Pesquisador fala sobre processo de adesão do Brasil ao observatório astronômico ESO

10/12/2013 09:34

Andreas Kaufer durante a palestra no Larim/2013. Foto: Laura Tuyama / Agecom / UFSC

Um dos destaques do Encontro da Regional Latino-Americana da União Astronômica Internacional (Larim/2013), organizado pela Pós-Graduação em Física da UFSC, foi a palestra de Andreas Kaufer, do Observatório Europeu do Sul (European Southern Observatory, ESO). Trata-se do consórcio formado por 14 países europeus – que operam no Chile dois dos maiores observatórios astronômicos do mundo, o de La Silla e Paranal.

Na palestra, Kaufer abordou a atual estrutura do ESO e o alto impacto da produção científica, feita a partir dos dados coletados e analisados: 25% dos papers produzidos pelos cientistas do ESO têm mais de 100 citações. Falou também sobre os projetos em construção, entre eles o European Extremely Large Telescope (E-ELT), que irá analisar espectroscopicamente a atmosfera, a fim de descobrir indícios de vida fora da Terra.

Foi este mesmo projeto que atraiu o Brasil para fazer parte do ESO. Em 2009 começaram as primeiras negociações, e por se tratar de um acordo entre países, a adesão depende da aprovação do Congresso Nacional, processo que está tramitando desde maio deste ano na Câmara dos Deputados. Caso seja aprovado, o Brasil irá arcar com um custo de 255 milhões de euros, quase 700 milhões de reais em 10 anos, e será o 15º Estado Membro do ESO – o primeiro não europeu.

A adesão do Brasil ao ESO tem gerado debate na comunidade científica brasileira. A Sociedade Brasileira de Física estima que 75% da comunidade astronômica brasileira apoiem o ingresso, enquanto 10% estejam contra. Os argumentos em contrário afirmam que o Brasil não terá como arcar com tamanho investimento, que a contribuição financeira ao ESO, calculada sobre do PIB de cada país, seria desproporcional em relação ao número de astrônomos do Brasil que poderiam se beneficiar da parceria, que os pesquisadores brasileiros terão que disputar pelo tempo de observação nos equipamentos e, sobretudo, que existem alternativas para desenvolver a Astronomia brasileira a um custo muito menor.

Nesta entrevista, Andreas Kaufer fala sobre o ESO, o que pode representar para o Brasil o ingresso neste consórcio e também sobre as ações em divulgação científica:

Como os cientistas e a sociedade brasileiros podem se beneficiar com a parceria no ESO?

Andreas Kaufer – Tornar-se um membro do ESO pode ter muitos significados. O mais óbvio é a colaboração científica. O Brasil já tem uma comunidade de pesquisadores muito forte, com cerca de 600 astrônomos e 60 institutos. Existem muitas ligações tradicionais com a Europa e os países membros do ESO no campo científico. Desse ponto de vista, a abertura para cientistas brasileiros é uma extensão quase natural dessa  colaboração, não apenas para a capacidade de observação, que o ESO pode prover com os telescópios, o acesso ao observatório ALMA  (sigla de Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), além de tempo de observação. Também permite mais trabalho com institutos da Europa, na elaboração conjunta de papers de pesquisa. O Brasil também pode começar a construir instrumentos para os telescópios que já existem e para os novos projetos, poderá enfocar na ciência que quer fazer, e também influenciar, como membro do ESO, no futuro programa da instrumentação dos observatórios.  Um exemplo do que a adesão ira permitir será a participação de institutos brasileiros na construção de instrumentos para o novo espectrógrafo CUBES. Outro aspecto é que no ESO, os grandes projetos e os telescópios são muito caros, na ordem de bilhões de euros. Mas é importante observar que não estamos gastando esse dinheiro em nós mesmos, e sim em indústrias e institutos dos estados membros. Ou seja, o dinheiro retorna para o país. Estamos cientes de que o Brasil é um país muito avançado em relação a alta tecnologia, como por exemplo na construção de aviões e em seu programa aeroespacial. Então, esperamos que com isso o Brasil seja capaz, rapidamente, de contribuir para o seu desenvolvimento industrial e técnico.

Como está o andamento do projeto da adesão do Brasil ao ESO junto à Câmara dos Deputados?

