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Professor Irlan, da UFSC, no Timor Leste, um dos coordenadores do programa
Locução – O Programa de Qualificação de Docentes e Ensino de Língua Portuguesa no Timor Leste (PQLP), do Ministério da Educação, está com inscrições abertas até 24 de outubro para educadores brasileiros interessados em passar de seis meses a um ano naquele país.
Loc – Serão selecionados 50 bolsistas. A inscrição deve ser feita na página da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na internet.
Loc – O Timor Leste é um dos países mais novos do mundo. Tornou-se independente há apenas uma década e, por plebiscito, escolheu o português como uma das duas línguas oficiais.
Loc – No Timor Leste apenas a população mais idosa e próxima à capital, Díli, fala o idioma. Há 16 línguas locais, num país menor do que o estado de Sergipe.
Loc – O Brasil ajuda os timorenses nesse processo de construção da identidade nacional por meio de programa de cooperação internacional que inclui a qualificação de professores e o ensino da língua portuguesa. Todos os anos, um grupo de 50 profissionais, com experiência em formação docente, embarcam para o pequeno país, a 20 mil quilômetros do Brasil, numa ilha no Sudeste Asiático.
Loc – O resultado será divulgado em novembro, mesmo mês em que terão início as atividades. Os candidatos selecionados receberão mensalidade de 1,3 mil euros [R$ 3,4 mil] para a modalidade estágio docente e de 2,1 mil euros [R$ 5,5 mil] para a de articulador pedagógico. Terão ainda seguro-saúde, auxílio-instalação e passagem aérea.
Loc – Embora tenha ficado por quatro séculos sobre a influência colonial portuguesa, ao contrário do Brasil, a presença dos portugueses não resultou em unidade lingüística nacional no Timor Leste. As línguas das aldeias ficou preservada. Em 1975, Portugal retirou-se do país que passa então para a dominação Indonésia até 1999, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) promove a expulsão indonésia de Timor Leste.
Loc – O português e o tétum foram as línguas de resistência durante a dominação indonésia e, por isso, escolhidos em 2002 como as línguas oficiais no Timor Leste. O inglês foi rejeitado porque é associado aos australianos, que apoiaram a dominação indonésia.
Loc – Patrícia Pereira, 34 anos, ficou de janeiro a julho deste ano no Timor Leste. De volta ao Brasil, ela se prepara para escrever a tese de doutorado sobre as questões relacionadas aos “silenciamentos culturais” no processo de formação dos professores no pequeno país asiático.
Loc – Segundo ela, os professores brasileiros não têm de levar em conta a nossa cultura nesse processo de formação. “Trata-se de ouvir os timorenses e de construir uma formação em conjunto”, explica Patrícia.
Ouça a doutoranda Patrícia Pereira – doutoranda do Programa em Educação Científica e Tecnológica da UFSC
Fonte: Rede de Comunicadores do Rádio/MEC