Dia Internacional da Visibilidade Transgênero: UFSC divulga fluxo para denúncias de violência

31/03/2024 08:02

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulga neste domingo, 31 de março, Dia Internacional da Visibilidade Transgênero, orientações sobre o fluxo de denúncia para caso de violência ou agressão contra pessoas travestis, transexuais e transgêneros. Os cards, desenvolvidos pela Coordenadoria de Design e Programação Visual da Agência de Comunicação (CDPV/Agecom/SECOM), em conjunto com a Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento de Violência de Gênero (CDGEN) da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), explicam que o canal oficial para denúncias é a Ouvidoria da UFSC, através de um formulário que pode ser acessado neste link: https://ouvidoria.ufsc.br/.

Pelo formulário, é possível descrever os fatos, indicar o nome dos envolvidos, locais onde trabalha ou estuda, data, horário e o local da ocorrência. Também é possível anexar provas como: fotos, prints, vídeos, áudios, links de sites que comprovem os fatos que está sendo denunciado e nomes de possíveis testemunhas. O processo de apuração contra servidores e estudantes possuem etapas distintas devido à legislação, mas o início das denúncias é o mesmo, através da Ouvidoria.

Se o ato configurar crime?

No caso de injúria racial ou transfobia, a vítima também deve registrar um boletim de ocorrência junto à Polícia Civil. A investigação é feita de forma paralela e concomitante. A Universidade apura a responsabilidade administrativa, enquanto a responsabilidade criminal é investigada pelas autoridades policiais e pelo ministério público.
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Instituto de Memória e Direitos Humanos da UFSC promove evento sobre violência policial em Florianópolis

06/11/2023 18:06

O Instituto de Memória e Direitos Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (IMDH/UFSC) promove o evento “Violência policial em Florianópolis” nesta quinta-feira, 9 de novembro, às 16h, no mini-auditório do curso de Administração – localizado no 2º andar do Centro Socioeconômico (CSE/UFSC).

A atividade marcará o lançamento do relatório parcial da pesquisa de extensão “Representações da violência: sociedade e agentes de segurança pública em Florianópolis” e contará com a presença de representantes das comunidades e outros agentes da sociedade civil.

Mais informações no Instagram do IMDH ou pelo e-mail imdh@contato.ufsc.br

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E-book ‘Violências várias: estudos da brutalidade no cinema’ será lançado na quinta, dia 14

11/07/2022 16:42

O Projeto Cinema Mundo lançará na próxima quinta-feira, 14 de julho, o e-book Violências várias: estudos da brutalidade no cinema, trabalho bibliográfico resultante da curadoria produzida no segundo semestre de 2019 sobre o tema título.

Organizado por Marcio Markendorf, Leonardo Ripoll e Andrey Lehnemann, a obra é o sexto volume da Coleção Cadernos de Crítica, série de publicações que traz contribuições textuais, em formato de ensaios, sobre os filmes debatidos durante as curadorias do projeto.

O livro reúne textos sobre nove filmes que abordam a violência em diferentes facetas: simbólicas, materiais, emocionais, sexuais, sociais, políticas, ecológicas, culturais e religiosas. Conta com 14 capítulos e um prefácio produzidos pela participação de 17 autores colaboradores.

O lançamento será realizado por meio de uma live, a partir das 19h, no Instagram do Cinema Mundo. O debate terá a participação de Julio França, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Daniel Medeiros, da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul) e Andrey Lehnemann, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O volume está disponível gratuitamente neste link, junto com outros volumes da Coleção: Mulheres no/do audiovisual; Cinema de culto; Expressões do horror; Cinema e distopia: exploração de conceitos e mundos paralelos; e Mundos da animação.

 

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E-book em espanhol reúne trabalhos de alunos do Colégio de Aplicação sobre violência e amabilidade

28/06/2021 17:45

O livro eletrônico Amabilidad para colorear el mundo é resultado das atividades elaboradas com os alunos da turma de Espanhol do 8º ano do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2021. Ele é fruto de um projeto homônimo que abordou o tema da violência e da amabilidade como estratégia para desenvolver habilidades cognitivas que conduzam à construção de emoções positivas, automotivação e adoção de atitudes respeitosas nas relações interpessoais.

A obra traz uma compilação dos trabalhos realizados pelos estudantes e se divide em dois capítulos. No primeiro, são apresentadas as campanhas contra a violência criadas pelos adolescentes. Na sequência, o segundo capítulo expõe o resultado de suas experiências com gestos de amabilidade, inicialmente anotadas em um diário e revisitadas com um olhar crítico e reflexivo sobre seus efeitos.