Andreas Kaufer – Estamos acompanhando cuidadosamente as informações publicadas no site do Congresso, e muito felizes que as duas primeiras comissões tenham sido positivas em relação à adesão do Brasil ao ESO. As esperanças continuam para as próximas duas comissões. Embora não exista previsão de data, esperamos que este processo termine logo, especialmente antes das próximas eleições. Sabemos que no período eleitoral não sobra tempo para esse tipo de debate, o que é normal. Estamos otimistas agora, pois a segunda comissão foi a científica, que estava observando o valor científico da entrada do Brasil no ESO, e eles foram positivos. Esse é o tom da mensagem, na nossa opinião, de que há uma base científica para o ingresso.

Existe uma crítica de parte dos cientistas brasileiros em relação à participação na ESO, com o argumento de que o país faria um investimento muito alto que beneficiaria poucos cientistas. Como você comenta essas críticas?

Andreas Kaufer- Certamente é um grande investimento. Existem outras opções para investir o dinheiro em ciência. Neste sentido, não cabe ao ESO ou a mim comentar a decisão de integrar o consórcio. Mas posso apenas dizer que o Brasil é um país grande e que se desenvolve de forma extremamente rápida. Todos no mundo estão olhando para o Brasil e para a China atualmente. No caso da Ciência, diria que é preciso olhar para o futuro e para onde serão realizados os grandes desenvolvimentos. Na minha palestra mostrei alguns exemplos do que o ESO já tem a oferecer e no que está trabalhando para o futuro. Isso abre um caminho para o Brasil que não está acessível em nenhum outro lugar. A pergunta que os cientistas têm que se fazer é: o que o Brasil deixará de ganhar caso perca esta oportunidade de integrar o ESO, uma vez que esta chance não ocorrerá mais muitas vezes? Entendo as preocupações. Não há nada ruim em uma boa discussão. Mas, ao final, caso a decisão pelo ingresso do Brasil seja positiva, posso ver vários benefícios, incluindo ganhos às indústrias do país.

Em sua palestra, o professor afirmou considerar a comunicação como algo crítico para o futuro da Astronomia. O senhor poderia destacar algumas ações realizadas pelo ESO para popularizar a ciência?

Andreas Kaufer – No passado, a Europa não foi muito bem-sucedida em tornar públicas as suas descobertas cientificas. Quer dizer, não havia uma cultura de se dirigir ao público para explicar o seu trabalho. Os colegas norte-americanos são mais fortes neste campo. A Europa e o ESO, em particular, têm despendido muitos esforços nos últimos anos em falar com o público em diferentes mídias, não apenas nos jornais. Atualmente você tem que ir às mídias sociais, estar no Facebook, no Twitter, para se comunicar particularmente com a geração jovem. É esse público que queremos que esteja interessado na ciência. Em particular, em Astronomia, que tem uma grande vantagem, pois podemos utilizar imagens muito legais, que despertam emoções e sentimentos. Podemos usa-las para transmitir explicações mais científicas e provocar as pessoas a pensar “Por que isso é assim?”.  Existem muitas formas de popularizar a Ciência, como filmes, animações, notícias e também transmissões ao vivo do observatório.  O ESO tem investido em todos esses recursos. Temos feito um pouco menos em educação científica para escolas, pois este é um domínio de outras pessoas que podem fazer melhor do que nós. Os professores podem obviamente obter nossas publicações. Outro aspecto importante é que na Europa somos 50 Estados-Membros, que falam diferentes línguas. O ESO tem feito um grande esforço em traduzir toda essa mídia e materiais para o maior número de línguas possível, incluindo o português. Claro que sabemos que a língua da ciência é o inglês, mas não podemos esperar que o público de diferentes países fale esta língua. Acho que este esforço de tradução é muito importante e é feito por voluntários em seus países, para que seus compatriotas possam compreender.

O que a adesão ao ESO pode significar para a sociedade brasileira?

