Pesquisadores alertam que órgãos reguladores falham ao analisar riscos de novos transgênicos

22/03/2013 13:03

Em recente artigo publicado em revista científica Environment International Journal, classificada com o conceito máximo do ranking da Capes, A1, pesquisadores afirmam que órgãos governamentais regulamentadores não estão considerando riscos importantes relacionados a novos tipos de plantas geneticamente modificadas. O estudo aborda os riscos de produtos emergentes contendo moléculas chamadas de RNA de fita dupla (dsRNA).

Intitulado “A comparative evaluation of the regulation of GM crops or products containing dsRNA and suggested improvements to risk assessment”, o artigo é escrito por  pesquisadores de três países:  Jack Heinemann, Universidade de Canterbury da Nova Zelândia, Sarah Agapito-Tenfen, da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, e Judy Carman, Universidade de Flinders, Austrália.

A conclusão dos autores é de que não existe nenhum procedimento validado para testar a segurança de moléculas de dsRNAs, seja para alimentação humana ou meio ambiente. Também não existem documentos de orientação para aconselhar órgãos reguladores internacionais. Além de demonstrar as falhas dos sistemas atuais em avaliar a possibilidade de efeitos adversos oriundos de moléculas dsRNA, os autores propõem um processo para testar organismos geneticamente modificados (OGMs) ou outros produtos que possam conter moléculas de dsRNAs.

Demanda por mais estudos

Os novos organismos geneticamente modificados são desenhados para produzir uma forma de RNA, os RNAs de fita dupla, chamados de dsRNA. Enquanto a maioria das plantas transgênicas é desenhada para produzir proteínas, os novos tipos de plantas transgênicas produzem dsRNAs para alterar a maneira como os genes são expressos. Essas moléculas de dsRNA podem ser transferidas de plantas para humanos e outros animais através da alimentação. Além disso, poderiam ser potencialmente transferidas por inalação de partículas oriundas destas plantas transgênicas (como por exemplo, inalação de farinha de trigo transgênico) ou por absorção através da pele.

A mesma tecnologia está sendo desenvolvida para ser pulverizada diretamente na lavoura como um tipo de pesticida.  Também existe a proposta de uso na alimentação de insetos, como é o caso da tentativa de controle de um vírus que ataca abelhas.

Embora o RNA seja um componente normal de todas as células, na forma de dsRNAs ele pode ter efeitos que dependem da espécie e do tecido a que são expostos.  De acordo com a professora Judy Carman, da Universidade de Flinders na Austrália e co-autora do artigo, “As moléculas de dsRNA produzidas pelas plantas transgênicas podem funcionar exatamente como pretendido e não apresentar nenhum outro efeito”, explica. “Por outro lado, elas podem ter efeitos adversos tanto em organismos alvo da tecnologia, quanto em outros organismos, tais como humanos e espécies selvagens. Nós não saberemos até fazermos análises completas, e estas análises ainda não foram feitas”, completa.

Os autores defendem que não existe base científica para extrapolar a segurança destas novas moléculas de dsRNA a partir do histórico de uso seguro de moléculas de dsRNA de células de plantas, animais, fungos e microorganismos que comemos.

Como os produtos são autorizados

Os autores revisaram conjuntamente três órgãos regulamentadores responsáveis pela segurança alimentar e ambiental, com jurisdição em três países: Austrália, Brasil e Nova Zelândia. As decisões destes órgãos são relativas a aprovações de três tipos de plantas transgênicas que foram desenvolvidas para produzir, ou que poderiam produzir, novos dsRNA a serem utilizadas na alimentação humana ou animal. Os autores fazem registro às suas recomendações a estes órgãos e as respostas dos mesmos.

“Cada regulador encontrou motivos para não questionar as empresas proponentes para testar efeitos específicos relacionados às moléculas de dsRNA,  e assim contaram com suposições ao invés de testarem para determinar a segurança destes produtos” diz a co-autora Sarah Agapito-Tenfen, doutoranda na Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil, que analisou o trabalho da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), na liberação de feijões transgênicos (Phaseolus vulgaris) produzidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

O artigo demonstra que os órgãos reguladores têm negado a priori a necessidade de se avaliar tanto os efeitos diretos quanto os efeitos secundários potenciais das moléculas de dsRNA. Ainda, tais instituições têm recorrido a informações falhas e desatualizadas sobre a bioquímica destas moléculas de dsRNA.

Assim, não há registro público de nenhum órgão regulador requisitando ou revisando estudos que forneçam evidências para a ausência de efeitos indesejados de novas moléculas intencionais de dsRNA no OGM, efeitos de novas moléculas não-intencionais de dsRNA no OGM e produção de novas moléculas de dsRNA secundárias no OGM ou em pessoas expostas ao OGM (por exemplo: através de inalação, ingestão ou absorção) – incluindo insetos não-alvo, espécies selvagens e humanos. Consequentemente, nunca foi realizado um estudo de toxicidade aguda ou crônica em qualquer OGM comercial que tenha a capacidade de detectar qualquer efeito que pudesse surgir especificamente a partir das moléculas de dsRNA primárias ou secundárias geradas pelo OGM.

Proposta de novos testes

“Para nossa surpresa, descobrimos que não existem protocolos internacionalmente aceitos ou sequer diretrizes sobre como conduzir uma análise de risco adequada e completa em produtos com essas novas moléculas de dsRNA” diz Prof. Jack Heinemann, professor da Universidade de Canterbury na Nova Zelândia e principal autor do artigo. A fim de preencher esta lacuna, os autores desenvolveram o que seria o primeiro procedimento formal para análise de risco de produtos baseados em dsRNA, tanto para organismos vivos geneticamente modificados como para agentes pulverizados em lavouras.

Os autores defendem que todos os OGMs sejam avaliados para a presença de moléculas de dsRNA adversas. Ou seja, até mesmo aqueles OGMs que não foram produzidos com a intenção de expressarem essas moléculas necessitam ser avaliados para a presença destas, pois estas moléculas são subprodutos comuns do processo de engenharia genética. Até hoje nenhum OGM foi avaliado desta maneira.

O esquema de avaliação de risco proposto pelos autores baseia-se na aplicação daquilo que está mais cientificamente desenvolvido até hoje. A capacidade de utilizar mecanismos baseados nesta ciência de ponta está bem alocado dentro da experiência da indústria e da comunidade acadêmica e não é particularmente caro. Por exemplo, as técnicas de bioinformática sugeridas requerem apenas um computador, acesso à internet e pessoal capacitado, com um treinamento comum para qualquer profissional da área de biologia molecular.

