Fase 3: primeira semana de retorno do Colégio de Aplicação às atividades presenciais é de transição e de cuidados com a saúde

16/02/2022 15:46

Entrada dos alunos dos Anos Iniciais, do Ensino Fundamental no Colégio de Aplicação na quinta-feira, 10 de fevereiro. (Foto: Naiara Chaves/Comunicação CA/UFSC)

O Colégio de Aplicação (CA) do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (CED/UFSC) iniciou as atividades de ensino presencial, e ingressou na Fase 3 de combate à pandemia na última quinta-feira, 10 de fevereiro. Frequentam o Colégio mais de 950 alunos, 115 professores, 51 técnicos, 35 estagiários e 25 trabalhadores terceirizados, que passaram a conviver, há alguns dias, de forma presencial nos períodos matutino e vespertino.

A volta presencial contou com reformas, mudanças nas rotinas, e a adoção de vários cuidados, necessários para manter a saúde dos estudantes e trabalhadores. “Esse retorno representa uma transição, que é desafiadora, mas ao mesmo tempo muito gratificante. Estamos transformando um modelo híbrido de atividades de ensino para um modelo 100% presencial, e percebemos que o volume de trabalho para todos aumentou bastante”, relata o diretor do CA, Edson Souza de Azevedo. Além da necessidade de planejamento pedagógico e administrativo, as equipes precisaram criar protocolos sanitários, e monitorar constantemente sua aplicação. “É preciso avaliar constantemente os fluxos da rotina escolar e pensar em tudo o que pode ser aprimorado: melhorias aos ambientes de aprendizagem, procedimentos que colocamos em prática, para que o retorno presencial seja ao mesmo tempo funcional, estruturado e organizado”, complementa.

O reitor Ubaldo Cesar Balthazar visitou o Colégio no primeiro dia de aulas e chegou a participar da testagem dos trabalhadores. Ele parabenizou a equipe pela organização e disposição na recepção aos estudantes. “Está tudo bem organizado, bem cuidado. Mais um motivo de orgulho para a UFSC esse retorno respeitoso e cuidadoso. A experiência aqui no Aplicação e no NDI para a Fase 3 será de grande importância para os demais setores da UFSC”, ressalta.
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Fase 3: veja como foi a retomada das aulas presenciais no NDI

15/02/2022 17:28

O Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina (CED/UFSC) iniciou as atividades de ensino presencial para mais de 180 alunos, com idades entre três meses e seis anos, nesta segunda-feira, 14 de fevereiro. O NDI ingressa, assim, na Fase 3 de combate à Pandemia de Covid-19 na UFSC a partir dessa data.

Tiago Aurélio Alves e Paulo Eduardo Botelho do DAS/PRODEGESP, reunidos com Juliane Mendes Rosa La Banca, diretora do NDI e Isabel Cristina da Rosa, coordenadora administrativa do NDI. (Foto: Dyego Anderson Silva Pereira)

Cuidados com a saúde

O retorno às atividades 100% presenciais no NDI demanda cuidados em tempo integral para garantir a saúde plena dos trabalhadores e alunos. A Portaria Normativa nº 423/2022/GR, publicada em 4 de fevereiro, apresentou as regras para o ingresso na Fase 3 do NDI e do Colégio de Aplicação (CA). O CA ingressou na Fase 3 em 10 de fevereiro.

Dentre os cuidados, estão os protocolos de distanciamento, uso de máscaras, vacinação dos trabalhadores e a realização de testes para detectar casos de Covid-19 no quadro funcional. Nesta terça-feira, dia 15, todos os servidores e estagiários passaram pela testagem. A equipe da enfermagem do NDI, atuando em parceria com o Departamento de Atenção à Saúde (DAS/Prodegesp), também conduz casos suspeitos e confirmados, além de terem atualizado os protocolos sanitários, que foram compartilhados com toda a comunidade escolar.

“O retorno às aulas aqui no NDI está sendo muito gratificante, porque estamos conseguindo observar nas crianças uma colaboração incrível. Elas estão fazendo o uso adequado da máscara, dentro do possível, estão preocupadas com o uso do álcool gel e com a lavagem das mãos. É interessante observar que elas vêm de casa com esses cuidados. Então, a gente entende que as famílias estão sendo nossas parceiras nesse processo”, explica Karla Gomes Sifroni, enfermeira do NDI.

“Foi feito um trabalho cuidadoso de monitoramento da circulação do ar nos espaços do NDI, ofertado EPIs de qualidade, uma politica de testagem e manejo ocupacional dos servidores, tudo com muito carinho para garantir um espaço seguro no retorno as atividades educacionais,” conta Paulo Eduardo Botelho, diretor do DAS.

Parque do módulo I. (Foto: Juliane Mendes Rosa La Banca)

Acolhimento

Os primeiros dias de aula, de acordo com planejamento do Núcleo, são marcados por atividades de inserção das crianças e famílias no espaço escolar, prevendo períodos de adaptação e acolhimento. “Os horários são organizados de forma diferenciada, com a possibilidade da presença das famílias conforme a faixa etária e as necessidades das crianças. Para muitas famílias é o primeiro momento de separação de seus filhos; então, todo o trabalho pedagógico é pensado para garantir a segurança e o acolhimento desse processo”, explica a diretora Juliane Mendes Rosa La Banca. “Tivemos um grande trabalho no planejamento e preparação dos ambientes para receber as crianças e famílias de forma segura e acolhedora”, ressalta.

Roberta Krahe Edelweiss é mãe do Martin, de 10 meses. Ela conta que o período de adaptação é difícil, mas se sente acolhida pela equipe do NDI. “Eu estou muito feliz. Esse ambiente é muito lindo e muito alegre, cheio de estímulos. O carinho que ele está recebendo e a atenção… Todo mundo está bem preparado. Eu achei que ia ser mais difícil . Estou com o coração partido de deixar ele aqui e sair da sala, pois é o primeiro momento que nos separamos. Mas a gente fica muito confortável porque ele está em ótimas mãos e com muito cuidado”, conta.

Parque da frente do NDI. (Foto: Juliane Mendes Rosa La Banca)

Daniele Detanico, mãe do Pedro Lucca de 7 meses, conta que ter sido sorteada para a vaga no NDI foi motivo de comemoração na família. “A gente ficou super feliz por ter conseguido a vaga, por ser um lugar bem bacana, com uma proposta pedagógica bem diferenciada. Esse primeiro momento tem sido um desafio mais para os pais do que propriamente para as crianças. Mas, pra minha surpresa, ele ficou super à vontade com as professoras e aí a gente vai vendo ao longo da semana como ele vai se comportando. Mas a expectativa é muito boa. A cada dia ele vai se soltando um pouco mais,” relata.

Outros grupos de crianças maiores também receberam novos alunos. “Crianças entre quatro e seis anos de idade também têm necessidade de adaptação, portanto, o planejamento pedagógico do NDI também considera as necessidades das crianças e famílias nesse contexto inicial de criação de vínculos com a nova professora e os novos estagiários, de socialização com os colegas e de exploração dos espaços, materiais e brinquedos”, complementa a diretora Juliane.