Andreas Kaufer – Acho que em todos os países da Europa, América Latina incluindo o Brasil, ainda precisamos realizar um grande trabalho para fazer o público entender a importância da ciência. De modo geral, queremos que as crianças nas escolas fiquem empolgadas com a ciência: que elas estudem, contatem os cientistas, sejam capazes de explicar ciência para seus pais e mais tarde para seus próprios filhos. Isso representa um desenvolvimento cultural muito grande. A ciência tem muito a ver com a cultura, nosso entendimento do mundo e do universo. É um desenvolvimento muito importante para a sociedade em qualquer lugar. Se a parceria com a ESO puder ajudar o Brasil nesse aspecto, já terá sido um grande sucesso.

Laura Tuyama / Jornalista da Agecom / UFSC
laura.tuyama@ufsc.br

Revisão: Alita Diana e Claudio Borrelli/ Agecom/UFSC

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Lançamento de oito livros e da versão eletrônica da Revista em Debate nesta terça no CFH

10/12/2013 09:04

A Editoria em Debate, vinculada ao Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) e demais núcleos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professores, técnicos pesquisadores e estudantes dos programas parceiros, convidam para o lançamento de oito livros e mais uma edição (n° 8) da Revista Eletrônica Em Debate, no dia 10 de dezembro de 2013, às 19h, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Será lançada, também, a exposição de imagens de Alex Frechette na Galeria Virtual da Editora.

Os autores estarão presentes. Os temas abordados nos livros deixam transparecer o crivo da crítica dos autores que apresentam a contribuição para o conhecimento crítico, necessário no sentido de investigar as especificidades da realidade social frente ao sistema capitalista.
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Projetos de dança da UFSC realizam o espetáculo ‘Dançar à Vida’ nesta terça-feira

10/12/2013 08:55

Os Projetos MovimentArte e Práticas Corporais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentam o espetáculo “Dançar à Vida”, nesta terça-feira, dia 10 de dezembro, às 19h, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos.

O MovimentArte – Ciclo de Vivências em Cultura Corporal/Movimento e Arte – é uma realização do Projeto Práticas Corporais do Centro de Desportos (CDS) da UFSC, que tem oferecido à comunidade, ao longo de 2013, diversos ciclos de vivência em dança, entre eles: “Cigana”, “A fusão da dança”, “A dança e o universo feminino” e a “Teatralidade na dança”Cintia Vilanova, que participou da criação do Projeto, conta que “o MovimentArte é quase que um aprofundamento do Práticas Corporais”.
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Conselho Universitário discute mudanças no Regimento Geral da UFSC nesta terça-feira

09/12/2013 17:09

Maior órgão deliberativo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o Conselho Universitário (CUn) reúne-se em sessão especial nesta terça-feira, às 8h30, para discutir mudanças no Regimento Geral da Universidade. A alteração, requerida pelo diretor-geral do campus de Joinville, Luís Fernando Peres Calil, inclui os campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos e Joinville como Unidades Universitárias e acrescenta, a cada campus, sua estrutura administrativa local. A mudança, caso aprovada, terá efeito também na composição de representantes docentes, discentes e técnicos dos campi em todos os órgãos deliberativos da Universidade.  A sessão será transmitida ao vivo.

A proposta vem sendo debatida nos campi desde março deste ano, quando foi formado um Grupo de Trabalho (GT) para discutir a forma como a inclusão deveria ser feita. O chefe de Gabinete da Reitoria, Carlos Antônio Oliveira Vieira, que também participou do GT, explica que, após esses debates e a análise da Procuradoria Federal na UFSC, concluiu-se que a estrutura dos campi fora da sede em Florianópolis deveria ser organizada em Unidades Universitárias (Centros) e Departamentos. “Pensamos em uma etapa inicial mais simples, incluindo os campi como Unidades Universitárias, como são os Centros de Ensino, alterando somente os Anexos A e B do Regimento Geral da UFSC. Na segunda etapa, iremos alterar o Estatuto da UFSC e todas as Resoluções, para incluir os campi efetivamente na estrutura universitária”, detalha.
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Lançamento dos livros e dos e-books ‘Cronicar III e IV’

09/12/2013 16:37

A Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp) da UFSC convida para o lançamento dos livros e e-books “Cronicar III e IV: olhares, sentimentos e lugares”, no dia 11 de dezembro (quarta-feira), às 17h, nas salas Aroeira e Pitangueira, 2º andar do Centro de Cultura e Eventos da Universidade. Os livros são resultado da produção literária que os servidores da Universidade realizaram durante o curso de capacitação Leitura Crítica e Produção Textual, turmas 2012 e 2013.
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Semana de Fonoaudiologia do Hospital Universitário será de 9 a 13 de dezembro