Mais informações:

Jack A. Heinemann é Professor Titular na disciplina de Genética e Biologia Molecular na Escola de Ciências Biológicas e Diretor do Centro de Pesquisas Integradas em Biossegurança, ambos na Universidade de Canterbury, Nova Zelândia. Contatos: jack.heinemann@canterbury.ac.nz; +64 3 364 2500

Sarah Z. Agapito-Tenfen tem Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais pela Universidade Federal de Santa Catarina e atualmente faz seu doutorado na mesma instituição. Contatos:  sarahagro@gmail.com; +55 48 37215336

Dra. Judy Carman é Professora Associada na área de Saúde e Meio-Ambiente na Escola de Meio-Ambiente da Universidade de Flinders/Austrália e é Diretora do Instituto de Pesquisas em Saúde e Meio-Ambiente. Ela possui qualificações em epidemiologia e bioquímica. Contatos:  judycarman@ozemail.com.au; +61 408 480 944

Link para o Artigo:
http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412013000494

Tags: biosegurançadsRNAorganismos geneticamente modificadosUFSC

Potencial dos biocombustíveis amplia trabalhos da UFSC com microalgas

22/03/2013 11:34

Manter cepas de microalgas de diferentes ambientes e capacitar pessoal para o cultivo são objetivos da equipe. Foto: Claudia Reis.

O desafio de transformar algas em biocombustíveis integra uma série de universidades brasileiras. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) colabora com esse esforço, desenvolvendo trabalhos junto ao Laboratório de Cultivo de Algas, ligado ao Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias (CCA).

Há mais de 20 anos o grupo atua na produção de microalgas. O objetivo principal era produzir alimento para espécies cultivadas em outros setores, como o Laboratório de Camarões Marinhos. Um novo foco está voltado ao aproveitamento da biomassa das microalgas para obtenção de biodiesel, usualmente produzido a partir de óleo de soja, mamona, canola, dendê, milho ou gordura animal.

Base da maioria das cadeias alimentares aquáticas, as microalgas se desenvolvem a partir da transformação direta da luz do sol em energia química, da assimilação de nutrientes dissolvidos na água e do dióxido de carbono. Há centenas de milhares de espécies, de água doce e marinha. Ricas em moléculas de gordura, muitas têm potencial significativo para transformação em biocombustíveis.

Determinar condições que maximizem a produção de biomassa com elevado teor de lipídios é uma das metas do trabalho no Laboratório de Cultivo de Algas da UFSC. Manter cepas de microalgas de diferentes ambientes aquáticos do Brasil e treinar pessoal para o desenvolvimento de cultivos em larga escala também são objetivos da equipe.

No laboratório são desenvolvidos cultivos experimentais desde a pequena escala (100 litros) até o cultivo massivo em tanques de 10.000 litros. Para a separação da biomassa,  a parte sólida e seca das microalgas, são testadas e comparadas diferentes técnicas, como floculação e sedimentação, centrifugação e eletrofloculação. O grupo também fornece biomassa para grupos de outras universidades que pesquisam esse material como fonte de biocombustível.

Uma série de fatores motivam os estudos. Entre eles, o fato de que as microalgas têm estruturas simples, se reproduzem e crescem em velocidade muito maior do que outras culturas usadas na produção de biodiesel. Seu cultivo pode ser feito em áreas menores do que a necessária nas outras culturas de oleaginosas − e mesmo impróprias para a agricultura, ao longo de todo o ano e em diversas regiões. Essa alternativa também não entra em conflito com a agricultura (como no caso das demais oleaginosas, que podem deixar de ser produzidas para alimentação para gerar combustível).

As microalgas têm ainda a vantagem de sequestrar eficientemente o dióxido de carbono, contribuindo para a redução dos gases do efeito estufa. Isto qualifica o cultivo de microalgas para a produção de biocombustíveis como um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

Cultivos experimentais partem de pequena escala e chegam a tanques de 10 mil litros. Foto: Cláudia Reis.

Apesar dos benefícios, o emprego das microalgas para a produção de biodiesel em nível industrial ainda tem custo muito elevado e depende de inúmeras de pesquisas. Há necessidade de estudos sobre a diversidade biológica das microalgas, sobre os diferentes fatores que influenciam a produção da biomassa e a acumulação de lipídios. Os métodos de separação da biomassa, as técnicas de extração do óleo e de síntese do biodiesel também são campos que exigem projetos de desenvolvimento científico e tecnológico. É preciso ainda equacionar problemas relacionados à contaminação dos cultivos.

“Do ponto de vista econômico, precisamos produzir em escala maior e com custo menor. Do ponto de vista ambiental, trabalhar com a reutilização e tratamento das águas dos cultivos, além de contemplar aspectos sociais, de geração de emprego e renda”, avalia o professor Roberto Bianchini Derner, que coordena trabalhos com microalgas na UFSC.

Um dos projetos mais recentes tem apoio financeiro da Setec (a Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), sendo gerenciado via Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU).

Mais informações: Roberto Bianchini Derner / Departamento de Aquicultura / UFSC / robertoderner@lcm.ufsc.br / (48) 3721-4107

Material produzido para a Revista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) ∕  www.fapeu.br

Jornalista responsável: Arley Reis ∕  arleyreis@gmail.com
Fotos: Cláudia Reis

Tags: algasCCALaboratório de Cultivo de AlgasUFSC

UFSC colabora com plano de manejo para Área de Proteção Ambiental da Ponta do Araçá

13/03/2013 13:38

UFSC participa do diagnóstico da flora e da fauna para a efetivação da Área de Proteção Ambiental da Ponta do Araçá. Fotos: Daniel Moraes Alves

Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU), a UFSC participa do diagnóstico da flora e da fauna, de condições físicas, socioeconômicas e culturais que darão suporte à efetivação da Área de Proteção Ambiental da Ponta do Araçá. O trabalho é base para a elaboração de um plano de manejo para a APA, localizada na região da Costa Esmeralda, no município de Porto Belo (SC).

A unidade de conservação foi criada em 2008 e se estende por 140 hectares, entre o mar e morros, abrigando duas pequenas praias: Caixa d’aço e Estaleiro. Sua paisagem é enriquecida por baias de águas claras, costões rochosos e cobertura vegetal em estágios médio e avançado de regeneração. É a primeira unidade de conservação criada sob responsabilidade da Prefeitura de Porto Belo, que discute também propostas da APA do Perequê, do Parque Municipal da Lagoa do Perequê e do Parque Municipal do Segundo Acesso.

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Tags: APAÁrea de Proteção AmbientalfapeuMaurício Eduardo GraipelPonta do AraçáUFSC

UFSC caracteriza fósseis da vegetação de turfeiras e campos do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro

08/03/2013 17:40

Nos topos da Serra do Tabuleiro, área de turfeira com sua cobertura típica de briófitas, plantas que vivem preferencialmente em locais úmidos. Fotos: Hermann Behling

Maior unidade de conservação de Santa Cataria, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro ocupa 87 mil hectares de ilhas, cordões litorâneos, manguezais, encostas, montanhas e campos. Nos campos, em meio ao relevo montanhoso, abriga grande número de turfeiras, ambientes encharcados, formados principalmente por plantas que vivem em local úmido e ácido, com acúmulo de grande quantidade de matéria orgânica.

Por suas características, as turfeiras são sumidouros de carbono, são reguladores do escoamento fluvial e fontes de nutrientes para a vegetação ao seu redor. Para a ciência, por sua capacidade de preservar tecidos vegetais, são também arquivos ambientais e cronológicos da evolução da paisagem.

