na luta pela saúde mental, antimanicomial. Ingressos e egressos de enfermagem não têm contato com essas histórias”, reforça Kamylla.

Sua trajetória, explica a estudante, foi permeada de dificuldades. “Nós temos que ser três, cinco vezes melhores para conseguir uma vaga. Sempre temos que provar que somos capazes. Eu já fui acusada de plágio. Hoje sou uma das alunas que mais publicou, que mais contribui em quantidade e qualidade no meu programa. Ter que sempre mostrar força, resiliência, isso acaba com a saúde mental e repercute na nossa escrita também”, conclui a aluna.

Anahí Guedes de Mello é doutora pela UFSC. Ela é surda e sua tese recebeu uma menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2020. (Foto: Arquivo Pessoal)

Uma das alunas que se destacou no Prêmio Capes de Tese 2020Anahí Guedes de Mello, defendeu a tese Olhar, (não) ouvir, escrever: uma autoetnografia ciborgue, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. A antropóloga e pesquisadora é surda desde a infância e identifica-se como ativista, feminista, lésbica. É referência nos Estudos Críticos da Deficiência na América Latina, e seus principais aportes apontam à necessidade de reconhecer o capacitismo como categoria interseccional que frequentemente gera violências dirigidas às pessoas com deficiência. Em uma entrevista publicada em agosto, Anahí aponta que “uma possível explicação para as disparidades educacionais encontradas na população com deficiência deve-se à precariedade do atendimento a essas pessoas desde as primeiras fases da educação, além da falta de informação e capacitação dos diretores, professores e demais funcionários das escolas, o que reflete, por conseguinte, no fato de que as políticas públicas de inclusão nas escolas costumam atacar as consequências e não as causas”.

“A acessibilidade do espaço físico e às comunicações, bem como as condições didático-pedagógico-tecnológicas oferecidas pela escola, igualmente podem influenciar decisivamente no desempenho escolar dos alunos com deficiência”, explica. Na pós-graduação não é diferente. “Em todos os níveis de ensino deve ser garantido o acesso. O meu programa, PPGAS, já chegou a ter uma comissão interna de acessibilidade quando eu estava no mestrado, quando as ofertas da CAE [Coordenadoria de Acessibilidade Educacional] não eram suficientes no meu caso. Diria que não exatamente dificultavam meus estudos porque eu conseguia contornar por esforço próprio, mas com certeza facilita muito mais se tiver à disposição serviços de acessibilidade”, pontua Anahí.

Anahí ingressou na UFSC como estudante do curso de Química. “Em 1998 comecei a militância no campo da deficiência ainda enquanto estudante de Química, pautando questões de acessibilidade comunicacional, do meu acesso ao conhecimento enquanto surda não usuária da língua brasileira de sinais (Libras). Estava insatisfeita com o modo como a questão da surdez era pensada política e teoricamente, com uma perspectiva hegemônica que impunha a comunicação por meio da língua de sinais brasileira como o único modo ‘legítimo’ de ser surda, quando se sabe que as pessoas surdas compõem um grupo social muito heterogêneo. Ou seja, há muitas maneiras ou modos de ser surda”, conta. Após ter contato com textos sobre os processos de exclusão das pessoas com deficiência, os estudos feministas da deficiência, Anahí decidiu seguir sua trajetória acadêmica nas Ciências Sociais, terminando o bacharelado em 2009 e a licenciatura em 2011. Em seguida, conquistou seu mestrado em 2014, e o doutorado em 2019. Todos os processos seletivos dos quais ela fez parte na Universidade aconteceram antes de haver cotas para pessoas com deficiência. “Sou um ponto fora da curva, o que não quer dizer que elas [as  cotas] não devam existir”.

Equipamentos e serviços, explica a doutora, são uma “extensão do corpo” da pessoa com deficiência. Sua tese, inclusive, é uma autoetnografia, um estudo sobre suas próprias experiências. “É também uma tese sobre a surdez, a minha surdez.”

Processo e decisão

O processo de aprovação da Política começou em 2018, quando foi nomeada uma comissão para elaborar a proposta de Resolução, formada pela pró-reitora, Cristiane Derani (PROPG/UFSC), pela secretária de Ações Afirmativas e Diversidades, Francis Solange Vieira Tourinho (Saad/UFSC), pela professora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas, Carmen Sílvia Rial (PPGICH/UFSC), pela professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Vania Zican Cardoso (PPGAS/UFSC) e pelo representante da Associação de Pós-Graduandos, lgor Luiz Rodrigues da Silva (APG/UFSC). A Resolução também passou por consulta pública, e ampla discussão na Câmara.