Fila para testagem de trabalhadores. (Foto: Juliane Mendes Rosa La Banca)

“Esta está sendo a primeira experiência na minha filha no NDI e o que a gente sente já de diferença é na inclusão, na preocupação com o bem-estar da criança. Ela está à vontade, tá curtindo o espaço, e tem a liberdade de se sentir bem antes que a gente vá embora, o que é muito vantajoso pra ela. Agradeço muito pela oportunidade de estar aqui”, conta Carla Alecssandra Bruckmann, mãe da Alice Leona, de quatro anos.

Professoras e famílias relataram a saudade da interação presencial. A professora Andressa Joseane da Silva conta que a expectativa pelo primeiro dia de aulas era grande. “Eu senti falta de estar no presencial com as crianças e estou na expectativa de poder ter esse trabalho letivo com as crianças como já costumávamos ter. Tenho curiosidade de saber como será esse retorno, de saber qual será o impacto de todo esse tempo distante da convivência com outras crianças, de saber as outras experiências que elas tiveram na escola. No período de inserção, que no meu grupo está sendo muito tranquilo, umas das coisas que tenho me interessado é nesse retorno das crianças, como elas vão se comportar, que experiências vão relatar, quais vão ser os interesses. Tenho registrado esse movimento e falas das crianças nesse momento de retorno presencial”, conta.

Ana La Banca Francisco, aluna do NDI (Foto: Juliane Mendes Rosa La Banca)

Os primeiros dias já foram preenchidos de sorrisos, sons, conversas e muita animação. A diretora Juliane relata que o momento de brincar no parque da escola preenche de vida o pátio do NDI. “Reencontro com os amigos, a hora de brincar no parque, que é uma unanimidade entre os pequenos. Ainda de máscaras, tomando cuidado e seguindo as orientações, o reencontro com o ambiente escolar e com tudo o que ele representa na aprendizagem e desenvolvimento das crianças faz valer a pena todo o trabalho dispendido para que o NDI pudesse iniciar a Fase 3”, pontua.

“Eu trabalho no NDI há aproximadamente 23 anos. Esse momento antes do início das aulas foi de muita preparação, muita preocupação em garantir o conforto, a segurança e a qualidade do trabalho, questões que sempre foram prioritárias para o NDI. E agora, quando pudemos receber as crianças de uma forma 100% presencial, todo esse trabalho que envolve reuniões, discussões e cuidado minucioso com todos os detalhes passa a fazer sentido. Eu me sinto muito contente em estar aqui, pois a equipe toda pegou junto e vestiu a camisa e agora podemos estar nesse momento de escutar os risos, os gritos, as corridas, todo esse movimento dentro da escola,”  diz o assistente em administração do NDI, Gilberto Lopes Lerina.

Para Ana La Banca Francisco, de cinco anos, a experiência é muito simples de definir: “O primeiro dia de aula foi ótimo! No NDI eu gosto de brincar e de fazer aventuras”, sorri.

com contribuições e fotos do NDI

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Informe aponta que casos ativos de covid-19 caíram em SC, mas patamar de contaminação segue elevado

14/02/2022 16:11

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta segunda-feira, 14 de fevereiro, uma nova edição de seu informe semanal sobre covid-19. Com o título Casos ativos caíram em todas as regiões do estado na semana considerada, o estudo é assinado por Lauro Mattei, coordenador-geral do Necat e professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Administração.

De 5 a 11 de fevereiro, houve 48.434 novos registros da doença e 222 óbitos, uma média de 6.919 casos e 31 mortes por dia. Ao final desse período, havia, ainda, 49.499 casos ativos da enfermidade, número 26% menor que o da semana anterior. Apesar da redução de alguns índices, o informe reforça que os patamares de contaminação seguem elevados e revelam a força da nova onda de covid-19 que continua em curso no estado. Destaca-se que, ao longo dos primeiros 42 dias do ano, mais de 302 mil pessoas foram contaminadas.

“Esse cenário de continuidade da contaminação da população catarinense já está provocando efeitos sobre a estrutura estadual da saúde, uma vez que a ocupação de leitos de UTI-SUS por parte de pessoas com a Covid-19 aumentou na maioria das regiões, sendo que esse crescimento continuou na semana em apreço. A consequência é que a ocupação geral dos leitos de UTI-SUS no estado permaneceu em 85%, patamar que continua preocupante”, conclui o trabalho.

O texto completo pode ser acessado no site do Necat.

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Enfermeira do HU alerta para importância de medidas de proteção contra covid na volta às aulas

11/02/2022 18:02

Cristine Ferraz é enfermeira da Pediatria do HU. Foto: Sinval Paulino/HU-UFSC/Ebserh

Apesar do avanço do processo de vacinação e do início de imunização da população infantil, os cuidados contra a contaminação pelo SARS-Cov-2 continuam e, neste momento em que as crianças estão voltando às aulas, os pais e responsáveis devem ter um cuidado extra, orientando os pequenos para manterem as medidas de prevenção e observando os principais sintomas de covid-19.

O alerta é da enfermeira da Pediatria do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) Cristine Ferraz, que concedeu uma entrevista para um jornal local explicando quais são esses cuidados e alertando para os sintomas de covid-19 nesta fase da pandemia.

Segundo ela, os profissionais de saúde têm observado que, atualmente, os sintomas da covid estão mais parecidos com os sintomas de gripe comum num adulto (coriza, pigarro, tosse e dor de garganta) e, às vezes, febre, mas especificamente no caso das crianças há dois sintomas que têm chamado atenção: diarreia ou vômito e dor abdominal. “Este é um indicador que temos percebido”, explicou, lembrando que os pais devem ficar atento a essas situações. 
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Nota de Pesar: falece Erni Seibel, professor aposentado do CFH

08/02/2022 09:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do professor aposentado do Departamento de Sociologia e Ciência Política do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Erni José Seibel, aos 70 anos. Ele faleceu em sua casa, na Praia do Campeche, em Florianópolis, em decorrência de sequelas da Covid-19. Seibel também fazia tratamento contra um câncer.

Seibel ingressou como docente na UFSC em 1978 e aposentou-se em 2009, após mais de 30 anos de serviço. Depois de sua aposentadoria, seguiu atuando como voluntário junto ao departamento e ao Núcleo Interdisciplinar em Políticas Públicas (NIPP), fundado por ele.

Graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1975) fez mestrado em Administração também pela UFRGS, o qual concluiu no mesmo ano em que ingressou como docente na UFSC, em 1978. Inicialmente o professor Seibel lecionou no Departamento de Ciências da Administração, e em 1993, quando concluiu seu doutorado em Ciência Politica na Freie Universität Berlin, passou a lecionar no Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC. Sua área de pesquisa foi a Administração, com ênfase em organizações públicas, políticas públicas, administração pública, cultura política e indicadores sociais.

Além de professor e pesquisador, Erni Seibel era artista. Era escultor e artista plástico digital, expunha seus trabalhos na internet e em exposições. A última delas, anunciada em suas redes sociais, ocorreu em outubro de 2021.

Apresentação do professor Erni Seibel em evento na UFSC em 2017. Foto: Pipo Quint/Agecom

O CFH e o Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política assinam nota em homenagem ao professor Seibel, na qual lembram a contribuição do docente com a criação do NIPP, núcleo que “congregou pesquisadores de diversas áreas e que hoje é uma referência em estudos na área, sobretudo em temas como violência, segurança e gestão de políticas públicas”. A nota reforça uma característica marcante do professor: “Acima de tudo, Seibel era uma pessoa apaixonada pela Universidade, sempre muito querido por colegas e alunos”.

