Abertas as inscrições para minicurso ‘Uma filósofa por mês’

13/09/2021 11:58

O Grupo de Estudos em Reflexão Moral Interdisciplinar e Narratividade (Germina) e o Laboratório de Ensino de Filosofia e Sociologia (Lefis) da UFSC abriram inscrição para o minicurso Uma filósofa por mês, gratuitoaberto à comunidade, mas direcionado preferencialmente a professores e professoras da rede de ensino público e privado e estudantes de licenciatura interessados. O objetivo é tornar pública e amplamente disponível a afirmação da existência e da importância das filósofas para variados processos teóricos, epistêmicos e metodológicos na História da Filosofia e no conjunto das atividades filosóficas, acadêmicas e não acadêmicas. As inscrições estão reabertas para quem quiser cursar a atividade a partir do mês de setembro.

O curso é um misto de atividades individuais a distância, com encontro virtual síncrono. Serão cinco momentos distintos a cada mês, conforme cronograma. A equipe do projeto apresentará uma atividade por semana, que poderá ser desde ouvir um podcast, até ler uma biografia e assistir a uma live. Um encontro mensal virtual também é previsto. Para cada momento e atividade, os inscritos serão avisados quanto à disponibilidade do material ou o dia e horário do encontro. É possível acompanhar a dinâmica do projeto Uma filósofa por mês em seus canais de divulgação  ou pelo e-mail: umafilosofapormes@gmail.com.

Para receber o certificado, o inscrito deverá participar, durante dois meses, das atividades propostas pela equipe de trabalho do projeto. Os meses podem ser sequenciais ou não, de acordo com a preferência. É possível aumentar o tempo de participação e, consequentemente, o número de horas do certificado, sendo que cada mês a mais implica um aumento de 10h para o certificado.

Tags: curso de extensãoUma filósofa por mês

Grupo para estudantes trans e travestis promove encontro no dia 9

03/09/2021 14:36

O Grupo para Estudantes Trans e Travestis da UFSC  promove, no dia 9 de setembro, às 17h, seu primeiro encontro para discutir temas como permanência, saúde, interseccionalidades, empregabilidade, transfobia, direitos e assistência. As inscrições para participar do evento online pode ser feitas no formulário. 

O objetivo da atividade é acolher e orientar a população trans acadêmica da Universidade Federal de Santa Catarina, de acordo com as  demandas no interior da instituição. O (Trans)ita UFSC faz parte do grupo que reúne também a Casa Transcender, Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento de Violência de Gênero (CDGEN) e NAYA.

Tags: Grupo para Estudantes Trans e Travestis da UFSC

UFSC aprova Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica em caráter permanente

26/08/2021 09:41

Após dez anos de história na Universidade Federal de Santa Catarina, o curso de Licenciatura Intercultural Indígena no Sul da Mata Atlântica foi aprovado em caráter permanente, com a aprovação também do seu Projeto Pedagógico na Câmara de Graduação. A decisão ocorreu nesta quarta-feira, 25 de agosto, em meio a uma semana decisiva para os povos originários, por conta da retomada das discussões sobre o chamado marco temporal no Supremo Tribunal Federal. O curso contempla os povos Guarani, Kaingang e Laklãnõ Xokleng.

Com números que impressionam pelos baixos índices de evasão e altos índices de aprovação e integralização dos currículos pelos estudantes, a licenciatura da UFSC é considerada referência nacional para cursos assemelhados. “O eixo integrador de nosso curso de Licenciatura Intercultural Indígena é Territórios e Conhecimentos Indígenas no Bioma Mata Atlântica – reforçando o nosso reconhecimento sobre a importância dos territórios para os povos originários e somando-se à luta por seus direitos territoriais”, explica a professora Juliana Salles Machado, coordenadora do curso.

A professora explica que as duas turmas anteriormente formadas haviam sido aprovadas como turmas únicas, vinculadas a editais do Ministério da Educação. Com a aprovação do caráter permanente, as entradas quadrienais passam a ser regulares. “Esta conquista garante a continuidade da presença dos estudantes indígenas nesta universidade e atende a demanda dos três povos por uma formação de professores indígenas para atuarem e fortalecerem a educação escolar indígena diferenciada em suas terras originárias”, comenta.

Em 2011 foram oferecidas 40 vagas para cada povo, com a formação de 23 estudantes Guarani, 34 Kaingang e 21 Laklãnõ-Xokleng. Já para a turma de 2016, foram oferecidas 15 vagas por povo, tendo sido formados 15 estudantes Guarani, 09 Kaingang, e 12 Laklãnõ-Xokleng. “A presença de uma Licenciatura Intercultural Indígena na UFSC permitiu que estudantes indígenas circulassem, atuassem e transformassem o espaço universitário durante estes 10 anos. A presença dos estudantes indígenas em um curso diferenciado transforma positivamente a própria universidade, que se repensa a partir de novos diálogos e aprendizados”, contextualiza a coordenadora.

Tags: Licenciatura Intercultural Indígena no Sul da Mata Atlântica

Mostra sobre violências contra as mulheres recebe artigos acadêmicos

23/08/2021 17:18

Está aberto até 12 de setembro o prazo para submissão de artigos científicos para a 2ª Mostra de Pesquisas sobre Violências contra as Mulheres (Mostravcam). Serão aceitos trabalhos de todas as áreas do conhecimento, contanto que possuam a violência contra a mulher ou o papel da justiça na promoção da igualdade de gênero como temática principal. On-line e gratuito, o evento ocorre de 13 a 15 outubro.

Cada trabalho que for aprovado e apresentado irá compor um capítulo para publicação de uma coleção de livros. O edital, as orientações e o formulário para submissão podem ser acessados na página do evento.

A Mostravcam tem o objetivo de promover o intercâmbio interdisciplinar e científico entre as produções acadêmicas e as práticas sobre os enfrentamentos dos diversos tipos de violências praticadas contra as mulheres. A atividade é organizada pelo Dispolítica: Núcleo de Pesquisas em Direito, Subjetividades e Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pelo grupo Margens/UFSC: Modos de Vida, Família e Relações de Gênero, em parceria com a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (CEVID/TJSC).

Tags: DispolíticaMargensMostra de Pesquisas sobre Violências contra as MulheresMostravcamsubmissão de trabalhosUFSCUniversidade Federal de Santa Catarinaviolência contra a mulher

Divulga UFSC – 23/08/2021 – Edição 1714

23/08/2021 12:35

 

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 23/08/2021 – Edição 1714
Conselho Universitário reúne-se para continuação de sessão ordinária na terça-feira

O Conselho Universitário (CUn) reúne-se para continuação da sessão ordinária (on-line) suspensa em 17 de agosto, que terá prosseguimento na próxima terça-feira, dia 24 de agosto, a partir das 14h, na plataforma da RNP, com transmissão ao vivo pelo canal do CUn no YouTube. O CUn está apreciando os destaques acerca das propostas de alteração da Resolução Normativa nº 95/CUn/2017, de 4 de abril de 2017, que dispõe sobre a pós-graduação stricto sensu da UFSC.  Continue a leitura >>.


Reitor envia ofício a Grupo de Comunicação sobre Editorial com desinformação sobre a UFSC

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, enviou nesta sexta-feira, 20 de agosto, um ofício ao presidente-executivo do Grupo ND, Marcello Corrêa Petrelli, com considerações quanto a um Editorial do Grupo, publicado na edição da mesma data, no Jornal Notícias do Dia. No documento, o reitor salienta que existe, por parte do grupo, uma “campanha deliberada de propagação de mentiras sobre a UFSC”. Continue a leitura >>.

Confere UFSC: projeto checa publicações que atacam a UFSC com desinformação

Mentiras, mitos, desinformação, fake news. São muitos os termos usados para qualificar informações que, na verdade, não informam. Muitas mentiras como essas se disseminam nas redes sociais e até nos veículos de comunicação. O Confere UFSC, projeto da Agência de Comunicação (Agecom/UFSC), analisou conteúdos carregados de informações falsas e tendenciosas sobre a instituição que são disseminadas livremente e carecem de fatos. Confira, abaixo, algumas afirmações recentes, e o contraponto da Universidade. Continue a leitura >>.


Gestão

Comissão promove live sobre ações afirmativas nos Colégios de Aplicação

A Comissão de Formulação da Política de Ações Afirmativas do Colégio de Aplicação e do Núcleo de Desenvolvimento Infantil da Universidade Federal de Santa Catarina promove, na próxima terça-feira, 24 de agosto, às 18h30, a live Ações Afirmativas nos Colégios de Aplicação. A transmissão será pelo canal do Núcleo de Desenvolvimento Infantil no Youtube. Participam do debate as professoras Maristela Mosca, diretora do Núcleo de Educação da Infância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Elisângela Bernardes do Nascimento, diretora adjunta do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Janine Gonçalves Peixoto, assessora da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia, Léa Aureliano de Sousa, docente da Escola de Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia e Maristela Campos, presidente da Comissão e docente do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina. Continue a leitura >>.


Extensão

UFSC e entidades parceiras promovem oficina gratuita de Retificação de Registro Civil para Pessoas Trans

No dia 24 de agosto,  às 18h, a Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero da Secretaria de Ações Afirmativas da Universidade Federal de Santa Catarina (CDGEN/SAAD/UFSC), em parceria com diversas entidades, promove a Oficina de Retificação de Registro Civil para Pessoas Trans. O objetivo é fornecer uma melhor compreensão sobre o processo de retificação de registro civil para pessoas da comunidade Trans.  A oficina é gratuita e aberta a toda a comunidade transsexual. Para se inscrever, acesse aqui.

 

‘Lesbianidades: Direito e Saúde’ é tema de evento no dia 24 de agosto

O Dispolítica: Núcleo de Pesquisas em Direito, Subjetividades e Política (CNPq/UFSC), e o Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em População e Políticas da Espacialidade, promovem o evento “Lesbianidades: Direito e Saúde” no dia 24 de agosto, das 19h às 21h. O evento será transmitido pelo Google Meet. Para participar, é necessário se inscrever previamente pelo formulário, no link.