09/12/2013 08:46

Em comemoração ao dia do Fonoaudiólogo, 9 de dezembro, o Serviço de Fonoaudiologia da UFSC irá promover a Semana de Fonoaudiologia do Hospital Universitário (HU), no Auditório do HU. Durante a semana serão entregues aparelhos de frequencia modulada (Sistema FM) para os usuários de Implante Coclear (IC) e Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) de Santa Catarina. Os aparelhos são dotados de um dispositivo que adota o sistema de FM para filtrar a voz do professor/locutor e eliminar os ruídos da sala de aula e do ambiente, de maneira a melhorar a qualidade do som para os usuários de aparelhos de amplificação sonora e implante coclear (dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, para proporcionar sensação auditiva próxima à fisiológica).

Os aparelhos visam auxiliar os pacientes surdos em ambiente escolar, inicialmente na faixa de 5 a 17 anos (Portaria nº 274 publicada no Diário Oficial da União  de 25 de junho de 2013). Durante o evento será também abordado sobre o trabalho realizado na UTI do HU, com os pacientes que apresentam distúrbios de deglutição (disfagia).
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Papel da mídia e dos jornalistas no Golpe de 64 é tema do último ‘Jornalismo em Debate’ de 2013

09/12/2013 08:12

O programa “Jornalismo em Debate” terá sua última edição deste ano no dia 9 de dezembro, segunda-feira, com o tema “O papel da mídia e dos jornalistas no Golpe de 64 – censura, omissão, alinhamento”. O programa também tratará do 5º Encontro Regional Sul de História da Mídia, que será realizado nos dias 31 de março e 1º de abril de 2014, no Curso de Jornalismo da UFSC. O programa vai ao ar, ao vivo, a partir das 16h, pela Rádio Ponto UFSC – www.radioponto.ufsc.br, e retransmitido pela Rádio Joinville Cultural FM. Após a apresentação, o programa fica disponível no site da Rádio Ponto.
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Direção do CFH divulga carta sobre o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC

07/12/2013 21:58

Nota da Direção do CFH sobre o MArquE/UFSC

  1. O Conselho Universitário decidiu na sessão de terça, 3 de dezembro, retirar da pauta da sessão especial a discussão sobre a mudança do Anexo III do Regimento Geral da UFSC, e a proposta de retirar o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC como Órgão Suplementar, primeiro passo para aprovação do novo Regimento do Museu.  A decisão foi tomada diante de notas divulgadas pela internet e distribuídas na reunião pelo CA de Museologia e por parte dos técnicos do Museu.
  2. A direção e a representação do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, presentes na reunião, apoiaram a decisão de adiar essa discussão para o início do período letivo de 2014, visando uma participação mais ampla da comunidade do CFH e da universidade como um todo.
  3. Desde 18 de junho de 2013, por ato administrativo legal do Gabinete da Reitoria e da SECULT, o Museu passou para a responsabilidade do CFH, nomeando a vice-diretora do CFH, Sônia Weidner Maluf, como diretora temporária do MArquE, com a incumbência de conduzir o processo de transição do Museu, com a produção de um novo Regimento Interno e a retomada de uma vida acadêmica e institucional no Museu, cuja história (e não apenas suas origens) está estreitamente ligada ao CFH.
  4. Duas questões centrais motivaram essa medida:
    A primeira foi o estado de paralisia acadêmica e esvaziamento institucional do Museu nos últimos anos, resultado de seu crescente isolamento, enquanto instituição, da vida universitária, no que se refere à articulação entre extensão, pesquisa e ensino e da falta de um projeto tanto acadêmico quanto museológico consistentes relacionados às suas áreas de atuação, Arqueologia e Etnologia. Vale apontar que esta situação se agravou por meio de intensos conflitos entre os técnicos-administrativos lá lotados. Não foi por acaso que no último ano e meio, cinco técnicos saíram do Museu, todos com processos iniciados antes da atribuição de responsabilidade do Museu para o CFH. A única saída encontrada para esse estado notório de isolamento e paralisia foi a de construir um projeto acadêmico consistente para o Museu, que levasse em conta sua história estreitamente ligada à pesquisa e à formação e que fortalecesse as iniciativas individuais existentes por parte de técnicos em direção à uma aproximação com as atividades acadêmicas. Entendemos que a construção das condições para conduzir o processo de constituição desse projeto acadêmico institucional depende da ruptura do isolamento do Museu e de seu vínculo a um centro de ensino, local de realização das atividades fins da universidade: ensino, pesquisa e extensão. No caso, esse centro de ensino é o CFH, não apenas pela história do Museu, mas porque é ali que se localizam as áreas de especialidade do Museu: arqueologia e etnologia.
    A segunda questão foi a demanda, bastante antiga e significativamente crescente nos últimos anos, somada às atividades desenvolvidas em diversos cursos de graduação e pós-graduação do CFH, em relação a uma reaproximação maior com o Museu. Cabe lembrar que áreas de conhecimento como arqueologia e etnologia se desenvolvem em relação estreita com a formação dos museus da área, que são alimentados pela pesquisa nesses campos e ao mesmo tempo alimentam novas pesquisas, realizadas no próprio acervo levantado.  Essas demandas e atividades envolvem os cursos de Antropologia, História, Museologia, Pós-Graduação em Antropologia e mais recentemente as perspectivas de criação do curso de Arqueologia da UFSC e de regularização da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica.
  5. Ao assumir a Direção do Museu em 18 de junho último, a direção do CFH iniciou um processo de discussão com toda a equipe de técnicos do Museu, através de reuniões abertas e sistemáticas, sobre projetos institucionais de exposições, discussão de um novo Regimento e formas de aproximação e consolidação da relação entre o Museu e o CFH. Foi criada uma Divisão de Ensino, coordenada por um docente do CFH, e foram realizadas diversas atividades acadêmicas com a participação dos técnicos, de docentes e estudantes, como a Primavera dos Museus, o Colóquio Oswaldo Rodrigues Cabral – 110 anos: memória e notícia, entre outras atividades descritas mais detalhadamente no documento endereçado ao Conselho Universitário pela Direção do CFH. Além disso, houve uma retomada das atividades do Museu de forma intensa e sistemática, não apenas com eventos e exposições de curta duração realizados em seu espaço, como também pela construção de projetos institucionais envolvendo exposições baseadas em seu acervo e a construção da exposição de longa duração e a continuidade da elaboração do Plano Museológico. Foram apresentados projetos a editais da FCC e do CNPq.
  6. Durante esses quase seis meses com o CFH à frente do Museu, foram realizadas quinze reuniões abertas com toda a equipe, sendo sete delas para discutir a proposta de um novo Regimento. Tendo como referência a proposta apresentada pela Diretora, foram realizadas longas e detalhadas discussões, e cada setor apresentou a sua nova versão, com modificações, acréscimos e retiradas. Todas as sugestões apresentadas por cada setor ou divisão do museu foram acatadas nas reuniões, inclusive em relação à composição do Conselho Deliberativo. Sublinhe-se que o Regimento ainda em vigor no Museu (Portaria nº 020/GR/2003não prevê Conselho ou Colegiado, sendo a única instância de deliberação a própria direção, designada por ato do Gabinete da Reitoria, ou por órgão delegado para esse fim. Por isso, rejeitamos de forma veemente o teor das cartas divulgadas pelo CA de Museologia, assim como a que foi assinada por  parte dos técnicos do Museu, trazendo esta última um conjunto de falsidades, além de desrespeitar o processo no qual os próprios técnicos do Museu estiveram envolvidos ao longo de todo este semestre.
  7. Desse longo processo aberto e democrático de discussão, saiu a proposta de novo Regimento, que define o museu como “órgão vinculado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas”,  tal como foi debatida com os técnicos do Museu e apresentada ao Conselho de Unidade do CFH, que a aprovou por unanimidade em reunião de 05 de novembro de 2013. Após a deliberação, a direção do CFH encaminhou a proposta de Regimento ao Conselho Universitário. No entanto, por conta da sessão especial do CUn marcada para revisão do Regimento Geral da UFSC, fomos orientados pelo Gabinete a apresentar num primeiro momento apenas a proposta de mudança do Anexo III, retirando o Museu como órgão suplementar, mudança que precede a aprovação da nova proposta de Regimento tal como está redigida.
  8. Para o início do semestre 2014/1, recolocaremos esta questão no Conselho de Unidade do CFH e estimularemos um processo de discussão amplo no Centro e na UFSC, cujo norte será a construção de um projeto de integração acadêmica entre as áreas de conhecimento envolvidas e o Museu, para que se cumpra sua missão universitária, integrando ensino, pesquisa e extensão.