Seu amigo, aluno e colega de Departamento, o professor Itamar Aguiar, lembrou o perfil combativo de Seibel, e o definiu como um “crítico contumaz, desafiava as convenções e lutava pelos direitos das mulheres e minorias”. Segundo Itamar, Seibel era uma “pessoa muito querida e de uma extraordinária generosidade. Sabia como ninguém enfrentar os reacionários e conservadores. NUNCA se furtava a luta. Enfrentava todo debate com galhardia. De um humor fino; desarmava seus desafetos com uma piada e sorriso largo, que devolvia nos corredores”. E conclui: “Difícil conter as lágrimas enquanto escrevo. Mas a sua gargalhada ainda ecoa. Essa é a lembrança que fica. Vai em paz grande mestre. Por quem os sinos dobram? Os sinos dobram por ti, Seibel”.

A despedida ao professor Seibel ocorre na Capela A, Cemitério do Itacorubi das 15h às 20h nesta terça-feira, 8 de fevereiro. Após o velório, haverá uma cerimônia de cremação.

A UFSC e sua comunidade de estudantes, egressos, técnicos, professores manifesta sua tristeza e solidariedade neste momento de dor, aos amigos, colegas e familiares do professor Seibel.

Leia o obituário publicado na Folha de S. Paulo

Confira também a homenagem da Secretaria de Cultura e Arte da UFSC (SeCArte), que destacou as obras do professor Erni José Seibel expostas na 30ª Mostra de Artes Visuais de Servidores da UFSC – Edição Virtual 2021. 

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Fase 2: UFSC exigirá comprovante de vacinação de todos os seus trabalhadores a partir de 14 de fevereiro

07/02/2022 11:31

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá exigir de todos os servidores docentes, técnico-administrativos (TAEs) e outros profissionais que exercem suas funções na Universidade a comprovação de esquema vacinal completo a partir do início da Fase 2, em 14 de fevereiro, próxima segunda-feira. A medida foi publicada no Boletim Oficial nesta segunda-feira, 7 de fevereiro.

>> Fase 2 começa em 14 de fevereiro, acesse a Portaria

As regras da Portaria Normativa nº 422/2022/GR são válidas para, além de TAEs e docentes efetivos, professores substitutos, visitantes, colaboradores e voluntários, servidores temporários, empregados públicos anistiados, pesquisadores e/ou bolsistas de pesquisas, trabalhadores terceirizados e estagiários. Será necessário comprovar esquema vacinal completo, o que representa duas doses da vacina contra a Covid-19 e uma dose de reforço; ou uma dose da vacina Janssen, mais o reforço, conforme as orientações da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp). 

Trabalhadores do Colégio de Aplicação (CA) e do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) têm regras específicas, uma vez que ingressam na Fase 3, com aulas presenciais para todos os estudantes neste mês de fevereiro. O CA entrará na Fase 3 a partir de 10 de fevereiro, e o NDI em 14 de fevereiro.

>> Confira as regras para trabalhadores do Colégio de Aplicação e NDI

Pessoas sem o ciclo vacinal completo deverão apresentar, com frequência de cinco dias úteis, resultado do exame RT-PCR negativo, ou outro teste aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), realizado nas últimas 72 horas, conforme orientações
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Colégio de Aplicação e NDI voltam às aulas presenciais com exigência de comprovante de vacinação para trabalhadores

07/02/2022 11:27

O Colégio de Aplicação (CA) volta a ofertar ensino presencial em horário integral para todos os seus alunos a partir do dia 10 de fevereiro, e o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) a partir de 14 de fevereiro. As datas marcam a entrada na Fase 3 para estes setores, com o retorno às atividades presenciais, acompanhadas de uma série de medidas visando preservar a saúde da comunidade, entre as quais está a exigência de comprovante de vacinação para os trabalhadores. 

Todos os servidores docentes e técnicos administrativos em educação, estagiários, colaboradores terceirizados e qualquer trabalhador que realize atividades no NDI e no CA deverão apresentar comprovação de que realizaram o ciclo vacinal completo de imunização contra a Covid-19 até a data de início das atividades presenciais. A determinação está expressa na Portaria Normativa nº 423/2022/GR.

>> Fase 2: UFSC exigirá comprovante de vacinação de todos os seus trabalhadores a partir de 14 de fevereiro

Quem não puder ser vacinado contra a Covid-19 por contraindicação médica deverá encaminhar à Comissão Médica um atestado justificando a condição, conforme as orientações contidas no site Prodegesp Coronavírus. Os servidores que recusarem a vacinação contra a Covid-19 não poderão frequentar o ambiente escolar e estarão sujeitos “às medidas administrativas cabíveis” definidas na Portaria Normativa nº 424/2022/GR

A forma e os procedimentos para a comprovação de vacinação por parte dos servidores da UFSC estão contidos na Portaria Normativa nº 422/2022/GR. Os procedimentos de envio digital dos documentos estão disponíveis na página Setic.ufsc.br/vacina.
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Vestibular UFSC 2022: primeiro dia tem relatos de movimentação intensa e poucos incidentes

29/01/2022 17:17

Movimentação próximo ao Centro Tecnológico (CTC) da UFSC neste sábado, 29. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

* Editado às 19h30 para incluir dados de abstenção

O primeiro dia de provas do Vestibular UFSC 2022 neste sábado, 29 de janeiro, atraiu milhares de candidatos para as 850 salas de provas em todo o Estado de Santa Catarina. As provas aplicadas foram as de Línguas, Matemática e Biologia. 

A movimentação no campus da UFSC em Florianópolis, onde concentravam-se vários locais de provas, foi intensa, especialmente nas entradas dos prédios. Uma das principais tarefas das equipes que trabalhavam durante o Vestibular era dispersar os candidatos, evitar as aglomerações e insistir no uso de máscaras.

A presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) Maria José Baldessar, destaca que as situações encontradas pelas equipes já eram esperadas. “Está sendo um dia de tranquilidade, com poucos incidentes de resistência às medidas de prevenção. Apesar de dois anos de pandemia, ainda observamos pessoas que encontram dificuldades no uso da máscara e com a apresentação do comprovante vacinal. As equipes foram capacitadas para lidar com essas situações pontuais”, esclareceu.
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Tire aqui suas dúvidas sobre o Vestibular UFSC 2022

28/01/2022 18:49

Atualizada em 25/01/2022 para inserir informação de novo prazo de validade de teste de Covid com resultado negativo, após alteração do edital 01/2022/COPERVE

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promoveu nesta quinta-feira, 13 de janeiro, uma transmissão ao vivo para oferecer orientações e responder às perguntas dos candidatos ao Vestibular UFSC 2022. A live foi agendada após o anúncio, na última terça-feira, de novas medidas sanitárias para os dias de prova, como a exigência de apresentação de comprovante de vacinação contra a Covid-19 ou teste RT-PCR não reagente.

