Divulga Ciência – Edição 03 – Novembro de 2013 – Especial Nutrição

29/11/2013 17:25

Divulga Ciência Edição 03 – Novembro 2013 – Especial Nutrição 

O Divulga Ciência do mês de novembro traz dez notas sobre pesquisas e atividades da Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina. A PPGN iniciou uma atividade que estimula seu corpo discente para que, após a defesa da dissertação ou tese, seja enviada uma nota sobre o tema à Agência de Comunicação (Agecom), que as edita e encaminha à mídia. Essas notas visam difundir os resultados das pesquisas e também torná-los acessíveis aos leigos.


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Tags: Divulga CiêncianutriçãoUFSC

Projeto nutricional para escolares terá estande na 12ª Sepex

23/10/2013 08:15

Imagem do site do projeto no qual é feito o levantamento das condições nutricionais

O estande 102, no primeiro andar do Centro de Convivência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será o espaço do  Sistema de Monitoramento de Consumo Alimentar e Atividade Física de Escolares (CAAFE), na 12ª Semana de Pesquisa e Extensão (Sepex). Coletas de dados sobre hábitos alimentares e atividades esportivas dos estudantes de 7 a 10 anos das escolas que vierem visitar a feira serão realizadas no espaço. Por meio do preenchimento de um questionário disponibilizado aos alunos, será possível diagnosticar problemas referentes à alimentação, e, a partir disso, orientações básicas sobre o tema serão fornecidas.

A CAAEFE já realiza estudos em 37 escolas da rede municipal de Florianópolis. A ideia do estande, instalado na Sepex, é reproduzir em menor escala o que já ocorre em outros locais.

O sistema CAAFE é um instrumento computadorizado, ilustrado e delineado para os escolares indicarem os alimentos que consomem e as atividades físicas que realizam. O objetivo do sistema CAAFE é auxiliar gestores públicos e profissionais da área da saúde no monitoramento de dois comportamentos intrinsecamente relacionados ao desenvolvimento da obesidade infantil:  a alimentação e a atividade física. O projeto tem coordenação da professora do Departamento de Nutrição da UFSC, Maria Alice Altenburg. A equipe é formada por professores pesquisadores, doutorandos, mestrandos e bolsistas.

A Sepex 2013 será realizada entre os dias 23 e 26 de outubro e terá como tema “Ciência, Esporte e Saúde”. Serão 126 estandes, divididos em oito áreas temáticas, além de 180 minicursos e mais de 20 atrações culturais.

Mais informações sobre o projeto pelo site  http://www.caafe.ufsc.br/portal

Sobre a Sepex:  http://sepex.ufsc.br/

Andressa Prates/Estagiária de Jornalismo/UFSC
andressa.pratesfreitas@gmail.com

Claudio Borrelli / Revisor de Textos da Agecom / UFSC
claudio.borrelli@ufsc.br

Tags: 12ª SepexCAAEFEnutriçãoUFSC

Seleção de bolsistas para o NDI dos cursos de Jornalismo, Nutrição e Administração

14/10/2013 12:58

Núcleo de Desenvolvimento Infantil da UFSC

O Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) seleciona estudantes dos cursos de Jornalismo, Nutrição e Administração para estágio não obrigatório, com carga horária de 20 horas semanais. O valor da bolsa é de R$ 496.
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Tags: administraçãoestágio não obrigatóriojornalismoNDInutriçãoUFSC

Palestra sobre papel preventivo das gorduras ômega-3 em doenças cardiovasculares

27/09/2013 09:50

Foto: saude.abril.com.br

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa Extensão e Atendimento à Dislipidemia (Nipead), do Hospital Universitário (HU) da UFSC promove a palestra “O papel preventivo e terapêutico das gorduras ômega-3 nas doenças cardiovasculares”, no dia 2 de outubro, quarta-feira, às 9h30min, no Auditório do HU.


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Tags: Hospital UniversitárioNIPEADnutriçãoômega 3UFSC

Núcleo de Estudos da Terceira Idade cria programa para acompanhamento nutricional

25/09/2013 16:43

Programa presta atendimento e acompanhamento nutricional gratuito para a população idosa frequentadora do NETI. Foto: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti) criou em parceira com alunos do curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) o programa Nutrição na Terceira Idade (Nuti). Em funcionamento desde agosto deste ano, o programa disponibiliza atendimento e acompanhamento nutricional gratuito para a população idosa frequentadora do Neti. A nutricionista e professora Júlia Dubois Moreira coordena o projeto e supervisiona os alunos.  As professoras Letícia Carina Ribeiro e Lúcia Zanette Ramos também colaboram com o programa. Para a realização dos atendimentos, a equipe conta com oito alunos do curso de Nutrição, seis estudantes voluntários e dois bolsistas de extensão.

A criação do Nuti surgiu da necessidade de atender a população idosa, estimulando hábitos alimentares saudáveis, bem como realizar o atendimento e acompanhamento de idosos que já tenham algum tipo de doença que necessite de terapia nutricional. Os organizadores avaliam que o crescimento da população de idosos traz muitas mudanças no nosso modo de pensar a velhice em sociedade e também a atenção à saúde desta população. O Neti atende anualmente a mais de 500 idosos em Florianópolis, o que torna o local propício para estudos ligados aos hábitos alimentares da terceira idade.

O atendimento nutricional aos idosos é realizado duas vezes por semana, nas terças-feiras no período da manhã e quartas-feiras no turno da tarde. O Nuti atendente de forma individual aos interessados em obter informações mais personalizadas sobre a sua alimentação e suas demandas de saúde. Os agendamentos podem ser feitos na secretaria do Neti.

Posteriormente, a partir de um diagnóstico da população e um perfil das necessidades pretende-se desenvolver atividades educativas e materiais de apoio, como palestras, seminários, oficinas práticas, folders e grupo de discussões com profissionais de saúde.

Por enquanto esse é um programa criado para atender apenas à população que frequenta o Neti e tem algum tipo de vínculo com a Universidade. A coordenadora do projeto, Júlia Dubois, explica que, caso haja necessidade, outros idosos poderão ser beneficiados. “Se for observada a necessidade de ampliação deste serviço, esta será a primeira atitude a ser tomada, visto à importância do acesso a saúde para esta população, principalmente por não haver custos neste atendimento”.

Por ser um projeto ainda muito recente, os resultados ainda não são visíveis. Mudar hábitos alimentares é desafiador, uma vez que a alimentação é cercada de significados e estigmas. Para uma população idosa essa tarefa se torna ainda mais complexa, já que são pessoas que carregam seus hábitos alimentares a tanto tempo. Porém, Júlia Dubois acredita que até o final deste ano já seja possível ver os frutos deste trabalho.