Em agosto de 2020, a Minuta foi encaminhada para apreciação dos conselheiros, e foi escolhida a relatora, professora Ariane Zamoner, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica (PPGBQA). “O instrumento aprovado é muito relevante como medida de reparação de assimetrias históricas, garantindo o acesso e a permanência de negros(as), indígenas, pessoas com deficiência e outras categorias de vulnerabilidade social nos cursos de pós-graduação da UFSC. A aprovação dessa minuta foi realizada em uma reunião muito tranquila, sem resistências por parte dos conselheiros, num debate bastante positivo. Esse é mais um exemplo do protagonismo UFSC, uma Universidade à frente de seu tempo, que vem atuando pela democratização do acesso ao ensino superior e à pós-graduação. Hoje, a CPG reiterou o compromisso com a superação das desigualdades no âmbito da Pós-Graduação da UFSC”, declarou.

Em seu parecer, a relatora reforçou o caráter de promoção dos valores democráticos e de respeito à diferença e à diversidade socioeconômica, regional, étnico-racial e de acessibilidade que as Ações Afirmativas representam. Além do ingresso de estudantes, a Resolução prevê mecanismos de permanência desses grupos nos cursos de pós-graduação da UFSC. A relatora apresentou parecer favorável à aprovação da Resolução, e justificou: “Cabe à instituição a criação, planejamento, implementação, acompanhamento e avaliação de políticas de acesso a pós-graduação em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas. Caberá à instituição assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar o acesso aos cursos de pós-graduação em igualdade de oportunidades e condições com as demais pessoas”.

Durante o debate na Câmara, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Diferenças, Arte e Educação (Alteritas) leu uma Nota de Apoio. A Câmara também discutiu o assunto durante reunião em 2 de julho, com a participação dos professores José Alexandre Filizola Diniz Filho e Luiz Mello de Almeida Neto, ambos da Universidade Federal de Goiás (UFG), que compartilharam a experiência da universidade como a primeira a normatizar as políticas de ações afirmativas na pós-graduação, em 2015.

Legislação

O tema das políticas de ações afirmativas na pós-graduação faz parte da legislação vigente. Em 2016, o Ministério da Educação publicou a Portaria Normativa nº 13, de 11 de maio de 2016, que incentiva a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades federais. A norma amplia para além da graduação a política de ações afirmativas (PAA) estabelecida pela Lei nº 12.711, mais conhecida como Lei de Cotas, criada em 2012. Houve uma tentativa de revogar a Portaria, porém o ato ministerial foi revogado.

A promoção do ingresso e permanência de pessoas com deficiência também se apresenta necessário na legislação, pela Lei Nº 13.146/2015, que versa que “a educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem.”

A acessibilidade educacional na UFSC, para estudantes com deficiência é trabalhada pela CAE, por meio de cursos para docentes (Docência Acessível – Profor/Prograd) e para técnicos-administrativos (Acessibilidade no Ambiente Universitário – CCP/Prodegesp). Desenvolve também reuniões de assessoramento aos cursos de graduação e pós-graduação nos quais há estudantes com deficiência matriculados; a participação em disciplinas dos cursos de graduação para trabalhar o tema; a elaboração de documentos institucionais acerca da acessibilidade; o apoio à promoção de acessibilidade aos estudantes com deficiência por meio de bolsas de estágio não-obrigatório; e o suporte institucional para organização de ações voltadas às pessoas com deficiência.

 

 

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UFSC forma 265 mestres e 194 doutores durante pandemia de Covid-19

20/08/2020 12:37

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) formou 194 doutores e 265 mestres em programas de pós-graduação durante a pandemia de Covid-19 – de 11 de março, quando a Organização Mundial de Saúde elevou o estado de contaminação da doença, até 31 de julho. O número deve aumentar, já que alguns programas só inserem a informação quando o estudante entrega a documentação para expedição do diploma – por enquanto, são 459 defesas bem sucedidas na UFSC no período de pandemia.

Fonte: PROPG, 18/08/2020

De acordo com os dados da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), todo o primeiro semestre de 2020 teve 1.014 bancas de 351 doutores e 663 mestres (confira a separação por curso ao final do texto).

No primeiro semestre de 2019, sem pandemia, a UFSC formou 438 novos doutores e 1.021 novos mestres (1.459 no total).

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia do Conhecimento (PPGEGC) realizou sua primeira defesa on-line, da mestranda Graziela Bresolin, em 31 de março, seis dias após a assinatura da Portaria Normativa permitindo a participação de todos os membros da banca e do estudante por meio de sistema de áudio e vídeo em tempo real – no procedimento anterior isso era expressamente proibido. “Assim que a Portaria de bancas on-line da PROPG foi publicada, já estávamos com salas virtuais preparadas e com processos de secretaria remodelados. “Desde então foram 52 defesas, incluindo bancas de programas parceiros (Bioquímica, Ciência da Informação, Energia e Sustentabilidade, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Sanitária Ambiental, Farmácia, Nutrição, Perícias Criminais Ambientais, Sistemas de Transporte e Gestão Territorial)”, conta o coordenador do PPGEGC, Roberto Pacheco.