>> Assista à live tira-dúvidas

Participaram do evento o pró-reitor de Graduação, Daniel de Santana Vasconcelos, e a presidente da Coperve, Maria José Baldessar. O Vestibular UFSC 2022, com provas presenciais, está marcado para os dias 29 e 30 de janeiro.

Além de oferecer respostas, a Coperve anunciou que fará o rastreamento de possíveis casos de contaminação com a Covid-19, e solicitou que candidatos que eventualmente apresentem sintomas até três dias após as provas entrem em contato para comunicar a contaminação. A Coperve irá alertar os demais candidatos que estiveram na mesma sala de provas onde houve a possível exposição ao vírus.

Cuidados com a saúde

O pró-reitor de Graduação e a presidente da Coperve salientaram em vários momentos da live a importância de os candidatos tomarem cuidado para preservar a saúde nestes dias que antecedem a prova. Nenhum candidato que estiver infectado com a Covid-19 poderá participar do Vestibular e também não haverá reaplicação de provas.

A professora Maria José Baldessar divulgou novamente os canais de contato com a Coperve: o e-mail coperve@coperve.ufsc.br e o plantão telefônico através do número (48) 3721-9951, que funciona das 8h às 12h e das 13h30 às 18h, de segunda a sexta-feira. Também salientou que as informações sobre local de provas, confirmação definitiva de inscrição e dicas para os dias de prova estão disponíveis no site do Vestibular.

Ela também anunciou que a partir da próxima segunda-feira a Coperve começará a enviar aos candidatos inscritos uma newsletter com informações sobre o vestibular, as provas, os cuidados sanitários e esclarecimento de dúvidas. O boletim será enviado pelo e-mail cadastrado pelo candidato no momento da inscrição. Ela recomendou ainda que os candidatos acessem a seção de perguntas e respostas (FAQ) da Coperve, que está em constante atualização.

Durante uma apresentação sobre o Vestibular, a presidente da Coperve passou orientações e respondeu algumas questões relativas à segurança sanitária durante o Vestibular.
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Colégio de Aplicação e NDI preparam estruturas para início das aulas presenciais em fevereiro

28/01/2022 15:53

Visita de gestores ao Colégio de Aplicação nesta quinta-feira, 27. (Foto: Agecom/UFSC)

O Colégio de Aplicação (CA) e o Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da UFSC receberam as equipes da Administração Central e do Centro de Ciências da Educação (CED) nesta quinta-feira, 27 de janeiro, para uma visita às estruturas e para conhecer as rotinas de preparação dos espaços para receber a comunidade escolar. O CA inicia o ano letivo em 10 de fevereiro e o NDI no dia 14 de fevereiro, com aulas presenciais para todos os alunos.

Dentre os esforços das unidades escolares estão a adequação e manutenção do espaço físico e a definição de protocolos para o convívio presencial – como o uso de máscaras do tipo PFF2, vacinação e testagem dos servidores. 

No Colégio de Aplicação, por exemplo, a Direção anunciou às famílias que o retorno presencial será para todos os alunos, e não haverá ensino remoto síncrono. O Colégio está definindo a ocupação das salas de aula de acordo com as medições de qualidade do ar e espera receber uma comunidade de 1.882 pessoas, sendo 956 alunos e 115 professores. Serão fornecidas máscaras PFF2 para os docentes, técnicos, estagiários e estudantes em vulnerabilidade socioeconômica cadastrados no setor de Serviço Social junto ao Colégio.
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Necat lança nova edição de informe semanal sobre Covid-19 em SC

24/01/2022 17:44

Foi publicado na última sexta-feira, 21 de janeiro, a nova edição do Informa Semanal Necat sobre Covid-19 em SC. O trabalho do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense trata da evolução de alguns indicadores relativos ao comportamento da pandemia no estado, como a evolução agregada da doença, dos casos ativos de forma agregada e segmentada pelas mesorregiões e a dos óbitos em Santa Catarina.

De acordo com o texto, a partir do início de 2022 ocorreu uma expansão da pandemia da Covid-19, que está sendo acompanhada por uma epidemia de Influenza (H3N2). A consequência foi a elevação do número de pessoas que tem procurado atendimento junto às estruturas de saúde, especialmente nas três primeiras semanas deste ano.

“Esse processo revelou que no corrente ano 114.561 pessoas foram contaminadas pela Covid-19, sendo que 53.527 delas foram contaminadas na terceira semana de janeiro/22, representando uma média 7.647 casos/dia na referida semana. Já os casos ativos atingiram o patamar de 64.821 pessoas que permaneciam com a doença na data considerada. (…) Do ponto de vista regional, nota-se que 28,5% dos doentes se localizavam na Grande Florianópolis; 17% no Planalto Norte-Nordeste; 14% no Sul; 12,5% na Grande Oeste; 125 no Meio oeste e Serra; 10% no Vale do Itajaí e apenas 6% na Foz do Itajaí”, traz o informe.

Para a elaboração do trabalho são utilizados os dados disponibilizados pelo Governo do Estado por meio dos boletins divulgados diariamente pela Secretaria Estadual da Saúde, além de informações obtidas em outras fontes, especialmente no Ministério da Saúde.

O texto completo pode ser acessado no site do Necat, onde também podem ser encontrados os informes anteriores.

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Subnotificação, descaso e falta de dados: pesquisadores denunciam problemas da pandemia nas prisões

24/01/2022 13:09

Um ambiente nefasto para a proliferação de doenças infecto-contagiosas – é dessa forma que a pesquisadora Marília Budó, professora do departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina, resume o sistema penitenciário brasileiro do ponto de vista físico diante da pandemia de Covid-19. Mas o problema não para por aí: além da superlotação, das péssimas condições de higiene e saneamento básico e da pobre alimentação dirigida às pessoas presas, a ausência de dados e informações precisas sobre como a doença foi assimilada pelo sistema nos últimos anos agrava ainda mais a questão. Um grupo de pesquisadores desnuda esse cenário caótico em dois documentos lançados pelo projeto Infovírus: prisões e pandemia, que além da UFSC envolve estudiosos de outras cinco instituições e pesquisadores autônomos.

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O projeto, criado ainda em 2020, primeiro ano da pandemia, teve o objetivo de acompanhar, registrar, analisar e divulgar informações sobre a situação dos presídios, incluindo análises de informações públicas disponíveis no Painel de Monitoramento dos Sistemas Prisionais. O acompanhamento desses dados, entretanto, revelou uma série de distorções e problemas elencados nos documentos Política de Morte: Registros e Denúncias sobre Covid-19 no Sistema Penitenciário Brasileiro e De Olho no Painel do Depen: Análise de Informações de Estado sobre a Covid-19 nas Prisões. “O problema da falta de dados sobre mortes e adoecimentos – físicos e mentais – dentro de unidades prisionais já existia antes da crise da Covid-19. Ela se agravou dramaticamente neste contexto, quando as políticas de testagem em massa, isolamento e vacinação eram e são ainda as únicas ferramentas possíveis para conter o vírus”, explica Marília.

Justamente por isso, a proposta dos pesquisadores foi desenvolver um projeto de checagem de informações e de divulgação científica do acúmulo das pesquisas do campo criminológico crítico sobre penas e prisões no Brasil. Ao mesmo tempo, a equipe também recebia denúncias de amigos e familiares a respeito da falta de informações sobre os detentos. O ‘isolamento dentro do isolamento’ impediu que as pessoas privadas de liberdade tivessem contato esporádico com as famílias por meio das visitas semanais. “Há uma desumanização das pessoas em prisão, o que conduz a uma facilitação a políticas e decisões que têm como resultado o adoecimento e a morte”, indica Marília.

