Professora francesa ministra aula aberta sobre gênero na UFSC

02/07/2014 17:53

A professora Marie-Hélène Bourcier ministrou a aula aberta “Gênero: paradigmas teóricos e cenários políticos” – organizada pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – nesta quarta-feira, 2 de julho, no Centro de Filosofias e Ciências Humanas (CFH). O encontro fez parte de uma série de atividades de que a professora da Universidade de Lille II (França) está participando em visita à Florianópolis.
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Tags: CFHPós-Graduação Interdisciplinar em Ciências HumanasPPGICHUFSC

Roteiro Histórico ‘A Desterro de Cruz e Sousa’

30/06/2014 14:14

Santa_Afro_CatarinaO Programa Santa Afro Catarina e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura da UFSC promovem o roteiro histórico “A Desterro de Cruz e Sousa” neste sábado, 5 de julho. O roteiro situa a trajetória do escritor e poeta Cruz e Sousa no espaço da cidade de Desterro, desde sua infância durante a Guerra do Paraguai até seu engajamento na campanha abolicionista.

O encontro é aberto ao público, dispensa agendamento prévio e ocorrerá às 9h45min na Figueira da praça XV de Novembro. A saída está marcada para as 10 horas. A visita será cancelada apenas em caso de chuva forte.
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CFH arrecada alimentos e roupas para o povo Xokleng

27/06/2014 17:26

O Curso de Licenciatura Indígena do Sul da Mata Atlântica da UFSC arrecada alimentos e roupas para o povo Xokleng que sofreu com as enchentes do mês de junho no Alto Vale do Itajaí. Local de recebimento: Secretaria do Curso, sala 303 do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Leia mais: Por conta de barragem, enchente isola quatro aldeias e desabriga famílias

 

Tags: arrecadaçãoCFHenchentesUFSCXokleng

Debate no CFH com André Singer sobre seu livro e eleições de outubro

26/06/2014 15:02

O professor André Vitor Singer, da Universidade de São Paulo (USP), estará na UFSC na próxima segunda-feira, 30 de junho, às 14h30min, no auditório do CFH, para debate sobre seu livro “Os sentidos do lulismo – Reforma gradual e pacto conservador” com o professor Yan de Souza Carreirão (UFSC). Jornalista, cientista político e porta-voz do presidente Lula de 2003 a 2007, Singer também discutirá o cenário para as eleições de outubro. O evento é promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (PPGSP) da UFSC, particularmente pelo Mestrado Interinstitucional entre o PPGSP e o Instituto Federal de Ciência, Tecnologia e Educação do Norte de Minas Gerais (IFNMG).

Mais informações: http://www.portalcfh.ufsc.br/

Tags: André SingerCFHOs sentidos do lulismo – Reforma gradual e pacto conservadorUFSCYan de Souza Carreirão

Votação para Reitoria e instituições democráticas em debate nesta sexta

25/06/2014 16:50

A discussão “Debates Agonistas: a universidade e suas instituições democráticas” aborda nesta sexta-feira, 27 de junho, a partir das 18h no Auditório do CFH, as principais posições consolidadas na UFSC sobre a universidade contemporânea e o tipo de instituições democráticas que a ela corresponderiam. Um ponto de particular interesse nas discussões é o referente às características das eleições para a reitoria.

Estão confirmados para o debate professores que defendem pontos de vista diferentes para os pesos dos votos: Armando Lisboa, do Departamento de Economia e Relações Internacionais – CSE, defende a tese de 70% de peso para o segmento docente; George França, do Colégio de Aplicação, defende peso igual dos votos, conhecido na UFSC como voto universal; Gustavo Caponi, do Departamento de Filosofia – CFH, defende peso equilibrado entre segmentos.
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Seminário ‘Parentesco, redes empíricas de matrimônio e metodologias computacionais’

17/06/2014 09:18

O A-Funda, Núcleo de Antropologia Fundamental, do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC, convida para o seminário “Parentesco, redes empíricas de matrimônio e metodologias computacionais”, nos dias 24, 25 e 26 de junho, das 9h às 12h e das 14h às 18h, na sala 110 (Silvio Coelho dos Santos), do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

A programação inclui uma oficina sobre o programa computacional PUCK , desenvolvido no Laboratório de Antropologia Social do Collège de France, e palestras, no dia 27 de junho, das 14h30min às 18h, sobre métodos de análise computacional do parentesco e sobre a máquina do parentesco.