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Inscrições até o dia 31 para bolsas remanescentes do Programa Print-Capes-UFSC

04/08/2020 13:33

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) publicou editais com vagas para bolsas remanescentes do Programa Print-Capes-UFSC. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 31 de agosto de 2020. Podem participar docentes e discentes vinculados a pós-graduações participantes do programa e as modalidades disponíveis são: Doutorado Sanduíche no Exterior, Professor Visitante no Exterior Júnior e Sênior e Professor Visitante no Brasil.

O início do período de vigência dessas bolsas compreendem entre janeiro e março de 2021.

Os editais estão disponíveis no site https://propg.ufsc.br/cin/print/editais-print/.

Mais informações pelo e-mail cin.propg@contato.ufsc.br

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Programas de Pós-Graduação da UFSC têm autonomia para adoção da política de ações afirmativas

29/06/2020 10:00

Reunião da Câmara da PROPG debate política de ações afirmativas no próximo dia 2 de julho. Foto: Alissa De Leva/Unsplash

O último ato do ministro Abraham Weintraub à frente da pasta da Educação foi revogar a Portaria Normativa nº 13, de 11 de maio de 2016, que incentiva a política de cotas para negros, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades federais. A medida recebeu críticas do Congresso e foi alvo de despacho no Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Advocacia-Geral da União se manifestasse sobre a ação. Poucos dias depois, o Ministério da Educação (MEC) tornou sem efeito a portaria publicada no dia 16 de junho.

A norma de 2016 amplia para além da graduação a política de ações afirmativas (PAA) estabelecida pela Lei nº 12.711, mais conhecida como Lei de Cotas, criada em 2012. Segundo a secretária de Ações Afirmativas e Diversidade (Saad) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Francis Solange Vieira Tourinho, se confirmada, a revogação da portaria nº 13/2016 não afetaria a continuidade de adoção de medidas deste âmbito na instituição. “Na prática, as Instituições Ensino Superior passariam a estar desobrigadas de apresentar propostas relativas à inclusão de PAA na pós-graduação. Além disso, cabe destacar que essas instituições têm autonomia para implantação e justificativa jurídica, conforme declaração do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade das políticas de ações afirmativas”, explica.

A UFSC possui hoje diversos programas de pós-graduação lato sensu e stricto sensu que apresentam vagas destinadas para ações afirmativas em seus editais de seleção: Antropologia Social, Direito, Ecologia, Educação, Educação Científica e Tecnológica (mestrado e doutorado); Enfermagem (mestrado e doutorado profissional); Engenharia de Sistemas Eletrônicos, Estudos da Tradução, Filosofia, Interdisciplinar de Ciências Humanas, Saúde Pública, Oceanografia (mestrado). Atualmente, cinco programas de mestrado e doutorado acadêmico estão em fase de estudo acerca do oferecimento dessas cotas: Enfermagem, Inglês, Nutrição, Psicologia e Biologia de Fungos, Algas e Plantas.

Cada programa possui autonomia para decidir quais grupos serão beneficiados e qual será o percentual de vagas destinadas. Além de negros, indígenas e pessoas com deficiência, a UFSC tem ações que contemplam estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica, quilombolas, estrangeiros e refugiados humanitários, professores da rede pública, travestis, transexuais e transgêneros, estudantes beneficiários do Programa Universidade para Todos (Prouni), entre outros. De acordo com os editais de seleção, o candidato, no ato da inscrição, deve assinalar que deseja preencher uma das vagas de PAA e em qual categoria irá concorrer.

Levantamento realizado pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação

O mais recente levantamento feito pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), realizado em junho de 2018, constatou que, dentre os 49 programas de pós da UFSC que responderam à pesquisa, somente cinco adotavam à época a política de ações afirmativas (10,2% do total). Todos os cinco disponibilizavam vagas para negros; quatro deles para indígenas; e apenas um para pessoas com deficiência. Dentre os programas que oferecem vagas para negros, dois reservam 10% para estes candidatos, enquanto os outros três disponibilizam 5%, 15% e 20%.

Entre os dados apresentados na coleta de informações promovida pela PROPG, há o quantitativo de alunos, por raça, regularmente matriculados na pós-graduação stricto sensu da Universidade. A grande maioria – 77,7% – é formada por alunos que se autodeclaram brancos. Em seguida, aparecem as raças: parda (10,6%), preta (3,4%), amarela (1,2%) e indígena (0,2%). Cerca de 7% dos estudantes consultados optaram por não declarar sua raça. Um dos motivos citados no levantamento para a não adesão de programas à PPA é o fato de os cursos de graduação da Universidade já realizarem a reserva deste tipo de vaga.

A secretária Francis Tourinho, no entanto, considera que a adoção de ações afirmativas apenas na graduação não é suficiente para reparar ou compensar efetivamente as desigualdades sociais resultantes de um legado histórico de exclusão social, desigualdade estrutural, racismo estrutural e graves atitudes discriminatórias que se perpetuam no presente. “A universidade é um reflexo da sociedade em que está inserida. E vivemos em uma sociedade onde o caráter discriminatório traz como um dos maiores desafios o acesso, uma vez que este é elitizado e visto como uma conquista inerente ao conceito utilizado de meritocracia. A universidade cumpre um importante papel nesta disputa, destacando a sub-representação das populações excluídas, discriminadas e marginalizadas”, destaca.