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A equipe trabalhou com um conjunto de 74.676 dados públicos. No início do acompanhamento, em abril de 2020, 162 casos eram notificados como suspeitos, com 25.228 sendo anunciados um ano depois, data de corte do projeto. Também em abril de 2020, 51 foram confirmados – número que aumentou mais de mil vezes em um ano. Já a primeira morte confirmada surgiu no painel em 18 de abril de 2020 e chegou ao número de 168 um ano depois.

O projeto divulgou essas informações publicamente, no site e em redes sociais. Nesse processo, também denunciou os momentos em que havia ausência de atualização nas informações públicas, como ocorreu durante mais de seis meses com os números do Estado da Paraíba. “O que notamos claramente é a proposital indiferença em relação à morte e ao sofrimento das pessoas que de alguma maneira têm suas vidas marcadas pelo cárcere, sejam elas pessoas privadas de liberdade, sejam elas parentes, esposas, companheiras, que vivenciaram durante meses a ausência de informações sobre seus entes queridos”, destaca a pesquisadora.


Descontinuidade nos dados

Conforme o relatório, os estados que mantiveram maior regularidade na periodicidade de atualização dos dados públicos foram Santa Catarina, em que o maior período na qual ficou mantida a mesma informação foi de 14 dias, Maranhão, com 16 dias e Rio Grande do Sul, com 18 dias. Nos demais, a equipe reconhece uma descontinuidade no preenchimento das informações sobre o sistema penitenciário. “Diante do que foi aqui observado, os dados dispostos no painel do Depen não condizem com a realidade da infecção pelo vírus no sistema prisional brasileiro. Entretanto, quando o sistema do painel do Depen não é alimentado, não se trata simplesmente de plausível minimização dos fatos por parte dos gestores, mas igualmente de informação negada à população”, denuncia o documento.

O relatório indica que diversos problemas no painel foram registrados ao longo do monitoramento: “desde a negação da informação – dados que possivelmente não foram preenchidos –, até dados que apareciam e, depois, simplesmente sumiam, através de ‘apagões’ no sistema, inconsistências que se caracterizam, principalmente, pela falta de regularidade na atualização dessas informações no sistema”.

As análises dos pesquisadores também desenham um cenário “deflagrado de subnotificação”, expresso nos documentos do projeto. Os números muito baixos comparados ao cenário publicizado da pandemia são altamente questionáveis para a equipe do Infovírus. Em junho de 2021, por exemplo, a equipe registrou a possibilidade de subnotificação em Santa Catarina, já que havia um alto número de contaminações e um baixo volume de testagem. “A própria testagem aconteceu em regra apenas quando o preso já estava há dias com sintoma de Covid, e não por acaso vários surtos decorreram da falta da testagem em massa”, contextualiza Marília.

OMS recomendou que a população privada de liberdade estivesse entre os grupos prioritários na vacinação (Foto: Pixabay)

Além disso, ela aponta o atraso para a chegada da vacina nas prisões como um fator importante do agravamento da pandemia no cárcere, o que reforça a ideia de desumanização dos detentos. A professora lembra que a Organização Mundial de Saúde recomendou que a população privada de liberdade estivesse entre os grupos prioritários por conta do risco elevado de surtos nesses locais, e o Ministério da Saúde atendeu a essa recomendação.”Mas após manifestações terríveis de pessoas oportunistas no campo político que apostam na desumanização da população privada de liberdade como forma de obtenção de seguidores e votos, os presos foram em vários lugares deixados para o final da campanha de vacinação. Mesmo os presos idosos e com doenças crônicas foram em vários lugares vacinados depois da população livre. Ou seja, temos poucos bons exemplos e muitos maus exemplos do que ocorreu”.

A falta de comprometimento com a garantia do direito à informação sobre a realidade da Covid-19 no sistema prisional é considerada, nos documentos, um reflexo imediato de de um “projeto vigente”. “Entendemos que não se trata de mera negligência, mas a continuidade de uma política de gestão de morte através do cárcere, que manteve as mesmas lógicas e ferramentas jurídicas para negar a liberdade e, com isso, a vida a pessoas que eram dos grupos de risco e mesmo as que não eram e morreram em decorrência da indiferença em relação a essas mortes”, pontua Marília.

A professora se refere precisamente à análise de instrumentos jurídicos que poderiam prever a liberação de detentos que estivessem ameaçados pela doença, mas que tiveram esse direito recusado. “O que predomina nessas atitudes – tanto do Executivo quanto do Judiciário – é um discurso de defesa social, ou seja, de entender pessoas privadas de liberdade como um perigo, um risco, em alguns casos equiparado ao próprio risco atribuído ao vírus”, reflete.

Orientação não foi cumprida

De acordo com Marília, o Conselho Nacional de Justiça, ainda em março de 2020, publicou a Recomendação nº62, que deveria ter sido seguida pelo Judiciário. “A recomendação orientava juízes e administração pública a promoverem políticas de testagem em massa, isolamento/distanciamento, através da redução da superpolução dos presídios com a conversão de prisões de pessoas de grupos de risco e prisões domiciliares, ou ainda, com antecipação de progressão de regime para quem tivesse cumprido os demais requisitos’, lembra.

Apesar disso, conforme a pesquisadora, em poucos lugares a recomendação surtiu algum efeito. “O que temos visto no estudo dos processos judiciais é uma postergação insustentável do momento de concessão da liberdade (ou prisão domiciliar, ou progressão antecipada) que chega (quando chega) apenas no momento em que o preso já está na UTI entubado e de lá já não retornará para lugar algum”, lamenta.

Por isso, segundo ela, somadas às características da prisões brasileiras – espaços propícios para todo o tipo de epidemia e bastante violentos – pratica-se, via de regra, “um tipo de gestão de morte”. A professora comenta que estudos acadêmicos têm trazido o tema à tona – há, por exemplo, uma forte linha de pesquisa no campo da antropologia e da sociologia que investiga o desaparecimento de pessoas no interior do sistema carcerário. “Esse tipo de instituição terrível somente é possível por conta da desumanização racista que atravessa esse sistema e naturaliza o adoecimento e a morte dessas pessoas, assim como o sofrimento das suas familiares”, evidencia.

Marília cita medidas pontuais possíveis para a minimização dos problemas: a redução da população carcerária; a atuação preventiva no campo da saúde, com testagem em massa, boa alimentação para garantir uma boa imunidade, melhores condições sanitárias e a vacinação prioritária.

Mais sobre o projeto

O Infovírus: prisões e pandemia reúne pesquisadores e pesquisadoras com diferentes formações, de diferentes áreas do conhecimento, para monitorar os dados, notas técnicas, comunicações e informações prestadas por instâncias oficiais, além de entrevistas e discursos políticos sobre a pandemia de Covid-19 no sistema penitenciário brasileiro. As informações foram sempre confrontadas com relatos dos familiares de pessoas privadas de liberdade, denúncias dos movimentos sociais e das defensorias públicas. Até julho de 2021, o Infovírus publicou 47 postagens informando mortes de pessoas presas e servidores em decorrência da Covid-19.