Tags: Antropologia SocialCFHParentescoPPGASredes empíricas de matrimônio e metodologias computacionaisUFSC

‘A Contribuição da História Oral na Produção do Conhecimento’ é tema de palestra no CFH

04/06/2014 09:07

O Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC promove a palestra “A Contribuição da História Oral na Produção do Conhecimento”, com a professora Verena Alberti, no dia 4 de junho, às 18h30, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

Sobre a palestrante

Verena Alberti é graduada em História, mestre em Antropologia Social e doutora em Teoria da Literatura. Atualmente, é coordenadora do setor de História Oral do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) e presidente da Associação Brasileira de História Oral. Sobre o tema da palestra, publicou as obras Manual de história oral (1990, 2004) e Ouvir contar: textos em história oral (2004). Como também se dedica a temas da filosofia e da história do pensamento ocidental, publicou O riso e o risível na história do pensamento (1999, 2002).

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Ciclo de Estudos Pré-Transday realiza atividade aberta ao público

03/06/2014 16:02

No dia 11 de junho, das 10h às 12h, será realizada a 1ª atividade do Ciclo de Estudos Pré-Transday, aberta ao público, na sala 331, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), com Tamara Adrián, professora e advogada da Venezuela. Além disso, a professora participará de um seminário na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). 
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Agenda Cultural: Cine Filosofia exibe e comenta ‘Zapatistas’ e ‘Awara Nane Putane’

26/05/2014 10:08

O Cine Filosofia, projeto mensal do centro acadêmico de Filosofia, exibe 0 filme “Zapatistas” e o curta-metragem em animação “Awara Nane Putane – Uma história do cipó”, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), às 19h. Confira as datas:

“Zapatistas” – 27 de maio (terça-feira), com comentários de Carlos André dos Santos, mestre em Sociologia Política pela UFSC.

“Awara Nane Putane – Uma história do cipó” – 5 de junho (quinta-feira), com comentários de Marcos de Almeida Matos, mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Saiba mais

Os Zapatistas representam o inconformismo de uma população decorrente do Acordo de Livre Comércio, a Nafta, e a consequente ameaça de destruição de seus recursos naturais, sua cultura local, seus meios de sobrevivência. Além disso, eles lutam não apenas por um país mais justo, mas sim por um mundo mais justo. Como disse Manu Chao, a Europa só despertou para as reais implicações da Globalização para a população mundial quando ouviu os indígenas da Selva dos Chiapas. Suas mensagens são de justiça, amor e fraternidade global. (EUA, 1999, 55min – Produção: Big Noise)

“Awara Nane Putane – Uma história do cipó”  conta o mito de origem do uso tradicional da ayahuasca, na versão da etnia yawanawa, que vive no coração da floresta amazônica, nas margens do Rio Gregório, no Estado do Acre. O curta é todo falado em idioma yawanawa, povo que pertence ao tronco linguistico Pano. Direção: Sérgio de Carvalho

Cine Filosofia

O projeto adquire neste ano caráter quinzenal e absorve a temática provocativa que iniciaram ano passado com a realização do I Encontro de Filosofia Oriental. Desta vez na forma audiovisual de guerrilha epistêmica, procura-se questionar os sentidos de uma filosofia no espaço histórico-geográfico latino-americano.

Mais informações: thor.verass@gmail.com

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Agenda Cultural: sessões do ‘Cinema Pela Verdade’ nestas segunda e terça na UFSC

03/05/2014 09:32

A terceira edição do projeto “Cinema Pela Verdade” ocorrerá em maio deste ano em duas etapas, a primeira no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC, nos dias 5 e 6, e no Cesusc, no bairro Santo Antônio de Lisboa, dias 19 e 20. No ano em que se completam 50 anos do golpe militar no país, a mostra exibe filmes que tratam da ditadura militar brasileira, simultaneamente em universidades dos 27 estados da federação.