Mais informações:

:: Site http://neti.ufsc.br/atividades/

:: E-mail: nuti.ufsc@gmail.com

:: Fone: (48) 3721-9445

 

Andressa Prates Freitas / Estagiária de Jornalismo / Agecom
andressa.pratesfreitas@gmail.com

Fotos: Jair Filipe Quint / Agecom / UFSC

Tags: extensãoNETInutriçãoUFSC

Empresa Junior de Nutrição da UFSC promove curso de empreendedorismo

19/09/2013 10:02

A Nutri Júnior – Empresa Junior de Nutrição – do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promove o VII Curso de Empreendedorismo em Nutrição (CEN), nos dias 25 e 26 de setembro, no Auditório da Pós-Graduação do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Vagas limitadas. Inscrição: até 20/9 – R$ 30 + 1kg de alimento. Após esta data e no local do evento R$ 40  + 1kg de alimento. Mais informações: (48) 3721-5123 ou pelo e-mail nutrijr.mkt@gmail.com.

Tags: CCSNutri JúniornutriçãoUFSC

Estudo de riscos cardiovasculares em adolescentes é realizado em sete municípios de Santa Catarina

05/09/2013 11:06

O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), pesquisa nacional financiada pelo Ministério da Saúde e CNPq, está acontecendo desde o início do mês de agosto em escolas públicas e particulares de Santa Catarina. O ERICA é o estudo mais completo sobre as condições de saúde e nutrição dos adolescentes de 12 a 17 anos de idade já realizado no Brasil. Além de realizar diagnóstico da obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis (diabetes, resistência à insulina, hipertensão, dislipidemias, síndrome metabólica), a pesquisa irá traçar um perfil dos fatores de risco biológicos, socioeconômicos, comportamentais e ambientais para o desenvolvimento da obesidade e doenças cardiovasculares nos adolescentes brasileiros.

Além da realização de exames de sangue para diagnóstico de diabetes, resistência à insulina e dislipidemias, outro diferencial do ERICA é coleta de dados de consumo alimentar (recordatório alimentar de 24 horas) e de atividade física, principais fatores associados com o aumento da prevalência da obesidade e doenças correlatas.

O ERICA SC é coordenado pelos professores Francisco de Assis Guedes de Vasconcelos e Erasmo Benício Santos de Moraes Trindade do Departamento de Nutrição da UFSC. Atuarão no Estado três equipes compostas por um supervisor de escola, responsável pelo contato com as escolas e sensibilização dos alunos, um supervisor de campo, responsável pelo acompanhamento da coleta de dados no campo, e cinco examinadores, responsáveis pela coleta de dados.

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Tags: Erasmo Benício Santos de Moraes TrindadeFrancisco de Assis Guedes de Vasconcelosnutriçãoprojeto Ericasanta catarinaUFSC

Internacionalização é tema de aula inaugural na pós em Nutrição

15/08/2013 07:43

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina promove no dia 22 de agosto, quinta-feira, às 10h, a aula inaugural com o professor João Pereira Leite, da Universidade de São Paulo (USP), campus Ribeirão Preto.

O professor é membro do Conselho Técnico Científico do Ensino Superior da Capes e sua palestra será sobre a “Avaliação da Internacionalização dos Programas de Pós-Graduação pela Capes”.

O evento será no auditório do Centro de Ciências da Saúde, campus Trindade da UFSC.

Mais informações:
ppgn@contato.ufsc.br
(48) 3721-5138

Tags: internacionalizaçãonutriçãopós-graduaçãoPPGNUFSC

Palestra sobre hipertensão e cuidados alimentares nesta quarta

13/08/2013 20:00

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa, Ensino e Assistência à Dislipidemia (Nipead), do Hospital Universitário (HU), promoverá no dia 14 de agosto, quarta-feira, às 9h30min, a palestra “Hipertensão arterial sistêmica e cuidados alimentares”, com as mestrandas do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC Carina S. Santos e Janaína Dalmoro.

O evento será no Auditório do HU, é gratuito e aberto à comunidade.
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Tags: hipertensão arterialHUNIPEADnutriçãoUFSC

UFSC na Mídia: Hábitos alimentares e comportamento de consumo infantil

17/10/2012 14:44

Como agem crianças de diferentes níveis de renda familiar em relação à alimentação, comportamento consumidor e hábito de assistir à TV? Em busca de respostas a essa questão, uma dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, da  nutricionista Vanessa Mello Rodrigues, comparou a postura de estudantes de uma escola pública e de uma escola particular de Florianópolis. A Revista de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Campinas publicou um artigo sobre a pesquisa em sua edição de maio/junho de 2012.

Hábitos alimentares e comportamento de consumo infantilinfluência da renda familiar e do hábito de assistir à televisão 

Rev. Nutr. [online]. 2012, vol.25, n.3, pp. 353-362. ISSN 1415-5273.  http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732012000300005.

Abstract

RODRIGUES, Vanessa Mello  and  FIATES, Giovanna Medeiros Rataichesck.

OBJETIVO: Comparar hábitos alimentares e comportamento de consumo de crianças de diferentes níveis de renda familiar de Florianópolis (SC), Brasil, relacionando-os com o hábito de assistir à televisão.

MÉTODOS: Estudo qualitativo com análise de conteúdo de manuscritos originados de 23 grupos focais, realizados em uma escola pública e uma escola particular de Florianópolis (SC), compostos por 111 estudantes de 7 a 10 anos. Para verificar a renda familiar dos estudantes, dados sobre a ocupação dos pais foram classificados pela Classificação Brasileira de Ocupações. Os estudantes da escola particular pertenciam a famílias de maior renda em relação aos da escola pública.

RESULTADOS: Nas duas escolas, a maioria das crianças entrevistadas referiu assistir à televisão sempre que possível, sem sentir controle dos pais sobre esse hábito. Além disso, afirmaram ter dinheiro para gastos independentes e vontade de comprar os produtos anunciados nas propagandas de televisão. Estudantes da escola pública relataram ingerir e adquirir guloseimas mais frequentemente e ter maior liberdade para fazer compras do que os estudantes da escola particular, que revelaram sentir-se controlados pelos pais em relação aos seus hábitos alimentares e compras realizadas.

CONCLUSÃO: O fato de os estudantes da escola particular sentirem-se mais controlados por seus pais pode ter reduzido uma provável influência da televisão sobre seus hábitos alimentares e de compras. Evidencia-se a importância da formulação de estratégias para auxiliar os pais a reduzirem os efeitos da televisão sobre os hábitos de seus filhos e de políticas públicas que incentivem o consumo saudável, além da regulamentação do marketing de alimentos pouco nutritivos para o público infantil.

Keywords : Criança; Grupos focais; Hábitos alimentares; Propaganda; Televisão.

Outras informações pelo e-mail nessa1808@yahoo.com.br.