 

Laboratório tem sementes de ostras do pacífico excedentes para comercialização

O Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM), do Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias (CCA/UFSC) comunica a disponibilidade de sementes de ostras do pacífico excedentes produzidas por sua unidade de pesquisa, extensão e ensino, na Estação de Maricultura Prof. Elpídio Beltrame, na Servidão dos Coroas, 503 (Barra da Lagoa). Está disponível um lote de 750.000 sementes diploides de ostras do pacífico, por R$ 26 o milheiro. O valor do milheiro é baseado no histórico de custos do Laboratório de Moluscos Marinhos e no preço praticado por laboratório privado em Santa Catarina.

 

CCA Conecta Egressos discute atuação de engenheiros de aquicultura em grandes reservatórios

A próxima edição do CCA Conecta Egressos será realizada nesta terça-feira, 24 de agosto, às 19h, com um debate sobre a atuação de engenheiros em grandes reservatórios. O evento é online, com transmissão pelo canal do Youtube do Centro de Ciências Agrárias. Participam da live os engenheiros Celso Carlos Buglione Neto, da Itaipu Binacional, e Darly Franco Veras Neto, da Secretaria de Aquicultura e Pesca. A mediação será feita pelo mestrando do Programa de Pós- Graduação em Aquicultura, Ivanildo Santos.


Pesquisa

Estudo da UFSC avalia impacto do consumo de suco de juçara em exercícios de alta intensidade

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN/UFSC) avaliou o impacto do consumo do suco de juçara em sessões de exercícios de alta intensidade. O fruto é proveniente da palmeira Euterpe edulis Martius, também conhecida como palmiteiro juçara, é frequentemente encontrada na Mata Atlântica, desde o sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul. Continue a leitura >>.


Ensino

Inscrições para mestrado profissional em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia abrem dia 25

Estão abertas de 25 a 31 de agosto as inscrições para o mestrado profissional em Rede Nacional de Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação, do Fórum Nacional de Gestores de Inovação. A UFSC é Ponto Focal, oferecendo o curso desde 2016, quando a rede iniciou o projeto. Serão 13 vagas disponibilizadas pela universidade, conforme o edital, clique aqui para acessá-lo.

 

Pós em Saúde Coletiva abre inscrições em processo seletivo para candidatos estrangeiros

O Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina abriu o edital de seleção de candidatos estrangeiros para ingresso nas turmas de mestrado e doutorado de 2021. Serão ofertadas três vagas para o Curso de Mestrado em Saúde Coletiva e duas vagas para o curso de Doutorado em Saúde Coletiva. As inscrições estão abertas até 3 de setembro, ao meio dia, e devem ser feitas por meio do preenchimento do formulário e envio de documentos.O edital está disponível na versão em Português e em Espanhol. Mais informações podem ser obtidas junto à secretaria do programa, no e-mail: ppgsc@contato.ufsc.br.


Cultura

Festival de Música da UFSC retorna em formato on-line em agosto

O V Festival de Música da UFSC, que ocorre de 24 a 27 de agosto, será totalmente on-line e com transmissão das atrações pela internet. O festival pretende proporcionar à comunidade apresentações nos mais variados gêneros musicais, que vão do clássico ao contemporâneo, do erudito ao popular. Além da apresentação dos músicos selecionados, haverá quatro pockets shows com músicos ou bandas catarinenses consagradas no meio musical. Vinte músicas serão apresentadas no evento. Continue a leitura >>.

 

Projeto Fora do Circuito exibe filme ‘Brumas’ on-line nesta terça, 24

O projeto Fora do Circuito exibe nesta terça, 24 de agosto, o primeiro filme do Festival de Cinema Noir: Brumas (Estados Unidos, 1942. 94min.), de Archie Mayo e Fritz Lang. O filme será exibido no canal do projeto no YouTube, a partir das 19h. A sinopse da obra e a programação completa podem ser conferidas aqui. Para saber mais sobre o projeto, acesse a página do Fora do Circuito.

 

TV UFSC vai exibir Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020

A TV UFSC vai exibir, a partir desta terça-feira, os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que serão realizados entre 24 de agosto a 5 de setembro. A cerimônia de abertura será veiculada das 8h às 11h. As provas e competições poderão ser acompanhadas diariamente ao vivo, das 5h30 às 7h30 da manhã. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio têm transmissão oficial pela TV Brasil, emissora que faz parte da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), parceira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Em Santa Catarina, a TV UFSC é a emissora que atua em parceria com a TV Brasil. Continue a leitura >>.

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Tags: Divulga UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Boletim Abiodum tem nova edição sobre Educação das Relações Étnico-Raciais

04/08/2021 17:21

Está no ar mais uma edição do Boletim Abiodum, do PET Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina. A edição tem foco na formação continuada e na Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER). Além disso, também conta com entrevista, dicas de filmes e livros e homenagem ao professor indígena Doutor NanbláGakran.

O Abiodum, que tem seu nome de origem ganesa, significa nascido em tempo de guerra, evocando a força da coletividade e a necessária ação de disputa por um projeto de educação que foi escolhido como registro do boletim. A pauta de suas discussões, com foco na Educação das Relações Étnico-raciais (ERER), busca trazer resultados de pesquisas, ações de ensino e extensão, que abordem a temática da cultura africana, afro-brasileira e indígena e as leis relacionadas.

O periódico conta com a colaboração de estudantes bolsistas, colaboradores e convidados. O boletim tem circulação semestral e foi publicizado em formato impresso nos ano de 2011 ao de 2015. Em 2016, começou a circular impresso e digital, com um corpo editorial de professores da UFSC e de outras instituições universitárias envolvidos no debate sobre a ERER.

Tags: AbiodumBoletim AbiodumEducação das Relações Étnico-Raciais (ERER)Pet Pedagogia

Pesquisa identifica como as questões de gênero se relacionam ao conhecimento tradicional em comunidades quilombolas

03/08/2021 10:00

Com uma abordagem etnobotânica, incluindo aspectos históricos e culturais, pensando também nas relações de gênero, a pesquisadora Daniele Cantelli, mestra pelo programa de pós graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGFAP/UFSC), produziu a dissertação Influências do gênero nos conhecimentos tradicionais vinculados à biodiversidade: estudo de caso em comunidades quilombolas de Santa Catarina. Os resultados identificam os conhecimentos ancestrais sobre plantas nativas em quatro comunidades quilombolas de Santa Catarina: Aldeia, Morro do Fortunato, Santa Cruz e São Roque, com destaque para a última. A pesquisa está vinculada ao projeto O conhecimento e o uso das plantas por comunidades Quilombolas de Santa Catarina, do Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica, coordenado por sua orientadora, a professora Natália Hanazaki.

“Já existia o projeto que estudava territórios quilombolas em Santa Catarina, precisávamos de mais informações sobre a comunidade São Roque e, como a UFSC já tinha um acordo de cooperação em andamento com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), que, por sua vez, estava avançando no termo de compromisso com a comunidade, isso facilitou o processo de aproximação e parceria com a comunidade”, relata Daniele, sobre o processo de escolha do local do estudo de campo. As outras comunidades já tinham sido parceiras em projetos anteriores no laboratório, e Daniele utilizou dados que já haviam sido coletados.

Vista da comunidade de São Roque. Imagem: Danilo Barreto

Com a inserção na comunidade São Roque, era o momento de conhecer a memória biocultural do local, isto é, as práticas e crenças que dão vida aos conhecimentos tradicionais daquela comunidade. As pesquisadoras são enfáticas quando se referem a esses conhecimentos como algo que se deve valorizar e reconhecer, visto que a relação dos povos originários e tradicionais com a natureza carrega uma história de proximidade, afeto e proteção.

As coletas de dados e saídas a campo mensais ocorreram entre 2018 e 2019, com o apoio, acompanhamento e alojamento do ICMBio. “As saídas a campo eram a melhor parte do trabalho, pois fez com que estabelecêssemos uma forte relação com a comunidade”, conta. O resultado das pesquisas reforçaram parte da hipótese inicial, que associava os conhecimentos das mulheres sobre plantas de jardins e outras áreas próximas às residências ao seu uso alimentar e medicamentoso. Já os saberes masculinos eram mais relacionados ao uso das espécies encontradas nas matas e na roça. 

Para chegar aos resultados, 19 mulheres e 25 homens da comunidade São Roque foram entrevistados. Considerando apenas as plantas nativas da Mata Atlântica, os homens citaram 71 espécies diferentes, já as mulheres, 27. Elas falaram mais sobre herbáceas, que crescem mais na beira de estradas, terrenos e quintais. Já os homens citaram mais arbóreas encontradas nas matas. Essa amostragem, segundo o estudo, reforça os papéis e dinâmicas ligadas ao acesso a ambientes e responsabilidades atribuídas socialmente a cada gênero. Dessa forma, é possível compreender como as questões de gênero se associam aos conhecimentos tradicionais e à organização social e familiar das comunidades. 

As plantas mais citadas pelos entrevistados foram da família Myrtaceae, para fins medicinais, alimentícios, lenha e madeira. Os frutos das Pitangueiras, Guabirovas, Araçás, e Jabuticabas foram mencionados para alimentação in natura ou em geléias. Algumas dessas espécies são usadas também para chás que tratam dores. Para construções e lenha, o uso da Batinga e do Cambuim são predominantes. Ainda foram amplamente citadas tanto por homens quanto mulheres, o Cipó Pata-de-Vaca, Pata-de-Boi, Açoita-Cavalo, Cipó Milome, Canjerana, Guavirova, Pau-pra-tudo, Quina, entre outras.

Um outro aspecto relevante da pesquisa foi que, na comunidade de São Roque, as plantas medicinais são conhecidas e utilizadas de forma equânime tanto por homens quanto por mulheres. Além disso, dois irmãos são referência entre o povo no que diz respeito ao conhecimento sobre plantas medicinais. Dirceu Nunes da Silva e Vilson Omar da Silva ministraram uma oficina sobre plantas medicinais em uma etapa do estudo e relataram para as pesquisadoras que muitos dos conhecimentos aprendidos tiveram origem em figuras maternas, por meio da linguagem oral. 