“Repare bem”, “Camponeses do Araguaia – a guerrilha vista por dentro” e “Ainda existem perseguidos políticos” são os documentários que serão exibidos, seguidos de debates com participação de professores, ex-militantes e pesquisadores do tema. O evento é gratuito e aberto ao publico. Não necessita de inscrição, e haverá entrega de certificado para quem participar de todas as sessões.
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Oferta de bolsas a alunos de graduação para trabalhar com estudantes indígenas

09/04/2014 16:44

O curso Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica seleciona alunos de graduação dos centros de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e Educação (CED) para a Bolsa PIBE 2014. O candidato deve estar apto a trabalhar diretamente com os alunos indígenas – Guarani, Kaingang e Xokleng/Laklãnõ – durante as etapas do curso de Licenciatura Intercultural Indígena, e auxiliar nas atividades extraclasse.

O valor da bolsa é R$364, mais auxílio-transporte de R$132.
Requisitos:
– estar regularmente matriculado em curso de graduação, da 5ª fase em diante;
– possuir conhecimentos sobre o pacote Office;
– possuir conhecimentos de formatação das normas da ABNT.

Interessados devem encaminhar histórico escolar atual para o e-mail licenciaturaindigena@cfh.ufsc.br.

Tags: bolsa pibeCEDCFHLicenciatura IndígenaLicenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata AtlânticaUFSC

Seminário nacional comemora os 30 anos do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais da UFSC

08/04/2014 14:14

O IV Seminário Nacional “Movimentos sociais e participação no Brasil: diálogos transversais” será realizado nos dias 10 e 11 de abril, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da Universidade Federa de Santa Catarina (UFSC), em comemoração aos 30 anos do Núcleo de Pesquisa em Movimentos Sociais (NPMS) da Universidade.

Nesta edição, o evento contará com a presença de renomados pesquisadores da área, que participarão de três mesas-redondas para troca de reflexões sobre diferentes aspectos da temática dos movimentos sociais e de sua participação no país. O encontro visa provocar diálogos mais próximos entre perspectivas teóricas e pesquisas atuais, por meio de inspirações e questões formuladas nas mesas-redondas e nos fóruns. Além disso, ambiciona-se também a recuperação da memória e das reflexões desenvolvidas pelo NPMS durante seus 30 anos de existência – período em que se consolidou nacionalmente como um dos maiores polos nacionais de pesquisa sobre Movimentos Sociais, Participação Política e Democracia.
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Entidades e professores manifestam-se sobre ação policial na UFSC

04/04/2014 13:51

Passados dez dias da ação policial na Universidade Federal de Santa Catarina, a comunidade universitária continua a receber manifestações de entidades e profissionais, repudiando a violência da ação. As mais recentes são do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do Colegiado do Núcleo de Desenvolvimento Infantil da UFSC e de 111 professores de diversos centros da Universidade. 

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Educação escolar indígena em debate na UFSC

04/04/2014 11:15

O Laboratório de História Indígena (  LABHIN – PPGH/UFSC), promove, na terça-feira, 8 de abril, às 9h, no miniauditório do CFH,  a atividade ” Vivências com Projetos” com a professora Rosângela Célia Faustino – UEM/PR, tendo como tema a Educação Escolar Indígena

Rosângela Célia Faustino é doutora em Educação, professora do Curso de Pedagogia e do Programa de Pós-Graduação em Educação PPE/UEM-PR. Coordenadora do Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações/Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-História (CCH-UEM/PR). Coordenadora do Observatório da Educação Escolar Indígena (CAPES/INEP/UEM-PR). Coordenadora da Ação Saberes Indígenas na Escola (Núcleo UEM-PR). Desenvolve pesquisas sobre Alfabetização, Letramento e bilinguismo Indígena; Política Educacional, Diversidade Cultural e Formação de Professores Indígenas.

