Estudo da UFSC faz o monitoramento genético de bromélia rara ameaçada de extinção
Monitorar a diversidade genética de uma espécie rara de bromélia para avaliar se as medidas de conservação estão sendo eficazes e se outras ações poderiam ser indicadas. Esta é a missão do projeto “Monitoramento da Diversidade Genética de População de Dyckia ibiramensis”, desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisas em Florestas Tropicais (NPFT) do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu). “A Fapeu garante tranquilidade aos pesquisadores por cuidar de parte do gerenciamento dos recursos, do pagamento de bolsistas, da compra de reagentes e dos demais trâmites burocráticos”, destaca o professor Maurício Sedrez dos Reis, ex-coordenador do projeto e hoje aposentado.
O trabalho é um projeto de extensão que faz o monitoramento da diversidade genética de Dyckia ibiramensis, uma espécie de bromélia ameaçada de extinção e que possui ocorrência limitada a quatro quilômetros do Rio Itajaí do Norte, em Ibirama, no Alto Vale do Itajaí. E foi justamente na área de ocorrência da espécie que, em 2009, foi construída uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH), inundando indivíduos e alterando o fluxo de água que passa pelos indivíduos remanescentes. “Em razão de a espécie ser rara, estar ameaçada de extinção e estar sujeita a variações ambientais decorrentes da PCH, o estudo da diversidade genética é relevante para avaliar se as estratégias de conservação estão sendo eficazes, pois a diversidade genética é a base para a adaptação e evolução das espécies”, explica o professor Tiago Montagna, atual coordenador, que assumiu o projeto com a aposentadoria do professor Maurício no ano passado. Caracterizada como reófita, a Dyckia ibiramensis se estabelece em fendas nas rochas no leito do rio.
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