Áreas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro formadas por esse ecossistema são estudas pela Universidade Federal de Santa Catarina. Pesquisas que integram professores e estudantes dos departamentos de Geociências e de Botânica incluem o mapeamento e caracterização das áreas de turfeiras, o levantamento florístico atual desses ambientes e sua comparação com material fóssil extraído de sedimentos – em estudo na área de paleoecologia, que utiliza fósseis para reconstruir ecossistemas do passado.

O trabalho de campo é desenvolvido em áreas de topo da Serra do Tabuleiro, nos municípios de Santo Amaro da Imperatriz e São Bonifácio. Com apoio da Fundação O Boticário, na linha temática Impacto das Mudanças Climáticas em Espécies e Ecossistemas, o projeto é executado via Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Tecnológica (FAPEU).

“A proposta articula o estudo de turfeiras ao da vegetação, com o objetivo de definir a variação da vegetação ao longo da serra, atualmente e sob o efeito de mudanças globais do passado”, explica o coordenador do projeto, professor Marcelo Accioly Teixeira de Oliveira, do Departamento de Geociências.

Segundo ele, outros estudos demonstram o predomínio de campos na região atualmente protegida pelo parque há pelo menos 40 mil anos, sugerindo que se trata de vegetação remanescente de transformações nesse ambiente. Além disso, resultados preliminares obtidos a partir da nova pesquisa estendem a idade de registro de sedimentos do parque para 90 mil anos.

“A caracterização desses campos de altitude constitui contribuição científica relevante, com alto impacto para a conservação e o zoneamento do parque”, considera o professor, ressaltando que turfeiras são ainda muito pouco estudadas no Brasil. Sua importância é destacada pelo Comitê para a Ação Global sobre Turfeiras, que defende esforços globais para a conservação e definição de sua função ambiental como áreas úmidas.

Periódico internacional

As pesquisas da UFSC vêm sendo realizadas desde 2003, com saídas de campo nos chapadões da Serra do Tabuleiro, entre 860 e 1200 metros acima do nível do mar. Com equipamentos especiais, entre eles um Radar de Penetração de Solo, são obtidos perfis geofísicos, que permitem estudos sobre as camadas de sedimentos. São também coletadas amostras das turfeiras para análise em laboratório de fósseis vegetais.

Em laboratório, amostras de camadas de sedimento são processadas e analisadas . Fotos: Cláudia Reis

Para a equipe, o material representa importante testemunho sedimentológico. Parte do trabalho, em que 83 amostras foram processadas na UFSC e analisadas em laboratório da Alemanha, resultou em artigo científico publicado no periódico internacional “Vegetation History and Archaeobotany”.

As análises buscam classificar as turfeiras do parque e avaliar cenários evolutivos, gerando conhecimento básico sobre esses habitats. O trabalho de campo, com saídas sistemáticas mensais, permitiu também coletas de plantas de áreas de campos e turfeiras do parque.

A vegetação coletada é identificada e catalogada no Herbário Flor, ligado ao Departamento de Botânica. Depois, as exsicatas são levadas para o Laboratório de Geodinâmica Superficial, ligado ao Departamento de Geociências, para coleta de grãos de pólen. Assim, além de incrementar o acervo do Herbário Flor, os estudos estão permitindo a implantação de uma palinoteca dos campos da Serra do Tabuleiro. Essa coleção está sendo constituída junto ao Laboratório de Geodinâmicas Superficial, para resguardar grãos de pólen, que são identificados, catalogados e preservados em acervo.

Para a FATMA (Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina), órgão que gerencia o parque, a equipe vai elaborar cartas de localização e caracterização das turfeiras do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Relatórios e outros documentos também vão gerar subsídios que podem auxiliar no manejo da área e na produção de materiais de educação ambiental e de informação para a comunidade.

“O objetivo é valorizar os arquivos de história natural preservados nos depósitos orgânicos da maior unidade de conservação de proteção integral do Estado de Santa Catarina. Além disso, estamos capacitando recursos humanos para a valorização de estudos paleoecológicos como ferramenta fundamental para ações de conservação”, salienta o professor Marcelo.

Mais informações com o professor Marcelo Accioly Teixeira de Oliveira / Departamento de Geociências / UFSC / maroliv@cfh.ufsc.br

Material produzido para a Revista da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) ∕  www.fapeu.br
Jornalista responsável: Arley Reis ∕  arleyreis@gmail.com

Fotos: Hermann Behling e Cláudia Reis

 

Tags: botânicafapeugeociênciasLaboratório de Geodinâmica SuperficialturfeiraUFSC

UFSC propõe melhorias tecnológicas e novos produtos para cadeia produtiva do mexilhão

06/03/2013 08:59

Estudos têm a colaboração de profissionais em formação no Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos – foto Claudia Reis

Agregar valor aos mexilhões produzidos em Santa Catarina e proporcionar aos produtores novas alternativas de comercialização. Estas são metas de pesquisas desenvolvidas no Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFSC.
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UFSC pesquisa sapinho ameaçado de extinção

28/02/2013 17:29

O Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC estuda um dos menores anfíbios documentados pela ciência brasileira – e que se reproduz em uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, a Serra de Carajás, no Sudoeste do Estado do Pará. Com tamanho um pouco maior do que o de uma unha da mão, o Pseudopaludicola canga vive restrito aos terrenos encharcados da Serra de Carajás. Entre 12 espécies de Pseudopaludicolaregistradas na América do Sul, é uma das mais raras em termos de distribuição geográfica.
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Pesquisa da UFSC revela novos indicadores para controle da tuberculose bovina

27/02/2013 08:31

Uma das inovações da pesquisa foi identificar os tecidos/órgãos de maior incidência da bactéria da tuberculose. Imagem: Menin et.al./Plos One.

Acaba de ser publicada no periódico internacional Plos One uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina que revela novos indicadores que podem ajudar no controle da tuberculose bovina (bTb), uma doença para a qual ainda não existe prevenção nem tratamento viável e que representa um sério problema de saúde pública. A tuberculose bovina é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria chamada Mycobacterium bovis (M. bovis). A infecção pelo M. bovis é responsável por aproximadamente 10% do total de casos de tuberculose humana na África e cerca de 2,5% na América Latina. É transmitida para os humanos principalmente pelo consumo de leite não pasteurizado.

Elaborado pela equipe do médico e professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da UFSC, André Báfica, e intitulado “Asymptomatic Cattle Naturally Infected with Mycobacterium bovis Present Exacerbated Tissue Pathology and Bacterial Dissemination” (tradução: Bovinos assintomáticos naturalmente infectados com Mycobacterium bovis apresentam exacerbada patologia e disseminação bacteriana nos tecidos), o artigo contribui para revelar como a tuberculose bovina age nos animais durante a infecção natural. Febre intermitente, tosse, falta de ar, perda da condição corporal, emagrecimento progressivo, debilidade, baixa capacidade respiratória e diminuição na produção de leite são alguns sinais conhecidos do animal com tuberculose. No entanto, até então, pouco se sabia como os animais portadores da bactéria conseguem controlar a infecção e não manifestar os sintomas.