Informações: 3721-2491

Tags: CFHeducação escolar indígenaLABHINPPGHRosângela Célia Faustino

TV UFSC destaca manifestação a favor de vice-diretora do CFH

02/04/2014 08:35

Manifestação em favor da professora Sônia Maluf. Foto: Wagner Behr / UFSC

Centenas de pessoas reuniram-se no hall do Centro de Filosofia e Ciências Humanas na segunda-feira, 31 de março, para manifestar solidariedade à vice-diretora do CFH,  professora Sônia Maluf, acusada de ter instigado os alunos a ficarem contra a polícia.

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TV UFSC entrevista professor Fernando Ponte sobre 50 anos do Golpe de 64

01/04/2014 11:01

Professor Fernando Ponte de Sousa fala à TV UFSC sobre os 50 anos do golpe militar. Foto: Henrique Almeida / UFSC

O convidado do programa UFSC Entrevista desta segunda-feira, 31 de março, foi o sociólogo Fernando Ponte de Sousa, professor voluntário do Centro de Filosofia e Ciências Humanas e coordenador do projeto Memorial dos Direitos Humanos. Na conversa com Djalma Júnior, Fernando Ponte resgata a memória de um dos acontecimentos mais traumáticos da sociedade brasileira: os 50 anos do Golpe Militar de 1964 no Brasil.


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Estudante foi vítima de estilhaços de bomba durante confronto com polícia

28/03/2014 11:08

A estudante de Jornalismo Luara Wandelli Loth, de 20 anos, foi uma das vítimas mais graves no ataque da polícia aos estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na terça-feira, 25 de março. O conflito teve início a partir da ação da Polícia Federal que, com alegação de combater o tráfico de drogas, envolveu o uso da polícia militar e tropa de choque, culminou na prisão de cinco pessoas na apreensão de uma pequena quantidade de maconha.

Junto com cerca de 200 pessoas, Luara estava no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas para protestar contra a ação policial. Assim que as negociações começaram a fugir do controle, começou o ataque com pedras, paus, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio vencidas há mais de um ano, que se descobriu depois nos restos encontrados.

Uma bomba de efeito moral explodiu ao lado do seu pé. Os estilhaços perfuraram sua calça e fizeram cortes profundos. Luara levou quatro pontos na perna direita e muitos outros cortes na parte inferior da perna. No meio da tentativa de repouso, ela concedeu esta entrevista, onde conta como se envolveu no episódio e o que espera daqui para frente.
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Marcada para 14h assembleia dos estudantes que ocupam Reitoria

27/03/2014 10:13

O prédio da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) continua sendo ocupado por estudantes nesta quinta-feira, 27 de março. Após a assembleia realizada na noite de quarta-feira, 26, os estudantes decidiram manter a ocupação.

Está marcada uma nova assembleia para esta quinta-feira, às 14h, no Auditório da Reitoria. Será discutida a carta enviada pela Reitoria, em que se posiciona sobre as questões levantadas pela ocupação.

As informações do grupo estão sendo veiculadas no grupo Levante do Bosque, no Facebook. https://www.facebook.com/LevanteDoBosque

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Estudante foi vítima de estilhaços de bomba durante confronto com polícia

26/03/2014 22:05

A estudante de Jornalismo Luara Wandelli Loth, de 20 anos, foi uma das vítimas mais graves no ataque da polícia aos estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na terça-feira, 25 de março. O conflito teve início a partir da ação da Polícia Federal que, com alegação de combater o tráfico de drogas, envolveu o uso da polícia militar e tropa de choque, culminou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de uma pequena quantidade de maconha.

Junto com cerca de 200 pessoas, Luara estava no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas para protestar contra a ação policial. Assim que as negociações começaram a fugir do controle, começou o ataque com pedras, paus, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio vencidas há mais de um ano, que se descobriu depois nos restos encontrados.

Uma bomba de efeito moral explodiu ao lado do seu pé. Os estilhaços perfuraram sua calça e fizeram cortes profundos. Luara levou quatro pontos na perna direita e muitos outros cortes na parte inferior da perna. No meio da tentativa de repouso, ela concedeu esta entrevista, onde conta como se envolveu no episódio e o que espera daqui para frente.