Para a pró-reitora de Pós-Graduação da UFSC, Cristiane Derani, o maior desafio é a construção do entendimento do propósito das ações afirmativas junto a todos atores envolvidos na pós-graduação. “Às vezes as pessoas acham que, com a inserção de cotas no processo seletivo, haveria um afastamento daquilo que seria natural da pós-graduação, que é a seleção dos melhores. (…) Mas isso [a política de ações afirmativas] de modo algum fere os ideais da pós, que é a formação de alto nível, de grandes pesquisadores. Muito pelo contrário, cria espaço para um aumento da diversidade de pensamento, tão necessária para o arejamento das pesquisas e da inovação que são próprios da pós-graduação”.

O tema será uma das pautas na próxima reunião da Câmara da Pós-Graduação da UFSC, marcada para a próxima quinta-feira, dia 2 de julho. Os professores Luiz Mello e José Alexandre Diniz farão uma apresentação sobre a política de ações afirmativas dentro da pós-graduação da Universidade Federal de Goiás (UFG), pioneira na implantação de uma norma geral de cotas para a área, ainda em 2016. A pró-reitora Cristiane Derani esclarece que a reunião ocorre em um momento em que a Câmara discute alterações no Regimento Geral da Pós-Graduação. Algumas mudanças poderiam alterar as diretrizes para a política de ações afirmativas, independentemente da publicação de uma resolução específica sobre a matéria.

Derani salienta ainda que a questão das cotas está relacionada com o processo colonial de ocupação dos espaços políticos, educacionais e científicos do país. “Quando começamos a trabalhar com a cotas, começa a haver a ruptura desse espaço. Está sendo muito pedagógico fazer com que as pessoas que não estavam habituadas a conviver com a diversidade passassem a ver com mais proximidade a cara do Brasil. E trazendo isso para dentro do ensino superior, inclusive na pesquisa, você tem condições de dar respostas muito mais adequadas à nossa realidade. Isso a gente só consegue com diversidade e fazendo com que a Universidade seja realmente um microcosmo do que é a nossa sociedade”, afirma.

Fraudes são uma preocupação

De acordo com a secretária Francis Tourinho, uma das maiores preocupações referentes à política de ações afirmativas são as fraudes. Entre 2014 e 2017, devido a uma decisão do Conselho Universitário (CUn), a UFSC retirou a verificação das autodeclarações e dispensou o procedimento de heteroidentificação para as vagas de pretos, pardos e indígenas (PPI). Porém, há três anos, depois de uma pesquisa promovida pela Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidade, observou-se o ingresso de um grande número de estudantes que não deveriam ser beneficiários por não pertencerem aos grupos étnicos específicos das cotas. Assim, em sessão realizada em julho de 2017, o CUn decidiu pelo retorno da heteroidentificação para as cotas PPI.

“O trabalho da UFSC desenvolvido nos processos de heteroidentificação (análise fenotípica) é pautado em leis específicas e tem organização e treinamento dos membros que participam das bancas, compostas por docentes, técnicos administrativos, discentes, membros do movimento negro externo à Universidade, com diversidade de gênero e étnica. A UFSC vem se destacando como modelo pelo seu protagonismo nas diversas modalidades de verificação que realiza: renda, pretos, pardos, negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiências na graduação e atualmente nos demais grupos beneficiados nas cotas da pós-graduação”, finaliza a secretária Francis.

Maykon Oliveira/Jornalista da Agecom/UFSC

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Pró-reitora de Pós-Graduação da UFSC participa de podcast sobre educação pública

23/06/2020 09:07

A 20ª e a 21ª edições do podcast No Leme trazem a educação pública como ponto central do debate. O advogado e doutorando em Ciências Jurídicas e Políticas pela Universidade Pablo de Olavide, na Espanha, Ricardo Mendonça conversa sobre o tema com a pró-reitora de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Cristiane Derani, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, e o professor e pesquisador Fernando Antônio de Carvalho Dantas.

O convidados debaterão sobre a importância, para a sociedade acadêmica, do processo democrático na escolha de reitores de universidades. A falta de investimentos no ensino superior, ciência e tecnologia e a diferença entre Ensino a distância (EaD) e o Ensino Remoto Emergencial, que ganhou destaque durante a pandemia, são outros temas abordados no podcast.

> Clique AQUI para ouvir os episódios 21 e 22 do podcast no Leme

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Administração Central publica nota sobre atividades de ensino de Pós-Graduação

27/05/2020 18:56

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Ubaldo Cesar Balthazar e a pró-reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani, divulgaram nota oficial acerca das atividades de ensino da pós-graduação na Universidade.