A proposta didática foi das estagiárias Gilian Fiorin e Liliane Vargas, que foram supervisionadas pela professora regente Eliane Elenice Jorge e pelo professor de Metodologia de Ensino de Línguas Estrangeiras Diego Arenaza Vecino.

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Alunas de Serviço Social promovem debate sobre violências de gênero e étnico raciais

20/11/2017 08:54

A campanha “16 dias de Ativismo pelo fim da violência” irá promover a mesa redonda “Tramas interseccionais: violência de gênero e ético raciais” no dia 28 de novembro, às 18h30, no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE) da UFSC. 
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Parecer técnico analisa violência no Estado e nas microrregiões de Santa Catarina

24/10/2017 09:58

Facilitar o acesso de gestores públicos aos dados de mortalidade e internações hospitalares associadas à violência no Estado e nas microrregiões de Santa Catarina. Esta é a intenção do parecer técnico “A violência no Estado e nas Microrregiões de Santa Catarina” da professora Sonia Hess, do Centro de Curitibanos da UFSC, sobre as informações disponibilizadas pelo Datasus, banco de dados do Ministério da Saúde.

O parecer “pode ser útil” para instituições governamentais como a Secretaria de Segurança Pública, Ministério Público Estadual, Corpo de Bombeiros, explica a professora, cuja intenção “não é acadêmica”. Ela já havia tocado no tema, na Revista Brasileira de Segurança Pública, com o artigo “A mortalidade por agressões e acidentes de transporte no Brasil, de 2003 a 2007”.

O parecer aponta que as “causas externas corresponderam à terceira principal causa de óbito dos homens falecidos naquele período, e à quinta causa de morte entre as mulheres” e apresenta “os números de óbitos registrados segundo local de ocorrência nas microrregiões de Santa Catarina, no período de 2011 a 2015, decorrentes de suicídio, agressões, e acidentes de transporte, para os sexos masculino e feminino”, além de discorrer sobre cada tipo.

Mais informações no Parecer técnico.

Caetano Machado/Jornalista da Agecom/UFSC

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Marcelo Freixo e Luiz Eduardo Soares abordam a violência nas prisões em aula magna

20/04/2017 17:37
Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Marcelo Freixo e Luiz Eduardo Soares discutem “O que acontece nas prisões?” na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A aula magna realizada na noite desta segunda-feira, 17 de abril, trouxe à UFSC o deputado Marcelo Freixo e o antropólogo Luiz Eduardo Soares. Com o tema “O que acontece nas prisões?”, a aula inaugurou o segundo módulo do curso “Como lidar com os efeitos psicossociais da violência?”. O evento, organizado pelo Centro de Estudos em Reparação Psíquica de Santa Catarina (CERP-SC), lotou o auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, que tem capacidade para 1.375 pessoas.

Luiz Eduardo Soares deu início à sua apresentação com os números oficiais sobre a violência no Brasil. O antropólogo apontou que dos quase 60 mil homicídios dolosos cometidos no território nacional, somente 8% é investigado. Isso não faz do país, no entanto, o “paraíso da impunidade”, conforme afirmou. Segundo Soares, o Brasil além de possuir a quarta maior população carcerária do mundo, é ainda a nação com maior crescimento relativo e absoluto dessa população, com mais de 700 mil presos. Desses, 28% são associados à Lei de Drogas – em sua maioria presos em flagrante, sem vínculo com organizações criminosas ou porte de armas.

Ao ingressar no sistema penitenciário, esses sujeitos acabam sendo aliciados pelas facções que controlam os presídios brasileiros, em um vínculo que, segundo suas palavras, “perdura pela vida”. O trágico desta situação, todavia, deve-se ao fato da legislação brasileira que trata das execuções penais não permitir a manutenção desses indivíduos sem uma audiência de custódia. São, portanto, presos em condições provisórias que são alocados forçadamente em um local que os obriga à filiação a organizações criminosas por toda a sua vida.