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UFSC busca subsídios para aproveitamento de areias descartadas pela indústria de fundição

25/02/2013 08:43

A carência de informações técnicas para subsidiar a tomada de decisão por parte de órgãos reguladores é um dos entraves para a reutilização de areias descartadas de fundição – um dos resíduos com maior volume produzido no mundo. Para colaborar com a produção de conhecimento na área e subsidiar órgãos ambientais no desenvolvimento de políticas públicas, um estudo caracterizou areias descartadas em indústrias de fundição de ferro, aço e alumínio de Santa Catarina.
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Tags: areias descartadas pela indústria de fundiçãofapeuUFSC

UFSC pesquisa comunicação de crianças com problemas de audição

15/01/2013 13:35

Os estudos são coordenados pela professora da UFSC, Ronice Müller de Quadros, e participam crianças entre 4 e 7 anos

Há anos estudando as formas de comunicação de pessoas surdas, a UFSC investe agora no entendimento de como se desenvolvem crianças que usam a língua falada e a língua de sinais simultaneamente. Famílias foram convidadas a participar da pesquisa que envolve crianças ouvintes, filhas de pais surdos, e crianças surdas, que crescem em meio a libras e português, e passaram pela cirurgia de implante coclear  − aparelho utilizado para restaurar a audição em pacientes portadores de perda auditiva profunda. Com crianças da faixa etária entre um ano e meio e quatro anos são realizadas filmagens que documentam seu convívio com os familiares − interagindo com os pais surdos, em Libras, e com pessoas ouvintes, em português.
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Planta nordestina é novidade no tratamento de esclerose múltipla

19/11/2012 15:22

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Farmacologia e Terapêutica Experimental (LAFEX), do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC apresenta novidade para o tratamento da esclerose múltipla. Os pesquisadores Rafael Cypriano Dutra e João Batista Calixto, do Departamento de Farmacologia/ UFSC, em parceria com o farmacêutico e empresário Luiz Francisco Pianowski, coordenador da empresa farmacêutica Kyolab LTDA e com os estudantes  do Curso de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC, descobriram um poderoso anti-inflamatório que pode ser a alternativa para os medicamentos convencionais. O euphol, componente isolado, é encontrado no látex de uma espécie de planta típica do nordeste brasileiro, a Euphorbia tirucalli, conhecida popularmente como avelóz.

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Tags: avelózesclerose múltiplaEupholJoão Batista CalixtoLAFEXRafael Cypriano Dutra

Alimentação saudável após diagnóstico do câncer de mama pode melhorar a qualidade da dieta

24/09/2012 15:08

Pesquisa aponta mudanças na dieta durante o tratamento para o câncer de mama e alerta sobre a necessidade da implantação de estratégias de educação nutricional direcionadas, mesmo com todas as repercussões clínicas.

Mudanças na alimentação após o diagnóstico do câncer de mama alteram significativamente a qualidade da dieta, podendo repercurtir de forma negativa na qualidade de vida do paciente, revela pesquisa realizada pela mestranda e bolsista pela CAPES/Reuni do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina. O estudo foi realizado pela nutricionista e especialista em oncologia, Vanessa Ceccatto, membro do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (GENEO), coordenado pela professora Patricia Faria Di Pietro, contemplado pelo Edital Universal do CNPq, MCT/CNPq 14/2008.

A pesquisa, realizada em Florianópolis, no Hospital e Maternidade Carmela Dutra, onde avaliou a qualidade da dieta de 78 pacientes diagnosticadas para o câncer de mama entre os anos de 2006 a 2010, que realizaram tratamento adjuvante. As mulheres foram entrevistadas em dois momentos: pré-cirúrgico e pós-tratamento (consumo alimentar referente ao período de tratamento). Para a avaliação da qualidade da dieta foi utilizado o Índice de Qualidade da Dieta – Revisado (IQD-R), sendo considerado uma dieta “inadequada” pontuações menor ou igual a 75,2 pontos, dieta “necessitando de modificações” de 75,7 a 81,8 pontos e dieta “saudável”, acima de 82,0 pontos.

De acordo com o estudo, as pacientes com dieta ‘inadequada” aumentaram expressivamente a qualidade de sua dieta durante o tratamento. Do total, 62% melhoraram sua pontuação e destas 24% passaram a ser classificadas com dieta “saudável”. Mulheres consideradas com dieta “necessitando de modificações” não alteraram de forma significativa a qualidade da dieta durante o tratamento. As mulheres com dieta “saudável” reduziram significativamente a pontuação do índice durante o tratamento, sendo que 38% passaram de uma dieta “saudável” para dieta “necessitando de modificações” e 20% de uma dieta “saudável” para uma dieta “inadequada”.

Segundo Vanessa, a inadequação da dieta foi relacionada ao baixo consumo de frutas e verduras e o consumo excessivo de uma miscelânea de alimentos densamente calóricos com baixo valor nutricional. “Quanto pior a qualidade da dieta, com menor consumo de frutas e verduras e mais ingestão de gordura, maior o risco de recidiva da doença”. A mestre ressalta que as gorduras sólidas (manteiga, banha, gorduras vegetais hidrogenadas, molhos tipo hidrogenado), o álcool (calorias oriundas do álcool e do açúcar em bebidas alcoólicas) e o açúcar adicionado em sucos, cafés, chás, refrigerantes, sucos prontos, geleias, gelatina e alimentos prontos e processados estão associados ao maior risco de recorrência da doença, especialmente em mulheres na pós-menopausa.

O tratamento para o câncer de mama exige cuidado integral e de uma equipe multidisciplinar uma vez que as diferentes modalidades terapêuticas desencadeiam efeitos colaterais, que afeta a seleção de alimentos. A pesquisadora ressalta que “as pacientes com a doença alteram seus hábitos alimentares por acreditarem que, além dos possíveis efeitos diretos da dieta saudável na prevenção secundária, há uma série de benefícios psicológicos, como melhora da autoestima e do humor, embora a preocupação com a alimentação possa ser afetada pelo estresse em passar pelo diagnóstico e quimioterapia”.

O câncer de mama apresenta a maior incidência mundial entre todas as neoplasias femininas e é causado pela interação de fatores genéticos e ambientais como fumo, consumo de bebida alcoólica, dieta, obesidade e sedentarismo, todos modificáveis. No Brasil, a doença é responsável pelo maior número de óbitos por câncer entre as mulheres. Entre os fatores ambientais, a dieta tem atraído considerável atenção, pois oferece a oportunidade de criar estratégias preventivas.

 

Informações para a imprensa: Vanessa Ceccatto

E-mail: vanessaceccatto@hotmail.com

Contato: (41) 9921-7688

 

Brasileiros consomem excesso de sódio em alimentos prontos e semiprontos

11/09/2012 09:25

Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), analisou 1.368 alimentos prontos e semiprontos para o consumo, utilizados em refeições de almoço e jantar e verificou que dois em cada três apresentava altos teores de sódio, ou seja, ofertava mais que 600 mg de sódio por 100 g ou 100 ml de alimento. As pesquisadoras analisaram os alimentos industrializados que fazem parte do dia a dia do brasileiro e que são incorporados nas refeições de almoço e jantar, em combinação ou substituição aos alimentos tradicionais, como o arroz e o feijão. Dentre os alimentos analisados, estão os pratos prontos, como pizza e lasanha, carnes cozidas, molhos (de tomate, para salada, de soja, mostarda, etc.), queijos, macarrão instantâneo, temperos completos, pós para sopa, embutidos e conservas. Tais alimentos passam por elevado grau de processamento, sendo conhecidos pela praticidade e conveniência de preparo.