Confira, abaixo, na íntegra:

Nota à Comunidade Universitária

O Reitor, Ubaldo Cesar Balthazar, e a Pró-Reitora de Pós-Graduação, Cristiane Derani, esclarecem que, com relação à deliberação da Câmara de Pós-Graduação (CPG), aprovada nesta quarta-feira, 27 de maio, não há nenhuma decisão de retorno imediato às atividades de ensino nos Programas de Pós-Graduação da UFSC. Foi aprovada a possibilidade de utilização de ensino remoto em consonância com as futuras decisões da Administração Central.

Destacam ainda, que há uma Portaria Normativa vigente até 31 de maio, que suspende todas as atividades de ensino, em todos os níveis e modalidades, em virtude da pandemia de Covid-19. Atualmente está em pleno funcionamento, na UFSC, um modelo de governança, formado por subcomitês, para avaliar, planejar e propor alternativas a todas as atividades – administrativas e acadêmicas – da Universidade neste momento crítico.

Portanto, foi aprovado na CPG um instrumento de identificação das condições de oferta e demanda de acesso a estudantes e docentes, além da possibilidade de “uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para a realização de atividades de ensino remoto na pós-graduação stricto sensu, durante o período de suspensão das atividades presenciais na UFSC, em virtude da pandemia de Covid-19″.

Antes de publicar essa Resolução, o documento será apresentado para avaliação de subcomitês e sua aplicação efetiva dependerá, ainda, da Portaria Normativa do Reitor, a ser publicada nesta sexta-feira.

Por fim, alertamos toda a comunidade que a UFSC não admitirá notícias levianas e irresponsáveis que imputem à instituição qualquer decisão precipitada.

Ubaldo Cesar Balthazar
Reitor da UFSC

Cristiane Derani
Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFSC

Tags: Administração CentralCâmara de Pós-GraduaçãoComitê de Combate à Pandemia da Covid-19coronavírusPROPGUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

PROPG incentiva formação de delegação da UFSC para 14º Congresso Mundos de Mulheres

30/04/2020 08:21

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) incentiva ações para a organização da delegação brasileira que irá participar do 14º Congresso Mundos de Mulheres, em setembro de 2021, na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, no Moçambique. 

A Comissão Pró-Moçambique 2021, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), está mobilizando pessoas interessadas para integrarem o grupo da próxima edição. O tema do evento é “FeminismoS AfricanoS – construindo alternativas para as mulheres e para o mundo através de um corredor de saberes que cuida e resiste”.

O Mundos de Mulheres (MM) é um evento internacional e interdisciplinar que congrega diferentes áreas da academia de todo o mundo. O encontro tem como objetivo principal a criação de um espaço de debate amplo para refletir e dialogar sobre ações e experiências, além de questionar e (re)construir paradigmas a partir de perspectivas diferentes e interdisciplinares.

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Tags: IEGInstituto de Estudos de GêneroMoçambiqueMundos de Mulheres (MM)PROPGUniversidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

UFSC utiliza plataformas digitais para manter atividades essenciais da instituição

28/04/2020 15:54

A cerimônia de colação de grau de 46 estudantes de Medicina, realizada por meio de videoconferência, foi a primeira na história da instituição.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está utilizando plataformas digitais, videoconferência e softwares de comunicação para manter atividades essenciais e inadiáveis nas Unidades de Ensino durante o período de suspensão do expediente presencial. Além das colações de grau em gabinete, realizadas por videoconferência, os Centros de Ensino da UFSC vêm realizando reuniões virtuais de órgãos colegiados e até processos de escolha de gestores e representantes. Essas atividades são oficializadas pelas ferramentas de autenticação e certificação já existentes na UFSC, como o sistema de assinaturas digitais.

Além das atividades essencialmente administrativas, como reuniões de colegiados, algumas ações por meio virtual envolvem diretamente os alunos. As colações de grau em gabinete por meio de videoconferência são um exemplo. A formatura antecipada de 46 estudantes do curso de Medicina, no dia 24 de abril, foi uma experiência tecnicamente bem-sucedida e mostrou a viabilidade do formato. Na segunda-feira, 27 de abril, houve a colação de grau on-line de seis estudantes de Ciências Biológicas da UFSC.
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Tags: coronavírusPró-reitoria de Graduação (Prograd)PROPGUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC permite realização de bancas de qualificação e defesa de pós-graduação online

01/04/2020 16:01

A Pró-reitoria de Pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (Propg/UFSC) emitiu no dia 25 de março a Portaria Normativa nº 2 em que permite a realização de bancas de qualificação e defesa de trabalhos de conclusão de mestrado e doutorado na UFSC. A portaria tem vigência durante o período de emergência ante a pandemia em curso e permite que todos os integrantes da banca e os autores de dissertações e teses realizem a sessão integralmente à distância, desde que as gravações fiquem disponíveis nos respectivos Programas de Pós-graduação.