O perfil da população carcerária – majoritariamente negra, jovem e pobre – é, segundo Soares, a expressão do racismo estrutural e é resultado da imbricação entre a violência policial e a política de drogas no Brasil. Manifestando-se contra a militarização da polícia e a favor da legalização das drogas, o antropólogo destacou que a polícia militar é proibida de investigar e incitada a produzir, o que aumenta o número de prisões decorrentes de crimes passíveis de flagrante, que são aqueles que não envolvem organização e planejamento, como a venda de drogas.
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Colóquio interdisciplinar discute gênero e violências na UFSC

25/09/2015 12:22

O Colóquio Interdisciplinar Gênero e Violências será realizado de 24 a 26 de novembro na UFSC e pretende debater de forma interdisciplinar esta temática em suas amplas possibilidades e interseccionalidades, no campo da academia, das políticas públicas, do cotidiano e do ativismo.

O evento visa reunir pesquisadores, estudantes e profissionais que trabalham em instituições de combate à violência e a sociedade em geral, em torno de conferências, mesas-redondas e fóruns de debates guiados por eixos temáticos que proporcionem exposições de pesquisas e trabalhos, reflexões aprofundadas, e que resultem em ações e encaminhamentos rumo ao fim da violência contra as mulheres e de gênero.

A proposta do evento é sua inserção na campanha nacional “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”.

 

Trabalhos

Serão aceitos trabalhos que tenham a violência contra as mulheres e de gênero como objeto. Ao inscrever as propostas de comunicações o (a) participante deve indicar o eixo temático em que tem interesse de participar, podendo, a critério da comissão organizadora, haver remanejamento de eixos.

Os eixos são Práticas pelo fim da violência; Violências, feminismos, diversidades; Políticas públicas de enfrentamento à violência; e Educação e violência de gênero.

Os primeiros passos são a inscrição e o envio de um resumo expandido (até 400 palavras), como proposta de trabalho a ser avaliada pela comissão organizadora. As inscrições para comunicações estão abertas até 20 de outubro.

Cada trabalho poderá contar com até dois autores, sendo que ambos deverão estar inscritos no evento como autores. Cada autor poderá enviar uma única proposta de trabalho. Aqueles que tiverem propostas aprovadas deverão enviar os trabalhos completos até 19 de novembro.

Os trabalhos completos deverão ter de 20 a 30 mil caracteres (com espaçamento, notas e bibliografia) e deverão ser submetidos no site até 19 de novembro em arquivo de texto (doc ou docx), habilitado para edição, contendo título da comunicação; nome do(s) autor(es); e-mail para contato e breve resumo da formação acadêmica; resumo com até 150 palavras; de três a cinco palavras-chave.

Mais informações no site do evento.

 

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Estudante foi vítima de estilhaços de bomba durante confronto com polícia

28/03/2014 11:08

A estudante de Jornalismo Luara Wandelli Loth, de 20 anos, foi uma das vítimas mais graves no ataque da polícia aos estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na terça-feira, 25 de março. O conflito teve início a partir da ação da Polícia Federal que, com alegação de combater o tráfico de drogas, envolveu o uso da polícia militar e tropa de choque, culminou na prisão de cinco pessoas na apreensão de uma pequena quantidade de maconha.

Junto com cerca de 200 pessoas, Luara estava no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas para protestar contra a ação policial. Assim que as negociações começaram a fugir do controle, começou o ataque com pedras, paus, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio vencidas há mais de um ano, que se descobriu depois nos restos encontrados.

Uma bomba de efeito moral explodiu ao lado do seu pé. Os estilhaços perfuraram sua calça e fizeram cortes profundos. Luara levou quatro pontos na perna direita e muitos outros cortes na parte inferior da perna. No meio da tentativa de repouso, ela concedeu esta entrevista, onde conta como se envolveu no episódio e o que espera daqui para frente.
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Marcada para 14h assembleia dos estudantes que ocupam Reitoria

27/03/2014 10:13

O prédio da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) continua sendo ocupado por estudantes nesta quinta-feira, 27 de março. Após a assembleia realizada na noite de quarta-feira, 26, os estudantes decidiram manter a ocupação.

Está marcada uma nova assembleia para esta quinta-feira, às 14h, no Auditório da Reitoria. Será discutida a carta enviada pela Reitoria, em que se posiciona sobre as questões levantadas pela ocupação.

As informações do grupo estão sendo veiculadas no grupo Levante do Bosque, no Facebook. https://www.facebook.com/LevanteDoBosque

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Estudante foi vítima de estilhaços de bomba durante confronto com polícia

26/03/2014 22:05

A estudante de Jornalismo Luara Wandelli Loth, de 20 anos, foi uma das vítimas mais graves no ataque da polícia aos estudantes, professores e técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na terça-feira, 25 de março. O conflito teve início a partir da ação da Polícia Federal que, com alegação de combater o tráfico de drogas, envolveu o uso da polícia militar e tropa de choque, culminou na prisão de cinco pessoas e na apreensão de uma pequena quantidade de maconha.