Florianópolis, 06 de dezembro de 2013.

Direção do CFH

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UFSC retoma obras na Pista de Testes do campus de Joinville

06/12/2013 19:01

Equipe da UFSC comemora retomada das obras no laboratório do campus. Foto Mayra Cajueiro Warren/AI/GR

Um dos principais laboratórios do campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Joinville terá sua construção reiniciada a partir da próxima semana. Faz um ano que as obras na Pista de Testes estavam suspensas, desde quando expirou o contrato com a empresa que realizava os laudos técnicos para orientação das atividades de terraplanagem. Nesse período, também foi necessário ajustar os contratos entre as empresas responsáveis pelos laudos técnicos fechados em dias corridos e pela terraplanagem contratada por empreitada. A construção entra agora em uma nova etapa, com prazo de 150 dias para sua conclusão.
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UFSC estreita relações com Ministério do Trabalho e Emprego

06/12/2013 18:09

Vice-reitora da UFSC, Lúcia Helena Martins Pacheco, recebe o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias. Foto Wagner Behr/Agecom/UFSC.

A vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lúcia Helena Martins Pacheco, recebeu a visita do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, na manhã da última quarta-feira, 4 de dezembro. O ministro manifestou à vice-reitora e ao chefe de Gabinete, Carlos Antonio Oliveira Vieira, a intenção de firmar parcerias que beneficiem os trabalhadores. “O desafio é fazer com que o trabalhador seja competitivo, domine as tecnologias. A preocupação não é somente com o agora, mas pensar nas demandas futuras”, afirmou Manoel Dias.

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Servidores aposentados homenageados pela UFSC

06/12/2013 17:55

A solenidade de homenagem aos aposentados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2013, foi realizada nesta quinta-feira, 5 de dezembro, às 9h, no auditório da Reitoria.  Servidores, técnicos-administrativos e docentes receberam os agradecimentos por dedicar parte de suas vidas à Universidade.

O evento faz parte do Programa de Aposentadoria “Tempo de Recomeçar”, organizado pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Segesp), pelo Departamento de Atenção à Saúde (DAS), pela Divisão de Serviço Social – Atenção ao Servidor (Diss) e pelo Departamento de Cultura e Eventos.
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TV UFSC exibe ‘Mulheres da Terra’

06/12/2013 17:53

TV UFSC exibe "Mulheres da terra"

Documentário revela a intensa relação das mulheres do oeste de Santa Catarina com a terra, as plantas e sementes. Produzido pela Plural Filmes e dirigido por Márcia Paraiso, o vídeo, que estreia domingo, às 21 horas,  foi duplamente premiado no 2º Festival Nacional de Cinema e Vídeo Rural de Piratuba, no meio-oeste de Santa Catarina, que aconteceu de 22 a 25 de setembro de 2010. A produção levou os prêmios de melhor documentário e melhor filme do festival. As filmagens aconteceram nos municípios de Marema, Mondaí, São Miguel do Oeste, Chapecó, Anchieta e Palmitos em Santa Catarina.
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Reitora recebe comitiva de universidade chinesa

06/12/2013 17:24

Reitora da UFSC, Roselane Neckel, e o reitor da Henan University, Guan Aihe. Foto: Gabriela Dequech/AI/GR/UFSC

A reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roselane Neckel, recebeu, na última quinta-feira, 5 de dezembro, o reitor da Henan University,  professor Guan Aihe, juntamente com uma delegação da universidade chinesa, para discutir a possibilidade de firmar um convênio bilateral.
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Evento reunirá estudantes e profissionais de Contabilidade, Controladoria e Finanças do Brasil