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Tags: Carla Adriano MartinsNUPREPPGNsódio em alimentos

Estudo comprova benefícios do óleo de salmão para a saúde

30/08/2012 09:36

Um estudo realizado na UFSC indica que a gordura total hepática em ratos, aumentada pela dieta rica em frutose (açúcar da fruta), pode ser reduzida por meio do consumo de óleo de salmão. Assim, conclui-se que o óleo apresenta benefícios, principalmente na redução da gordura total presente no fígado, o que pode contribuir para a melhora da saúde cardiovascular em humanos.

A dissertação de mestrado da aluna Stella Lemke, com orientação de Vera Lúcia Cardoso Garcia Tramonte, do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC, estudou o efeito do consumo de óleo de salmão na expressão do gene receptor ativado por proliferadores de peroxissoma alfa (PPARα) e a concentração de triglicerídeos séricos e hepáticos em ratos.

Em relação à concentração de triglicerídeos hepáticos e perfil lipídico sérico, não houve diferença significativa, exceto para a fração HDL-c (colesterol bom), que apresentou redução nos animais que consumiram a dieta
rica em frutose. Não foi observada diferença na expressão do gene PPARα entre os grupos.

O receptor ativado por proliferadores de peroxissoma alfa (PPARα) é um dos principais fatores envolvidos com a regulação do metabolismo lipídico e parece ter sua expressão aumentada pela presença de ácidos graxos
polinsaturados ômega 3. O óleo de salmão, uma das principais fontes do nutriente, vem sendo utilizado na prática clínica sob alegação de promover uma melhora da saúde cardiovascular por meio da redução dos níveis
plasmáticos de triglicerídeos.

O estudo foi desenvolvido pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa em Nutrição Experimental em parceria com o Laboratório de Estudos Moleculares em Nutrição e Metabolismo da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP.

Fonte: Stella Lemke (stellalemke@gmail.com)

Edição: Murici Balbinot/ Estagiário de Jornalismo/ e Alita Diana / Jornalista da Agecom / UFSC

Tags: pós-graduação em nutriçãoUFSC

UFSC integra Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Mar

27/08/2012 08:42

Mudanças de larga escala na circulação oceânica, associadas a modificações na circulação atmosférica, levarão a impactos consideráveis nas características do Oceano Atlântico Sul Ocidental. Em função destes impactos, é necessário conhecimento sobre as condições básicas das diferentes comunidades, habitats e componentes destes ecossistemas. Esse trabalho é foco do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Mar – Centro de Oceanografia Integrada (INCT-Mar COI), rede de pesquisa coordenada pela UFRGS que tem participação da UFSC, entre outras universidades.
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Professora da UFSC é finalista do Prêmio Cláudia na categoria Ciências

13/08/2012 10:08

Márcia Mantelli é coordenadora do Laboratório de Tubos de Calor (Labtucal)

Professora do departamento e da pós-graduação em Engenharia Mecânica da UFSC,  Márcia Barbosa Henriques Mantelli é uma das mulheres indicadas ao Prêmio Cláudia, categoria Ciências. A escolha da vencedora em cada categoria será realizada por votação pela internet, no site premioclaudia.abril.com.br, até o dia 30 de setembro, e por uma comissão de notáveis.
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Tags: Márcia MantelliUFSC Prêmio Cláudia

Pesquisas desvendam mecanismos da infecção generalizada

12/08/2012 10:30

As investigações dão continuidade às pesquisas de doutorado do professor Fernando Spiller, sobre respostas à inflamação.

Estudos desenvolvidos no Laboratório de Imunobiologia, associado aos departamentos de Farmacologia e de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, colaboram com o entendimento dos mecanismos da sepse. Conhecida popularmente como “infecção generalizada”, essa é uma das principais causas de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
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Nova sede e evento fortalecem pesquisas sobre vírus do câncer de colo de útero

03/08/2012 08:18

O professor Fedrizzi na entrada das novas instalações: sonho de erradicação do HPV como causador do câncer de colo de útero

A inauguração de uma nova sede do Projeto HPV e a realização do 1° Encontro Catarinense de Experts em HPV marcam 10 anos de pesquisas da UFSC neste campo. A inauguração de um espaço mais adequado para o grupo no Hospital Universitário foi realizada na manhã desta quinta-feira, 2 de agosto. O evento que terá como palestrantes 14 especialistas será realizado nos dias 10 e 11 de agosto.

Durante a inauguração, o chefe do Centro de Pesquisa em HPV, professor Edison Natal Fredrizzi, traçou um panorama sobre os estudos envolvendo esse vírus ao longo da história. O HPV (Papilomavírus humano) é um vírus de contágio preferencialmente sexual, considerado como a doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. São mais de 200 tipos diferentes e cerca de 45 infectam a área ano-genital masculina e feminina.

“Há dez anos começamos a pesquisar o HPV de forma mais sistemática e nos orgulhamos de estar entre os centros mundiais que trabalham nesse campo”, ressaltou o professor.

Fedrizzi lembrou que na época de Hipócrates, 460 AC, lesões na forma de verrugas no corpo humano já chamavam atenção, mas não havia relação com doenças sexualmente transmissíveis. A conexão de lesões em órgãos sexuais e o câncer de colo de útero com uma DST surge a partir de 1842.

A descoberta de que essa doença está relacionada a um vírus (o HPV) demorou ainda mais. “Na década de 70, a herpes era a vedete do câncer. O pesquisador alemão Harald Zur Hausen disse que o câncer de colo de útero era uma DST causada pelo HPV e não pelo HSV (vírus da herpes), mas durante muito tempo os olhos foram céticos sobre essa ideia. Em 2008 ele ganhou o Nobel de Medicina”, lembrou o professor.

As pesquisas em busca de uma vacina contra o câncer de colo de útero iniciaram na década de 1990. Na UFSC esse campo de investigação surgiu em 2002, e o desenvolvimento de diferentes projetos vem comprovando a eficácia da prevenção.

O primeiro estudo foi direcionado a investigar a eficácia da vacina em mulheres e contou com a participação de pesquisadores de 33 países, 15 centros de pesquisa no Brasil – entre eles o Centro de Pesquisas em HPV localizado no Hospital Universitário da UFSC. A pesquisa revelou eficácia da vacina de até 90% em mulheres jovens.

A partir de 2005 os estudos foram estendidos para o sexo masculino, tiveram a participação de 18 países e cinco centros de pesquisa brasileiros (um deles a UFSC). Também nesse caso os resultados revelaram grandes benefícios da vacina e resultam na publicação de diversos artigos científicos.

Outros estudos com diferentes vacinas e perfis de pacientes foram realizados. Atualmente a equipe está iniciando projeto com homens de 16 a 26 anos, para avaliação de uma vacina multivalente (que pode prevenir a infecção por diferentes tipos de HPV).