Como foi que aconteceu?

Luara Wandelli Loth – Eu estava saindo do curso de inglês, na rua na frente do Centro de Ciências da Educação (CED) e ia para o centro apresentar uma peça de teatro. Foi quando me contaram que havia muitas pessoas no bosque do CFH, pois estudantes estavam sendo presos por policiais à paisana e que a PM estava no bosque, o que é uma ação que vai contra a autonomia da UFSC. Claro que a gente se solidariza com isso. Meu objetivo era ficar pouco tempo e ajudar a negociar uma saída coletiva. Fiquei por lá cerca de 1h30min, e a negociação não ia para frente. Eu sabia que a choque (Tropa de Choque da PM) estava por ali, mas não sabia que ela ia atacar tão rápido. Começamos a dar as mãos em torno do carro do Departamento de Segurança da UFSC, na parte de trás do carro. Em seguida começou a vir o gás. Depois eles levaram os quatro meninos, que foram detidos sob acusação de desacato à autoridade. A multidão começou a correr e se dispersou. Agachei para me proteger do gás, junto com outro rapaz. Não tinha nada para me proteger. Me levantei e vi que a maioria das pessoas tinham corrido do local. Vinham tiros de todas as direções, as pessoas estavam sendo espancadas, mesmo já caídas. Depois, a bomba estourou bem ao lado do meu sapato. Na hora senti o estilhaços atingirem a minha perna e vi sangue saindo pelo furo da calça.

Você sentiu dor na hora?

LWL – Não, na hora não senti dor, só vi que estava sangrando e a calça estava rasgada. Fiquei em dúvida se corria ou ficava parada. Mas vi que a polícia estava batendo em qualquer um, até em pessoas machucadas e caídas, então resolvi que mesmo ferida eu tinha que sair dali. Naquela hora, parecia que qualquer coisa poderia acontecer. Me passou pela cabeça até que alguém poderia morrer.

Como você foi socorrida?

LWL – Encontrei um amigo de infância que, junto com outros meninos, me carregaram no colo até a frente do Restaurante Universitário (RU). Em seguida, começou a chegar ali um monte de pessoas feridas e assustadas, chorando muito. Meu amigo pegou o carro e me levou para o Hospital Universitário, mas lá não fui atendida, pois, segundo a recepcionista, eles não podem atender feridos sem a presença do cirurgião, nem olharam meu ferimento. Havia outra estudante na frente do HU procurando uma amiga que, segundo ela, teria ferido o aparelho auditivo. Fui então para a Unimed Trindade, onde fui atendida. Levei quatro pontos na perna direita. Na mesma noite, fui à delegacia fazer o boletim de ocorrência. Encontrei cerca de 18 pessoas fazendo o BO. A única com estilhaço de bomba era eu. A maioria era por hematoma, por ter levado um tiro de borracha muito perto. Hoje de manhã fui ao Instituto Geral de Perícia fazer o exame de corpo de delito.

Foto tirada durante o primeiro atendimento médico a Luara. Foto: Raquel Wandelli

Como você esta se sentindo? Está precisando tomar medicamento?

LWL – Estou sentindo um pouco de dor. Hoje voltei para a Unimed, pois eles não haviam receitado medicamento. Estou tomando antiinflamatório e antibiótico, pois a médica acredita que a ferida pode infeccionar. Tive que tomar vacina antitetânica e tenho atestado para quatro dias.

Como você avalia essa ação dos estudantes, dos policiais e da própria administração da UFSC?