O projeto é feito por pesquisadores autônomos e equipes ligadas a grupos de pesquisa da Universidade de Brasília, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Federal de Santa Catarina e da Universidade Federal de Santa Maria. Também tem apoio da Rede Justiça Criminal, Open Society Foundantions, ISER, Justa e Fundo Brasil.


Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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Segunda semana do ano registra recorde de novos casos de Covid em SC, alerta o Necat

17/01/2022 10:17

O segundo número do Informe Semanal do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) sobre a pandemia de Covid-19 em Santa Catarina traz dados que apontam uma “aceleração expressiva” do contágio no Estado. O informe do Necat analisou as informações referentes à semana de 8 a 14 de janeiro de 2022.

Neste período houve uma significativa mudança no cenário da pandemia no Estado. Foram notificados mais 38.894 casos da doença em apenas sete dias, o que representa um crescimentos de 103% em relação à primeira semana de 2022. “Isso significa uma média diária de 5.556 registros da doença, patamar superior as maiores médias verificadas no pico anterior da pandemia que ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2021”, afirma o documento.

Essa situação se reflete no total de casos ativos da doença no Estado, que chegou a 45.915 no dia 14 de janeiro – crescimento de 208% em relação a 8 de janeiro. O aumento de novos casos e do total de casos ativos na semana não teve impacto no número de óbitos, que ficou praticamente estável em relação à primeira semana de janeiro. Ainda assim, mais 41 pessoas perderam a vida em apenas sete dias.

O recorde de novos casos da doença indica a ocorrência de um grande surto de contágio no estado, promovido pela variante Ômicron do coronavírus. Por isso, de acordo com o levantamento do Necat, ainda são necessárias ações das autoridades estaduais e municipais para reduzir a circulação do vírus, enquanto a população deve seguir as orientações sanitárias vigentes desde o início da pandemia (evitar aglomerações, cuidar da higiene e usar máscara).

O boletim é assinado pelo professor Lauro Mattei, coordenador geral do Necat.

A íntegra do Informe pode ser acessada aqui.

 

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UFSC na mídia: professora indica máscara como estratégia importante de prevenção contra Covid-19

14/01/2022 16:10

A professora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva Alexandra Crispim Boing participou de uma entrevista do Jornal do Almoço, da NSC TV, na qual lembrou a importância do uso da máscara de proteção em tempos de aumento do número de casos de Covid-19 no Estado. Segundo ela, a máscara é uma barreira física e deve ser utilizada mesmo em ambientes ao ar livre, especialmente em locais de ampla circulação, como é o caso das praias.

Respondendo a perguntas dos apresentadores, a professora comparou a preocupação que os cidadãos têm com a água com a que se deve ter com o ar. Neste caso, a máscara seria uma espécie de filtro, reduzindo consideravelmente o risco de transmissão. Mesmo com o desconforto por conta do calor, ela ressaltou que a medida deve continuar sendo uma estratégia de prevenção na pandemia.

A professora também destacou que a recomendação é que a máscara seja trocada a cada quatro horas e que alguns modelos, como a PFF2, podem ser utilizados por mais tempo. “Quando a máscara estiver úmida ela precisa ser trocada”, reforçou. De acordo com Alexandra, é importante considerar o momento epidemiológico do estado, com falta de testes e explosão de número de casos. “Vamos precisar das máscaras para nos proteger e proteger os outros”.

A entrevista pode ser acompanhada a partir dos 45 minutos e 18 segundos da edição.

Na noite de quinta-feira, 13 de janeiro, a professora também participou de uma entrevista no Jornal Nacional, em uma notícia sobre o aumento de casos de Covid-19 em Santa Catarina. “É preciso interromper a transmissão do vírus através de medidas individuais e coletivas”, destacou, ressaltando a importância que o poder público assuma seu papel primário na proteção da população.

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Vestibular 2022: UFSC mantém provas presenciais em janeiro e irá exigir vacinação ou teste negativo para a Covid-19

12/01/2022 09:21

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá manter o cronograma do Vestibular UFSC 2022, que prevê a realização de provas presenciais nos dias 29 e 30 de janeiro. A partir desta segunda-feira, 10 de janeiro, os candidatos inscritos já podem emitir o comprovante de inscrição definitivo, que traz a informação do local de prova. Além disso, será necessário apresentar certificado de vacinação contra a Covid-19 ou resultado de teste RT-PCR não reagente para acessar os locais de prova.

As medidas foram anunciadas nesta terça-feira, por meio de edital publicado no site do Vestibular. A Coperve ampliou as medidas de segurança sanitária do concurso, em razão da rápida disseminação da variante Ômicron e do agravamento da pandemia de Covid-19. A decisão foi respaldada pela Administração Central da UFSC e será apresentada à Comissão Permanente de Monitoramento Epidemiológico da instituição ainda nesta semana. Além disso, o Supremo Tribunal Federal assegurou às Instituições Federais de Ensino a autonomia para estabelecer condições de segurança sanitária no âmbito de suas atividades. 

“Estamos trabalhando diuturnamente para garantir um ambiente seguro. Dependemos da consciência dos vestibulandos, e de suas famílias, para que tenhamos candidatos saudáveis fazendo a prova. Se for fazer prova, não saia para eventos com aglomeração e use máscara. Preserve sua saúde para que possa garantir seu acesso à Universidade! Seguimos as recomendações dos cientistas em cada decisão, e precisamos que as pessoas que venham fazer as provas se cuidem, venham para o vestibular com saúde”, reforçou a presidente da Coperve, Maria José Baldessar.
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Boletim Necat alerta para explosão de casos ativos de COVID-19 na primeira semana do ano

11/01/2022 16:33

Desde o início da pandemia, o Núcleo de Estudos da Economia Catarinense (NECAT/UFSC) produziu análises semanais da evolução da COVID-19 no estado de Santa Catarina, as quais foram publicadas em 85 boletins. A partir de 2022 esses boletins terão periodicidade mensal.

O NECAT ainda manterá um informe semanal, mais resumido, que tratará apenas da evolução de alguns indicadores cruciais relativos ao comportamento da pandemia no estado, cujo cenário sofreu fortes alterações na passagem para o ano que se inicia. O boletim completo será publicado mensalmente.

O primeiro informe semanal do ano tem o título “A explosão dos casos ativos na primeira semana de 2022” e é assinado pelo professor Lauro Mattei, coordenador geral do NECAT/UFSC. Confira o Informe Semanal completo aqui.

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Sead, da UFSC, não terá mais posto de testagem de Covid-19; serviço agora será em ginásio e itinerante

10/01/2022 11:58

A Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, começou, neste domingo, 9 de janeiro, a ampliação de testes rápidos para pessoas sem sintomas de Covid-19. Além disso, também anunciou um novo ponto fixo para testagem que passará a funcionar no Ginásio do NEIM Celso Ramos, a partir desta segunda-feira, 10 de janeiro, substituindo a sede da Secretaria de Educação a Distância (Sead), da UFSC. No domingo, testes foram realizados  na Via Expressa Sul e em frente ao Terminal Central.