Junto com cerca de 200 pessoas, Luara estava no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas para protestar contra a ação policial. Assim que as negociações começaram a fugir do controle, começou o ataque com pedras, paus, balas de borracha, gás de pimenta e bombas de gás lacrimogênio vencidas há mais de um ano, que se descobriu depois nos restos encontrados.

Uma bomba de efeito moral explodiu ao lado do seu pé. Os estilhaços perfuraram sua calça e fizeram cortes profundos. Luara levou quatro pontos na perna direita e muitos outros cortes na parte inferior da perna. No meio da tentativa de repouso, ela concedeu esta entrevista, onde conta como se envolveu no episódio e o que espera daqui para frente.

Como foi que aconteceu?

Luara Wandelli Loth – Eu estava saindo do curso de inglês, na rua na frente do Centro de Ciências da Educação (CED) e ia para o centro apresentar uma peça de teatro. Foi quando me contaram que havia muitas pessoas no bosque do CFH, pois estudantes estavam sendo presos por policiais à paisana e que a PM estava no bosque, o que é uma ação que vai contra a autonomia da UFSC. Claro que a gente se solidariza com isso. Meu objetivo era ficar pouco tempo e ajudar a negociar uma saída coletiva. Fiquei por lá cerca de 1h30min, e a negociação não ia para frente. Eu sabia que a choque (Tropa de Choque da PM) estava por ali, mas não sabia que ela ia atacar tão rápido. Começamos a dar as mãos em torno do carro do Departamento de Segurança da UFSC, na parte de trás do carro. Em seguida começou a vir o gás. Depois eles levaram os quatro meninos, que foram detidos sob acusação de desacato à autoridade. A multidão começou a correr e se dispersou. Agachei para me proteger do gás, junto com outro rapaz. Não tinha nada para me proteger. Me levantei e vi que a maioria das pessoas tinham corrido do local. Vinham tiros de todas as direções, as pessoas estavam sendo espancadas, mesmo já caídas. Depois, a bomba estourou bem ao lado do meu sapato. Na hora senti o estilhaços atingirem a minha perna e vi sangue saindo pelo furo da calça.

Você sentiu dor na hora?

LWL – Não, na hora não senti dor, só vi que estava sangrando e a calça estava rasgada. Fiquei em dúvida se corria ou ficava parada. Mas vi que a polícia estava batendo em qualquer um, até em pessoas machucadas e caídas, então resolvi que mesmo ferida eu tinha que sair dali. Naquela hora, parecia que qualquer coisa poderia acontecer. Me passou pela cabeça até que alguém poderia morrer.

Como você foi socorrida?

LWL – Encontrei um amigo de infância que, junto com outros meninos, me carregaram no colo até a frente do Restaurante Universitário (RU). Em seguida, começou a chegar ali um monte de pessoas feridas e assustadas, chorando muito. Meu amigo pegou o carro e me levou para o Hospital Universitário, mas lá não fui atendida, pois, segundo a recepcionista, eles não podem atender feridos sem a presença do cirurgião, nem olharam meu ferimento. Havia outra estudante na frente do HU procurando uma amiga que, segundo ela, teria ferido o aparelho auditivo. Fui então para a Unimed Trindade, onde fui atendida. Levei quatro pontos na perna direita. Na mesma noite, fui à delegacia fazer o boletim de ocorrência. Encontrei cerca de 18 pessoas fazendo o BO. A única com estilhaço de bomba era eu. A maioria era por hematoma, por ter levado um tiro de borracha muito perto. Hoje de manhã fui ao Instituto Geral de Perícia fazer o exame de corpo de delito.

Foto tirada durante o primeiro atendimento médico a Luara. Foto: Raquel Wandelli

Como você esta se sentindo? Está precisando tomar medicamento?

LWL – Estou sentindo um pouco de dor. Hoje voltei para a Unimed, pois eles não haviam receitado medicamento. Estou tomando antiinflamatório e antibiótico, pois a médica acredita que a ferida pode infeccionar. Tive que tomar vacina antitetânica e tenho atestado para quatro dias.

Como você avalia essa ação dos estudantes, dos policiais e da própria administração da UFSC?