Confira a portaria na íntegra:

Portaria Normativa nº 2/2020/Propg

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Atividades de pós-graduação na UFSC estão suspensas

18/03/2020 14:22

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunicou nesta quarta-feira, 18 de março, a suspensão de todas as atividades relacionadas à pós-graduação na Universidade. A medida foi informada aos coordenadores de programas de pós-graduação através de ofício assinado pela pró-reitora Cristiane Derani e é válida até a reabertura dos campi da UFSC. Segundo o ofício, a suspensão ocorre “em virtude da divulgação do primeiro caso de transmissão comunitária do Covid-19 em Santa Catarina e do Decreto de Emergência do Governo do Estado” .

Anteriormente, a Coordenadoria de Internacionalização da Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) havia divulgado documento com orientações relacionadas ao Programa Institucional de Internacionalização (Print/Capes). O documento estabelece, entre outras medidas, que estão suspensas ações que implicam em mobilidade de estudantes e docentes nacionais e estrangeiros, atividades dos centros de aplicação de teste de certificado de línguas estrangeiras e, até que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) se manifeste, o cronograma dos editais em andamento.

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Pró-Reitoria de Pós-Graduação informa retificação dos editais Print-Capes/UFSC 2020

10/03/2020 08:38

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG) da Universidade Federal de Santa catarina (UFSC) divulgou que foram retificados os editais publicados no âmbito do programa Print-Capes/UFSC. A retificação visa contemplar as alterações estabelecidas pelo Ofício nº 4-2020, além de outras pequenas correções em editais previamente publicados.

A principal alteração é o estabelecimento de novo período de início de vigência das bolsas (novembro de 2020). O período de inscrições permanece inalterado e termina em 16 de março de 2020. Tanto o documento que discorre sobre as alterações, quanto os editais retificados podem ser consultados neste link.

Notícia atualizada às 12h39 de 10 de março de 2020.

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UFSC promove curso internacional sobre mudanças climáticas, poluição e biodiversidade marinha

09/01/2020 11:38

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com o financiamento do programa CAPES-PrInt realiza, de 13 a 24 de janeiro o curso “ECHOing sustainability/Ecoando Sustentabilidade- Global and local stressors impacts in Marine biodiversity”. Ministrado em inglês, a disciplina já está com inscrições encerradas, e será conduzida pelos professores Paulo Horta, do Departamento de Botânica da UFSC e Jason Hall-Spencer, da University of Plymouth, no Reino Unido.

O objetivo é estudar os impactos das mudanças climáticas, interações com a poluição, e a biodiversidade marinha. O público-alvo são alunos da pós-graduação em Ecologia, Biotecnologia e Oceanografia. Haverá aulas em sala de aula e laboratório, a bordo do Veleiro Eco-UFSC, o único veleiro de pesquisa oceanográfica da América Latina.

Além de debater os problemas e impactos, o curso irá apresentar possíveis soluções para essas questões que ameaçam a qualidade de vida e segurança alimentar da humanidade. “A proposta final é contribuir para a maior resiliência da sociedade, especialmente a sociedade catarinense, considerando as mudanças climáticas e estressores relacionados à poluição costeira” salientou o professor Paulo Horta.

Saiba mais:
Plano de ensino ECHOing Sustainability-Ecoando Sustentabilidade

 

Tags: Capes/Printpós-graduaçãoPROPGUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Mestrado Interinstitucional Internacional da UFSC forma primeira turma em Punta Arenas, Chile

12/12/2019 16:01

Foto: Divulgação

O Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC realizou, no último dia 6 de dezembro, a formatura de sua primeira turma de Mestrado Interinstitucional Internacional (MINTER) em Punta Arenas, província de Magallanes, Chile. O curso é resultado do convênio realizado entre a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidad de Magallanes (UMAG). Foram tituladas vinte enfermeiras, incluindo docentes da Universidade de Magallanes e enfermeiras da rede de atenção à saúde da região.

A cerimônia de formatura foi presidida pela vice-reitora da UFSC, Alacoque Lorenzini Erdmann e pelo reitor da Universidad de Magallanes, Juan Oyarzo Pérez. Estiveram presentes também o superintendente de Pós-Graduação da UFSC, Juarez Vieira Nascimento, a coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Jussara Gue Martini e a decana da Escola de Saúde da Universidad de Magallanes, Mariella Alarcon, além de autoridades, professores da UMAG, familiares e amigos das formandas.

A UFSC e a UMAG já iniciaram tratativas para oferecer um Doutorado Interinstitucional Internacional (DINTER), com previsão de implementação ainda em 2020. 

Mais informações no site da UMAG.

 

 

Veja também:
Delegação da UFSC visita universidade chilena para fortalecer pós-graduação

Tags: CCSPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPROPGUFSCUMAGUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC seleciona 29 professores visitantes; inscrições até 18 de novembro

08/11/2019 08:37

O Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abre inscrições para contratação de 29 professores visitantes que atuarão, por tempo determinado, em Programas de Pós-Graduação de Araranguá, Curitibanos e Florianópolis. As inscrições devem ser feitas no período de 4 a 18 de novembro de 2019.