“O sonho de erradicação do HPV como agente causador do câncer de colo de útero é uma questão de tempo”, enfatizou o professor quase ao final de sua palestra. Segundo ele, com as novas instalações o projeto ganha força, poderá oferecer melhores condições de trabalho à equipe e mais conforto aos pacientes.

Atualmente as vacinas HPV bivalente e quadrivalente  são encontradas somente em clínicas particulares e têm custo aproximado de R$ 280,00 a dose. São necessárias três doses. Há uma campanha nacional para sua adoção pelo SUS.

Encontro catarinense de experts
O 1° Encontro Catarinense de Experts em HPV é mais uma etapa de comemoração de uma década de pesquisas nesta área. Será realizado no auditório da Reitoria da UFSC, nos dias 10 e 11 de agosto. As inscrições devem ser feitas no site

O evento terá participação de 14 professores e pesquisadores do Brasil que estudam o tema diariamente. Serão abordados temas como bases da infecção pelo HPV, história da infecção, biologia do HPV, transmissão (papel do homem e da mulher grávida) e prevenção da infecção.

Mais informações: Projeto HPV / Ambulatório do HU / (48) 3233-6798 / 3721-9082 / projetohpv@hu.ufsc.br

Arley Reis / Jornalista da Agecom
arleyreis@gmail.com

Fotos: Wagner Behr / Agecom
wagner.behr@ufsc.br

Tags: HUProjeto HPVUFSC

Encontro discute resultados de pesquisas sobre peixes de água doce

01/08/2012 17:34

Estudos envolvendo o monitoramento de peixes no reservatório da Usina Hidrelétrica de Itá e na Lagoa do Peri, além de pesquisas sobre reprodução de peixes migradores e locais de crescimento de larvas na região do Alto Rio Uruguai estão entre os temas que serão abordados na sétima reunião técnica do Laboratório de Biologia e Cultivo de Peixes de Água Doce da UFSC.

As apresentações serão realizadas nos dias 9 e 10 de agosto, no auditório do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos do Centro de Ciências Agrárias, no bairro itacorubi.

Ligado ao Departamento de Aquicultura, desde 1995 o Lapad desenvolve estudos voltados ao manejo, conservação e cultivo de peixes da região do Alto Rio Uruguai, localizado entre os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Entre as linhas de pesquisa da equipe está o monitoramento da ictiofauna, uma importante ferramenta para compreensão dos impactos causados por represas sobre populações de peixes.

Durante o encontro serão também apresentados resultados sobre avaliação da produção pesqueira, desenvolvimento de tecnologia de cultivo de peixes de água doce e sobre o zoneamento das usinas hidrelétricas de Itá e de Machadinho.

Veja programação

Mais informações: (48) 3389-5216
Sobre participação no evento: anapaula@lapad.ufsc.br / (48)3389-5216 (com Ana Paula)

Arley Reis / Jornalista da Agecom / UFSC
arleyreis@gmail.com

Tags: Lapadpeixes de água doceUFSC

Universidade busca novos voluntários para pesquisas com cápsulas de erva-mate

25/07/2012 14:42

O Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros da UFSC está cadastrando voluntários para mais uma etapa de investigação dos benefícios da erva-mate. O estudo necessita de pessoas com colesterol alto, que estejam tomando medicamento (estatinas) há pelo menos seis meses. Podem participar homens e mulheres com idade entre 18 e 60 anos.

O objetivo é avaliar se o consumo de cápsulas produzidas na Universidade, contendo extrato seco de erva-mate verde ou tostada, apresenta a propriedade de reduzir o colesterol no sangue. O estudo será iniciado no dia 28 de agosto e o contato com a equipe deve ser realizado somente pelos e-mails edson@ccs.ufsc.br ou ali.mb@hotmail.com.

“Na primeira fase da pesquisa, confirmamos que as cápsulas de erva-mate não apresentaram problemas à saúde (toxicidade) e ainda diminuíram a concentração de colesterol em indivíduos saudáveis e com colesterol alto. Agora vamos investigar se as cápsulas de erva-matem podem auxiliar na redução de colesterol naqueles indivíduos que já tomam medicamentos, como as estatinas”, explica o professor Edson Luiz da Silva, do Departamento de Análises Clínicas, que há oito anos estuda os princípios ativos dessa planta.

“Acreditamos que as cápsulas podem facilitar o consumo da erva-mate, pois ela possui sabor amargo, não muito apreciado por algumas pessoas”, complementa o coordenador do Laboratório de Pesquisa em Lipídeos, Antioxidantes Naturais e Ateroscleros.

Ele lembra que estudos anteriores realizados pela equipe que lidera já mostraram que a infusão de erva-mate verde (tipo chimarrão) ou chá mate tostado podem diminuir o colesterol, a glicemia e os radicais livres em indivíduos com colesterol elevado ou com diabetes – principalmente naqueles que usam medicamentos para reduzir o colesterol.

Para a demonstração dos possíveis efeitos benéficos, os participantes devem colaborar para a ingestão de três cápsulas de erva-mate, três vezes ao dia, durante as principais refeições (independente do horário), durante 60 dias.

“É importante que o consumo das cápsulas com o extrato seco de erva-mate não seja interrompido por mais de dois dias seguidos. Além disso, o voluntário deve manter seus hábitos de vida regulares durante o período do estudo, como consumir o mesmo tipo de alimentação, manter a prática exercícios físicos (se for o caso) e, principalmente, não modificar a dose de estatinas ou iniciar o uso de medicamentos para colesterol ou triglicerídeos”, alerta o professor.  Caso a pessoa esteja usando algum outro medicamento, a dose do mesmo não deve ser mudada durante o período do estudo.

A equipe precisa também da autorização dos voluntários para coleta de 12 ml de sangue (três tubos), em jejum de 12-14 horas, no primeiro e no sétimo dia do início do estudo. Serão ainda realizadas coletas após a quarta e oitava semanas, bem como a medida da pressão arterial e aferição do peso e da altura. As cápsulas deverão ser tomadas inteiras, com o auxílio de água, apenas.

A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC. O professor alerta que o consumo das cápsulas deve resultar apenas em desconforto das coletas de sangue. Porém, pessoas sensíveis à cafeína (um dos componentes do extrato seco de erva-mate) poderão sentir irritação gástrica, tremores, excitabilidade ou insônia. Caso ocorra algum desses efeitos colaterais, o participante deve interromper o consumo das cápsulas de erva-mate e entrar em contato com os pesquisadores.

“Esperamos que este estudo traga benefícios, como o estímulo para que mais pessoas utilizem as propriedades benéficas da erva-mate, que poderá vir a ser utilizada como fitoterápico ou como alimento funcional”, destaca o professor.

Mais informações:
– Professor Edson L. da Silva, edson@ccs.ufsc.br
– Pesquisadora Aline Minuzzi Becker, ali.mb@hotmail.com

Arley Reis / Jornalista da Agecom / UFSC
arleyreis@gmail.com

Leia mais sobre pesquisas da UFSC:
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Tags: colesterolerva mateUFSC

UFSC participa de conferências e leva estudantes de graduação para a Reunião Anual da SBPC

20/07/2012 08:50

Contemplado na extensa programação da 64ª Reunião Anual da SBPC, o tema efeitos do álcool no sistema nervoso central será discutido por pesquisadores da área de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um dos maiores eventos científicos do país, inicia neste domingo na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA). A UFSC participa de pelo menos cinco conferências durante a SBPC (veja abaixo), além de levar estudantes de graduação para a Jornada Nacional de Iniciação científica  um dos eventos paralelos à Reunião da SBPC.