Para a pesquisadora, isso demonstra a força da oralidade no que diz respeito ao repasse do conhecimento ancestral. É por meio do saber oral que as questões bioculturais e suas riquezas não morrem com o passar dos séculos.

São Roque

São Roque é uma das três mil comunidades quilombolas do país e atualmente abriga em torno de 25 famílias. Localiza-se na divisa dos municípios de Praia Grande, em Santa Catarina, e Mampituba, no Rio Grande do Sul. Seu território tem histórico de ocupação pela comunidade desde 1824 e está associado ao trânsito de escravos que cultivavam na planície costeira. O local abriga a população remanescente de quilombo que  luta pelo reconhecimento de sua identidade étnica cultural específica e que  reivindica a manutenção e posse, por pertencimento, da sua territorialidade.

A comunidade possui sete mil hectares -mais de um terço dela é considerada unidade de conservação e abriga os Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, criados nos anos 1960 e 1990. Mas apenas em 2013 a comunidade, ICMBio e Ministério Público Federal regulamentaram por meio de Termo de Compromisso o uso e o manejo nas áreas de sobreposição entre o território e as áreas de preservação.

Devolutivas e os caminhos da ciência e pesquisa

Moradora da Comunidade São Roque Imagem: Danilo Barreto

A expectativa de Daniele e Natália é que o fim da pandemia traga a possibilidade de levar à comunidade de São Roque parte do que foi desenvolvido nas pesquisas. “Estamos em busca de editais de financiamento para produzir uma mostra e livro fotográfico com as imagens e registros que fizemos de lá em parceria com o fotógrafo Danilo Barreto. Acreditamos que essa é uma forma de devolutiva que expõe nosso agradecimento e reconhecimento pelas pessoas e a comunidade”, pontuam as pesquisadoras. 

Elas acreditam que a pesquisa e a ciência são elementos essenciais para o desenvolvimento do país e recordam as dificuldades enfrentadas no decorrer do projeto, como a falta de financiamento próprio, que complementaria as estratégias de apoio recebidas do programa de pós-graduação e da equipe do ICMBio. As pesquisadoras ainda refletem sobre a forma com a qual se produz ciência e que ciência o futuro nos reserva. “Nosso trabalho reforçou a necessidade de respeito aos povos originários e comunidades tradicionais, e a pandemia nos mostra que os povos tradicionais são ainda mais vulneráveis. O desafio daqui pra frente é produzir conhecimento com ainda mais respeito e responsabilidade pela natureza pois nada mais será como antes”, finaliza Daniele.

Klay Silva/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

Tags: etnobiologiaLaboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica

Projeto Diversifica Letras promove roda de conversa sobre ações afirmativas e questões raciais

07/07/2021 17:16

O Diversifica Letras, projeto que envolve cursos e programas de pós-graduação do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), promove no dia 16 de julho, às 14 horas, a 1ª Roda de conversa do semestre letivo de 2021.1, com o tema “Ações afirmativas, educação antirracista, letramento racial”. O encontro terá como convidados a professora Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG) e o professor Ivan Claudio Pereira Siqueira (USP), com moderação do professor Pedro de Souza (UFSC).

O evento é aberto a toda a comunidade e contará com intérpretes de Libras. Será transmitido pelo canal do YouTube do Diversifica Letras: https://www.youtube.com/watch?v=p5vJEK-KccQ&ab_channel=DiversificaLetras. A organização está a cargo dos cursos de Letras Língua Portuguesa e Literaturas; Letras Línguas Estrangeiras e Secretariado Executivo; Letras Libras; Programa de Pós-Graduação em Linguística e Mestrado Profissional em Letras.

O Diversifica Letras objetiva propor rodas de conversa durante o semestre de 2021.1 sobre os mais variados temas, tal como racismo, misoginia, violência de gênero, LGBTfobia, capacitismo, letramento digital. A ideia central é promover o diálogo e a inclusão, contribuindo para a formação crítica dos estudantes de Letras (e demais interessados) e para um espaço de convivência múltiplo, diverso, colorido e acolhedor.

 

Tags: ações afirmativasCCEdiversidadeletrasracismoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Saad promove rodas de conversa quinzenais para mulheres da UFSC

28/06/2021 15:13

A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da Universidade Federal de Santa Catarina (Saad/UFSC), por meio da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento de Violência de Gênero (CDGEN), promove rodas de conversa quinzenais para as estudantes, técnicas administrativas e docentes da UFSC.

O Entre-laços: roda de compartilhamento para mulheres tem o objetivo de construir um local seguro para troca de experiências, vivências e promoção de acolhimento, questões ainda mais necessárias no contexto de ensino remoto e pandemia. Os encontros têm duração de 1h a 1h30, ocorrem via plataforma virtual e contam com a presença de assistentes sociais e psicólogas.

Para participar, basta se inscrever pelo link e aguardar e-mail de confirmação com o endereço da sala virtual. No mesmo formulário, as interessadas podem indicar suas disponibilidades de data e horário.

Mais informações no e-mail.

 

Tags: CDGENmulheresRodas de ConversaSaadUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Divulga UFSC – 28/06/2021 – Edição 1674

28/06/2021 12:22

 

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 28/06/2021 – Edição 1674
Ciência e Universidade ampliam compreensão sobre questão LGBTQIAPN+ e impactam realidade

Pesquisar, informar, divulgar, formar e incluir. São muitos os verbos que se aplicam à função da Universidade como parte da luta da comunidade LGBTQIAPN+, que celebra no dia 28 de junho o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Para além de um papel pedagógico, as ações realizadas por núcleos dedicados a estudar o assunto formam profissionais conscientes de uma questão social importante, podendo, inclusive, impactar a realidade.O Dia do Orgulho LGBTQIAPN+, é lembrado na UFSC pela campanha Mais do que Letras: Pessoas. Continue a leitura > >..


Conselho Universitário realiza sessão ordinária na terça-feira

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (CUn/UFSC) reúne-se em sessão ordinária (on-line) na próxima terça-feira, 29 de junho, às 14h. A sessão será transmitida pelo canal do CUn no YouTube. Acesse a ordem do dia no site. Continue a leitura > >.

Prodegesp divulga orientações sobre a Prova de Vida do Governo Federal

 

A Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp/UFSC) publicou informações sobre a Prova de Vida,  processo realizado pelo Governo Federal para certificar-se de que seus aposentados e pensionistas poderão usufruir de seus direitos. Continue a leitura > >.


Extensão

Estudantes da UFSC participam de desafio internacional sobre o futuro da mobilidade

A E4, equipe de estudantes do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está concorrendo na competição internacional Virtual League, da Shell Eco-Marathon. No final de 2020, a E4 conquistou o prêmio “Pitch the Future”, estando atualmente no 10º lugar do ranking global.  Neste ano, os alunos estão concorrendo no desafio “Road to 2050” com o tema “Como deve ser o futuro da mobilidade?”. A votação online para decidir o campeão deste ano terminou domingo, 27 de junho.  Para mais informações, acesse o site.

 

Jornada de Psicologia Escolar e Educacional discute práticas profissionais em espaços educativos

O Laboratório de Psicologia Escolar e Educacional (Lapee/UFSC) organiza, em 29 e 30 de junho, sua 3ª Jornada de Psicologia Escolar e Educacional. On-line e gratuito, o evento debaterá as práticas profissionais em espaços educativos, tendo como pano de fundo a Lei nº 13.935/2019, que tornou obrigatória a oferta dos serviços de psicologia educacional e serviço social em escolas da rede pública. As inscrições, a programação e demais informações sobre o evento estão disponíveis no site even3.com.br/jornadalapee.

 

Curso de Escrita Acadêmica está com inscrições abertas

O Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (Piape/UFSC) promove o curso de Escrita Acadêmica – Leitura e Produção Textual de 29 de junho a 6 de agosto. O curso possui três opções de horários. Inscrições aqui ou pela página do PIAPE.

 

Curso ‘Incapacidade comunicativa’ está com as inscrições abertas até 2 de julho

A Pró-Reitoria de Extensão e a equipe do Programa de Extensão “Conhecendo para prevenir: os 7 Is da saúde do idoso” promovem curso “Incapacidade Comunicativa”. O público-alvo é composto por pessoas com mais de 50 anos. As inscrições vão até o dia 2 de julho. O curso vai de 5 a 30 de julho. A inscrição deve ser feita pelo link.  O curso será através da plataforma BigBlueButton, totalmente online, gratuito, contando com encontros síncronos (toda quarta-feira, às 8h) e assíncronos. Mais informações:  @conhecendoparaprevenir.


Pesquisa

Professor da UFSC lança livro sobre a música como elemento de conforto para pessoas que estão no fim de suas vidas

A música como elemento de conforto e paz no âmbito físico e psicológico para as pessoas que estão no fim de suas vidas. Esse é o tema do livro Tanatomusicologia: música, espiritualidade e cuidado no fim da vida, lançado pelo professor da Coordenadoria Especial de Biociências e Saúde Única do campus de Curitibanos da UFSC Vladimir Araujo da Silva. A obra reconhece a música como recurso de cuidado em diferentes contextos, bem como os seus efeitos nas dimensões física, psicológica, social e espiritual dos seres humanos. Continue a leitura > >.

 

Grupo de pesquisa da UFSC Curitibanos promove simpósio em Ambiente e Saúde

O grupo de pesquisa Análise Socioambiental no Planalto Catarinense (ASAM), da UFSC Curitibanos, nos dias 29 , 30 de junho e 01 de julho, o Simpósio Estadual em Ambiente e Saúde (SEAS -2021). O evento é totalmente virtual e tem como público alvo estudantes, pesquisadores e público em geral com afinidades com as temáticas Ambiente, Saúde e Desenvolvimento e  Ambiente, Saúde e Educação. A programação é gratuita e ocorrerá pela plataforma Zoom para quem se inscrever, mas também será transmitido no YouTube e Facebook da UFSC Curitibanos.