LWL – Não tivemos outra escolha a não ser resistir. Eu não me via virando as costas, sabendo que meus amigos e companheiros estavam apanhando da tropa de choque. Quanto à polícia, foi uma ação errada desde o princípio. Começaram a vir policiais de todo o tipo e eles não estavam ali para negociar, era uma chantagem, pois nos ameaçavam com a possibilidade do confronto desigual com o Choque da PM. Percebemos que não era algo que podia ser resolvido em outro momento, pois isso era abrir um precedente, um caminho para que a presença da polícia se torne uma coisa normal dentro do Campus. Minha avaliação é que esta ação é uma tentativa para que a PM esteja aqui para reprimir os estudantes. O CFH não foi escolhido à toa. É o centro onde se articulam vários movimentos sociais, como o contrário ao Plano Diretor, as manifestações pela redução das tarifas de ônibus. E agora tem a Copa chegando e se esperam muitas manifestações por parte da comunidade universitária. O CFH é o local que resistiu às empresas-júnior e que resiste às políticas conservadoras dentro da universidade. Os estudantes estão envolvidos nessas lutas. Então, a PM no campus é um jeito de coibir nossa liberdade. Na minha opinião, a ação não tinha a ver com tráfico de droga. Foi mais uma intimidação. Outro ponto a ser debatido é o documento da reitoria que estabelece a parceria com a PM. Sou favorável e solidária à ocupação da reitoria e acredito que a gestão e os diretores não podem abrir brechas para a PM ou permitir este tipo de ação arbitrária, pois isso é de algum modo escancarar a porta.

O que você espera que todo esse ocorrido possa trazer para a universidade e para a sociedade?

LWL – Acho que a gente tem que tentar recolocar a pauta de segurança e drogas de forma mais ampla. A UFSC não é uma bolha, que pode ignorar a violência que é tão constante em nossa sociedade. A UFSC compartilha dos mesmos problemas da sociedade externa a ela. Neste debate temos que reafirmar por que a polícia não pode estar dentro do campus. Ela criminaliza os movimentos sociais e não está preparada para lidar com esta questão, seja aqui na universidade ou no resto das cidade, principalmente na periferia, onde, não raramente, pessoas são mortas.

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

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Infância e experiência: traços, rasuras e vestígios

24/04/2012 16:23

O Núcleo Vida e Cuidado Estudos e Pesquisas sobre Violências promove nesta quinta-feira, 26 de abril, seminário aberto com o tema “Infância e experiência: traços, rasuras e vestígios – por uma infância sem nome”. A atividade será conduzida por Patricia de Moraes Lima, professora do Centro de Educação da UFSC, e Daniel Schiochett, doutorando em Filosofia. O objetivo é refletir sobre o conceito de infância a partir dos referenciais da filosofia.

O encontro será realizado a partir de 18h, na sala 11 do bloco D do CED, no novo prédio do Centro. Para participar é necessário fazer download da ficha de inscrição no blog www.nuvic.com.br e enviar ao email vidaecuidado@gmail.

Criado em 2002, o Nuvic é um grupo de pesquisa vinculado ao Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (CED/UFSC). Interdisciplinar, reúne pessoas com  interesse comum em realizar estudos e ações que recusem as violências.

Por Rosália Dors Pessato / Jornalista e pesquisadora do NUVIC/CED/UFSC
http://nuvic.com.br / (48) 3371-4847 / (48) 8453-9881

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“Jornalismo em Debate” disponível no site da Rádio Ponto

28/11/2011 11:33

Com o título “A violência contra o jornalista e os riscos da profissão”, a edição que foi ao ar na última terça-feira, 22, já se encontra disponível no site da Rádio Ponto UFSC em www.radio.ufsc.br . Esta edição contou com a participação do professor Francisco Karam, da Universidade Federal de Santa Catarina, do repórter Diogo Vargas, do Diário Catarinense, Hermínio Nunes, repórter fotográfico,  Valmor Fritsche,  presidente do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, e Guilherme Póvoas, assessor de imprensa do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.

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Pós em Psicologia promove aula inaugural com Francisco Martins nesta quinta-feira

15/08/2011 09:48

O Programa de Pós-Graduação em Psicologia realiza na próxima quinta-feira, dia 18, às 9h30min, no auditório da Reitoria, Aula Inaugural com o professor Francisco Martins, da Universidade de Brasília(UnB). Martins vai falar sobre “Subjetividade, Violência e “Ninguenidade”: prática e pesquisa”. Antes, às 9 horas, os professores Maria Aparecida Crepaldi e Roberto Morais Cruz, do PPGP, fazem uma apresentação do curso e recebem os alunos e professores.
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