06/12/2013 17:16

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará nos dias 19 a 21 de maio de 2014, simultaneamente, o 5º Congresso UFSC de Controladoria e Finanças e o 5º Congresso UFSC de Iniciação Científica em Contabilidade, em Florianópolis, SC. Os eventos visam reunir e favorecer o intercâmbio de experiências e conhecimentos entre profissionais, estudantes, professores e pesquisadores das áreas de Contabilidade, Controladoria e Finanças de todo o Brasil.
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Colégio de Aplicação faz apresentação no Teatro da UFSC neste fim de semana

06/12/2013 17:00

O Teatro da UFSC recebe o espetáculo “Noite de Reis”, do Grupo de Teatro do Colégio de Aplicação da UFSC, nos dias 6 e 7 de dezembro (sexta e sábado), às 20h, e 8 de dezembro (domingo), às 19h. A peça tem a participação de 16 alunos dos ensinos fundamental e médio da escola e é dirigido por Nara Wedekin. A entrada é gratuita, e quem quiser pode colaborar com um quilo de alimento não perecível.
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Coletivo Kurima, SeCult e Cine Paredão convidam para 4º Café Ndimba

06/12/2013 16:20

Foto do 2º Café Ndimba. Esta edição do evento encerra as atividades de 2013. Foto: divulgação

O Coletivo Kurima – Estudantes Negros/as da UFSC, a Secretaria de Cultura (SeCult) e o Projeto Cine Paredão, convidam toda a comunidade para o 4º Café Ndimba. O evento, que encerra as atividades de 2013, será nesta sexta-feira, 6 de dezembro, às 19h, no Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) Professor Oswaldo Rodrigues Cabral da UFSC.

Com o tema “Mulheres em Movimento”, compõem a programação diálogos sobre estética negra, cabelo, ancestralidade e as suas relações com o fortalecimento sociopolítico, nas diversas expressões artístico-culturais de matriz africana, produzidas por mulheres em Florianópolis.

Os participantes poderão conferir uma exposição fotográfica formada com o acervo da Associação de Mulheres Negras Antonieta de Barros (AMAB). Também estão programadas exposição de artesanato, roupas e acessórios; intervenções e performances; apresentações artístico-culturais e a exibição do curta, seguida de roda de conversa.


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UFSC divulga resultado de transferências e retornos para primeiro semestre de 2014

06/12/2013 15:40

O Departamento de Administração Escolar (DAE), da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), divulgou nesta sexta-feira, 6 de dezembro, o Edital nº 35/DAE/Prograd/UFSC, relativo ao processo seletivo de transferências e retornos para preenchimento de vagas remanescentes para o primeiro semestre de 2014.

A matrícula é obrigatória para a consumação do processo de transferência ou retorno, deverá ser requerida on-line,pela internet, mediante senha individual criada no site www.dae.ufsc.br, acesso “aluno”, e realizada no período de 9 a 25 de dezembro de 2013 ou de 10 a 17 de fevereiro de 2014 para ajustes, se for o caso e, se houver necessidade de orientação sobre as disciplinas a serem cursadas, poderá o aluno proceder a matrícula junto à coordenação do curso durante a primeira semana de aulas, impreterivelmente, sob pena da perda da vaga e substituição pelo candidato de classificação imediata e subsequente da lista de classificação.
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Aquisição de alimentos saudáveis para a família é tema de pesquisa na UFSC

06/12/2013 15:00

Nutricionista Caroline C. Moreira pesquisou a percepção sobre alimentos saudáveis pelos responsáveis pela aquisição para as suas famílias.

A nutricionista Caroline Camila Moreira, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob a orientação da professora Giovanna M. R. Fiates, realizou, para sua dissertação de mestrado, uma investigação acerca da percepção sobre compra e consumo de alimentos saudáveis por quem os adquire para a família. Da pesquisa – realizada entre os meses de outubro e novembro de 2011 – participaram 215 pais de escolares de 7 a 10 anos, de nove escolas públicas de Florianópolis (SC). A pesquisa integra o projeto“Estudo intergerações familiares: hábitos alimentares na interface entre o estado nutricional e o comportamento do consumidor”, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Em um único dia, realizam-se inúmeras escolhas alimentares, que, repetidamente, tendem a se tornar hábitos. Engana-se quem imagina que as escolhas alimentares se iniciam na primeira refeição do dia; elas começam no momento da seleção e compra de alimentos.