Mais informações no Edital nº 118/2019/DDP ou pelo site propg.ufsc.br/ca/professorvisitante

Tags: edital 118/2019/DDPPROPGUFSC

Bloqueio da Capes ainda atinge 93 bolsas de pós-graduação da UFSC

18/09/2019 12:35

“A UFSC teve, ao todo, 248 bolsas de pós-graduação bloqueadas, incluindo as de mestrado, doutorado e de pós-doutorado, vinculadas à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), tornando-se, assim, a instituição com maior perda de cotas de bolsas no país. Desse número, até o momento, 155 foram devolvidas, restando 93 bolsas cortadas durante o ano de 2019”, salienta a pró-reitora Cristiane Derani, gestora da área na Universidade.

A pós-graduação na UFSC é reconhecida, nacional e internacionalmente, pela sua excelência. Prova disso é que, recentemente, quatro teses defendidas por estudantes da instituição receberam o “Prêmio Capes de Tese 2019” e quatro menções honrosas. Além disso, no ranking da revista inglesa Times Higher Education (THE), divulgado no último dia 11 de setembro, a UFSC foi classificada como a 3a melhor entre as federais e a 5a melhor universidade do Brasil. Diante deste cenário, a pró-reitora, que também preside a Câmara de Pós-Graduação (CPG), reforça o compromisso desse colegiado “em defender a qualidade e o aprimoramento da pós-graduação, principalmente em momentos de incertezas e insegurança financeira”.

Na UFSC, os programas de fomento à pesquisa “DS” (Demanda Social) e “Proex” (Programa de Excelência Acadêmica) foram atingidos pela medida. Neste ano, com os cortes nos meses de maio e setembro, totalizaram:

Programa Mestrado Doutorado Pós-Doutorado Total
Capes DS 54 72 44 170
Capes Proex 26 35 17 78
Total 80 107 61 248

Quase 250 alunos de pós-graduação da UFSC foram afetados por esse abrupto corte das bolsas imposto pelo MEC. Deste universo, dois doutorandos em Educação Física – programa possui nota 6 na Capes, ou seja, excelência no cenário brasileiro – relatam o peso desta medida do Governo Federal em suas vidas.
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UFSC alavanca processo de internacionalização com Programa Capes/Print

16/08/2019 15:29

 

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desde a implementação do Programa Institucional de Internacionalização – Capes/Print em outubro de 2018, ampliou o financiamento às bolsas e participação em eventos internacionais. Esse investimento vem favorecendo os resultados da UFSC em pesquisas e a qualidade dos programas de pós-graduação. 

Até o presente, a UFSC conta com 92 bolsistas indicados, 25 subprojetos e 34 programas de pós-graduação contemplados e 76 instituições de ensino superior estrangeiras envolvidas. Esse resultado deve-se ao trabalho realizado no âmbito Capes/Print. Além disso, nos últimos meses foi possível realizar grandes eventos internacionais na Universidade, em diversas áreas como Enfermagem, Direito, Sustentabilidade e Inovação, Educação Científica e Tecnológica. A UFSC, desde setembro de 2018, recebeu pesquisadores da Austrália, Reino Unido, Estados Unidos e França, entre outros.
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UFSC compõe grupo de pesquisa para nova política alimentar da União Europeia

27/06/2019 13:36

Professora e pró-reitora de Pós-graduação da UFSC, Cristiane Derani.

Referência em direito ambiental e Fellow do Centro de Pesquisas C-EENRG (Centre for Environment, Energy and Natural Resource Governance), na Universidade de Cambridge, a professora e pró-reitora de Pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (PROPG/UFSC), Cristiane Derani, representa a UFSC, única universidade fora da Europa, no Grupo de Trabalho restrito constituído especialmente para pesquisar e responder a seguinte questão: Como construir um sistema alimentar sustentável que também tenha uma justa e durável distribuição de alimentos? A pergunta de pesquisa surge diante do projeto da União Europeia (UE) em lançar em 2020 uma política para a segurança e sustentabilidade alimentar.

O convite para participar deste grupo, composto por 12 pesquisadores da Europa que atuam nas áreas de ciências humanas, surgiu devido à estreita relação de pesquisa de Derani com Cambridge. “Durante o pós-doutorado em 2016 publiquei trabalhos, participei de projetos e proferi palestras sobre Mudanças climáticas, proteção da biodiversidade para a segurança alimentar, ou seja, questões relacionadas ao meio ambiente e a produção e distribuição de alimentos”, relembra a pesquisadora.

A relação com a universidade inglesa fez com que Derani ingressasse no Global Cambridge Food Security, uma rede de pesquisadores de Cambridge que trabalham a segurança alimentar. “A partir disso, embora brasileira, devido ao vínculo com a universidade, fui chamada para atuar no aconselhamento à União Europeia (UE), o que considero muito interessante”, diz ela.