 

Pesquisa sobre raciocínio clínico de estudantes da área da saúde entra na Fase II

O Laboratório de Pesquisa e Tecnologia da Educação em Enfermagem e Saúde da Pós em Enfermagem da UFSC irá realizar a FASE II da pesquisa de avaliação do raciocínio clínico de estudantes da área da saúde da UFSC, com uso do instrumento Health Sciences Reasoning Test (HSRT). A pesquisa prevê a realização do teste de raciocínio clínico com 350 estudantes de cursos da área da saúde de universidades públicas e privadas, incluindo Enfermagem, Medicina, Odontologia e Farmácia. Também podem participar profissionais graduados e professores. Para participar, basta acessar o link e realizar sua inscrição. Mais informações pelo e-mail avaliacaoraciocinioclinicohsrt@gmail.com . Continue a leitura > >.

 

Pesquisador do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem lança o livro ‘Gays evangélicos: vivendo no front’

Doutorando em Ciências Humanas e pesquisador do Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (Navi/UFSC), Vanrochris Vieira lança o livro Gays evangélicos: vivendo no front pela Editora Appris. A obra trata de quatro formas encontradas por igrejas e movimentos para lidar com a fé e a homossexualidade.Continue a leitura > >.

 

Pesquisador do HU-UFSC avalia impacto do SARS-Cov-2 sobre DNA de pacientes e risco de desenvolver câncer

Uma pesquisa desenvolvida no Hospital Universitário (HU-UFSC/Ebserh) tem o objetivo de identificar o impacto do vírus SARS-Cov-2 sobre o DNA de pacientes com casos graves de Covid-19 e verificar se estes pacientes têm um risco maior de desenvolver câncer por causa desta infecção. O estudo, chamado de “Análise de Instabilidade Genômica em Pacientes com Covid”, é conduzido pelo biólogo do HU e professor orientador do Programa de Pós-Graduação em Farmácia da UFSC, Sharbel Weidner Maluf, e faz parte do projeto “Busca de marcadores genéticos e epigenéticos em pacientes com Covid”, desenvolvido por pesquisadores da UFSC. Continue a leitura > >.

 

Professor da UFSC participa de descoberta de estrela gigante ‘piscando’ na Via Láctea

O professor Roberto Saito, do Departamento de Física da UFSC, participou da descoberta da estrela gigante VVV-WIT-08, que despertou interesse mundial ao aparentemente desaparecer por cerca de 200 dias, período em que perdeu cerca de 97% de seu brilho, e que depois voltou lentamente ao normal. O objeto está localizado próximo ao centro da Via Láctea e foi destaque em publicações da Universidade Cambridge, na Inglaterra, e nos periódicos ingleses The Guardian e Daily Maily. A descoberta também recebeu destaque da National Geographic, National Geographic Brasil, Exame Ciência e do  Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).

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Tags: Divulga UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Ciência e Universidade ampliam compreensão sobre questão LGBTQIAPN+ e impactam realidade

28/06/2021 08:05

Pesquisar, informar, divulgar, formar e incluir. São muitos os verbos que se aplicam à função da Universidade como parte da luta da comunidade LGBTQIAPN+, que celebra no dia 28 de junho o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. Para além de um papel pedagógico – o que abrange, por exemplo, a necessidade de explicar a sigla e combater o preconceito – as ações realizadas por núcleos dedicados a estudar o assunto formam profissionais conscientes de uma questão social importante, podendo, inclusive, impactar a realidade.

>> LGBTQIAPN+: mais do que letras, pessoas

Um desses impactos mais diretos veio por meio de um estudo do qual o Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS) – pioneiro na UFSC e no Brasil – participou. Em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade Federal de Goiás, o núcleo realizou, já na primeira década dos anos 2000, uma pesquisa então inédita sobre conjugalidades e parentalidades LGBTQIAPN+ no país. Seu desdobramento, segundo lembra a coordenadora do NIGS, Miriam Grossi, foi importante para a decisão do STF de equiparar a conjugalidade de pessoas do mesmo sexo com o casamento heterossexual. “Sem dúvida pesquisas científicas são fundamentais, sobretudo neste momento de grandes retrocessos políticos para que a sociedade entenda que pessoas LGBTQI+ são cidadãos como os outros e que têm o direito de se casar, ter filhos, serem amados por suas famílias”, pontua.

Recentemente, o Núcleo de Direitos e Diversidade (NEDD) também uniu o campo da pesquisa à intervenção social: um dos estudos executados pela equipe levou à propositura da ação que reconheceu o direito de constar na certidão de nascimento o real gênero a que uma pessoa se sentia pertencente. “No caso em particular, por tratar-se de uma pessoa não binária, a conquista se deu justamente pelo direito de não constar nenhum dos gêneros binários”, lembra o líder do grupo, professor Clarindo Epaminondas.

Para o professor, a ciência que é produzida nas universidades pode ser considerada responsável por uma mudança de paradigma sobre temas como casamento igualitário, autodeterminação de gênero e sexo e outros temas, o que reforça a correlação direta entre a ciência e o mundo. “Ao contrário do que se pareça, estudar a diversidade sexual inclui entender como funciona a sociedade”, pondera.

Os casos de impacto direto na realidade podem ser considerados paradigmáticos por gerarem rupturas e provocarem mudanças na vida cotidiana de cerca de 15% a 20% da população, conforme indica o professor Rodrigo Moretti, do Epicenes: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde. “A gente deve lembrar que a ideia de minoria é um termo da ciência política e se refere à minoria nas decisões, não em termos numéricos. Então, por mais que a gente provavelmente tenha uma porcentagem maior de pessoas heterossexuais e cisgêneras na humanidade, as pessoas LGBT+ também estão presentes”, afirma, reforçando a relevância de lançar o olhar da ciência ao assunto.

Para a professora Olga Regina Zigelli Garcia, líder do Laboratório Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em sexualidades (Afrodite), a universidade, por meio da pesquisa, tem o papel não só de colaborar com as diferentes formas de existência, como de compreender que a existência dentro da diferença tem muito a agregar para o próprio pensamento científico. “Os campos de saber precisam cuidar da diversidade nos espaços de formação para que ela se torne um lugar próspero, um lugar frutífero. Neste caso, é preciso instituir programas sérios de acesso, permanência e êxito de discentes, bem como promover cursos não só para docentes e discentes, mas fundamentalmente para os papéis de poder dentro das instituições”, comenta.

Informar e divulgar

De acordo com o pesquisador Assis Felipe Menin, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), um dos principais centros de pesquisa sobre o assunto no Brasil, o relatório mais recente da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia, indica que 237 pessoas foram mortas de forma violenta em 2020 “simplesmente por expressarem e viverem aquilo que são”. Menin ressalta que esse número pode ser maior, já que muitos casos não entram na lista das violências da população dissidente sexual. “Logo, o pessoal é político, e a universidade, por excelência, tem a função de compreender os fenômenos sociais”.

Imagem de SatyaPrem por Pixabay

Os núcleos de ensino, pesquisa e extensão cumprem um papel adicional nesse cenário: contribuem com a informação, uma das principais ações contra o preconceito. Só no IEG, são 21 laboratórios, da UFSC e de outras instituições, preocupados com a temática. O instituto é formado por frentes de atuação que dão visibilidade ao assunto, entre eles o Fazendo Gênero, simpósio internacional que ocorre desde 1994, o Centro de Documentação (CEDOC-IEG), uma biblioteca especializada em estudos das sexualidades dissidentes e hétero, o Espaço Cultural Gênero e Diversidade e a Revista Estudos Feministas. “A preocupação do IEG nesse momento, para além das frentes dos estudos e pesquisas na interseccionalidade de gênero, raça, feminismos entre outros, é no fortalecimento do ensino, pesquisa e extensão”, registram.

A professora Miriam Grossi, do NIGS, reforça a importância do projeto de extensão Papo Sério, que foi desenvolvido por mais de uma década pelo núcleo. “Fazíamos oficinas de sensibilização a estas temáticas em escolas públicas da Grande Florianopolis”, lembra. O projeto foi paralisado por conta da pandemia, mas as investigações do núcleo continuam. “O grupo está dedicado a entender questões como envelhecimento de gays, impacto das políticas conservadoras contra a diversidade sexual no espaço da escola, violências contra estudantes LGBT em escolas, como gays produzem conjugalidade a partir da decoração de suas casas”, comenta.

No Afrodite, atualmente, 25 estudantes da graduação à pós-graduação de diversas áreas do conhecimento, mais sete pesquisadores e um servidor técnico-administrativo atuam no ensino, pesquisa e extensão. Um dos eixos é justamente voltado para o desenvolvimento de formações mensais nas temáticas de gênero, diversidade sexual e sexualidades que são abertas ao público em geral e obrigatórias para pessoas que compõem o grupo. “Estudar questões relacionadas à diversidade sexual é contribuir para o entendimento de que cada pessoa é única em seu processo de viver e, portanto, deve ser respeitada em suas especificidades”, afirma a coordenadora Olga Regina Zigelli Garcia.

O Epicenes também alia a pesquisa, o ensino e a extensão em suas práticas, atuando em campo interdisciplinar. O grupo promove pesquisas nas temáticas de Gênero e de Diversidade Sexual aplicadas à saúde, mas também é espaço formativo para profissionais de saúde e das ciências sociais. “Se a gente for pensar, seja no âmbito da educação ou da saúde, você desconsiderar uma característica tão importante quanto a orientação afetiva, a expressão de gênero e orientação sexual das pessoas é você desconsiderar vários elementos que fazem com que essas pessoas tenham uma vida diferente dos outros 80%. Isso é uma percentagem muito significativa”, explica Moretti.

Formar e incluir

Imagem de Free-Photos por Pixabay

A formação de profissionais atentos às diversidades e a sua inclusão efetiva é outro eixo de ação dos núcleos que tematizam a questão LGBTQIAPN+ na UFSC. Menin, do Instituto de Estudos de Gênero, lembra que a universidade, aliada à ciência, pode contribuir com a pluralidade e o respeito às sexualidades dissidentes no seu ambiente – e que o ingresso dessa parcela da população é o primeiro passo para acolher esses grupos que historicamente sempre estiveram fora.