Constatou-se que as famílias brasileiras, de todos os estratos de renda, têm adquirido, cada vez mais, alimentos industrializados e ultraprocessados, geralmente com teores excessivos de gordura, sal e açúcar e uma quantidade insuficiente de frutas e hortaliças. Por isso, torna-se importante compreender não somente o comportamento de compra, mas também entender a percepção do que são alimentos saudáveis por parte de quem os adquire para a família.

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EdUFSC adota estratégias de inclusão na vida cultural

06/12/2013 13:59

Parcerias internas e externas, visando à promoção do livro e da leitura, são estratégias políticas adotadas para inserir, concretamente, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) no cenário cultural local, regional e nacional. Neste contexto, o diretor executivo Fábio Lopes destaca o lançamento do Projeto O livro da minha vida, da revista Subtrópicos, o apoio cultural ao filme O detetive de Florianópolis (baseado em livro publicado pela EdUFSC) e o uso massivo das redes sociais para divulgação das ações e publicações da editora. A Feira do Livro da EdUFSC e a participação na 12ª Semana de Pesquisa, Ensino e Extensão (Sepex) aproximaram, na opinião de Fábio Lopes, a editora da comunidade universitária e da cidade. Na mesma linha, cita a presença da EdUFSC em feiras municipais, estaduais, nacionais e na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. Ressalta igualmente a interiorização da editora, lembrando a feira realizada recentemente no Campus de Curitibanos. Além das mídias próprias, a direção da editora realça a integração e parceria com a TV UFSC, o Curso de Jornalismo e a Agência de Comunicação da Universidade (Agecom).
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Tags: EdUFSCO Livro da minha vidarevista SubtrópicosUFSC

Sinter cria nova página de oportunidades internacionais para estudantes e servidores

06/12/2013 13:08

A Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) criou uma nova página de oportunidades internacionais destinada aos estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes. Na página serão divulgados assuntos relacionados a bolsas de estudos, cursos, eventos e outras oportunidades internacionais.
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Tags: nova páginaoportunidades internacionaisSinterUFSC

Termina nesta sexta prazo para que docentes e TAEs solicitem bolsas de estágio não obrigatório na UFSC

06/12/2013 11:07

A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) publica o Edital nº 20/Prograd/2013, complementar para o PIBE 2014, sobre solicitações de bolsas para promoção de acessibilidade educacional aos estudantes com deficiência matriculados na educação básica, cursos de graduação e pós-graduação da UFSC.

A Prograd enfatiza que o período para que docentes e TAEs solicitem bolsas de estágio não obrigatório na UFSC encerra-se no dia 6 de dezembro. As solicitações devem ser efetuadas exclusivamente pelo Sistema PIBE, disponível no endereço http://www.pibe.ufsc.br.
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Tags: bolsas de estágio não-obrigatórioprograd

Estudante da UFSC descobre três novas espécies de fungos

05/12/2013 15:25

Phylloporia clariceae é uma das novas espécies de fungos descoberta pela estudante Valéria Ferreira Lopes. O nome é homenagem à professora da UFSC e criadora do Laboratório de Micologia, Clarice Loguércio Leite. Foto: Valéria Ferreira Lopes

Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Santa Catarina é responsável pela descoberta de três novas espécies de fungos que podem ser encontrados na região da Mata Atlântica do sul do Brasil. A pesquisa é objeto da dissertação de mestrado de Valéria Ferreira Lopes, que defendeu seu trabalho junto ao Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas. Além da descoberta, a dissertação representa um alerta: o de que o método utilizado para classificar os fungos pode estar escondendo uma diversidade muito maior de espécies.

De fato, os fungos formam um reino ainda bastante desconhecido pela Ciência. Não se sabe ainda o número de espécies que podem existir. As estimativas vão de 1,5 milhão até mais de 5 milhões. Desse total, são conhecidas apenas 100 mil. Fungos não são plantas nem animais, pois possuem características únicas, cuja principal função na natureza é fazer a decomposição de dejetos orgânicos. Podem viver em ambientes tão diversos quanto no interior de uma formiga quanto decompondo uma árvore morta.


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