O encontro com abordagem no álcool é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, e coordenado pela professora Silvânia Maria Mendes de Vasconcelos, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, da Faculdade de Medicina da UFC. Também será palestrante o professor Reinaldo N. Takahashi, do Departamento de Farmacologia UFSC, que vai trabalhar com o tema ´Participação do sistema endocanabinóide na dependência ao álcool`.

“Como o público será heterogêneo, pretendo efetuar uma abordagem usando evidências obtidas no laboratório, numa linguagem didática e compreensível para a comunidade em geral”, adianta o professor Takahashi.  Segundo ele, será enfatizado que tanto o uso da cannabis como o de bebidas alcoólicas constitui prática antiga, que se confunde com a história do ser humano. O pesquisador vai abordar também semelhanças entre as duas substâncias: em doses baixas  podem induzir hipotermia, analgesia, disfunção motora, euforia e estimulação. Em doses altas, sedação, e em uso repetido ou crônico, tolerância e dependência.

“Pesquisas efetuadas no Laboratório de Farmacologia UFSC não encontraram evidências de envolvimento de mecanismos canabinóides no consumo de álcool. Entretanto, estudos mais recentes realizados no exterior sugerem que drogas bloqueadoras de receptores  canabinóides cerebrais podem atenuar o consumo, não só de álcool, como também de outras drogas como a cocaína e a nicotina”, destaca o professor. Segundo ele, o efeito paradoxal de um derivado de droga bastante consumido, a maconha, atuar em eventual tratamento de dependência de outras drogas, será discutido na mesa-redonda.

– Mais informações na UFSC: takahashi@farmaco.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-9764 Ramal: 227

Programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Leia mais sobre pesquisas da UFSC:
Pesquisa identifica consequências do uso de salto alto
Consequências do milho transgênico na fauna de besouros é tema de pesquisa
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Sub-rede de Desastres Naturais será coordenada pela UFSC
Pesquisas com goiabeira-serrana conquistam prêmio da Sociedade de Botânica Econômica dos Estados Unidos
Estudos têm resultados promissores para tratamento do AVC e de queimaduras com células-tronco
Pesquisa da UFSC sobre melhoria de ossos sintéticos é apresentada em congresso na China
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– Pesquisa sobre engenharia metabólica e evolutiva de leveduras conquista Prêmio Top Etanol
Professores da UFSC lançam publicação sobre mudanças climáticas
– Pesquisadores estudam mosquitos na Ilha de Santa Catarina

 

Tags: SBPCUFSC

Abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica

19/07/2012 09:17

Encontro é etapa obrigatória para bolsistas de iniciação científica

Estão abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O encontro será realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro, em conjunto com a 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex).

A participação é obrigatória para bolsistas de iniciação científica da UFSC, mas podem se inscrever graduandos de outras instituições de ensino superior. No site sic.ufsc.br há orientações sobre resumos, entre outros tópicos, e o formulário de inscrição.

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Tags: PibicSeminário de iniciação científicasepexUFSC

Encontro debate qualidade de vida e tratamentos para a pessoa ostomizada

18/07/2012 16:48

Encontro debate qualidade de vida para ostomizados/Foto Henrique Almeida/Agecom

O auditório do Hospital Universitário da UFSC recebe nesta  quinta e sexta-feiras (19 e 20 de julho) a  4ª Jornada Estadual da Associação Catarinense da Pessoa Ostomizada. O tema é Vivendo com a Ostomia. O encontro acontece nos períodos da manhã e tarde. Entre os palestrantes convidados estão o coloproctologista Felipe Felício, diretor do HU, e a enfermeira Daniela Mafioletti Floriano, especialista em estomaterapia. A presidente da  Associação Catarinense da Pessoa Ostomizada, Candinha Marchi, falou sobre ´Qualidade de vida das pessoas ostomizadas`  nesta quinta-feira,  às 9h.

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Tags: Associação Catarinense da Pessoa OstomizadaHUostomiaUFSC

Universidade terá representação de cinco jovens cientistas na Reunião Anual da SBPC

18/07/2012 15:50

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos foram homenageados em cerimônio no início desse ano

Selecionados em um seminário que teve a apresentação de mais de 800 projetos, cinco estudantes de graduação reconhecidos com o prêmio Destaque da Iniciação Científica 2011 representarão a UFSC na 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.

Guilherme Ricken (Direito), Guilherme Wagner e Paulo Leonel Teixeira (do Curso de Engenharia Mecânica),  Paulo Victor da Fonseca (Ciências Econômicas) e Vandrize Meneghini (Educação Física) apresentarão seus trabalhos na Jornada Nacional de Iniciação científica  um dos eventos paralelos à Reunião da SBPC, que este ano será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA). A estudante Francis Pereira Dias (Ciências Biológicas), também reconhecida com o prêmio, está nos Estados Unidos pelo programa Ciência Sem Fronteiras e não participará da SBPC. A Pró-Reitoria de Pesquisa, setor responsável pelas bolsas de iniciação científica na Universidade, vai custear inscrição, hospedagem e transporte.

Contemplados com Bolsas de Iniciação Científica, os seis graduandos tiveram a oportunidade de participar de projetos de pesquisa coordenados por professores da UFSC. A escolha de seus trabalhos aconteceu durante o 21°Seminário de Iniciação Científica, encontro ligado à Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) e etapa obrigatória para quem recebe bolsa de iniciação científica. O seminário é realizado para avaliação dos projetos por professores da UFSC e também de outras universidades. Em 2011 foram convidados avaliadores da Escola Paulista de Medicina (Universidade Federal de São Paulo), da Escola de Engenharia de São Carlos ( ligada à USP) e do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Engenharia espacial e botânica
Os títulos dos trabalhos dos estudantes selecionados como Destaques da Iniciação Científica são um indicativo da complexidade e da relevância das pesquisas premiadas. Guilherme Wagner desenvolveu o projeto ´Análise Experimental de um Sistema de Bombeamento Capilar com Elemento Poroso Cerâmico em Ambiente de Microgravidade´. Ele explica em seu resumo que evaporadores capilares cerâmicos representam um avanço na tecnologia mundial para a dissipação de calor e controle de temperatura de operação de componentes eletrônicos, com potencial aplicação em ambiente de microgravidade (ambiente espacial, por exemplo).

Relacionado à área de Engenharia Térmica e desenvolvido junto ao Laboratório de Combustão e Engenharia de Sistemas Térmicos, ligado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, o estudo está integrada a uma linha de pesquisa que busca colaborar com o desenvolvimento de tecnologia nacional para projeto e fabricação de circuitos de transferência de calor − sistemas com aplicação nas áreas espacial e industrial.