Fonte: Revista de Nutrição – Print version ISSN 1415-5273

Núcleo de Editoração SBI – Campus II
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Tags: CampinasCCSnutriçãoRevista de NutriçãoUFSCVanessa Mello Rodrigues

Cápsulas de óleo de peixe contribuem no tratamento de câncer colorretal

11/10/2012 13:24

O estudo realizado pelo mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina, Michel Carlos Mocellin, mostra que o consumo diário durante nove semanas de duas gramas de óleo de peixe em cápsula contendo 600 mg dos ácidos graxos ômega-3 reduz os níveis da proteína C-reativa (PCR), composto que indica a presença de inflamações. Os ácidos graxos ômega 3 são componentes orgânicos encontrados na gordura dos peixes de água fria, em sementes e no óleo de linhaça. O consumo diário da cápsula também evita o aumento no risco de complicações inflamatórias e nutricionais quando avaliada pela relação da PCR com albumina sérica, proteína mais abundante do soro sanguíneo. O estudo envolveu 11 adultos portadores de câncer colorretal em quimioterapia assistidos no ambulatório do Centro de Pesquisas Oncológicas de Florianópolis (CEPON-SC).

A inflamação crônica pode levar ao desenvolvimento de câncer ou mesmo surgir paralelamente a carcinogênese – processo de formação do tumor. O principal mecanismo promotor da inflamação relacionada ao câncer é a ativação de fatores de transcrição – que iniciam, estimulam e encerram o processo de transcrição gênica para a produção de substâncias inflamatórias – em células tumorais, imunitárias e do tecido subjacente ao tumor. Estes fatores de transcrição recrutam células do sistema imunitário para a região tumoral, estimulando a produção e secreção de substâncias químicas, como as citocinas, que coordenam o processo inflamatório. Também deve-se considerar que o tratamento anticâncer – cirurgia, radio e/ou quimioterapia – com alta capacidade de nocividade orgânica contribui com a inflamação por causar o desequilíbrio das funções celulares ou stress celular- processo chamado de injúria celular.

Potencial em modular a inflamação

O estudo foi pioneiro ao avaliar os níveis plasmáticos de citocina IL-17A – proteína produzida durante um processo inflamatório – neste modelo clínico. Quando avaliadas algumas citocinas pró e anti-inflamatória, não foi observado diferenças significativas entre o grupo que recebeu a suplementação de óleo de peixe e aquele que não recebeu. Ao analisar o nível da PCR no sangue, nota-se um aumento na produção dessa proteína no grupo que não recebeu óleo de peixe e uma redução no grupo suplementado ao final das nove semanas de estudo. Passado o período de testes, os pacientes que receberam diariamente a cápsula de óleo de peixe tiveram uma concentração de 1,46 mg/L de PCR no sangue – a concentração da PCR normal em um adulto é de até 5 mg/L. “Estes últimos resultados sugerem potencial atividade do óleo de peixe, mais especificamente dos ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 presentes no óleo de peixe, em modular a inflamação relacionada ao câncer”, afirma Mocellin.

Os prováveis mecanismos que atribuem ao óleo de peixe à redução da atividade inflamatória envolvem modificações na composição de membranas celulares, produção de metabólitos lipídicos com atividade anti-inflamatória e alterações na expressão gênica de sinais de transcrição responsáveis pela síntese de citocinas pró-inflamatórias. Adicionalmente, os pesquisadores observaram que a suplementação pareceu exercer efeito protetor contra a perda de peso induzida pela doença e pelo seu tratamento – indivíduos que receberam óleo de peixe ganharam ou mantiveram seu peso (1,2 kg), à medida que os indivíduos do grupo sem suplementação perderam (-0,5 kg).

A inflamação tem uma série de efeitos indesejados no câncer que incluem: menor resposta e resposta alterada ao tratamento, promoção e progressão do tumor, aumento da demanda energética e perda de peso, o que acaba culminando com uma pior evolução clínica do paciente. Por isso, os pesquisadores acreditam que seja importante modular o processo inflamatório ativo e permanente, presente no ambiente tumoral.

Confirmação de pesquisa

Os resultados desta dissertação confirmam o estudo desenvolvido pelo grupo de pesquisa de autoria da mestre Juliana de Aguiar Pastore Silva, no qual 23 indivíduos portadores de câncer colorretal em quimioterapia foram suplementados com 2 g/dia de óleo de peixe durante nove semanas. “Acreditamos que as evidências fornecidas por esses estudos sustentem a afirmação de que 2 g/dia de óleo de peixe, contendo aproximadamente 600 mg de ácidos graxos ômega-3, seja um potencial colaborador no tratamento quimioterápico do câncer de cólon e reto”, garante Mocellin. Perspectivas futuras incluem a suplementação em diferentes tipos de câncer (gástrico, esofágico, pancreático e hematológico) e análises de linhagens celulares produtoras de citocinas específicas.

O projeto foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC) e pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC. Durante as pesquisas, o estudo contou com o apoio dos profissionais do CEPON-SC, além do Laboratório Santa Luzia, Phytomare Suplementos e Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas do Departamento de Fisiologia da UFSC.


Mais informações:

Michel Carlos Mocellin
michel.mocellin@hotmail.com

Professor  Erasmo Benicio Santos de Moraes Trindade
erasmotrindade@gmail.com

 

Fonte: Michel Carlos Mocellin
Edição: Poliana Dallabrida/ Estagiária de Jornalismo da Agecom / UFSC

Foto: SXC

Tags: câncerCCSnutriçãoômega 3UFSC

Projeto avalia sobras de alimento no Restaurante Universitário

27/09/2012 13:34

Os estudantes de Nutrição Marcelo Viera, Carolina Kuhn e Maria Gabriela Matias de Pinho estão desenvolvendo um projeto que visa diminuir o desperdício de alimento no Restaurante Universitário (RU) da UFSC. O trabalho de estágio obrigatório buscará resultados por meio da pesagem da sobra nos pratos dos usuários e nas panelas da cozinha, além de uma avaliação escrita do cardápio. Os alunos devem iniciar a pesquisa nas próximas semanas. Para realizar o trabalho com sucesso, os alunos precisam da colaboração dos usuários do Restaurante.  Lixeiras de descarte estão separadas desde quarta-feira, dia 26 de setembro, em papel, sobra de alimentos e cascas de fruta para que o peso do lixo seja apenas de resto de comida. Os novos coletores foram instalados com antecedência para que os usuários se acostumem à mudança.

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Tags: diminuir desperdício alimentonutriçãorestaurante universitárioUFSC

Estudo revela baixo uso de suplemento de ferro para prevenir anemia em crianças

18/09/2012 11:12

No Brasil, uma em cada duas crianças com menos de cinco anos de idade sofre de anemia. Apesar da existência de uma iniciativa do Ministério da Saúde para prevenção, o Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF), apenas 6% das crianças entre seis e 18 meses de idade em Florianópolis receberam o suplemento de sulfato ferroso distribuído pelo programa. Esta informação tem origem no estudo desenvolvido pela Pós-Graduação em Nutrição na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que avaliou a aplicação do PNSF em 35 centros de saúde da rede pública de Florianópolis (SC) durante o ano de 2010.