“Uma dessas ações, entre outras, é a abertura de cotas para o ingresso das identidades trans nos programas de pós-graduação, que garantem a apropriação desse saber científico e a mobilização de diferentes formas de saberes”, indica. “Ao acolher essa população e as suas especificidades, que não estão relacionadas apenas às demandas mais urgentes da violência física, mas da ordem do psicológico, do jurídico, da saúde, a universidade pública contribui para a sua pluralização”, complementa.

O professor Moretti, do Epicenes, acredita que a Universidade pode contribuir com a formação de sujeitos capazes de compreender as diversidades e de serem sensíveis a ela. Para ele, uma instituição como a UFSC pode atuar em dois grandes blocos: mapear, por meio das pesquisas, o que essas pessoas passam nas suas vidas, articulando diferentes campos do saber, e formar profissionais aptos a lidarem com isso. “Cada vez mais a universidade forma estudantes nessa temática e, com toda certeza, quanto mais isso ocorre, mais você vai ter futuros profissionais nos diversos campos do saber e da sociedade atuando em prol das pessoas LGBT+”.

Este aspecto também é lembrado pelo professor Epaminondas. Conforme explica, a divisão sexual biológica está impregnada em todos os setores da coletividade, o que por si só já justifica a importância de estudá-la. “Estudar e/ou pesquisar sobre diversidade sexual implica conhecer os mais profundos preâmbulos da sociedade e, como tarefa principal, está a de sugerir intervenções na forma como a diversidade sexual deve ser encarada, discutida e ensinada e compartilhada”, define. O professor explica que os estudos sobre os gêneros e as sexualidades são relativamente novos, e as ciências sociais são a base que permitem o acesso e a problematização de questões que se referem à diversidade. “No Brasil e no ocidente, como regra, foi justamente no âmbito das universidades públicas que tais discussões ganharam eco”, diz.

Por isso, a inclusão de disciplinas que tematizem o assunto também é citada pelas lideranças dos núcleos como fundamental. A professora Olga acredita que é necessário dar visibilidade ao assunto nos currículos. “É necessário que estas discussões façam parte da grade curricular, não apenas com disciplinas eletivas, mas também inserindo disciplinas obrigatórias voltadas a estas temáticas, abordadas de forma interdisciplinar em todas as cadeiras, independentemente da área de formação, incluindo na formação discente não apenas saberes técnicos, mas também pensamentos críticos”.

Para a professora Miriam Grossi, estudar as questões relacionadas à diversidade sexual é muito importante para a sociedade brasileira, pois trata-se de uma questão central da democracia. Menin registra que, historicamente, até pouco tempo estas pessoas eram consideradas doentes. As identidades trans, por exemplo, eram percebidas como portadoras de transtornos mentais. Os preconceitos sobre as sexualidades dissidentes, de acordo com o pesquisador do IEG, ainda geram injustiças e problemas sociais. “Espera-se, portanto, que esse conhecimento produzido na universidade pública seja benéfico em aspectos culturais,sociais, intelectuais e econômicos para essa parcela da população”, diz.

Núcleos da UFSC voltados à temática

Instituto de Estudos de Gênero

O Instituto de Estudos de Gênero é uma referência central quando o assunto são as questões relacionadas à temática LGBTQIAPN+. Profissionais da UFSC também estão ligadas à organização, que reúne seis frentes de atuação, vários laboratórios e núcleos voltados aos estudos de gênero, feminismos, sexualidades, diversidades, interseccionalidades, etc. O Afrodite e o NIGS, por exemplo, fazem parte do IEG.

Epicenes

Epicenes: Núcleo de Estudos em Gênero e Saúde tenta se constituir como um grupo de pessoas que promovem pesquisa nas temáticas de Gênero e de Diversidade Sexual aplicadas à saúde, mas também enquanto espaço formativo para profissionais de saúde e das ciências sociais, assim como de articulação junto aos Movimentos Sociais.

NEDD

O Núcleo de Estudos em Direito e Diversidades (NEDD) tem enfoque nas temáticas da diversidade sexual e diversidade de gênero.

Afrodite

O Laboratório Interdisciplinar de ensino, pesquisa e extensão em sexualidades – AFRODITE – visa o fomento das discussões sobre gêneros e sexualidades, visando o respeito às diferenças, tendo em consideração os marcadores socioculturais e o direito das pessoas vivenciarem suas sexualidades em suas singularidades, livres de discriminação e preconceito

Margens

Criado em 1996, o Modos de Vida, Família e Relações de Gênero (Margens) integra estudantes e profissionais em temáticas sobre gênero e sexualidades em uma abordagem crítica e feminista, em âmbitos local, estadual, nacional e internacional. Possui rede consolidada em parcerias com IES, por meio de ex-doutorandas/os que, agora docentes, coordenam suas próprias equipes.

N’aya

O Núcleo Aya (N’Aya) foi forjado no âmago dos movimentos sociais de Travestis, Transexuais, Transmasculines e Não-bináries do Sul Global e, segundo sua carta de princípios, é “um locus de intelectualidades, sabedorias e experiências travestis e trans no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina com legitimidade de atuação dentro e fora da instituição, com caráter de produção, multiplicação e reflexão de pesquisas e ativismos”.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: AfroditeDia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+Epicenes: Núcleo de estudos em gênero da UFSCInstituto de Estudos de GêneroMargensNúcleo Aya (N’Aya)Núcleo de Estudos em Direito e Diversidades (NEDD)Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD)

Divulga UFSC – 18/06/2021 – Edição 1668

18/06/2021 12:46

Se você não consegue visualizar esta mensagem, clique aqui e leia o Divulga UFSC no site.

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 18/06/2021 – Edição 1668
Programa de Formação Continuada divulga agenda de cursos para os semestres de 2021

O Programa de Formação Continuada da Universidade Federal de Santa Catarina (Profor/UFSC) divulgou a agenda das atividades de formação que ocorrerão nos semestres letivos 2021.1 e 2021.2. Os cursos são voltados para todos os docentes da Universidade e têm como objetivo contribuir para as atividades formativas relacionadas ao processo de ensino-aprendizagem. Entre os cursos e palestras ofertados, alguns temas ganham destaque: Mudanças curriculares nas engenharias, Moodle avançado e questionários, gráficos estatísticos, humanização da docência por meio da arte, gênero, diversidade e suas interseccionalidades, legislação da carreira docente, integração institucional, metodologias de ensino, acessibilidade e impactos da BNCC. Acesse aquiI a agenda completa dos cursos. Mais informações na página do Profor.


Nota Oficial: reitor Ubaldo oferece as boas-vindas aos estudantes

O reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ubaldo Cesar Balthazar, emitiu uma nota oficial aos estudantes da Universidade nesta primeira semana do semestre 2021.1. Leia a nota na íntegra.

UFSC tem postos de vacinação contra Covid-19 e Influenza

Esta notícia é periodicamente atualizada com informações da Prefeitura Municipal de Florianópolis. Confira as informações sobre a vacinação contra a Covid-19 de trabalhadores da UFSC. Continue a leitura > >.


Extensão

Professora de Antropologia da UFSC é entrevistada em podcast sobre racismo

A professora do Departamento de Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Flávia Medeiros, foi uma das entrevistadas do podcast Mundaréu. O episódio discute temas como racismo, maternidade, desencarceramento e pesquisa na pandemia, refletindo sobre os desafios de seguir com um trabalho de antropologia via WhatsApp.  O podcast é produzido em parceria entre o Laboratório de Estudos Avançados de Jornalismo (LABJOR) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Departamento de Antropologia na Universidade de Brasília.  Clique aqui para ouvir o episódio.

 

Laboratório de Moluscos Marinhos oferta lote de sementes de ostras do Pacífico para comercialização

O Laboratório de Moluscos Marinhos (LMM/CCA/UFSC) comunica que encontra-se disponível para venda um lote de 560.000 sementes diploides de ostras do Pacífico, ao valor de R$ 26,00 o milheiro. O LMM integra o Departamento de Aquicultura do Centro de Ciências Agrárias e as sementes foram produzidas por sua unidade de pesquisa, extensão e ensino, situado na Estação de Maricultura Prof. Elpídio Beltrame, na Servidão dos Coroas, 503 (Barra da Lagoa), em Florianópolis. Continue a leitura > >.

 

Pibid da UFSC Blumenau promove atividades na Semana de Ação Mundial

O subprojeto do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da UFSC Blumenau (Pibid-Química), promove nos dias 18 e 19 de junho, atividades da Semana de Ação Mundial (SAM). As atividades são gratuitas, abertas a toda comunidade universitária, e serão transmitidas no canal da UFSC Blumenau no YouTube e no Instagram do Pibid da UFSC Blumenau . Quem deseja receber certificado de participação, pode se inscrever aqui.  Mais informações no site.

 

Inscrições abertas para curso de capacitação ‘Transtornos Alimentares na Prática Clínica do Nutricionista’

O Departamento de Nutrição (CCS/UFSC) promove nos dias 19 e 20 de junho o curso de capacitação  “Transtornos Alimentares na Prática Clínica do Nutricionista”, com carga horária de 20 horas, com certificado emitido pela instituição. O curso será ministrado pela Profa. Dra. Luciana C. Antunes, nutricionista clínica com formação e ampla experiência em transtornos alimentares. O curso também contará com a presença do médico psiquiatra Dr. Tiago Cardinal, que participará no aprofundamento do conteúdo na visão da medicina.  O curso será em formato online e ao vivo, pelo Google Meet, e contará com atualização do tema, aprofundamento, discussão de casos clínicos e materiais de suporte à prática clínica. As inscrições do curso podem ser feitas através neste link .   Mais informações nas redes sociais: @lancaufsc @nutri.com.ufsc ou pelo e-mail cursosnutriufsc@gmail.com.