A administração municipal informou que fará a modalidade de testagem itinerante como um teste e irá adaptar a logística conforme necessidade. A ideia é que diariamente sejam divulgados pontos estratégicos da Capital onde dois caminhões e um ônibus adaptado para testagem, estarão estacionados.

Em fase inicial a ação fará somente testes rápidos para pessoas sem sintomas, mas a Prefeitura pretende ampliar para testes PCR nas próximas semanas. A Secretaria de Saúde reforça que pessoas com sintomas devem entrar em contato com o Alô Saúde Floripa pelo número 0800-333-3233 ou com uma equipe de Saúde que recomendará o melhor teste e conduta ao paciente.

Novo ponto fixo para testes rápidos será inaugurado nesta segunda-feira

Ainda na ampliação de testagem, a Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde, fará nesta segunda-feira, 10 de janeiro, a abertura de um novo Centro de Testagem espontânea para Covid-19 no Centro da Capital. O espaço será uma substituição do Centro de Testagem no Sead, que não será mais utilizado para esta finalidade. O novo Centro de Testagem funcionará no Ginásio do NEIM Celso Ramos, localizado na Rua Prof. Aldo Câmara da Silva, 180 no Centro das 8h30 às 16h. No local, também serão feitas testagem, somente para pessoas sem sintomas de Covid-19.

Com informações da Prefeitura de Florianópolis

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Medidas de proteção contra Covid devem ser mantidas, diz especialista do HU

07/01/2022 13:27

O avanço da vacinação, a redução do número de casos graves e a queda nas mortes por Covid-19 no final do ano são notícias positivas depois de um período de muita ansiedade e incertezas, mas os especialistas avisam que um cenário não mudou: a pandemia continua. Por isso, é preciso tomar medidas de cuidados para evitar contaminação pelo SARS-Cov-2, principalmente com a chegada do verão. A infectologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), Patrícia de Almeida Vanny, acrescenta a importância de completar o esquema vacinal para garantir a proteção de todos. “Quem ainda não fez, deve procurar a dose de reforço, seguindo a programação anunciada pelas prefeituras”, disse.

A chegada de turistas em regiões como Florianópolis, a possibilidade de aglomerações mesmo em locais públicos e a retomada de diversas atividades favorecem o surgimento de novos casos, por isso também é importante que a população mantenha hábitos como o uso de máscara, mesmo em locais onde este equipamento de proteção foi liberado, e a higienização permanente das mãos.

Uma recomendação da infectologista é evitar aglomerações, principalmente em locais fechados, preferir ambientes onde haja uma boa ventilação, evitar se alimentar ou consumir bebidas em locais públicos ou em locais onde haja aglomeração de pessoas. Idosos e crianças devem receber proteção extra, tanto para prevenir a Covid quanto casos de gripe.

No caso de pessoas que apresentarem sintomas respiratórios, as recomendações são: isolar o paciente imediatamente e procurar os serviços de saúde, principalmente no caso de pessoas imunodeprimidas, idosos e crianças.

Vídeo – Quando devo procurar o serviço de Emergência do HU-UFSC?
Unidade de Comunicação Social do HU

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Testagem de Covid do HU é destinada a servidores da UFSC em trabalho presencial

05/01/2022 17:52

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esclarece que os testes para detecção de Covid-19 que estão sendo realizados no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago de destinam aos servidores docentes e técnicos administrativos em atividade presencial atualmente. O público em geral deve procurar os serviços públicos de saúde para realização dos exames.

O prédio da Secretaria de Educação a Distância (Sead) da UFSC, na Rua Dom Joaquim, Centro, onde havia um ponto fixo de vacinação, abriga agora um centro de testagem para a Covid-19. O local funciona das 8h30 às 17h, de segunda à sexta-feira e é destinado apenas para pessoas que não apresentam sintomas da doença.

Conforme a Prefeitura Municipal de Florianópolis, quem está com sintomas ou teve contato com algum caso positivo deve procurar orientações pelo Alô Saúde no número 0800-333-3233.

 

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Boletim Necat apresenta cenário da Covid-19 em Santa Catarina ao final de 2021

04/01/2022 13:37

Nesta terça-feira, 04 de janeiro, o Núcleo de Estudos da Economia Catarinense (NECAT/UFSC) publicou a 85ª edição do Boletim da Covid-19 em Santa Catarina. O título do novo número é Cenário da Covid-19 em Santa Catarina ao final do ano de 2021”.
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Administração da UFSC lamenta posicionamento do MEC contrário à exigência de comprovante de vacinação

30/12/2021 17:14

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publica nesta quinta-feira, 30 de dezembro, nota em que manifesta “não apenas discordância, mas descontentamento”, com relação a parecer da Advocacia-Geral da União (AGU), mencionado no despacho do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, em que o MEC veta a exigência de comprovante de vacinação por parte das universidades e escolas federais. Na nota, a UFSC expressa que “as IFEs assumiram, ao longo da pandemia e na ausência de uma política séria coordenada pelo MEC e pelas demais instâncias do Governo Federal, o protagonismo que se exige quando se trata de promover a vida e respeitar a ciência”.

O documento afirma que, em nenhum momento, houve da parte do Ministério da Educação medidas que unificassem as ações das Instituições no sentido de promover a prevenção e o combate à pandemia. Foram as próprias instituições, por meio de seus gestores, docentes, servidores técnico-administrativos, pesquisadores, que avaliaram, propuseram e implantaram medidas de segurança sanitária em seus próprios âmbitos. Por fim, expressa a nota, “fosse pela irresponsável omissão do Governo Federal, quanto à importância da imunização, o país não teria alcançado os percentuais de vacinados que tem hoje”.
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Com redução de casos graves, HU anuncia fechamento da UTI Covid

22/12/2021 15:10

A UTI Covid foi aberta em março de 2020 e recebeu 494 pacientes em 22 meses. Foto: Sinval Paulino

Com a redução expressiva no número de casos graves infectados pela covid-19, o Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), integrante da Rede de Atenção à Saúde do Estado de Santa Catarina, desativou, na última segunda-feira, 20 de dezembro, a UTI que chegou a ter 18 leitos e foi concebida para o atendimento aos pacientes com Sars-Cov-2.

A UTI Covid do HU-UFSC foi aberta em março de 2020, sendo que desde então foram internados na unidade 494 pacientes. Em março de 2021, a unidade chegou a atender 53 pacientes. A taxa de mortalidade de internados com covid-19 na UTI do HU-UFSC caiu de 27%, em 2020, para 20%, em 2021. Para efeito de comparação, dados da Associação de Medicina Intensiva Brasileira apontavam, na época, uma taxa de 50% nas UTIs da rede pública e 30% na rede particular.

A medida foi aprovada na Comissão Intergestores Regional, uma organização de instância colegiada entre os gestores municipais de Santa Catarina. Essa decisão tem sido adotada em outros hospitais do Brasil e ajuda a retomar o foco nos demais serviços assistenciais.
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Pesquisadora da UFSC recebe prêmio internacional com estudo sobre Covid-19 e epilepsia

16/12/2021 10:56

A pós-doutoranda Mariana dos Santos Lunardi, egressa do mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas (PPGCM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistou o prêmio ILAE Covid-19 and Epilepsy Research Award 2021, concedido pela International League Against Epilepsy, órgão máximo da epileptologia mundial. O trabalho de Mariana foi eleito a melhor pesquisa científica realizada durante a pandemia, na região da América do Sul, abordando o tema Covid-19 e epilepsia.