Criado em 2005, o PNSF assegura que todas as crianças a partir de 4-6 meses de idade e até os 18 meses recebam um frasco de suplemento de ferro a cada três meses para prevenir o aparecimento da anemia.  A pesquisa realizada pela mestranda em Nutrição, Francieli Cembranel, observou o número de crianças de seis a 18 meses de idade que receberam o suplemento de sulfato ferroso, a idade em que começaram a receber e o número de frascos. Este trabalho foi orientado pelo professor David Alejandro González Chica, com a colaboração da professora Arlete Catarina Tittoni Corso, ambos do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, e teve autorização da Secretaria Municipal de Saúde.

O estudo utilizou dados do sistema de informações em saúde da Secretaria, o INFOSAUDE, que possui registro de todos os atendimentos realizados nos centros de saúde do município. Durante o ano de 2010 foram cadastradas 13.197 crianças entre seis e 18 meses de idade em 35 centros de saúde de Florianópolis, mas apenas 834 crianças receberam o suplemento (6% do total de crianças). De acordo com a pesquisa, a baixa quantidade de crianças que receberam o suplemento indica fragilidades no processo de identificação e acompanhamento do público-alvo do programa, além de estar muito aquém da expectativa do Ministério da Saúde, considerando que a previsão desta estratégia é a de que no mínimo 60% das crianças recebam o suplemento.

Situação vulnerável

A pesquisa também revelou que, entre as crianças que receberam o suplemento, menos da metade (44%) iniciou a suplementação dentro da idade recomendada (com até seis meses de idade), e menos de uma em cada 10 (7%) receberam um frasco de sulfato ferroso a cada três meses.

Segundo Francieli, a não adesão à suplementação de ferro durante os primeiros meses de vida torna a criança extremamente vulnerável a desenvolver anemia, principalmente a partir dos 4-6 meses de idade. É a partir desta idade que se esgotam as reservas orgânicas de ferro que a criança ganhou da sua mãe durante a gravidez e com o aleitamento materno. Como nesta idade usualmente as crianças deixam de ser amamentadas e começam a consumir outros alimentos diferentes do leite materno, dificilmente a alimentação complementar recebida consegue por si só atender as necessidades aumentadas do mineral que a criança tem para o seu crescimento e desenvolvimento.

Francieli aponta que os resultados do estudo indicam a necessidade deste programa do Ministério da Saúde reforçar as estratégias de capacitação e sensibilização dos profissionais de saúde, pois estes constituem um elemento fundamental para a adesão das famílias ao programa. Segundo a mestranda, as informações obtidas poderão auxiliar no planejamento de ações, contribuindo para o aprimoramento da estratégia e a elaboração de políticas públicas mais eficazes na prevenção da anemia.

O estudo é o primeiro trabalho localizado na literatura científica que avaliou o Programa Nacional de Suplementação de Ferro no estado de Santa Catarina e um dos poucos em nível nacional. As entidades que financiaramn o estudo são o Programa de Pós-Graduação em Nutrição/UFSC , o Programa  de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível  Superior (CAPES).

Saiba mais:

Anemia – Segundo a Organização Mundial da Saúde, a anemia por deficiência de ferro é considerada a carência nutricional mais frequente no mundo, chegando a afetar uma em cada duas crianças menores de cinco anos de idade.Nessa faixa etária, a anemia está associada com várias conseqüências negativas à saúde, podendo ocasionar sonolência, irritabilidade, baixo rendimento escolar, diminuição da atividade motora e da interação social, problemas na pele, atraso no desenvolvimento físico e mental, alterações comportamentais, comprometimento do crescimento e do sistema imunológico, assim como a incapacidade de fixar a atenção com grave repercussão no futuro aprendizado escolar.

Problema persistente no Brasil – No Brasil, nos últimos 25 anos, a anemia por deficiência de ferro afeta principalmente crianças na faixa etária dos seis meses aos dois anos de idade, entre as quais a prevalência de anemia oscila entre 24% e 73%.

Fonte: Francieli Cembranel

Mais informações: David González Chica / david.epidemio@gmail.com / (48) 3721-5070

Tags: anemianutriçãopós-graduação em nutriçãoUFSC

TV UFSC apresenta entrevista sobre hábitos alimentares das crianças

24/08/2012 13:15

Mestre em Nutrição, Vanessa Mello Rodrigues falar sobre a influência da televisão nos hábitos alimentares das crianças

Em comemoração ao Dia do Nutricionista, 31 de agosto, a TV UFSC reapresenta entrevista com a mestre em Nutrição, Vanessa Mello Rodrigues, para falar sobre a influência da televisão nos hábitos alimentares das crianças. Além disso, ela discute o modo como os alunos de escolas públicas e particulares de Florianópolis gastam o seu dinheiro na hora do lanche. O Dia do Nutricionista é comemorado em virtude da criação da Associação Brasileira de Nutricionistas – ABN, em 1949. O UFSC Entrevista vai ao ar  segunda-feira, dia 27, às 22h com reprise na terça à meia noite, na quinta ao meio dia e na sexta, dia 31, às 23h30min.

O convidado da semana do Justiça do Trabalho na TV, economista Nildo Ouriques, conversa sobre a crise financeira mundial, o trabalho e a crise dos bancos. O programa será exibido quinta-feira, dia 30/08, às 22h, com reprise na sexta às 24h e segunda, dia 03/09, às 6h.

O filme de estreia do Sessão Cinema conta a história de dois ex-presidiários,  Steve (Humphrey Bogart) e Judy (Claire Luce), que se casam após cumprirem as suas sentenças. Para fugir do passado criminoso, mudam-se para para uma pequena cidade. Ameaças ao casal começam a acontecer quando um vendedor desonesto descobre o passado de Judy e, se Steve não participar de um crime, todos os segredos do casal serão revelados. “Rio Acima” vai ao ar terça-feira, dia 28/08, às 21h, com reprise na quarta, 29, às 24h e sexta, dia 31, às 14h.

A Sessão Cinema traz “Rio Acima”, na terça-feira, dia 28/08, às 21h, com reprise na quarta, 29, às 24h e sexta, dia 31, às 14h

Para acompanhar a TV UFSC, sintonize o canal 15 da NET Florianópolis e acompanhe a programação completa no site www.tv.ufsc.br/grade. Assista aos nossos boletins de notícias também no www.youtube.com/tvufsc.