 

Consulado Americano oferece curso gratuito de ‘English as a Medium of Instruction’ para professores da UFSC

A Secretaria de Relações Internacionais (Sinter/UFSC) abre inscrições até o dia 20 de junho para um curso oferecido pela Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil, por meio da Ohio University. O público-alvo são docentes ativos do quadro permanente da UFSC que sejam proficientes na língua inglesa (B2, C1, C2) e que ofereçam ou pretendam oferecer cursos e disciplinas no idioma em suas respectivas áreas de conhecimento. A atividade será em formato on-line e faz parte do programa Online Professional English Network (OPEN, conhecido anteriormente como E-Teacher) Global Online Course on English as a Medium of Instruction (EMI). Mais informações no site.

 

Campus Blumenau abre inscrições para curso de extensão ‘Psicanálise, Matemática e Educação’

O Campus Blumenau da UFSC está com inscrições abertas para o curso de extensão Psicanálise, Matemática e Educação, que começa no dia 23 de junho. As aulas serão sempre às quartas-feiras, das 16h30 às 18h. As inscrições podem ser feitas até o dia 21 de junho pela página e os alunos inscritos receberão o link da sala virtual por e-mail. Para conferir o cronograma completo e mais informações sobre o curso, acesse o site.

 

Inscrições abertas para curso de apoio à elaboração de projetos de mestrado e doutorado

O curso de apoio à elaboração de projetos de pesquisa de mestrado e doutorado está com inscrições abertas até 21 de junho. Ele é dirigido para quem deseja saber bem como conceber, construir e fundamentar teórica e metodologicamente um projeto de mestrado e doutorado. O curso pretende alimentar a inquietação a respeitos das explicações sobre as principais teorias de método científico e como empregá-las de forma apropriada para embasar a argumentação dos candidatos; como iniciar uma pesquisa científica com perguntas, hipóteses e objetivos; distinguir o que são ‘dados’ e como coletá-los e analisá-los cientificamente; e como tecer um texto científico, com conceitos-chave da metodologia científica. O curso será oferecido de 23 de junho a 11 de agosto pelo Moodle Grupos e é coordenado pelo professor Agripa Faria Alexandre. Mais informações aqui.


Ensino

Setor de Psicologia Educacional promove rodas de conversa para calouros

O Setor de Psicologia Educacional, da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae/UFSC), realiza, nos dias 21 de junho,  das 14h às 15h30, e 22 de junho, das 10h às 11h30,  rodas de conversa para estudantes que ingressaram na instituição nos semestres 2021.1, 2020.2 ou 2020.1. O evento Bem-vindes, Caloures! é um espaço de acolhimento, diálogo e partilha das expectativas, vivências e desafios encontrados no ingresso à UFSC no período de atividades pedagógicas não presenciais. Para se inscrever, basta acessar aqui. O link para a videoconferência será enviado por e-mail aos inscritos. Os encontros são independentes, então é possível escolher de qual roda de conversa participar. Mais informações pelo e-mail psicologia.prae@contato.ufsc.br.

 

Pós-Graduação em História tem primeira defesa de mestrado de aluna indígena após aprovação de cotas

Foi realizada na última quinta-feira, 17 de junho, a primeira defesa de mestrado de uma acadêmica indígena no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) após a implantação da política de ações afirmativas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A estudante Laklãnõ Xokleng Walderes Coctá Priprá teve sua dissertação aprovada sem alterações pela banca, composta pelas professoras Fabíola Andrea Silva, da Universidade de São Paulo (USP), e Luisa Tombini Wittmann, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), além de Evelyn Zea, do Departamento de Antropologia da UFSC, como suplente.  Continue a leitura > >.


Pesquisa

Revista da Pós-Graduação em Enfermagem abre seleção para membros do corpo editorial

A revista Texto & Contexto Enfermagem, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), abriu inscrições para seleção de membros voluntários para compor o corpo editorial. Para a seleção de editores associados internos, podem se inscrever doutores vinculados à UFSC. Já para a seleção de editores associados externos, estão aptos profissionais, doutores, vinculados a instituições de ensino, pesquisa ou saúde. O período de inscrições se encerra no próximo domingo, 20 de junho. As normas, critérios de seleção e demais informações constam no edital disponível neste link. Clique aqui para fazer sua inscrição.

 

Artigo desenvolvido com base em atendimentos realizados no HU/UFSC é publicado em revista científica britânica

Um estudo publicado na revista científica britânica Acupuncture in Medicine mostrou que o uso da acupuntura ajudou profissionais de saúde a lidarem com o sofrimento desencadeado durante a pandemia da Covid-19. O artigo foi escrito com base na experiência de 340 atendimentos para trabalhadores do Hospital Universitário (HU/UFSC) de abril a julho de 2020. Estes atendimentos fazem parte de uma série de atividades desenvolvidas pela Unidade de Atenção Psicossocial (UAP) do HU no ano passado, quando foi realizado um programa de atendimento para enfrentamento do sofrimento psíquico provocado e/ou intensificado pela pandemia. O médico acupunturista Ari Ojeda Ocampo Moré participou do projeto no HU/UFSC e é um dos autores do artigo denominado Acupuncture for Brazilian healthcare workers facing mental health problems during the COVID-19 pandemic na revista, a principal publicação científica mundial da área de acupuntura. Continue a leitura > >.

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Disciplina ‘Introdução aos Estudos de Gênero e Ciências’ está aberta para a pós-graduação

16/06/2021 16:34

A disciplina Introdução aos Estudos de Gênero e Ciências, oferecida no Programa de Pós Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH), está aberta aos acadêmicos e acadêmicas de pós-graduação da UFSC. Com dois créditos e oferecida às segundas feiras, das 18h30 às 20h30, entre 5 de julho e 23 de agosto, ela se relaciona diretamente a uma diretriz da Comissão de Equidade da instituição, que recomenda que se ofereçam disciplinas de gênero introdutórias para pessoas de todos os cursos.

“A disciplina faz parte do nosso compromisso de ministrar disciplinas de gênero para a graduação, pós-graduação e para professoras/es e servidores/as . Com isso o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) cumpre o prometido de fazer formações para todos os segmentos da UFSC”, explica a professora Miriam Pillar Grossi, que ministra a disciplina junto à professora  Olga Regina Zigelli Garcia e à pós-doutoranda Bárbara Michele Amorim.

A disciplina está sendo oferecida pelo PPGICH, mas os interessados e as interessadas devem se inscrever em seus próprios programas por meio do CAPG (código ICH 510144). Alunas ouvintes e especiais devem entrar em contato com a secretaria do PPGICH pelo email ppgich@contato.ufsc.br.

A disciplina é de cunho introdutório, com foco na temática das questões de gênero no campo científico. No conteúdo programático, estão previstos tópicos sobre o campo de gênero e ciências, o impacto das teorias e movimentos feministas sobre a constituição do campo científico, o Seminário Internacional Fazendo Gênero, o saber situado e o lugar de fala, as epistemologias feministas negras, indígenas e decoloniais e a maternidade e carreiras científicas.

Veja o plano de ensino.

 

Tags: Comissão de Equidade da UFSCIntrodução aos Estudos de Gênero e Ciênciaspós-graduação

Projeto oferece acolhimento psicossocial à Comunidade da UFSC que sofre com os impactos da pandemia; saiba como participar

14/06/2021 09:00

Imagem ilustrativa (Imagem de PDPics por Pixabay)

Um projeto de extensão com foco no acolhimento psicossocial irá beneficiar estudantes, técnicos, docentes e terceirizados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que vêm sofrendo os impactos causados pela pandemia. Acolhe UFSC é o nome dado para a Comissão Permanente de Monitoramento da Saúde Psicológica da UFSC que, a partir desta segunda-feira, 14 de junho, abre inscrições para acolhimento on-line individual ou em grupo.

A comissão que abarca a proposta foi criada em abril de 2020 e formalizada em portaria publicada em dezembro, coordenada pela professora Francis Tourinho, tem como objetivo formular estratégias de monitoramento, suporte e acompanhamento psicossocial específicos aos efeitos da Covid-19 sobre a comunidade da UFSC. Segundo a professora Ana Lúcia Mandelli de Marsillac, que coordena o Projeto de Extensão, a ideia é refletir e executar estratégias que contribuam para minimizar o sofrimento causado pela pandemia.

“Diante da pandemia da Covid-19, com mais de 480 mil brasileiros mortos, as pessoas têm demonstrado diferentes tipos de afetação de sua saúde mental, dada a elaboração de perdas, das transformações do mundo do trabalho, do mundo acadêmico, do distanciamento social imposto, que vem provocando inseguranças, ameaças econômicas e pessoais e necessidade de adaptação ao novo cenário, tais como o mundo do trabalho virtual”, resume.

(more…)

Tags: Acolhe UFSCacolhimento psicossocialatendimento psicológicosofrimento psicossocial na pandemia de covid-19

UFSC terá seminário sobre políticas de acesso e permanência de pessoas trans e travestis ao ensino superior

09/06/2021 13:43

O Núcleo N’Aya: aquilombamento de intelectualidades afrotranscentradas, ligado à UFSC em níveis de graduação e de pós-graduação, promove o seminário Políticas de Acesso e Permanência para Pessoas Trans e Travestis do Ensino Superior na UFSC, que será realizado nos dias 11 e 12 de junho, via Youtube. A proposta foi pensada e organizada por pessoas trans/travestis em seus diferentes níveis educacionais na universidade para discutir políticas de acesso e permanência no ensino superior e também propor ações efetivas dentro da universidade.

A programação conta com atividades culturais, mesa de abertura e debates sobre processos de escolarização, habitação e oportunidades de bolsa, práticas de cuidados da saúde, além de grupos de trabalho e plenária. O evento é público e aberto a pessoas cisgêneras e transgêneras.