LWL – Não tivemos outra escolha a não ser resistir. Eu não me via virando as costas, sabendo que meus amigos e companheiros estavam apanhando da tropa de choque. Quanto à polícia, foi uma ação errada desde o princípio. Começaram a vir policiais de todo o tipo e eles não estavam ali para negociar, era uma chantagem, pois nos ameaçavam com a possibilidade do confronto desigual com o Choque da PM. Percebemos que não era algo que podia ser resolvido em outro momento, pois isso era abrir um precedente, um caminho para que a presença da polícia se torne uma coisa normal dentro do Campus. Minha avaliação é que esta ação é uma tentativa para que a PM esteja aqui para reprimir os estudantes. O CFH não foi escolhido à toa. É o centro onde se articulam vários movimentos sociais, como o contrário ao Plano Diretor, as manifestações pela redução das tarifas de ônibus. E agora tem a Copa chegando e se esperam muitas manifestações por parte da comunidade universitária. O CFH é o local que resistiu às empresas-júnior e que resiste às políticas conservadoras dentro da universidade. Os estudantes estão envolvidos nessas lutas. Então, a PM no campus é um jeito de coibir nossa liberdade. Na minha opinião, a ação não tinha a ver com tráfico de droga. Foi mais uma intimidação. Outro ponto a ser debatido é o documento da reitoria que estabelece a parceria com a PM. Sou favorável e solidária à ocupação da reitoria e acredito que a gestão e os diretores não podem abrir brechas para a PM ou permitir este tipo de ação arbitrária, pois isso é de algum modo escancarar a porta.

O que você espera que todo esse ocorrido possa trazer para a universidade e para a sociedade?

LWL – Acho que a gente tem que tentar recolocar a pauta de segurança e drogas de forma mais ampla. A UFSC não é uma bolha, que pode ignorar a violência que é tão constante em nossa sociedade. A UFSC compartilha dos mesmos problemas da sociedade externa a ela. Neste debate temos que reafirmar por que a polícia não pode estar dentro do campus. Ela criminaliza os movimentos sociais e não está preparada para lidar com esta questão, seja aqui na universidade ou no resto das cidade, principalmente na periferia, onde, não raramente, pessoas são mortas.

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

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Lançamento de livro no CFH sobre medicalização do sofrimento nas camadas populares

25/03/2014 15:11

O Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política (PPGSP) da UFSC organizou a mesa-redonda “Bolsa Família em Perspectiva” e o  lançamento de livro “O mal-estar que sinto: a medicalização do sofrimento nas camadas populares” (Multifoco Editora), de João Matheus Acosta Dallmann (mestrando do PPGSP), no dia 9 de abril (quarta-feira), às 18h, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).
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Tags: Bolsa Família em PerspectivaCFHJoão Matheus Acosta Dallmannmedicalização do sofrimento nas camadas popularesUFSC

Golpe de 64 e Oriente Médio serão debatidos nesta segunda e terça no CFH

24/03/2014 14:58

Na conferência de abertura do semestre, o professor Fernando Ponte de Sousa abordará os 50 anos do golpe militar de 1964 no Brasil, nesta segunda, 24 de março, às 19h30min, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Na terça, 25, no mesmo local e horário, será ministrada a palestra “Oriente Médio em Ebulição”, com o professor Renato Costa, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), com os debatedores, professores Márcio Voigt (História/CFH/UFSC) e Khader Otman (Comunidade Árabe de Florianópolis).

Mais informações: http://www.portalcfh.ufsc.br/

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Palestra na terça aborda Oriente Médio e reflexos no Ocidente

21/03/2014 13:55

A quinta edição do Festival Sul-Americano de Cultura Árabe, que será realizado em 17 cidades brasileiras, trará para Florianópolis a palestra “Oriente médio em ebulição: Reflexo de um século de atuação efetiva do Ocidente”, e será ministrada pelo professor Renato Costa, do Departamento de Relações Internacionais da Universidade do Pampa (UNIPAMPA). O evento gratuito será realizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), e organizado pela professora Aline Dias da Silveira, coordenadora do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e pela professora Liane Chipollino Aseff, da Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul – Países Árabes (Bibliaspa).

A palestra irá abordar temas contemporâneos do Oriente Médio, como a relação entre o Irã e os Estados Unidos, os conflitos na Palestina, além de temas históricos como a influência de países como França e Grã-Bretanha para atual diretriz do Oriente. Uma mesa de discussões ocorrerá após a apresentação, e contará com a participação de: Márcio Roberto Voigt, docente de Relações Internacionais do Departamento de História da UFSC, e Khader Othman, representante da comunidade árabe de Florianópolis. A mediação será feita pela professora Luciana Rassier, do Departamento de Literatura da UFSC.