Alice da Silva / Estagiária de Jornalismo na TV UFSC

Tags: nutriçãoTV UFSCUFSC

Estudo avalia que rotulagem de alimentos não segue padronização e pode confundir consumidor

09/07/2012 07:46

No Brasil, a rotulagem nutricional nos alimentos industrializados contém as informações sobre o valor energético (ou valor calórico), conteúdo de gorduras (saturada e trans), proteínas, carboidratos, sódio e fibras. Estes dados nutricionais são referentes a uma porção em gramas ou mililitros do produto alimentício e não ao produto inteiro. A porção é previamente definida por uma legislação brasileira e representa uma recomendação de consumo para pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, com intuito de promover a alimentação saudável. No rótulo deve constar, ainda, a informação da medida caseira referente à porção, por exemplo, uma xícara ou uma unidade.

No entanto, a declaração de porções diferentes entre alimentos similares e a apresentação de medidas caseiras difíceis de serem aplicadas na prática podem comprometer o uso da rotulagem nutricional nas decisões de compras dos consumidores. “Isso ocorre em função da dificuldade de comparar as informações nutricionais e entender os dados disponíveis nos rótulos”, avalia a nutricionista Nathalie Kliemann, que estudou a rotulagem em seu mestrado.

A dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da UFSC analisou como a porção e a medida caseira estão sendo declaradas nos rótulos dos alimentos industrializados ultraprocessados. O estudo foi realizado em um grande supermercado de Florianópolis.

Foram analisados 2.072 alimentos, que apresentaram uma variação significativa na declaração do tamanho da porção. Os resultados revelam uma variação mínima de 70% (21 a 30g entre biscoitos salgados), chegando a uma variação máxima de 765%, entre pratos preparados prontos e semiprontos (55 a 420g).

“Para a simples comparação de valores nutricionais entre alimentos similares é preciso realizar cálculos, em virtude da falta de padronização do tamanho da porção”, avalia Nathalie. Segundo ela, o estudo também mostrou 9,3% de alimentos que apresentaram porção menor do que o recomendado. A nutricionista ainda observou que grande parte desses alimentos apresentaram menor densidade energética e maior peso total quando comparado com outros.

Um exemplo encontrado foi o de dois doces de amendoim,o primeiro tinha porção de 15 gramas e 78 kcal; o segundo de 20 gramas e 84 kcal.  A nutricionista alerta que se ambos seguissem a porção de referência, que é de 20 gramas, o primeiro alimento seria aquele com maior valor energético por porção, embora em uma leitura rápida possa parecer o contrário. São informações que, na opinião da profissional, podem induzir o consumidor a equívocos em relação à composição nutricional do alimento.

“As informações disponíveis nesses rótulos infringiram o direito do consumidor a informações corretas e fidedignas”, considera Nathalie, que foi orientada em sua pesquisa pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença e contou com a colaboração da professora Marcela Boro Veiros (ambas ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC).

De acordo com as nutricionistas, é possível que diante da baixa densidade energética de alguns alimentos, o tamanho da porção pode estar sendo utilizado para ressaltar essa característica. Além disso, porções muito pequenas, em embalagens grandes, podem dificultar o entendimento do tamanho da porção na rotulagem nutricional, especialmente pelo fato de não haver a obrigatoriedade da informação sobre o número de porções presentes na embalagem.

Com relação à medida caseira, o estudo detectou termos pouco específicos, como “colher”, sem especificação do tipo. Além disso, o uso de tipos de medida caseiras inadequadas aos alimentos, como em um queijo de minas a medida caseira ser uma colher, sendo que esse alimento geralmente é consumido em fatias. Outro exemplo é um queijo no palito, em que a medida caseira é uma fatia, quando uma unidade deveria ser cada queijo no palito. “Esses resultados evidenciam a necessidade de definição de regras mais claras e coerentes para a declaração da medida caseira”, avalia Nathalie.

Ela lembra que estudos realizados no Brasil e no exterior indicam que as informações sobre porção e medida caseira são pouco lidas pelos consumidores e estão entre os itens com menor nível de compreensão por eles. “Mas considerando a rotulagem como uma política de apoio para a difusão de informações nutricionais e a promoção de escolhas alimentares saudáveis, torna- se indispensável a revisão da legislação brasileira, assim como maior fiscalização das informações disponíveis aos consumidores”, alerta a nutricionista.

Mais informações:

Nathalie Kliemann: nathalie.kliemann@gmail.com
Marcela Boro Veiros: marcelaveiros@gmail.com
Rossana Pacheco da Costa Proença: rossana@mbox1.ufsc.br / (48) 3721-2218 / (48) 3721-5042

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

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A Organização Mundial da Saúde recomenda que as informações nutricionais nos rótulos sejam padronizadas, precisas e compreensíveis, que permitam a comparabilidade entre alimentos similares e auxiliem na determinação do consumo. Para isso, aconselha que haja monitoramento dessas informações fornecidas aos consumidores, como também que se utilize a rotulagem nutricional como um instrumento de educação para o consumo.

 Brasil aceita variação
Apesar dessas recomendações, a legislação brasileira permite que sejam declarados nos rótulos de alimentos porções com tamanhos diferentes daquelas recomendadas. É permitido que a porção nos rótulos seja até 30% maior ou menor que a recomendada pela legislação. Por exemplo, os biscoitos que têm porção recomendada de 30 gramas, podem declarar nos rótulos porções de 21 a 39 gramas. Além disso, nem todos os alimentos têm uma porção recomendada na legislação, como é o caso dos pratos prontos para o consumo, como lasanhas e pizzas. Para esses alimentos, a porção deve corresponder até 500 kcal do alimento.

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Boa nutrição melhora qualidade de vida durante tratamento para câncer de mama

28/06/2012 16:00

Orientações nutricionais ajudaram pacientes com câncer de mama a não ganhar peso durante o tratamento. Adicionalmente, elas conseguiram reduzir em 60% o consumo de carnes vermelhas ou processadas e aumentar em 50% a ingestão de frutas, legumes e verduras em relação ao grupo que não recebeu o acompanhamento de uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Esses e outros resultados foram detalhados hoje (28 de junho) durante o Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS, promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC). Novos estudos serão divulgados no evento, que prossegue até sexta-feira (29), no auditório do INOVA@SC, no ParqTec Alfa que fica na Rodovia SC 401, em Florianópolis). Há estudos sobre diabetes, obesidade, pressão alta, transfusão de sangue, saúde mental, problemas do coração e de audição. Cada um será abordado em meia hora, entre as 9 e 19hs, com intervalo entre 12h e 13h30. O evento é aberto ao público.

A pesquisa sobre câncer de mama foi feita pela mestranda Cecília Cesa, com o Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo e sob orientação da Professora Patricia Faria Di Pietro do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC. Ao longo de um ano foram acompanhadas 18 mulheres com câncer de mama, objetivando melhorar seu consumo alimentar e avaliar o reflexo desse acompanhamento no peso e nas defesas do organismo. Segundo as pesquisadoras, mulheres em tratamento para o câncer de mama estão suscetíveis a ganhar uns quilinhos e aumentar seu nível de oxidantes, fatores que podem contribuir para o retorno da doença.