Tags: diversidadeI Seminário do N'AyaNúcleo N'Ayapessoas transgêneras

Curso de Ciência, Gênero e Diversidades contribuiu com a formação de agentes multiplicadores para uma universidade inclusiva

01/06/2021 08:36

Lançamento do curso fez parte da programação do dia internacional das mulheres e meninas na ciência

A primeira edição do curso Ciência, Gênero e Diversidades, oferecida no Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (PIAPE), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ) e o Instituto de Estudos de Gênero (IEG), formou agentes multiplicadores para “uma UFSC mais inclusiva, menos preconceituosa e discriminatória”. A avaliação é das professoras Olga Zigelli Garcia, do curso de Enfermagem, Miriam Grossi, de Antropologia, e da coordenação de cursos do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), que têm a expectativa de continuar com a oferta.

“Em nossa percepção o curso foi um sucesso. 61% dos estudantes eram da UFSC, destes a maioria da graduação. Este cenário nos abre a perspectiva de que se tornem agentes multiplicadores formando uma rede com vistas a capilarizar as temáticas relativas a gênero e diversidades”, afirma Olga. A atividade durou seis semanas e contou com a presença de alunos externos, de 18 Estados e Distrito Federal. A professora Olga lembra dos desafios de reunir orçamento para a oferta e capacitação de dez tutores e tutores, além de todas as dificuldades ocasionadas por um curso 100% virtual, sujeito inclusive a dificuldades técnicas.
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Tags: Ciênciagênero e diversidadesPiapePrograma Institucional de Apoio Pedagógico (Piape)

Data comemorativa ressalta direito das mulheres aos serviços públicos de saúde

27/05/2021 15:55

O dia 28 de maio é lembrado por vários segmentos da sociedade como a data para ressaltar os direitos da mulher no acesso a serviços de saúde. Trata-se do Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna. O principal objetivo dessas datas comemorativas é chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre diversos problemas de saúde comuns na vida das mulheres, tais como: câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade.

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) atende pacientes da rede pública encaminhadas pelo Sistema de Regulação (Sisreg) no Ambulatório de Saúde da Mulher. Além disso, há atendimento específico para mulheres internadas na instituição.

“Toda mulher tem direito de procurar os serviços públicos de saúde em sua região”, disse a enfermeira da Saúde da Mulher Dionice Furlani, que atua no ambulatório, lembrando que quando se trata de saúde da mulher, este direito independe da orientação sexual e da identificação de gênero. “Estes direitos são conquistas diárias que visam ao empoderamento da mulher e o HU está dentro deste cenário, com vários serviços voltados para a saúde feminina”, acrescentou a enfermeira.
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Especialista do HU fala sobre cuidados nos encontros do Dia das Mães

07/05/2021 13:33

De todas as datas comemorativas, o Dia das Mães é um dos mais lembrados pelas famílias para reencontros, almoços em conjunto, reuniões familiares e abraços. Porém, no atual cenário é preciso tomar cuidados adicionais devido ao risco de contaminação pelo coronavírus, principalmente no caso de pessoas que não moram juntas. A enfermeira do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), Taise Klein, afirma que as pessoas terão de ser cautelosas e procurar formas de evitar a contaminação. “Encontros virtuais minimizam a saudade e a distância. No entanto, quando os encontros forem presenciais, a recomendação é que as pessoas sejam criativas, mantendo um ambiente seguro a todos”, afirma. 

Mesmo as pessoas que já receberam a vacina, como os idosos e profissionais de saúde, precisam manter os cuidados. “Há um prazo para que a pessoa esteja realmente imunizada, mesmo após a segunda dose da vacina. Além disso, a vacina não impede que a pessoa contraia o vírus, só reduz o risco de manifestar uma forma grave dessa doença. Assim, o risco de transmissão do vírus continua, e os cuidados precisam ser mantidos, afinal, pessoas vacinadas convivem com pessoas que ainda não foram vacinadas”, explica. 

Imagem de ivabalk por Pixabay

Conforme a especialista, a contaminação acontece na presença de pelo menos três elementos: o vírus, o meio de transmissão (contato físico, superfícies contaminadas) e a porta de entrada (que, no caso, pode ser a boca, o nariz ou os olhos). Por isso, as pessoas devem manter as mãos higienizadas e estimular as demais pessoas a fazerem o mesmo, quebrando essa cadeia. 

Em dias especiais como esse, quando as famílias se encontram, alguns cuidados adicionais minimizam o risco, como evitar o compartilhamento de copos ou outros utensílios domésticos, manter o uso de máscara inclusive no preparo das refeições, manter distanciamento de cerca de dois metros entre as pessoas e disponibilizar álcool em gel para que todos possam higienizar as mãos frequentemente. Pratos, talheres e copos não precisam ser descartáveis, mas não podem ser compartilhados. “Se possível, os encontros devem ser em ambientes ao ar livre ou em locais bem arejados, com janelas abertas”, sugere.  

Estas medidas são importantes para garantir a saúde de toda a família e das demais pessoas com quem os participantes convivem. “O melhor presente para as mães e para as famílias nos dias de hoje é o cuidado mútuo”, reforça a enfermeira.

Unidade de Comunicação do HU

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Sisu 2021: Coordenadoria de Ações de Equidade divulga agenda para candidatos de ações afirmativas

19/04/2021 12:36

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Descrição da imagem: arte contendo tabela com as seguintes informações: Título: Agenda do candidato (Ações afirmativas) SISU 2021 – 1a chamada Descrição da imagem: Tabela composta por 3 colunas e 4 linhas, com os títulos “O que?”, “Quando?” e “Onde?” sequencialmente. A primeira linha possui os seguintes textos: Matrícula online, de 20 a 23 de abril de 2021, www.sisu2021.ufsc.br ou www.simig.sistemas.ufsc.br. Segunda linha: Enviar documentação para as validações de renda até 1,5 salário mínimo per capita; pretos, pardos e indígenas; pessoas com deficiência; quilombolas. De 27 de abril a 02 de maio de 2021, pelo sisvalida.ufsc.br/validacao em PDF e legível. Terceira linha: Realizar matrícula documental de 05 a 26 de maio de 2021 pelo e-mail dos Coordenadores de cursos na Portaria n?03/PROGRAD/SAAD/UFSC, de 09 de abril de 2021.

A Coordenadoria de Ações de Equidade, vinculada à Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), divulga a agenda para candidatos de ações afirmativas no Sisu 2021. O documento disponibiliza os prazos de matrícula on-line, documentos de validação e matrícula documental. O primeiro compromisso é a matrícula online, que começa nesta terça, 20 de abril, e segue até o dia 23. É importante, também, estar atento aos prazos de envio de documentações comprobatórias.

Os candidatos que foram classificados dentro das cotas da Política de Ações Afirmativas nas categorias de renda ou PPI (pretos, pardos e indígenas) deverão, antes de encaminhar documentos, realizar a validação das respectivas autodeclarações. Essa validação é feita com o envio de documentos às comissões, no período de 27 de abril a 2 de maio para os classificados da primeira chamada.

A Comissão Permanente do Vestibular (Coperve) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou as listas de aprovados no primeiro processo seletivo 2021 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A etapa on-line da matrícula para todos os candidatos classificados dentro do número de vagas começa na próxima terça-feira, 20 de abril, e vai até o dia 23 de abril. Nesta edição do Sisu, a UFSC ofertou 1.867 vagas para ingresso em 98 cursos de Graduação nos campi de Araranguá, Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville.

Tags: Coordenadoria de Ações de EquidadeingressoSisuSisu 2021UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Professora da UFSC desenvolve orientações de linguagem inclusiva para pessoas trans e não binárias

19/04/2021 08:20

A comunicação e suas múltiplas expressões atravessam todas as etapas da vida e, com o passar do tempo, conhecemos os significados sócio-históricos que existem por trás de cada som, imagem, palavra e demais elementos da linguagem. É por meio da linguagem que se evidenciam nossos posicionamentos em todas as esferas sociais, mas dificilmente refletimos sobre o quanto nossas expressões linguísticas perpetuam mensagens nem sempre positivas. Afinal, muitas falas machistas, racistas e sexistas são reproduzidas com naturalidade no cotidiano. O fato é que essas expressões precisam de revisão, pois comprometem a vida de grupos minoritários (mulheres, negros/as e pessoas LGBT+), historicamente oprimidos e silenciados.

Como uma das estratégias de promoção da inserção social e de combate à linguagem exclusora, a professora aposentada do Programa de Pós-Graduação em Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Carmen Rosa Caldas-Coulthard, em parceria com a escola de idiomas Babel e o projeto social TransEmpregos, desenvolveu o manual Orientações para a inclusão linguística de pessoas trans, cujo propósito é conscientizar  as empresas sobre a importância da linguagem na contratação e convivência com profissionais trans e não binários.

Carmen, que trabalha há décadas com questões relacionadas à exclusão e à discriminação linguística, dialogou com pessoas trans e não binárias ao longo de quatro meses, para juntas revisarem conceitos gramaticais e expressões linguísticas que compõem o material de orientações: “A consciência linguística é uma forma de resistência e empoderamento para todas as pessoas, inclusive travestis, pessoas transexuais e não binárias. A mudança de práticas linguísticas pode resultar em inclusão e respeito. Nesse sentido, as ‘orientações’ são uma tentativa de mudança”, pontuou.

Outro objetivo do trabalho é a contextualização da importância dos discursos no tratamento das diversas identidades. As orientações práticas do manual norteiam departamentos de recursos humanos a evitar vícios de linguagem e estimular formulações mais adequadas na fala e na escrita da Língua Portuguesa: “O ativismo linguístico chegou para ficar e o Movimento Trans propõe mudanças na linguagem para que as pessoas sejam incluídas de acordo com suas identidades de gênero”, finalizou Carmen.

A gramática e linguagem são questionadas por estudiosas feministas da comunicação desde a década de 70. Os estudos de ‘linguagem e gênero’ mostram que sexo e raça são categorias de relações sociais onde a dominação é justificada pela diferença. Na UFSC, as questões de Linguagem e Gênero são tratadas há muito tempo nos cursos de Pós-Graduação do Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras (DLLE) e em trabalhos do Instituto de Estudos de Gênero (IEG).