O artigo desenvolvido na UFSC, em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP), teve como objetivo investigar a prevalência de sintomas de depressão em pessoas com epilepsia e sua correlação com características da epilepsia e acesso ao tratamento durante a pandemia. Um total de 490 pessoas com epilepsia participaram da pesquisa, na qual foram convidados a responder a um questionário on-line para avaliar e classificar os sintomas depressivos.

A pesquisa demonstrou que pandemia afetou o acesso destes pacientes ao sistema de saúde. Os sintomas depressivos foram mais graves em pessoas com maior frequência de crises e que tiveram dificuldade em obter cuidados médicos adequados. De acordo com o estudo, 29,2% relataram acesso restrito aos medicamentos, 46,1% enfrentaram barreiras de acesso aos médicos, 94,2% tiveram as consultas canceladas devido à pandemia e 28,4% sofreram piora das convulsões neste período.

> Acesse à integra do artigo premiado

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Covid-19 em SC: boletim aponta que casos ativos atingiram menor patamar desde maio de 2020

13/12/2021 16:22

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou nesta segunda-feira, 13 de dezembro, a 83ª edição do boletim Covid-19 em SC. Intitulado Casos ativos atingiram menor patamar desde maio de 2020, o trabalho foi assinado por Lauro Mattei, coordenador-geral do Necat e professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais e do Programa de Pós-Graduação em Administração.

Na semana em análise (3 a 10 de dezembro), foram registrados 2.941 novos casos e 48 óbitos – uma média de 420 casos e 7 mortes por dia. Ambos os indicadores apresentam tendência de queda. Já o número de casos ativos registrados no dia 10 foi de 3.342, o valor mais baixo desde maio de 2020. A última matriz de risco divulgada pelo governo estadual, no dia 11, também mostrou que o controle da pandemia continua apresentando resultados bastante positivos, uma vez que não foi registrada situação grave ou gravíssima em nenhuma região. 

A taxa de transmissão da doença, todavia, ainda é preocupante. O Rt ficou em 0.961, variando de 0.652 (Sul) a 0.986 (Grande Florianópolis). “Esses patamares estão indicando que em muitas regiões do estado a transmissão da doença ainda se encontra em um ritmo acelerado”, aponta o artigo.

“Portanto, o comportamento do conjunto de indicadores analisados neste boletim, mesmo que bastante favorável, ainda não permite nenhum relaxamento em relação às medidas de prevenção e de controle da doença. Por isso, entendemos que ainda é necessário manter as principais medidas preventivas até que o percentual da população vacinada atinja um patamar capaz de evitar a contínua propagação do novo coronavírus”, conclui o estudo.

O texto completo pode ser acessado no site do Necat, onde também são encontrados os boletins anteriores.

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Professor da UFSC apresenta ferramenta para investigar subnotificação de casos de covid-19

13/12/2021 09:00

Uma ferramenta matemática que ajuda a investigar a subnotificação de casos de infecção por covid-19 foi um dos resultados do trabalho de um grupo que estuda a dinâmica de doenças infecciosas a partir de modelos matemáticos. O professor Vinicius Albani, do Departamento de Matemática da UFSC, foi um dos autores do artigo Covid-19 underreporting and its impact on vaccination strategies, publicado no BMC Infectious Diseases, periódico da Springer Nature, e recentemente pauta do portal internacional de divulgação científica Scidev.net.

O professor explica que o índice de soroprevalência é o que costuma ser utilizado para se investigar a proporção de casos de infecção em uma determinada região. Esse indicador, entretanto, depende da testagem massiva, política à qual muitos países não tiveram acesso. O objetivo do grupo, composto também pelos pesquisadores Jennifer Loria, Eduardo Massad e Jorge Zubelli, foi apresentar essa nova metodologia para estimar infecções subnotificadas com base em aproximações das taxas estáveis ​​de hospitalização e mortalidade.

Imagem ilustrativa (Pixabay)

“A gente propõe um modelo para descrever a dinâmica da covid-19 e da disseminação do vírus que fosse aderente aos dados, que conseguisse fazer boas previsões – pelo menos previsões de curto prazo – para saber quantos vão ser os números de casos, de mortes e de hospitalizações nos próximos dez dias, quinze dias, visando auxiliar o poder público”, conta. Para isso, a equipe utilizou dados públicos da pandemia para o cálculo das taxas diárias de internações e óbitos, procurando por períodos em que essas taxas apresentaram uma estabilização. Estes períodos, aponta o professor, em geral são aqueles em que há um alto volume de testes com baixos índices de resultado positivo.

Na prática, foram utilizados dados de Chicago e Nova York, cidades que estavam testando muito sua população. Esse era um fator importante para o desenvolvimento da ferramenta, pois era necessário que houvesse uma alta taxa de testagens e um volume pequeno de testes positivos para se fazer um corte numérico e compará-lo com as taxas de hospitalização e óbitos. As taxas observadas nos períodos em que houve estabilização eram consideradas como as taxas reais de mortalidade e de hospitalização associadas à covid-19, que depois eram usadas para fornecer estimativas de números de infecções para ouros períodos e regiões.

Segundo Albani, a metodologia funciona da seguinte forma: se a taxa de mortalidade considerada como real é de 1% e, num dado dia, a taxa de mortalidade observada é de 10%, então o número de infecções naquele dia deve ser 10 vezes maior do que o número reportado. A taxa de mortalidade diária é calculada como a razão entre o número de mortes num dado dia e o número de infecções reportadas 12 dias antes, em que 12 dias é o tempo médio entre uma pessoa começar a apresentar os sintomas da doença e vir a óbito. A taxa de hospitalização diária é calculada de forma similar.

A ferramenta foi testada usando dados da Cidade do México, da Dinamarca e da província de Buenos Aires. “Então, quando a gente comparava os nossos números, especialmente usando taxas de mortalidade, com os números de estudos de soroprevalência, a gente viu que nossos números eram muito parecidos”, reforça o pesquisador. Esse confronto dos resultados da ferramenta com os resultados de soroprevalência serve, também, como mais uma validação do instrumento proposto pelos pesquisadores.

Para os cálculos, a equipe utilizou médias móveis de sete dias sobre as novas infecções, hospitalizações e mortes. Entre outras coisas, o estudo também apontou que a infecção entre as populações estudadas pode ter chegado a 30%, um índice pelo menos seis vezes maior do que aquele apresentado nas notificações. De acordo com o professor, a vantagem de utilizar a ferramenta é porque ela é complementar aos estudos de soroprevalência, com o benefício de poder ser utilizada a qualquer momento. “Quando você tem uma ferramenta matemática que te permite ver a subnotificação você pode calcular a qualquer momento, desde que você tenha os dados. Você também pode pegar os números de um lugar e aplicar em outro”, indica.

O estudo, que foi realizado em 2020, também previu um impacto desses dados nas políticas de vacinação, considerando, hipoteticamente, que cidadãos que já tivessem imunidade contra o vírus poderiam ser vacinados depois dos grupos de prioridade.

Com reportagem de Luana Consoli/Agecom/UFSC

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