Para evitar o risco, cada paciente recebeu mensalmente um boletim ilustrado com dicas sobre alimentação, atividade física, efeitos do tratamento, entre outros. Além disso, a cada 15 dias os pesquisadores ligavam para as pacientes, orientando-as a consumir uma quantidade mínima de 400 g/dia de frutas, legumes e verduras, e a reduzir o consumo de carnes vermelhas (bovina, suína, ovina e caprina) ou processadas (preservada pela defumação, cura/salga ou com adição de conservantes químicos). Um máximo de 500 g semanais era a orientação do grupo, que também deu uma aula de culinária e 2 palestras às pacientes. Essa intervenção nutricional educativa estimulou bons hábitos alimentares, a manutenção do peso corporal e o aumento de defesas nas pacientes, buscando dar maior sobrevida e qualidade de vida às mulheres.

O câncer de mama é classificado como a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres no mundo e também no Brasil, onde é o câncer mais incidente na população feminina, com exceção do câncer de pele não melanoma. Apesar de ser considerado um câncer de relativo bom prognóstico, as taxas de mortalidade continuam elevadas no Brasil. Apenas 60% sobrevivem à doença em países em desenvolvimento.

Detalhes com Cecília Cesa <ceciliacesa@gmail.com>, nutricionista Clínica e mestranda do GENEO – Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo – www.geneoufsc.wordpress.com – Informações: (48) 9154-3951

Para saber mais sobre o Seminário de Avaliação do Programa de Pesquisa para o SUS, fale com Fernanda Beduschi Antoniolli pelo fone (48) 3215-1218, e-mail fernanda@fapesc.sc.gov.br.

Veja a relação completa dos projetos aprovados:

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Fonte: Fapesc

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Evento irá discutir financiamento de pesquisa em saúde e nutrição

31/05/2012 15:27

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição organiza na próxima quarta-feira, 6 de junho, um evento dedicado a discutir novas fontes de financiamento para a pesquisa na área da saúde e nutrição.

Com o título “Fomento à pesquisa em saúde e nutrição: oportunidades e perspectivas de financiamento”, o encontro vai reunir o representante do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Daniel Alves Natalize, e a  coordenadora de projetos da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina), Maria Zilene Cardoso.

A programação começa às 14h no Auditório do Centro de Ciências da Saúde (CCS),  campus da UFSC na Trindade. O evento é gratuito e aberto ao público. Não é necessário inscrever-se com antecedência.

Mais informações:
(48) 3721-5138

 

Tags: CCSCNPqFapescnutriçãoUFSC

UFSC desenvolve sistema para monitorar alimentação e atividades físicas entre crianças de 7 a 10 anos

02/05/2012 17:33

Uma pesquisa anual divulgada pelo Ministério da Saúde indica que o Brasil mantém uma tendência ao aumento do excesso de peso e obesidade entre adultos. A preocupação envolve também crianças, pois cerca de um terço entre cinco e nove anos estão com excesso de peso e 14% estão obesas, segundo dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2010 do IBGE.

Um projeto do Departamento de Nutrição da UFSC vai ajudar a monitorar o problema entre estudantes de 7 a 10 anos. Com recursos do Fundo Nacional de Saúde, ligado ao Ministério da Saúde, está sendo desenvolvido um sistema de vigilância on-line para acompanhar o consumo alimentar e a atividade física nesta faixa etária.

O projeto coordenado pela professora Maria Alice Altenburg de Assis é pioneiro no Brasil. “Outros programas de monitoramento já existem junto ao Ministério da Saúde, como um para estudo de comportamentos de risco em adultos (Vigitel), que abrange o consumo de álcool e tabaco, e a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), que monitora comportamentos de risco em adolescentes matriculados no nono ano do ensino fundamental . Mas o sistema que estamos desenvolvendo é o único que estudará o consumo alimentar e as atividades físicas entre o segundo e o quinto ano do ensino fundamental, principalmente em relação à obesidade”, explica o doutorando Filipe Ferreira da Costa, que participa do trabalho.

A proposta do grupo é coletar dados anualmente no meio digital. Os resultados poderão ser acessados por escolas ou municípios, como um suporte ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a outras iniciativas que busquem a promoção de atividade física e alimentação saudável. O sistema também poderá colaborar com o acompanhamento da eficiência da legislação sobre vendas de alimentos e oferta de merenda (Lei 5853, de junho de 2001, que dispõe sobre os critérios de concessão de serviços de lanches e bebidas, nas unidades educacionais, localizadas no município de Florianópolis). As crianças fornecerão dados sobre o que estão comendo na escola e qual a procedência desses alimentos (se da merenda, da cantina ou de casa).

Para a validação do sistema, a expectativa da equipe é de que entre outubro e novembro deste ano os alunos da Escola Luiz Cândido da Luz, no bairro Vargem Grande, em Florianópolis, respondam on-line perguntas  sobre o que comeram durante o dia, quais atividades realizaram e qual o grau de satisfação do alimento ingerido. Os estudantes serão supervisionados por integrantes do projeto, que acompanharão sua rotina na escola.

Finalizada a etapa de validação, o sistema será testado em 35 escolas públicas de Florianópolis que atendem cerca de 6.300 crianças na faixa etária abordada. “Nosso objetivo é testar o sistema de monitoramento apostando em alcançar uma abrangência maior no futuro”, complementa Filipe, sobre a possibilidade de o sistema ser integrado a todas as escolas públicas do país.

O trabalho é baseado em questionários não digitais, desenvolvidos em 2002 e 2007 pelo Departamento de Nutrição da Universidade, também sob supervisão da professora Maria Alice e apoio da Capes e CNPq, para estudar a obesidade em crianças.

Mais informações:
– Maria Alice Altenburg de Assis / maria.assis@ufsc.br / (48) 3721-9784
– Filipe Ferreira da Costa/ filipefcosta_1@hotmail.com / (48) 3721-8014

Por Ana Luísa Funchal / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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Tags: nutriçãoUFSC

Pesquisa reforça indícios de que condições na infância afetam obesidade em adultos

10/04/2012 07:55

Premiada no final de 2011 pela Capes como a melhor tese defendida na área de saúde coletiva, pesquisa do médico e professor do Curso de Nutrição da UFSC David Alejandro González Chica reforça a ideia de que o ganho de peso rápido depois dos quatro anos pode resultar em problemas de obesidade na vida adulta. O estudo foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.

Em seu trabalho o médico avaliou as associações entre a circunferência da cintura, a medida do quadril e a relação cintura-quadril em adultos jovens, relacionando estes dados ao estado nutricional e aos padrões de crescimento nos primeiros anos de vida. O pesquisador associou também os dados de circunferência com fatores socioeconômicos na infância e na idade adulta, além de cor da pele.