 

Klay Silva/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

 

Tags: Linguagem inclusivaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto CineLGBTQ+ promove debate sobre o filme ‘Hoje eu quero voltar sozinho’

14/04/2021 15:13

O projeto CinelGBTQ+ vai debater o filme nacional, dirigido por Daniel Ribeiro, Hoje eu quero voltar sozinho. O intuito da conversa é estimular o conhecimento e valorizar a produção das pessoas que trabalham com pautas de temática LGBTQ+. É necessário que os participantes já tenham assistido ao filme antes da conversa, que será no dia 19 de abril, às 19h, pela plataforma Google Meet. Para participar, deve-se enviar um e-mail demonstrando o interesse para o endereço rochelle.ufsc@gmail.com. As inscrições vão até o dia do encontro e a participação prevê certificação de 3 horas.

A iniciativa para dialogar sobre cinema LGBTQ+, organizada pelo Projeto Criatividade, Diversidade e Gênero, é de estudantes da graduação de design da UFSC. O objetivo da ação de extensão é criar um ambiente de acolhimento, troca de conhecimentos e relatos de maneira segura e didática, além de conscientizar a comunidade geral sobre as pautas e direitos LGBTQ+.

Mais informações no Instagram do projeto.

Tags: CineLGBTQ+Diversidade e GêneroLGBTQ+Projeto CriatividadeUFSC

DIVULGA UFSC – 12/02/2021 – Edição 1585

12/02/2021 10:58

Se você não consegue visualizar esta mensagem, clique aqui e leia o Divulga UFSC no site.

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 12/02/2021 – Edição 1585

UFSC lança ações para equidade e debate assimetrias de gênero na ciência

O dia internacional das mulheres e meninas nas ciências foi marcado, na Universidade Federal de Santa Catarina, pela divulgação de três ações institucionais que buscam refletir sobre as distorções de gênero nas ciências e na instituição. Um curso de seis semanas para estudantes de graduação, uma comissão para a equidade e uma premiação para pesquisadoras mulheres foram apresentadas no evento transmitido ao vivo pela TV UFSC. Continue a leitura » ».


Professores da UFSC Curitibanos colaboram com investigações sobre mortes de macacos na região

Desde dezembro de 2020, 19 macacos do gênero Alouatta, também conhecidos como bugio-ruivo, foram encontrados mortos na região de Curitibanos. Acionados pela Secretaria de Saúde do município, professores de Medicina Veterinária do Campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vêm ajudando a investigar as causas dos óbitos. Os primeiros resultados dos testes, referentes a dois animais de Curitibanos e um de Frei Rogério, chegaram nesta quinta-feira, 11 de fevereiro, e confirmam a principal suspeita dos pesquisadores: a febre amarela. Continue a leitura>>.

Especialista do HU alerta sobre riscos de infecções sexualmente transmissíveis no Carnaval

Os encontros e festas que acontecem durante o Carnaval chamam a atenção para formas de prevenção relacionadas a casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Mesmo com o cancelamento das festas e as medidas de distanciamento impostas pela pandemia, os cuidados e as medidas de prevenção devem ser mantidos. O ginecologista Luiz Fernando Sommacal, do Hospital Universitário  (HU/UFSC), alerta sobre a influência do Carnaval na incidência de ISTs e outros dados que apontam o crescimento dos casos de infecção no Brasil. Continue a leitura » ».


Ensino

Últimos dias para inscrições no mestrado em Engenharia Têxtil

Estão abertas até 21 de fevereiro, de forma on-line e gratuita, as inscrições para o processo seletivo do mestrado em Engenharia Têxtil da Universidade Federal de Santa Catarina, no campus Blumenau. Ao todo, são 15 vagas, incluindo para ações afirmativas. As inscrições para o processo seletivo 2021 devem ser realizadas por meio de formulário on-line, mediante a submissão da documentação exigida e descrita no edital. Continue a leitura>>.

 


Extensão

Projeto mantém assistência fonoaudiológica a idosos com Parkinson por meio de atendimentos online

Há 11 anos o projeto de extensão Comunicação vocal dos portadores de Parkinson presta assistência fonoaudiológica especializada a grupos de idosos com doença de Parkinson. Vinculadas ao Departamento de Fonoaudiologia  (CCS/UFSC), as atividades são desenvolvidas por acadêmicos dos cursos de Fonoaudiologia e Psicologia sob a responsabilidade da professora Maria Rita Pimenta Rolim. Realizado de maneira presencial até março de 2020, o projeto foi transformado com a chegada da pandemia de Covid-19. Desde então, os teleatendimentos em grupo têm fornecido um suporte importante aos pacientes com Doença de Parkinson que necessitam do tratamento fonoaudiológico. O relato da experiência foi publicado na revista eletrônica Expressa Extensão, da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel). Continue a leitura>>.

‘Calourada Nós por Nós’ promove atividades no instagram nos dias 15 e 16 de fevereiro

A Calourada Nós por Nós promove duas atividades para os calouros nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2021. No primeiro dia, às 18h, apresentação artística, e no dia 16, no mesmo horário, “A vida dos estudantes negros, indígenas e quilombolas na UFSC: da permanência aos desafios do ensino remoto”. Transmissão: instagram/@nois.por.nois.calourada .


Pesquisa

UFSC terá curso de seis semanas sobre ciência, gênero e diversidades

O Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (PIAPE), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ) e o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) abriu o curso Ciência, Gênero e Diversidades para estudantes de graduação da UFSC. As atividades começam em março, com encontros remotos semanais ao longo de seis semanas. O curso poderá ser validado como atividade complementar pelos participantes, mediante participação em, no mínimo, 75% das atividades. As inscrições devem ser feitas aqui.

Nova edição da Revista Em Tese destaca Max Weber e Covid-19

A revista Em Tese do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política (PPGSP/UFSC) está com nova edição. Os artigos científicos dos mestrandos e doutorandos do programa podem ser acessados no portal de periódicos da UFSC.  Os destaques da publicação (v. 18 n. 1/2021)  são o Dossiê Max Weber 100 anos depois e a Seção Especial Covid-19. Mais informações no site da revista ou pelo e-mail revistaemtese@gmail.com.

 

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UFSC terá curso de seis semanas sobre ciência, gênero e diversidades

12/02/2021 08:00

O Programa Institucional de Apoio Pedagógico aos Estudantes (PIAPE), em parceria com a Pró-Reitoria de Pesquisa (PROPESQ) e o Instituto de Estudos de Gênero (IEG) abriu o curso Ciência, Gênero e Diversidades para estudantes de graduação da UFSC. As atividades começam em março, com encontros remotos semanais ao longo de seis semanas. O curso poderá ser validado como atividade complementar pelos participantes, mediante participação em, no mínimo, 75% das atividades. As inscrições devem ser feitas aqui.

A ideia é fomentar discussões e reflexões sobre a trajetória feminina na ciência, explorando causas sociológicas e culturais que refletem a assimetria de gênero na ciência no Brasil e no mundo. Busca-se, com isso, possibilitar que estudantes conheçam o contexto histórico-cultural que norteia a trajetória cientifica das mulheres para contribuir com o fortalecimento do trabalho científico feminino.

Serão seis módulos didáticos, que contemplam diferentes discussões. Um dos módulos irá discutir especificamente a questão das mulheres nas ciências, buscando refletir sobre as dificuldades histórico-culturais para a liderança das mulheres na ciência e também nos espaços de poder executivo, legislativo e judiciário.

Equidade

O curso de seis semanas foi lançado no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, com uma celebração institucional. Trata-se de uma das ações que pretendem gerar impactos na comunidade universitária na busca pela equidade de gênero: a outra é a instituição de um prêmio para mulheres cientistas da UFSC e a formalização de uma Comissão para a Equidade.

A professora Maique Weber Biavatti, superintendente de projetos da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), explica que são iniciativas necessárias para simbolizar uma mudança. A Comissão para a Equidade na UFSC, formalizada em portaria da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (Saad), terá mulheres de diferentes setores, cargos e campi. O grupo se reunirá ao longo dos próximos meses para pensar em uma política institucional e em metas a serem traçadas rumo à uma equidade “mais efetiva” na instituição. A comissão será presidida pela professora Miriam Grossi, do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS/UFSC).

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UFSC lança ações para equidade e debate assimetrias de gênero na ciência

11/02/2021 19:09

O dia internacional das mulheres e meninas nas ciências foi marcado, na Universidade Federal de Santa Catarina, pela divulgação de três ações institucionais que buscam refletir sobre as distorções de gênero nas ciências e na instituição. Um curso de seis semanas para estudantes de graduação, uma comissão para a equidade e uma premiação para pesquisadoras mulheres foram apresentadas no evento transmitido ao vivo pela TV UFSC.

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Exemplos positivos inspiram meninas a buscarem a carreira científica

11/02/2021 08:00

Marília Reginato Barros faz doutorado em Química, após começar a carreira na iniciação científica e receber prêmio pelo seu trabalho (Foto: João Paulo Winiarski)

“Os sistemas educacionais e as escolas desempenham um papel central em determinar o interesse das meninas em disciplinas de STEM (sigla para Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática), bem como em oferecer oportunidades iguais para acessarem e se beneficiarem de uma educação em STEM de qualidade.”

O trecho em destaque em relatório da Unesco traduz, na prática, a importância do efeito borboleta para a carreira das meninas e mulheres nas ciências. Quando a escola bate as asas na construção das oportunidades, forma cientistas capazes de intervir na realidade. Quando a universidade faz o mesmo, o efeito tende a ser a inclusão e a diversidade nos diferentes espaços profissionais.

Na UFSC, há, atualmente, 870 alunas com bolsas de iniciação científica, o que representa 55,05% do total. As mais jovens nasceram no ano de 2002 e ainda não completaram 20 anos de idade. Pode parecer um ingresso precoce, mas representa, na verdade, uma quebra de paradigma – segundo o mesmo documento divulgado pela entidade internacional,  o gap entre mulheres e homens na carreira é ocasionado por “normas sociais, culturais e de gênero, que influenciam a forma como meninas e meninos são criados, como aprendem e como interagem com seus pais, com sua família, amigos, docentes e com a comunidade como um todo”. 
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