É comum que grupos de cientistas sejam formados para dar consultoria e, por meio de um Relatório, orientar as políticas a serem realizadas na União Europeia. A UFSC é a única universidade fora da Europa que está neste seleto grupo. “Na UE as leis são construídas a partir da ciência, ou seja, a política é feita a partir da ciência, então existem vários grupos de cientistas que estão permanentemente vinculados à Comissão Europeia para prover os políticos de conhecimento, algo que o Brasil precisa aprender”, esclarece Derani.

No dia 25 de junho a pró-reitora esteve em Berlin, na Alemanha, para participar da primeira reunião com o Grupo de Trabalho que prestará informações científicas ao Mecanismo Europeu de Aconselhamento Científico (European Scientific Advice Mechanism – SAM), sendo que o primeiro esboço do Relatório de Revisão de Evidências deve ser apresentado em 13 de setembro e o Relatório Final finalizado até março de 2020.
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Workshop sobre ‘Internet das Coisas’ compreende atividades de internacionalização da UFSC

24/06/2019 14:33

Apresentação do projeto Print / Universidade de Cambridge e da tecnologia que será repassada à UFSC para múltiplo uso aos coordenadores dos 27 projetos que compõe o financiamento CAPES/PRINT. (Foto: arquivo pessoal)

Desde o lançamento do Programa Institucional de Internacionalização Capes-PrInt na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2017 diversas ações vêm sendo desenvolvidas com foco na internacionalização da universidade. Para dar continuidade às atividades, no dia 27 de junho, quinta-feira, das 14 às 18 horas, no Anfiteatro B do Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção (antigo prédio da Engenharia de Produção), será realizado um Workshop sobre o Projeto CAMNEXUS (IoT  – Internet das Coisas).

O objetivo é apresentar à comunidade acadêmica, em especial aos coordenadores de subprojeto no âmbito do Capes-Print/UFSC, a tecnologia desenvolvida pelo CAMNEXUS, vinculado à Universidade de Cambridge. A apresentação será feita pela pesquisadora-líder Jéssica OCampos e Pablo Salas, vice-diretor do Cambridge Centre for Environment, Energy and Natural Resource Governance (C-EENRG).

A iniciativa, desenvolvida pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PROPG), busca expandir o campo de conhecimento sobre a ‘Internet das Coisas’ e incentivar projetos na área em conjunto com os programas de pós-graduação interessados.
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Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC emite comunicado sobre bolsas recolhidas pela Capes

09/05/2019 10:01

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Universidade Federal de Santa Catarina (PROPG/UFSC) enviou, na manhã desta quinta-feira, 9 de maio, um ofício circular aos coordenadores de Programas de Pós-Graduação da UFSC acerca dos cortes de bolsas veiculado na imprensa nacional. O quadro, a princípio, é de indisponibilidade de bolsas de estudos em vários programas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do Ministério da Educação (Capes/MEC). Leia, abaixo, a íntegra do documento.

Senhores Coordenadores,

  1. A PROPG-UFSC está acompanhando com apreensão as notícias de cortes de verbas no MEC e na CAPES, bem como a instabilidade dos quadros técnicos nos respectivos órgãos.
  2. Os sistemas operacionais de bolsas CAPES-DS, CAPES-PNPD e CAPES-PROEX não foram abertos para o mês de maio e, portanto, não foi possível realizar novas implementações de bolsas. Além disso, os sistemas para homologação de bolsas do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) e do Programa Institucional de Internacionalização (CAPES-PRINT/UFSC) também está fechado, inviabilizando a implementação de cotas de bolsas de doutorado sanduíche no exterior já concedidas pelos Editais Nº41/CAPES/2017 (CAPES-PRINT) e Nº 41/CAPES/2018 (CAPES/PDSE).
  3. Apesar das inúmeras tentativas de obter informações referente a não abertura dos sistemas, conforme cronograma divulgado no início de 2019, a CAPES somente se manifestou em 08 de maio de 2019, por meio do Ofício Circular nº 1/2019-GAB/PR/CAPES, informando-nos que decidiu, em reunião realizada em 3 de maio de 2019, recolher as bolsas e taxas escolares não utilizadas no último mês de abril, concedidas no âmbito dos seguintes programas de fomento: Programa de Demanda Social (DS); Programa de Excelência Acadêmíca (PROEX); Programa Nacional de PósDoutorado (PNPO/CAPES).
  4. É importante destacar que as bolsas ditas não utilizadas não estavam ociosas na UFSC. Das 71 cotas de bolsas CAPES-DS recolhidas, 21 cotas aguardavam o remanejamento entre os Programas, solicitado à CAPES por meio do Ofício N9 62/PROPG/2019 de 29 de março de 2019. As demais cotas também seriam implementadas no mês de maio. Como o sistema está fechado, os discentes que estavam esperando o início de bolsas a partir de maio, bem como aqueles que se encontravam em processo seletívo por edital, a princípio, estão sem as bolsas pretendidas.
  5. Infelizmente, a maior parte das informações que recebemos é pela imprensa. A PROPG está buscando contato com o presidente da CAPES, professor Anderson Ribeiro Correia, e retomará o mais breve possível com outras informações oficiais. 

 

com informações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UFSC

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