Sobre o Festival Sul-Americano de Cultura Árabe

Mais de 150 atrações gratuitas entre exposições, apresentações musicais, de filmes e oficinas culturais estarão no 5º Festival Sul-Americano de Cultura Árabe (SACA), que começou na terça-feira, 18 de março, em 17 cidades brasileiras e no exterior. O evento é promovido pela Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul – Países Árabes (Bibliaspa), com apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). O festival é realizado desde 2010, sempre entre os dias 18 e 31 de março para comemorar a imigração árabe no Brasil, celebrada em 25 de março.

Serviço

Palestra: Oriente médio em ebulição – Reflexo de um século de atuação efetiva do Ocidente

Quando: Dia 25/03/14

Horário:1 9h30

Local: auditório do Centro de Filosofias e Ciências Humanas- CFH/UFSC

Informações: memorias.boemias@gmail.com

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‘Sujeitos e políticas públicas’ é tema de colóquio nesta terça e quarta

11/03/2014 10:28

O Instituto Brasil Plural, por meio dos núcleos que compõem suas redes de pesquisa, realiza o “Colóquio Sujeitos e Políticas Públicas”, nos dias 11 e 12 de março, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Serão apresentados e debatidos trabalhos que têm questionado a produção de sujeitos frente às políticas do Estado. Dos âmbitos da moralidade, da saúde e do gênero, estas pesquisas têm mostrado como as políticas públicas têm atingido de forma contundente os modos como os sujeitos se constroem no contemporâneo, criando resistências, dissidências e práticas invisibilizadas que o Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (Transes) e o Laboratório de Estudos da Violência (Levis) buscam sinalizar em seus trabalhos.

O colóquio também vai contar com uma conferência do sociólogo francês Marc Bessin, do Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux – IRIS (Sciences Sociales, Politique, Santé), localizado em Paris. 
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Santa Afro Catarina promove neste sábado roteiro guiado “Viver de Quitandas”

07/03/2014 12:35

O Programa Santa Afro Catarina e o Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura da UFSC promovem neste sábado, 8 de março, uma visita guiada pelo centro histórico de Florianópolis, com o roteiro “Viver de Quitandas”. O roteiro associa a paisagem urbana de Desterro às de outras freguesias da Ilha de Santa Catarina e do litoral adjacente ao abordar o abastecimento e a produção de gêneros alimentícios. O porto, a antiga Praça de Mercado e as ruas de Desterro emergem como locais de trabalho e de sociabilidade para muitos escravos e libertos, homens e mulheres de origem africana, que desempenham atividades relacionadas ao comércio de gêneros alimentícios produzidos na Ilha e no litoral adjacente.

O encontro é gratuito, aberto a todos e está marcado para as 9h45min, na figueira da Praça XV, Centro, Florianópolis. A saída será às 10 horas. O roteiro tem duração aproximada de duas horas. Em caso de chuva
forte, a visita será cancelada.

As visitas do Programa Santa Afro Catarina são realizadas todos os meses, sempre no primeiro sábado (excepcionalmente no segundo, por causa do Carnaval), e percorrem roteiros históricos associados à história da presença de africanos e afrodescendentes em Florianópolis. Na condução está uma equipe de profissionais das áreas de História, Patrimônio e Ensino de História. Realização conjunta do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) e do Centro de Ciências da Educação (CED), o Programa Santa Afro Catarina tem como diferencial a integração inovadora dos conteúdos de história da diáspora africana ao espaço urbano. Para saber mais, acesse:
http://santaafrocatarina.blogspot.com.br/

Serviço: Roteiro Histórico

O quê: visita guiada “Viver de Quitandas”.
Quando: sábado, 8 de março. Encontro às 9h45min. Saída: 10h.
Local de saída: Figueira da Praça XV de Novembro, Florianópolis.
Condutor: Cássila Melo – Contato: (48) 9618-8897

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