O estudo foi realizado a partir de uma pesquisa com nascidos na cidade de Pelotas no ano de 1982 e que foram novamente visitados em 2006. A avaliação de dados de quase cinco mil crianças desde o nascimento até os 23-24 anos indica que o ganho de peso em diferentes etapas da vida influencia de forma diferente o acúmulo de gordura na região abdominal – o mais perigoso fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares na fase adulta. O trabalho também mostra associações diretas entre peso ao nascer e ganho de peso em todas as faixas etárias.

Ganhar muito peso depois do segundo ano de vida e na adolescência, indica a investigação, pode ser prejudicial para a saúde, pois aumenta os níveis de obesidade abdominal na vida adulta. Por outro lado, o ganho de peso nos dois primeiros anos de vida se mostrou benéfico para a formação do quadril, o que teria um efeito positivo para a saúde na vida adulta ao estimular a acumulação de massa muscular, conhecido fator de proteção para doenças cardiovasculares.

“A obesidade em adultos, portanto, poderia ser reduzida evitando que crianças de quatro anos ou mais ganhassem peso rapidamente”, alerta o professor. “Os resultados sugerem que as medidas de saúde pública direcionadas ao combate da obesidade e das doenças cardiovasculares, além de enfocar fatores contemporâneos como sedentarismo e hábitos nutricionais da população, deveriam considerar a importância das condições socioeconômicas e do ganho de peso desde os primeiros anos de vida”, complementa.

De acordo com David, a gordura abdominal é usualmente medida por meio da circunferência da cintura ou da razão cintura quadril (RCQ). No entanto, para compreender o efeito de diversas exposições na composição corporal as três medidas antropométricas (cintura, quadril e razão cintura quadril) precisam ser avaliadas de forma independente.

Ele lembra também que diversas condições precoces e tardias podem afetar a formação dos tecidos corporais. Em sua tese o pesquisador resgata a visão de autores que encontraram em países desenvolvidos associação com variáveis perinatais – o período perinatal da gravidez humana caracteriza as 22 semanas completas (5 meses e meio) e os 7 dias completos após o nascimento – e da infância como o peso ao nascer, o tempo de amamentação e os padrões de crescimento.

Há também trabalhos que relatam relações com variáveis na vida adulta como a classe social, o fumo, o consumo de álcool e a inatividade física. No entanto, são limitadas as informações disponíveis sobre este tema em populações de renda média ou baixa.

Em sua tese David discute o processo de formação e desenvolvimento dos principais tecidos que constituem cintura e quadril. O abdômen, por exemplo, é constituído principalmente por vísceras, tecido adiposo subcutâneo e visceral, e pelos músculos da parede abdominal. Variações na circunferência da cintura resultam principalmente de mudanças na quantidade de gordura abdominal visceral. Já o quadril é constituído por três tecidos principais: ósseo, muscular e adiposo subcutâneo. Mudanças da circunferência do quadril podem acontecer por alterações em qualquer um desses tecidos.

David lembra que a obesidade pode ser considerada como o acúmulo ou excesso de gordura corporal numa quantidade que traga prejuízos à saúde. A gordura pode estar depositada debaixo da pele (gordura subcutânea) ou ser mais profunda, principalmente dentro do abdômen (a gordura visceral, associada a maiores problemas de saúde). A obesidade abdominal (cintura de mais 80 cm para as mulheres e mais de 94 cm para os homens) é considerada de maior risco para doenças cardiovasculares.

David alerta que muitas pesquisas sobre o tema avaliam as condições atuais como determinantes da obesidade. No entanto, vários estudos mostram que a obesidade é também determinada por fatores com ação em etapas iniciais da vida e que têm repercussão até a idade adulta.

Mais informações: David González Chica / david.epidemio@gmail.com / (48) 3721-5070

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais

Obesidade
Considerada como doença desde 1985, a obesidade vem merecendo atenção cada vez maior por parte dos médicos e instituições de saúde pelos problemas associados, como diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças cardíacas, distúrbios respiratórios e do sono, além da artrose. A prevalência de obesidade está aumentando em países de alta, média e baixa renda.

Problema em crescimento
No Brasil, país de renda média, as prevalências de excesso de peso e obesidade mudaram drasticamente nos últimos 30 anos. Em homens, a prevalência de excesso de peso triplicou entre 1975 e 2009, passando de 18% para 50%. A obesidade quadriplicou, de 2,7% passou para 12,5%. Em mulheres estas mudanças também aconteceram, embora com menor intensidade, passando de 27,3% para 48% e de 7,4% para 16,9%.

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Pesquisa reforça indícios de que condições na infância afetam obesidade em adultos

03/04/2012 08:20

Premiada no final de 2011 pela Capes como a melhor tese defendida na área de saúde coletiva, pesquisa do médico e professor do Curso de Nutrição da UFSC David Alejandro González Chica reforça a ideia de que o ganho de peso rápido depois dos quatro anos pode resultar em problemas de obesidade na vida adulta. O estudo foi desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.
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Palestra sobre desafios da alimentação abre primeiro Doutorado em Nutrição da Região Sul

21/03/2012 10:18

O professor Pedro Israel Cabral de Lima: emoção no retorno à pós-graduação que ajudou a avaliar. Fotos: Wagner Behr / Agecom

“Não foi na Sourbonne ou em outra universidade que travei contato com o fenômeno da fome”. A frase de Josué de Castro, médico, nutrólogo, professor, geógrafo, cientista social, político, ativista brasileiro que dedicou sua vida ao combate à fome foi lembrada na manhã desta terça-feira, 20 de março, durante a aula inaugural do Doutorado em Nutrição da UFSC.

Convidado a marcar na Universidade Federal de Santa Catarina o início do primeiro doutorado da área na Região Sul (nono no país), o professor Pedro Israel Cabral de Lima, da Universidade Federal de Pernambuco, contextualizou a relevância e atualidade do trabalho do médico nascido no Recife, na palestra “Alimentação e Nutrição: de Josué de Castro aos dias atuais”.

O pesquisador da UFPE recuperou a trajetória e a visão de Josué de Castro sobre a problemática da fome – e a partir de gráficos, fotos e vídeos demonstrou como muitos desafios são ainda atuais e pertinentes na trajetória do profissional da área de nutrição.

Geografia da Fome
Josué de Castro nasceu em 1908, no Recife, e morreu em 1973, na França. Cresceu próximo aos mangues do Recife, “habitados por retirantes e caranguejos”. Aos 21 anos se formou em medicina, em 1951 assumiu a presidência do Conselho Executivo da FAO (agência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura), foi também embaixador do Brasil na ONU e criou uma associação mundial de luta contra a fome. Entre suas publicações mais relevantes estão O Problema da Alimentação no Brasil, Geografia da Fome e Geopolítica da Fome.

