Impasses e desafios na produção de alimentos foram tema de seminário na UFSC
O Seminário A produção contemporânea de alimentos para a humanidade: impasses e desafios, coordenado pelo professor Clarilton Ribas foi realizado dia 13 de setembro no Centro de Ciências Agrárias. Clarilton abriu o seminário dizendo que um dos paradoxos do século XXI é que nunca produzimos tanto alimento e nunca tantos passam fome. Sepultamos, disse ele, o pensamento de Thomas Malthus (1766-1834) que estudou a produção de alimentos de duzentos anos e fez um comparativo com o crescimento da população, concluindo que a fome seria uma inevitabilidade histórica, já que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética e a população de forma geométrica. Friedrich Engels (1820-1895) lhe fez contraponto dizendo que a ciência e técnica se desenvolviam em progressão geométrica. Estava certo. A humanidade produz, atualmente, alimento para 2,1 vezes a população. Mas o que se faz com os alimentos? Há mais de um bilhão de pessoas famintas, e dados dizem que produzimos cerca de 600 gramas de arroz/pessoa/dia.