A caracterização da anatomia das folhas de duas plantas, uma delas com ocorrência somente em Florianópolis, é tema de outro trabalho premiado. O estudo de Francis Pereira Dias, ligado ao Laboratório de Anatomia Vegetal do Departamento de Botânica, enfoca epífitas (plantas que crescem sobre o tronco de árvores) e rupícolas (organismos que vivem sobre paredes, muros, rochedos ou afloramentos rochosos) e representam grande parte da diversidade das Florestas Tropicais Úmidas. São espécies com estruturas anatômicas, adaptadas à restrição de água e à busca de irradiação solar.

Francis caracterizou o formato das folhas de duas espécies (a epífita Codonanthe gracilis e a rupícola Sinningia bullata, que só ocorre em Florianópolis), relacionando suas características às condições ambientais. O trabalho integra a Rede em Epífitas de Mata Atlântica: Sistemática, Ecologia e Conservação, do Programa Nacional de Apoio e Desenvolvimento da Botânica, financiado pela Capes.

Os estudantes avaliados como Destaques da Iniciação Científica 2011 e que serão levados à SBPC também abordaram os temas aptidão funcional e comportamento sedentário em idosos; sistemas para controle de ângulo em turbinas eólicas; análise econômica teórica do fenômeno de migração rural-urbana e a construção jurídica do Estado Interventor nos Estados Unidos.

Mais informações: Departamento de Projetos de Pesquisa  / (48) 3721-9332

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom
Fotos: Wagner Behr / Agecom

Saiba Mais:

Relação entre sistema canabinóide endógeno e álcool será discutida na Reunião Anual da SBPC
Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

Conferências e mesas-redondas com a participação de professores da UFSC na Reunião Anual da SBPC:

Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Leia também:

 

Tags: Iniciação CientíficaSBPCUFSC

Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

17/07/2012 09:19

Destaques da Iniciação Científica foram selecionados em evento obrigatório para os jovens cientístas

Estão abertas até 13 de agosto as inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC. O encontro será realizado nos dias 17, 18 e 19 de outubro, em conjunto com a 11ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex).

A participação é obrigatória para bolsistas de iniciação científica da UFSC, mas podem se inscrever graduandos de outras instituições de ensino superior. No site sic.ufsc.br há orientações sobre resumos, entre outros tópicos, e o formulário de inscrição.

A maioria dos projetos será apresentada na forma de painéis, no piso superior do Centro de Cultura e Eventos, entre 15h e 18h. Na quarta-feira serão avaliados estudos da área de Ciências da Vida (Bolsistas cujos orientadores sejam do CCA, CCB, CCS e CDS); na quinta-feira de Ciências Exatas e da Terra (Bolsistas cujos orientadores sejam do CTC e CFM) e na sexta-feira de Ciências Humanas e Sociais (Bolsistas cujos orientadores sejam do CFH, CCE, CED, CSE e CCJ). Alguns trabalhos serão selecionados para apresentações orais.

Todos os trabalhos de alunos da UFSC, inscritos e apresentados,
concorrem ao prêmio Destaques da Iniciação Científica 2012.

Informações: pibic@reitoria.ufsc.br / Fone: (48) 3721-9332

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UFSC terá representação de cinco jovens cientistas na Reunião Anual da SBPC
Inscrições para o 22º Seminário de Iniciação Científica da UFSC devem ser feitas até 13 de agosto

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Tags: Iniciação CientíficaUFSC

Relação entre sistema canabinóide endógeno e álcool será discutida na Reunião Anual da SBPC

17/07/2012 08:26

Encontro é etapa obrigatória para bolsistas de iniciação científica

Contemplado na extensa programação da 64ª Reunião Anual da SBPC, o tema efeitos do álcool no sistema nervoso central será discutido por pesquisadores da área de Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, um dos maiores eventos científicos do país, será realizada de 22 a 27 de julho, na Universidade Federal do Maranhão, em São Luís (MA).

O encontro com abordagem no álcool é patrocinado pela Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental, e coordenado pela professora Silvânia Maria Mendes de Vasconcelos, do Departamento de Fisiologia e Farmacologia, da Faculdade de Medicina da UFC. Também será palestrante o professor Reinaldo N. Takahashi, do Departamento de Farmacologia UFSC, que vai trabalhar com o tema ´Participação do sistema endocanabinóide na dependência ao álcool`.

“Como o público será heterogêneo, pretendo efetuar uma abordagem usando evidências obtidas no laboratório, numa linguagem didática e compreensível para a comunidade em geral”, adianta o professor Takahashi.  Segundo ele, será enfatizado que tanto o uso da cannabis como o de bebidas alcoólicas constitui prática antiga, que se confunde com a história do ser humano. O pesquisador vai abordar também semelhanças entre as duas substâncias: em doses baixas  podem induzir hipotermia, analgesia, disfunção motora, euforia e estimulação. Em doses altas, sedação, e em uso repetido ou crônico, tolerância e dependência.

“Pesquisas efetuadas no Laboratório de Farmacologia UFSC não encontraram evidências de envolvimento de mecanismos canabinóides no consumo de álcool. Entretanto, estudos mais recentes realizados no exterior sugerem que drogas bloqueadoras de receptores  canabinóides cerebrais podem atenuar o consumo, não só de álcool, como também de outras drogas como a cocaína e a nicotina”, destaca o professor. Segundo ele, o efeito paradoxal de um derivado de droga bastante consumido, a maconha, atuar em eventual tratamento de dependência de outras drogas, será discutido na mesa-redonda.

– Mais informações na UFSC: takahashi@farmaco.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-9764 Ramal: 227

Programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

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Conferência: VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E IDENTIDADE SOCIAL
Terça-feira, 24/7/2012 – das 10h30min às 12h
Conferencista: Maria Edair Görski (UFSC)
Apresentador: Marco Antonio Martins (UFRN)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 209 Asa Sul
Proponente: Associação Brasileira de Linguística

Mesa-Redonda: EFEITOS DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)
Terça-feira, 24/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Silvânia Maria Mendes Vasconcelos (UFC)
Participantes: Reinaldo Nóbrega de Almeida (UFPB) e Reinaldo Naoto Takahashi (UFSC)
Local: Núcleo de Esportes – Miniauditório 1
Proponente: Sociedade Brasileira de Farmacologia e Terapêutica Experimental

Mesa-Redonda: REALIDADE DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Marcelo Miranda Viana da Silva (IMPA)
Participantes: Cesar Zucco (UFSC), Mirella Moura Moro (UFMG) e Celso Pinto de Melo (UFPE)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

Mesa-Redonda: PLANTAS MEDICINAIS DO NORTE E SEU POTENCIAL TERAPÊUTICO
Quinta-feira, 26/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: Thereza Christina Monteiro de Lima (UFSC)
Participantes: Sonia Maria de Faria Freire (UFMA), Luce Maria Brandao Torres (IB-SP) e Antonio José Lapa (UNIFESP)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 109 Asa Sul
Proponente: SBPM

Mesa-Redonda: SEGURANÇA NA UNIVERSIDADE
Sexta-feira, 27/7/2012 – das 15h30min às 18h
Coordenador: José Vicente Tavares dos Santos (UFRGS)
Participantes: Natalino Salgado Filho (UFMA) e Roselane Neckel (UFSC)
Local: Centro Paulo Freire – Miniauditório – Sala 307 Asa Sul

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