“Um marco de Josué de Castro é a luta pelo desenvolvimento humano sustentável e muitas de suas preocupações e ideais permanecem vivos”, frisou o professor Pedro Israel Cabral de Lima. Para ressaltar a importância do conhecimento científico, salientou para a plateia integrada por professores, mestrandos e doutorandos que há tantos métodos quantos forem os problemas e os investigadores existentes (citando frase de José Carlos Koche, autor de Fundamentos de Metodologia Científica: Teoria da Ciência e Prática da Pesquisa e lembrando mais um ensinamento que Josué de Castro deixou aos pesquisadores).

“Josué não se limitou a um único método, buscou ferramentas em diversas áreas, como a Antropologia Social, Geografia, Economia, Genética, Biologia, Epidemiologia. Baseou sua forma de pensar o problema da fome na interação entre diversas ciências”, disse Pedro Israel. Em mais uma associação de sua palestra com a Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, elogiou o objetivo do programa e suas linhas de pesquisa (veja abaixo), atuais e relevantes diante da complexidade e da responsabilidade para formação de profissionais da área de nutrição e alimentação.

O palestrante destacou também a importância da UFSC contar com seis grupos de pesquisa nesse campo (abaixo) e mostrou admiração pelo trabalho de relevância acadêmica e com interface social dos projetos de extensão.

O professor lembrou que, mesmo com alguns números estagnados na América Latina, a fome no mundo ainda preocupa (são 71 milhões de pessoas em insegurança alimentar no Brasil). “Para o profissional da área, é um desafio entender a cultura alimentar de cada região, as dietas básicas, as influências, as dificuldades no controle do sobrepeso e das doenças decorrentes da má alimentação”, salientou.

A partir de pesquisas, lembrou de questões preocupantes, como a preferência entre adolescentes por biscoitos, salsichas, sanduíches, salgados. E a “dieta de risco” de adultos, caracterizada pelo baixo consumo de frutas e verduras, alto consumo de gorduras saturadas.

Com fotografias de décadas atrás e atuais, o professor Pedro Israel Cabral de Lima ilustrou o problema da alimentação inadequada com a mudança no corpo da população de Olinda – em 1947 as fotos registram perfis longilíneos, em 2012, homens e mulheres com excesso de peso. “Parecem figuras de Botero”, preocupa-se o professor, citando o famoso pintor e escultor colombiano que se destacou com figuras de contornos arredondados.

Além de abordar a má alimentação, Pedro Israel Cabral falou da “Fome Oculta”, problema caracterizado pela carência de micronutrientes como o ferro (estudos mostram índices preocupantes de anemia em crianças), de vitamina A (cuja carência pode provocar problemas na visão) e de B1 (com diagnóstico recente de diversos casos de Beribéri no Brasil, doença que provoca fraqueza muscular e dificuldades respiratórias).

Fazendo história

Rossana Proença: “Lutamos cinco anos junto à Capes para montar o programa”

“Esse momento é a realização de um sonho que começou em 1997, quando um grupo de oito professores estruturou o projeto da Pós-Graduação em Nutrição da UFSC”, lembrou no início do encontro a coordenadora do programa, professora Rossana Proença. “Lutamos cinco anos junto à Capes para montar o programa, que foi aprovado no final de 2001 e começou em 2002. No começo eram oito alunos”, resgatou Rossana.

Atualmente a Pós-Graduação em Nutrição da UFSC tem 20 professores (em breve serão 24 credenciados), 53 alunos no mestrado e 10 iniciando o doutorado. São 36 bolsistas, 102 mestrandos já se formaram e serão outras 23 defesas de mestrado até julho. Entre os profissionais formados, 86% têm publicações com o programa e 70% estão em atividade docente.

“Os números refletem o que estamos fazendo para atender os critérios que nos avaliam. Nosso conceito na Capes passou de 3 para 4 e hoje nosso Departamento atua em todos o níveis, da graduação ao doutorado, como somente outros oito no país fazem”, disse Rossana, registrando também como conquista a criação da área de Nutrição na Capes.

“Os doutorandos chegam para compartilhar esse sonho conosco. Agora a consolidação do doutorado, da produção científica, de laboratórios e a internacionalização são novos desafios”, comemorou a coordenadora.

Mais informações: http://ppgn.ufsc.br / posnutricao@ccs.ufsc.br / (48) 3721-5138

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

Saiba Mais:

Grupos de Pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC:
– CECANE/SC (Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Escolar do Estado de Santa Catarina)
– Grupo de Pesquisa em Comportamento e Consumo Alimentar
– Grupo em Nutrição Clínica e Aplicada
– Grupo Nutrição e Saúde
– NEPNE (Núcleo de Estudo e Pesquisa em Nutrição Experimental)
– NUPPRE (Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições)

 Linhas de Pesquisa:
– Diagnóstico e intervenção nutricional em coletividades
– Estudo dietético e bioquímico relacionado com o estado nutricional
– Nutrição em produção de refeições e comportamento alimentar

Objetivo:
O objetivo geral do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC é a formação de pesquisadores inovadores, resolutivos e geradores de conhecimento em uma área interdisciplinar envolvendo a interface Alimentação, Nutrição e Saúde. A formação acadêmica tem ênfase na construção, desenvolvimento e disseminação de conhecimentos científicos, preparando profissionais qualificados para o Ensino Superior e para a pesquisa neste campo do conhecimento.

 

Tags: nutriçãopós-graduaçãoUFSC

Alimentação e Nutrição: De Josué de Castro aos dias atuais

19/03/2012 11:06

Acontece nesta terça-feira, 20 de março, a aula inaugural do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (doutorado):  “Alimentação e Nutrição: De Josué de Castro aos dias atuais”, com o professor Pedro Israel Cabral de Lima (UFPE). O evento será realizado no Auditório do CCS, às 9h, e marca o início do primeiro Doutorado em Nutrição da Região Sul do Brasil. Também comemora os 10 anos do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC.

O professor Pedro Israel Cabral de Lira é médico pela Universidade Federal de Pernambuco, especialista em Saúde Pública pela Fiocruz, mestre em Nutrição pelo Instituto Nacional de Alimentacion Y Nutrición da Universidad do Chile e PhD em Medicina pela Escola de Higiene e Medicina Tropical da Universidade de Londres, Inglaterra.

É professor titular do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Pernambuco e coordena o Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição do Nordeste, ligado à Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde. Atuou como consultor da área de Nutrição na Capes e foi membro do Comitê Assessor de Saúde e Nutrição no CNPq.

Tem experiência em pesquisa nas áreas de Nutrição Materno-Infantil, com ênfase em Epidemiologia e Avaliação do Estado Nutricional, atuando principalmente com baixo peso ao nascer, crescimento e desenvolvimento, aleitamento materno e micronutrientes.

Informações:  (48) 3721-5138 / posnutricao@ccs.ufsc.br

 

 

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